Revisão de Arte - Ótima

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Profª. Drª.Sônia Afonso ARQ 1101- Idéia, Método e Linguagem Mestranda:Márcia Regina E. Laner abril/ 2006 Pós -Graduação em Arquitetura e Urbanismo - PósARQ/UFSC

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Revisão de Arte

Transcript of Revisão de Arte - Ótima

  • Prof. Dr.Snia Afonso

    ARQ 1101- Idia, Mtodo e Linguagem

    Mestranda:Mrcia Regina E. Laner abril/ 2006

    Ps -Graduao em Arquitetura e Urbanismo - PsARQ/UFSC

  • 2Pr histria

    A arte rupestre do perodo neoltico( 3500 a 1700 a

    . C. aproximadamente), so afrescos monocromticos:

    vermelhos ou negros,representam cenas narrativas do

    cotidiano, caracterizada por caadores em atitudes

    estilizadas e energticas, c/ movimentos dramticos,

    atravs de esquemas de sinais e smbolos.( Fonte: PROENA, 2000)

    A caverna foi o primeiro espao concebido pelo

    homem, a meu ver foi a que surgiu o arquiteto, pois era uma habitao rstica mas que tinha configurado

    em seu interior ( talvez somente de forma mental), os

    espaos de uso, como: fogo- lugar de alimentao,

    canto da caverna- rea para dormir, provavelmente

    outra rea p/ as necessidades fsicas- banheiro e as

    paredes como janelas/ ou espaos/ ou vos, com

    funes prospectivas do intelecto e da imaginao,

    atividade importante e inerente ao ser humano. E

    como se expressar, seno atravs das linhas e das

    formas, aprisionando assim o seu cotidiano com seus

    desejos e emoes.

    Com base nisso ficaram as pinturas rupestres, como

    testemunhas destas expresses e que servem p/

    futuras interpretaes e interpelaes.

    Figura 01- Grupo de arqueiros de ValltortaGruta de Valltorta- Norte da Espanha

    perodo neoltico( 3500 a 1700 a . C.)

    Fonte:Histria Mundial da Arte, v.1,1975 (p.47)

  • 3Figura 03- pinturas rupestres da

    caverna de Lacaux- Frana

    Fonte: Equipo Naya, 1996

    A pintura rupestre, encontra-

    se em geral em cavernas,de

    difcil acesso, muitas vezes,

    escuras, o que ajudou na

    preservao dos desenhos e

    das cores at hoje.

    Figura 02 - pinturas rupestres da

    caverna de Lacaux- Frana

    Fonte: Equipo Naya, 1996

    Foram pintadas como parte de um

    RITUAL MGICO, com vistas a assegurar uma caa bem sucedida.

    O homem pr - histrico, demonstra uma

    acentuada percepo das formas dos

    animais e seus movimentos, o que se

    reflete nos seus desenhos e na expresso

    do sentido das linhas.

  • 4Cavalos e bis. c. 15.000-10.000 a.C.

    Pintura Rupestre. Lascaux, Frana.

    possvel que as "armadilhas" aqui e

    ao lado representem objetos mgicos

    com os quais se pretendiam aprisionar

    as almas dos animais.

    Cavalo. c.15.000-10.000 a.C.

    Pintura Rupestre- Lascaux/ Frana.

    O trao firme e modelado policrnico

    desta raa robusta e primitiva de cavalo -

    presa favorita do homem no Perodo

    Magdeliano - sugerem com eficcia a

    energia do animal, alm da "armadilha o artista acrescentou flechas.

    Figura 04 - pinturas rupestres da

    caverna de Lacaux- Frana

    Fonte: SILVAS, 2006

    Figura 05 - pinturas rupestres da

    caverna de Lacaux- Frana

    Fonte:SILVAS, 2006

  • 5Segundo a pesquisa desenvolvida, em 1998, pelos alunos do

    Primeiro ano do Curso de Desenho e Plstica da FESB-

    Fundao Municipal de Ensino Superior de Bragana Paulista-

    So Paulo :Pr Histria 50.000 anos Arte Rupestre- ...a pintura em pedras com tons ocres. Era aplicada com as mos

    , esptulas, ou assoprando atravs de um canudo de osso ou

    madeira. As tintas eram argila, sangue, excrementos, ossos ou

    madeira queimada.O estilo era figurativo, reproduzia a imagem

    na sua verdade visual. Fonte: FESB, 1998

    O artista usa a tcnica e os materiais que conhece

    para fazer as suas tintas, como: o barro; pigmentos

    extrados de plantas e animais e o carvo

    Figuras 06, 07 e 08- pinturas rupestres da caverna de

    Atibaia- Brasil

    Fonte: FESB, 1998

    0

    407

    08

    06

  • 6Arte Egpcia

    Figura 10- Historia da caricatura

    Pintura egipcia satrica: Gato fazendo oferenda

    a uma rata. XX Dinasta.Museo Egipcio de Turn

    Fonte:Proyecto Clo,2006

    Portador de Oferendas.

    Detalhe da parede sul, tmulo de Nakht, Shwikh-abd-el-Qrnah, Tebas. Meados da

    Dcima-oitava Dinastia. Pintura sobre gesso. Como preparao para sua vida no

    outro mundo, os mortos eram abundantemente providos de alimentos e bebidas,

    tanto literalmente como em representaes pictricas. Neste detalhe, um portador

    de oferendas (parte de uma srie de figuras anlogas na parede sul do tmulo)

    apresenta flores e frutas.

    A civilizao egpcia uma das mais importantes da

    antiguidade, que se revela por volta de 2500 a.C.

    A arte egpcia se caracteriza pela lei da frontalidade", ou seja, as figuras com rostos de perfil e os olhos de

    frente. O corpo est de frente e as pernas e ps de perfil.

    Isto porque eles acreditavam que, com o corpo de frente,

    a figura poderia receber inteiramente as reverncias e a

    admirao de quem as contemplasse.

    Os egpcios acreditavam que a vida continuava aps a

    morte, e o morto reviveria tudo aquilo que fosse pintado

    no tmulo. Costumavam mumificar os faras, e faziam

    uma esttua igual ao morto, para que, na volta da alma,

    o corpo ali estivesse para receb-la.

    Figura 09 fragmento de pintura mural egpcia-

    Portador de Oferendas. Fonte: SILVAS, 2006

  • 7Grupo de carpideiras.

    Tmulo de Ramose, Sheikh-abd-el-Qrnah, Tebas. Dcima- oitava Dinastia. Pintura sobre gesso. Ramose foi o ltimo vizr do reinado de Amenhotep III e o primeiro do reinado de Akhenaton. Esta pintura pertence ltima fase antes do perodo Amarna. Distingue-se por sua clareza linear, as figuras so mais delgadas e austeras. As cores limitam-se aos marrons-acinzentados e os contornos em negro restringem-se apenas aos olhos.

    Figura 11 fragmento de pintura mural egpcia- Grupo de carpideiras. Fonte: SILVAS, 2006

  • 8O segundo atade mumiforme de

    Tutancmon.

    Do tmulo de Tutancmon, em Tebas. Fim

    da Dcima-oitava Dinastia. Madeira dourada,

    marchetada com pasta de vidro e pedras

    semipreciosas. Museu Egpcio, Cairo. Esta

    lmina mostra a parte superior da segunda de

    uma seqncia de trs atades mumiformes.

    Continha o atade interior de ouro macio, que

    por sua vez encerrava o corpo mumificado do

    rei. A marchetaria de milhares de minsculas

    peas de vidro e pedras preciosas demonstra

    a espantosa habilidade dos artesos do Nvo

    Imprio. O rei usa o adrno de cabea

    "nemes", que cai at os ombros, enfeitado com

    dois animais divinos, a cobra e o abutre. Usa a

    barba dos deuses. Nas mos empunha um gancho e um mangual.

    Figura 12 sarcfago da Mmia egpcia do Fara

    Tutancmon.

    Fonte: SILVAS, 2006

  • 9Figura 13- Afresco pintado (1600 a . C. )

    Fragmento da pintura mural da parede do Palcio Cnosso

    Museu Arqueolgico de Cndia- Grcia

    Fonte:Proena, 2000 (p.24)

    Figura 14-Palcio de Cnosso( 1700 a 1500 a . C. ) com intervenes de restauro

    Ilha de Creta- Palcio Mesopotmico

    Fonte:Histria Mundial da Arte, v.1,1975(p.147 a 149)

    Arte Cretense

    Com as descoberta do pesquisador

    alemo Heinrich Schliemann, em

    1870, foram encontradas vestgios da

    cidade Tria, em 1876 as runas de

    Tirinto e Micenas e no incio do sculo,

    Sir Arthur Evans, localizou o que

    restara do Palcio de Cnoso, na Ilha

    de Creta.

    Com estas descobertas recentes

    surge a arte cretense que antecede a

    arte grega.

  • 10

    Arte GregaA civilizao grega surgiu entre os mares Egeu, Jnico e

    Mediterrneo, por volta de 2000 AC. Formou-se aps a

    migrao de tribos nmades de origem indo-europia, como,

    por exemplo, aqueus, jnios, elios e drios. As plis

    (cidades-estado), forma que caracteriza a vida poltica dos

    gregos, surgiram por volta do sculo VIII a.C. As duas plis

    mais importantes da Grcia foram: Esparta e Atenas A

    civilizao grega surgiu entre os mares Egeu, Jnico e

    Mediterrneo, por volta de 2000 AC. Formou-se aps a

    migrao de tribos nmades de origem indo-europia, como,

    por exemplo, aqueus, jnios, elios e drios. As plis

    (cidades-estado), forma que caracteriza a vida poltica dos

    gregos, surgiram por volta do sculo VIII a.C. As duas plis

    mais importantes da Grcia foram: Esparta e Atenas

    Como em outras civilizaes, a pintura na Grcia comeou como ornamento da arquitetura.

    No era raro encontrar painis pintados decorando paredes. Entretanto, foi na cermica que a

    pintura grega mais se destacou, tornando-se indissociveis. So famosos os vasos de cermica,

    usado para o transporte e armazenamento de lquidos e mantimentos, entre outros,

    harmoniosamente decorados.

    Das pinturas murais pouco restou, exceto algumas em tumbas dos sculos IV e III a.C.,

    especialmente em Virgnia, na Macednia

    Figura 15 - Vaso grego, 500-490 a.C., Louvre, Paris. Fonte:SuaPesquisa, 2004.

  • 11

    Os gregos, inicialmente um conjunto de tribos relativamente autnomas que apresentavam

    fatores culturais comuns, como a lngua e a religio, instalaram-se no Peloponeso nos incios

    do primeiro milnio antes de Cristo, dando incio a uma das mais influentes culturas da

    Antiguidade.

    Aps a fase orientalizante (de 1100 a 650 a.C.), cujas manifestaes artsticas foram

    inspiradas pela cultura mesopotmica, a arte grega conheceu um primeiro momento de

    maturidade durante o perodo arcaico, que se prolongou at 475 a.C. Marcado pela expanso

    geogrfica, pelo desenvolvimento econmico e pelo incremento das relaes internacionais,

    assistiu-se nesta altura definio dos fundamentos estticos e formais que caracterizaro as

    posteriores produes artsticas gregas.

    Aps as guerras com os Persas, a arte grega adquiriu maior independncia em relao s

    outras culturas mediterrnicas e expandiu-se para todas as suas colnias da sia Menor, da

    Siclia e de Itlia (conjunto de territrios conhecidos por Magna Grcia).

    Protagonizado pela cidade de Atenas, sob o forte patrocnio de Pricles, o ltimo perodo

    artstico da Grcia, conhecido por Fase Clssica, estendeu-se desde 475 a.C. at 323 a.C.,

    ano em que o macednico Alexandre Magno conquistou as cidades-estados do Peloponeso.

    As manifestaes artsticas gregas, que conheceram grande unidade ideolgica e

    morfolgica, encontraram os seus alicerces numa filosofia antropocntrica de sentido

    racionalista que inspirou as duas caractersticas fundamentais deste estilo: por um lado a

    dimenso humana e o interesse pela representao do homem e, por outro, a tendncia para

    o idealismo traduzido na adoo de cnones ou regras fixas (anlogas s leis da natureza)

    que definiam sistemas de propores e de relaes formais para todas as produes

    artsticas, desde a arquitetura escultura.

  • 12

    Na Grcia valorizava-se a beleza, e as medidas proporcionais eram os modelos de

    beleza ideal. Os gregos foram os melhores escultores que a histria conheceu.

    A mitologia grega vivia engrandecendo o amor e a beleza. Os gregos eram poetas e artistas

    que se encantavam com a beleza do universo, com o amor.

    A arte grega divide-se em trs grandes perodos:

    arcaico: conserva as formas geomtricas. clssico: o mais realista de todos, procurando o ideal de beleza. helenstico: se caracteriza pela movimentao tumultuosa das formas

    Figura 16 - Teseu e o Minotauro pintura mural grega 415 a. C. Fonte:SuaPesquisa, 2004.

    A histria da pintura pode ser dividida

    estilisticamente em:

    Protogeomtrico de aproximadamente 1050 a.C.; Geomtrico de aproximadamente 900 a.C.; Arcaico de aproximadamente 750 a.C.; Pinturas negras do sculo VII a.C; Pinturas vermelhas de aproximadamente 530 a.C.

  • 13

    Durante os perodos Protogeomtrico e Geomtrico a cermica grega foi decorada com projetos abstratos. Em perodos posteriores, com a mudana esttica os temas mudaram, passando a ser figuras humanas. A batalha e cenas de caada tambm eram populares. Em perodos posteriores, temas erticos, tanto homossexual quanto heterossexual, tornaram-se comum.

    Como na escultura, no perodo arcaico a pintura grega lembrava a egpcia, com todos os smbolos e detalhes usados de forma a simplificar o desenho, como os ps sempre de lado (so mais difceis de serem desenhados vistos de frente) e os rostos de perfil com o olho virado para a frente (os olhos tambm eram complicados de se desenhar de perfil), alm da firmeza e do equilbrio comum a esta.

    As pinturas representavam o cotidiano das pessoas e cenas mitolgicas, como deuses e semideuses.

    Figura 18 - Cena de um banquete (pintura em vaso)

    Fonte: FESB, 1998

    Figura 17 - Danarino e flautista (pintura

    em vaso) Fonte: FESB, 1998

  • 14

    Figuras 19 e 20 freente e verso de

    uma nfora grega.

    Fonte: SILVAS, 2006

    Pintor de Andcides. nfora "Bilinge" (ambos os lados). Fins do sc. VI a.C. Cermica com 53,5 cm de

    altura. Antikensammlungen, Munique. A mesma cena (com variaes) de Hrcules no banquete do Olmpo,

    aparece nos dois lados do vaso, um na tcnica de figura vermelha, outro na figura negra. No final do sc. VI,

    quando a tcnica da figura vermelha se tornou popular, muitos vasos eram decorados com ambas as tcnicas.

    Uma comparao entre as duas cenas evindencia a imagem na tcnica da figura vermelha sobre a negra.

    Pinturas negras

    Veja na imagem, pintada por Exquias (considerado o maior pintor de figuras negras. Outros tambm se

    destacaram, como Cltias e Sfilos), que os personagens da nfora foram pintados de preto, permanecendo o

    fundo com a cor natural da argila. Essas so as chamadas figuras negras. Note que aps a pintura o

    contorno e o interior do desenho eram riscados com uma ferramenta pontiaguda, de forma que a tinta preta

    fosse retirada.

    Pinturas vermelhas

    Em 530 a.C. ocorreu uma revoluo na pintura de cermicas. Um discpulo de Exquias resolveu inverter o

    esquema de cores, ficando o fundo preto com as figuras da cor vermelha do barro cozido.

    Veja na imagem direita a diferena com a anterior e compare. Note que uma cpia no novo padro, com

    praticamente os mesmos detalhes. Ambas as nforas tm detalhes curiosos, como a curvatura das costas

    das figuras, acompanhando a forma do vaso, as lanas apontando em direo ao centro, como forma de

    chamar a ateno e os detalhes ricos no manto e nos escudos da primeira imagem

  • 15

    Legado da Arte Grega

    A arte grega no acabou com a conquista romana e mesmo com a transio do perodo antigo para o medieval, ela se desenvolveu como arte helenstica e, depois, como arte bizantina, constituindo a base da arte na Europa ocidental. Sua influncia duradoura se deve racionalidade e ao equilbrio, sua tendncia em privilegiar a esttica do humano e da beleza.( PROENA,2000)

    A principal caracterstica das artes plsticas

    gregas est no fato de serem essencialmente

    pblicas, pois era o Estado que patrocinava as

    obras como fontes, praas, templos, etc. Mesmo

    quando encomendadas por particulares, eram

    freqentemente expostas em locais pblicos.

    Nas artes plsticas, evidencia-se a

    combinao do naturalismo (detalhes dos

    corpos, como, por exemplo, o vigor dos

    msculos e a beleza fsica, no era retratado

    crianas ou velhos em funo dos corpos no

    terem o conceito da poca em relao

    perfeio muscular e beleza esttica e fsica)

    com a severidade e a regularidade do estilo.

    Figura 22 As filhas de Leucipo (pintura em uma nfora).

    Fonte: SILVAS, 2006

    Figura 21 As damas de azul (mosaico)

    Fonte:SILVAS, 2006

  • 16

    ARTE ROMANARoma um dos centros culturais mais importantes do Ocidente e boa parte

    de seus monumentos remonta antiguidade. Caius Mecenas, conselheiro do

    imperador Augustus, que reinou no final do sculo I a.C., foi o primeiro dos

    grandes patronos da arte. Em sua poca surgiram o conhecedor de arte e o

    turista em busca de tesouros culturais e, pela primeira vez, os artistas

    obtiveram o mesmo prestgio que polticos e soldados.

    Arte romana o conjunto das manifestaes culturais que floresceram na

    pennsula itlica do incio do sculo VIII a.C. at o sculo IV d.C., quando

    foram substitudas pela arte crist primitiva. As criaes artsticas dos

    romanos, sobretudo a arquitetura e as artes plsticas, atingiram notvel

    unidade, em conseqncia de um poder poltico que se estendia por um vasto

    imprio.

    A civilizao romana criou grandes cidades e a estrutura militar favoreceu

    as construes defensivas, como fortalezas e muralhas, e as obras pblicas

    (estradas, aquedutos, pontes etc.).

    O alto grau de organizao da sociedade e o utilitarismo do modo de vida

    romano foram os principais fatores que caracterizaram sua produo artstica.

    Figura 24 Representao de

    Teatro Romano

    (mosaico)

    Fonte: FESB, 1998

    Figura 23 As Trs Graas afresco da cidade romana de

    Pompia sc. I Fonte: SILVAS, 2006

  • 17

    O conhecimento sobre a pintura romana deve-se em

    grande parte a descoberta de Pompia, cidade que foi

    soterrada pela erupo do Vesvio no ano 79 e descoberta

    no sculo XVIII. Encontramos na cidade diversas pinturas,

    de carter decorativo, ornamentando os palcios e os

    aposentos das residncias, reproduzindo paisagens, a

    fauna, a flora e cenas buclicas; tambm retratavam seus

    habitantes, com grande fidelidade.

    Msicos da Tumba dos Leopardos.

    480-470 a.C. Necrpole etrusca,

    Tarqunia. esquerda, um jovem

    segura uma taa, ao centro, um

    homem toca flauta dupla e, direita,

    outro toca uma lira. A cena

    caracterstica das pinturas alegres e

    coloridas das primitivas tumbas de

    Tarqunia num estilo bsicamente grego

    arcaico. Plantas de louro foram

    colocadas entre as figuras.

    Dioscrides de Samos, Msicos. Sc II a.C. Mosaico; 41 cm. Museu

    Nacional de Npoles. Este mosaico, da chamada Vila de Ccero em

    Pompia, est assinado pelo mesmo artista que assinou um segundo

    mosaico na casa, mostrando uma cena da Comdia Nova Grega. Constitui

    um belo exemplo do virtuosismo do mosasta em organizar pedras

    coloridas minsculas a fim de imitar os efeitos da pintura. provvel que

    tenha sido copiada de uma pintura helenstica, talvez do sc. III a.C.

    Figura 26 Dioscrides de Samos (mosaico). Fonte: FESB, 1998

    Figura 25 Msicos da Tumba

    dos Leopardos ( mosaico).

    Fonte: FESB, 1998

  • 18

    As Artes Bizncia e RomanaAo contrrio do ocidental, o ramo oriental da Arte Crist Primitiva aparece mais cedo,

    naquele mesmo ano de 500.

    a arte Bizantina, que denomina-se assim, porque o seu principal centro de irradiao foi

    a antiga cidade grega de Bizncio, transformada em Constantinopla, no ano de 330, pelo

    Imperador Constantino, para servir de nova capital ao Imprio Romano.

    A arte bizantina rene vrias influncias - gregas clssicas, asiticas e europias. Dura

    praticamente mil anos, desde o reinado do Imperador Justiniano, notvel por suas leis e

    iniciativas administrativas, meados do sculo VI, conquista de Constantinopla pelos

    turcos, em 1453, data convencionalmente escolhida para marcar o fim da Idade Mdia e o

    incio dos Tempos Modernos.

    O ramo ocidental da Arte Crist Primitiva vai definir-se mais tarde, no sculo X, atravs

    de lentas e diversificadas elaboraes. Nessas elaboraes estilsticas, intervm

    numerosos fatores histricos e sociais, como as invases dos povos chamados brbaros, e

    sensveis s influncias orientais, particularmente bizantinas, pela importncia econmica e

    poltica de Bizncio no mundo medieval.

    Esse ramo ocidental recebe a denominao de Arte Romnica, porque as suas formas

    derivam fundamentalmente de Roma antiga, apesar das influncias diversas que vo

    recebendo do decorrer dos tempos.

    Antes dessas formas romnicas, ente os sculos VI e X havia na Europa ocidental as

    artes dos povos brbaros, os quais, uma vez instalados nas regies conquistadas, vo dar

    origem s modernas naes europias. Essas artes dos povos em migrao no possuem,

    porm, caractersticas definidas.

  • 19

    Arte BIZANTINA

    A arte Bizantina teve seu centro de difuso a partir da cidade de

    Constantinopla, capital do Imprio Romano do Oriente, e

    desenvolveu-se a princpio incorporando caractersticas

    provenientes de regies orientais, como a sia Menor e a Sria.

    A aceitao do cristianismo a partir do reinado de Constantino e

    sua oficilizao por Teodsio procuraram fazer com que a religio

    tivesse um importante papel como difusor didtico da f ao mesmo

    tempo que serviria para demonstrar a grandeza do Imperador que

    mantinha seu carter sagrado e governava em nome de Deus.

    A tentativa de preservar o carter universal do Imprio fez com que

    o cristianismo no oriente destacasse aspectos de outras religies,

    isso explica o desenvolvimento de rituais, cnticos e baslicas.

    O apogeu da cultura bizantina ocorreu durante o reinado de

    Justiniano ( 526-565 d.C. ), considerada como a Idade de Ouro do

    imprio.Figura 27 : A Santa Montanha do Athos"

    local:Monastrio Ortodoxo do Monte Athos de 1054,

    pennsula no norte do Egeu, a "Montanha Santa , tambm um local artstico reconhecido.

    Fonte: Suapesquisa,2004

  • 20

    Figura 29: A morte da Virgem

    arte bizantina do sculo XIV (Mosaico)

    Fonte : BALLESTRINI,2006

    Figura 28: A anunciao

    Arte bizantina do sculo XIV ( Mosaico)

    Fonte : BALLESTRINI,2006

  • 21Figura 31: Martrio de So Sebastio, parte central do trptico

    Fonte : BALLESTRINI,2006

    Figura 30 : Sant'Agata- tbua processional (uma face).

    Autor Jacopo del Casentino

    Fonte : BALLESTRINI,2006

    Figura 32: A Virgem Hodigitria"Museu de Arte bizantina, Venezia.

    Fonte : BALLESTRINI,2006

  • 22

    Arte CRIST

    Diviso

    A Arte Primitiva Crist divide-se em dois perodos: antes e depois do reconhecimento do

    Cristianismo como religio oficial do Imprio Romano.

    O reconhecimento do Cristianismo como religio oficial do Imprio Romano foi feito pelo

    imperador Constantino, no dito de Milo no ano 330 d. C.

    - A Fase Catacumbria

    A fase anterior ao reconhecimento chama-se Catacumbria, porque as suas principais

    manifestaes ocorreram nas catacumbas, cemitrios subterrneos, verdadeiros hipogeus, nos

    quais os primeiros cristos sepultavam seus mortos e mrtires.

    A fase catacumbria estende-se do I sculo ao incio do IV sculo, precisamente ao dito de Milo.

    - A Fase Crist Primitiva

    A fase posterior ao reconhecimento, quando o Cristianismo deixou de ser perseguido e substituiu,

    oficialmente, entre os romanos, as crenas do paganismo, tem sido determinada Arte Latina por

    alguns historiadores. Deve ser chamada, porm, de modo mais adequado, Arte Crist Primitiva

    propriamente dita.

    Essa fase, Arte primitiva Crist, desenvolve-se dos anos de 330 ao de 500, quando as artes do

    Cristianismo comeam a dividir-se em dois grandes ramos - um oriental e outro ocidental.

    Chama-se ARTE PRIMITIVA CRIST a

    arte dos cinco primeiros sculos do

    aparecimento do cristianismo. Figura 33 Fragmento de pintura mural das

    catacumbas- Roma

    Fonte: SILVAS, 2006

  • 23

    As primeiras decoraes catacumbrias, figurativas ou ornamentais, so ingnuas e simples, feitas por autodidatas, tendem inicialmente ao simblico e abstrato, revelando posteriormente influncias do modelos greco-romanos, que estavam aos olhos de todos. Muitas vezes so desenhos de inciso, executados a fresco sobre uma camada de estuque.

    Com o passar do tempo, adquirem maior destreza e melhores recursos de expresso, com a influncias da pintura romana erudita( arte decorativa- Pompeia).

    Os pintores aplicam o claro-escuro, combinam com maior variedade as cores e proporcionam bem as figuras humanas. Aparecem os primeiros mosaicos coloridos catacumbrios, que mostram influncias orientais e sugestes dos desenhos de manuscritos.

    Os artistas usam smbolos variados, h smbolos abstratos, como um crculo, que representaria Cristo, por associao com o disco solar. O disco aposto numa cruz poderia ser simbolicamente a Crucificao, cena cuja representao foi evitada nos primeiros sculos. A simbologia crist primitiva muito rica, ao lado dos desenhos abstratos, multiplicam-se os smbolos figurativos. Os mais comuns so o peixe, a pombinha com o ramo de oliveira no bico, o pavo, a ncora, o lrio, o cacho de uva, a espiga de trigo, dentre outros.

    O peixe era Cristo, pois as inicias das palavras gregas Jesus Cristo de Deus Filho Salvador formam ichtus, peixe em grego. A pombinha com o ramo de oliveira no bico, aluso ao episdio de No. O pavo, smbolo da eternidade. A ncora, salvao pela firmeza da f e, muitas vezes, a cruz do Calvrio. O lrio, pureza, O cacho de uva, o sangue de Cristo, como a espiga de trigo, o po da Eucaristia. A serpente, entre os pagos, smbolo das energias da terra, passa, entre os cristos, a smbolo do Mal.

  • 24

    Figura 34: ORANS - Pintura sobre reboco do sculo III nas Catacumbas Romanas. Representa uma mulher

    com os braos levantados em splica e orao num

    cenrio que sugere o paraso. Sob a pintura, os loculi,

    ou sepulturas escavadas na rocha

    Figura 35 : A RESSURRREIO DE LZARO - Pintura sobre rebco,

    sc. III - Catacumba de So Pedro,

    Roma

    Fonte:LASSUS,2006

    Figuras 34 Fragmento de pintura mural das

    catacumbas- Roma

    Fonte: LASSUS, 2006

  • 25

    Figura 36 : Mosaico da ABSIDE DA IGREJA SANTA PRUDENZIANA, final do

    sculo IV - Roma. A cena mostra Cristo entronizado entre os apstolos,

    acompanhado por personificaes das igrejas da Circunciso e dos Gentios. Ao

    fundo, o Glgota com a cruz colocada por Constantino ou Teodsio.

    Fonte: LASSUS,2006

  • 26

    Figura 37: A PROCISSO DOS MRTIRES, mosaico do scs. V e VI em S. Apollinare Nuovo, Ravena. Vista da decorao da parede sul. Sobre os arcos est um friso em mosaicos com a procisso dos mrtires, levando ao Cristo entronizado. Em cima, entre as janelas do clerestrio, figuras de santos representados como esttuas em nichos; sobre cada janela h um mosaico do ciclo narrativo das cenas da Paixo.

    Fonte: LASSUS,2006

  • 27Figura 38: A TRANSFIGURAO (ano: 540), mosaico da Abside da Igreja de Santa Catarina.

    Fonte: LASSUS,2006

  • 28

    Bibliografia:livros:

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    PROENA,Graa. Histria da Arte.So Paulo: Editora tica,2001.

    Colees:

    Histria Mundial da Arte.Lisboa- Portugal: Livraria Bertrand,1975

    Os Grandes Artistas.So Paulo: Nova Cultural,1986

    Grandes Imprios e Civilizaes: O Mundo Egpcio.Rio de Janeiro: Edies Del Prado,1996

    Sites:

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    1998 Disponvel em: . Acesso em: 10 outubro 2006 s 14:58

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    Equipo NAyA.Portal Arqueologia-Ciudad Virtual de Antropologia y Arqueologia, 1996. sites:http://www.antropologia.com.ar

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    Proyeto Clo- Artes, 2006. Disponvel em: < clio.rediris.es/arte/caricaturas/foto1_cara.htm >. Acesso em: 17 outubro 2006 s 11:38

    SILVAS, Pe. Jos Ado Rodrigues da Silvas- COLGIO SALESIANO SANTA TERESINHA ColaboraoCoordenao do Ensino Mdio, professores de Educao Artstica do Ensino Mdio

    e Equipe de Informtica Disponvel em: < http://www.salesianost.com.br/aulaweb/educart/historiadaarte/Prehist.htm,2006 >.

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    LASSUS, Jean ( professor da Universidade de Sorbonne e do Instituto de Arte e Arqueologia Paris) Ed. Jos Olympio e Exped; East Christian Art de O. Dalton e Early Christian Art, de W.F. e Hirmer. Texto extrado de: A RELQUIA -Informativo dos Antiqurios, Leiloeiros e Colecionadores" - Rio de Janeiro/So Paulo. Web Site:

    http://www.areliquia.com.br/2006

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    BALESTRINI, Bruno. Italian Cities Florence- Museo Opera del Duomo, 2006. Disponverl em< www.thais.it> Acesso em: 22 outubro

    2006 s 10:21