Revista ALVO #15

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REVISTA ALVO - Edição 15 Três jovens contam como transformaram um hobby em negócio. PROFISSÃO ARQUITETURA TURISMO Arquitetos mostram como agregar sustentabilidade à modernidade. PARIS - as nuances da capital francesa sob o olhar paraense. FRANCESA H ERANÇA DISTRIBUIÇÃO EM CONDOMÍNIOS 9 772179 949008 15 A influência francesa na construção da arquitetura e cultura da capital paraense. + 15 I

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Alvo é a revista dos condomínios de Belém.

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Revista alvo - Edição 15

Três jovens contam como transformaram um hobby em negócio.

Profissão

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turismo

Arquitetos mostram como agregar sustentabilidade à modernidade.

PARIS - as nuances da capital francesa sob o olhar paraense.

FRANCESAHERANçA

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A influência francesa na construção da arquitetura e cultura da capital paraense.

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Informe

Editorial Lorotas

Direitos e Deveres

Utilidade Pública

Capa

Receita

Entrevista

Traços & Ideias

Exclusivo

Lado B

Eventos

Perfil

Profissão

Ditando o Chic

Acelerar

Comportamento

Turismo

Playground

Acessibilidade: um direito de todos. - por Dr. Nazareno Nogueira Lima

Fogo: como prevenir incêndios e agir em casos de emergência

Ten. Cel. André Cunha.

O que há de melhor no mercado mundial.

Posse da nova diretoria do SINDCON/SECOVI.A noiva entra com quem? -

por Patrícia Bahia

Max Domini - Velórios entram na era digital.

Belém - a francesinha das américas.

Torta Bailado Lunar.por Apoena Augusto.

Crossfit: a nova moda das academias.

Antigomobilistas: a arte de colecionar carros.

Paris: sob um olhar apaixonado.

Para entreter: música, cinema,aplicativos e literatura.

Ophir Cavalcante Jr.

Profissão blogueiras.

Natureza a um cômodo de distância.

Não dá mais -por Antônio Carlos Lobato.

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Alexandre RochaEditor Responsá[email protected]

A chamada “Belle Époque” teve início no fim do século XIX e terminou em 1914, coincidindo com o começo da primeira Guerra Mundial. Foi uma época de expansão, progresso e de grandes transformações culturais e artísticas. Na Amazônia, a Belle Époque resultou do desenvolvimento da economia do látex no período de 1870-1910. Naquela época, Belém do Pará assumiu o papel de principal porto de escoamento da produção do látex para o mundo, além de se tornar vanguarda cultural da região. Observou-se naquele momento um processo de transformações que proporcionou à cidade características urbanas europeias. A matéria de capa dessa edição retrata, justamente, a influência cultural da França nesta época em nossa capital e de como pensam os franceses que residem por aqui.

Na rota inversa, fizemos um tour em Paris – a Cidade Luz e dos apaixonados. Dica interessante de viagem da seção “Turismo”, para suas próximas férias. Bon voyage!

A tragédia em Santa Maria – RS, onde morreram 241 jovens sufocados em uma boite em decorrência de um incêndio, nos fez refletir sobre as condições de alguns locais públicos que frequentamos e de como agir nessas situações. A matéria “Fogo! Como prevenir incêndios e agir em casos de emergência”, traz informações importantes sobre o assunto.

Você sabe o que é “Antigomobilistas”? São os colecionadores de carros antigos. Aqui em Belém eles formaram um clube e fomos ao encontro deles pra saber como começou essa brincadeira de gente grande.

Entenda por que a superlotação é o principal problema enfrentado pelo sistema carcerário brasileiro, na entrevista do superintendente da SUSIPE, Tenente Coronel André Cunha.

Além disso, Patricia Bahia, Apoena Augusto, Dr. José Nazareno, Antônio Lobato (Lorodadoca) e Rômulo Martins estão mais uma vez enriquecendo nossa revista com suas colunas, informações e opiniões sobre os mais variados assuntos.

Boa leitura!

Editor ResponsávelAlexandre Rocha DRT/PA 2233. Produção:Gabrielle RochaEditor de Conteúdo:Timóteo LopesRepórteres:Bianca Teixeira, Brena Moreira, Catarina Barbosa, Liandro Brito, e Thiago Viana. Atendimento Comercial:Rejane Alencar e Robysson Canavarro Jr.Fotógrafo:Aislan de Paula, Bruno Pellerin e Joâo Ramid.Criação e Design:Marcelo Sousa.

Gráfica:HalleyTiragem:13.000 exemplares

A revista Alvo (ISSN 2179-9490) é uma publicação trimestral da Alvo Tecnologia Serviços de Publicidade Ltda EPP. Todos os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução de textos ou imagens sem prévia autorização do editor.

expediente

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editoRial

Credenciada

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diReito e deveResJosé Nazareno Nogueira [email protected]

Pres. do SINDCON eVice-Presidente da FESECOVI

acessibilidade: Um direito de todos.

atualmente, presenciamos constantemente na imprensa os abusos praticados por alguns cidadãos, empresas e até alguns entes públicos que dificultam o livre acesso de pessoas portadoras de deficiência. Segundo os dados estatísticos recentes mais de um milhão de pessoas no Brasil, sofrem de deficiência visual. No último Censo Estatístico, realizado pelo IBGE, 23,9% dos brasileiros declararam alguma deficiência, isso representa quase 15% da população.

No dia 2 de dezembro de 2004, o então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promulgou o Decreto n. 5.296, que regulamentou as Leis nº 048 de 8 de novembro de 2000, que “dá prioridade de atendimento as pessoas que especifica” e de nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que “Estabelece normas gerais e critérios básicos para promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências”, sancionadas na época pelo Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.

Essas Leis têm o objetivo de suspender as barreiras e os obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.

Na regulamentação feita pelo Dec. n. 5.296/2004, em seu art. 18, diz: “A construção de edificações de uso privado multifamiliar e a construção, ampliação ou reforma de edificações de uso coletivo devem atender os preceitos de acessibilidade na interligação de todas as partes de uso comum ou abertas ao público, conforme os padrões das normas técnicas de acessibilidade da ABNT.” Logo a seguir, em seu parágrafo único, complementa: “Também estão sujeitos a disposto no caput os acessos, piscinas, andares, salão de festas e reuniões, saunas e banheiros, quadras esportivas,

portarias, estacionamentos e garagens, entre outras partes das áreas internas ou externas de uso comum das edificações de uso privado multifamiliar e das de uso coletivo”.

Os condomínios do Brasil tem uma função fundamental em fazer valer a lei da acessibilidade. Temos conhecimento que vários prédios antigos, não dispõem de o mínimo de condições estruturais para fazer uma reforma observando os princípios existentes nas leis e no decreto regulamentador, entretanto, não se trata somente do acesso principal, temos que levar em conta que existem outros requisitos

invocados na lei, como acesso pelas escadas, elevadores, garagem, corredores e outros, que muitas vezes necessita apenas de uma adaptação do ambiente para atender ao portador de deficiência.

Garantir acessibilidade aos deficientes, reconhecer seus direitos de cidadania e promover segurança ao seu dia a dia, além de mostrar solidariedade nos faz refletir que amanhã poderemos ser um deles e poderíamos estar privados dos mesmos direitos.

Assim, você que é síndico ou morador de condomínio, lembre-se, ao fazerem uma reforma no edifício, chame um profissional competente, registrado no conselho de classe e solicite que analise a legislação de acessibilidade para apresentar seu projeto com as exigências previstas em lei, para tentar melhorar as entradas e saídas, com superfície regular, firme, contínua, estável e antiderrapante. Embutir junta de dilatação, grelhas e capachos, corrimão nas escadas e elevadores. Se houver banheiros no térreo que seja adaptado para pessoas deficientes. Assim vamos contribuindo para melhorar cada vez mais o respeito aos seres humanos que tem alguma espécie de deficiência, sem considerar que poderemos usufruir desses mesmos benefícios, num futuro próximo.

os condomínios do brasil tem uma função fundamental em fazer valer a lei da acessibilidade.”

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sistema Penitenciário do Pará: Uma gestão desafiadora.

por Brena Moreirafotos: Aislan de Paula

Alvo – Como você avalia o sistema prisional do Pará com relação aos outros Estados brasileiros?André Cunha – O Pará não é diferente do Brasil, entre muitos aspectos. O Brasil enfrenta uma grave crise no Sistema Penitenciário que já dura mais de trinta, quarenta anos, que é a crise da superlotação. No Brasil, existem 1.420 unidades prisionais, pouco mais de 310 .000 vagas, com mais de 550 mil presos. Aqui no Pará, o problema é o mesmo: nós temos 40 unidades prisionais, 7.240 vagas e 11.124 presos. O maior problema do sistema carcerário brasileiro é a superlotação.

Esse problema realmente é antigo. Você acredita que a morosidade da justiça no julgamento dos processos contribui pra isso?Sim, nós temos um número de presos provisórios

bastante elevado, e muito acima dos padrões nacionais, mas que já vem diminuindo gradativamente com os anos. Mas, o número de presos a espera de julgamento ainda é grande.

Existe algum outro problema que influencia na superlotação das casas penais?Nos últimos 15 anos vem aumentando o investimento na atuação policial. Com isso, você acaba aumentando, na mesma proporção, o número de pessoas presas. É que a polícia fica mais eficaz. Um bom exemplo, é que se você aumenta o número de viaturas nas ruas, você aumenta o número de prisões em flagrante, ou seja, uma seqüência de fatores reflete diretamente no aumento da população carcerária.

o Superintendente do Sistema Penitenciário do Pará, o Tenente Coronel André Luiz de Almeida e Cunha, abre as portas do gabinete e fala sobre a missão de administrar o Sistema Prisional Paraense.

Aos 44 anos, André Cunha, é paraense, bacharel em direito, formado pela Universidade da Amazônia, e tem várias pós-graduações nas áreas de segurança pública, inclusive em Tratamento Penal e Gestão Prisional, pela Universidade Federal do Paraná. Na bagagem traz mais de 20 anos de carreira na polícia militar e cinco anos de experiência de atuação no Sistema Penitenciário Nacional. O currículo lhe rendeu o desafio do novo cargo, o convite, em novembro de 2011, foi

realizado pelo próprio Governador do Estado, Simão Jatene e pelo Secretário de Segurança Pública, Luiz Fernandes.

Há quase um ano e meio na gestão, André Cunha, conseguiu um marco na história do Sistema Carcerário Feminino, e vem desenvolvendo um projeto de ressocialização que se tornou modelo de referência nacional, indicado pelo Conselho Nacional de Justiça.

Ousado, André Cunha promete não parar por aí, e entre suas principais metas estão: zerar a superlotação das unidades prisionais, melhorar a qualidade de vida da população carcerária e investir na qualificação dos servidores.

Superintendente da SUSIPE

André Luiz de Almeida e Cunha

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Qual a so lução para reso lver o prob lema da super lo tação , então? É poss íve l reso lver esse prob lema?Nós temos um plano de combate à superlotação que está dividido em três estratégias, um delas que requer investimentos elevados, como a construção de novas unidades prisionais. Mas só isso não basta. É preciso atacar dois fluxos, o de entrada e o de saída de presos das casas penais. A redução do fluxo de entrada de novas pessoas presas, através do fortalecimento de políticas de prevenção ao crime e uma boa articulação com a justiça para que esse sistema trabalhe mais rápido e consiga julgar os presos provisórios, é essencial.

Outro problema é a questão da falta de infraestrutura dentro das casas penais. O que vem sendo feito no Pará, superintendente?As unidades prisionais estão realmente deterioradas, com problemas no sistema elétrico, na rede de esgoto, na cozinha e nas celas. Mas, esses problemas não podem ser resolvidos da noite para o dia, mas com planejamento e conhecimento do problema. Traçamos estratégias e priorizamos as mais graves. A cozinha, por exemplo, é uma delas. Para resolver isso, nós estamos migrando para um novo modelo, terceirizando o serviço para que as empresas promovam as reformas das cozinhas e sejam responsáveis por uma alimentação de melhor qualidade. No contrato, 30% das pessoas que vão trabalhar na cozinha são presos. Outra prioridade é a reforma do sistema de esgoto nas unidades prisionais do Estado. Nós fizemos um levantamento e elegemos as unidades mais graves: seis casas penais já estão reforma. E também estamos investindo na construção de vinte novas Unidades Prisionais no Pará, até 2014. Com as obras concluídas, nós poderemos não apenas transferir os presos para o espaço novo, como também trabalhar na melhoria das unidades antigas. Hoje, não tem como colocar uma empresa de engenharia dentro de uma penitenciária, porque não temos onde realocar esses presos.

Existe previsão de inauguração de novas casas penais no Estado?Dez novas unidades já estão em construção, uma unidade já foi licitada e temos a previsão de construir outras 10 novas unidades. Então a meta é que até 2014 todas sejam inauguradas. O que não for possível inaugurar por alguma eventualidade, estará com a obra em andamento. Temos a meta de no mínimo vinte novas unidades prisionais. Vamos sair de quarenta para sessenta unidades prisionais no Estado, o que significa seis mil novas vagas a mais que o número existente hoje.

Como está a situação da reincidência no Pará?Esse é mais um problema nacional, hoje cerca de 51 % da população carcerária masculina responde a mais de um processo criminal, já 32% da população carcerária feminina tem mais de um processo. No Brasil, não existe um sistema interligado nacionalmente, e não sei se essa pessoa que responde um processo aqui não está sendo procurada no Rio Grande do Sul. Precisa-se criar essa integração. Por isso todo e qualquer dado que se fale de reincidência criminal é falacioso, pois não temos como afirmar com precisão, já que não existe um sistema integrado nem no judiciário e nem no executivo.

O trabalho de ressocialização com os detentos é fundamental, um dele é o projeto “Conquistando a Liberdade”. Como funciona esse projeto?É um projeto muito bonito, fácil de fazer e de iniciativa de um juiz mineiro, o Deomar Barroso. No “Conquistando a Liberdade”, levamos um grupo de internos todo mês para a rede de escola públicas, estadual e municipal, posto de saúde, prédios públicos, praças e lá os

presos fazem uma ação de recuperação do espaço, dentre as quais: consertos, pintura, jardinagem, limpeza, reparos hidráulicos e elétricos. Além disso, outros internos vão para a sala de aula para o “Papo de Rocha”, que é um conversa com os alunos, mediada por técnicos do sistema penal, pedagogos, psicólogos e assistentes

sociais. Nesse momento os internos passam a sua historia de vida, numa perspectiva de “contra-exemplo”, isto é, olhem meu exemplo e não sigam o mesmo caminho. Esse projeto trabalha com a prevenção e a reinserção social.

Esse projeto se tornou modelo nacional de reinserção social, referenciado pelo Conselho Nacional de Justiça, o CNJ. Como você avalia esse reconhecimento?O projeto foi selecionando pelo Estado de Pernambuco para ser apresentado no Seminário Nacional de Ações de Reinserção Social, em março deste ano. Dentre 80 projetos existentes no país, o Conselho Nacional de Justiça que estava presente, procurou conhecer de forma mais aprofundada o projeto “Conquistando a Liberdade” e o referenciou como um modelo de reinserção social a ser copiado para todo o Brasil. E isso, claro, é um motivo de orgulho, alegria e satisfação por saber que estamos fazendo um bom trabalho e no caminho certo.

ten. cel. andré cunha

nos últimos 15 anos vem aumentando o investimento na atuação policial. com isso, você acaba aumentando, na mesma proporção, o número

de pessoas presas. .”

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A educação é uma das prioridades da sua gestão?Sim, estou reforçando a rede de educação dentro das unidades prisionais. O Pará ampliou esse número, pois hoje, cerca de 14% da população carcerária no Estado está estudando. Estamos acima da média nacional que é de 9,27%. Entendo que a educação formal e profissionalizante é o principal alicerce de construção de qualquer projeto de reinserção social que se queira fazer com a população carcerária.

Um ponto alto da sua gestão foi a inauguração de uma unidade materno infantil para as detentas do Estado. Esse foi um marco na história do sistema carcerário do Pará, não?A Unidade Materno Infantil da Susipe representa um avanço muito grande. Precisávamos resolver, de imediato, o problema das internas grávidas que quando tinham seus bebês, pelas condições do Centro de Recuperação Feminino, não podiam ficar com seus bebês e nem podiam amamenta-los pelo tempo mínimo de aleitamento materno determinado pelo Ministério da Saúde. Hoje, com a inauguração desse espaço, essa realidade mudou.

Com relação a concursos públicos, para agentes prisionais, existe alguma previsão? O projeto de lei está ainda em fase de reestruturação de todo o sistema. É importante deixar claro que já há previsão do cargo de agente penitenciário, só que na lei atual os requisitos exigidos são apenas a escolaridade. Então não há como fazer um concurso exigindo só a escolaridade para um cargo dessa dimensão. É preciso que haja uma série de outros requisitos para ingresso, como avaliação psicológica, teste físico, avaliação médicas, etc., necessidades que a lei não contemplava, por isso foi descartada a realização de qualquer concurso com o normativo vigente. Mas, já existe a elaboração de um novo normativo que será enviado à Assembléia Legislativa do Estado, para a criação do cargo de agente de vigilância e escolta, que será o profissional que terá o porte de arma funcional, que poderá prover a segurança externa, a segurança de muralha e apoio ao transporte de presos. Os servidores que ingressarem nessa carreira nova substituirão, gradativamente, o apoio que hoje vem sendo prestado pela policia militar. A nossa meta é encaminhar esse projeto de lei ainda nesse primeiro semestre.

Quais são suas outras metas para o Sistema Penitenciário do Pará?A minha principal meta é equalizar a população carcerária em todo o Estado adequando o número de vagas ao número de presos. Mas também pretendo aumentar o número de internos(as) estudando e se profissionalizando, atingindo a marca de 30% da população carcerária; aumentar os postos de trabalho aos egressos; aumentar a profissionalização do servidor que trabalha no sistema penitenciário com cursos de qualificação; reestruturar a Susipe mudando o formato organizacional e o modelo de gestão das unidades prisionais além de migrar para a prisão domiciliar com a vigilância eletrônica.

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Adaptação da Canção de Renato Russo gravada pela banda Legião Urbana, conta a saga de João de Santo Cristo, desde sua infância, no interior da Bahia, até sua ida para Brasília no início dos anos 80 onde se envolve com o tráfico. Durante sua ascensão no crime ele conhece Maria Lúcia, uma menina linda, por quem se apaixona. Ele decide mudar de vida para viver ao seu lado, mas parece ser tarde demais pra ambos: suas antigas conexões os colocam em oposição a Jeremias, um rico traficante local que também quer o amor de Maria Lúcia.

Com imagens de arquivo, filmadas por Vladimir Carvalho desde o fim dos anos 1970, o documentário encerra uma trilogia sobre a construção cultural e ideológica da capital federal. Traz as bandas de Brasília – Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude – que fizeram a trajetória clássica do herói: vencer empecilhos e ir atrás de um grande desafio que era a conquista de um lugar na cultural nacional. Eles fazem parte da primeira geração de filhos de políticos, diplomatas e outros intelectuais que começou a surgir nos anos 1980.

ROCK BRASÍLIA - Era de OuroDireção: Vladimir CarvalhoDistribuidora: Canal Brasil

O filme conta história da transformação de Renato Manfredini Jr. no mito Renato Russo, revelando como um rapaz de Brasília, no final da ditadura, criou canções como ‘Que País é Este’, ‘Música Urbana’, ‘Geração Coca-Cola’, ‘Eduardo e Mônica’ e ‘Faroeste Caboclo’, verdadeiros hinos da juventude urbana dos anos 80 que continuam a ser cultuados geração pós geração por uma crescente legião de jovens fãs.

Faroeste Caboclo - O FilmeDireção: René SampaioDistribuidora: Europa Filmes

Para Assistir

Para Baixar

Infinite FlightFlying Development Studio LLC(IOS e Windows Phone)

MagicPlanSensopia Inc(IOS)

Divirta-se com um simulador de voo completo na palma de suas mãos. O Infinite Flight oferece a experiência de simulação de voo mais completa para dispositivos móveis. Comande uma ampla variedade de aeronaves ricas em detalhes por diferentes regiões ao redor do mundo – durante o dia ou à noite – sob várias condições atmosféricas e com uma enorme gama de configurações de peso. Você pode aprimorar suas habilidades com o sistema de câmera e replay, que permite que você examine cada momento de seu voo.

Você vai se sentir um engenheiro ou arquiteto com esse app. Ele foi desenvolvido para criar uma planta baixa, para isso basta posicionar-se no centro do ambiente e apontar o dispositivo para cada um de seus cantos. Um conjunto de tutoriais ensina como tirar essas medidas com precisão, inclusive de portas e janelas. As plantas podem ser exportadas, compartilhadas ou enviados para o Floor Planner.

Somos tão JovensDireção: Antonio Carlos da FontouraDistribuidora: Imagem Filmes e Fox Film do Brasil

playgRound

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Para Escutar

Milton NascimentoE a gente sonhandoEmi Music

Ed MottaAORLab 344

O trabalho que traz canções inéditas e algumas regravações de um dos maiores nomes da música brasileira, Milton Nascimento, foi lançado em 2010. Produzido por Marco Elízeo e Milton Nascimento, o disco conta com Wagner Tiso, ao piano, em onze das dezesseis faixas. Outro ponto interessante é a participação dos experientes Vittor Santos (trombone), Widor Santiago (sax), Nelson Oliveira (trompete) e Lincoln e Ricardo Cheib (bateria e percussão), que dividiram várias faixas com um coral de 23 jovens de Três Pontas selecionados pelo próprio Milton.

Sem lançar disco de estúdio desde 2009 quando gravou “Piquinique”, Ed Motta lança seu novo álbum “AOR”. Trata-se de uma abreviação do termo “Adult Oriented Tock” ou “ Ambum Oriented Rock”, bastante popular entre os anos 1977 e 1983, quando especialistas se referiam a um som de suingue morno, vocais melosos, instrumental com levada jazzística – acompanhados por piano e teclado – e com alguns eventuais solos de guitarra.Nesse trabalho de inéditas, Ed Motta é beneficiado por letristas que já trabalharam com Adriana Calcanhoto, Rita Lee, Chico Amaral e sua própria mulher, Edna.

Eu não consigo emagrecerPierre DukanBest Seller

Tendo conquistado uma legião de fãs por todo o mundo — entre os quais a famosa princesa Kate, o Dr. Pierre Dukan apresenta em “Eu não consigo emagrecer” a dieta mais popular da França. O autor propõe um plano de emagrecimento saudável e duradouro. Excluindo as características mais rigorosas de quase todos os métodos de emagrecimento — que, muitas vezes, são os motivos para as pessoas deixarem de realizá-los. Apresenta quatro passos simples para a perda de peso sem que seja preciso passar fome ou qualquer desconforto.

Danuza e sua visão de mundo sem juízoDanuza LeãoAgir

Nesta obra, o leitor poderá encontrar crônicas alegres, melancólicas, tristes. Algumas desesperadas, divertidas, outras bem-humoradas, às vezes até amargas, mas todas verdadeiras. As pessoas mudam, no decorrer de uma vida, tudo muda - o rosto, as mãos, os desejos. A maneira de pensar, de ser; por isso a vida vale a pena, por isso é tão fascinante a aventura que é viver.

Para Ler

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O vinho mais caro do mundoO famoso e tradicional produtor Penfolds colocou à venda o Penfolds Block 42 Cabernet Sauvignon 2004, por míseros 168 mil dólares australianos que é o equivalente a aproximadamente R$ 353.000,00. Mas não adianta fazer as contas e achar que este é o preço da caixa com 12. Este é o preço unitário!

Hotel AviãoO Hotel Teuge, localizado em aeroporto homônimo, na Holanda, trouxe

nada menos que uma suíte de luxo dentro de um avião. Mas não é um avião compartilhado entre voo comercial, mas uma aeronave inteira transformada em

uma suíte. Não há mais poltronas, apenas o espaço com uma super cama de casal, mesa, frigobar, poltronas confortáveis e muitas janelas com vista para a

pista do aeroporto. Para os mais ousados, pode-se pagar um “voo” pela cidade. Ponto negativo: não é um passeio para a família, porque só há espaço para duas

pessoas. Preços da hospedagem US$ 454,83 por noite.

Aquário Labirinto Composto por seis aquários

conectados por “túneis”, os peixes podem passear de um aquário para outro, o que permite criar ambientes

diferentes, por exemplo, em cada aquário. Naturalmente, ele já vem com bomba e filtro de água, além de um conjunto de lâmpadas que

dão a iluminação perfeita. Preço U$ 6.500,00.

La Nuit de L’HommeUm dos melhores aromas já fabricados nos últimos 10 anos. O tipo de perfume que se recomenda de olhos fechados para uso noturno, independente da ocasião que seja (desde uma visita a um parente até um casamento ou festas black-tie). Por ser um perfume com uma proposta comercial, ele usa notas mais agradáveis e coringas para não causar tanto espanto ou guerras olfativas nas pessoas ao seu redor. Mas de uma coisa você pode ter certeza: é perfume para a vida toda!Preço: R$ 365,00.

Vertu TiVERTU Ti é o produto mais importante lançado pela inglesa

Vertu. Com sistema Android 4.0 vem composto pelos melhores materiais, como a utilização de uma caixa em titânio, material reconhecido pela sua força, elegância e baixo peso, o VERTU

Ti, é também constituído por pele e possui o maior écran de cristal de safira jamais visto. Preço: € 7.500,00

Nissan EsportivoDurante o Salão de Detroit Andy Palmer, vice-presidente da Nissan, anunciou que a gigante japonesa desenvolveu um pequeno cupê de temperamento esportivo para ficar abaixo do 370Z. Palmer não quis entrar em detalhes, mas confirmou que o carro terá um design “ame ou odeie” e poderá adotar o sistema de propulsão elétrica do Leaf. Além disso, ainda segundo o executivo, o modelo não concorrerá diretamente com os japoneses Subaru BRZ / Toyota GT 86, pois será direcionado ao público mais jovem, tal qual o crossover Juke. Nas fotos o conceito ESFLOW, apresentado em 2011. Fonte: Car and Driver USA

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ditando o chicPatrícia BahiaPromoter de Eventos [email protected]

a noiva entra com qUem?

Por mais informal que seja a cerimônia de casamento tanto na igreja, quanto num salão de festas ou mesmo na sua casa, cada um dos participantes deve saber a ordem de entrada, o seu lugar no altar e na saída da cerimônia.

Sempre que houver cortejo, é preciso marcar dia e hora para ensaiar. Isso deve acontecer poucos dias antes do casamento, evitando esquecimentos. Os noivos, seus pais e padrinhos ensaiam o papel que cada um desempenhará, seguindo um roteiro feito pelo cerimonial do evento, que coordenará tudo no tão esperado dia.

Gosto muito de colocar os padrinhos dos noivos por primeiro. Eles entram intercalados, indo para a direita os padrinhos do noivo e esquerda os da noiva, no altar. Dessa maneira eles receberão o noivo. Entretanto, costuma-se também fazer o noivo entrar primeiro com sua mãe, seguido dos padrinhos do noivo. Depois entrará o pai do noivo com a mãe da noiva, seguidos pelos padrinhos da noiva.

Outra opção usada é entrar noivo com sua mãe. Em seguida o pai do noivo acompanhado da mãe da noiva, seguidos de todos os padrinhos do noivo e da noiva. Todas as maneiras descritas são corretas.

A tradição é a noiva ser a última a entrar, conduzida por seu pai que lhe dará o braço

direito. Ao subir ao altar, no entanto, o noivo lhe dará o braço esquerdo para que ela fique à sua esquerda no altar.

A questão aqui é que nunca entendi a entrada desse casal: pai do noivo de braços dados com

a mãe da noiva. Dizem que isso acontece para simbolizar a aproximação das famílias. Eu, particularmente, acho isso desconfortável, pois a ideia que passa é que sobraram os dois: pai do noivo e mãe da noiva e que por isso se convencionou deles entrarem juntos.

Não satisfeita com essa condição resolvi inovar e no casamento dos meus clientes Raquel e João Daniel, em setembro de 2012, após muitas negociações decidimos que a noiva entraria com seus pais. Afinal se a mãe gera a filha durante nove meses, porque as honras desse tão sonhado dia ficam somente para o pai da noiva?

Da mesma maneira optamos para que o noivo entrasse na igreja cercado pelos seus amados pais.

O resultado foi uma entrada que provocou expressões surpresas nos convidados e mostrou o real sentido da família.

Afinal, regras são para serem seguidas, porém nada nos impede de rompê-las, caso o bom senso permita.

Se a mãe gera a filha durante nove meses, porque as honras desse tão sonhado dia ficam somente para o

pai da noiva?.”

foto: Clarté

Raquel Ferraz a caminho do altar com seus pais, Eliza e Reginaldo.

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a notícia do falecimento de um parente próximo ou um amigo abala o emocional de qualquer pessoa. Ainda mais se você estiver longe, em outra cidade, Estado ou até mesmo outro país. A primeira reação de muitos é correr para o aeroporto e pegar o primeiro vôo, que na maioria das vezes, custa muito caro. Pensando em amenizar esse sofrimento causado pela distância, a Max Domini decidiu oferecer a seus clientes o velório virtual: um serviço gratuito e pioneiro no Pará.

Para quem não pode estar presente no momento de despedida, mas quer prestar suas últimas homenagens, o velório virtual pode se tornar uma boa opção. “O serviço foi criado para atender os que querem compartilhar com os parentes o momento de uma despedida a um ente querido”, diz Weber Melo, sócio proprietário da empresa.

por Liandro Britofotos: Aislan de Paula

velórios entramna era digital

infoRme

A partir de uma solicitação da família, o serviço é disponibilizado e as imagens do velório são transmitidas, ao vivo, pelo site da empresa através de câmeras instaladas no local, permitindo que o velório seja acompanhado à distância, em qualquer

parte do mundo e em tempo real. “Para dar mais segurança e comodidade, o serviço tem acesso restrito. O cliente recebe uma senha para distribuir aos amigos e familiares para acompanharem o velório

virtual”, conta Weber. Quem assistir on line também pode enviar mensagens eletrônicas que serão entregues aos familiares presentes no velório.

O serviço funciona em um prédio com 12 capelas recentemente inauguradas para até 600 pessoas. Os espaços são individuais, com salas reservadas para familiares e adaptadas aos portadores de

velório virtual chega a custar até Us$ 300,00 nos eUa. em belém, o serviço exclusivo já pode ser encontrado na max domini.

Weber melo - empresário

o cliente tem a opção de solicitar ou não a transmissão online dando total privacidade

durante o velório.”

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21Revista alvo - Edição 15

Serviço: Max Domini - Serviços Póstumos

Av. José Bonifácio, 1378 - São Braz(91) 3249-5700 / 3249-6600www.maxdomini.com.br

necessidades especiais, floricultura, cafeteria 24h, estacionamento, elevador exclusivo para a urna funerária e mais de 10 pontos de wi fi.

“O cliente tem a opção de solicitar ou não a transmissão online, como total privacidade, durante o velório. Idealizamos o serviço para dar maior comodidade aos clientes”, enfatiza Weber. As câmeras são de alta resolução e controladas em uma central de monitoramento completamente equipada.

No Brasil, os velórios virtuais ainda não são tão populares quanto nos Estados Unidos, que chegam a custar de US$ 100 a US$ 300 (até R$ 600,00). Mas, segundo números da FuneralOne, uma das empresas responsáveis pela popularização e sofisticação do serviço online nos EUA, o número de velórios transmitidos por streaming aumentou mais de 700% em apenas dois anos, passando de 126, em 2008, para 1.053, em 2010.

CURIOSIDADESJá imaginou um cemitério virtual em que todos os

perfis cadastrados são de pessoas mortas? O site

francês Le Cimetiere www.lecimetiere.net conta

com mais de 10 mil tumbas virtuais. A ideia surgiu

quando o proprietário, Coing-Daguet, decidiu

criar uma página virtual para homenagear seus

artistas preferidos já falecidos. O site ganhou

fama e ele percebeu que podia ganhar dinheiro

com isso. Para incluir uma foto em um perfil é

preciso pagar cerca de 1 euro por imagem.

Com o cartão de crédito, é possível postar

essas imagens e comprar flores virtuais para

depositar no túmulo.

O serviço não é único no mundo. Na mesma

linha, sites como o português Campa Virtual

www.cemiteriosportugal.com e o equatoriano

Jardin celestial www.jardincelestial.com

também oferecem serviços do tipo. Já para quem

pretende encontrar onde um ídolo está enterrado

pode fazer a pesquisa em sites como o Find a

Grave www.findagrave.com, uma espécie de

“Google dos jazigos”.

Interior da Capela.

Sala reservada para familiares.

Interface do programa online.

Moderna estrutura funerária.

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loRotas

nÂo dá mais.

Antônio Carlos [email protected]

Um par de olhos se fixa, outro se desvia como a cena de matrix. O abraço não envolve e o beijo não deseja, abre-se um clima de terça-feira entre os dois. O céu se fecha e um “precisamos conversar” confirma a teoria de Einstein aumentando o espaço e o tempo entre os dois. Segundos transformam-se em horas e a pessoa que parecia estar junto permanece ao lado, mas a sentimos como se estivesse na Cidade Nova mais distante.

Como uma retrospectiva, a jovem até imita o Sérgio Chapelin narrando os bons momentos juntos, as tensões e os momentos de vergonha. O namoro que andava com gosto de miojo frio sem tempero até volta a ter sabor quando uma frase nos deixa tontos, como um “FINISH HIM” no Mortal Kombat ela diz: “Não dá mais...”.

Tontos, mergulhamos em um silêncio, pensando no significado do “não dá mais”. O lado pessimista pensa: “Lá vem mais uma daquelas “DR’s” intermináveis na qual ela fica falando o que sente e eu fico imaginando quanto tá custando a arroba do boi gordo”. Mas logo a realidade samba na nossa cara, pois ela está terminando tudo.

Fomos largados e, enquanto tentamos argumentar com a moça, nossa testosterona grita internamente “É TETRA! Vou pegar todo mundo!”. Ela está irredutível e tenta nos dar razão enquanto algumas lágrimas correm no seu rosto. Vemos lacrimejar esperanças. Ajoelhamos, imploramos, choramos juntos em uma cena típica de um programa vespertino do SBT, fazemos promessas mais absurdas que a eleição do Conselho de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Prometemos mudar, casar, tatuar, fazer concurso, tudo para não sermos largados.

Deparamo-nos de repente sozinhos, com planos desfeitos, sem ninguém para acompanhar nossos sucessos ou consolar nossos fracassos, mas principalmente para dar satisfação. “O subconsciente festeja enquanto mudamos o status de relacionamento do Facebook e passamos a chama-lo de “Face”.

Um mundo de mulheres bonitas parece surgir diante de vários perfis, em milhares de abas do nosso navegador. Conhecemos uma infinidade de pessoas que mostram o nosso nível de desatualização, paramos no tempo e precisamos recuperá-lo.

As coisas e as música também mudaram, e as mulheres da nossa idade sumiram. A comparação

As farras vão ficando mais caras, conforme a sensação

de vazio das noitadas.”

com a ex se torna inevitável e nos pegamos hora ou outra olhando o perfil do nosso ex-relacionamento sério. Ela emagreceu, pintou o cabelo, tá mais bonita. Droga, Quem é esse cara escrevendo “Linda” debaixo da foto dela? Clicamos no perfil dele, transformamos qualquer característica em um defeito. COMO ELA FOI ME TROCAR POR UM CARA QUE COMPARTILHA FOTO DANDO FELIZ SEXTA-FEIRA? ELE É AVIÃOZEIRO!

Damos dois cliques com o mouse no nome dela. Fechamos a janela. Abrimos de novo o perfil. TEM DUAS FOTOS DELE COM ELA! NUMA BOATE! ELE USA BONÉ DE NOITE!

Entre refrões de músicas grunge, de Creep do Radiohead e versos do Raça Negra nos afogamos em

copos de cerveja. Não tínhamos percebido como os refrões dessas músicas fazem sentido, são bonitas. No nosso último esforço pra não aceitar derrota colocamos fotos e mais fotos nossas na internet no álbum “Viva la Vida” em estado

de semi embriaguez com um sorriso no rosto e um pensamento fixo.

As farras vão ficando mais caras, conforme a sensação de vazio das noitadas. Pelo menos não stalkeamos mais a pessoa todo dia, agora apenas três vezes na semana ou quando nos lembramos.

O tempo nos afasta da ex a um nível de se tornar apenas uma conhecida. Um dia o status de relacionamento dela é atualizado para sério. Ficamos curiosos. O cara é advogado, ganha bem, frequenta a Assembleia Paraense.Ela parece feliz ,em Salinas, ao lado dele. Entre sorrisos saídos de um cinismo que aprendemos a desenvolver com solteirice, achamos o cara digno e sussurramos entre os dentes: “por esse, tá valendo ser trocado”. O ciclo está completo, fomos substituídos por alguém melhor.

A vida de solteirice, beirando a glória ou vergonha alheia, leva a uma instabilidade, uma ansiedade. Queremos manter a liberdade conquistada, mas não dá pra aguentar sair todas as noites e encontrar pessoas que parecem ter as histórias iguais até no teor de diferença.

Entre a proeza de uma noite de sábado divertida e um anoitecer triste de domingo ao som da voz do Faustão, repetimos pra nós mesmos enquanto pensamos na vida e tentamos encaixar ainda bêbados, a chave na fechadura: - “Não dá mais ... não dá mais”.

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a francesinha das américas

Mesmo colonizada por portugueses, Belém teve grande influência da burguesia francesa desde meados do século XVIII e, mais fortemente na época do Ciclo da

Borracha, quando também tivemos nossa Belle Époque.

por Thiago Vianafotos: João Ramid

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belém

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quem já visitou a cidade de Cametá, no nordeste paraense, deve conhecer a expressão ‘Já me vú’ (já me vou), que mistura o sotaque paraense a uma lembrança do idioma francês. O que muita gente desconhece é que a semelhança não é uma mera coincidência e pode ser sim, uma herança da grande influência francesa que tivemos desde os meados do século XVIII. Originalmente colonizada por portugueses em 1616, a chegada da comitiva de Francisco Caldeira de Castelo Branco a então Santa Maria de Belém do Grão-Pará, se deu a partir da conquista dos franceses no estado do Maranhão, fundando a cidade de São Luís. Em Belém, os franceses começaram a se fazer presentes a partir do século XVIII, primeiramente pelas grandes expedições europeias pelas Américas e, logo depois, pela imigração incentivada por causa do Ciclo da Borracha. Nesta época, Belém chegou a ser considerada a cidade mais desenvolvida de todo o Brasil e uma das mais prósperas do mundo.

Segundo Claudia Nascimento, mestre em patrimônio, arquitetura e urbanismo, a influência francesa em Belém se deu muito mais em uma mudança de mentalidade e na relação de uso do espaço. “As influências francesas são, antes de

tudo, da mudança de um estilo de vida, em negação ao passado colonial, garantido pelo crescimento econômico do ciclo da borracha. As residências mais ricas passam a atender à demanda social, com salões de música, de visita, onde ocorriam saraus. O Paris N’América é mais que uma edificação comercial: os pavimentos superiores abrigavam a

residência onde, a partir de suas janelas e mirantes era possível vislumbrar a paisagem de Belém da época, sentir a brisa e circular pela casa”, destaca.

A PARIS N’AMÉRICA DE ANTÔNIO LEMOS

Até a primeira metade do século XIX Paris vivia todos os problemas de

uma cidade que crescia de forma desordenada até que, pelas mãos do arquiteto francês Georges-Eugène Haussmann, a cidade ganha um replanejamento urbano e vive o auge do seu desenvolvimento na época, sendo um referencial da Belle Époque europeia.

O cônsul honorário da França em Belém, Sérgio Galvão, destaca este auge do desenvolvimento francês com a feliz coincidência da ascenção exponecial do ciclo da borracha, em Belém. “Os traços mais marcantes da influência francesa em Belém podem ser percebidos na arquitetura

claudia nascimento, - mestre em patrimônio, arquitetura e urbanismo

As influências francesas são, antes de tudo, da mudança de um estilo de vida, em negação ao passado colonial, garantido pelo crescimento econômico

do ciclo da borracha.”

capa

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e no urbanismo daquela época, que deixaram fortes marcas até os dias atuais. Assim como Paris, Belém sofreu um crescimento desordenado por conta das pessoas que vinham de fora usufruir do bom momento econômico. Antônio Lemos, então, importou o modelo urbanístico de Paris e, junto com ele, a apreciação pelos usos e costumes da cidade-luz”, explica.

Foi nesta época que Belém ganhou diversas obras e edificações hoje históricas como o Theatro da Paz, o Palacete Bolonha; o Palácio Antônio Lemos, Sede do Governo Municipal; o Mercado de São Brás, o Bosque Rodrigues Alves e as Praças da República e Batista Campos, fortemente inspiradas nos jardins europeus. Além do traçado de largas avenidas e boulevards, margeadas por mudas plantadas nos corredores da cidade que deu origem aos nossos tão famosos túneis das mangueiras. Tudo isso foi inspirado nos modelos franceses, em especial Paris, e executado por engenheiros

e arquitetos que foram buscar inspiração na reforma urbanística da capital francesa.A elite paraense acompanhou esta tendência importando o modo de vida francês para a nova

Belém que estava sendo construída. “Por conta da grande força econômica, muito da produção artística francesa de arte decorativa foi importada. Lamentavelmente, com o decréscimo do poder econômico das famílias abastadas no início do século XX, muito do acervo mobiliário e de elementos decorativos de várias procedências se tornaram moeda aqui e em vários outros lugares no Brasil e no mundo, em leilões e antiquários. Podemos destacar os casarões da família Facíola que mostram, em suas fotos mais antigas, a riqueza

em elementos decorativos, havendo registro que pertencia ao antigo intendente Antônio Faciola a mais rica coleção de louças, lustres, vasos e outros objetos Art Nouveau. Belém perdeu e vem perdendo suas riquezas”, lamenta Claudia Nascimento.

“Moro em Belém há cinco anos e me sinto tocado pela sua cultura, e, sobretudo, pela música. Fiquei fascinado pelo seu charme. As ruas pavimentadas são muito parisienses. Vários imóveis possuem os nomes de ruas, avenidas, de lugares famosos de Paris.”

Bruno Pellerin (Fotógrafo Francês)

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Já Sérgio Galvão, vislumbra a poderosa cultura da época. “O Theatro da Paz tinha um entorno cheio de pubs e cafés e era o centro da apreciação da arte, onde se apresentavam companhias de diversos lugares do mundo, inclusive francesas, que viajavam até o Brasil para se apresentarem especialmente no Theatro da Paz, algumas vezes esticando a temporada até Manaus, no máximo. As senhoras da sociedade importavam seus tecidos e vestidos diretamente de Paris, e caso fosse necessário fazer algum ajuste, ou até mesmo lavar, as peças eram enviadas até à capital francesa, para que o serviço fosse feito lá”, conta o cônsul.

CONTEMPORANEIDADE Hoje, segundo o consulado francês,

cerca de 800 franceses vivem em Belém. Entre eles está Myriam Mugica, diretora executiva da Aliança Francesa de Belém, uma Instituição sem fins lucrativos que tem o objetivo de promover a língua e a cultura francesa no mundo. Há sete meses morando na cidade, Myriam já se sente sensivelmente em casa e já se familiarizou com as memórias francesas. “Objetos e elementos de decoração, como as estátuas em pedra francesa, e os espelhos e lustres em bronze e cristal do Theatro da Paz, me remetem rapidamente à França. Vi também o órgão da Catedral da Sé, do francês Aristide Cavaillé-Coll, que foi adquirido pela Arquidiocese de Belém em 1882, sendo o maior órgão da América Latina. Na restauração do templo, em 2009, o órgão foi enviado à França novamente, para que também recebesse a manutenção adequada”, lembra Myriam. Dirigindo a Aliança Francesa, ela também fala sobre a valorização do

“A conservação da parte colonial de Belém deixa muito a desejar, não somente por causa do governo, mas principalmente do povo que não tem conhecimento sobre o valor do que possui e, por isso, não dá a devida importância e cuidado.”

Franck Amaddio (Proprietário do Le Massilia)

idioma. “Você sabia que aqui em Belém o ensino da língua francesa era obrigatório nas escolas públicas até metade do século XX? A burguesia da época ainda mantinha grande apreço por usos e costume do velho continente, por isso o modelo de vida europeu significava status. Infelizmente um novo modelo econômico a partir da revolução industrial fez com que o idioma francês perdesse o seu espaço em alguns segmentos, como o de negócios, mas ainda está fortemente ligado ás artes como a pintura e o cinema”, comenta.

Uma outra semelhança que faz de Belém, a “Francesinha das Américas” está na culinária. Morando em Belém há mais de 20 anos, Franck Amaddio é proprietário de um dos mais famosos restaurantes franceses da cidade. Para ele, a culinária paraense e francesa tem muito em comum pelo uso refinado de condimentos e especiarias. “A culinária paraense é muito rica, assim como a francesa. O uso de especiarias e ingredientes diversos dá o toque de requinte e sofisticação aos pratos”, comenta o empresário. E é por toda essa influência quer seja na língua, na cultura, ou da revolução que a cidade sofreu nos tempos áureos da borracha que Belém é até hoje considerada a “Francesinha das Américas”.

sérgio galvâo - cônsul honorário

o theatro da Paz tinha um entorno cheio de pubs e cafés e era o centro da apreciação da arte, onde se apresentavam companhias de

diversos lugares do mundo.”

capa

“Belém é uma cidade muito acolhedora e simpática. Cheguei aqui há pouco tempo, mas já havia estado de passagem, quando batizei a cidade de ‘País dos Sorrisos’. Gostei do calor, das pessoas e da comida.”

Myriam Mugica (Diretora Executiva da Aliança Francesa Belém)

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a vida agitada do dia-a-dia muitas vezes, ou quase sempre, representa uma verdadeira tensão cotidiana: trabalho, compromissos, reuniões, escola dos filhos... É um esforço e tanto administrar tantas coisas! Além disso, é cada vez mais comum passarmos muito tempo “trancados” em ambientes fechados e cada vez mais longe das paisagens naturais.

que tal unir um espaço sustentável ao conforto e modernidade?

por Bianca Teixeira

natUreza a Um cômodode distÂncia

tRaços & ideias

No meio de toda essa turbulência, arquitetos e paisagistas buscam cada vez mais criar ambientes com propostas sustentáveis, diferentes e relaxantes. “Já que as pessoas passam cada vez mais tempo nas ruas, o pouco tempo que passam em casa deve ser agradável e prazeroso”, explica a arquiteta Ana Perlla.

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Perlla, juntamente com o arquiteto José Junior, inovaram mais uma vez. Em parceria com a paisagista Márcia Lima, eles criaram um projeto sustentável unindo conforto e modernidade para atender o desejo de um casal de jovens empresários paraenses, apaixonados pela natureza, e que queriam ter no apartamento, um espaço que lembrasse o frescor e bem estar proporcionados na fazenda da família.

Nesta proposta criada pelos arquitetos, quem é apaixonado por natureza e se vê cercado de arranha-céus sem muita alegria, agora pode ter, dentro de casa, um espaço que proporciona uma sensação de tranqüilidade e o frescor do campo.

“O que criamos não chega a ser tendência e sim um estilo, pelo simples fato da maior parte da decoração da sacada ser com ornamentação natural. Os detalhes em madeira e paisagismo são um toque a mais no acabamento final”, resume José Junior.

ana Perlla- arquiteta

Já que as pessoas passam cada vez mais tempo nas ruas, o pouco tempo que passam em casa deve

ser agradável e prazeroso.”

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32 Revista alvo - Edição 15

tRaços & ideias

A mesa de jantar e suas charmosas poltronas ressaltam o ar familiar do ambiente, que tem uma vista panorâmica da cidade. O revestimento do espaço é feito a partir de ripas de madeira, dando um ar rústico que, junto com os vasos vietnamitas e as plantas ornamentais dispostas verticalmente, retratam o aconchego da natureza por todo canto.

Os detalhes que fazem a diferença são os pequenos vasos e gaiolas que completam a ideia conceitual do espaço. Quando cai a noite, a piscina com cascata torna-se exuberante, por conta de uma discreta fita de LED azul que faz qualquer um perder horas admirando a beleza do ambiente. Como Belém é uma cidade que alterna bastante o clima, os arquitetos criaram um pergolado (peças formadas por pilares e vigas paralelas e vazadas, utilizados como decoração em jardins) em madeira com vidro preto que fica sobre a mesa, para protegê-la do sol e da chuva.

“Viver com estilo faz parte do bem estar de todos. Um simples cômodo de casa pode nos permitir uma fuga da monótona rotina urbana e trazer harmonia para a vida. Manter a sintonia com a natureza não é simples em meio a tanto progresso nas cidades, mas com ideias sofisticadas como essas, fica mais fácil vivenciar esse contato”, conclui Ana Perlla.

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a tragédia em uma boate, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em janeiro deste ano, chamou atenção de todo o país para um perigo muito comum: o tipo de material utilizado nas construções em casos de incêndio. Mais de 240 pessoas morreram na boate Kiss, a maioria delas asfixiadas pela inalação de gases tóxicos. Se o local tivesse um revestimento acústico adequado, isto é, com material não inflamável, as vítimas teriam mais chances de sobreviver ao incêndio.

De acordo com levantamento do Corpo de Bombeiros do Pará, só nos três primeiros meses do ano, mais de 80 casos de incêndios foram

Na hora de construir ou reformar é preciso ficar atento a alguns cuidados e procedimentos necessários pra prevenção de acidentes. a revista alvo

dá dicas de como evitar e o que (não) fazer durante um incêndio.

por Bianca Teixeira

como Prevenir incêndios e agir em casos de emergência.

fogo!

utilidade pública

registrados na Região Metropolitana de Belém. A maioria sem gravidade. Um dos mais recentes casos foi o incêndio na praça de alimentação de um shopping no centro da cidade. O fogo, que teria começado na cozinha de um restaurante, assustou pela quantidade de fumaça.

Na hora de construir ou reformar é importante a supervisão de um arquiteto ou engenheiro de segurança para prevenir sinistros, como o da Boate Kiss. Esses profissionais irão identificar as áreas de risco da residência ou do prédio e verificar o local mais apropriado para serem instaladas portas de emergência, rede de hidrantes, extintores (com pó

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35Revista alvo - Edição 15

Saiba como evitar problemas e prevenir incêndios.- Faça a manutenção dos extintores de incêndio periodicamente e sob supervisão de especialistas- Os extintores devem ser apropriados em locais protegidos e devem ser distribuídos conforme orientação dos Bombeiros- Saiba se o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) do condomínio está válido. A renovação deve ocorrer a cada três anos

- Não obstrua a passagem de emergência com vasos, tambores ou saco de lixos. Jamais use esse espaço como depósito, principalmente de produtos inflamáveis- Observe se a porta corta-fogo do seu prédio abre no sentido de saída das pessoas e se o seu fechamento está completo. Nunca use cadeados ou trincas nestas portas. Verifique periodicamente o estado das molas, trincos e folhas da porta - Chame sempre um profissional da área para realizar serviços que envolvam eletricidade ou instalações de gás - Nunca sobrecarregue uma extensão, também não faça tomadas improvisadas- Fique atento para a voltagem da sua casa e veja se elas são iguais as voltagens dos seus aparelhos - Produtos de limpeza com base de álcool, cigarros mal apagados e óleos são grandes disseminadores de chamas, mantenha-os afastados principalmente do fogão

CUIDADOS BáSICOS QUE DEVEM SER TOMADOS

químico, água e CO2), rotas de fuga sinalizadas e até mesmo equipamentos como sonorização de alarmes, em caso de pânico.

CUIDADOS COM A CASAO jornalista Carlos Ferreira foi surpreendido

com um incêndio em seu apartamento. O episódio aconteceu em novembro de 2005. Ninguém estava na residência no momento do incêndio, quando as chamas destruíram praticamente dois quartos e a cozinha. Na época, a perícia do Corpo de Bombeiros apontou que um curto circuito em um dos quartos provocou o fogo.

“Hoje em dia, quando saímos desligamos os aparelhos da tomada. No prédio, passou a haver maior atenção com equipamentos. E na reforma do apartamento, trocamos toda a fiação, usando fios de maior capacidade”, completa Carlos, explicando que as atitudes no lar mudaram após o incêndio.

O major do Corpo de Bombeiros Jaime Oliveira orienta que, para evitar esse tipo de situação, é necessário revisar frequentemente a fiação elétrica a cada pelo menos seis meses. “É preciso verificar se os disjuntores não estão aquecendo, se as tomadas não estão sobrecarregadas. É importante também dar preferência, se possível, para as mobílias feitas de materiais com densidade alta, como é o caso da madeira que dificulta a propagação do fogo”, conclui.

Síndico a mais de um ano, José Chama se preocupa com a segurança dos moradores do edifício que administra e mora. Todos os anos há verificação do estado de condições das mangueiras de incêndio e extintores do prédio, sendo sempre vistoriado, e, quando vencidos, recarregados por uma empresa especialista na área. Para José, um dos maiores desafios em termos de prevenção contra incêndio é manter o pessoal que trabalha no condomínio sempre atento as medidas de prevenção. “Graças a Deus nunca tivemos nenhum problema, até hoje, e temos buscado através da prevenção que nada aconteça e se por ventura acontecer algo que seja minimizado ao máximo”, completa.

MINHA CASA ESTá PEGANDO FOGO, E AGORA?

O importante é manter a calma e pensar

antes de agir. Verifique se há mais pessoas na

casa e, após encaminhá-las a um local seguro,

tome algumas providências:

- Não acenda nenhuma luz e desligue o

fornecimento de energia da residência.

- Feche o gás e retire o botijão da zona do

incêndio.

- Abafe o fogo com um cobertor molhado

- Não use água para apagar chamas produzidas

por óleos.

- Lembre-se de ligar para a emergência (193)

*ANOTE AÍO telefone do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros é 3231-0717 ou 3231-0737

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36 Revista alvo - Edição 15

*SAIBA MAISQuer saber quais são as recomendações da ABNT para combate a incêndios? Acesse: www.abnt.org.br

Você sabia que no Brasil não há uma lei

nacional que estabeleça as regras de prevenção

e proteção contra incêndio? As leis são estaduais

e, por isso, cada governo estabelece uma lei

com base em normas locais ou estabelecidas

pela Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT) ou mesmo pela Consolidação das Leis

de Trabalho (CLT). Segundo a ABNT, ao todo,

existem 64 recomendações de segurança

contra incêndios no país, mas elas não têm

valor de lei. Elas podem ou não ser seguidas

pelas legislações estaduais.

GRANDES INCêNDIOS QUE ACONTECERAM EM BELÉM 26/08/2012: o prédio da Receita Federal, localizado na Av. Presidente

Vargas, pegou fogo. As chamas atingiram cerca de 7 andares. Não houve feridos. O prédio está interditado até hoje.

01/08/2010: incêndio destruiu pelo menos 5 andares do prédio do INSS, em Belém. Felizmente, ninguém ficou ferido. O prédio continua interditado.

13/10/2002: durante a procissão do Círio de Nazaré, uma casa comercial no centro de Belém pegou fogo horas antes da berlinda de Nossa Senhora de Nazaré passar pelo local. O fogo teria começado por causa de um foguete disparado dentro do estabelecimento. Atualmente, o empreendimento opera normalmente.

18/12/2001: o fogo destruiu a invasão Riacho Doce, no bairro Guamá, em Belém, deixando pelo menos mil pessoas desabrigadas. Não houve feridos. Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo teria começado com um curto-circuito provocado por uma instalação elétrica clandestina.

18/08/1999: quatro pessoas morreram em um incêndio seguido de explosão na loja Bechara Mattar, localizada no bairro da Cidade Velha, em Belém. A loja era tradicional em vendas de fogos de artifício. O espaço onde era a loja está desativado hoje em dia.

21/12/1999: Uma pessoa morreu em um incêndio na boate Mystical, em Belém. O fogo teria começado depois que uma atração da festa tentou improvisar um show pirotécnico. As chamas atingiram o teto que era coberto de espuma para fazer o isolamento.

UMA CASA DE FESTA SEGURA CONTA COM:- Pelo menos duas saídas de emergência em paredes distintas com portas corta-fogo;- Extintores distribuídos de forma adequada;- Sinalização nas paredes, indicando a rota de fuga;- Alarmes de incêndio nas paredes;- Revestimento com material não inflamável;- Splinkers (pequenos chuveiros) distribuídos no teto do local.

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na infância, os carros fazem parte do mundo de fantasias e sonhos da maioria dos meninos. alguns, transformam a brincadeira em uma paixão para a vida toda. e o que era uma coisa de criança, se transforma em papo

sério de colecionador.

por Catarina Barbosa

antigomobilistasa arte de colecionar carros

compoRtamento

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39Revista alvo - Edição 15

no universo masculino, é difícil encontrar alguém que não goste de carro. Logo na infância, essa é a brincadeira favorita da maioria dos meninos. Mas, com o passar do tempo, a história muda, alguns transformam sonho em realidade. São os que não se contentam – assim como as crianças – com um, dois, três, quatro ou cinco automóveis na garagem. Então, o hobby torna-se colecionar e se tornar um “antigomobilista”.

Nos EUA e Europa, essa é uma prática bastante comum. Aqui no Brasil, ainda é novidade, mas já começa a atrair a atenção de muita gente. O comerciante Antônio Monteiro Neto tem apenas 21 anos, mas já possui na garagem de casa cinco carros antigos e assume que assim como a maioria dos garotos, cultiva o hábito desde a infância. “O meu pai adorava carros antigos. Quando eu era pequeno já sonhava em ter vários modelos. De certa forma, acredito que essa minha paixão por carros é hereditária”, brinca.

Essa hereditariedade faz parte também da história do primeiro carro do Antônio, um Opala Diplomata 1992, presente do pai aos 15 anos. “O carro estava meio parado, mas como meu pai sempre cuidou muito bem dos seus veículos, eu só precisei fazer uma revisão para começar a usá-lo”. Além do Opala, o pai dele tinha também um Landau 1982.

Apaixonado por seus veículos, Antônio mantém todos os carros até hoje e não pensa em vendê-los. Depois do Opala Diplomata 1992 vieram a Caravan Diplomata 1990; o Opala Diplomata 89; o Ômega Cd 95; e a Blazer Executive 2000. Todos com as suas características originais – um diferencial para qualquer colecionador.

Para um antigomobilista, ou seja, alguém que tem admiração por carros antigos, um dos mais importantes troféus é a tão sonhada placa preta. De acordo com a regulamentação do Contran, para adquiri-lo, é preciso ter um veículo com mais de 30 anos, que mantém 80% de suas características originais. É necessário ainda apresentar um certificado de originalidade do automóvel, expedido por um clube reconhecido pelo Departamento Nacional de Trânsito.

Criada em 1997, a placa preta foi uma forma de garantir a segurança dos donos de veículos antigos que circulavam na cidade. Devido ao rigor do Código Brasileiro de Trânsito de 23/9/1997

(Lei 9.503), quem fosse dono de um carro antigo teria grande dificuldade de circular com as suas relíquias, pois a legislação exigiria modificações e adaptações, que descaracterizariam os veículos. Logo, a categoria

“de coleção” é identificada por veículos com placas de fundo preto e letras cinza.Para Antônio adquirir a primeira placa preta do seu veículo, ainda faltam seis anos e mais alguns gastos. Isso porque ele precisará se associar a algum clube filiado à Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA) para poder realizar a vistoria do carro. O problema é que em Belém não há nenhum clube desse tipo. Então será necessário procurar um em outra cidade do país. “É impossível que um carro com mais de 30 anos tenha todas as peças originais. Os peritos vão tirando pontos conforme as alterações feitas. Só exigimos que o veículo mantenha as características de fábrica, como pintura, estofamento e motor, que devem preservar o

antonio monteiro neto - comerciante

o meu pai adorava carros antigos. quando eu era pequeno já sonhava em ter vários modelos. de certa forma, acredito que essa minha paixão por carros é hereditária.”

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padrão original. Depois da vistoria é necessário o pagamento de uma taxa de licenciamento anual, como de qualquer veículo”, explica o especialista Thiago Songa, da FBVA.

Mas, enquanto esse momento não chega, Antônio se diverte ao cuidar e dirigir seus carros. “Pra mim, é uma terapia. Os carros me dão a oportunidade de voltar no tempo e a sensação é muito boa. Não tem como explicar. Você passa com o seu carro, as pessoas olham, comentam, perguntam e elogiam. Gosto de todo tipo de carro, mas os antigos são os que eu mais aprecio”, finaliza.

COLECIONADOR SIM, CIUMENTO NãOQuando você pensa em alguém que coleciona

algo, logo vem à mente a imagem de uma pessoa que não deixa você tocar no seu objeto de coleção por nada nesse mundo, certo? Bom, esse não é o caso do empresário Marcel Amazonas Campolungo, de 40 anos.

Dono de três carros antigos: um Shelby Cobra, uma Caravan 78 e um Ômega 98, ele afirma que se alguém pedir seus carros, ele empresta sem nenhum problema. E mais: ainda aluga seus veículos. Acredite!

Marcel conta que começou a “mexer” em automóveis aos 17 anos, mas que desde criança gosta de carros, como é de praxe. O primeiro, ele comprou aos 18, porque era um ótimo negócio e na época ele não tinha muitos recursos. Depois de dois anos com o veículo, ele o vendeu – em perfeito estado – e comprou um Cadete 1994, com o qual ele ficou por um tempo um pouco maior: cinco anos, mas também acabou vendendo.

Marcel e outros colecionadores de carros antigos se reúnem informalmente aos domingos na Casa das Onze Janelas, em Belém, para conversar obviamente sobre automóveis, peças,

família, filhos e a vida. “Há muitas pessoas com interesse em carros antigos na cidade, mas o nosso grupo deveria se chamar ‘Desunidos Car Club’, porque nunca conseguimos reunir um número considerável de pessoas”, afirma aos risos, dizendo ainda que a capital paraense não tem um espaço que suporte e promova um encontro de carros antigos, o que eles fazem é mais um encontro de alguns quarenta amigos, que dificilmente se unem no mesmo dia.

CARROS E MULHERESQuem disse que mulher e carro não combinam?

Piadas à parte, as esposas e namoradas dos colecionadores de carros antigos não gostam muito desse hobby, principalmente, por ele ser um pouco dispendioso. A esposa do administrador Mauro Corrêa, de 54 anos, já deu um veredito. “Se comprar mais um carro, peço o divórcio”. O lado bom disso, afirma Corrêa, é que ela nunca cumpre suas ameaças, diz aos risos.

Dono de três carros, um Fusca da primeira série 86; um Fusca Itamar 93; e uma Caminhonete, ele sonha em comprar mais carros (se a esposa permitir, claro). Contudo, Mauro aponta algumas dificuldades que um colecionador de carros antigos enfrenta aqui em Belém. “Além de ser um hobby caro, a questão do estacionamento também é um empecilho. É preciso ter um local para guardá-lo, coberto e fechado. O registro de colecionador, então, nem se fala. É preciso ir pra outras cidades”, comenta.

Além de carros, Mauro coleciona também carrinhos em miniatura e revistas de automóveis. Ele tem todas as edições da Revista Quatro Rodas, lançada em agosto de 1960. “Tudo conectado ao universo automotivo me fascina, é algo que me instiga e faz muito bem”, assume.

compoRtamento

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AMIGOS DE “GARAGEM”Hoje em dia, é cada vez mais comum

encontrarmos carros modificados, com peças e acessórios pra lá de extravagantes. Os jovens, em particular, são os que mais gostam de “tunar”, ou seja, aprimorar motor e acessórios dos seus veículos. O empresário Leonardo Barreto, 23 anos, é um deles. Dono de dois Civic: um VTI 1993 e um 1994, ele afirma que além da paixão pela marca, tem também uma “queda” por carros pretos – seus dois veículos são dessa cor.

A sua menina dos olhos é o VTI 1993, ao qual ele dedicou um ano inteiro para deixar do seu jeito. Por trabalhar em uma empresa que vende peças automotivas, ele afirma que tem uma certa facilidade em cuidar dos seus veículos, mas que, apenas, isso não é o suficiente. “Para ter um carro antigo, por mais que ele seja modificado, é importante conhecer fóruns e sites que vendem

peças no exterior, porque do contrário, a pessoa vai ter mais dor de cabeça do que alegria com o carro”, defende.

A Honda possui um fórum nacional formado por pessoas que possuem o veículo no Brasil inteiro. Em 2008, foi feito o mesmo em Belém, por quem

possui o carro. “O Honda Club Belém, na verdade, é um grupo de amigos que se uniram por causa do cuidado que temos com o carro, mas que foi muito além”, afirma o jovem que diz ter feito bons amigos, por meio do grupo.

De uma simples brincadeira de criança ao papo de gente grande, os antigomobilistas mostram

que o hobby pode manter viva não só a história dos automóveis, mas de uma época, fazendo com que cada veículo antigo traga um saudosismo extraordinário da infância, além de manter viva a paixão pelas quatro rodas.

maur corrêa - administrador

além de ser um hobby caro, a questão do estacionamento também é um empecilho. é preciso ter um local para guardá-lo, coberto e fechado. o registro de colecionador, então, nem se fala. é preciso ir

pra outras cidades.”

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lado bApoena AugustoAdministrador de [email protected]

Lado AO fotógrafo americano Matt Blum é o pai do instigante The Nu Project, que tem o objetivo de mostrar que todas as mulheres são bonitas. Através de suas lentes, voluntárias – já foram mais de 100 - são mostradas nuas, com pouquíssima maquiagem e sem nenhum retoque digital. A equipe estará no Brasil para produzir ensaios no Rio, Sampa e BH e as inscrições podem ser feitas através do site thenuproject.com/participate/A ideia é ótima, mas acreditar que ninguém precisará, digamos, de um retoque parece um tanto quanto utópico.

TorcidaPor falar no assunto, do jeito que a coisa vai para a cova, só nos resta torcer para que, no meio artístico, não nos sobre apenas a nata do lado B (ou “Z”, para muitos) como Restart, Belo e Cia. que continuam aí, vivinhos da Silva.

RedençãoChorão, líder da banda roqueira Charlie Brown Jr., falecido em abril deste ano, era reconhecidamente uma pessoa de temperamento difícil, acabou musicalmente comparado ao icônico Renato Russo que, se vivo fosse, estaria se sentindo como Daniel na cova dos leões.Já o dublê de ditador Hugo Chávez, em sua partida desta para uma pior, arrancou lágrimas de crocodilo dos líderes mundiais, que o destacaram como “uma voz diferenciada na América latina”.Não é de hoje que a morte faz do defunto um quase anjo...

ZebraApós assistir ao empate dos canarinhos contra a Itália e saber que a folha de pagamentos da Seleção Brasileira gira em torno de R$ 15 milhões/mês só com os salários dos jogadores, torcedor brazuca acredita que é melhor não comprar ingressos para a final da Copa. É mais seguro arriscar até as quartas. Vai que...

Direto do OlimpoApós a tão badalada fumaça branca anunciar a chegada de Francisco, o novo Papa, veio a enxurrada de piadas, gracejos e afins com a nacionalidade hermana da santidade.Algumas de gosto duvidoso, outras carentes de sal, outras até bastante inspiradas. Mas a melhor mesmo foi a frase dita pelo sempre polêmico Maradona que, do alto de sua eterna modéstia, disparou: “O Deus do futebol é argentino. O Papa também”. Daí haver concordância geral é outra história...

Muy amigoPara quem ainda não considera bom negócio pegar um táxi após se afogar em água que passarinho não bebe, o perfil @blitzbelem, primo do carioca @leisecarj e “al caguete” das blitzes da cidade, funciona como aquele amigo que, mesmo percebendo que você encontrou a coragem no fundo da garrafa, permite que vá embora dirigindo. Só não espere vê-lo chorando em seu funeral.

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Ophir Cavalcante Júnior

por Liandro Britofoos: Aislan de Paula

peRfil

“O grande segredo para você ter reconhecimento é buscar fazer as coisas de forma correta.”

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sabe aquele ditado popular que diz “tal pai, tal filho”? Ophir Cavalcante Júnior é filho do ex-presidente nacional da OAB, Ophir Filgueiras Cavalcante, que exerceu o mandato entre os anos de 1989 a 1991. A paixão pelo Direito parece ter sido uma herança de família. Coincidentemente (ou não), Ophir também se tornou presidente nacional da OAB. Com 30 anos de carreira, Ophir Cavalcante Júnior entrou na Universidade Federal do Pará (UFPA), com apenas 17 anos para cursar Direito. Pensou em ser engenheiro, antes. Mas, na escola apesar de gostar de matemática, não ia muito bem em física. Então descartou o curso de engenharia e decidiu ser advogado. “Escolher uma profissão nessa idade é muito complicado. Eu tinha muitas duvidas como a maioria dos jovens. Eu gostava da área de humanas, o meu interesse era cuidar do ser humano. Mas, não da sua saúde. A liberdade do ser humano foi o que sempre me tocou para trabalhar da advocacia”, explica Ophir.

“O grande segredo para você ter reconhecimento é buscar fazer as coisas de forma corretamente. É cumprir os seus deveres e obrigações. É trabalhar. Trabalhar com seriedade, honestidade e transparência, não querendo alcançar a riqueza a qualquer custo ou crescer a custa dos outros. Isso vem de uma forma natural e títulos reconhecimento do trabalho que você desenvolve. O mais importante é você trabalhar para si e devolver para a sociedade, aquilo o que ela investiu em você. Estudei a vida toda em escola pública”, conta.

Depois da graduação, Ophir continuou os estudos no mestrado e logo em seguida se tornou professor da UFPA. Em 2010, ele foi eleito presidente nacional do Conselho Federal da OAB, até janeiro deste ano, repetindo os passos do pai. “Não me arrependo e Deus me encaminhou de forma correta a partir dos exemplos que eu tive em casa”, ressalta relembrando a influência da família durante a adolescência.

Hoje, depois de 3 meses após o fim do mandato, a agenda ainda continua cheia. Os compromissos surgem nos quatro cantos do país. “Se aceitasse todos os convites eu passava o tempo todo fora de casa e até da sede da Ordem em Brasília, só viajando”, brinca. Muito ligado a família, ele confessa que não foi nada fácil quando teve que se mudar para Brasília. “Eu não queria deixar meus filhos. Nestes casos, a família acaba sendo a mais prejudicada, mas eu espero que eles tenham compreendido esse período, pelo meu trabalho”, afirma.

Ophir vem a Belém, pelo menos uma vez por mês, para administrar o escritório de advocacia que tem na cidade com outros sócios. Mesmo após o fim do mandato na presidência da OAB, ele deve continuar morando na capital federal onde possui outro escritório de advocacia, além de ocupar o cargo de Procurador do Estado do Pará. “Na OAB procurei fazer com que a advocacia fosse como um instrumento de defesa do cidadão e defender o combate à corrupção e a

impunidade no país. Conversamos muito sobre estes dois assuntos na minha gestão. Participei ativamente na votação do projeto ficha limpa. Empreendemos uma visão critica a postura de políticos públicos que fazem de seu cargo interesses particulares e não representam o cidadão. Nestes casos fomos extremamente duros na cobrança por parte de punição. Isso foi muito bom para o Brasil”, ressalta.

CRíTICAS AO MECDurante seu mandato na presidência nacional

da OAB, Ophir também criticou veementemente o crescimento no número de cursos de Direito, no país. “Em 1990 eram cerca de 300 cursos superiores. Hoje são mais de 1.300 em todo o país, totalizando cerca de 850 mil vagas. Estamos formando um exercito de profissionais qualificados do ponto de vista do ensino. E isso, na verdade, tem proporcionado uma indústria de profissionais muitas vezes, sem qualificação”, diz.

Para Ophir, a questão se trata de um estelionato educacional. “Quando o aluno entra na universidade é prometido que ela sairá de lá com a carteira da OAB,

pronta para advogar. Quando se chega ao final do curso, ele precisa fazer a prova. Ai é que você vê que foi enganado. Eu lamento muito, mas todas as pessoas que ficam reprovadas, na grande e esmagadora maioria, são vitimas de um sistema. Um sistema nefasto que o governo Federal implementou como uma forma de se justificar perante a opinião publica internacional de que tinha no país uma nova classe de nível superior com a possibilidade de

ascender socialmente. Hoje, a maioria dos advogados formados não são aproveitados no mercado de trabalho porque não possuem a devida qualificação”, denuncia.

“O grande inimigo do estudante não é a OAB. Eles devem cobrar do MEC em fiscalizar e fechar cursos desqualificados. “Se ela (Universidade) cobrar do aluno perde a matricula do estudante que deixa de ter acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) que é oferecido pelo Governo. Então ela tem que aprovar. Se o professor desafiar esse sistema é colocado para fora”, garante.

Segundo Ophir, o MEC ainda precisa dar respostas à sociedade sobre o assunto. “Ficamos três anos batendo nessa mesma tecla, sendo bastante exigentes, e não fomos ouvidos como gostaríamos de ser. Agora há uma quantidade muito grande de alunos reprovados que estão fazendo pressão sobre o Governo”, comenta.

Dividido entre o trabalho e a paixão pela família, Ophir já tem planos para o futuro. “Agora eu quero voltar a estudar pro doutorado e ter mais tempo pra minha família. Aprendi com meu pai saber à hora certa de sair. É muito bom entrar, fazer o que deve ser feito, com a certeza de que se fez o melhor, mas também temos que ter a consciência de que a alternância do poder é essencial em qualquer democracia”, finaliza.

em 1990 eram cerca de 300 cursos superiores. hoje são mais de 1.300 em todo o país, totalizando cerca de 850 mil vagas. estamos formando um exercito de profissionais qualificados do ponto de vista do ensino.”

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moda? Beleza? Bem estar? Maquiagem? Sapato e bolsa? Uma infinidade de assuntos é discutida principalmente pelas mulheres na internet. O que faz de um blog uma ferramenta de sucesso é a interação que ele possibilita ao leitor. E isso, as mulheres “tiram de letra”.

A pernambucana Camila Coutinho é designer de moda por formação, mas blogueira por profissão. Criadora do site “Garotas Estúpidas”, Camila conta que a ideia de ter um blog surgiu de um “surto” criativo, durante uma madrugada de insônia, ainda em 2006. “A intenção sempre foi dividir com as minhas amigas as novidades de moda, beleza e celebridades, sem ligar pra quem falasse que aquilo era tudo bobagem ou futilidade”, relembra.

O blog é acessado por internautas com uma faixa etária entre 18 e 35 anos. As cidades de São Paulo, Recife e Rio de Janeiro, respectivamente, são as que registram a maioria dos acessos. Atualmente, o site conta com uma média de 70.000 visitantes únicos,

quando um hobby vira business. o que antes era usado como um “diário virtual”, onde se postava sobre qualquer assunto, hoje em dia é visto

como um novo meio de divulgação de marcas e produtos.

pRofissão

por dia e, de acordo com o ranking mundial 2011 do site Signature 9, o “Garotas Estúpidas” está em 21º na lista dos 99 blogs de moda mais influentes do mundo. Em 2010, o blog da pernambucana foi o único brasileiro citado pela Vogue Paris, como um dos 45 blogs de estilo que mais valem o clique.

Em Belém, três blogueiras também estão encarando a aventura de transformar o “diário

virtual” em algo prazeroso, comercial e lucrativo. Blogueira assumida desde 2009, a publicitária Gabrielle Malato, 23 anos, é uma das

pioneiras em ter um espaço na internet dedicado à discussão sobre moda, beleza e bem estar. “Falar de moda me ajudou a quebrar vários paradigmas que eu tinha. Mas, o meu blog não fala só disso não, falo também sobre saúde, maternidade, entre outros assuntos”, completa da dona do “Blog da Gaby Malato”.

Em 2011, a publicitária Ste Costa, 27 anos, criou o “Conteúdo Fútil”. O blog conta com dicas

Profissão: blogUeiraspor Bianca Teixeirafotos: Aislan de Paula

rebeka alves - blogueira

Já me identificava por completo com a atmosfera da moda.”

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e editoriais de moda. Segundo Ste, a ideia surgiu em um momento casual. “Sempre trabalhei com audiovisual em produtora de Vídeo, assumi a MTV Belém por dois anos, mas na época estava trabalhando com uns serviços mais burocráticos e isso me incomodava. Já lia blogs de moda e beleza há uns três anos e foi aí que resolvi sair do status de “leitora” e me tornar uma blogueira”, lembra.

E no meio de tantas dicas de moda e de beleza, parece que não foram só as adolescentes e mulheres que ligaram os holofotes para este tipo de fonte de informação. Várias marcas e empresas brasileiras, e até paraenses, já estão vendo os blogs como uma nova ferramenta de marketing. A

influência das internautas nesse processo cresceu tanto que já motiva a criação de diferentes modelos de negócio e, como consequência, abre espaço para empreendedoras que conhecem a lógica de funcionamento das redes.

Recentemente, Gaby Malato e Ste Costa se juntaram a blogueira paraense, Rebeka Alves, dona do blog “Tulês e Paetês” para organizar o primeiro evento de “moda virtual”, em Belém. Escrevendo há mais de um ano para o blog, Rebeka se diz apaixonada pelo mundo da moda. “Já me identificava por completo com a atmosfera da moda e a partir do momento que me encontrei na profissão de arquiteta isso passou a ser ainda mais evidente. Como trabalho com design de interiores, sempre senti a necessidade de buscar o que tinha de mais novo sendo lançado. Cores, tecidos, formas, querendo ou não está diretamente atrelado à moda”, completa a blogueira.

As três juntas organizaram o “#MulherNaModa”. O talk show sobre moda, tendência, mercado, beleza e bem estar contou com 14 marcas patrocinadoras, além de reunir diversas mulheres apaixonadas pelo assunto. O evento reuniu um público formado, na sua maioria, por mulheres e adolescentes ligados nas tendências, além de estilistas e estudantes de moda e foi um sucesso. “Nós não esperávamos tamanha repercussão. O evento atraiu os olhares do público para uma tendência que também já começa a despontar em

ste costa- Publicitária

Já lia blogs de moda e beleza há uns três anos e foi aí que resolvi sair do status de “leitora” e me tornar uma blogueira.”

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Você conhece a rede F*hits?Criada em 2010, a rede F*Hits reúne 25 blogs. Ela é “a primeira prime network de moda do Brasil”, com conteúdo, produtos e serviços destinados a um público feminino de alto poder aquisitivo. A rede se desenvolveu e conta, desde janeiro, com uma plataforma própria de comércio eletrônico, o F*Hits Shops, cujo acesso é restrito. Ela funciona da seguinte forma: para acessá-la, a consumidora deve preencher um cadastro com informações sobre seu manequim. Se usar roupas menores que o tamanho 46, a candidata tem chances de ser aceita. As ofertas do F*Hits Shops são todas temporárias e sempre compõem um “look” diferente.

Belém”, avalia a blogueira Ste Costa. Para Gaby Malato, em outras cidades do Brasil,

os blogs já são vistos como uma ferramenta de marketing e informação. “Aqui em Belém, o mercado, no geral, está começando a ter essa visão. Acredito que estamos em um ponto que agora o nosso hobby virou trabalho e está sendo bem visto”, destaca.

Donos de uma franquia de relógios, os jovens Camila Cavalcante e Rogério Reghin são exemplo de empresários que acreditaram e apostaram no potencial mercadológico oferecido pelos blogs. Logo quando lançaram a franquia em Belém, eles firmaram, como estratégia de marketing, parcerias com algumas blogueiras. Inicialmente avessos às redes sociais, os empresários confessam que se renderam ao mundo virtual por culpa do trabalho. “Até seis meses atrás não se ouvia falar em blogs da maneira como está se falando atualmente. Hoje todo mundo está conectado e as estratégias de propaganda estão seguindo o mesmo caminho, em busca desse mundo de consumidores virtuais. É uma ferramenta que quando associada às redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter gera uma visibilidade instantânea e retorno imediato”, opina Camila Cavalcante.

A resposta do investimento em blogs veio nas vendas do natal do ano passado. Segundo os empresários, ao realizar uma ação mercadológica com as blogueiras semanas antes das festas de fim de ano, a franquia conseguiu superar 60% das vendas previstas para a época.

AS RESPONSABILIDADES COM O “DIáRIO VIRTUAL” Um blog pode trazer muitas vantagens e

benefícios para as criadoras, como ganhar presentes, ser convidada para festas, semanas de moda nacionais e internacionais, dentre outros eventos. Ste Costa acredita que um dos lados positivos de ser blogueira é o reconhecimento dos seguidores. “As leitoras viram fãs, você conhece muitas pessoas novas e recebe um carinho muito grande! Tudo isso é muito bacana”, ressalta.

Mas, por outro lado, nem tudo é glamour, sofisticação e festa. Ter um blog é sinônimo

de muita responsabilidade. Como as páginas virtuais tem ganhado um destaque maior na internet é preciso redobrar os cuidados na hora de postar os conteúdos. “É preciso estar atento ao que se publica. Se as pessoas acessam sua página,

é porque de alguma forma elas se identificam com o que você pensa”, explica Camila Coutinho, do blog “Garotas Estúpidas”.

“Pra quem quiser se tornar uma blogueira de sucesso a dica é gostar, se dedicar e sempre se manter atualizada em tudo o que rola na internet”, conclui Gaby Malato.

O #Mulhernamoda começou a ser pensado no final do ano passado, mas só depois de muito amadurecimento e planejamento saiu do papel. A ideia inicial era criar um evento que pudesse propiciar um contato mais direto com uma blogueira profissional que vive unicamente dos blogs para uma troca de experiências. Em menos de 72horas, as inscrições para o evento esgotaram. O talk show deu tão certo, que as blogueiras Gaby Malato, Rebeka Alves e Ste Costa já anunciaram a segunda edição. Em Junho, Belém recebe a blogueira Lalá Noleto, que já vai antecipar as tendências para o verão.

Não se esqueça de visitar:- www.blogdagabymalato.com/- www.conteudofutil.com/- www.tulesepaetes.com/- www.garotasestupidas.com/

pRofissão

gaby malato - blogueira

Pra quem quiser se tornar uma blogueira de sucesso a dica é gostar, se dedicar e sempre se manter atualizada em tudo o

que rola na internet.”

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parissob um olhar apaixonado

tuRismo

por Brena Moreirafotos: Bruno Pellerin

a “cidade luz” é um dos destinos mais procurados por turistas de todo o mundo. Berço de movimentos artísticos e culturais que influenciaram o mundo inteiro, Paris já foi o lar de artistas e intelectuais renomados como Jean-Paul sartre, rené descartes, monet, renoir, dumas, entre

muitos outros.

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Falar sobre Paris é mais que um desafio, afinal, sempre quem deixa a capital francesa fica com a sensação de que ainda falta muito para conhecer. É muito difícil passar pela mágica, sedutora e encantadora, “Cidade Luz”, como Paris também é conhecida e não se apaixonar.

E por falar em sentimento, Paris costuma despertar aquele amor que conhecemos nos contos infantis, o amor a primeira vista, que de tão perfeito, acaba se transformando em um romance para toda a vida. O ator Rodrigo Feldman morou por quase 5 anos na França e se diz apaixonado pelos costumes, tradições e clima da cidade parisiense. “Paris respira paixão. Ir a Paris e não se apaixonar é quase impossível. Eu morei pouco mais de 4 anos na cidade e ainda acho que foi pouco. Paris é um dos melhores lugar do mundo para a vida artística. Paris é aquela cidade que fica pra sempre na lembrança”, afirma.

Considerada um dos principais símbolos da cidade, a Torre Eiffel impressiona pela imponência. E será que há alguém que discorde?! A cidade iluminada também hipnotiza os turistas que passam pela a avenida mais larga do mundo, a Champs-Élysées; pelo Arco do Triunfo, construído por Napoleão Bonaparte, como forma de eternizar as vitórias francesas e homenagear os que morreram no campo de batalha; pela famosa Catedral de Notre-Dame ou pelo Panthéon (uma antiga igreja), que abriga os restos mortais de vários franceses famosos.

E que tal assistir ao pôr-do-sol e passar algumas horas do entardecer tomando um café no Quai

d’Orsay? O cais na margem esquerda do Rio Sena, é um lugar que merece um passeio (de preferência acompanhado), e é de tirar o fôlego!

Outra atração a parte de Paris, é o Montmartre, uma área boêmia, cheia de artistas, bares, cafés, estúdios e clubes noturnos. É lá que está um dos cabarés mais famosos do mundo: o Moulin Rouge. O antigo cabaré que divertia a alta sociedade francesa já fez sucesso nas telinhas do cinema e hoje é parada mais que obrigatória para os turistas de todo o mundo.

Em Paris há também milhares de museus. Os mais conhecidos são o Museu da Arte e História do Judaísmo, o Museu de Orsay, o Museu Nacional da Idade Média de Paris e, claro, o Museu de Louvre, uma das 50 atrações mais visitadas do planeta por cerca de 10 milhões de turistas anualmente.

Quem já visitou o Louvre, sabe que um dia apenas é pouco para conhecer o espaço. Nem precisa gostar de arte para se encantar com o lugar, aliás quem não gosta, passa a gostar. É um mundo a parte para se descoberto, cheio de obras famosas de artistas renomados, como “A Gioconda”, a indecifrável e misteriosa Monalisa, de Leonardo da Vinci, ou ainda a Vitória de Samotrácia e a Vénus de Milo. É o conjunto da arte antiga, moderna e contemporânea. Não é pra menos que o Museu, é considerado uma das maiores riquezas da França.

Que tal um passeio a bordo de um ferry boat pelo Rio Sena? A todo o momento as embarcações deixam os trapiches, para um dos momentos mais inesquecíveis que se pode vivenciar.

rodrigo feldman- ator

Paris respira paixão. Ir a Paris e não se apaixonar é quase impossível. Eu morei pouco mais de 4 anos na cidade e ainda acho que foi pouco. Paris é um dos melhores lugar do mundo para a vida artística. Paris é aquela cidade que fica pra sempre na lembrança.”

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tuRismo

Paris tem muito mais! Você não pode deixar de conhecer o Hotel dès Invalides, o Palácio de Versalhes, a Disneyland Europe, a Basílica de Sacré Coeur, o famoso Cemitério do Père-Lachaise (onde entre as mais de 70 mil sepulturas estão personalidades como o roqueiro Jim Morrison, os escritores Molière e Oscar Wilde, além do músico Frederic Chopin e o espírita Allan Kardec; o cemitério atrai mais de 2 milhões de visitantes todos os anos), o L’Hôtel de Ville (sede da prefeitura de Paris), o Pont Saint-Michel, os Jardins de Luxemburgo, a Praça da Concórdia e a Mesquita de Paris.

A capital parisiense é arte, cultura, gastronomia, glamour (Paris é sede da Louis Vuitton, a marca mais valiosa do segmento de luxo do mundo), beleza, romantismo, e muito mais. A psicóloga Adriana Meira já visitou a cidade por 4 vezes e não esconde também sua paixão pela cidade. “Paris é encantadora, tem sempre algo novo pra conhecer. Não canso de ir nunca. Já estou programando a próxima viagem a Europa, e Paris, claro, é parada obrigatória”, finaliza.

“A França é o tipo de lugar que é feito para encantar. Paris concentra nela alguns dos pontos turísticos mais desejados no roteiro de viagem de qualquer viajante, do mais conservador aos mochileiros.

Paris é bonita, mas é cara. E se a cidade é linda pelas fotos, você perde o fôlego ao avistar pela a primeira vez de perto a torre Eiffel. Um dos principais símbolos da beleza da capital parisiense se impõe e cria um cenário perfeito para casais apaixonados, ou mesmo aumenta a saudade da pessoa amada (minha namorada ficou no Brasil).

Uma visita ao museu do Louvre é uma verdadeira viagem no tempo e na história da arte. Sabe aquela sensação de já ter visto tudo aquilo, de ter estudo e sonhado assim “um dia vou conhecer tudo isso”? O Museu é próximo da Praça Concórdia, aonde aconteciam às execuções de condenados a morte na guilhotina. De lá é possível avistar o Arco do Trunfo. Não sei porque, mas quando vi o monumento lembrei da comemoração francesa na final da copa do Mundo de 1998, quando eles nos derrotaram por 3x0 e o Arco foi colorido com as luzes da bandeira nacional e o placar histórico. Mas isso, deixa pra lá... Paris é simplesmente indescritível.”

Diário de Bordo

Nome: André FrançaIdade: 28 anosProfissão: JornalistaDestino: Paris

rodrigo feldman- ator

Paris é encantadora, tem sempre algo novo pra conhecer. Não canso de ir nunca. Já estou programando a próxima viagem a Europa, e Paris,

claro, é parada obrigatória.”

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aceleRaRRômulo MartinsPersonal TrainerCREF 001769-G/PA

crossfit: a nova moda das academias!

todo ano surge uma grande novidade, nas academias, que chamam atenção até dos mais conservadores. Treinamento funcional, TRX e agora o comentado Crossfit, que promete mais força, mais rapidez, mais gasto calórico e menos rotina.

O crossfit é um programa utilizado inicialmente por grupos de operações táticas (como SWAT), pelo exército americano, passando por alguns atletas de MMA (Mixed Marcial Arts) e por outros atletas de alta performance. O americano Greg Glassman, formatador do modelo para academias, alega que faltava uma modalidade esportiva que tivesse a força dos levantadores de peso, a capacidade cardiorrespiratória dos corredores, o aprendizado rápido dos ginastas e a habilidade para saltar e arremessar dos praticantes de atletismo.

A base do treinamento do crossfit utiliza movimentos básicos como saltar, abaixar, arremessar, e essa proposta já chegaram às academias de todo o Brasil, seduzindo aqueles que alegam que a musculação é chata. Em uma só aula, o aluno realiza movimentos intensos que demandam força, potência, resistência cardiovascular, agilidade, flexibilidade, equilíbrio, coordenação e precisão. Não utiliza máquinas, apenas pneus, cordas, barras, anilhas, elásticos e kettlebells (uma espécie de bola de ferro com alça para erguer do chão até acima da cabeça). Os defensores alegam que é o programa de condicionamento físico mais exigente do mundo e o lema é treinar até cair de cansaço, além de estimular a competitividade.

Aí nos perguntamos: E o treinamento que existe hoje quem tem uma comprovação científica totalmente embasada? E a preocupação com a segurança dos alunos? E o maior risco de lesões músculo-esquelético que atividades de alta intensidade provocam? Vale a pena gerar estímulos máximos para não atletas?

Enfim, há razões para desconfiar que nem todo mundo se beneficia de um trabalho físico tão intenso. Em 2005, Glassman, o precursor americano, teve de se pronunciar sobre casos de “rabdomiliólise” envolvendo seus treinos. A rabdomiliólise é uma lesão muscular severa que libera pedaços de células

musculares para dentro dos vasos sanguíneos e pode levar a uma insuficiência renal aguda. Glassman publicou um artigo em seu jornal on line que diz que as vítimas eram pessoas fisicamente treinadas, mas ainda despreparadas para os altos níveis de intensidade que o crossfit exige dos mais experientes.

Especialistas ainda não estão convencidos sobre as vantagens da nova modalidade de exercícios. O fisiologista e professor de educação física Raul Santo, da Universidade Federal de São Paulo, explica que a variação constante na duração e na intensidade dos exercícios, embora positiva, mexe com o metabolismo de uma forma que pode sobrecarregar o sistema cardíaco em algumas pessoas. “Para buscar performance é preciso ter saúde primeiro”, diz ele. Para Julio Serrão, professor de biomecânica da Universidade de São Paulo, os resultados são mais rápidos quando se aumentam o volume e a intensidade dos exercícios,

mas o risco de lesão aumenta proporcionalmente.

Outro ponto importante é baixa individualização das montagens de treinamento, visto que as aulas são pré-formatadas, possuindo exercícios padrões, além de utilizar movimentos explosivos para pessoas pouco

preparadas e sem força para movimentos básicos. Embora cada um dos participantes trabalhe com pesos, tempos e número de repetições adequados a seu condicionamento, a regra básica de prescrições de treinamento é “não se usa exercícios de potência antes da fase de aumento de força”.

De qualquer forma é uma modalidade que desperta o interesse pela atividade física, que quando realizada com segurança e domínio nas prescrições, colabora para mais saúde, qualidade de vida e quilos a menos na balança. Vale ressaltar que essa modalidade deve ser prescrita por profissional de educação física especialista, atentando que ela não é uma atividade para pessoas com restrições de saúde e com baixa coordenação motora.

Antes de ter mais força, velocidade ou potência, o mais importante é ter saúde. Que não seja mais uma nuvem passageira nas academias.

em uma só aula, o aluno realiza vários movimentos intensos que demandam força, potência, resistência cardiovascular, agilidade.”

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55Revista alvo - Edição 15

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eventos

O Sindicato da Habitação do PA/AM/AP (SINDCON/SECOVI) realizou no restaurante Restô do Parque, em Belém, um jantar para celebrar a posse da sua nova Diretoria para a administração dos próximos quatro anos. Uma comissão de 10 gestores compõe a equipe. José Nazareno Nogueira Lima é o terceiro presidente a dirigir o Sindicato. Belém possui mais de 1.200 condomínios, dos quais 80% são associadas ao SINDCON-PA, o que representa uma média de 350 mil pessoas, principalmente da classe média alta, o que comprova a importância desse segmento para o mercado local.

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Page 58: Revista ALVO #15

58 Revista alvo - Edição 15

torta bailado lunaringredientes:

- 2 pães de ló branco (tam 25cm)- 1 pão de ló preto (tam 25cm)- 1 lata de pêssego fresco

recheios(1º recheio) creme de gema

- ½ litro de leite- 1 lata de leite condensado- 3 gemas- baunilha a gosto- 1 lata de creme de leite

- 3 colheres de amido de milhoModo de preparo:Leve todos ingredientes ao forno médio até engrossar. Por

último adicione o creme de leite, com o fogo médio.

(2º recheio) creme de manteiga- 100g de manteiga sem sal- 1 xícara e ½ de açúcar de confeiteiro- 2 latas de creme de leite sem soroModo de preparo:Bata a manteiga e o açúcar na batedeira até ficar com a

consistência de um creme. Acrescente o creme de leite e mexa com uma colher.

(3º recheio) geléia de damasco- 250g de Damasco frescoModo de preparo:Cozinhe em água os damascos até amolecer e depois

bata no liquidificador.

torta bailado lUnar

foto: Aislan de PaulaReceita

Serviço: Pimenta de Cheiro DoceriaAv. Governador José Malcher, 2125Fones: 3236-0649

O cake designer paraense Patrick Dias revela uma de suas mais novas criações à Revista Alvo: a torta Bailado Lunar. O nome do doce é uma homenagem ao poeta paraense Bruno de Menezes, por sua obra “Bailado Lunar”. O livro é considerado o primeiro na linha da poesia modernista na Amazônia, e retrata a estética Art Noveua nas linhas sinuosas da natureza. O chef optou por uma mistura de sabores: o pêssego do sul da ásia, o Damasco da Turquia, as nozes muito utilizadas no Líbano e o açúcar oriental. Confira a receita!

(4º recheio) crocante de nozes- 200g de nozes- 2 xícaras de açúcarModo de preparo

Triture as nozes. Depois leve ao fogo médio e adicione o açúcar até a calda ficar caramelizada. Despeje em um tabuleiro untado com manteiga e deixe descansar por 15 minutos e depois quebre em pequenos pedaços pequenos pra confeitar a torta.

montagem da torta:1- Coloque o pão de ló preto na base da torta. 2- Molhe com leite e coloque o Creme de Gema (1º recheio) com os pêssegos picados. 3- Cubra com o pão de ló branco e coloque o Creme de Manteiga (2º Recheio) mais o Crocante de Nozes (4º recheio). Por fim coloque o último pão de ló branco e deixe na geladeira por 3 horas. 4- Depois retire e cubra a torta com o restante do Creme de Manteiga. 5- Decore com a Geléia de Damasco (3º recheio) e com o Crocante de Nozes. E está pronta a Torta Bailado Lunar!

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