revista B #31

62
31 BUENOS AIRES ARTE E VIDA DELL ANNO PROJETA ILUMINAÇÃO RODINI JOALHEIROS CONCEITO ILUMINAÇÃO PORTOBELLO SHOP CADERODE CASA VIVALTI

description

Brazilian magazine about culture, music, fashion, art, architecture, gastronomy and entertainment.

Transcript of revista B #31

Page 1: revista B #31

31

buenos airesarte e vida

dell annoprojeta iluminação

rodini joalheirosconceito iluminação

portobello shopcaderode

casa vivalti

Page 2: revista B #31

Autorizada Ribeirão Preto: Della MóveisRua Inácio Luiz Pinto, 250 | Tel: 16 3237 6264www.dellannoribeirao.com

Page 3: revista B #31
Page 4: revista B #31

Autorizada Ribeirão Preto: Della MóveisRua Inácio Luiz Pinto, 250 | Tel: 16 3237 6264www.dellannoribeirao.com

Page 5: revista B #31
Page 6: revista B #31

[quebrar regras]

Page 7: revista B #31

Novo eNdereço: rua altiNo araNtes, 811

RibeiRão pReto - sptel 16 3237 1112

www.projetailumiNacao.com.br

mapa 02

Page 8: revista B #31

8sumário

nossa edição de outono

inclui mapa destacável de ribeirão preto

conteúdo exclusivo online

buenos airespelos caminhos da arte latino-americana

estilo b a força da indústria têxtil no mercado da moda

lado bcolors

lado btribal

ensaio ba fotografia de Brígida Baltar

desenho b top 5Os melhores lançamentos das feiras de design e decoração internacionais

desenho b ambienteVol 1 : Livros e Revistas

respiroSobre (a) Vida

nossos clientes

nossa capa

3010142040465456

materia de capa

#31 Abril 2012 região sul da cidade acesse: revistab.com.br

dell aNNo

projeta ilumiNação

rodiNi joalheiros

coNceito ilumiNação

portobello shop

caderode

casa vivalti

ernesto neto

foto nikolas koenig

02

06

28

44

49

50

52

Ernesto NetoO Bicho Suspenso na Paisagem2011

Page 9: revista B #31

colaboraram nesta edição

receba a revista b em sua casa

faça parte da revista b

siga a revista b

revistab.com.br/assine revistab.com.br/anunciefacebook.com/revistab twitter.com/revistab

Bianca é editora cultural da revista B e escreve para algumas pulicações nacionais sobre arte, semíotica e psicanálise. Se formou em história da arte e se especializou em cinema-documen-tário. Atualmente estuda a temática cinema e arte contemporânea no Instituto Tomie Othake e desenvolve projetos na área. Nessa edição escorre seu olhar-neblina para a obra de Brígida Baltar e passeia pelo Faena Art District e pelo Malba em Buenos Aires.

Designer por formação, Heloisa Righetto mora em Londres desde 2008 e trabalha como caçadora de tendências em design para o WGSN, além de colaborar com várias revistas e sites especializados no Brasil. Já cobriu eventos bacanas e importantes como a semana do design de Milão e Londres e entrevistou designers do porte dos irmãos Campana. Boa parte do seu trabalho pode ser visto no site helorighetto.com, mas para descontrair e falar besteira prefere escrever no blog miblogito.blogspot.com e no twitter - siga @helorighetto!

Jonas Oliver quem diria acabou em Londres... na verdade como estudante de moda sempre achou que Paris seria o melhor lugar do mundo para estar, mas um belo dia tudo mudou; uma proposta de trabalho em New York e próxima parada!!!! Londres. Hoje seu trabalho pode ser visto em importantes revistas como: Vogue, Elle, Style e outras; viver em Londres é mesmo a melhor aventura até agora; e o trabalho de moda foi com certeza seu maior acerto.

Em fase de reconstrução e achatamento... de montanha para planície como pode convir aos seres que andam pela Terra já lá se vão sessenta e sete anos. Artista? Sempre. Esperançosa? Sempre. Quem sou? Já agora não sei... ando muito tentando ser, finalmente, Regina.

biaNca coutiNho dias

heloisa righetto

joNas oliver

regiNa maria amorim vieira

Page 10: revista B #31

10estilo b

gabriela braga rodrigues

divulgaçãoModa têxtil

atualmente, a indústria têxtil é o que há de mais efervescente no universo da moda, criatividade e novos materiais para a composição de tecidos agitam as passarelas mundiais, garantindo o sucesso das coleções.

No movimento global, identificamos um olhar atento de indústrias e afins para o quesito criatividade têxtil, reconhecendo a importância de novas mentes criativas e do processo de formação dos estudantes. Essa visão pode ser traduzida em iniciativas práticas para o mundo da moda.

“Geralmente, os jovens talentos não têm preconceitos, buscam sempre novas soluções, vão além do que está sendo solicitado. No ano passado, os nossos alunos realizaram um trabalho de conclusão de ano aplicando seus primeiros conhecimentos e contatos com a indústria têxtil, produzindo três tecidos a partir de um tema escolhido. O resultado foi uma série de tecidos feitos a partir de materiais como silicone, barbante, palha de seda, luva cirúrgica e sisal. Cada aluno construiu seus tecidos além de aplicá-los em croquis”, explica Tais Remunhão pro-fessora de Tecnologia Têxtil da Faculdade Santa Marcelina, a mais prestigiada escola de Moda do Brasil, em São Paulo.

Em 2011, as empresas italianas Consorzio Promozione Filati, Toscana Promozione, Regione Toscana, Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE) e Pitti Immagine, decidiram juntar estudantes de Moda das melhores escolas ao redor do mundo em uma competição têxtil em tricô e malharia.

Os estudantes selecionados nas institui-ções de ensino das 5 cidades: Nova York, Londres, Tókio, Beijing e São Paulo, passam uma semana de Março em Prato, cidade na região de Toscana – Itália, conhecendo os tecidos e fios da indústria nacional para em seguida escolher os materiais e usá-los na confecção de três modelos exclusivos que serão apresentados na competição Feel the Yarn (“Sinta o Fio”) durante a feira Pitti Filati, em Julho. As criações são avaliadas por aproximadamente 500 compradores da indústria têxtil italiana, além de um júri técnico internacional.

trêseventos imperdíveis do setor

dRagão fashion bRazil - CatóliCa do CeaRá

Page 11: revista B #31

11 moda têxtil

Pitti Immagine Filati é o principal evento in-ternacional da indústria de fios e tricô. Um ob-servatório sobre as pesquisas e tendências de estilo de vida global, a Pitti Filati apresenta para estilistas, designers e compradores das principais marcas de moda, um conjunto de produções e criações em fios com qualidade e excelência internacional.

pittimmagine.com

O maior evento da indústria da moda do Nordeste e um dos principais do cenário con-ceitual brasileiro, o Dragão Fashion Brasil atrai grandes profissionais do Brasil e do mundo, além de projetar novos talentos. Com grandes marcas do Nordeste, a força do DFB está no intercambio de experiências, concepções e cultura, sendo um encontro da moda criativa.

dragaofashion.com.br

O Prêmio House & Gift de Design é destinado à criação e inovação de produtos do setor de artigos para casa, dentro dos conceitos de forma e função. As peças que obtém as melho-res avaliações obtém o reconhecimento dos profissionais do setor e do mercado, criando tendências e fazendo parte da definição de estilo contemporâneo de design no Brasil.

grafitefeiras.com.br

pitti immagine filati dragão fashion prêmio house e gift de design

croquis

áfrica e brasil

folclore brasileiro

uniformes da área da saúde na linha do tempo

MARIA JuLIA WINTER

GaBrIELa BraGa

GRAzIELE TuRATI

No ano passado, 21 finalistas apresen-taram seus tecidos desenvolvidos com materiais dos fornecedores da feira Pitti Filati, a vencedora foi Soojin Kang, estudante da Parsons The New School of Design - New York, apresentou em suas peças a utilização do Lurex em tricô, dando um toque de brilho e uma mistura das estações verão e inverno.

No Brasil, em Fortaleza, a competição chamada ‘’Artesanias Identidades da Moda”, organizada pelo Dragão Fashion, também já está de olho nos estudantes. Cada Facul-dade de Moda do país tem direito de enviar um grupo para participar e concorrer a um desfile ao lado de nomes como Lino Villa-ventura e Walério Araújo. Em 2011, alunos da Faculdade Católica do Ceará foram os vencedores da competição com uma coleção intitulada “Mulheres Cabaça”, que retratou a mulher guerreira e, ao mesmo tempo, delicada. recortes e estruturas rígi-das foram a base de toda a coleção. dfb - CatóliCa do CeaRá

pitti filati 70

Page 12: revista B #31

12estilo b

tecidosSustentabilidade e aproveitamento de

materiais descartados são práticas cada vez mais reconhecidas na indústria da moda e estão presentes no trabalho de novos talentos, que buscam seus diferenciais em soluções criativas para o desenvolvimento de tecidos inovadores.

João antonio Pereira, 24 anos de idade e Diretor do “WS Tecelaria”, foi vencedor de um prêmio no “XII Prêmio House & Gift de Design” com seu tecido inovador utilizando fita de VHS como fio em um tecido para almofadas e mantas. a fita deu um brilho intenso ao tecido, importante diferencial, além de conciliar o conceito de sustenta-bilidade com a utilização de um material descartado. O brilho, que é uma das mais etéreas tendências, continua em alta.

Hussein Chalayan, estilista visionário mundialmente conhecido sabe misturar a dose certa de arte, moda e tecnologia. Entre seus trabalhos inovadores encontramos uma série de roupas feitas com LED em colaboração com a Swarovksi. Essas criações apresentadas em Tokyo, hoje são parte do display do Design Museum em Londres.

Trabalhos inovadores surpreendem o público e se tornam matérias-primas necessárias na indústria da moda, consoli-dando o movimento cíclico de tendências do mercado sem deixar de fora os avanços criativos de novos profissionais que se des-tacam nesse universo tão disputado! b

Corrida Espacial Algodão e Cetim

Corrida Espacial Algodão e elastano

Mob Algodão e silicone

Corrida Espacial Lã, elastano e cetim

Uniformes da Saúde na Linha do Tempo

Lã e seda

Uniformes da Saúde na Linha do Tempo

Lã e seda

África e Brasil Algodão e Fios

Metálicos

Folclore Brasileiro Sisal e Feltro

Uniformes da área da saúde na linha do tempo Seda

Corrida Espacial Cetim e Elastano

legenda: tema composição

bruna serrano

bruna serrano

paloma montanaro

bruna serrano

grazieli turati

grazieli turati

maria julia Winter

gabriela braga

graziele turati

bruna serrano

airborNe de husseiN chalayaN

pitti filati 70

Page 13: revista B #31

design

revistab.com.br

materias exclusivas vídeosgaleriasagendapromoções

po

ltr

oN

a m

atr

imo

Ny

by

ch

aN

tell

e o

sbo

rN

e

h

ou

se

Page 14: revista B #31

por jonas oliver | [email protected]

fotógRafo oliver proutassisteNte claremaquiagem jonas oliver usaNdo maccabelo steve carrmodelo roleen @pRofile.Com

Page 15: revista B #31

15 sessão

Page 16: revista B #31
Page 17: revista B #31
Page 18: revista B #31
Page 19: revista B #31
Page 20: revista B #31

20lado b

Page 21: revista B #31

por jonas oliver | [email protected]

fotógRafo darren blackestilista sara darlingmaquiagem jonas oliver usaNdo macassisteNte alfonso bessymodeloselliot stevens @ seleCtralf javoiss @ m + ptypografia billy argel

ralf vestecamisa rascalscalças izzuebotas dr martens

Page 22: revista B #31
Page 23: revista B #31

23 tribal

página ao ladoralf vestecalças w/attached saia shinsuke mitsuokabotas dr martenselliot vestecalças asher levinetop asger juel larsenbotas beyond retro

nesta páginaelliot veste jaqueta aquascarf martine rosecalças w/chain asger Juel larsenbotas beyond retro

Page 24: revista B #31

24lado b

Page 25: revista B #31

página ao ladoralf vestecamiseta izzuecalças t lipop

nesta páginaelliot vestedeNim jacket martine rosecamiseta martine roseshorts sixpack france

Page 26: revista B #31

26lado b

nesta páginaralf vestecamiseta kokon to zaicalças martine rosebotas dr martensbracelete tamzin lilyWhite

página ao ladoelliot vestecapuz e ciNto kokon to zaicalças izzue

Page 27: revista B #31

27 tribal

Page 28: revista B #31
Page 29: revista B #31
Page 30: revista B #31
Page 31: revista B #31

biaNca coutiNho dias

divulgação

31 buenos aires | faena

Pelos caminhos da arte latino-americana

buenos aires irradia arte e inovação. É o que confirma o lindo conjunto do faena art center. O local fica em Puerto Madero - região portuária recentemente revitalizada e transformada em bairro moderno, cheia de escritórios, restaurantes e lojas.

Sobe-se uma pequena escadaria, cruzam-se as portas da entrada de um grandioso salão - que, no começo do século XX era a sala das máquinas de um moinho – e se é surpreendido por o bicho suspenso na paisagem, obra de ernesto neto especialmente montada para a inauguração do espaço: uma gigantesca rede suspensa, imensa tela feita de fios de polietileno pendurada no teto, recheada de bolas de plástico. Cordas - cinza, verde, rosa e ama-relo - costuradas em crochê, formando um enorme túnel suspenso no ar. No “piso” do túnel, bolas de plástico cinza, como pedras. Do lado de fora, grandes pedras, estas de verdade, presas nas extremidades dos crochês. O visitante é convidado a adentrar no túnel e passear naquele estranho jardim e, ao andar “sobre-dentro” da obra, pro-duzir ruídos instigantes, como uma chuva inesperada. O bicho suspenso – que teve a curadoria de Jessica Morgan, da Tate Mo-dern Londres – é a única peça em exposição e ocupa todo o salão.

Page 32: revista B #31

32capa

O trabalho de Ernesto Neto faz, do corpo, suporte e extensão do mundo que o descentraliza, questão principal da arte con-temporânea. Leva, assim, a repensar o lugar e a dimensão do próprio gesto do artista, com todos os signos em rotação, como uma construção poética de Octavio Paz.

Nessa nova relação com o corpo e com a linguagem, o sujeito instaura novas deman-das. O mal-estar contemporâneo, oriundo do descentramento desse sujeito, aponta para inúmeras direções e manifestações simbóli-cas, que abandonam uma vertente de repre-sentação estática e se encaminham para um “corpo-vertigem”, deslocado e em constante mudança. E é justamente este o corpo que caminha pelo bicho suspenso na paisagem e, no seu caminhar, modifica e dá vida à obra, muda e radicaliza formas e formatos, inter-ferindo diretamente na instalação.

A produção de sentidos novos, recria-ção de mundos a partir da interferência do espectador com seu corpo, sempre esteve presente na obra de Ernesto Neto.

Jacques Lacan refere-se ao gesto como o passar de uma página, algo capaz de mudar o sujeito. O encontro com o corpo deam-bulante, na estrutura imensa de uma trilha de crochê suspensa no ar, oferece possibi-lidades de ressignificação do real e de en-contro com o outro. Na arte, afinal, o sujeito se perfila como nada além de um efêmero efeito, surgindo num circuito que necessita do outro e só com ele se completa.

Entre as tramas de Ernesto Neto, encontramos esse sujeito que caminha, não mais diante de um olho fixo e estável numa organização perspectiva, e nem no espelhamento com o mundo, mas delineado num espaço de perda, lugar que representa a ausência em que estamos situados, que nos leva a dois ensinamentos de Freud: primeiro, o de que é ao próprio núcleo da constituição subjetiva – o Édipo, ficção que efetiva a perda, a dor, a castração – que se refere tal efeito; segundo, o de que se trata, quando somos tocados por uma obra, de uma verdadeira captura – ergreifung.

O TraBaLHO DE ERNESTO NETO FAz, DO COrPO, SuPOrTE E EXTENSãO DO MuNDO quE O DESCENTraLIza, quESTãO PrINCIPaL Da arTE CONTEMPOrâNEa

Ernesto NetoO Bicho Suspenso na Paisagem2011

Page 33: revista B #31

33 buenos aires | faena

A obra seria, então, uma espécie de armadilha para o sujeito, uma captura deste que estaria, com sua dor e beleza, escondido de si mesmo. Captura do outro no eu, comemorando seu nasci-mento, sempre doloroso e traumático, mas efetivo. quem apenas olha, não captura e nem é capturado. Deve-se entrar dentro dela, caminhar, ato que soa subversivo, que se torna um eterno mover-se num lugar incerto e móvel, paradigma a mostrar que não há ponto seguro de apreensão do inconsciente, que não é seu próprio centro, mas remete ao campo do Outro. Na tenta-tiva de encontrar um ponto em que se possa apoiar com firmeza, nos perde-mos de nós mesmos, o corpo se torce e contorce, entra em fluxo com as teias de crochê e, desbussolado, caminha entre a floresta e a cidade.

Page 34: revista B #31

34capa

O MalBa – Museu de arte latinO-americana de buenos aires - é jovem, de arquitetura limpa. Com obras bastante im-pactantes e acervo diversificado, possui tra-balhos de grandes artistas como os mexica-nos Frida Kahlo e Diego rivera, os uruguaios Joaquín Torres-García e rafael Barradas, os argentinos antonio Berni e Guillermo Kuitca e o brasileiro Candido Portinari.

Dentre muitas obras preciosas, merece menção o trabalho de guilhermo kuitca, em que memória e perda se entrelaçam. Suas primeiras realizações demonstram influências recebidas do meio teatral – mapas, teatros, peças – além da literatura e da música popular.

Kuitca explora a linha de fuga entre os espaços público e privado, e revela sua memória pessoal e interesse pela arquite-tura e topografia. Seus mapeamentos nascem de sua própria história, sob efeitos dos traumas do Holocausto, o que pode ser visto em Kristallnacht, grande pintura vertical de 1992. Melancolia, tristeza, perda, desejo, medo, são sentimentos que o artista embute de forma particular nos espaços que retrata.

Outro artista com muito a dizer é rafael barradas (1890/1929). O pintor uruguaio revela em suas telas a alma humana de figuras que exalam humanidade, em suas existências puras e simples. O homem que espera, talvez sem nem saber o que. um olhar revelando alguma amargura. O espe-rar sem expectativa. uma velha sensação sempre presente. Não há, aparentemente, maiores questionamentos. A vida está ali, tal e qual é vivida. Não há ideia nova. Não há algo diferente. E, estranhamente, tudo é novo e diferente a cada vez.

Em outra seara, esta mais política e questionadora, encontramos um grupo da arte político-social da américa Latina: um argentino, um brasileiro e um mexicano – antonio berni, cÂndido portinarI e diego rivera. Em seus legados, retratos de tempos tristes e obscuros da história latino-americana – golpes militares, tortura, crises políticas e sócio-econômicas, desigualdades.

Tarsila do Amaral Abaporu

1928

Page 35: revista B #31

35 buenos aires | malba

Rafael Barradas Quiosco de canaletas

1918

Page 36: revista B #31

36capa

Numa vertente de síntese de elementos de uma América que, provavelmente, só a arte moderna pode realizar, encontramos Wifredo lam, artista que articula de ma-neira única e inconfundível a força libertária do surrealismo. Numa energia tão forte quanto a de Picasso, sua particular mística e mítica dos trópicos conduz a uma perturba-dora e profunda visão de nós mesmos. Em sua obra há a agressividade selvagem que irrompe e destrói qualquer lugar comum. Wi-fredo lidou com imagens surreais com cora-gem impressionante. Injustamente eclipsado pelos europeus, nenhum artista moderno latino-americano absorveu a potência do surrealismo como ele.

Dentre as grandes obras do Malba desta-ca-se a escultura o Impossível, da brasileira maria martins: uma figura feminina entrelaçada a uma masculina, em confronto perpétuo. Cabeças, no dizer do teórico da arte Francis Naumann, carregando vazios, dos quais se projeta uma série concêntrica

Antônio Berni Manifestación 1934

Guillermo Kuitca Siete Últimas canciones 1986

Jorge de la VegaPuzzle1968-1970

Page 37: revista B #31

37 buenos aires | malba

de tentáculos. O conflito eterno e a impos-sibilidade retratada na obra, talvez sejam mostras da realidade de Maria Martins que, à época, travou um relacionamento com Marcel Duchamp.

Maria Martins executou versões dis-tintas da obra, todas de forma única, ou seja, não são cópias obtidas de um mesmo molde. Na técnica usada pela artista, tanto o gesso original como o revestimento de cera se perdem no processo de criação. A obra exposta no Malba é de gesso e impressiona pela agonia presente no corpo retorcido e pela beleza convulsiva da circu-lação da energia erótica.

Numa nota publicada na revista Time, a escultura é descrita como duas tempes-tades de neve antropomórficas, admitindo que a artista propusera uma interpretação menos literal: o mundo é complicado e triste e é quase impossível fazer com que as pessoas se entendam.

O trabalho expõe a falta lacaniana rela-cionada ao desejo. Os volumes são tratados com energia libidinal, moldados com a plasticidade da libido e corpos vibráteis. O desejo enreda e encaixa, prende, tem capilaridades e meandros, atua por teias e tramas, projeta rizomas. As duas cabeças ocas e sem feições que se envolvem, ora se atraindo, ora se repelindo, não deixam de aludir ao relacionamento que Maria travava com Duchamp.

É um poema escultórico em que o ato de violência reside na conquista de novas formas e movimentos. Há ali a “inquietante estranheza” de Freud. Articulações enigmá-ticas que desconcertam o olhar, embate entre sintaxe e sentido. A violência do de-sejo, a inquietude provocada pelo outro, a impossibilidade da fusão amorosa, a solidão de cada um, o descompasso do tempo – tempo do desejo que se apresenta de um lugar inesperado pelos dois, o do real.

Passear pela arte é andar por terrenos in-sondáveis, que escancaram o monstruoso e a paisagem defeituosa da existência. Diante do real que nos assola ou do assombro que nos toma, lembramos de Rilke: a arte é aqui-lo que nos permite contemplar o terrível, sem ser por ele destruído. b

Maria MartinsO Impossível

1940

NuMA NOTA PuBLICaDa Na rEVISTa TIME, A ESCuLTuRA É DESCrITa COMO DuaS TEMPESTaDES DE NEVE aNTrOPOMórFICaS, aDMITINDO quE a arTISTa PrOPuSEra uMa INTErPrETaçãO MENOS LITERAL: O MuNDO É COMPLICaDO E TrISTE E É quaSE IMPOSSíVEL FAzER COM quE AS PESSOaS SE ENTENDaM

Page 38: revista B #31

38capa

12.9 880300.000 60mais mulheres do que homens entre os mais famosos do país

MILHõES DE HaBITaNES CaFÉS Na CIDaDE

população cafezinho

buenosaires

a Paris da américa Latina

EstaçãoBuenos Aires

Metropolitano

ReservaEcológicaFAENA

Colonia

Av Jujuy

Av Veléz SarsfieldAv Entre Rios

Av Callao

Av CaserosAv Chicla

na Av Marti

n Garcia Av Almirante Brown

Av España

Av De Los Italianos

Av Alicia Moreau de Justo

Av Ing. Huergo

Av Eduardo Madero

Av Leandro N. Alem

Av Pres. Figueroa Alcorta

Av Pres. Figueroa Alcorta

Av Leopoldo Lugones

Av Rafael Obligado Costanera

Av Tomas A. Edson

Pte. Arturo LliaAv Gral. Las Heras

Av Co

rone

l Dia

zJe

rónim

o Salguero

Av Sar

miento

Av D

orre

go

Av Del LibertadorAv Cabildo

Av Luís Maria Campos

Av Fe

deríc

o La

croz

e

Av Del Libertador

Av Raúl Scalabrini O

rtiz

Av Paseo ColónAv Regim

iento de PatriciosAv A

lmaf

uert

e

Av Boedo

Castro Barros

Av La Plata

Av José Maria M

oreno

Av M

edra

no

Av P

ueyr

redó

n

Gasc

ón

Galo

Av Brasil

Suárez

Av Armancio Alcorta

Av Juan de Garay

Av San Juan

Av Independencia

Av Belgrano

Av Directorio

Av Diaz VélezAv Rivadavia

Av De Mayo

Av Corrientes

Av CorrientesAv San Martin

Av Warnes

Av Gaona

Av Córdoba

Av Córdoba

Av Cel. Niceto Vega

Av Sta Fe

Av Sta FeHonduras

Juramento La Pampa

José Hermândes

Vírrey del Pino

Ollero

s

Av Rivadavia

Au. 25 de MayoAu. Buenos Aires - La Plata

Au. Nove de Julho

Av Nueve de Julio

Au. 25 de Mayo

Av Asamblea

Av Casta

ñares

AeroparqueJorge Newbery

MALBA

59

6

710

1112

2

8

3

4

1

Page 39: revista B #31

39 buenos aires | infográfico

880 A rua de Buenos Aires que é um museu ao ar livre. Tema de vários tangos, ela mostra um pouco da cultura portenha em suas casas e cafés, sem falar nos moradores da região que carregam o espírito de ‘La Boca’ até hoje. Esse nome não é por acaso, já que o famoso estádio La Bombonera fica bem próximo de Caminito.

Uma das avenidas mais amplas do mundo - passa por monumentos e prédios de arquitetura única, como o Teatro Colón , com suas galerias subterrâneas abaixo da avenida. Visite também a livraria El Ateneu com a beleza do antigo teatro, abriga grandes obras dos mestres Sábato, Borges, Arlt e Cortázar.

caminito av. nueve de Julio

1 mine hotel

Hotel butique em Palermo na Rua Gorriti, esse conceito de um hotel-design e com atendimento particularizado se estende por Buenos Aires.

Transformar a hospedagem em uma experiência de arquitetura e design, essa é a proposta do Mine Hotel, que busca propiciar as melhores condições para o cliente se sentir em um espaço único e exclusivo, assim como a sua própria casa.

Gorriti, 4770, Palermo Soho+54 (11) 4832-1100minehotel.com

2 restaurante lola

Aproveite o passeio pelos Monumentos Históricos Nacionais do Cemitério da Recoleta e depois almo-ce no restaurante charmoso da praça em frente.

Há mais de 25 anos o Lola abre suas portas para artistas, executivos e conhecedores e apreciadores da arte gastronômica, fazendo com que o res-taurante seja o ponto de encontro da sociedade de Buenos Aires. Enquanto se aprecia as obras exclusivas do artista Hermenegildo Sabat, o Chef Gonzalo Vidal apresenta seus pratos com a maes-tria de quem já passou pelos melhores restauran-tes e escolas gastronômicas do mundo.

Roberto M. Ortiz, 1805, Ortiz+54 (11) 4804-5959 lolarestaurant.com

3 sorveteria freddo

Para terminar bem o programa, não deixe de tomar um sorvete Freddo ao lado - o sorvete especial argentino.

A tradicional sorveteria argentina Freddo é uma excelente forma de se aprofundar na cultura argentina. O “helado de dulce de leche” brinda um serviço de excelência durante seus 43 anos de história.

Quintana, 591freddo.com.ar

4 papelaria palermo

Para os aficcionados em papelaria, existe a tradi-cional Papelera Palermo - há sempre uma coleção nova de papéis e caderninhos e um jardim maravi-lhoso com uma casa de encadernação no fundo.

A Papelaria Palermo é uma homenagem ao papel: através de seus trabalhos artesanais, produz diversos produtos com qualidade, inovação, criatividade e design. Com artigos exclusivos para todos os públicos, a Coleção da Papelaria Palermo é uma viagem pela Argentina através do papel, restaurando e resgatando peças únicas do passado para embelezar o nosso presente. Não se trata de nostalgia, é a evocativa da arte com papel.

Honduras, 4912+54 (11) 4833-3081papelerapalermo.com

5 praça serrano

Em Palermo ainda não deixe de dar uma passada pela feira da praça serrano: há artesanato local, prata, couro e um clima portenho legítimo.

Ponto de encontro dos novos estilistas e criadores de Buenos Aires, a praça e sua região se tornaram uma mistura de Vila Madalena com Jardins, mas sem os problemas e preços da capital paulistana. Na feira ou nas lojas envolta é possível encontrar também ótimos restaurantes, lojas e baladas. O segredo é andar muito por tudo, para se perder e se achar no bairro “cool” da capital argentina.

6 café tortoni

É um tesouro local e um dos cafés mais antigos do mundo. Lá você se sente batendo um papo com Borges ou com Bioy Casares.

O café mais antigo e tradicional da Argentina já viu passar por suas paredes emadeiradas e suas mesas de carvalho e mármore verde os mais famo-sos escritores, artistas e personalidades argentin-as. Entre um café e outro, aprecie as obras de arte espalhadas pelo salão ao som do característico tango argentino.

Av. de Mayo, 825+54 (11) 43424328cafetortoni.com.ar

7 fundação proa

Fincada ao lado do Caminito num prédio de ar-quitetura moderna e sofisticada, faz do contraste uma riqueza. Há sempre exposições maravilhosas. Atualmente está em cartaz uma sobre a construção dos ritos e mitos nas sociedades latinas.

Ponto de referência sobre arte em Buenos Aires desde a sua abertura, a Fundação Proa traz exposições temporárias, seminários, cursos e con-certos. Divulgando a arte do século XX misturada com fotografia, vídeo, design, música e projetos especiais contemporâneos.

Av. Pedro de Mendoza, 1929+54 (11) 4104-1000proa.org

8 sucré

Buenos Aires oferece uma verdadeira experiência gastronômica nos seus restaurantes sofisticadíssi-mos. O Sucré fica fora do circuito turístico e você pode encontrar o tradicional Ojo de Bife.

Cozinha contemporânea internacional com toque argentino. É assim que o Sucré oferece aos seus clientes um cardápio com influências das culinárias italiana, japonesa, espanhola e peruana, todos muito bem acompanhados de grelhados e pratos tradicionais portenhos.

Sucre, 676+54 (11) 4782-9082sucrerestaurant.com.ar

9 casa cruz

Com um menu de degustação e uma proposta bem contemporânea, segue os moldes da grande cozinha internacional.

Um ambiente elegante e descontraído, aonde música e iluminação combinam perfeitamente com os ingredientes do Chef Germán Martitegui. O resultado é uma comida urbana argentina com estilo e reconhecimento internacional.

Uriarte, 1658+54 (11) 4833-1112casacruz-restaurant.com

11

12

10

Page 40: revista B #31

40ensaio b

biaNca coutiNho dias

Brígida Baltar

fotografar o intangível num olhar que captura a sutileza do espaço e do inassimilável: “olhar-neblina”, “olhar-orvalho”, “olhar-maresia”. É assim que nos chega o trabalho da fotógrafa BríGIDa BaLTar.

Jacques Lacan, psicanalista francês, disse que “o olhar é o instrumento pelo qual a luz se encarna, e pelo qual sou foto-grafado”. Na fotografia de Brígida Baltar, ou na escrita da luz, há a tentativa de pegar o que escapa, mas que incide sobre a subjetividade. Esta é uma das maneiras pelas quais, Lacan retoma a céle-bre passagem de Freud sobre a “sombra do objeto que cai sobre o eu”.

No ato de coletar, diversas vezes, neblina, orvalho e maresia em variados recipientes de vidro (frascos, tubos, potes), registrando tudo em fotografias e filmes, Brígida talvez se engendre nesse corpo que se lança ao impalpável e ao intangível, em busca de contornar algo dessa sombra que não se captura, disso que é tentativa com bruma melancólica.

A Coleta da Maresia, 2001Brígida Baltar

Page 41: revista B #31

41ensaio b41 brígida baltar

uMIDaDES é o nome do projeto formado por essas coletas. uma tentativa, talvez, de apreender, simbolicamente, efêmeros fatos naturais, com o próprio corpo de Brígida e de outras coletoras, se apresentando, tam-bém, como um efeito natural insondável. É o olhar da fotógrafa a expandir as peque-nas ações de armazenamento poético de subs-tâncias encontradas em casa - pó des-prendido de tijolos, cascas de tinta, gotas de chuva que caem por frestas no telhado. A casa, aqui, se aproxima simbolicamente do corpo em jogo nas coletas, a capturar o que sempre escapa ao aprisionamento material, aquilo que tratamos com desejo para responder ao terrorífico do natural, aquilo que acossa e interroga, quando em contato com a linguagem.

Nesse desnível é que se situa o trabalho da artista que, diante das imagens chapa-das, instala uma outra dimensão: a do oco, do incapturável, da fresta, da bruma. Seu ato traz, em potência, uma alegoria daquilo que tentamos recolher de real da vida: em suas coletas de umidade existe a zona enigmática do que reside entre o corpo e o mundo, entre o que se vê e o que quase escapa. São gestos que tornam visível o que é quase transparente a olhos acostumados apenas ao que é contíguo e sujeito ao tato. São representações suspensas no vazio. Vazio do sujeito que se desfaz no intervalo fugidio entre dois significantes.

São quase como palavras suspensas no limbo da linguagem, nessa bruma evanes-cente da linguagem, sustentadas pelo estilo. E é nesse embate com o indizível, na luta de coletar o intangível, que uma singularidade irredutível se faz no encon-tro-limite com a impossibilidade de dizer e de aprisionar. aí reside a força expressiva de sua fotografia: nos índices, nos rastros sensoriais de um momento e de um lugar - temperatura, sons, cheiros.

Série:A coleta da

neblina, 1996-2001

Brígida Baltar

EM SuaS COLETaS DE uMIDaDE EXISTE a zONa ENIGMáTICa DO quE rESIDE ENTrE O COrPO E O MuNDO, ENTRE O quE SE Vê E O quE quaSE ESCaPa

Page 42: revista B #31

42ensaio b

Brígida se apropria, assim, de uma inter-rogação da arte contemporânea que, como dispositivo de pensamento, vem interrogar e atribuir novos significados a esse ato e aos signos, não só as que fazem parte da história da arte, mas também as que habi-tam o cotidiano. A arte contemporânea se situa justamente aí e vem propor o estranhamento ou o questionamento da linguagem da qual se utiliza.

O trabalho de Brígida se apresenta mais no espanto com o mínimo, na sutileza do en-tre-lugar, oscilando entre estados de prazer, medo ou melancolia - marcas impossíveis de partilhar plenamente com alguém. São ações descarnadas e abstraídas de tempo e espaço. Mais do que somente registro de algo que é externo, vem questionar o próprio visível, alterar a percepção, propor um enigma e não mais uma visão pronta do mundo. É uma experimentação poética do mundo, que faz lembrar Manoel de Barros e seu livro sobre o nada - essa coisa nenhuma, sem utilidade, “um abridor de amanhecer”, “um alarme para o silêncio”, em que toda a significação se estanca e de onde se avança apenas pela ficção. uma poética de escutar pedras, de ser árvore, de ler avencas, reco-lher neblina e orvalho e fazer do estilo um estigma que arranha ao léu, arrisca o traço, toca a imagem.

Coleta do Orvalho, 1994-2001Brígida Baltar

É uMA EXPErIMENTaçãO POÉTICa DO MuNDO, quE Faz LEMBrar MaNOEL DE BarrOS E SEu LIVrO SOBrE O NaDa - ESSa COISa NENHuMa, SEM uTILIDaDE, “uM aBrIDOr DE aMaNHECEr”, “uM aLarME Para O SILêNCIO”, EM quE TODa a SIGNIFICaçãO SE ESTaNCa E DE ONDE SE aVaNça aPENaS PELa FICçãO.

Brígida Baltar encerrou esse mês uma exposição na Galeria Nara Roesler com tra-balhos que sugerem suspensões, quedas e vertigens explorando a teatralidade.

A mostra é a terceira individual de Brígida Baltar na Galeria Nara Roesler. Nos últimos anos, a artista realizou exposições em cidades como Santa Barbara, Tokyo, Fortaleza, Florianópolis e Buenos Aires, além de participar de projetos importantes como The Peripatetic School, no Drawing Room/Londres e MIMA, Middlesbrough Institute Of Modern Art (2011) e diversas bienais como a I Biennial of the Americas, em Denver/EUA (2010), Bienal Internacional de São Paulo (2002), Bienal de Havana (1994). Suas obras podem ser encontradas em coleções públicas como MOCA Cleveland (EUA); Coleccíon Copel, CIAC (México); MAC-USP, Museu de Arte Contemporânea USP (São Paulo); Itaú Cultural (São Paulo); Fundação Joaquim Nabuco (Recife); e Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna do Rio de janeiro.

brígida baltar no mundo

Page 43: revista B #31

43 brígida baltar

Série:Casa de Abelha, 2002Brígida Baltar

Das matérias coletadas surge uma poética única, feminina, oscilante: a maresia espessa; a neblina densa que oculta, mais que as outras, o entorno de quem nela adentra; o espaço úmido, o orvalho cobrindo o mundo com uma camada fina de água. São coletas de umidade, são diferentes tem-poralidades poéticas. A coleta da neblina – feita em meio à névoa cerrada – parece ocorrer em um tempo suspenso e imóvel. Recolher o orvalho, sugere – mais pelas roupas do que pelos estranhos objetos coletores utilizados – ter sido realizada em um instante por vir ainda. Coletar a maresia remete sutilmente ao passado com a luz azulada de fotografias e filme – reflexos do oceano e do céu aberto que o encobre – funcionando como um filtro nostálgico, que estabelece um vínculo com a memória na tentativa de configurar uma identidade possível. Essas marcas de desgaste, ruptura, impermanência e intangibilidade se apre-sentam em condições limítrofes: quando ela está em praias, se espremendo na faixa estreita que aparta mar e cidade; realizada ao amanhecer, iluminada, simultaneamente, pela luz natural ainda fraca e por luz longín-qua que vem dos postes que restam acesos na orla como um sonho distante.

Entre gestos firmes e delicados, Brígida segue coletando pedaços e recortes poéticos do mundo, correndo sobre a areia úmida, executando uma coreografia improvisada ou, vez por outra, entrando no mar frio. Ela e as coletoras parecem integrar a paisagem naturalmente, trazendo, do passado sereno e impreciso que evocam, a promessa impossível de um corpo desregu-lado ou, ainda parafraseando Lacan, elevam a língua “à dignidade do indizível”, do objeto perdido, do pulsional em seu efeito sublimatório que se sustenta sobre nada, porque imagem aqui é linguagem e o fazer poético do ato da artista instaura novas e absurdas realidades, quebra sentidos, tem potência disruptiva, confirmando o dito do pintor expressionista Paul Klee -: “a arte não reproduz o visível, ela faz visível.” b

Page 44: revista B #31

Conceito em iluminação

Page 45: revista B #31

rua cap. adelmio N. da silva, 766RibeiRão pReto - sp - tel 16 3621 2127www.ilumiNacaocoNceito.com.br

mapa 04

projeto luiz geraldo amaraNte aveliNo da silva

tel 11 3082 3533

Page 46: revista B #31

46desenho b

heloisa righetto

divulgação

a turma do design de interiores enfrentou uma maratona de feiras na Europa nos últimos meses, como a IMM em Colônia (a segunda maior feira de mobiliário do mundo), a tradicional Maison & Objet em Paris e a ambiente, em Frankfurt. apesar de cada uma delas ter um perfil diferente – portanto atraindo públicos com interesses variados – todas são palco de lançamentos de tendências. E não é para menos, já que marcas bacanérrimas, como a francesa Ligne Roset e a italiana Skitsch, utilizam esses eventos como plataforma para mostrar suas mais recentes coleções, geralmente fruto da colaboração com designers renomados e também em início de carreira.

Escolhemos as top 5 marcas (e suas novas coleções, claro!) entre essas três feiras, que resumem perfeitamente os conceitos em voga na decoração: conforto, design inteli-gente, atenção ao detalhe e bom uso da cor.

Os melhores lançamentos das feiras de design e decoração internacionais

poltroNa frolla

Page 47: revista B #31

47 top5 das feiras mundiais

4.543

1.157

3.000

140.000

115.000

85.766

EXPOSITOrES

EXPOSITOrES

EXPOSITOrES

10 à 14 de fevereiro - Frankfurtambiente.messefrankfurt.com

as feiras em números

16 à 22 de Janeiro - Colônia imm-cologne.com

20 à 24 de Janeiro - Parismaison-objet.com

VISITANTES

VISITANTES

VISITANTES

poltrona frolla | de Folco Orlandini e Andrea Radice para Skitsch (lançada na IMM, Colônia)

Apesar de ter o conceito inspirado nas cadeiras tipo “saco”, a poltrona Frolla tem uma certa delicadeza, incomum nesse tipo de peça. O segredo não é apenas o formato mais estruturado (menos desengonçado!) mas também a tapeçaria, ou melhor, os detalhes da tapeçaria. A costura exposta faz parte do design, e a impressão é que a poltrona foi personalizada, feita a mão. Além da versão com as tiras de couro en-trelaçadas, há também um modelo com pes-ponto em azul fluorescente e botões como acessórios puramente estéticos - influência do mudo da moda?

linha de tapetes chevalier édition | (expostos na Maison & Objet, Paris)

A francesa Chevalier édition apostou em cores vibrantes para sua linha de tapetes. Mesmo os tons pastel ganharam um toque fluorescente, fazendo com que as formas geométricas básicas que aparecem ora nas estampas ora no formato ganhassem uma cara mais moderna, atual. O desenho atípico de algumas peças, como o que imita o tramado do nó que forma o próprio tapete, também merece destaque. Os belíssimos tapetes, criados por designers como Samuel accoceberry e Sylvain Willenz, são verdadei-ras obras de arte para o chão. tapetes chevalier éditioN

coleção blue d1653

coleção blue d1653 | da royal Delft (lançada na Ambiente, Frankfurt)

quem já visitou a Holanda sabe como as porcelanas pintadas a mão, provenientes da cidade de Delft, são um ícone do país. as peças azuis e brancas tem sido fabricadas há centenas de anos, mas poucas são as empresas que sobreviveram desde o século 17, como a royal Delft. De enfeites de natal e linhas de mesa a bijuterias e souvenirs, são milhares de itens produzidos com o mesmo rigor e qualidade de tanto tempo atrás.

O segredo para se manter no topo? Apos-tar na renovação aliada a tradição. A coleção Blue D1653 é resultado dessa aposta, e une o melhor dos dois mundos: a combinação clássica do azul e branco – tradição – e peças com formas modernas, para necessidades atuais – renovação. O centro de mesa redondo com o meio vazado e o trio de garrafas para armazenar alimentos são bons exemplos desse encontro de sucesso.

Page 48: revista B #31

48desenho b

soil | (expôs na Ambiente, Frankfurt)Soil é uma marca japonesa que acaba de

se lançar no mercado internacional, e não apenas levou para sua primeira participa-ção em feiras uma linha de produtos, mas também um novo material. Feito de com-ponentes biodegradáveis e dissecantes, o diatomaceus earth é altamente absorvente, portanto ideal para fabricação de acessórios para cozinha e banheiro, como saleiro, pimenteiro e porta sabonetes.

Apesar do destaque ser a matéria-prima, o design minimalista e extremamente fun-cional, bem característico do Japão, é outro ponto alto nos produtos da Soil. soil

oKUmi - ligne Roset fifty - ligne Roset

seRepentine - ligne Roset

coleção 2012 da ligne roset | (lançada simultaneamente na IMM e Maison & Objet)

um dos lançamentos mais esperados do início do ano, a coleção nova da Ligne Roset ultrapassa 100 peças, desenvolvidas por 80 designers, renomados e iniciantes. Entre acessórios decorativos e itens de mobiliário, é possível decorar a casa inteira. A poltrona Okumi, do Studio Catoir, é uma das âncoras da coleção, e alia a contempo-raneidade da marca com detalhes elegan-tes, como o tecido estampado no “verso” da cadeira e a estrutura colorida. Segundo os designers, o estofamento “largado” que imediatamente remete a conforto, foi inspirado no kimono japonês.

Conforto é também palavra-chave na cadeira para área externa Serpentine, de Éléonore Nalet. A jovem designer lançou um protótipo da cadeira ano passado, e atraiu o interesse da Ligne Roset, que assumiu a produção. As almofadas que compõem o encosto são entrelaçadas na estrutura e podem ser removidas para lavagem.

Ainda na categoria assentos, a poltrona Fifty (da designer islandesa Dogg Gud-mundsdottir em parceria com o estúdio

arnved Design) tem um pé no passado - graças as proporções exageradas das “asas” laterais, que remetem ao design da década da 50 – mas as cordas entrelaçadas que fazem as vezes de assento/encosto entregam que a peça é sim uma criação contemporânea. b

a COLEçãO 2012 Da LIGNE rOSET uLTraPaSSa 100 PEçaS DESENVOLVIDaS POr 80 DESIGNErS

Page 49: revista B #31

Ribeirão Preto | Av. Itatiaia, 1.175 • Jardim Sumaré • [email protected] • (16) 3902 1700São Carlos | R. Carlos Botelho,1264 • Centro • [email protected] • (16) 3364 5001

www.portobe l loshop.com.br

Page 50: revista B #31

50caderode

linha vision

cadeiras linha c 130 top

Seu diferencial de apresentação é a espes-sura dos tampos, que conferem a essa linha um elevado padrão de acabamentos.

Encosto de tela garante bem-estar e saúde, proporcionando melhor postura e grande conforto.

Lia LagunaARquITETA 16 9122 8043 | [email protected]

“O showroom foi criado para atender lojistas do mercado da moda, e mesmo com o foco na funcionalidade e logística necessárias, o espaço consegue mostrar sua personalidade moderna e casual”, Lia Laguna

Page 51: revista B #31

51 portfolio

linha corporativa linear

cadeiras linha c170 new

Garante funcionalidade necessária para o dia a dia. Ela é dinâmica e prática, destacando-se como a opção ideal para os mais exigentes projetos.

Projetada para atender diversos projetos, com foco na qualidade e no conforto.

Cláudia AlvarezARquITETA 16 3945 6615 | [email protected]

“O foco principal deste trabalho foram as salas de reunião. a princípio tomamos como conceito a interação entre as salas e com o laboratório de estudos. Foram utilizadas divisórias com vidro e portas de correr para melhor aproveitamento da luz natural e dos ambientes”, Claudia Alvarez.

rua sete de setembro, 1500RibeiRão pReto - sp

tel 16 3235 3805 www.caderode.com.br

mapa 06

fotos: wagNer abrahão juNior

Page 52: revista B #31

52casa vivalti

valquiria saNtos mustafé

wagNer abrahão juNior

Soluções inovadoras sobre Design de Interiores e Decoração, constantemente são traduzidas em tendências que ganham destaque nos estandes nacionais e interna-cionais das principais feiras do segmento. Com tantas novidades sobre mobiliário, objetos decorativos para casas e escritórios, iluminação e muito mais, o desenvolvimento de projetos deve receber cuidados espe-ciais de profissionais sensíveis e antenados que consigam traduzir essas tendências em estilo próprio para seus clientes.

Dessa forma, na Casa Vivalti, exercitamos a mistura de elementos, cores e padrões, apresentando soluções customizadas no per-fil adequado de cada cliente, enriquecendo projetos de ambientações para casa e tra-balho, desde pequenas melhorias pontuais até grandes transformações. É importante permitir ao cliente maior versatilidade.

quartoUm quarto clássico com roupas de cama em algodão egípcio 400 fios é um convite ao conforto. Nesse ambiente, arranjo floral branco, o abatjour de madeira entalhada e o criado mudo, deixam o ambiente mais clean, o tom mais forte ficou por conta do tapete Medusa feito com elastano, exclusividade Casa Vivalti. Característica importante: esse tapete pode ser lavado na máquina para roupas.

Ainda na intimidade do quarto, uma mesa para pequenas refeições completa o ambiente. Esse móvel em madeira de demolição na cor natural cria um contraste interes-sante e sofisticado com os móveis na cor branca. As taças vermelhas e de cristal, os guardanapos em linho na cor coral e arranjo com rosas vermelhas no vaso de prata, promovem ainda mais o romantismo.

Page 53: revista B #31

53 decoração

JantarPara uma sala de jantar, a mesa em madeira eucalipto na cor branca e cadeiras no estilo provençal são ótimas opções. Completando a harmonia utilize tecidos florais para os estofa-mentos. O aparelho de jantar, as taças de cristal e o arranjo de flores num vaso bico de jaca, reforçam o colorido, deixando o ambiente mais romântico e intimista.

rua cerqueira césar, 1666RibeiRão pReto - sp

tel 16 3234 9601

mapa 07

Page 54: revista B #31

Decorar é uma delícia, mas pode facilmente se transformar em uma frustração. quantas vezes o provisório já virou definitivo e a caixa da mudança con-tinuou no mesmo lugar por meses a fio? quantas vezes você abandonou um projetinho “faça você mesmo” ou deixou a reforma da cozinha pela metade porque per-deu a empolgação? Nessa nova seção, vamos descom-plicar a decoração e dar dicas fáceis, criativas e que podem transformar completamente um ambiente. Pra todo mundo perder o medo de botar a mão na massa e ser seu próprio decorador!

Até mesmo uma anti-minimalismo como eu gosta de praticar o desapego decorativo de vez em quando: acho que acumular objetos por “pena” não está com nada. Mas admito que é difícil abrir mão de revistas e livros que, mesmo encostados e fechados há tantos anos, tem aquele charme e encantamento único. Todo mundo gosta de exibir suas leituras e mostrar um pouco de sua personalidade através da revista que lê. O problema é o espaço que elas ocupam!

Revistas e livros são grandes, pesados e não cabem em qualquer lugar. Problema decorativo e também ecológico, já que não e nada bacana jogar tanto papel fora, por mais reciclável que seja. A solução é contor-nar a desvantagem do armazenamento, transforman-do os contras em prós.

Descomplicando: a pilha de revistas é pesada, mas é resistente. Os livros já estão desatualizados, mas tem um visual bonito, tem cor. Pronto! a pilha virou móvel. São tantas funções que podemos atribuir a uma série de revistas ou livros empilhados, que é possível espalhar a coleção por toda a casa.

No quarto, vira mesa de cabeceira. Na sala, mesinha lateral ou um banquinho extra. Basta amarrar a pilha, como se fosse um presente, com aquele cinto que está no fundo do armário e saiu de moda faz tempo ou uma fita de cetim bem colorida, pra dar um contraste inusi-tado. E a ordem, a altura, a sequência, são as menores das preocupações. Essa é a chance de bagunçar, não seguir regras, brincar com a decoração. De um jeito ou de outro, vai sim ficar a sua cara! b

Vol 1 : Livros e Revistas

dicas de decoração por heloisa righetto

Page 55: revista B #31

55desenho b | ambiente

heloisa righetto

NeNi almeida

Page 56: revista B #31
Page 57: revista B #31

texto e ilustração de

regiNa maria amorim vieira

57 respiro

Sobre (a) Vida

Eu os vejo...Eu os vejo com sua fome sadia buscando o seio quente e farto,

os pezinhos de pão de queijo, as mãozinhas de todo o desconexo gesto, asas agitadas no tempo novo.

Eu os vejo chegando como chegam os filhos do mundo... sem medo, sem pressa, certezas de acolhimento, calma e colo.

Passos incertos apoiados à grande mão, o banho quente, a sopinha qual galáxia de fazer vida boa, povaréu de letrinhas e estrelas cadentes espiralando fumaças risonhas no prato asseado.

O sono dossel de nuvens, depois do afago e do brinquedo.Mas... eu os vejo... tudo foi só frio medo, a gente grande

desparida de si mesma, o colo fundo poço... precipício...Tudo foi só dor, indignado choro, vazia a fome, entorpecido o

sono sem cansaço.Eu os vejo...E, precisam morrer, acabar, desaparecer...Rebarba, lixo, refugo, escória... aterradores e cruéis.Eu ainda os vejo...Eles eram crianças, nossos filhos, aqueles que não queremos

ver e, no entanto, estão pirogravados, fogo e ausência, nos corpos agressivos que sufocaram um dia para sobreviverem, pedra e pesadelo.

Eu os vejo...Os vejo na massa densa e vermelha que grita e brandi armas,

diástole de mais fácil desviver, defendidos, pezinhos de pão de queijo, as mãozinhas de dançar esperas, os rostinhos de bochechas pandas, os pequenos olhos para as grandes miradas...

Todos os dias desfilam diante de nosso medo para matar ou morrer.

São nossos filhos, foram crianças, as crianças que ninguém viu.

Page 58: revista B #31

58editorial

a revista b (issn 1809-937X) é Uma pUbliCação bimestRal da neni design cOMunicaçãO Visual ltda-Me

editor lourenço tarantelli - [email protected]

diretor de arte neni almeida - [email protected]

pRojeto gRáfiCo e editoRação neni design | redação lourenço tarantelli | mídia joão helmeister

editora cultural bianca coutinho dias | editor lado b jonas oliver

editora deseNho b heloisa righetto | editora respiro regina maria amorim vieira

coNsultora jurídica karine vieira de almeida oab/sp 214 345

joRnalista Responsável lourenço tarantelli mtb:42-783 | impRessão ibep gráfica

cOntatO puBlicitáriO (16) 3964 6762 | (16) 9165 7064 - [email protected]

brasil: RUa altino aRantes, 639 - boUlevaRd | Cep 14.025-030 | RibeiRão pReto | sp

londres: 12 priNces road, loNdoN tw9 3hp | www.reVistaB.cOM.Br

é eXpRessamente pRoibida a RepRodUção oU Cópia de paRte oU do todo de teXtos, fotos e ilUstRações pUbliCados na Revista b. os artigos assiNados são de exclusiva respoNsabilidade de seus autores e Não refletem a opiNião da revista.

31

e x p e d i e n t e

Converter, transmutar, metamorfosear..., ações que desafiam os inquietos para uma constante transformação. Transgredir o sintoma da rotina, numa busca pelo novo que atribui sentido em nossos dias.

Há sete anos, aplicamos essa efervescência da transformação em nosso conteúdo editorial, o resultado é uma identidade forte de uma mídia que estimula formadores de opinião em ribeirão Preto e região, São Paulo e Londres. Nessa edição, nossa inquietação nos levou a um novo projeto gráfico, simples e atual, que exigiu um novo corpo, um papel mais puro e sustentável.

Lourenço Tarantelli

transformar

Page 59: revista B #31

07

06

03

04

01

05

02revistab.com.br

ribeirão preto

revistab.com.br

Page 60: revista B #31

a - praÇa Xv De Novembro Marco de referência histórica e geográfica, localizada na região central da cidade. A praça foi tombada pelo Condephaat (Con-selho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo), junto com o Quarteirão Paulista.

a - QUarteirão paULista Tradicionalmente conhecido, é formado pelo conjunto arquitetôni-co que abrange o Theatro Pedro II, o prédio do antigo Palace Hotel e o Edifício Meira Júnior, onde funciona o Pinguin II.

a - tHeatro peDro ii Rua: Álvares Cabral, 370 Fone: 16 3632-0757 A reforma da estrutura do prédio, a modernização das instalações e o restauro das características arquitetônicas originais recuper-aram o Pedro II e ampliaram suas funções, transformando-o no 3º maior teatro de ópera do país em capacidade de público.

b - marp - mUseU De arte De ribeirão preto Rua Barão do Amazonas, 323 Fone: 16 3635-2421 Inaugurado em 1992, com um perfil voltado à arte contemporânea, apresentando várias exposições de representativos artistas brasileiros.

b - paLÁcio rio braNco Praça Barão do Rio Branco Fone: 16 3977-9000 Inaugurado em 26 de maio de 1917, o Palácio Rio Branco abriga o Gabinete do Prefeito e a Secretaria de Governo.

c - cateDraL metropoLitaNa Praça das Bandeiras Fone: 16 3625-0007 Em estilo romântico e linhas góticas, destacam-se os vitrais coloridos no seu interior, os afrescos pintados por Benedito Calixto que datam de 1917. A Catedral Metropolitana de São Sebastião de Ribeirão Preto está localizada na Praça das Bandeiras, região central da cidade.

c - Feira De arte e artesaNato De sexta a domingo, das 7 às 22h Praça das Bandeiras Com participação de mais de 150 artesãos de Ribeirão Preto e Região, a feira oferece uma grande variedade de produtos em cerâmica, couro, metais, vidro, adorno pessoal, louças, porcelana, fiação, tecelagem, flores desidratadas, arranjos em palha, vasos, tecidos etc.

D - GaLeria De arte a cÉU aberto Todos os domingos, das 9 às 14h Praça Sete de Setembro Aproximadamente cem artistas plásticos de Ribeirão Preto e região expõem e comercializam suas obras, promovendo o encon-tro da população com a arte.

fonte: Prefeitura Municipal

RuA AlTIno ARAnTES, 639 - BoulEvARDCEP 14.025-030 | RIBEIRão PRETo | SP | www.REvISTAB.CoM.BR

departamento comercial tel 16 3964 6762 [email protected]

dell annoRuA InÁCIo luIz PInTo, 250TEl 16 3911 [email protected]

projeta iluminaçãoRuA AlTIno ARAnTES, 811 TEl 16 3237 1112 PRoJETAIluMInACAo.CoM.BR

rodini joalheirosRIBEIRão SHoPPInG Av. CEl. FERnAnDo FERREIRA lEITE, 1540loJA 161 - TEl 16 3911 3970 RoDInIJoAlHEIRoS.CoM.BR

conceito iluminaçãoRuA CAP. A. noRBERTo DA SIlvA, 766TEl 16 3621 2127 IluMInACAoConCEITo.CoM.BR

portobello shopAv. ITATIAIA, 1.175 TEl 16 3911 6745

caderodeRuA SETE DE SETEMBRo, 1500TEl 16 3235 3805 CADERoDE.CoM.BR

casa vivaltiRuA CERQuEIRA CéSAR, 1666TEl 16 3234 9601

01

02

03

04

05

07

06

Page 61: revista B #31

RECORTE ESTE ANÚNCIO E COLE NO TRABALHO, NA FACULDADE, NO BAR, ONDE VOCÊ QUISER.O PRIMEIRO PASSO PARA MUDAR É A INFORMAÇÃO.

Page 62: revista B #31

foto

: oli

ver

pr

ou

t h

ou

se

moda

revistab.com.br

materias exclusivas vídeosgaleriasagendapromoções