Revista Brasil Paraolímpico n° 31

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Dezembro de 2008 n31 Patrocinador oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro www.cpb.org.br Veja também: resultado do Meeting Internacional Paraolímpico Um ano de vitórias 2008

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Edição número 31 da revista oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro - CPB.

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Dezembro de 2008n31

Patrocinador oficial do Comitê ParaolímpicoBrasileiro

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Veja também: resultado do Meeting Internacional Paraolímpico

Um ano de vitórias2008

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Dois ciclos e muitas lições

Humor 02 Tirinha da Turma da Mônica e caricaturas de Saulo Cruz

No Pódio 03 Jerusa Santos 16 Wu Chunmiao 26 Antônio de Pádua 39 Dirceu Pinto

Notícias 11 Medalhistas de Pequim 14 Circuito Brasil Paraolímpico 19 Halterofilismo 20 Tiro e Esgrima 22 Atletas Paraolímpicos são aplaudidos na Mangueira 23 Novos Classificadores Funcionais 29 Prêmio Olímpico e Paraolímpico

31 Melhores Clubes de 2008 32 Meeting Internacional

adreNaliNa 42 Kart adaptado

44 Bastidores

46 oPiNiÃo

47 Notas

Prezados Amigos,

Chegamos ao final de 2008. Um ano sensacional para o esporte paraolímpico brasileiro. A vitoriosa campanha em Pequim somou-se ao Parapan Rio 2007 e aos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004 e consolidou o País como potência esportiva em nosso segmento. Hoje somos vistos pela sociedade brasileira como um movimento esportivo, nossos atletas são reconhecidos como tal. Ao longo dos últimos oito anos, três profundas mudanças - ou foram revoluções? - modificaram radicalmente o cenário do esporte paraolímpico no Brasil.

A primeira foi a aprovação e sanção da Lei Ag-nelo/Piva, que propiciou ao CPB, a partir de agos-to de 2001, receber recursos financeiros de forma permanente. Isso nos permitiu planejar a curto, médio e longo prazos. Os resultados apareceram já em Atenas 2004, apenas três anos depois, com a conquista da melhor participação brasileira em Jogos Paraolímpicos até então.

A segunda revolução foi o investimento em ações de comunicação através da televisão, como as coberturas dos Jogos de Atenas 2004, Rio 2007 e Pequim 2008. Sem dúvida nenhuma a percep-ção da sociedade brasileira e da mídia em relação ao esporte paraolímpico mudou após as pessoas terem a oportunidade de assistir pela televisão a tais competições. Foi possível perceber a exce-lência esportiva, o altíssimo nível de rendimento de nossos atletas. Tais ações atraíram parcerias fortes e estáveis com Loterias CAIXA, Unimed e Olympikus, que estão conosco desde 2004. Nunca

antes tivemos os mesmos parceiros em duas edições consecutivas de Jogos Paraolímpicos. Mais impor-tante: os parceiros permaneceram por todo o período entre Atenas e Pequim.

A terceira revolução foi a mais difícil. Aliás, ainda está sendo. A transformação do modelo es-portivo do segmento paraolímpico nacional, ado-tando a divisão por modalidades e não por áre-as de deficiência. Tal paradigma obstaculizava a evolução de nosso esporte e nos mantinha presos a conceitos antiquados. Esporte é paixão, mas é também profissionalismo, eficiência em gestão. O modelo que buscamos, sem dúvida nenhuma, contribuiu para que as federações focassem seus esforços e seus recursos, humanos e financeiros, em modalidades específicas. Com isso, aumenta-mos o leque de modalidades praticadas no País e também nossa participação internacional, culmi-nando com a qualificação para Pequim em 17 mo-dalidades, conquistando medalhas em oito delas.

Não foram anos fáceis. Foi uma luta intensa para chegarmos aonde chegamos. Entretanto, posso afirmar que valeu à pena batalhar pela mu-dança e sermos recompensados com os resultados que obtivemos. Contribuir com o desenvolvimento do esporte paraolímpico tem sido uma honra, um privilégio. Tenho muito orgulho em fazer parte do movimento paraolímpico brasileiro.

Vital severino Neto Presidente do CPB

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Turma da Mônica

Na seção No Pódio desta edição Jerusa Santos com seu guia Luiz Henrique Barbosa, Dirceu Pinto e Antônio de Pádua.

Divirta-se!

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Em abril de 1982 nasceu em Rio Branco, Acre uma garotinha que levantaria a bandeira do Brasil do outro lado do mundo. Jerusa dos Santos nasceu com catarata e

mais tarde foi diagnosticado um glaucoma. A deficiência visual não a impediu de ir lon-ge e conquistar seus objetivos. Em 2001, conheceu o atletismo e decidiu treinar para ser a melhor velocista do mundo. Basea-da neste sonho Jerusa treina com Inaldo Justino de Sena, seu técnico, de segunda a sábado duas horas por dia. Seu guia e tam-bém marido, Luiz Henrique Barbosa, ajuda sua parceira na difícil batalha de superar as barreiras e alcançar seus sonhos.

Em sua primeira competição no Pan da IBSA (Federação Internacional de Esporte para Cegos) em São Paulo, em 2005, Jerusa conquistou duas medalhas de prata e uma de bronze. No mundial também da IBSA em 2007, a atleta conquistou mais duas medalhas de prata para sua coleção. Mas a vitória que deixaria o coração de Jerusa batendo mais forte viria um ano depois, nas Paraolimpíadas de Pequim 2008. “Foi minha primeira participação num evento tão importante. Foi uma boa experiência que vai servir de motivação para as pró-ximas competições de nível internacional. Realmente fiquei muito mais do que feliz. Eu não esperava mesmo conquistar uma medalha de bronze nos 200m, porque a prova que tenho melhor desempenho é nos 100m. Mas mesmo assim consegui baixar mais de 1 segundo e meio da minha me-lhor marca que era 27’’60 para 26’’05. Mui-tos não acreditavam que eu fosse conquis-tar uma medalha, quem mais acreditou em mim e me deu força para superar tudo, foi meu guia e o meu amor Luiz Henrique”, afirmou repleta de felicidade.

Atleta conquista medalha em sua primeira paraolimpíada

Jerusa dos Santos, uma estrela bronzeada

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Algumas pessoas acreditam que pode haver brigas e que os problemas do traba-lho são levados para casa quando além de guia e atleta os dois também são marido e mulher. Com um sorriso tímido, Jerusa discorda. “A gente se entende super bem tanto nos treinos e competições, como em casa. Nunca brigamos”, defende.

Jerusa desembarcou na China disposta a mostrar o que foi fazer lá. No primeiro momento achou tudo muito estranho, a começar pela comida que não agradou a atleta brasileira. Como todos os turistas que passaram pelo país, ela foi conhecer os famosos espetinhos da região. “As comidas são muito diferentes. Fiquei na curiosidade para saber se era boa ou ruim. O espetinho de escorpião não tive coragem de comer, o Luiz foi quem provou. Segundo ele o gosto é parecido com torresmo” explicou. Jerusa aproveitou a oportunidade e experimentou

o famoso sushi, bolinho arroz com algas e peixes. A comida também não a agradou o paladar bem brasileiro, devido ao gosto de peixe cru.

Apesar do pouco contato com os es-trangeiros as duas atletas que sempre a cumprimentavam eram a grega e a chine-sa, que por coincidência eram suas maiores adversárias. “Sempre que elas passavam com os guias eles nos cumprimentavam. Não ficávamos conversando muito tempo porque o Luiz fala pouco inglês, e eu só falo português, mas foi bom ter esse con-tato”, relembra.

Ao alcançar seu sonho de conquis-tar uma medalha paraolímpica a atleta se sentiu realizada. “Quando peguei a medalha os chineses vieram pedir autó-grafos e queriam tirar fotos comigo. Eles são muito simpáticos”, contou sobre seus momentos de fama.

Apesar da recepção aos atletas no ae-roporto de Guarulhos, a atleta confessa que esperava mais na hora da chegada da quarta maior delegação, com os medalhis-tas de Pequim que trouxeram 47 medalhas para o Brasil. “Gostaria que fossemos tão merecedores de prestígio como os olímpi-cos”, lamentou.

Hoje, a atleta que conheceu o atletis-mo em julho de 2001, quando o presidente da entidade do Acre a chamou para fazer parte do time, se dedica aos treinos diá-rios para conseguir estabelecer novas mar-cas. Para ela seus maiores adversários são as próprias lesões que aparecem logo após alguma competição. Jerusa já conquistou o título de Terceira Melhor do Mundo nos 100 e 200m no ano de 2007 e 2008, mas ela ainda almeja chegar ao primeiro lugar. Sua filosofia de vida é “sofrer nos treinos para rir nas competições”.

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No dia 1º de outubro o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prestou homenagem aos atletas paraolímpicos e olímpi-cos que conquistaram medalhas

nos Jogos de Pequim. O evento aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília, pela manhã. Estiveram presentes na cerimônia o vice-pre-sidente, José Alencar, o Ministro dos Espor-tes, Orlando Silva Jr, o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Vital Severino Neto, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, os chefes das duas de-legações e os presidentes das Confederações, além de jornalistas, crianças e convidados.

Lula elogiou os atletas brasileiros e prometeu mais apoio do Governo Federal ao esporte. “É importante ganhar o ouro, mas isso não é tudo. A medalha de prata não diminui ninguém. O importante é sa-ber que o atleta embarcou preparado para fazer o melhor. Ainda tenho dois anos e dois meses de mandato e podemos fazer mais pelo esporte. Representar o seu país numa Olimpíada ou Paraolimpíada é moti-vo de orgulho para todos, os que ganha-ram medalha ou não. Tenho certeza que todos os que competiram deram seu me-lhor”, afirmou o presidente.

O porta-voz da delegação paraolímpi-ca foi o tetracampeão Antônio Tenório. O atleta se emocionou ao falar do grupo. “É muito bom ter reconhecimento e receber essa homenagem, pois o Brasil paraolím-pico teve sua melhor participação. Con-quistamos nosso espaço entre as grandes potências mundiais, agora o pensamento está em Londres”, discursou Tenório.

O futebol de cinco conquistou o título de bicampeão paraolímpico em Pequim. Um dos destaques do time, Ricardo Alves, presenteou o presidente da República com uma bola de guizo usada pelos atletas de-ficientes visuais. Lula ficou intrigado com o presente. Ele olhou curioso e chacoalhou

Presidente Lula homenageia atletas paraolímpicos e olímpicos

a fim de escutar o barulho produzido.

O clima descontraído permaneceu du-rante quase toda a cerimônia. Lula lembrou os atletas criticados por seus desempenhos na China. “Seria ótimo se todos os atletas brasileiros pudessem ganhar medalha de ouro, mas não é assim. O que se espera do atleta é que ele faça o que está ao seu al-cance, mas naquele dia o adversário pode estar melhor. Paciência, é do ser humano. Isso não justifica certas críticas que ouvi.

Tem gente que passa quatro anos calado e na primeira falta de medalha de ouro passa a criticar”, defendeu o presidente.

Já no final da homenagem, Lula se mos-trou otimista. “O Brasil merece fazer uma Olimpíada e uma Paraolimpíada. Temos Londres 2012 pela frente, onde poderemos melhorar a nossa participação e, se Deus quiser, o Rio de Janeiro em 2016”, afirmou, em referência à candidatura da cidade à sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

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Atletas Paraolímpicos recebem homenagens nos quatro cantos do país

Depois do excelente desempe-nho da delegação brasileira nos Jogos Paraolímpicos de Pequim 2008, onde o Brasil conquistou 47 medalhas, sen-

do 16 de ouro, 14 de prata e 17 de bronze, chegou a hora de colher os bons frutos de tanto esforço e dedicação.

A primeira surpresa veio logo na che-gada, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Familiares, fãs e repórteres aguardavam ansiosos o desembarque dos campeões. Os dias que se sucederam foram repletos de homenagens e autógrafos nas ruas das cidades.

O governo do Distrito Federal prestou homenagem aos atletas paraolímpicos de Brasília no dia 21 de outubro, no Ginásio Nilson Nelson. Estavam presentes o gover-nador José Roberto Arruda, o secretário de Estado de Esporte, Aguinaldo Silva de Oli-veira, a secretária adjunta da Secretaria de

Educação, professora Eunice Santos. Os atletas Iranildo Conceição (Tênis de Mesa), Areosvaldo Fernandes (Atletismo), Shirlene Coelho (Atletismo), Cláudio Irineu (Vôlei sentado), Marcos Fernandes (Hipismo) e Eli-za Melaranci (Hipismo) receberam uma placa de homenagem das mãos do governador.

“Não poderíamos deixar de homenage-ar esses atletas que representaram não só Brasília, mas o Brasil inteiro”, afirmou o secretário de esporte. O governador Arruda elogiou o desempenho nos Jogos Paraolím-picos de Pequim. “Em nome da população de Brasília agradeço a todos os atletas. Essa placa é muito simples, mas ela não é uma homenagem do governo, e sim da popula-ção. Vocês são atletas exemplares. São seres humanos muito especiais. Vocês são exem-plos de superação”, ressaltou Arruda.

No mesmo dia, o time do São Paulo recebeu a visita do bicampeão paraolím-pico do futebol de cinco, Mizael Conrado.

O atleta levou suas medalhas conquistadas em Atenas e Pequim para mostrar aos jo-gadores. O volante Hernanes e o superin-tendente de futebol, Marco Aurélio Cunha entregaram a Mizael uma camisa persona-lizada do time tricolor. O atleta agradeceu emocionado o presente do seu time do co-ração. “Minha última lembrança visual do São Paulo é eterna. Foi um gol do Careca no ângulo esquerdo do Sérgio Nery, no Es-tádio Brinco de Ouro da Princesa”, recor-dou citando o gol na decisão do Campeo-nato Brasileiro de 1986. O jogador perdeu a visão aos nove anos de idade, mas até hoje não esquece aquela partida.

A capital paulista também fez questão de reconhecer o desempenho dos atletas paraolímpicos. No dia 23 de outubro os atletas de São Paulo, guias, dirigentes e orientadores que participaram dos Jogos, também foram homenageados pelo Gover-no do Estado de São Paulo.

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O vice-governador Alberto Goldman, a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, e o secretário de Espor-te, Lazer e Turismo, Claury Santos Alves da Silva, entregaram diplomas a todos. Os dez medalhistas do estado também receberam medalhas pelo belo de-sempenho na China. Os cinco atletas que conquista-ram ouro foram agraciados com a Medalha do Mérito Ipiranga, e os outros cinco que conquistaram prata e bronze receberam a Medalha do Mérito Desportivo. Estavam presentes os nadadores Daniel Dias, André Brasil, Fabiana Sugimori, Joon Sok Seo, os judocas Antônio Tenório da Silva e Daniele Bernardes da Sil-va, Dirceu José Pinto, da Bocha, Mizael Conrado de Oliveira do Futebol de 5 e André Luiz de Oliveira e Odair dos Santos do atletismo.

Na solenidade foi assinado um decreto que cria o Comitê de Apoio ao Paradesporto do Estado de São Paulo. O Comitê vai elaborar propostas e pla-nos de ação focados no desenvolvimento do atleta no estado. O objetivo é tornar o esporte acessível a todas as pessoas com deficiência, não se limitan-do apenas aos atletas de alto desempenho. Serão beneficiadas cerca de oito milhões de pessoas. No mesmo dia o Governo prometeu criar ou adaptar um Centro de Excelência para o Esporte Paraolím-pico de São Paulo.

Na Paraíba atletas e membros da comissão técnica foram recebidos na Assembléia Legislati-va no dia 24 de novembro. O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência, deputado Nivaldo Manoel, homenageou em sessão solene os nadadores Phelipe Andrews e Genezi Al-ves de Andrade; os jogadores do futebol de 5, An-dreonni Fabrizius, Damião Robson, Fábio Ribeiro Vasconcelos, Marcos José Alves Felipe e Severino Gabriel; Thiago Henrique e Legy Pedro do goalball, e José Ricardo Leal da Silva do basquete em ca-deiras de rodas. Além dos atletas paraibanos fo-ram homenageados três integrantes da comissão técnica: o técnico do Goalball masculino, Dailton Freitas Nascimento; o técnico do futebol de 5, An-tônio de Pádua Alves da Costa e o preparador físico também do futebol de 5, Cléber Hidalgo.

Aproveitando a onda de homenagens, o time Vasco da Gama aproveitou a presença dos jogadores Fábio Andreonni (goleiro) e Sandro Laina (zagueiro) do futebol de 5, na partida contra o Santos no dia 9 de novembro, para reconhecer o bicampeonato em Pequim. Os jogadores foram recebidos pelo presiden-te do Vasco, Roberto Dinamite, que os presenteou com uma camiseta do clube. Fábio e Sandro levaram sorte ao Vasco que venceu o jogo por 1x0.

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Desempenho do Brasil – De Sidney a PequimParticipação em quantidade de modalidades

Sidney Atenas Pequim

BRASIL 9 13 17

Quantidade de Vagas

Sidney Atenas Pequim

Atletismo 10 23 48

Basquete em CR 12 24 24

Bocha 2

Ciclismo 2 1 2

Esgrima 1

Futebol de 5 10 10

Futebol de 7 11 12 12

Goalball 12 12

Halterofilismo 3 2 4

Hipismo 1 4

Judô 5 8

Natação 17 21 24

Remo 9

Tênis 2 2

Tênis de Mesa 4 6 11

Tiro 1

Vela 3

Voleibol 12

TOTAL 65 98 188

Medalhas por modalidade

Sidney Atenas Pequim

Atletismo* 9 16 15

Bocha* 3

Futebol de 5 1 1

Futebol de 7 1 1

Hipismo 2

Judô 1 4 5

Natação* 11 11 19

Remo* 1

Tênis de Mesa* 1*Revezamentos e provas em duplas contam como 1 medalha

Quantidade de Medalhas

Sidney Atenas Pequim

Ouro 6 14 16

Prata 10 12 14

Bronze 6 7 17

TOTAL 22 33 47

Posição no Quadro Geral de Medalhas

Sidney Atenas Pequim

BRASIL 24º 14º 9º

Participação em quantidade de medalhas

Sidney Atenas Pequim

Feminina 4 11 12

Masculina 18 22 35

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shirlene coelho (F35-38)

Prata no lançamento de dardo

tito sena (t46)

Prata na maratona

terezinha Guilhermina (t11)

Prata nos 100mOuro nos 200mOuro nos 400m

lucas Prado (t11)

Ouro nos 100mOuro nos 200mOuro nos 400m

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NataçÃo

andré Brasil (s10)

Ouro nos 50m livreOuro nos 100m livreOuro nos 400m livreOuro nos 100m borboletaPrata nos 200m medley

daniel dias (s5)

Ouro nos 50m livreBronze no 4x50m livrePrata no 4x50m medleyOuro nos 100m livreOuro nos 200m livreOuro nos 50m costasPrata nos 100m peitoPrata nos 50m borboletaOuro nos 200m medley

Fabiana sugimori (s11)

Bronze nos 50m livre

Medalhistas de Pequim 2008edênia Garcia (s4)

Bronze nos 50m livre

Phelipe rodrigues (s10)

Prata nos 100m livrePrata nos 50m livre

Verônica almeida (s7)

Bronze nos 50m borboleta

atletismo

odair santos (t13)

Bronze nos 800mBronze nos 5.000mBronze nos 10.000m

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Yohansson Nascimento (t46)

Bronze nos 100mPrata no 4x100m

Jerusa dos santos (t11)

Bronze nos 200m

Ádria santos (t11)

Bronze nos 100m

andré luiz oliveira (t42-46)

Prata no 4x100m

alan oliveira (t42-46)

Prata no 4x100m

claudemir santos (t42-46)

Prata no 4x100m

BocHa

dirceu Pinto (Bc4)

Ouro na individual BC4Ouro na dupla BC4

eliseu santos (Bc4)

Bronze na individual BC4Ouro na dupla BC4

FuteBol de 5

Jefferson Gonçalves, damião ramos, João Batista silva, marcos Felipe, mizael ol-iveira, ricardo alves, sandro soares, sev-erino silva, andreonni rego Farias, Fábio ribeiro Vasconcelos

Ouro no Masculino B11

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Judô

antônio tenório silva

Ouro na categoria -100 kg

Karla cardoso

Prata na categoria -48 kg

michelle Ferreira

Bronze na categoria -52 kg

daniele silva

Bronze na categoria -57 kg

deanne silva

Prata na categoria +70 kg

remo

elton santana e Josiane lima

Bronze no Skiff Duplo Misto

têNis de mesa

Welder Knaf e luiz algacir silva

Prata nas Duplas Classe 3

HiPismo

marcos alves Bronze na Individual IbBronze no Estilo livre com música Ib

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A capital do Ceará recebeu a se-gunda etapa nacional do Circui-to Loterias CAIXA Brasil Parao-límpico de Atletismo e Natação nos dias 8 e 9 de novembro.

Estiveram presentes 392 atletas, incluindo todos os medalhistas das Paraolimpíadas de Pequim das duas modalidades.

O nadador Daniel Dias, dono de nove medalhas conquistadas na China, parti-cipou da competição e fala sobre a expe-riência na China. “Pequim foi um sonho realizado. Todo atleta que se torna pro-fissional sonha com uma Paraolimpíada. Além de ter a oportunidade de parti-cipar, ainda fui o maior medalhista do Brasil. Desde que voltei estava de férias.

Circuito Brasil Paraolímpico 2008 chega ao fimCompetição contou com a participação dos atletas medalhistas de Pequim

Agora estou retomando os treinamentos e pegando o ritmo, é o início de uma nova etapa. O Circuito é muito impor-tante para dar ritmo aos treinos”, afir-mou Daniel.

O velocista Lucas Prado, medalhista de ouro nos 100, 200, e 400m em Pequim, comemorou seu aniversário em Fortaleza. De presente, o “ceguinho falador”, como se tornou conhecido, conquistou mais duas medalhas de ouro nos 100 e 200m. “Nos 100m não consegui bater o recor-de mundial, porque o vento atrapalhou muito. Os 200m foram mais tranqüilos. O Circuito é muito importante para revelar novos talentos e novos adversários”, ex-plicou o atleta.

Com quatro anos de existência, o Cir-cuito Loterias CAIXA encerra o ano de 2008 com um número recorde de participantes: mais de 1.200 atletas competiram nas cin-co etapas de 2008. Para o secretário geral do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Andrew Parsons, o Circuito atingiu sua maturi-dade. “Hoje temos o formato ideal, com três etapas regionais e duas nacionais. O principal objetivo de promover acesso a novos atletas foi alcançado e temos um calendário nacional. Da quantidade surgiu a qualidade, onze das dezesseis medalhas de ouro do Brasil em Pequim foram frutos do Circuito”, afirmou.

Desde o retorno das Paraolimpíadas de Pequim, essa foi a primeira vez que toda a

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delegação brasileira de atletismo e nata-ção se reuniu. O CPB convidou quase 700 crianças para assistir as competições e ver de perto seus ídolos. “Tive vontade de ver como são os deficientes. Eu já tinha visto na TV. Mesmo com a deficiência eles são os melhores. Eu sou fã do Alan Fonteles e do Daniel Dias. O Daniel é bom atleta, se dedica. O Alan tem muita força, conseguiu conquistar muita coisa”, analisa Helton Tel, de 15 anos. Para Leinara de Souza, 10 anos, essa foi uma experiência incrí-vel. “Tem gente que fica deficiente e acha que o mundo acabou, mas não acabou. Eu já tinha visto os atletas na TV, sou fã de todos eles. Achei muito legal as provas”, afirmou a menina.

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Chinesa presenteia seu guia com a medalha de ouro conquistada em Pequim

Wu Chunmiao, um exemplo a ser seguido

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Em abril de 1985, nasceu no leste da China em Shandong, Wu, uma menina que entraria para a histó-ria do seu país. Chunmiao perdeu a visão aos 10 anos de idade devi-

do a um glaucoma. Mas o sonho da pequena garotinha que tinha talento para o esporte não estava acabado. O atletismo veio para trazer alegria para a vida desta chinesa. Em 2003, a atleta foi convidada para fazer par-te da Federação de Pessoas com Deficiência de Sandong Qingdao.

Lutadora nata desde pequena, Wu so-fre lesões freqüentemente devido a falta de visão. Mas a chinesa não deixa que elas interrompam seu sonho de ser uma grande velocista. Chunmiao tem uma cicatriz no queixo que é a marca de 20 pontos por conta de um tombo durante uma competição em Qingdao. Guerrei-ra, agüentou a cirurgia sem anestesia. Depois sua mãe contou quantos pontos foram dados. Estes acidentes deixam a atleta cada vez mais forte para enfrentar qualquer desafio na vida.

Nas Paraolimpíadas de Atenas a atleta conquistou duas medalhas de ouro, uma nos 100 e a outra nos 200m. Wu Chunmiao (T11) treinou diariamente durante anos para o maior evento esportivo do mundo: as paraolimpíadas. Mas as competições de 2008 seriam ainda mais especiais. O país onde nasceu se preparou para sediar as Pa-raolimpíadas de Pequim, que entraram para a história por sua grandiosidade e tecnolo-gia apresentadas ao mundo inteiro.

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A chinesa não queria falhar. Ao lado de seu guia, Li Jiayu’s, se classificou para a final dos 100m livre no Estádio Nacional, mais conhecido como Ninho do Pássaro. Wu deu tudo de si e venceu a prova em apenas 12’’31, conquistando a medalha de ouro e estabelecendo um novo recorde mundial. A brasileira Terezinha Guilher-mina chegou em segundo lugar, ficando com a prata. Na hora de subir no pódio e

receber a medalha dourada, Wu emocio-nou todos os presentes. Ela entregou o símbolo da vitória ao seu guia, afirmando que metade do ouro era dela e a outra metade era dele. O trabalho desenvolvido pela dupla foi reconhecido por todos os presentes naquele momento.

Depois da cerimônia a atleta e seu guia receberam a imprensa. Ao ser ques-tionada por que ela tinha dado sua meda-

lha, a simples chinesa respondeu: “Fiquei desapontada em saber que não haveria nenhuma medalha para os guias. Ele tam-bém merece essa medalha, por isso dei a minha”, explicou.

Wu em Atenas tinha outro guia para ajudá-la na difícil missão de conquistar uma medalha de ouro nas Paraolimpíadas. Seu atual guia, com quem já treina há três anos, é estudante do Instituto de Educa-

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ção Física de Shenyang, e surgiu para aju-dar Chunmiao na Federação de Pessoas com Deficiências. Os três anos de treino foram suficientes para os dois subirem no lugar mais alto do pódio na prova dos 100m em Pequim. Na disputa dos 200m a brasileira Terezinha Guilhermina se superou e deixou a chinesa para trás. Nesta prova Wu conquis-tou a medalha de prata. “As Paraolimpíadas de Pequim foram uma competição maravi-lhosa para as pessoas com deficiências. Não tem como explicar o que é participar de um evento deste porte”, afirmou.

Em dezembro deste ano, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) convidou a chinesa para participar do Meeting In-ternacional Paraolímpico Loterias Caixa de Atletismo e Natação. Wu Chunmiao dispu-tou novamente os 100m com a brasileira Terezinha Guilhermina. Desta vez o resul-tado foi diferente. Seu guia, Li, cruzou a linha de chegada antes da atleta, o que ocasionou sua desclassificação. Mesmo

com o resultado, a chinesa era só elogios ao evento. “O Meeting foi muito bom e divertido. Ele representa a preocupação do Comitê Paraolímpico Brasileiro de fazer um evento como esse, com atletas de outros países”, afirmou.

Wu ficou encantada com o Brasil. Ela deseja ter mais chances de voltar ao Rio de Janeiro para participar de competições e passear pelas ruas da cidade maravilho-sa. “Gostei muito do Rio. O céu e as praias são muito bonitos. Fomos até o Corcovado e ficamos maravilhados”, elogiou.

Seus planos para o futuro são continu-ar competindo e ter seu próprio trabalho. “Nosso governo providencia emprego para as pessoas com deficiência, então terei meu próprio emprego”, afirmou.

A chinesa agradeceu a todos os brasi-leiros pela recepção na competição no final do ano e disse ter ficado muito emocionada com o carinho das crianças que assistiram as provas. A criançada pegou autógrafos dos atletas chineses e ainda voltaram para casa com um broche da China com o dese-nho do famoso Ninho do Pássaro.

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A cidade de Fortaleza sediou no dia 8 de novembro o Campe-onato Brasileiro de Halterofi-lismo, principal competição da modalidade no país. Esti-

veram presentes 45 atletas que obtiveram os melhores índices técnicos alcançados nas duas etapas da Copa Brasil Paraolím-pico de Halterofilismo, realizadas em Na-tal e Uberlândia.

O paulista Alexander Whitaker, 9º lugar nas Paraolimpíadas de Pequim, foi para o Ceará decidido a brigar pelo título de cam-peão. Ele conquistou pela décima vez con-secutiva a medalha de ouro no campeonato brasileiro na categoria até 67 kg. “Eu ainda não estou 100%, desde que voltei de Pe-quim. Ainda estou retomando os treinos, mas não poderia deixar de vir e brigar para manter meu título”, afirmou Alexander.

Com emocionantes disputas tentativa a tentativa, foram estabelecidos quatro

novos recordes brasileiros. Na categoria -48 kg masculino, o atleta Ailton Clemen-te da Silva (SADEF/RN), ergueu em sua segunda pedida 105,0kg. Na terceira pe-dida, o atleta Michel Duarte Severino (VI-QUI/SP), quebrou o recorde pela segunda vez com a marca de 110 kg. Levantan-do 111 kg em sua quarta pedida (valen-do apenas para a quebra de recordes), o atleta Michel Duarte Severino (VIQUI/SP) superou a própria marca, estabelecendo definitivamente o recorde brasileiro da categoria.

Campeonato Brasileiro Paraolímpico de Halterofilismo

Alexander Whitaker conquista o título de campeão brasileiro pela décima vez consecutiva

Nome / Clube Categoria teNtativa marCa

renê Belcássia da silva souza (sadeF/rN) Feminino - 48 kg 3ª 52,5kg

ailton clemente da silva (sadeF/rN) masculino - 48 kg 2ª 105 kg

Michel Duarte Severino (VIQUI/SP) Masculino - 48 kg 3ª 110 kg

michel duarte severino (ViQui/sP) masculino - 48 kg 4ª 111 kg

celso leandro maicá monteiro (acd/rs) masculino - 52 kg 2ª 112,5 kg

José Ferreira marques (aPodec/Pe) masculino - 52 kg 3ª 112,5 kg

emerson Júnior Barbosa (ViQui/sP) masculino - 100 kg 3ª 160 kg

Em negrito: novos recordistas brasileiros.

Na categoria -52 kg masculino, a de-cisão também foi acirrada. O atleta Celso Leandro Maicá Monteiro (ACD/RS) estabe-leceu um novo recorde brasileiro na segun-da rodada com 112,5 kg. Em sua terceira tentativa, o atleta José Ferreira Marques (APODEC/PE) igualou a marca obtida pelo atleta Celso Monteiro, mas como este últi-mo estabeleceu o recorde numa tentativa anterior, permaneceu como detentor do recorde brasileiro da categoria.

Confira na tabela abaixo os recordes brasilei-ros superados e estabelecidos na competição:

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2020 Os Campeonatos Brasileiros de Tiro Esportivo e Esgrima em Cadei-ra de Rodas foram realizados no último fim de semana de novem-bro, em Curitiba. A temperatura

amena da cidade esquentou com a chegada dos atletas. O atirador Carlos Garletti, um dos atletas da delegação brasileira que foi para as Paraolimpíadas de Pequim, venceu todas as provas que competiu e ainda quebrou dois

recordes brasileiros. “Estou muito feliz com o recorde, essa marca é resultado do treino que fiz para a Paraolimpíada. Curitiba recebeu muito bem a competição. Campeonatos como esse são extremamente importantes para novos atletas”, afirmou. Garletti fez 586 pontos, em 600 possíveis na prova de carabina deitado, estabelecendo um novo recorde brasileiro. Na prova de carabina três posições, Garletti fez 1.131 pontos,

um ponto a mais que o recorde anterior.

Os atletas da esgrima também elogiaram a competição. Eles competiram com os no-vos fixadores (base que prende a cadeira do atleta no chão) adquiridos pelo Comitê Para-olímpico Brasileiro. “Acompanhamos o cres-cimento da esgrima que é uma modalidade nova no país. O número de participantes cresceu, e o de mulheres competindo tam-bém. Este ano tivemos a presença do mestre

Tiro Esportivo e Esgrima brilharam em CuritibaCuritibanos presenciaram um show de técnica e estilo

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d’armas francês Jean Deleplancque com uma boa troca de experiências”, explicou o coor-denador da esgrima Válber Nazareth.

Jean é treinador das equipes francesas de esgrima olímpica e paraolímpica. No curso para atletas e profissionais da mo-dalidade adaptada e convencional, passou um pouco do seu vasto conhecimento so-bre a esgrima. “O Brasil tem bons atletas e a estrutura está melhorando. Esse campe-

onato está muito bom. Com a divulgação o esporte tende a se desenvolver cada vez mais”, elogiou o francês. O curso foi mi-nistrado na Universidade Positivo. A única diferença da esgrima adaptada para a con-vencional é que os atletas competem na cadeira de rodas fixadas no chão. No tiro esportivo os atletas competem na cadeira de rodas ou com uso de aparatos de acordo com o grau de deficiência de cada atleta.

r e s u l t a d o s :--- tiro esPortiVo ---

Pistola sPortrecorde Brasileiro – Geraldo Von Rosenthal (RS) - Curitiba/PR – 564 pontos1º Sérgio Adriano Vida (CEDE) – 5572º Geraldo Von Rosenthal (ASASEPODE) – 5523º Luis Carlos Imamura (CIEDEF) – 277

CarabiNa 3 Posiçõesrecorde Brasileiro – Carlos Henrique Garletti APEDEF/PR – 1131 pts1º Carlos Henrique Garletti (APEDEF) – 11312º Paulo Campozano (CAIRA) – 8843º Benedito Ramos Ozinaga (ARPP) – 186

CarabiNa de ar deitadorecorde Brasileiro – Carlos Henrique Garletti (PR) - Turquia – 2008 – 5911º Carlos Henrique Garletti (APEDEF) – 5862º Benedito Ramos Ozinaga (ARPP) – 5173º Paulo Campozano (CAIRA) – 463

CarabiNa de ar em Pérecorde Brasileiro - Carlos Henrique Garletti (PR) - Curitiba/PR - 10/2008 – 5831º Carlos Henrique Garletti (APEDEF) – 5742º Benedito Santana da Silva (ARPP) – 5503º Benedito Ramos Ozinaga (ARPP) – 486

CarabiNa deitadorecorde Brasileiro – Carlos Henrique Garletti APEDEF/PR – 586 pts1º Carlos Henrique Garletti (APEDEF) – 5862º Paulo Campozano (CAIRA) – 4833º Benedito Ramos Ozinaga (ARPP) – 98

Pistola de ar femiNiNorecorde Brasileiro – em análise. Divulgação após parecer do IPC.1º Beatriz Dias Cunha (ADFP) – 3082º Euides Alves Rocha (CIEDEF) – 253

Pistola de ar masCuliNorecorde Brasileiro – Geraldo Von Rosenthal (RS) - Porto Alegre/RS - 14/06/2008 – 5531º Sérgio Adriano Vida (CEDE) – 5422º Ricardo Augusto da Costa (ARPM) – 5413º Walter Calixto de Oliveira (ARPM) – 529

Pistola livre masCuliNorecorde Brasileiro – Sérgio Adriano Vida (PR) - Fortaleza/CE - 11/06/2008 – 5101º Sérgio Adriano Vida (CEDE) – 4852º Geraldo Von Rosenthal (ASASEPODE) – 4743º Carlos Alberto Guimarães Strub (ARPM) – 441

--- esGrima ---floreteFeminino: - Classe A: Daiane Peron / Classe B: Luciana Moura masculino: Classe A: Eduardo Oliveira / Classe B: Mauricio Lima

esPadaFeminino: - Classe A: Daiane Peron / Classe B: aqueline Margaridamasculino: Classe A: Fabio Damasceno / Classe B: Mauricio Lima

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O calor de quase 40 graus do Rio de Janeiro não foi empecilho para as quase 200 crianças que aguardavam ansiosas a chega-da dos atletas paraolímpicos

na Vila Olímpica da Mangueira. A lançadora Rosinha, comunicativa como sempre, logo sentou no chão ao lado de algumas ado-lescentes e contou parte de sua história enquanto os outros atletas se acomodavam nas cadeiras. Ela incentivou o esporte e a valorização a vida. Por outro lado, as ado-lescentes Evelyn Airam (13) e Alyne Fer-nanda (14), jogadoras de basquete da Man-gueira, reclamaram da falta de apoio e da ênfase na cobertura jornalística ao futebol. “Na televisão tem muito mais futebol do

Atletas Paraolímpicos são aplaudidos na Estação Primeira de MangueiraMais de 200 crianças ouviram atentas os relatos dos campeões

que outra modalidade. As pessoas saem do país para jogar lá fora porque aqui dentro não é valorizado”, ressaltou Alyne.

Os atletas ficaram encantados com a apresentação feita especialmente para eles por um grupo de 15 meninas das mais diver-sas idades. Elas fizeram uma coreografia im-pecável com direito a fitas e ao som de muito samba. “Receber os atletas aqui foi maravi-lhoso. Treinamos muito para este dia e ainda faltaram duas pessoas. Aprendemos que eles se superam mesmo com a deficiência”, avalia Vitória Vargas (7). Para Mylena Diniz, de ape-nas oito anos, ficou a lição. “Cada um tem que aceitar ser a pessoa que é”, ensina.

As crianças fazem parte de um projeto chamado Mangueira Social que tem como

lema: “aqui todos somos vencedores”. Após ouvirem atentas as falas dos atletas, as crianças ficaram impressionadas com a precisão nas passadas dos atletas cegos e seus guias durante a corrida. Terezinha Gui-lhermina, Chocolate, Lucas Prado e Justino fizeram uma pequena demonstração, cha-mando atenção das crianças para a forma como a corda fica presa nos dedos. Sempre bem humorado, Lucas Prado fez todos caí-rem na gargalhada ao chamar Daniel Dias para mostrar como eles dois podem correr juntos mesmo pertencendo a modalidades diferentes.

Ao final da visita os atletas paraolím-picos foram presenteados pelos alunos com uma camiseta da Estação Primeira de Mangueira, e os convidaram para par-ticipar do ensaio da escola no domingo. Terezinha incentivou a criançada a compe-tir. “Amanhã eu quero estar na torcida por vocês”, e Rosinha complementou, pedindo para que nunca tornem o dinheiro como prioridade em suas vidas.

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O Comitê Paraolímpico Brasi-leiro realizou em 2008 cursos inéditos de classificação fun-cional de atletismo e esgrima em cadeira de rodas. Demo-

cratizando o acesso à informação, o obje-tivo era formar classificadores funcionais das duas modalidades para atuação nas competições organizadas e chanceladas pelo CPB em âmbito regional e nacional.

No atletismo, dez novos classificado-res funcionais foram formados. O curso foi realizado em paralelo às cinco etapas do Circuito Brasil Paraolímpico somando 100 horas de aulas teóricas e práticas. Quatro classificadores foram habilitados em nível nacional e seis em nível regional.

A esgrima em cadeira de rodas ga-nhou cinco novos classificadores funcio-nais. O curso foi realizado nas instalações

Esporte paraolímpico ganha novos classificadores funcionais

Em 200� o CPB promoveu cursos que habilitaram 1� novos classificadores no atletismo e esgrima em cadeira de rodas em níveis regional, nacional e internacional

da Universidade Positivo em Curitiba-PR durante o do estágio de treinamento e capacitação de profissionais na modali-dade. Dos cinco classificadores, um deles foi habilitado em nível internacional e quatro em nível nacional. As aulas foram ministradas por um corpo docente alta-mente capacitado, incluindo o Dr. Luca Michelini, coordenador de classificação funcional da IWFC (Federação Internacio-nal de Esgrima em Cadeira de Rodas).

A classificação funcional no esporte adaptado é elemento que visa nivelar os aspectos da capacidade física e competi-tiva dos atletas. Um sistema de classifi-cação eficiente é fundamental para uma competição equiparada. Cada esporte possui um sistema de classificação ba-seado nas competências necessárias para a prática.

ClassifiCadores NaCioNais do atletismo

Daniela Parisotto

João Paulo Casteleti

Marcos Motta

Maria de Lourdes da Rocha

ClassifiCadores regioNais do atletismo

Ana Lúcia de Souza

Ana Lúcia Gomes

Janaina Pessato

Lucyana Moreira

Margarete Trombini

Paulo Mehl

ClassifiCador iNterNaCioNal da esgrima em Cadeira de rodas

Edson Duarte

ClassifiCadores NaCioNais da esgrima em Cadeira de rodas

Patrícia Silvestre de Freitas

Gustavo Maciel Abrantes

Ruth Cidade

Deborah Kaiser

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O paraibano Antônio de Pádua Alves da Costa é um eterno apaixo-nado por futebol. Em sua vida a modalida-

de sempre esteve presente, nem que fosse com a famosa “pelada” entre os amigos. Louco por bola, Pádua foi campeão paraibano de futsal há alguns anos. Quan-do não está trabalhando, gosta de ir à praia aproveitar o sol e o mar com sua esposa e os dois filhos. Em 1994 aceitou o convi-te de um amigo para apitar uma partida de futebol para cegos no interior do estado, com o obje-tivo de arrecadar fundos para a Associação Paraibana de Cegos. Desde então sua vida mudou. Os convites começaram a ser fre-qüentes e Antônio entrou em 1998 para a equipe paraibana, onde foi campeão por três anos seguidos (1998-2000). Seu time conseguiu chegar à final de cam-peonatos brasileiros mais de 11 vezes. Em 1999, Pádua recebeu um convite especial: para ser auxiliar técnico da seleção brasi-leira de futebol de cinco.

Logo em seguida embar-cou junto com a equipe para sua primeira experiência fora do Brasil: a Copa América, em Buenos Aires, na Argentina. O resultado foi animador, com a conquista do vice-campeonato. Para o técnico, o fato de seus jogadores não enxergarem não é um problema. “A partir do mo-mento que você começa a ter contato com as pessoas que não têm visão vai sentir que não é tão difícil assim”, explicou.

Um técnico que faz a diferençaTécnico do Futebol de Cinco, Antônio de Pádua trabalhou duro para conquistar o bicampeonato paraolímpico em Pequim

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Por falta de verba, Antônio não pôde embarcar para assistir o Brasil ser bi-cam-peão no mundial da Espanha. Mas em 2001 foi novamente convocado como auxiliar, ajudando a levar o time ao primeiro lugar na Copa América. No ano seguinte, o Bra-sil ficou em terceiro lugar no Mundial. Foi neste evento que os brasileiros viram a Ar-gentina e a Espanha se classificarem para as Paraolimpíadas de Atenas. O sonho não estava acabado: ainda era possível conse-guir uma vaga. Em 2003 a seleção brasi-leira foi buscar na Colômbia a chance de competir em Atenas. Naquele mesmo ano, o presidente da Confederação Brasileira de Desportos para Cegos (CBDC), David Farias Costa convidou Antônio de Pádua para ser o técnico da seleção. “Desde que assumi definitivamente como técnico estou na

luta por melhores resultados”, afirmou. Em 2004, na Grécia uma felicidade. A seleção brasileira conquistou medalha de ouro nas paraolimpíadas de Atenas.

O trabalho e as competições continua-ram até as Paraolimpíadas de Pequim, na China. “Nos encontrávamos 10 dias todos os meses desde março de 2008. Trabalha-mos a parte física e técnica de manhã e a tarde, em torno de duas horas e meia. Em Atenas a gente começou a treinar em fevereiro, teve mais tempo de treino. Para Pequim começamos um pouco mais tarde e tivemos muita dificuldade porque alguns atletas estavam machucados”, explicou.

No final de agosto a delegação brasi-leira começou a embarcar para a China em busca de medalhas. O técnico e seus jo-gadores sonhavam com a possibilidade de

serem bi-campeões paraolímpicos. No últi-mo dia dos Jogos, o Brasil estava na final contra os donos da casa. Com muita garra e técnica a seleção brasileira venceu por 2 a 1 com um gol de Marquinhos faltando me-nos de um minuto para o final da partida. “Não é possível explicar o sentimento de conquistar esse título. O time era compos-to por jogadores experientes. É a conquista de um sonho por um trabalho realizado. A gente trabalha para estar sempre no topo, batalha para isso. Graças a Deus tivemos a oportunidade de realizar outra vez esse sonho. O esforço que você faz o ano todo, quatro anos de espera por uma paraolimpí-ada. Estar nela já é uma grande conquista e ainda mais chegar e conquistar uma se-gunda medalha de ouro”, emocionou-se ao lembrar do momento.

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Dia

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Na passagem pela China, Pádua visitou pontos históricos como a Muralha, mas nada o encantou tanto como o Ninho do Pássaro. “É uma imensidão. Aquele estádio encanta. Quando entrei para a abertura dos Jogos e vi aquele estádio lotado, quase não acreditei. Acho que emociona qualquer pes-soa, qualquer ser humano. Senti uma emo-ção muito forte de ver uma grandiosidade daquelas e o povo tão convidativo, tão ale-gre. Foi inexplicável”, relembrou.

O contato com o povo chinês foi mui-to interessante, segundo Antônio. O jeito como eles falam, sorrindo o tempo todo, mesmo na hora de responderem perguntas básicas, encantou o técnico do futebol de cinco. Como todo bom turista, Pádua não

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poderia deixar de conferir os famosos es-petinhos de iguarias incomuns. Com espí-rito aventureiro, encarou o desafio. “O de escorpião parece casca de camarão seca, não tem gosto nenhum. Ainda tive cora-gem de provar aquele bicho da seda, que ‘afe’ Maria, não dá. Só os visitantes fazem isso. De chinês só têm os vendedores mes-mo”, avaliou.

A comida chinesa foi um obstáculo para sua estadia na China. O molho é muito doce e apimentado. “Comia muito macarrão. Até do arroz que eles comem não gostei. O de-les é mais compacto que o nosso para con-seguirem usar os palitinhos ao invés dos talheres. Igual à comida brasileira não tem. Por isso que todo mundo adora o Brasil”.

A recepção no Brasil foi boa, mas, assim como muitos entusiastas da mo-dalidade, o técnico espera mais reconhe-cimento e apoio. Os planos para o futuro são os campeonatos que acontecerão em 2009, a Copa América, o Mundial de 2010 e as Paraolimpíadas de 2012. O técnico promete treinar para brigar pelo título de tri-campeão na Inglaterra da-qui quatro anos.

No dia 11 de dezembro o Futebol de 5 foi eleito como a melhor equipe nos esportes coletivos e Antônio esteve pre-sente para receber o prêmio juntamente com um representante dos atletas, Miza-el Conrado, e o Coordenador da modali-dade, Roderley Ferreira.

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Atletas brasileiros são homenageados em dezembro

Prêmio Brasil Paraolímpico e Prêmio Olímpico revelam os destaques do ano

O Instituto Superar junto com as Loterias Caixa e a Unimed decidiriam homenagear alguns atletas brasileiros que rep-resentaram tão bem o Brasil e os profissionais ligados a área que têm a missão de divulgar o esporte paraolímpico. A premiação aconteceu no dia 11 de dezembro no Espaço

Lamartine, no Rio de Janeiro.

A escolha do troféu traduziu a grandiosidade da homenagem. Ele dá a idéia de infinito, integrando duas formas geométricas que lembram as argolas olímpicas. O desenho significa força e união. Confira abaixo as 12 categorias premiadas.

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“Eu queria agradecer a minha família que não mede esforços para me levar para a faculdade. Ao Instituto Superar que ago-ra está dando um apoio gigantesco ao mo-vimento paraolímpico e ao Comitê Parao-límpico Brasileiro”, agradeceu o nadador Lucas Ito.

Ao final da cerimônia os convidados receberam um livro e um DVD com os me-lhores momentos das Paraolimpíadas de Pequim 2008.

No dia 16 de dezembro foi a vez do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ho-menagear os atletas paraolímpicos. Em cerimônia também realizada no Rio de Janeiro, o nadador Daniel Dias e a velo-cista Terezinha Guilhermina foram elei-tos os Melhores Atletas Paraolímpicos de 2008. A dupla recebeu pela segunda vez o Prêmio Brasil Olímpico.

P r e m i a ç Ã o- melhor oficial técnico 2008

Gustavo Abrantes (Coordenador técnico da Natação)

- melhor técnico 2008

Amauri Veríssimo (Atletismo)

- melhor atleta-guia

Justino Barbosa dos Santos (Guia do Lucas Prado)

- melhor imagem (foto)

Saulo Cruz

- melhor reportagem (rádio e tV)

Kiko Menezes (Sportv)

- melhor reportagem (impressa)

Paulo Roberto Conde (Diário LANCE!)

- melhor equipe nos esportes coletivos

Futebol de Cinco (para Cegos)

- revelação feminina 2008

Shirlene Coelho (Atletismo)

- revelação masculina 2008

Phelipe Andrews (Natação)

- melhor atleta feminino 2008

Terezinha Guilhermina (Atletismo)

- melhor atleta masculino 2008

Lucas Prado (Atletismo)

- Prêmio especial do júri

Lucas Ito (Natação)

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Os melhores clubes da natação e atletismo das Etapas Regionais e Nacionais do Circuito Lote-rias Caixa Brasil Paraolímpico foram homenageados durante

o Meeting Internacional Paraolímpico Lo-terias CAIXA, realizado no Rio de Janei-ro. Na natação, o troféu de Melhor Clube da Etapa Regional 2008 foi para a SADEF, representado pelo presidente do clube Eduardo Gomes. O melhor clube da Fase nacional do Circuito Loterias Caixa 2008 foi novamente a SADEF. O 2º melhor clube da Fase nacional do Circuito Loterias Caixa

2008 foi o SERC, representado pelo atleta Jourdan Lútkus. Em 3º lugar da fase nacio-nal ficou o clube CIEDEF, representado pelo atleta Joon Sok-Seo.

No atletismo, o troféu de melhor clube da Etapa Regional foi para o Flamengo, re-presentado pelo o técnico Fábio Dias. O me-lhor clube da fase nacional do Circuito foi o CETEFE, representado pelo técnico Mingo. O 2º melhor clube da fase nacional do Circuito foi o 3IN, representado pela atleta Rosinha. Em 3º lugar da fase nacional do Circuito fi-cou o clube Uberlândia, representado pelo professor Alberto Martins.

Melhores Clubes de 2008Circuito Loterias Caixa Brasil Paraolímpico de Atletismo e Natação tem premiação dos melhores clubes de 200�

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O sábado (13) não foi ensolarado como de costume na cidade mara-vilhosa. Mas mesmo assim o tem-po nublado não conseguiu apagar o brilho dos atletas que caíram

na água em busca de medalhas no Complexo Aquático Julio Delamare. A cada mergulho a torcida ficava de pé gritando em coro: “Bra-sil”. Na última competição do ano, nadadores de 10 países encontraram pela primeira vez seus adversários das Paraolimpíadas de Pe-quim, no último mês do ano no Rio.

Na primeira prova dos 400m livre, André Brasil venceu com folga. O britânico Robert Welbourn conquistou a medalha de prata e Benoit Huot conquistou o bronze. Dos seis nadadores que disputaram a prova, quatro eram brasileiros. Nos 200m Medley o cam-peão foi o destaque brasileiro nas Parao-limpíadas de Pequim, Daniel Dias, da classe S5. O também brasileiro Ivanildo Vascon-celos conquistou a medalha de prata e o espanhol Ricardo Ten ficou com o bronze.

Na disputa feminina dos 50m livre, o ouro ficou com o México. Nely Miranda

Ao todo 1� países e �� atletas se enfrentaram nas provas de atletismo e natação no complexo do Maracanã

disparou deixando o segundo e terceiro lugares para as brasileiras Edênia Garcia e Patrícia Valle, respectivamente. “Estou muito feliz porque recebi o convite para participar do Meeting e representar meu país, México. Muitos atletas de talento estavam competindo. Fiquei muito feliz de vencer a prova porque agora encerro a etapa de competições. Vou regressar ao meu estado que é Vera Cruz para fazer um trabalho de reabilitação por conta de uma lesão no braço”, afirmou Miranda com um largo sorrido estampado no rosto.

Na prova dos 50m livre, dos cinco na-dadores que participaram, quatro eram bra-sileiros. Adriano Lima venceu uma disputa acirrada com o espanhol Daniel Vidal. O bronze ficou com o brasileiro Cláudio Maga-lhães. Nos 100m peito uma surpresa. Daniel Dias conquistou uma medalha inédita. “Fi-quei feliz com a minha participação no Me-eting. Conquistei duas medalhas de ouro, fechando o ano com chave de ouro. Eu nunca tinha conseguido ganhar do Ricar-do na prova dos 100m peito e pude dessa

Meeting Internacional Paraolímpico Loterias CaixaMeeting Internacional Paraolímpico Loterias Caixa

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400 livre - masculino / men - s10 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 4 André Brasil Esteves S10 BRA 04:16:64

2 5 Robert Welbourn S10 GBR 04:18:39

3 3 Benoit Huot S10 CAN 04:23:63

4 6 Marcelo Collet S10 BRA 04:35:12

5 2 Phelipe Rodrigues S10 BRA 04:37:90

6 7 Jourdan Lutkus S10 BRA 04:45:11

200 medley - masculino / men - sm5 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 4 Daniel Dias SM5 BRA 03:04:37

2 5 Ivanildo Vasconcelos SM5 BRA 03:44:82

3 3 Ricardo Ten SM5 ESP 03:51:00

4 2 Vidal Domingues SM5 MEX 04:02:85

50 livre - Feminino / Women - s4 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 4 Nely Miranda S4 MEX 00:48:53

2 5 Edenia Garcia S4 BRA 00:57:22

3 3 Patricia Valle S3 MEX 01:01:19

Natação

vez chegar em primeiro lugar. Estou muito feliz. As Loterias Caixa estão de parabéns pela competição e por proporcionar para os atletas um nível tão alto de disputas. Todos os atletas que estavam competindo também estavam em Pequim. Valeu a pena. Agora é férias”, comemorou Daniel.

Na prova dos 100m livre feminino as mexicanas Nely Miranda e Patrícia Valle fizeram uma dobradinha e conquistaram os dois primeiros lugares no pódio. A bra-sileira Edênia Garcia chegou em terceiro lugar. Nos 100m borboleta o dono de qua-tro medalhas de ouro em Pequim, André Brasil, venceu o espanhol David Levecq e o canadense Benoit Huot, ganhando mais um ouro para sua coleção. “O Meeting foi a consolidação de um ano excepcional. O Brasil sediou e fez pelo segundo ano esse campeonato. É acima de tudo uma opor-tunidade de estarmos competindo com os atletas de outros países, nossos maiores rivais de fora. Foi mais um clima de final de ano com os atletas voltando de férias, com outros se preparando para o ano que vem, assim como eu, com o mundial de

piscina curta. Mais uma oportunidade para estar com grandes adversários, grandes amigos, grandes colegas, como o Davi, Benoit, Daniel e outros”, afirmou André.

No domingo (14) foi a vez de o atletis-mo dar um show no Estádio Célio de Bar-ros. Uma das provas mais esperadas foi a dos 100m rasos, onde a brasileira Terezinha Guilhermina enfrentou em clima de revan-che sua maior adversária, a chinesa Wu Chunmiao. Em Pequim, elas disputaram os 100m, com a vitória de Wu e os 200m quan-do o Brasil levou a melhor. Terezinha se superou e completou a prova em 12’’76. A chinesa foi desclassificada porque seu guia cruzou a linha de chegada antes da atleta. A regra determina que o atleta e seu guia cruzem juntos a linha de chegada. No pódio da prova só deu Brasil. Em segundo lugar ficou Jerusa dos Santos e Ana Tércia em terceiro. “Hoje eu estou aliviada. A prova dos 100m estava engasgada na garganta. É uma felicidade muito grande vencer aqui no Rio de Janeiro”, desabafou Terezinha.

A manhã teve outra grata surpresa. An-tônio Delfino (T46), que sofreu uma lesão

e não competiu em Pequim voltou às pis-tas. No Meeting, Delfino disparou nos 100m rasos completando a prova em 11’’25. No Super Challenge, disputa entre atletas de diferentes classes, Antônio Delfino venceu novamente nos 200m rasos, com um tem-po impressionante. O norte-americano Jim Bob Bizzell (T44) foi o campeão da prova em Pequim, mas no Rio chegou em último lugar. “Não abaixei a cabeça, continuei lutando. Foram muitas semanas de treino para chegar em boas condições e brigar por medalhas no Meeting. Eu estou muito satis-feito com o resultado”, afirmou Delfino.

O Meeting Internacional Paraolímpi-co Loterias Caixa de Atletismo e Natação encerrou as competições do ano de 2008, com o Brasil em primeiro lugar no quadro geral de medalhas da competição. O ano foi dourado para os brasileiros que trouxe-ram muito orgulho para o Brasil ao retor-narem de Pequim, e brilharam mais uma vez na competição internacional que se consolida a cada ano.

Confira abaixo os resultados das com-petições.

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����50 livre - masculino / men - s9 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 5 Fabiano Machado da Silva S9 BRA 00:28:86

2 4 André Szucs S9 BRA 00:28:91

3 2 Gonzalo Dias S9 URU 00:30:11

4 6 Aljair Macedo Dantas S9 BRA 00:30:24

5 3 Andrew Haley S9 CAN 00:30:52

50 Borboleta - Feminino / Women - s7 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 5 Verônica Almeida S7 BRA 00:39:14

2 4 Erin Popovich S7 USA 00:40:34

3 3 Miranda UHL S6 USA 00:44:89

4 6 Ana Clara Cruz S6 BRA 00:48:26

5 2 Leticia Lucas Ferreira S5 BRA 01:00:55

50 livre - masculino / men - s13 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 5 Charles Bouwer S13 RSA 00:25:45

2 4 Carlos Alonso Farremberg S13 BRA 00:25:50

3 3 Brian Hill S13 CAN 00:27:42

4 6 João Luis de Castro Almeida S13 BRA 00:27:87

5 2 Devin Gotell S13 CAN 00:29:07

6 7 Filipe Esteves S13 BRA 00:29:99

7 1 Felipe Pereira Lopes S13 BRA 00:30:53

50 livre - masculino / men - s6 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 3 Adriano Lima S6 BRA 00:32:91

2 4 Daniel Vidal S6 ESP 00:33:04

3 6 Claudio Magalhães S6 BRA 00:37:00

4 2 Marco Aurelio Serafim Quaresma S6 BRA 00:37:53

5 5 Luis Silva S6 BRA 00:38:18

50 livre - Feminino / Women - s9 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 3 Gabriela Cantagallo S9 BRA 00:33:21

2 5 Camille Rodrigues Ferreira Cruz S9 BRA 00:33:46

3 4 Daniela Gimenez S9 ARG 00:33:62

4 6 Paola Mosquera S9 COL 00:33:84

5 2 Joana Maria J. da Silva Neves S9 BRA 00:41:52

6 7 Pamella Cristina Cruz de Andrade S9 BRA 00:42:29

4 6 Claudia Celina da Silva S4 BRA 01:06:04

5 2 Damares A. De Oliveira S4 BRA 01:31:50

6 7 Michele Regina Linzmeyer S4 BRA 01:41:28

Page 38: Revista Brasil Paraolímpico n° 31

100 livre - Feminino / Women - s4 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 4 Nely Miranda S4 MEX 01:56:31

2 3 Patricia Valle S3 MEX 02:08:40

3 5 Edenia Garcia S4 BRA 02:10:14

4 6 Claudia Celina da Silva S4 BRA 02:23:32

5 2 Michele Regina Linzmeyer S4 BRA 03:27:52

6 7 Damares A. De Oliveira S4 BRA 03:29:75

100 livre - masculino / men - s6 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 5 Adriano Lima S6 BRA 01:11:57

2 4 Daniel Vidal S6 ESP 01:18:91

3 6 Diego Pastore S6 ARG 01:21:14

4 2 Claudio Magalhães S6 BRA 01:22:78

5 7 Marco Aurelio Serafim Quaresma S6 BRA 01:25:13

6 3 Luis Silva S6 BRA 01:37:23

100 livre - Feminino / Women - s9 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 6 Paola Mosquera S9 COL 01:12:19

2 5 Camille Rodrigues Ferreira Cruz S9 BRA 01:14:25

3 4 Daniela Gimenez S9 ARG 01:14:98

4 3 Gabriela Cantagallo S9 BRA 01:15:84

5 7 Pamella Cristina Cruz de Andrade S9 BRA 01:33:89

6 2 Joana Maria J. da Silva Neves S9 BRA 01:37:19

100 Borboleta - masculino / men - s10 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 4 André Brasil Esteves S10 BRA 00:58:40

2 5 David Levecq S10 ESP 00:58:99

3 3 Benoit Huot S10 CAN 01:02:58

4 7 Phelipe Rodrigues S10 BRA 01:04:69

5 2 Jourdan Lutkus S10 BRA 01:10:67

7 6 Marcelo Collet S10 BRA NC

100 Peito - masculino / men - sB4 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 5 Daniel Dias SB4 BRA 01:42:27

2 4 Ricardo Ten SB4 ESP 01:42:31

3 3 Moises Fuentes SB4 COL 01:46:80

4 6 Ivanildo Vasconcelos SB4 BRA 01:56:67

5 2 Ariel Quassi SB4 ARG 02:01:16

6 7 Francisco Avelino SB4 BRA 02:02:99

7 1 Vidal Domingues SB4 MEX 02:10:77

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Page 39: Revista Brasil Paraolímpico n° 31

100 m - masculino/men - t11 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time IT

1 3 Arian Iznaga T11 CUB 00:11.73 94,032

2 5 Felipe Gomes T11 BRA 00:11.78 93,633

3 1 Daniel Mendes da Silva T11 BRA 00:11.91 92,611

100 m - Feminino/Women - t11/12 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time IT

1 3 Terezinha Guilhermina T11 BRA 00:12.76 96,160

2 1 Jerusa Geber Santos T11 BRA 00:12.95 94,749

3 7 Ana Tércia Soares T12 BRA 00:13.54 90,990

4 5 Chunmiao Wu T11 CHN DQS 0

disco - Feminino/Women

Col Nº Athlete NPC Class Mark IT IPC

1 27 Stela Eneva BUL F58 33.95 88,113 1.079,663

2 6 Roseane Ferreira dos Santos BRA F58 30.09 78,095 956,909

3 36 Catalina Montiel Rosales MEX F58 26.68 69,245 848,466

4 10 Sonia Maria Pereira Gouveia BRA F53 12.09 83,610 814,141

5000 m - masculino/men - t11/12/13 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time IT

1 1 Abel Avila T12 ESP 15:34.43 92,465

2 3 Nelson Ned Pereira T13 BRA 16:29.18 89,569

3 4 Youssef Benibrahim T13 MAR 17:21.98 85,030

4 2 Carlos José Barto Silva T11 BRA 18:02.15 84,191

Atletismo

100 livre - masculino / men - s13 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 5 Charles Bouwer S13 RSA 00:55:84

2 4 Carlos Alonso Farremberg S13 BRA 00:57:28

3 3 Brian Hill S13 CAN 01:00:74

4 6 Devin Gotell S13 CAN 01:01:58

5 2 João Luis de Castro Almeida S13 BRA 01:02:50

6 1 Felipe Pereira Lopes S13 BRA 01:07:28

7 7 Filipe Esteves S13 BRA 01:07:39

100 livre - masculino / men - s9 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time

1 4 Fabiano Machado da Silva S9 BRA 01:02:89

2 2 Gonzalo Dias S9 URU 01:04:59

2 3 Andrew Haley S9 CAN 01:04:59

4 5 André Szucs S9 BRA 01:05:08

5 6 Aljair Macedo Dantas S9 BRA 01:05:78

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Page 40: Revista Brasil Paraolímpico n° 31

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5000 m - masculino/men - t46 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time IT

1 1 Mario Santillan T46 MEX 15:25.28 93,040

2 3 Ozivan dos Santos Bonfim T46 BRA 16:20.14 87,832

3 2 Moises Vicente Neto T46 BRA 16:52.57 85,019

200 m - Feminino/Women - t38/46 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time IT

1 4 Yunidis Castillo T46 CUB 00:25.37 97,438

2 5 Sheila Finder T46 BRA 00:27.83 88,825

3 2 Fernanda Yara da Silva T46 BRA 00:28.06 88,097

4 6 Sonia Mansour T38 TUN 00:29.44 94,463

5 3 Jenifer Martins dos Santos T38 BRA 00:31.58 88,062

200m super desafio - masculino/men - - Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time IT

1 3 Antônio Delfino de Souza T46 BRA 00:22.83 95,226

2 6 Samuel Colmenares T46 VEN 00:23.43 92,787

3 5 Yohansson do Nascimento Ferreira T45 BRA 00:23.87 95,601

4 7 Daniel Mendes da Silva T11 BRA 00:24.09 93,317

5 2 Alan Fonteles T43 BRA 00:24.24 89,026

6 4 Jim Bob Bizzell T44 USA 00:24.72 91,505

100 m - masculino/men - t46 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time IT

1 3 Antônio Delfino de Souza T46 BRA 00:11.25 95,289

2 5 Yohansson do Nascimento Ferreira T46 BRA 00:11.48 93,380

3 4 Ricardo de Azevedo Pereira T46 BRA 00:11.76 91,156

400 m - masculino/men - t53/54 – Final

Rank Lane Athlete Class NPC Time IT

1 2 Alejandro Maldonado T54 ARG 00:51.46 87,583

2 5 Wendel Silva Soares T54 BRA 00:52.81 85,344

3 4 Thiago Barbosa de Souza T54 BRA 00:53.28 84,591

4 3 Ariosvaldo Fernandes da Silva T53 BRA 00:55.58 85,768

dardo - Feminino/Women

Col Nº Athlete NPC Class Mark IT IPC

1 9 Shirlene Santos Coelho BRA F37 32.62 90,737 1.373,300

2 29 Qianqian Jia CHN F37 26.75 74,409 1.126,174

3 38 Aida Sidhom TUN F37 23.80 66,203 1.001,979

4 7 Rosinei Herrera BRA F36 13.69 47,469 789,049

5 5 Marta Barbosa BRA F37 15.19 42,253 639,498

Page 41: Revista Brasil Paraolímpico n° 31

Atleta brasileiro conquistou título inédito para o Brasil nas Paraolimpíadas

Estréia com o pé direito

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Com pouco mais de 160 mil ha-bitantes, a pequena cidade pau-lista de Francisco Morato tem um herói paraolímpico. Nascido em 1980 com distrofia muscular,

Dirceu José Pinto sentiu os primeiros si-nais aos 12 anos de idade. Já na cidade paulista de Mogi das Cruzes, onde reside até hoje, Dirceu conheceu através de fi-sioterapeutas do Clube Náutico a bocha, modalidade que o levaria à consagração.

Com muito treinamento o atleta conse-guiu realizar seu maior sonho: conquistar medalha de ouro em uma Paraolimpíada. O Brasil foi representado pela primeira vez na modalidade em Pequim. Dirceu conquistou o ouro na disputa individual e na competição de duplas mais uma estrela dourada no peito com o também brasileiro Eliseu Santos.

“Foi inesperada a conquista das duas medalhas de ouro, pois estudei os adver-sários e eu era o sétimo cotado a ganhar, no meu ponto de vista. Me preparei para conquistar uma medalha de bronze na dupla junto com o Eliseu. Quando veio o ouro na individual chorei muito, pois sabia que tinha cumprido metade do meu dever ali em Pequim”, emociona-se. Na disputa em duplas o jogador percebeu que tinha a chance de conquistar a medalha dourada mais uma vez. Pensamento positivo e mui-ta técnica ajudaram Dirceu na hora de en-frentar Portugal. Mais uma vez deu certo, e os brasileiros venceram por 5 a 2.

“As Paraolimpíadas de Pequim foram muito importantes para mim, pois em 2005 fui considerado inelegível, ou seja, não pude jogar bocha adaptada por dois anos e perdi as duas competições mais importantes do calendário internacional, a Copa América e o Campeonato Mundial que davam o ranking internacional para as Paraolimpíadas”, relembra. Naquele ano o atleta chegou a pensar que não consegui-ria realizar seu grande sonho de represen-tar o Brasil.

Page 42: Revista Brasil Paraolímpico n° 31

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Em 2007, veio a salvação na Copa do Mundo, no Canadá. O atleta foi reclassifi-cado e junto com Eliseu conquistou a vaga do Brasil para as Paraolimpíadas. “Essa Pa-raolimpíada significou a volta por cima, pois eu tinha o sonho de representar meu país em um evento desse porte”.

No grande evento esportivo na China, Dirceu viveu um momento difícil. Antes de embarcar com a delegação, os dois úni-cos representantes brasileiros na Bocha treinaram na casa de Dirceu. Dos treinos surgiu uma grande amizade. Na disputa da semifinal individual, os dois amigos se en-frentaram. Dirceu se sentiu desconfortável ao enfrentar Eilseu dos Santos, que para ele é quase como um irmão.

No retorno ao Brasil, o atleta teve uma surpresa logo no aeroporto: a famí-lia inteira estava a sua espera ao lado de vizinhos, amigos e a imprensa. O atleta paulista foi recebido com todo o glamour de um campeão. Com o apoio da polícia de Mogi das Cruzes, cidade onde mora, os amigos do clube Tradef pararam o trânsito para aplaudir Dirceu, que desfilou num ca-minhão do Corpo de Bombeiros. “Quando vi os batedores da polícia parando o trân-sito, todos os atletas da Tradef reunidos me abraçando, e vi o carro de bombeiro, pensei: vai ser a maior festa! Andamos pe-las ruas da cidade, tirei várias fotos, dei entrevistas. As pessoas na rua me davam os parabéns. Agora fiquei conhecido na ci-dade onde moro”, afirmou.

Dirceu ressalta a importância da prática de esportes pelas pessoas com deficiência. “Espero que a bocha adaptada possa ser co-nhecida e praticada no Brasil inteiro, pois é a única modalidade paradesportiva que to-das as pessoas com necessidades especiais, como paralisados cerebrais, lesionados me-dular ou com distrofia muscular, podem pra-ticar e ser reintegrados à sociedade. Muitas destas pessoas estão presas dentro de suas casas achando que a vida acabou. A bocha adaptada está aí para mostrar que elas po-dem sair de casa e praticar uma modalidade esportiva”, explicou.

Antes de conhecer a bocha Dirceu Pin-to saía apenas para fazer seu tratamento e voltava. Depois de se tornar um atleta,

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Page 43: Revista Brasil Paraolímpico n° 31

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requisito para o ranking da próxima Parao-limpíada”, planeja.

Quando decidiu se dedicar ao sonho de trazer uma medalha inédita para o Brasil, Dirceu trancou suas aulas de teologia, pois precisava treinar de sete a oito horas por dia. Agora ele pretende retomar seus estudos e realizar seu segundo sonho: ser professor.

Sobre a experiência na China, Dirceu ob-servou algumas diferenças culturais. “O que mais chamou minha atenção foi a organi-zação dos chineses. Eles são um povo mui-to pacífico. Nos receberam muito bem. Lá tudo é muito grande, mas a comida é ruim. Fiquei um pouco assustado com a quanti-

dade de polícia, parecia que o exército es-tava nas ruas”, analisa. Ao desembarcar na cidade, Dirceu comprovou a grandiosidade do maior aeroporto do mundo. “Assisti a construção pela televisão. Quando cheguei lá vi que era grande mesmo, tinha até um metrô que dava a volta em quase todo o aeroporto. Igualzinho o de Mogi das Cruzes, só que o da minha cidade é um pouquinho maior”, brincou Dirceu.

Como em todas as viagens, não podia deixar de acontecer algo engraçado. Des-ta vez o episódio começou no Canadá e terminou em Pequim. “No Canadá me des-cuidei e deixei uma pessoa que não tinha experiência com cadeira de rodas me levar e ele me derrubou. Ele embarcou conosco para a China. Toda hora ele brincava di-zendo que ia me levar e quando ele che-gava perto eu travava a cadeira para ele não conseguir empurrar. Dois dias antes da competição ele disse que me levaria e que não iria derrubar. Pensei que ele es-tava brincando, pois era uma mini pon-te, com um pequeno degrau e um tapete. Pensei que ele iria até a ponte e pararia. Que nada! Ele foi com tudo e fui de cara no chão. Ele quase morreu do coração. De-pois do susto o apelidamos de assassino de cadeirante da Vila. Pegou. Toda vez que ele ia pegar alguém nós gritávamos dizen-do para não ir que ele iria matá-lo, que a pessoa não o conhecia e começávamos a sacanear”, relembrou aos risos.

O contato com os atletas estrangeiros foi muito bom. Quando passava por eles, Dirceu dizia em mandarim nihau que signi-fica “oi” e hau que é “olá”. Eles respondiam e muitas vezes cumprimentavam os brasi-leiros dizendo: hai bresil ou “olá Brasil”. Hoje o atleta diminuiu o ritmo dos treinos para três horas diárias. Quando voltou da China, participou do Campeonato Brasilei-ro de Bocha, sendo campeão nas duplas e vice-campeão no individual. Dirceu Pinto também competiu no Campeonato Pau-lista e conquistou mais um ouro para sua coleção. O atleta só pretende parar para descansar nas festas de fim de ano. “Ago-ra todos estão treinando muito para me derrotar. É preciso estar sempre um passo a frente deles, por isso vou parar só nos feriados e continuar treinando”, avisa.

ele conheceu pessoas em diversos lugares do país e do mundo, e passou a freqüen-tar shoppings e lojas. “Estou de volta à sociedade e tudo graças a Jesus, que me mostrou a bocha adaptada”, agradece.

Para continuar conquistando muitos títulos, o atleta pretende treinar intensa-mente para se manter entre os três primei-ros de todas as competições que partici-par. “Quero continuar também o trabalho de divulgação da bocha adaptada, dando palestras nas escolas como venho fazendo. Estou treinando para conquistar uma vaga na Copa Americana do ano que vem, pois é a primeira competição internacional, pré-

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Velocidade e adrenalinaKart adaptado tem primeira competição exclusiva organizada em etapas e conquista pilotos novatos e veteranos de todo o Brasil.

Dar aos pilotos que haviam sof-rido algum tipo de acidente a oportunidade de voltar a com-petir. A primeira competição de kart adaptado tinha este

modesto objetivo. Realizada em outubro de 2002 no circuito de Almancil, em Por-tugal, a prova teve 24 pilotos de nove países. A pista – uma réplica de Interlagos inaugurada por ninguém menos que Airton Senna – foi palco de tamanho sucesso de público e mídia que logo foram realizadas outras provas do gênero com intensa par-ticipação de pilotos internacionais.

No kart adaptado, os pilotos com algum tipo de deficiência competem em igual-dade de condições. Em 2005, por exemplo, foi realizado um desafio de 5.000 km de Portugal ao Marrocos. No ano seguinte, o

desafio dos pilotos foram os quase 18.000 km de Portugal até o Cabo Norte, passando por países como Espanha, França, Bélgica, Holanda, Suécia e Finlândia.

No Brasil, a Copa São Paulo de Kart Adaptado foi realizada entre os meses de agosto e dezembro de 2008, numa ini-ciativa da Associação VIQUI (Viver com Igualdade, Qualidade e Integridade) e da Mingo Racing, com profissionais qualifica-dos na adaptação, preparo e manutenção dos karts. A competição, exclusiva para pilotos com algum tipo de deficiência, foi inaugural da modalidade. O presidente da associação é o piloto Paulo Polido, cadei-rante pioneiro no Rally Internacional dos Sertões 2006 e idealizador da primeira equipe exclusiva de deficientes nas 500 Milhas de kart da Granja Viana, prova de

maior destaque do kart nacional.

Amante da velocidade e movido pela adrenalina, Paulo Polido ficou paraplégico aos 19 anos numa prova de MotoCross, o que não o impediu de continuar com-petindo. À frente da VIQUI, conseguiu a qualificação da associação como OSCIP, permitindo às empresas que patrocinam seus projetos a dedução de até 2% do lucro operacional no Imposto de Renda, quando declarado a partir do lucro real. Paulo conta que durante a realização da VII Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, a Reatech, foi montada uma pequena pista de kart que repercutiu positivamente na mídia. “O sucesso da Reatech me motivou a correr atrás de patrocínio. A idéia era viabilizar um circuito onde o piloto tivesse

No último mês de novembro, as imagens das primeiras etapas da competição e da história de vida dos 15 pilotos que participaram do evento ilustraram uma exposição no Raposo Shopping.

Paulo Polido.

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Page 45: Revista Brasil Paraolímpico n° 31

custo apenas com a inscrição, e todas as outras despesas ficassem por conta dos patrocinadores”, conta.

Com uma ótima idéia e muita dis-posição, Paulo Polido conseguiu o apoio de um empresário que emprestou os karts e o apoio da Mingo Racing, que fez a adaptação e manutenção dos carros du-rante a temporada.

A Copa São Paulo de Kart Adaptado contou com a participação de 15 pilotos durante as 5 etapas, todas realizadas no Kartódromo Internacional Granja Viana, lo-calizado em Cotia, a 20 minutos da capital paulista. Homologado pela Confederação Brasileira de Automobilismo, Granja Viana tem excelente infra-estrutura. Além disso, o proprietário do kartódromo é um grande apoiador do esporte. “Conversei com al-guns kartódromos, mas sem dúvida eles [do Granja Viana] tiveram a maior recep-tividade, nos deram todo apoio e toparam a parceria para incentivar a prática do esporte. O proprietário do kartódromo, Felipe Giafonne, é um grande apoiador do kart adaptado”, revela Paulo Polido.

Os pilotos que participaram da Copa têm basicamente deficiência auditiva e mo-tora. A história de vida deles inclui quedas e lesões por armas de fogo, mas a maioria dos acidentes ocorreu no trânsito.

O campeão da Copa, encerrada no dia 14, foi o piloto Sérgio Vida. Militar refor-mado, o piloto sofreu um acidente auto-mobilístico em 1988, fraturando a coluna. Dez anos depois começou a praticar o kart adaptado. Além de piloto, Sérgio Vida é um dos principais atiradores paraolímpicos do Brasil, sendo o atual campeão brasileiro das categorias pistola de ar, pistola livre e pistola sport. O piloto conta que conheceu Paulo em 2006 e que a Copa São Paulo de Kart Adaptado é a realização de um sonho de ambos. “Tínhamos muita vontade de fazer uma competição como essa. Pilotar um carro em velocidade extrema a 2 cm do chão é muito emocionante. Os pilotos de F1 falam que o kart é a modalidade que mais se assemelha à corrida de F1 conven-cional. É adrenalina pura o tempo inteiro no esforço de não errar”, explica.

Em 2009, além de dar continui-dade à Copa, a VIQUI pretende mon-tar uma equipe para participar de competições internacionais.

“O custo é muito alto e precisamos de pa-trocínio para viabilizar essa empreitada”, avalia Paulo. Segundo o presidente da as-sociação, os pilotos brasileiros precisam participar de provas internacionais para avaliar em que nível estão em relação aos pilotos do resto do mundo. O piloto Sérgio Vida concorda. “Fui convidado para partici-par das 24h no Almancil, em Portugal, não fui porque na época não tinha patrocínio”, lamenta o piloto, que com o sucesso da Copa, espera conquistar empresários vi-sionários para apoiar a empreitada.

sobre o kartO kart é uma modalidade de au-

tomobilismo com carros menores. Igualmente compostos por quatro rodas, estes veículos podem pos-suir motores de dois ou quatro tem-pos, refrigerados a água ou ar. A modalidade convencional começou a ser praticada nos Estados Uni-dos na década de 1950. No Brasil chegou cerca de dez anos depois, contando hoje com 26 kartódromos homologados pela Confederação Brasileira de Automobilismo, ha-bilitados para receber provas na-cionais e internacionais.

O piloto veterano Sérgio Vida foi o campeão da Copa.

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As atletas Letícia e Ana Cla-ra também estiveram na noite de premiação do esporte para-olímpico.

Os atletas Adriano Lima da nata-ção e Ariosvaldo Silva do atletismo, durante a confraternização do Prêmio Brasil Paraolímpico 2008.

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Atletas em momento de descon-tração, mostrando que além de atletas são grandes dançarinos.

Page 47: Revista Brasil Paraolímpico n° 31

Delegação Paraolímpica Brasileira

O caminho dos atletas paraolímpicos brasileiros foi difícil, mas eles conseguiram. Parabéns à Equipe Paraolímpica pela melhor colocação brasileira em toda a história dos Jogos. São exemplos como esse, desuperação, que fazem a Cosipa se orgulhar de acreditar e patrocinar os atletas que chegaram lá.

PEQUIM 2008

Page 48: Revista Brasil Paraolímpico n° 31

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Uma visita ao Oriente

Lá estava o Saci-Pererê pulando de alegria, na expectativa da abertu-ra dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. O saci estava no meio da mata, quando foi avisado pelo tu-

cano que a Olimpíada seria aberta no dia seguinte. O Saci ficou muito alegre com a notícia, mas infelizmente era pobre e não tinha televisão. Então ele teve uma idéia incrível. Como não tinha televisão ele iria para a China no seu redemoinho. Então o Saci arrumou as malas, despediu-se dos amigos e em um estalar de dedos já estava em Pequim. Chegando lá, logo começou a sentir dor de cabeça, pois a poluição em Pequim é a maior de todo o planeta.

O Saci se chamava César, e tinha lá suas economias, mas com elas poderia as-sistir apenas uma modalidade esportiva. E agora, que esporte iria assistir? Como ele não sabia nadar, decidiu assistir a natação.

Chegando ao Cubo d’Água viu o primeiro ouro olímpico da natação, conquistado pelo seu xará, César Cielo. O Saci estava no estádio junto com toda aquela multi-dão quando teve vontade de fazer pipi. Ele foi até o banheiro e quando estava vol-tando ouviu a equipe brasileira de natação das Paraolimpíadas dizendo que um atle-ta tinha se machucado e não teria como competir. Sendo assim o Saci se dispôs a competir, mas antes disse que não sabia nadar. Mesmo assim o técnico lhe deu uma chance e disse que iria ensiná-lo.

Passaram-se três semanas, e finalmen-te chegaram as Paraolimpíadas. O Saci competiria nos 50m para amputados. Deu o início da prova, que é muito rápida, mas mesmo assim o Saci conseguiu a prata. O Saci abalou Pequim, voltou para o Brasil e hoje é um atleta paraolímpico.

Gebinho - 3ª série.����

Page 49: Revista Brasil Paraolímpico n° 31

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Rúgbi em CR termina competição internacional em quinto

Deveria ser apenas um treinamento para intercâmbio de informações, mas a jovem delegação brasileira de rúgbi mostrou que o Brasil tem mais uma mo-dalidade de alto rendimento. Na Colômbia para disputar o Torneio Maximus, a delegação conquistou o quinto lugar na competição internacional. Para Luiz Cláudio Pereira, Presidente da Associação Brasileira de Rúgbi em Cadeira de Ro-das (ABRC), o objetivo principal era adquirir conhecimento e aprendizado para consolidar a modalidade no Brasil com responsabilidade e profissionalismo. “A escassez de recursos, em final de temporada, não foi empecilho para que nosso país ficasse fora dessa disputa. O empenho de todos nós foi a marca registrada deste evento. Foi verdadeiramente um trabalho de equipe e com isso saímos to-dos ganhando”, declarou em ofício de agradecimento enviado ao CPB. Organiza-da pela Associação Brasileira de Rúgbi, a modalidade está em pleno crescimento no Brasil com a realização de clínicas de treinamento e cursos de formação de árbitros. Neste mês de dezembro foi realizado o primeiro Campeonato Brasileiro de Rúgbi em Cadeira de Rodas no Rio de Janeiro. A ABRC pretende em 2009 intensificar o intercâmbio com países das Américas, em competições como os Jogos Parapan-Americanos da modalidade na Argentina. O rúgbi é uma das mo-dalidades que mais cresce no Brasil e no mundo.

Brasil termina em primeiro lugar geral na Copa Tango de Tênis de Mesa

Entre os dias 7 e 9 de novembro foi realizada em Buenos Aires a Copa Tango de Tênis de Mesa. A delegação brasileira embarcou para a Argentina no dia 6 de novembro com 17 pesso-as, sendo 12 atletas (8 homens e 4 mulheres), 2 árbitras (Maria José Fer-reira e Leonor de Mario), 2 técnicos e o chefe de delegação e coordenador técnico da seleção paraolímpica, Edir Oliveira. As disputas foram realizadas por equipe e individual, que contaram com a participação de 100 jogadores de 20 países. O Brasil fez excelente participação, terminando em primeiro lugar na classificação geral. Os brasi-leiros conquistaram 4.5 medalhas de ouro, 5 de prata e 3.5 de bronze. O número fracionado de medalhas é devido à forma de contagem quando na competição de times participam atletas de dois diferentes países. A mesa-tenista Maria Luiza Passos foi o grande destaque da competição, con-quistando três medalhas de ouro nas categorias Open de Cadeira de Rodas, Individual Feminino (Classes 4-5) e Feminino de Times (Classes 3-5). A delegação brasileira conquistou na competição cinco medalhas de ouro, cinco medalhas de prata e quatro me-dalhas de bronze.

Encontro de Avaliação da Participação nos XIII Jogos Paraolímpicos

Nos dias 24 e 25 de outubro foi realizado em São Paulo o Encontro de Avaliação da Participação nos XIII Jogos Paraolímpicos. O objetivo da reunião foi analisar a participação brasileira na maior competição paraolímpica. Estiveram presentes os coordena-dores de 17 modalidades, da comunicação, do departamento de fisioterapia, de psicologia, do departamento médico e da chefia de missão. Cada coordenador fez uma breve apresentação da área de sua gerência e deu sugestões relevantes para o próximo ciclo paraolímpico que começa no ano de 2009 e termina em 2012, com a participação do Brasil em Londres. “O nono lugar no quadro geral de medalhas em Pequim colocou o Brasil entre as maiores potências paraolímpicas do mundo. O nosso desafio agora é manter o Brasil nesta posição. Este momento de avaliação é muito importante para nortear as profundas transformações que serão exigidas no próximo ciclo paraolímpico para que o esporte continue crescendo e confirmando sua posição no cenário internacional”, avalia o Secretário Geral do CPB, Andrew Parsons. As análises e sugestões de todos os presentes foram ouvidas por uma equipe que con-solidou os pontos em comum das apresentações e montou um documento que norteará as ações do Comitê Paraolímpico Brasileiro neste próximo ciclo paraolímpico.

Page 50: Revista Brasil Paraolímpico n° 31

Publicação bimestral do cPB5.000 exemplares

Presidente Vital Severino Neto

Vice-presidente Financeiro Sérgio Ricardo Gatto

Vice-presidente administrativo Francisco de Assis Avelino

assessora especial para assuntos institucionais

Ana Carla Thiago

secretário Geral Antônio Menescal

diretor Financeiro Carlos José Vieira de Souza

departamento de desenvolvimento

técnico e científico Renausto Alves Amanajás

editor chefe Andrew Parsons

Jornalista responsável Camila Benn RP 7930/DF

imagens Saulo Cruz e Christophe Aranha

arte e editoração Andrea kawanami

arte e editoração Télyo Nunes

execução Gráfica Gráfica Brasil

Site: www.graficabrasil.com.br

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Fone: 55 61 3031 3030 Fax: 55 61 3031 3023 Site: www.cpb.org.br

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aNúNCio olymPikus

caixa.gov.brOuvidoria 0800 725 7474

Há cinco anos as Loterias CAIXA acreditam no esporte paraolímpico brasileiro e patrocinam o CPB. Agora é

colher os frutos. Parabéns, delegação brasileira.

Não há limites para o esporte. Nem para os sonhos.

Daniel Dias Maior medalhista das paraolimpíadas de Pequim 2008 Atleta integrante do Programa Loterias CAIXA de Atletas Alto Nível

15.3x17cm_JE_13-09.indd 1 9/18/08 6:35:38 PM