Revista Cocapec

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Revista Cocapec 75

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EDITO

RIAL

Ricardo Lima de AndradeDiretor Secretário da Cocapec

A Cocapec, mais uma vez, foi classificada pela Revista Exame - Anuário Melhores e Maiores 2011 entre as 10 melhores empresas do agronegócio café alcançando a 2ª colocação neste ranking. Felizmente a recuperação dos preços do café ao longo de 2010 aliado à fidelidade e comprometimento de nossos cooperados e colaboradores permitiram dividirmos este resultado. Este reconhecimento mostra que os objetivos, de atendermos os anseios e necessidades de nosso cooperado para que estes se fortaleçam cada dia mais, vêm sendo alcançados com esmero.

Apesar da evidente solidez da Cocapec, o atual cenário econômico mundial é controverso, pois mostra poucos sinais de recuperação. O socorro financeiro dado à países europeus endividados tem por finalidade estancar uma nova crise, a exemplo da ocorrida em 2008. Esta situação decorre de um período de crédito farto, barato e desregulamentado, num cenário antes favorável, mas que diante de uma incapacidade de refinanciamento deflagrou a crise financeira mundial.

Várias medidas foram tomadas ao longo dos últimos três anos para revitalizar os mercados, principalmente, dos países considerados desenvolvidos. Os efeitos são sentidos na apreciação de diversas moedas, principalmente o nosso Real, e intensa valorização das commodities energéticas, metálicas e agrícolas. Se alguns países emergentes aparentemente estão enfrentando bem este momento, fica a preocupação com a valorização cambial, desindustrialização e até mesmo inflação. Claro que nos perguntamos se tudo isso não era previsível, só que já é tarde e o problema é de todos.

Neste cenário, as commodities têm sido fortemente demandadas, principalmente pelos emergentes contribuindo para os altos preços internacionais. Para o café, isto não tem sido diferente, os anos pós-crise de 2008 mostraram que o consumo mundial não foi afetado, houve mudanças de hábitos, porém, o consumidor não abriu mão do cafezinho nas suas diferentes formas de consumo, uma característica peculiar deste produto.

No momento o Brasil termina uma safra de ciclo de baixa produção que pode dar suporte às cotações, mas para o próximo ano agrícola devemos gerenciar nossa empresa rural com sabedoria. Devemos investir em tratos culturais, tecnologia e utilizar as ferramentas de comercialização de safra, zelando pelos compromissos assumidos com a nossa cooperativa e como consequência, contribuir para a existência de uma organização que nos mantém mais competitivos em mercados futuros adversos.

Boa leitura.

COLHEMOS O QUE PLANTAMOS

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4 .Revista COCAPEC . Setembro / Outubro 2011 Setembro / Outubro 2011 . Revista COCAPEC . 5

ÍNDICE

COCAPEC ENTRE AS MAIORES DO AGRONEGÓCIO

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados

Diretoria Executiva CocapecJoão Alves de Toledo Filho – Diretor-presidenteCarlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-presidenteRicardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho de Administração Cocapec Giane BiscoAmílcar Alarcon PereiraJoão José CintraPaulo Eduardo Franchi SilveiraErásio de Grácia JúniorJosé Henrique Mendonça

Conselho Fiscal CocapecZita Cintra ToledoRenato Antônio CintraRicardo Nunes Moscardini

Cocapec FrancaAvenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270

FiliaisCapetinga: (35) 3543-1572Claraval: (34) 3353-5257Ibiraci: (35) 3544-5000Pedregulho: (16) 3171-1400

Diretoria Executiva CredicocapecMauricio Miarelli - Dir. PresidenteJosé Amâncio de Castro - Dir. AdministrativoEdnéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida - Dir. Crédito Rural

Conselho de Administração CredicocapecCarlos Yoshiyuki SatoDivino de Carvalho GarciaÉlbio Rodrigues Alves FilhoPaulo Henrique Andrade Correia

Conselho Fiscal CredicocapecJoão José CintraCyro Antonio RamosMarcos Antonio Tavares

CredicocapecFone (16) 3712-6600 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SPPAC - Pedregulho:(16) 3171-2118PAC - Ibiraci (35) [email protected] - www.credicocapec.com.br

CoordenaçãoEliana Mara Martins

Núcleo de CriaçãoComunicação/MKT COCAPEC

DiagramaçãoIdeia Fixa Publicidade e Propaganda

Apoio Gráfico / FotosMarcelo Siqueira

RedaçãoLuciene ReisMurilo Andrade

Jornalista ResponsávelRealindo Jacintho Mendonça Júnior - MTb/ 24781

Tiragem: 2.650 exemplares

Home Pagewww.cocapec.com.br

É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira

responsabilidade de seus autores.

EXPE

DIE

NTE

ED. 75 Setembro / Outubro 2011

ESPECIALLaboratório: satisfação garantida

TÉCNICAObtenha sucesso nas pulverizações pós-colheita

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1008

Pedregulho ganha nova sede em outubroNOVIDADES

TÉCNICAUso de colhedeira em lavouras de 1ª safra já é realidade14

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CAPA

52 CREDICOCAPEC Sicoob Credicocapec no 2º workshop de Crédito Rural do Bancoob

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an mosaic 216x143mm cafe.pdf 1 7/31/11 10:53 AM

SETOR DE CADASTRO PROMOVE CAMPANHA PARA REGULARIzAR DADOS DOS COOPERADOSVictor Alexandre FerreiraSetor de Cadastro

Informações cadastrais atualizadas proporcionam agilidade no momento de negociar com a Cocapec

Nos meses de junho e julho o setor de Cadastro da Cocapec enviou para seus cooperados duas correspondências para atualização de dados. Na primeira, a Cocapec pede para

que todos os cooperados que ainda não possuem foto cadastrada junto ao banco de dados, que entreguem na Cocapec matriz ou en-viem por e-mail no endereço [email protected], foto recente e se possível 3x4.

O intuito dessa campanha é melhorar o atendimento e pro-mover segurança para os cooperados. Hoje a Cocapec possui qua-se 2 mil associados e a identificação por foto no sistema deixa tudo mais fácil e personalizado no momento da prestação do serviço por parte dos colaboradores da cooperativa. Atualmente, quando o produtor se torna cooperado, é providenciada a foto.

A correspondência encaminhada em julho pelo Setor de Cadastro é fruto de uma pesquisa realizada pelo setor onde este verificou que, na maioria dos contratos de arrendamentos de coo-perados que possuem anuência dada pelo proprietário da proprie-

“É necessário que os cooperados providenciem

junto a Cocapec matriz ou filial o novo aditivo

contratual, assim facilitará os procedimentos comerciais

“O intuito dessa campanha é melhorar o atendimento e

promover segurança para os cooperados

dade, não está incluso a Cocapec. Por isso, é necessário que os cooperados providenciem junto a Cocapec matriz ou filial o novo aditivo contratual, assim facilitará os procedimentos comerciais, com a inclusão de uma cláusula em que o proprietário do imóvel arrendado concede anuência ao cooperado arren-dante ou parceiro agrícola a negociar com cooperativas de produção e/ou crédito, tanto para contrair financiamen-tos quanto nas trocas de cafés por insu-mos. A padronização via inclusão desta cláusula, se faz necessário em virtude dos diversos modelos de con-

tratos existentes em nossos arquivos e a dificuldade de interpretação dos mesmos.

Caso seja de interesse emitir esse aditivo contratual, pedimos aos coope-rados que procurem o setor de Cadastro da Cocapec ou a filial mais próxima e se adéquem, pois assim ganha-se tempo nas transações comerciais na cooperativa. Os cooperados que não optarem pelo aditivo deverão estar cientes que os proprietários deverão assinar como intervenientes nos documentos de Cédula de Produtor Rural (CPR), Nota Promissória Rural (NPR) e

contratos de fixação de preços (venda futura).

ESPECIAL ESPECIAL

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LAbORATÓRIO: SATISfAçãO GARANTIDA

ESPECIAL ESPECIAL

Mônica MartinsSetor de Laboratório

A eficiência e rapidez das análises têm sido referência para a região

As propriedades rurais estão cada dia mais inte-gradas neste mundo ágil, o que exige tomadas de decisões a curto prazo. Para isso o produtor

precisa estar atento às mudanças e às novas tecno-logias. Ciente desta realidade, a Cocapec investe em seus serviços com tecnologia para auxiliar na gestão das propriedades de seus cooperados.

Um destes serviços merece destaque, o do la-boratório de análises de solo e folha. Com a ampliação das instalações e aquisição de equipamentos mais modernos, desde dezembro de 2010 o prazo de en-trega dos resultados, que chegou a 22 dias, passou

para cinco dias úteis, proporcionando agilidade no mo-mento de realizar a compra dos insumos necessários a condução da lavoura de café. Para o Setor Técnico da cooperativa, contar com resultados rápidos e fiéis traz a segurança de uma boa recomendação dentro dos prazos.

O aumento de análises realizadas pelos coope-rados demonstra que estão preocupados em alcançar o máximo de produtividade em suas lavouras, mas de forma racional, empregando quantidades certas de in-sumos para a nutrição do cafeeiro, eliminando assim custos desnecessários. Isso contribui para a ampliação

“O prazo de entrega dos resultados, que chegou a 22 dias, passou para cinco dias”

“Este tipo de análise é a base para o agrônomo trabalhar. Sem isso não tem como ter sucesso na lavoura”

da produtividade da região e para a elevação da renda do produtor.

Segundo o cooperado Paulo Donizete Cintra proprietário da Fazenda Santa Terezinha em Claraval/ MG, este tipo de análise é a base para o agrônomo trabalhar. Sem isso não tem como ter sucesso na la-voura, a ampliação agilizou todo o processo que antes demorava e o trabalho ficou mais eficiente, finalizou.

As melhorias realizadas já refletem nos núme-ros se compararmos com os do ano passado. Já nos

Laboratório de análises de folha e solo da Cocapec

Consulte seu agrônomo/técnico

ENTRE EM CONTATO COM O LABORATÓRIOE DEPARTAMENTO TÉCNICO COCAPEC

[email protected](16) 3711-6256

Alex Carrijo (16) 9222-3139Alex faleiros (16) 9233-5657Antônio Carlos (35) 9991-1051Eder Carvalho (16) 9231-6260Evanilton (35) 9991-5252Gabriel Rosa (16) 9209- 3347Geraldo Junior (16) 9969-2745Henrique Rheda (16) 9253-6165Leonan Vilhena (16) 9222-1810Luciano (16) 9215-1304Marcelo Augusto (16) 9175-8366Ricardo Ravagnani (16) 9233-1226 Roberto Maegawa (16) 9222-1067Romulo (16) 9159-5377Rubens Manreza (16) 9221-7681Saulo faleiros (16) 9215-9052

primeiros 3 meses de 2011, o volume de análises de folha superou o do ano de 2010 inteiro. Tudo isso sem alterar o quadro de colaboradores que continua ser de 9 pessoas. É uma importante variável que demonstra e justifica os investimentos realizados pela cooperativa.

O setor também é referência pela sua eficiência e exatidão, qualidade e confiabilidade nos resultados. Por isso, é procurado por clientes de toda a região.

Para saber quais os momentos certos de se re-alizar análises de folha ou solo, consulte o agrônomo de sua região, ele poderá ajudá-lo a se programar e ainda orientará a forma correta de se retirar folhas e solo para as análises.

Mônica MartinsSetor de Laboratório

Laboratório da Cocapec é sinônimo de qualidade e rapidez na Alta Mogiana

Análise de p.H. em solo

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ObTENHA SUCESSO NAS PULVERIzAçõES PÓS-COLHEITANesta fase é que se concentra a maior parte dos erros ocorridos na fazenda

A colheita do café do ano de 2011 já se aproxima do fim, e como sabemos na fazenda produtora de café, os serviços são constantes o ano todo. A pós-colheita das lavouras é

o período no qual a produção do ano seguinte é definida, com a florada que se aproxima com as primeiras chuvas. Juntamente com este inicia-se o período onde as lavouras recebem os tratos cultu-rais do ano agrícola seguinte. Dentre os tratos culturais, a grande maioria destes é feita com o uso de máquinas agrícolas, onde cada operação é realizada com um implemento específico.

Todas as operações na lavoura têm grande importância e precisam ser bem feitas, dentre elas as adubações, calagens, gessagens, foliares e herbicidas. Uma das operações que mais demandam perfeitas regulagens são as pulverizações e é nesta que se concentra a maior parte dos erros ocorridos na fazenda, diante disto segue algumas dicas de como minimizar problemas na

fazenda com estas aplicações.Alguns aspectos têm grande destaque quando se faz o uso

de equipamentos para cada situação e que os mesmos estejam devidamente regulados e calibrados para cada serviço a ser re-alizado. Podemos citar alguns que são fundamentais para ser ter sucesso em pulverização de cafeeiros.

Aspectos operacionaisOs resultados ou efeitos técnicos e econômicos da aplica-

ção dos defensivos agrícolas estão apoiados basicamente por três premissas:

• Bom produto;• Bem aplicado;• No momento certo; Para entendermos basicamente como, segue descrição

de cada uma.

Bom produtoO bom produto é caracterizado fundamentalmen-

te pelo tipo e aspecto de sua formulação, dose efetiva, facilidade e uso seguro. Qualquer que seja o manejo de um produto através de sua diluição em água ou mesmo o uso de formulações prontas para uso (ultra baixo volu-me), são exigidas condições químicas e físicas adequa-das, sem o que a geração de gotas se tornará incorreta, influenciando diretamente a sua dispersão e deposição sobre o alvo desejado. Formulações com solventes mui-to voláteis, de odores desagradáveis e não tolerados por pessoas e animais, causarão sem sombra de dúvida, traumas e rejeições ao seu uso. Por outro lado, com-posições instáveis sob condições de armazenamento, transporte e algumas situações de incompatibilidades como pH da água de diluição ou mesmo óleos, ao serem aplicados levarão a resultados ruins, inesperados ou até ao fracasso.

Por outro lado, a diversidade das condições cli-máticas e ambientais, inadequação do equipamento e desconhecimentos ou mau uso dos parâmetros, durante a aplicação, poderão gerar insatisfações com o controle fitossanitário do café. O desempenho do produto está di-retamente relacionada com os aspectos citados acima, então é fundamental que se analise junto ao seu técnico de confiança estes fatores, a fim de minimizar as perdas e conseguir uma melhor recomendação.

Bem aplicadoUm bom produto ou formulação só poderá ser

comprovado após sua aplicação, ou seja, quando atingir adequadamente o alvo final, obtendo-se o resultado efe-tivo e esperado. Para isto deveremos considerar sob o aspecto da “Tecnologia de Aplicação” que três premissas deverão se observadas e obtidas sob todos os aspectos operacionais:

• Diâmetro da gota;• Deriva da gota e• Deposição da gota.Qualquer que seja o tipo de formulação emprega-

da ou do equipamento de aplicação, deveremos traba-lhar com as unidades resultantes do processo que são as

gotas de pulverização. Estas gotas poderão ser geradas por processos físicos como pressão hidráulica sobre o líquido, termonebulização (a frio ou quente), bicos rota-tivos, pressão de correntes de vento ou eletrostáticos. O diâmetro da gota será sempre o aspecto que definirá que maneira o alvo final será atingido, favorecendo ou não a deposição em quantidade (densidade) suficiente para o controle e sucesso do produto aplicado.

Alvos de superfícies grandes e posições mais ho-

“O diâmetro da gota será sempre o aspecto que definirá de que maneira o alvo final será atingido”

Eder Carvalho SandyEng. Agrônomo - UNIAGRO

TÉCNICA TÉCNICA

Filtro entupido prejudica e compromete a qualidade da pulverização

Condição ideal com ramais de bicos duplicados

Posicionamento de bicos incorretos, ângulos de trabalho inadequados

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rizontais são mais facilmente atingidos e cobertos com gotas de maior diâmetro, ao contrário de alvos mais estreitos, onde as gotas mais finas aderem com maior facilidade. O aumento da vazão de aplicação também tem influência direta sobre o diâmetro da gota. Quanto maior o volume utilizado, gotas de diâmetros maiores se-rão geradas e menor densidade de gotas por área será

obtida. Entretanto, ao contrário do conceito generalizado de que um volume maior de líquido permite uma melhor pulverização, o procedimento certo e utilizar-se o menor volume, mas produzindo-se a maior quantidade possível de gotas, principalmente nas culturas com alta densida-de de folhas, como é o caso do café. A questão mais importante, considerada como fator essencial, é a den-sidade de gotas, pois, quanto maior o número de gotas depositadas sobre o alvo desejado, maior será a dose do produto recebida pelo mesmo, melhorando a eficiência da aplicação.

No momento certo - Uso de práticas de con-trole

Este item não se relaciona com a hora ou espa-ço de tempo em que se deve efetuar a pulverização ou aplicação, mas sim em relação às condições em que o

problema a ser controlado apresenta-se mais suscetível ao produto aplicado. Exemplos: o momento certo do con-trole da ferrugem do cafeeiro é quando menos de 5% das folhas apresentam sintomas de infecção (esporulação).

Muitas das vezes o grande fator de insucesso de defensivos agrícolas não atingirem os objetivos para os quais foram usados, estão relacionados a fatores que

são inerentes a forma e o momento nos quais estes fo-ram aplicados.

Para exemplificarmos tal fato dentro da cultura do café podemos ilustrar com o exemplo da principal doença que ataca o cafeeiro, a ferrugem. Sabe-se que esta pre-cisa de umidade e de temperaturas amenas para iniciar seu ciclo de infecção. No caso do cafeeiro o local da plan-ta que mais oferece condições para o desenvolvimento da ferrugem é no interior da planta, em condição de baixa luminosidade e umidade disponível.

Relacionando isto a forma que devemos aplicar os defensivos que controlam a ferrugem devemos obser-var os seguintes aspectos:

• Se o produto é preventivo ou curativo para então tomarmos a decisão de que momento aplicar-mos;

• Qual o alvo da aplicação, neste caso é o inte-rior da planta, o que realça a importância de aplicar-mos o produto de forma a este chegar no interior da mesma.

• E por final a dose e a vazão devem estar per-feitamente adequadas para cada situação.

Uma aplicação que tem fundamental importân-cia, é a realizada para o controle de Ácaro da Lepro-se (Brevipalpus phoenicis), que tem difícil controle e exige uma perfeita aplicação para se ter um controle adequado em virtude do ácaro da leprose se distribuir por toda a copa, tanto externa quanto internamente. Para que haja um controle mais eficiente o volume de pulverização deve ser maior, produzindo-se o máximo de gotas com pequeno tamanho, para que estas pene-trem na planta a se depositem por toda a parte interna da mesma, inclusive com molhamento nos galhos in-ternos. Estas pulverizações devem ser efetuadas com

bombas do tipo turbo atomizadoras, que proporcionam maior penetração da calda no interior da copa das plan-tas e possibilita o tratamento uniformizado. Um volume de calda de aproximadamente 800L/há tem, com boa qualidade de gotas (pequenas) tem se demonstrado efi-ciente. Embora não seja o método mais econômico, em razão da quantidade de calda aplicada e sua pequena retenção na planta, e do tempo maior gasto durante a operação, é o processo que tem demonstrado ser mais adequado.

Percebemos o quanto é importante, termos equipamentos adequados, calibrados e regulados a disposição na fazenda, pois é fato que um bom produto só vai funcionar se for aplicado da maneira correta e no momento adequado para cada situação. Para mais esclarecimentos e informações a Cocapec disponibiliza para seus cooperados o departamento técnico, com os agrônomos/técnicos, consulte o de sua região.

“Um bom produto

só vai funcionar se for aplicado da maneira

correta e no momento adequado para cada situação”

TÉCNICA TÉCNICA

Bicos com duplicadores formam uma cortina de gotas uniformes

Papel hidrossensível colocado no interior da planta para verificar a qualidade da pulverização

Pulverização ideal com angulação correta dos bicos

Papel hidrossensível após a pulverização demonstra a qualidade da aplicação e quantidade de gotas que estão chegando ao interior da planta

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USO DE COLHEDEIRA EM LAVOURAS DE 1ª SAfRA Já É REALIDADE

Cooperado utiliza mecanização sem restrições e colhe 100% de sua safra com o equipamento

Luciene ReisSetor de Comunicação

A mecanização da colheita já é uma realidade na cafeicul-tura da Alta Mogiana, onde

a maioria dos produtores utiliza to-tal ou parcialmente esta tecnologia. Muitos, que ainda não tem condi-ções de adquirir o equipamento op-tam por alugar ou comprar em so-ciedade e, com o passar do tempo e redução de custos, conseguem ter sua própria colhedeira.

Mas, apesar da região ter iniciado gradativamente e já há bastante tempo o uso destes equi-pamentos, seu emprego é restrito a lavouras desenvolvidas, pois muitos reclamam que a colhedeira “danifi-ca” as culturas novas se usada nas primeiras safras, por abalar o siste-ma radicular da planta.

No entanto, estes mitos caem por terra, quando o coope-rado Helder Eugênio Branquinho fala de suas experiências. Há 25 na cafeicultura, atualmente com 92 hectares, ele comprou a primeira colhedeira em sociedade no ano de 2002. Desde então trabalha com este equipamento e há três anos

começou a fazer testes em lavouras com 2 e 3 anos de safra. Mas em 2011 inovou e fez uso colhedeira em lavouras de primeira safra.

O produtor, após vários tes-tes, conclui que o resultado de co-lher café com máquina dependerá exclusivamente da regulagem do equipamento, principalmente se for feito em plantios novos. “Não tenho problemas com a colheita mecani-zada, pois esta não causa danos à lavoura, principalmente se compa-rada a colheita manual.”

Todo este otimismo se deve ao aprendizado que ele adquiriu re-gulando o equipamento até que este fizesse o serviço adequadamente. O cafeicultor garante que os bene-fícios são inúmeros, “diminui custos com a apanha em mais da metade, torna-a mais uniforme e permite adequar o ritmo à pós-colheita, reduzindo prejuízos. Este sistema é benéfico até para a saúde, pois, há menos desgaste e estresse por não ter problemas com contratação de mão de obra temporária”. Para exemplificar, ele conta que em 1992

TÉCNICA TÉCNICA

“O segredo é o produtor entrar com o maquinário no momento certo na lavoura e fazer a regulagem correta do equipamento

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precisou de uma pessoa para cada saca de café que colheu, já no ano passado foi uma pessoa para cada 500 sacas de café colhidas.

Helder Branquinho explica que para iniciar a co-lheita mecanizada em lavouras de segunda safra hou-ve preparação, paciência e persistência. “Aluguei uma mini-colhedeira própria para lavouras novas e, baseado no que ela fez, modifiquei a minha para colher lavouras de segunda e posteriormente de primeira safra.”

Os resultados não poderiam ser melhores, tanto que, atualmente a colheita de sua lavoura é 100% me-canizada, com o benefício de custos menores e preser-vação da planta, pois apresenta menos queda de folhas e chumbinhos e não abala o sistema radicular do café. Branquinho ensina que o segredo é o produtor entrar com o maquinário no momento certo na lavoura e fazer a regulagem correta (rotação, agressão e vibração) com o cuidado de, se necessário, passar a máquina duas vezes.

Outro cuidado que o cafeicultor precisa ter para alcançar resultados positivos é usar o equipamento apenas em lavouras preparadas para recebê-lo, com espaçamento indicado, alinhamento e poda adequa-dos, pois o impacto da colhedeira em lavoura que não foi preparada é grande, provocando muitos danos.

Também é importante ter em mente que, se a primeira experiência não foi o esperado, não é desistindo que alcançará todos os benefícios do maquinário, é preciso investigar o que aconteceu, procurar informações, fazer testes até obter a regulagem ideal, pois vale a pena. “Além de textos que pesquisei, consegui informações com o Dr. Fábio Moreira da Silva (Ufla/MG), que pa-lestrou sobre ‘Gestão da Colheita Mecanizada’ no 1º Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana (Sim-café), realizado pela Cocapec. O que ele falou sobre o assunto no Simcafé é verdade, é preciso regulagem do equipamento. Para completar, após identificar quais

adaptações eram necessárias no equipamento solicitei os ajustes à equipe da Matão.”

Helder não esconde o que sabe, na verdade faz questão de compartilhar os resultados de seus experi-mentos. “Eu passo a informação para quem pergunta, se optam por não usar, pelo menos fiz minha parte, pois aprender a usar a tecnologia em seu potencial máximo foi excelente.

A mecanização pode gerar a redução de custos operacionais, mas é necessário que o produtor faça um estudo e avalie qual a melhor opção de investimento, analisando se o equipamento é o adequado para a propriedade e se está dentro de suas possibilidades financeiras. Portanto, a Cocapec dispõe de um consultor para orientar o cooperado na decisão de aquisição de máquinas e equipamentos. Este profissional orientará quanto às melhores escolhas no campo através de visitas à propriedade, avaliando assim, as necessidades na parte de mecanização e indicando a melhor opção de investimento.

SETOR DE MáquINAS E IMPLEMENTOS AgRíCOLAS DA COCAPEC

Mais informações sobre máquinas e equipamentos adequados para sua propriedade:Mário Domingos (Marinho)(16) 9103-3011(16) 3711-6295

“Não tenho problemas com a colheita mecanizada em primeiras safras, pois não há danos à lavoura”

Tronco íntegro, sem danos após uso da colhedeira, que também não abala sistema radicular da planta

Na colheita mecanizada as pinhas são preservadas, sem perda significativa ao contrário da colheita manual

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COLAbORADOR DA COCAPEC PARTICIPA DE MESTRADO INTERNACIONAL EM CIêNCIA E ECONOMIA DO CAfÉ O curso idealizado pela fundação Ernesto Illy foi realizado na cidade italiana de Trieste

Setor de Torrefação

NEGÓCIOS NEGÓCIOS

O gestor Pedro Rodrigues Alves Silveira fala a seguir sobre o curso de mestrado, relacionado ao setor cafeeiro, que fez no exterior, acompanhe:Com o auxílio da Cocapec tive a grande oportunidade de

participar do curso de pós-graduação organizado pela Fundação Ernesto Illy, em Trieste, na Itália, em parceria com outras 7 insti-tuições, dentre elas universidades, centros de pesquisa, escola de negócios, além de outras, em uma parceria público-privada.

Foram 5 meses na cidade italiana, no período de janeiro à maio deste ano, onde está um dos principais portos de recebi-mento de café da Europa. Eu e outras quinze pessoas, oriundas

de doze diferentes países da África, Américas do Sul e Central, Ásia e Europa, fizemos o curso. A diversidade cultural dos par-ticipantes possibilitou imensa troca de experiências e vivências, enriquecendo ainda mais o meu aprendizado.

A formação multidisciplinar foi a proposta do curso. Dis-ciplinas como: biologia, agronomia, tecnologia, industrialização, gestão, economia, marketing, estratégias, entre outras, foram re-lacionadas ao agronegócio café e debatidas durante todo período.

Além de todo estudo teórico, atividades práticas fizeram parte da formação, como por exemplo: visitas dirigidas ao porto de Trieste, armazéns, estufas, laboratórios e vários outros lo-

cais, para uma melhor absorção e aprimoramento dos assuntos dis-cutidos em sala de aula.

Para entendermos um pou-co mais sobre o mestrado, destaco a seguir um dos principais temas estudados: a corrente do café. Este assunto é de grande impor-tância e afeta todos aqueles inseri-dos na cadeia do café. Confira.

Corrente ou cadeia do CaféImaginamos a cadeia do

café como uma corrente. E o que define a força desta corrente? A resposta é: sempre o seu elo mais fraco.

De maneira simples, po-demos exemplificar a cadeia, ou “corrente” do café:

“Toda a cadeia é fortemente ligada e dependente, por isso devemos enxergá-la como um

todo

”No campo

Fonte: Marino Petracco, Illy Caffè S. pa.

Indústria A “COrrENtE dO CAFé”Na cafeteria

No nosso corpo

Genética Pós-colheita

ArmazémCultivo/Manejo

transporte

(re)Benefício

torrefação

Moagem

Emabalagem

Preparo

Serviço

Consumo

Metabolismo

Os primeiros elos são os do campo, responsáveis pela origem e produção, que por sua vez se ligam aos da indústria, comércio, local de consumo, e finalizando temos os do consu-mo, e até mesmo os efeitos esperados por consumidores em seu corpo.

Toda a cadeia é fortemente ligada e dependente, por isso devemos enxergá-la como um todo, não apenas como produtores, mas como intermediários, como uma indústria, e mais ainda, como consumidores. Se pensarmos, por exemplo,

que uma torra errada pode estragar o trabalho realizado nos elos anteriores e comprometer as etapas seguintes, as conse-quências podem variar desde a perda de todo um trabalho até efeitos mais duradouros, como a insatisfação dos consumido-res ao produto final que pode ser irreversível.

Desta forma, devemos sempre estar atentos ao que acontece em todos os segmentos, enxergar a cadeia com uma visão ampla considerando suas ligações e interações. Para trabalharmos em algo tão complexo em um mercado competi-

Participantes e organizadores do curso de mestrado

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NEGÓCIOS

tivo, precisamos estar bem organi-zados, informados e, importante, atentos ao que acontece, para diminuir as possibilidades de erro e com isso alcançar os objetivos.

Inovação e criatividade são necessárias ao encarar um desafio como este, mas em seu conceito moderno não são eficien-tes quando desenvolvidas com a participação de poucas pessoas. Portanto, levamos vantagem em ser uma cooperativa, com tantos membros dispostos a trabalhar com excelência e flexibilidade, para buscar sempre o melhor.

O resultado esperado do investimento da cooperativa em formação é possibilitar a melhoria no desempenho da função de seu funcionário e, consequentemente resultados positivos para empresa e seus cooperados. Assim me co-loco à disposição dos cooperados e colaboradores para me ouvir, trocar experiências e melhor servir à Cocapec.

Em setembro defendo mi-nha tese através de uma vídeo--conferência. Com isso receberei certificado de conclusão do curso.

ILLyCAffè

Fundada em 1933 por Francesco Illy, a illycaffè fabrica e vende em todo o mundo uma única mistura de cafés de alta qualidade composta por nove tipos de Arábica pura. Atualmente é comercializada em 140 países, nos 5 continentes, e é servida em mais de 50 mil locais públicos.

Fundação Ernesto IllyFoi criada pela illycaffè e aberta a outros parceiros, com finalidade de desenvolver o conhecimento, através de pesquisas fundamentadas na ética e a sustentabilidade, mas também com atividades empresariais e da cultura do café.

Fonte: www.illy.com

Organizadores.Fundação Ernesto Illy .Universidade de Trieste .llycaffè S.p.A. .Universidade do Café de Trieste .Distrito de Biomedicina .Universidade de Udine.Escola superior de Estudos Avançados .Distrito do Café de Trieste

Estufa da Universidade de Trieste com variedades e espécies de café

Degustação de café espresso

AromaLab – Equipamento para separação e identificação de diferentes aromas do café

Porto de Trieste – Itália

22 .Revista COCAPEC . Setembro / Outubro 2011 Setembro / Outubro 2011 . Revista COCAPEC . 23

COCAPEC fAz DIA DE CAMPO CAfÉ COM COLAbORADORESCarlos Aurélio de Freitas JuniorSetor de Classificação e Comercialização de Café

Todos os participantes são da equipe do Departamento de Café da cooperativa

No dia dois de julho, foi realizado na Fazenda São Fran-cisco em Patrocínio Paulista/SP, um dia de campo que contou com a participação dos colaboradores do De-

partamento de Café da cooperativa que são os responsáveis pelo recebimento, armazenamento, movimentação, classifica-ção e comercialização, além de colaboradores da torrefação da Cocapec.

Os participantes acompanharam todos os processos de colheita manual e mecanizada, além do pós-colheita, como a secagem natural nos terreiros e em secadores, armazenamen-to em tulhas, beneficiamento e preparo dos cafés naturais e ce-rejas descascados. Ficou claro o quanto é importante todos os cuidados necessários em cada etapa e que todos os detalhes

realmente fazem a diferença e influenciam a qualidade do café.Por se tratar de uma fazenda certificada, os colaborado-

res conheceram todos os procedimentos que devem ser ado-tados desde a lavoura até a entrega do produto para depósito na cooperativa, e que são de responsabilidade do produtor. As etapas do processo dentro da cooperativa para garantir as exi-gências e a rastreabilidade do café, também foram abordadas.

“Foi um dia preparado especialmente para esclarecer dúvidas e interagir o grupo com a vivência real de uma fazenda de café no período de colheita, conscientizando e reforçando a importância e o papel de todos os elos da cadeia do café”, con-cluiu o gerente do Departamento de Café Sr. Anselmo Magno de Paula.

NEGÓCIOSNEGÓCIOS

Participantes/equipe do Departamento de Café

Demonstração de terreiro suspenso Equipe recebe explicações em meio a lavoura de café

24 .Revista COCAPEC . Setembro / Outubro 2011 Setembro / Outubro 2011 . Revista COCAPEC . 25

bALANçO DA SAfRA COMERCIAL 2010/11 NA REGIãO DE ATUAçãO DA COCAPEC

NEGÓCIOSNEGÓCIOS

Grãos miúdos demandam maior quantidade do produto para completar a saca de 60kg

Anselmo Magno de PaulaDepartamento de Café

O efeito da bianualidade esperado dos ca-fezais na safra 11/12, em grande parte da cafeicultura nacional e de forma mais in-

tensa na região da Alta Mogiana apresentou um componente a mais que intensificou a redução do volume colhido desta safra. O prolongado perío-do de estiagem no ano passado somado a altas temperaturas no período de pré e pós-florada contribuíram fortemente para que a redução fos-se ainda mais acentuada do que o esperado. A chuva que chegou tarde demais prejudicou prin-cipalmente o pegamento do chumbinho, além do que, possivelmente outros fatores climáticos inter-feriram no enchimento dos grãos, tornando os fru-tos com uma casca muito espessa, prejudicando o rendimento na hora do beneficiamento do café.

Outro acontecimento que comprometeu o volume da produção da lavoura foi um forte ven-daval acompanhado de uma intensa chuva na nossa região, ocorrido no início do mês de junho. O fenômeno atingiu diversas lavouras na região derrubando muito café no chão, deixando os pro-dutores frustrados com a quantidade colhida no pé, chegando em alguns casos da colheita que no chão tinha mais café do que na árvore.

Mas se de um lado a safra ficou abaixo da expectativa, do outro, o fator qualidade não foi al-terado. Pelo contrário, bebida continua excelente e atende aos requisitos dos compradores cada vez mais exigentes.

Para a próxima safra, seu potencial é otimista. A florada está começando a dar sinais principalmente nas lavouras mais novas, com o botão floral em desenvolvimento. As experiências vividas confirmam a importância da água no solo atrelado a temperaturas amenas para um bom pegamento da florada. Neste contexto, reforça a

importância da lavoura bem conduzida prevendo otimizar ao máximo suas produções.

MercadoDe fato temos um momento de grande

incerteza na economia mundial. O produtor fica indeciso sobre qual melhor momento vender sua produção. Se de um lado temos um fundamento positivo que o mercado continua muito ajustado, com baixos estoques, nessa análise a indicação é para não vender. Por outro lado, o movimento financeiro, a desordem da economia mundial, de maneira genérica sinaliza a desvalorização das commodities interferindo diretamente na redu-ção dos preços do café como ocorrido em 2008. Numa outra análise, acredita-se que o valor das empresas, ou seja, suas ações desvalorizem mui-to mais do que as commodities, em especial, as agrícolas porque apesar das turbulências e de um consumo crescente, essas apresentam de manei-ra geral forte equilíbrio de oferta e demanda.

O mercado da commodity café desde a safra do ano passado continua e deverá continu-ar muito equilibrado. Existe sempre um ceticismo em relação à produção brasileira, onde os impor-tadores acham que o volume colhido é sempre maior do que o divulgado. A esperança é que ocorra no mínimo o que aconteceu na crise de 2008 para 2009 que, com todas as idas e vindas, o consumo de café cresceu. De maneira geral acreditamos num mercado muito firme, já que os estoques atuais pelo mundo continuam muito bai-xos, o bom nível de exportação que o Brasil vem desempenhando, e a ausência de outros países despontando na produção para suprir alguma deficiência no abastecimento, traduzem otimismo com os preços futuros.

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COCAPEC PARTICIPA DO VI SEMINáRIO INTERNACIONAL DO CAfÉ NO RIO DE JANEIROCocapec participa do VI Seminário Internacional do Café no Rio de Janeiro

NEGÓCIOS

Murilo AndradeSetor de Comunicação

NEGÓCIOS

N os dias cinco e seis de setembro, acon-teceu o VI Seminário Internacional do Café, realizado na cidade do Rio de

Janeiro. O evento reuniu diversos profissio-nais ligados ao setor cafeeiro que tiveram uma intensa agenda com diversas palestras onde foram debatidos os mais variados te-mas envolvendo o café.

Foram mais de 200 participantes vindos de todo Brasil e também do ex-terior, dentre os participantes políticos, representantes de cooperativas, econo-mistas, executivos, além de outros um público bastante variado que pode ob-servar as diferentes áreas em que o café está envolvido.

Temas como economia, política, industrialização, social, safras, pro-dução, novidades, mercado interno e externo e situação de cada região produtora de café, estiveram no cen-tro das discussões nos dois dias de evento.

Representando a Cocapec esteve o presi-dente João A. Toledo Filho, o diretor secretário Ri-cardo Lima Andrade e o gerente do Departamento

28 .Revista COCAPEC . Setembro / Outubro 2011 Setembro / Outubro 2011 . Revista COCAPEC . 29

de Café, Anselmo Magno de Paula.O colaborador Anselmo proferiu uma pales-

tra no segundo dia do evento. Ele falou durante 40 minutos para mais de 200 profissionais, direta ou indiretamente ligados ao café, sobre o levantamen-to histórico do parque cafeeiro e estimativa de safra

“A participação ativa da cooperativa neste evento traz não só prestígio, mas também experiências que foram compartilhadas com os demais presentes”

“Foram mais de 200 participantes vindos de todo

Brasil e também do exterior

”na Alta Mogiana. Além de toda a explanação técnica do tema, nosso colaborador ainda deu uma descrição sobre a Cocapec mostrando alguns números, como a quantidade de cooperados e colaboradores, além de informações sobre a área de atuação da Cocapec, estrutu-ra, departamento técnico e comercial e seus serviços prestados aos cooperados.

CrONOGrAMA dO VI SEMINárIO INtErNACIONAl dO CAFé

> Ministro da Agricultura (*) As linhas de ação para os anos de 2011/13

> Sr. Antonio Anastasia - Governador de MG A importância social do café, o papel do governo e a criação do fundo estadual

> dr. renato Casagrande - Governador do ES A situação da cafeicultura do Estado e o papel do governo

> Sr. ricardo Villaveces - Federação Cafeic. Colômbia O fundo colombiano do café e a situação da cafeicultura local

> Sr. Ademiro Vian - FEBrABAN Como vamos financiar a expansão do setor café

> Sr. tarcisio rubner - Banco do Brasil Avaliação do setor e planos do BB de financiamento

> Senador ricardo Ferraço A importância social do café e a necessidade de políticas públicas

> Sr. Américo Sato - Presidente da ABIC Desafios do setor industrial e da economia cafeeira nacional

> Sr. Paulo rabelo de Castro A tendência do câmbio para 2011/12

> Sr. John Welch - MacQuarie A situação econômica dos principais países produtores de café

> Sr. luiz Otávio Araripe Os fundamentos e a tendência do preço do produto

> Sr. Silvio Porto - diretor da CONAB As safras brasileiras de café para os anos de 2011/13

> Sr. Ivan Wedekin - diretor Geral da BMM Desenvolvimento da comercialização de café nos mercados físico e futuro

> Sr. Edilson Alcântara Novas ferramentas para os agentes do setor

> Sr. Carlos Brando - P&A Marketing Internacional Como a produção brasileira pode crescer e melhorar qualidade

> Sr. Niwton Moraes - Secretaria de Agricultura de MG Os pequenos produtores e as regiões de minas com carência de infraestrutura

> Sra. lilian Miranda - diretora de café da Nestlé A evolução do mercado brasileiro de café

>Sr. Guilherme Braga - diretor Executivo do CECAFé A situação do mercado mundial do café

> Sr. robério Oliveira Silva - diretor do dENAC - MAPA A situação da cafeicultura brasileira e os programas de governo

> Sr. Sergio Wanderley - FGV A pressão internacional por aumento da produção agrícola

> Sr. Octávio Pires - diretor Supply Chain dreyfus A importância dos contratos futuros da BM&F e da ICE

> Embaixador Jorio dauster A criação do FUNCAFÉ e o papel de fundos estabilizadores

> Sr. lucio dias - Cooxupé A situação da cafeicultura e a perspectiva da safra de 2012/13 de Minas

> Sr. Francisco Sérgio de Assis - Federação Caf. Cerrado A situação da cafeicultura e a perspectiva da safra de 2012/13 do cerrado

> Sr. Anselmo Magno de Paula – Gerente do departamento de Café da Cocapec Levantamento histórico do parque cafeeiro e estimativa de safra na Alta Mogiana

> Cooperativa de São Gabriel - COOABrIEl A situação da cafeicultura e a perspectiva da safra de 2012/13 do Espírito Santo

> Sr. Carlos Melles - COOPArAISO A situação da cafeicultura e a perspectiva da safra de 2012/13 de Minas

> Sr. Fernando romeiro de Cerqueira - COOCAFé A situação da cafeicultura e a perspectiva da safra de 2012/13 da zona da mata

> Sr. João lopes Araujo - Ass. Produtores Café da Bahia A situação da cafeicultura e a perspectiva da safra de 2012/13 da Bahia

SEGUNdA-FEIrA, 5 dE SEtEMBrO tErÇA-FEIrA, 6 dE SEtEMBrO

A participação ativa da cooperativa neste evento traz não só prestígio, mas também experiências que foram compar-tilhadas com os demais presen-tes. É a oportunidade de levar o nome da Cocapec para os mais diversos públicos. Além disso, é um ótimo momento para conhe-cer as novidades que envolvem o setor e trazer os conhecimentos adquiridos para a realidade da cooperativa. Isso só é possível em encontros como este, com a presença de participantes dis-postos a aprender e dividir co-nhecimento.

Para saber mais sobre as palestras ministradas no VI Se-minário Internacional do Café acesse: http://www.seminariocaferj.com

O evento contou com a participação do governador de Minas Gerais Antônio Anastasia

30 .Revista COCAPEC . Setembro / Outubro 2011 Setembro / Outubro 2011 . Revista COCAPEC . 31

CAPA

COCAPEC ENTRE AS MELHORES E MAIORES DO AGRONEGÓCIOLuciene ReisSetor de Comunicação

Resultado é mérito dos comprometidos cooperados e colaboradores da cooperativa A Cocapec foi classificada pelo Anuário Melhores e Maiores da Revista Exame 2011, esta pesqui-sa mede o desempenho das empresas, tomando

como base as demonstrações individuais como liquidez, faturamento e patrimônio. No agronegócio a coopera-tiva foi a 2ª melhor do setor café, 33ª entre as 50 que mais cresceram em fatura-mento e, das 400 maiores, a 186ª. E, no ranking das 1000 maiores empresas em vendas do país alcançou a 848º posição.

As 400 em destaque do agronegócio são classi-ficadas dentre produtores agropecuários, empresas que fornecem insumos ou prestam serviços a esse público e as indústrias que compram o produto agropecuário para processamento. Neste ranking a Cocapec ganhou posi-ções indo do 248º lugar para o 186º. Entre estas empre-sas a Revista Exame classificou ainda as 50 com maior expansão no faturamento, na qual a Cocapec ficou em 33ª colocação.

Já para figurar entre as 1000 maiores do Brasil,

“A cooperativa foi a 2ª melhor do setor café

onde a cooperativa está em 848º lugar, implica em a empresa ter um faturamento anual de pelo menos 192 milhões de dólares. O critério de classificação utilizado é o da receita de vendas (faturamento bruto), um indicador

da contribuição da empre-sa para a sociedade em termos de produtos e ser-viços oferecidos no ano analisado.

Para o vice-presi-dente da Cocapec, Carlos

Yoshiyuki Sato é mérito dos comprometidos cooperados e colaboradores da cooperativa, ela estar entre as melhores empresas do Brasil, consolidando o árduo trabalho reali-zado em seus 26 anos. Ele destacou também, o orgulho que a Cocapec tem de dividir com sua região de atuação, esta projeção nacional.

Em 2010, período analisado pela equipe da Exa-me neste último anuário, a Cocapec apresentou um crescimento em faturamento de 37,6% em comparação à 2009 e registrou sobras de R$ 5,9 milhões. O valor foi destinado para novos investimentos como a aquisição de terreno e construção da nova filial de Claraval, promoção

CAPA

POSIçõES ALCANçADAS PELA COCAPEC NO RAkING DO ANUáRIO* EXAME NOS úLTIMOS CINCO ANOS

Anuário revistA exAme AgronegócioAnuário revistA exAme 1000 mAiores

empresAs do BrAsil

400 MAIOrES dO AGrONEGóCIO

2008/2009

EdIÇãO 2009 EdIÇãO 2010 EdIÇãO 2011500 MAIOrES dO AGrONEGóCIO

2007/2008

3ª 10 MElhOrES dO

SEtOr CAFé

2ª10 MElhOrES dO

SEtOr CAFé

4ª10 MElhOrES dO

SEtOr CAFé

2ª10 MElhOrES dO

SEtOr CAFé

1ª10 MElhOrES dO

SEtOr CAFé

238ª400 MAIOrES dO

AGrONEGóCIO

186ª400 MAIOrES dO

AGrONEGóCIO

248ª400 MAIOrES dO

AGrONEGóCIO

980ª1000 MAIOrES EMPrESAS dO

BrASIl

A partir de 2009 a revista exame passou a trabalhar o agronegócio e as empresas com atuação do Brasil num mesmo anuário o que permitiu que cooperativas como a Cocapec pudessem fazer parte do ranking das 1000 maiores do país

Nestas duas edições a revista Exame trabalhava o anuário do Agronegócio e o de Empresas Nacionais de forma separada

848ª1000 MAIOrES EMPrESAS dO

BrASIl

33ª50 MAIOrES

AGrONEGóCIO/CrESCIMENtO dO

FAtUrAMENtO

362ªMAIOrES dO

AGrONEGóCIO

259ªMAIOrES dO

AGrONEGóCIO

32 .Revista COCAPEC . Setembro / Outubro 2011 Setembro / Outubro 2011 . Revista COCAPEC . 33

das marcas de café, manutenção de campanhas e projetos e, aumento do capital social.

Segundo João Alves de Tole-do Filho, presidente da cooperativa, o desenvolvimento apresentado ocor-reu devido aos investimentos realiza-dos pela Cocapec e ao recebimento de mais de 1 milhão de sacas de café de seus cooperados. “A percepção adquirida pelo produtor da Alta Mo-giana quanto à necessidade de inves-tir em suas lavouras e as condições de preço e prazo de compra de pro-dutos oferecidos pela Cocapec possi-bilitaram resultados satisfatórios, per-

mitindo que figurássemos no Anuário da Exame”, assinala João Toledo.

Os fatores apresentados, mais o crescimento no consumo na-cional de café aliado à exigência por grãos de qualidade, característicos na região em que a cooperativa atua, impulsionaram os negócios para os cooperados da Cocapec, mantendo--a, nos últimos anos, entre as 10 me-lhores do agronegócio café, sendo que, em 2010 obteve o 1ª lugar nesta categoria. “Figurar novamente neste ranking mostra os resultados do tra-balho contínuo e da confiança e fide-lidade de nossos 2 mil cooperados e dedicação dos nossos colabora-dores”, assegura o diretor secretário Ricardo Lima de Andrade.

“No agronegócio é 33ª entre as 50 que mais cresceram em vendas e, das 400 maiores, a 186ª

“No ranking das 1000 maiores

empresas em faturamento do país

alcançou a 848º posição

O CAfEzINHO QUE fALAEllen Fensterseifer Woortmann*

O cafezinho faz parte do conjunto constituído pela comida e, como tal, “fala” de prá-ticas, valores e possui dimensões simbólicas interessantes. Ele é parte de uma linguagem.Tomar cafezinho junto significa compartilhar, tornar um momento ritual, marcá-lo

como algo que nos aproxima, reforça laços. Pode ser também uma pausa no cotidiano.Quando se recebe alguém em casa, principalmente quando não é alguém muito

conhecido, e se “passa um café” novo, esse é um claro sinal de boas vindas: a presença da pessoa é desejada. Inversamente, servir um café morno ou requentado é ofensivo, significa que a pessoa deve se retirar logo.

OPNIÃOCAPA

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O cafezinho fala de práticas e preferências culinárias. No Acre e em Goiás, por exemplo, o termo cafezinho supõe café com açúcar, porque a bebida já é coada com açúcar, “com mel”, o que faz com que, necessariamente, o café seja sempre consumido com açúcar.

O cafezinho “fala” de níveis distintos de consu-mo, sinaliza situações de vida precária, de penúria e até precisão. Isso quando, por exemplo, estratégias são empregadas para substituir o pó de café por cevada ou por milho ou feijão torrados. Ou quando o pó de café, depois de coado, é seco e reutilizado. Ou ainda, situação mais crítica, quando o café tem que ser substitu-ído por chá de plantas coletadas, como ca-pim santo ou cidró.

Ele também fala do lugar em que é servido. Pode ser um cafezinho mantido quente em máquina, num restaurante de bei-ra de estrada, já com açúcar e servido em copo de vidro ou plástico. Ou, ao ser servido em um restaurante de bom nível, o cafezi-nho será uma variedade gourmet, coado na mesa em coador de cristal, puro, acompanhado com açúcar mascavo ou branco, adoçante, biscoitinho, casca de laranja cristalizada, chocolate com menta, cremes, degustado em xícara delicadamente ornada com um guardanapo de renda.

O cafezinho também fala de relações de gêne-ro. Como pesquisadora, em visita a uma conceituada fazenda goiana, em Serranópolis, estranhei muito o

hábito tradicional de os homens serem servidos na sala principal da casa, ao passo que nós mulhe-res fomos convidadas a tomá-lo na cozinha. O bule, xicrinhas esmalta-das, o “açúcar preto” (mascavo) e o café eram os mesmos, mas a an-tiga separação espacial por gêne-ros era evidente: lugar de mulher é

na cozinha!Ainda, cafezinho designa o

espaço em que é servido. Assim, o Cafezinho do Departamento de Antropologia da UnB - na verda-de, uma passagem adaptada com mesa e poltronas, doadas pelos professores - constitui o lugar em que são comentados os últimos

“Tomar cafezinho junto significa compartilhar, tornar um momento ritual, marcá-lo como algo que nos aproxima,

reforça laços

adaptação da tradição aos novos tempos.Por outro lado, ainda hoje, em lugares tradi-

cionais no Sul, cafezinho e chimarrão falam de níveis de relações diferenciadas, ou de proximidade de rela-ções: a parentes, amigos próximos, íntimos, oferece--se chimarrão; já aos estranhos, aos “de fora”, um cafezinho recém-coado ou morno.

Já entre os ítalo-brasileiros, do mesmo modo que ocorre com a cachaça - que no verão é servida com gelo, limão e açúcar, a caipirinha, enquanto que no inverno o serrano é servido em temperatura am-biente, com limão e açúcar, “aquecido” com canela -, o cafezinho fala de estações do ano. Se na primavera e verão ele é servido “puro”, no outono e principal-

mente no inverno, ele é “aquecido” com graspa, fazendo face às bai-xas temperaturas e aquecendo as relações entre as pessoas.

Finalmente, se o cafezi-nho constitui uma linguagem, nem sempre o uso dos mesmos termos, traduzidos, implica em significados análogos. No Brasil, via de regra, “café forte” significa o uso de maior quantidade de pó, de variedades consideradas fortes - como a robusta - e com torrefa-ção forte: o cafezinho é aí pensa-

lançamentos de livros e questões teóricas, onde alunos são orienta-dos informalmente, mas também é o espaço em que casos e causos são confidenciados. Já no Cafezi-nho da Câmara dos Deputados e nas chamadas “bocas malditas” das cidades... bem, outros assun-tos são discutidos...

O cafezinho tam-bém fala de identidade. Na fronteira gaúcha, por exemplo, no “tempo dos antigos”, ao lado do há-bito de tomar chimarrão, tomava-se o tradicional café de chaleira: o pó do café era colocado dentro da chaleira com água; levantada a fervura, um tição incandescente era introduzido para decan-

tar o pó. Atualmente, enquanto o café de chaleira praticamente de-sapareceu do cotidiano das casas urbanas e fazendas, a prática é, ao lado do chimarrão, nos Centros de Tradições Gaúchas em todo Brasil, altamente valorizada como símbo-lo de identidade gaúcha: esse é o cafezinho servido, numa clara

do como estimulante. No entanto, cuidado! Essa expressão não deve ser confundida com o “café fuerte” tal como é conhecido em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, uma mistura de pó de café industriali-zado à qual é misturado sangue de boi desidratado e pulverizado. Esse cafezinho, consumido basi-camente pelos homens adultos, é pensado como estimulante, mas também como bebida energética e afrodisíaca!

* Ellen fensterseifer Woortmann é antropóloga, professora da Universidade de brasília (Unb) e apreciadora de um bom cafezinho.

OPNIÃOOPNIÃO

36 .Revista COCAPEC . Setembro / Outubro 2011 Setembro / Outubro 2011 . Revista COCAPEC . 37

OPNIÃOOPNIÃO

A JUVENTUDE E O COOPERATIVISMOLuciana Santos*

“O cooperativismo se apresenta como uma alternativa à

esperança juvenil

Em agosto de 2011 se encerra o ano internacional da juven-tude, proclamado pela Orga-

nização das Nações Unidas. O final de um ciclo é sempre um convite a refletir e nesse caso não há como ser diferente. Afinal, a juventude pode representar uma grande ame-aça ou um grande potencial para uma sociedade. É dela que depen-de o futuro daquilo que nos é caro, do mundo com o qual queremos contribuir, do mundo em que nossos filhos e netos viverão.

Este ano, alinhada à propos-ta da ONU de pensar a juventude, a Aliança Cooperativa Internacional sugeriu para o dia internacional do cooperativismo, comemorado sem-pre no primeiro sábado de julho, o tema “Juventude: futuro do coope-rativismo”. A proposta foi de lançar o desafio de apresentar aos jovens todo o potencial que o cooperativis-mo tem de ser um caminho ético e sustentável.

Se fizermos o exercício de lembrar os nossos sonhos e per-cepções de mundo quando jovens, certamente perceberemos que a coletividade e os princípios de grupo eram muito importantes. Nessa fase, é forte o sonho de disseminar valo-res que podem fazer nosso mundo melhor. É forte também a noção de coletividade como instância superior ao indivíduo isolado.

No entanto, conforme se dá o processo de inserção no mercado de trabalho e nas instituições que a ele se voltam, o discurso predominante combate esse sonho, apontando como único caminho possível para sobreviver a competição de todos contra todos. Muitas vezes esse dis-curso vence a esperança, fazendo com que ideais de coletividade pare-çam tolos ou muito frágeis.

Na mão contrária, o coope-rativismo se apresenta como uma alternativa à esperança juvenil. Isso porque se trata de um sistema eco-

nômico que se propõe a enfrentar os desafios do mercado sem dei-xar de promover a coletividade e os princípios que norteiam o seu desenvolvimento. Ele carrega consigo os desafios e aprendizados coletivos que tanto prezamos quando jovens, sem cair na visão ingê-nua de que não existe concorrência e de que não é preciso superar continuamente os próprios limites. É o cooperativismo que tem maior potencial de canalizar a energia da juventude, favorecendo não só o lado humano, mas também o econômico, de forma coletiva.

A proposta da ACI nos convida a pensar a juventude inde-pendentemente de faixas etárias ou situação familiar; mas como potencial de desenvolvimento do futuro cooperativista. Pensar o jovem hoje nos permite aproveitar seus potenciais, diversificar as ideias de desenvolvimento do negócio e promover a sustentabilida-de da organização. Ao mesmo tempo, oferece esperança àqueles que se identificam com seus princípios, mostrando que não preci-sam abrir mão deles para sobreviver no mercado.

* Luciana Santos é analista de projetos sociais do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP)

38 .Revista COCAPEC . Setembro / Outubro 2011 Setembro / Outubro 2011 . Revista COCAPEC . 39

PEDREGULHO GANHA NOVA SEDE EM OUTUbROEspaço conta com uma área quase sete vezes maior que a anterior

Murilo AndradeSetor de Comunicação

Aprovada pelos cooperados na Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada em 25 de março de 2010 e um ano e meio após o início das obras, a nova unidade de Pedregulho/SP

será entregue em outubro. Devido ao crescimento de suas atividades, a filial apresen-

tava necessidade de expandir sua área. O antigo endereço não atendia mais as demandas da cooperativa devido ao seu tamanho. Atividades como entrada e saída de mercadorias, estoque, loja, além de outras, ficaram comprometidas segundo Edivaldo Simões de Oli-veira, coordenador Cocapec Pedregulho.

A construção foi iniciada em abril de 2010 e está prevista para terminar em outubro de 2011. O investimento de R$ 3,85 milhões foi empregado na aquisição do terreno de 24 mil m² e na construção da loja e armazéns.

O espaço conta com uma área quase sete vezes maior que a anterior que era de 3.5 mil m². A capacidade do armazém que antes era de 50 mil sacas, praticamente triplicou.

A nova localização trará também benefícios a logística. Por ser fora da cidade facilita o acesso a cooperados e agiliza todo pro-cesso de carga e descarga uma vez que os caminhões terão mais espaço para suas manobras. O carregamento de cafés, adubos, de-fensivos entre outros, será feito de forma mais rápida, o que gera maior eficiência nos serviços prestados ao cooperado.

A área de atendimento e os estoques da loja também foram ampliados, o que permitirá uma melhor organização, maior varieda-de, quantidade e controle dos produtos. No mesmo local funcionará o novo Posto de Antedimento ao Cooperado (PAC) da Credicocapec.

Uma novidade proporcionada pela mudança de endereço é a criação do setor de máquinas e implementos. Todos os produtos já oferecidos na matriz serão disponibilizados na unidade. O cooperado terá maior comodidade no momento de fazer suas compras, pois não será mais necessário se deslocar até Franca para efetuar os trâmites necessários para aquisição dos equipamentos.

A construção dessa nova sede fortalece ainda mais o núcleo de Pedregulho. Mostra como a Cocapec prima pelos seus coope-rados e sempre busca oferecer serviços de excelência, trazendo benefícios, dinamismo e bem estar a quem acredita na cooperativa.

NúMEROS DA NOvA SEDE

Investimento:

R$ 3.85 milhões

área do armazém:

2.6 mil m²

área total:

24 mil m²

A nova sede da filial em Pedregulho está localizada na Av Orestes Quércia, nº 611, Zona rural.

Capacidade do armazém:

140 mil sacas

NOVIDADES NOVIDADES

Projeto da nova sede

Estrutura metálica na construção do armazém de café

Interior do armazém de café

Armazém de café já funciona desde junho de 2010 O espaço abrigará a loja, escritórios e a Credicocapec

Loja terá mais espaço e trará maior conforto ao cooperado

A localização beneficia todo o processo de logística A balança já está preparada para receber a produção

40 .Revista COCAPEC . Setembro / Outubro 2011 Setembro / Outubro 2011 . Revista COCAPEC . 41

GALILEU É O NOVO PRESIDENTE DO SINDICATO RURALEntre suas metas está aumentar a prestação de serviços e o número de sócios

Realindo J. Mendonça JúniorCooperado e Jornalista

NOVIDADES

O Cafeicultor Galileu de Oli-veira Macedo é o novo Pre-sidente do Sindicato Rural

de Franca. A posse foi dia 29 de agosto, juntamente com a nova Di-retoria e terá mandato de 3 anos.

O novo presidente vem de uma família tradicional na agri-cultura e durante toda a vida deu continuidade ao trabalho que há 80 anos já tinha destaque na região de Jeriquara. Foi sócio- fundador da Cocapec (Galileu é o coopera-do número 15) e integra também o quadro da Credicocapec.

Uma de suas principais metas a frente do Sindicato é au-mentar a prestação de serviços e o número de sócios, tendo em vis-ta que a base territorial abrangida pelo Sindicato inclui os municípios de Franca, Jeriquara, Cristais Pau-lista, Restinga, Ribeirão Corrente e São José da Bela Vista com aproxi-madamente 2.000 agricultores.

A área de atuação do Sin-dicato é bastante diversificada, abrangendo, café, soja, cana, to-mate, batata, milho, hortaliças, criação de gado leiteiro e de corte, suínos, granjas de frangos e ovos, e áreas de eucalipto. Para Galileu o

crescimento e a variedade da pro-dução regional devem-se ao tra-balho dos produtores, mas é pre-ciso melhorar a representatividade política dessa classe, adotando iniciativas que possam permitir a continuidade do crescimento apre-sentado nos últimos anos.

Segundo Galileu o Sindicato Rural tem sido atuante em muitas áreas, como a prestação de vários serviços aos seus associados: es-crituração da fazenda, contabilida-de rural, admissão de funcionários, orientações sobre ITR, cursos em parceria com o Senar e trabalhos ao lado do Sindicato dos Trabalha-dores Rurais, de forma a garantir os melhores resultados.

“Vejo um futuro promissor para a classe rural e entendo que os produtores, mesmo não sendo associados, podem procurar o Sin-dicato, pois o objetivo é a prestação de serviços a este público. Convido os produtores a se aproximarem do Sindicato Rural de Franca, pois esse entrosamento será sempre importante e valorizado. Preten-demos lutar ao lado de parceiros como o Banco do Brasil, Cocapec, Credicocapec, Cati, Casa da Agri-

cultura, Senar, Faesp , Sindicato dos Trabalhadores Rurais e outras instituições parceiras, fomentando a pesquisa e todas as iniciativas importantes para a agricultura da região já que os seus objetivos são co-muns”, finalizou.

O Sindicato Rural tem 390 associados, com sede na Avenida Wilson Sábio de Mello, 1.490, prolon-gamento da Avenida Santos Dumont.

Galileu de Oliveira Macedo, cooperado da Cocapec e novo presidente do Sindicato Rural de Franca

COCAPEC E PfIzER fAzEM PARCERIA PARA LANçAR PRODUTONovo método é uma revolução na hora de castrar o boi, o produto torna o animal infértil gradativamente

A Cocapec, reconhecida por estar sempre em busca de novas tendências tecnológicas nos mais diversos se-guimentos, foi escolhida pelo laboratório Pfizer para ser

sua parceira no lançamento regional de seu mais novo produto: Bopriva.

Cerca de 100 pessoas entre cooperados pecuaristas de gado de corte, clientes, veterinários da região e representantes de todas as filiais, estiveram presentes ao encontro realizado no dia 19 de maio no restaurante NonoMio em Franca/SP.

Os convidados receberam todas as explicações e especi-ficações do produto através da equipe do departamento técnico da Pfizer. Segundo os técnicos, por ser uma vacina o novo mé-todo é uma revolução na hora de castrar o boi, o produto torna o animal infértil gradativamente o que facilita seu manejo. Além de eliminar os problemas causados pela castração cirúrgica (in-

Murilo AndradeSetor de Comunicação

fecções, bactérias e até a morte), um dos maiores benefícios da nova técnica é o melhor acabamento da carcaça que resulta numa maior qualidade da carne.

Os presentes tiveram ainda a oportunidade de conhecer e manipular o aplicador desenvolvido exclusivamente para apli-cação segura da vacina. Após as explicações técnicas os profis-sionais abriram espaço para perguntas onde todos puderam tirar suas dúvidas. Em seguida, um jantar foi servido aos convidados.

O evento contou ainda com a demonstração de mais um produto do laboratório, o endectocida Treo. Segundo Claudia Baston, gestora de loja da cooperativa, eventos como este, são uma ótima oportunidade de estreitar o relacionamento do forne-cedor e cooperativa com cooperados, clientes e profissionais da área, um contato que é sempre positivo, através da difusão de tecnologia.

NOVIDADES

Cerca de 100 pessoas estiveram presentes no evento

42 .Revista COCAPEC . Setembro / Outubro 2011 Setembro / Outubro 2011 . Revista COCAPEC . 43

CONVêNIO COCAPEC SENAR PROMOVE CURSOS EM IbIRACI E CLARAVAL

Curso Terrereiro A Cocapec e o SENAR no intuito de continuar a capaci-

tação de produtores e trabalhadores rurais promoveu um curso de Terrereiro, onde os 11 participantes foram orientados como manter a qualidade do produto colhido através dos cuidados no terreiro durante a secagem do café, além de promover a saúde e a segurança no trabalho.

Para esse curso a Cocapec contou com a colaboração do cooperado José Marcos Chicaroni proprietário da Fazenda Ca-feeira São Judas Tadeu, que abriu as portas de sua propriedade para receber os participantes.

Curso Pintura em TecidoTambém, através da parceria Cocapec e Senar, foi reali-

zado o curso de Pintura em Tecido, na Comunidade Porteira da Pedra, município de Claraval, com a participação de 10 jovens. As participantes aprenderam como misturar as tintas para criar novas cores a partir de cores primárias, além de técnicas para a conservação do vestuário.

Raquel Cintra RosaUnidade Cocapec Ibiraci

Abaixo a grade de cursos a serem desenvolvidos pelo Se-nar e pela Cocapec.

- Aplicação de Agrotóxicos- Tratorista- Manutenção de Colhedora de Café- Poda Manual e Mecanizada- Motosserra- Roçadora Shindaiwa- Ordenhadeira Mecânica- Classificação e Degustação de Café- Prevenção de Acidentes- Motoniveladora (Patrol)- Produção Artesanal de Alimentos (quitandas)- Artesanato com Papel Machê Outros treinamentos também poderão ser agendados de

acordo com a demanda. Para obter mais informações sobre os cursos que ocorrerão, entrar em contato com Raquel Cintra Rosa pelo telefone (35) 3544-5000.

O quE É O SENAR?

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural é uma instituição de direito privado, vinculado à confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e às Federações de Agricultura, administrada por um Conselho com representantes da classe patronal rural, do governo e dos trabalhadores rurais. Os recursos são originários da contribuição de produtores rurais e instituições como sindicatos, federações, profissionais liberais e agroindústrias.

SOCIAL

Participantes também fizeram desenhos variados

Jovens que participaram do Curso de Pintura

Aula prática de manejos corretos Participantes recebem informações sobre cuidados pós-colheita

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CAFÉ E ALGO MAIS CAFÉ E ALGO MAIS

TURISMO RURAL: ROTA DO CAfÉPropriedades cafeeiras investem no setor como forma de diversificar a renda

Murilo AndradeSetor de Comunicação

Estima-se que 3% da população mundial procu-ram o turismo rural como forma de entreteni-mento. O setor cresce em média, 6% ao ano

segundo a Organização Mundial do Turismo. No Brasil esta atividade é relativamente nova, tendo iniciado cer-ca de 20 anos. Porém, com grande potencial e a di-versidade rural do país, o seguimento se desenvolveu rapidamente e se espalhou por diversas regiões. Pes-soas, tanto dentro quanto fora do país, estão dispostas a colocarem os pés na terra e abertas para conhecer

tudo que o campo pode oferecer.Mas o que é turismo rural? Basicamente são visitas em propriedades rurais que produzem um

ou vários tipos de produtos onde os turistas tem a oportunidade de presen-ciar todo processo de campo. Essas caminhadas são dirigidas por guias que fornecem toda explicação da cultura produzida pela propriedade ao visitante. Além disso, muitas localidades que exploram este seguimento colocam a disposição dos frequentadores alguns atrativos a mais como restaurantes, pousadas, artesanatos, passeios ecológicos e históricos e muito outros. Isso tudo para tornar a localidade mais atraente e agradável

“O visitante recebe

informações de todas as etapas

do cultivo do produto

ao visitante.Café e Turismo RuralVárias propriedades produtoras de

café investem no setor de turismo como for-ma de diversificar a renda. Muitos produtores viram nessa fatia de mercado uma maneira diferenciada de utilização do grão. O visitan-te recebe informações de todas as etapas do cultivo do produto como: plantio, colheita, se-cagem, torrefação e industrialização. Porém, cada localidade tem seu modo de explorar esta atividade, seguindo as características da região onde se encontra. É o caso de al-gumas fazendas que além de toda a explanação sobre o café, traz o fator histórico, referente à sua estrutura, como diferencial. Mas isso não quer dizer que onde não exista este elemento o tu-rismo rural não pode ser instalado. Muito pelo contrário. Várias fa-zendas, sítios e até propriedades menores que não possuem este atrativo tem um grande faturamento recebendo visitantes curio-sos e dispostos a conhecer um pouco mais da cultura cafeeira.

Rota do CaféDentro do turismo rural existe um seguimento chamado

de rotas. As rotas se instalam em localidades com característica definidas e que são identificadas pelas atividades e/ou atrativos existentes na região. Culturas como o açúcar, vinho e claro, o café, já possuem suas rotas por todo país. Em relação ao café, podemos destacar a região fluminense do Vale do Paraíba que além de toda a explicação técnica sobre o cultivo do café con-ta com fazendas históricas que atraem um público em busca de informação, curiosidades, boa comida e muita história, além,

claro, das atrações naturais como montanhas e vales presentes na região. Maiores infor-mações http://www.preservale.com.br. Mas o exemplo mais bem sucedido relacionado ao café vem do norte do Paraná. A região foi uma das vencedoras do prêmio Roteiros do Brasil, realizado no 6º Salão do Turismo em São Paulo e reconhecido pelo Ministério do Turismo. O roteiro paranaense superou os já consagrados destinos nacionais como praias, parques ecológicos, urbanos, e levou o troféu. Mas claro que isso não aconteceu de forma simples. Muito trabalho foi realizado principal-

mente no seu planejamento que aconteceu 20 meses antes do início da rota em 2008. Hoje o projeto abrange 15 municípios e 30 empreendimentos. A região conta com um mix de atrações variadas como pousadas, restaurante, artesanato, ecoturismo, fa-zendas históricas e cultura, onde o próprio visitante é que escolhe a melhor forma de aproveitar as opções. Para saber mais acesse http://www.rotadocafe.tur.br.

Estes são alguns exemplos eficientes de turismo rural existentes no Brasil. Com certeza uma das melhores formas de se explorar o campo hoje. A atividade movimenta toda uma re-gião, gerando emprego, renda, e diversificação da cultura local. A hospitalidade do povo simples do campo é cativante. Segura-mente este é um dos segredos do sucesso da atividade turística.

Para quem quiser se profissionalizar na área, uma boa opção na região é o curso de Técnico em Turismo oferecido pelo Senac/Franca. Os interessados podem acessar http://www.sp.senac.br/franca.

Contato com animais é um grande atrativo

Sabores do campo para encantar os visitantes

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CAfÉ PODE REDUzIR RISCO DE AVC EM MULHERESEstudo desenvolvido em Portugal procura desvendar mitos sobre a ingestão do caféAdaptação de texto do RCM Pharma

Mulheres que bebem entre uma e duas xícaras de café por dia têm menor probabilidade de sofrer um acidente vascular ce-rebral (AVC), do que aquelas que não consomem a bebida. A

conclusão é de uma investigação norte-americana, do grupo de mamo-grafia de Karolinska, que abrangeu um total de 34.670 mulheres sem históricos de doenças cardiovasculares.

O estudo teve uma duração de 10 anos, ao fim dos quais a equi-pe constatou 1.680 ocorrências de problemas cardíacos diversos e, após a análise dos fatores de risco, o consumo de café foi associado com um menor risco estatisticamente significativo de AVC total e enfarte cerebral.

O café tem efeito antioxidante, diminui a acumulação de gorduras saturadas e reduz a resistência à insulina, propriedades que podem mi-nimizar o risco de AVC. Este estudo vem, por isso, reforçar que a cafeína - frequentemente considerada como prejudicial à saúde - pode, afinal, ter um efeito protetor em relação a várias patologias, como é o caso dos Acidentes Vasculares Cerebrais – considera o professor e neurologista Rodrigo Cunha.

Em Portugal, o AVC tem uma dimensão alarmante: a taxa de mortalidade é de cerca de 200/100 mil habitan-tes (o que corresponde a duas mortes por hora), sendo uma das mais elevadas da União Europeia. É responsá-vel pelo internamento de mais de 25 mil doentes/ano e por elevado grau de incapacidade - 50% dos doentes que so-brevivem a um AVC ficam com limitações permanentes nas atividades da vida diária.

O Programa “Café e Saúde” foi implementado em Por-tugal em 2007, pela Associação Industrial e Comercial do Café (AICC) com o objetivo de mudar a atitude dos profissionais de saúde em relação ao consumo de café. É um projeto de in-formação, dirigido a profissionais da saúde, que procura es-clarecer e desvendar mitos sobre a ingestão do café, reunir evidência científica quanto aos benefícios inerentes ao seu consumo na prevenção de algumas patologias e estimu-lar o conhecimento específico sobre esta temática. Criado pela OIC (Organização Internacional do Café) apoia, atualmente, programas em Portugal, Espa-nha, Alemanha, Itália, Finlândia, França, Holan-da, Rússia e Reino Unido.

CAFÉ E SAÚDE

COCAPEC ESTá APTA A RECEbER CAfÉS UTz DESDE 2010P&A Marketing Internacional

Os membros do conselho da iniciativa de sustentabilida-de Utz, empresa da qual os

armazéns da Cocapec - Matriz pos-suem certificado desde 2010, esti-veram no Brasil para sua reunião anual. O evento, realizado regular-mente na sede da organização na Holanda, ocorreu no Brasil nos dias 26 e 27 de agosto.

O grupo escolheu o Brasil para sediar sua reunião dada a po-sição de destaque que o país ocupa no mercado internacional de cafés e sua relevância como maior forne-cedor mundial de cafés certificados Utz. Em 2010, cerca de 1 milhão de sacas de café com a certificação Utz foram exportados pelo Brasil.

Entre todos os cafés Utz comercializados no mundo, pro-venientes de 23 países produtores que adotam as boas práticas agrícolas e os critérios ambientais e sociais estabelecidas pela Utz Certified, 38% são do Brasil, 22% são do Vietnã e 18% são de Honduras.

O Brasil produz hoje o maior volume de cafés certificados do mundo; em verdade, o país é a maior fonte de cafés sustentá-veis do planeta.

O mercado interno também começa a se conscientizar da importância da certificação; no ano passado aproximadamente 200.000 sacas de café certificado Utz foram comercializadas dentro do Brasil e utilizadas pela indústria para preparar cafés vendidos a consumidores brasileiros.

Juntamente com os membros do conselho do sistema Utz de sustentabilidade, também estavam no Brasil o diretor executivo da Utz, sua diretora comercial e uma das executivas

de marketing e comunicação. Eles aproveitaram a semana no país para conhecer melhor o mercado de café e os hábitos de consumo da população. Em São Paulo, visitaram diversos pontos de venda de café como supermercados, padarias, cafeterias, lojas especializadas e restaurantes. Os representantes da Utz também estiveram na ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café) e no CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café) para reuniões de trabalho. No interior dos estados de Minas Gerais e São Paulo, eles tiveram a oportunidade de visitar fazendas de pequeno e médio porte e conhecer instalações

de processamento, benefício e armazenamento de café. Entre as considerações feitas pelo conselho durante sua

reunião está a necessidade de ampliar o sistema de suporte aos produtores brasileiros, tanto de Arábica quanto de Conilon, e de desenvolver mais marcas de café com a certificação Utz no mercado interno, similar ao que já vem sendo feito pelos cafés especiais.

Além de café, a Utz também trabalha com a certificação de cacau e chá, e realiza a rastreabilidade de óleo de palma afri-cana (dendê), entre outros produtos. A Utz foi fundada em 1997 e hoje está presente em mais de 60 países ao redor do mundo.

Em 2010, os armazéns da Cocapec – Matriz, localizada em Franca/SP, receberam a certificação e estão aptos a receber cafés UTZ, preservando a rastreabilidade do produto e realizando os procedimentos e boas práticas que constam no código de con-duta atendendo as necessidades dos cooperados que possuem propriedades certificadas e as exigências do mercado.

EVENTOS

Conselho da Utz Certified faz sua reunião anual no Brasil

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CURTAS

O volume é 11% maior que 2010 quando foram processadas 16.838 toneladas. Os dados se referem ao primeiro semestre do ano. Segundo o INPEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) o número exato recolhido é de 18.635 toneladas. Todo material acumulado teve a destinação ambiental correta realizada pelo Sistema Campo Limpo (logística reserva de embalagens vazia de agrotóxicos).

BRAsil DEsTiNA MAis DE 18 Mil ToNElADAs DE EMBAlAGENs vAziAs DE AGRoTÓxiCo

O Dia do Agricultor, comemorado em 28 de julho, foi marcado por homenagens, almoço es-pecial e mensagem em vídeo gravada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) aos produ-tores. O evento aconteceu na cidade Cristais Paulista e foi organizado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgão ligado ao Governo do Estado de São Paulo, e reuniu mais de 500 produtores, autoridades e políticos de 13 municípios abrangidos pela Cati regional. Roberto Maegawa, Coordenador do Setor Técnico, representando a Cocapec e falou aos presentes sobre a importância do agricultor na produção de alimentos.

DiA Do AGRiCUlToR É MARCADo PoR hoMENAGENs EM CRisTAis PAUlisTA

Você sabia que 50% da produção agro do país passa direta ou indiretamente por alguma cooperativa? Isso acontece pela variedade de produtos do setor como: café, frango e até iogurte. O reflexo disso na economia é a geração de 146 mil empregos, o que beneficia diretamente mais de três milhões de pessoas.

QUAsE METADE DA AGRoPRoDUção PAssA PoR CooPERATivAs

Para reposicionar a imagem do agro junto à sociedade brasileira o ‘Movimento Sou Agro’ estará até outubro com sua campanha publicitária. Meios de comunicação comotv, rádio, revistas, cinema, mídia eletrônica em elevadores e internet foram definidos para sua divulgação. Na internet, além do portal, está disponível um conteúdo aca-dêmico mais específico para o setor. Lima Duarte e Giovanna Antonelli estrelam as peças publicitárias. O objetivo da campanha é destacar a importância e os benefícios gerados através do agro brasileiro como, por exemplo, a geração de empregos, renda, tecnologia, além de garantir o abastecimento interno do país e saldo positivo na balança comercial. Saiba mais http://souagro.com.br/.

‘MoviMENTo soU AGRo’ Nos MEios DE CoMUNiCAção

COOPERATIVISMO

EDUCAçãO, fORMAçãO E INfORMAçãOO 5º princípio se preocupa com a capacitação dos envolvidos na sociedade cooperativa

Bruna Malta Cooperada

As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas coo-perativas. Informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação.

5º Princípio: Educação, formação e informação

Não podemos deixar de lembrar que uma cooperativa pre-za pelo desenvolvimento social e econômico de seus membros. Para isso, o 5º princípio busca o aprimoramento dos conhecimen-tos com objetivo de melhorar a capacidade de produção do grupo.

De olho neste princípio, a Cocapec investe constantemen-te em cursos, treinamentos, palestras e tecnologias de difusão da informação como revista, site e mensagem de celular. Todo este esforço contribui para que os cooperados estejam cientes dos assuntos relacionados ao mundo do agronegócio café.

Podemos citar um exemplo importante e que marcou a história da cooperativa, como o curso de pós-graduação em ges-tão do agronegócio café promovida pela Fundação Instituto de Administração, ligado à Universidade de São Paulo. Esta iniciati-va proporcionou aos alunos um conhecimento aprofundado sobre

os seus negócios, discutindo temas importantes como mercado, tecnologia e produção. Outro exemplo importante é a realização anual do Simcafé que traz além das novidades tecnológicas, in-formações técnicas atuais.

Outra ferramenta importante disponível aos cooperados é a mensagem de celular que permite levar informação de maneira rápida e objetiva e permite que os associados tomem decisões que beneficiam seu negócio dentro do prazo necessário. Além da revista que oferece uma reflexão sobre temas necessários para os cafeicultores.

Este princípio também contribui para que a cooperativa incentive ações de educação. Na Cocapec existem projetos que beneficiam cooperados e familiares, como os Encontros de Mu-lheres e Crianças, Comitê Educativo e outros.

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bOLETIM

Veja nos quadros abaixo os índices pluviométricos coletados na matriz em Franca/SP e na filial de Capetinga/MG. Os dados apresentam um comparativo dos últimos cinco anos.

Acompanhe nas tabelas que seguem a média mensal do preço de café arábica, milho, boi e soja segundo índice Esalq/BM&F.

Índice pluviométrico* de Franca nos úl mos 5 anosAno jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez2007 545 175 113 117 45 4 72 0 3 75 190 2732008 325 230 128 108 38 32

320

2126 39 87 168 410

2009 382 228 282 53 58

Média 408,2 187,0 232,2 88,0 31,8 21,8 18,8 16,0 72,1 131,5 193,5 321,6*Dados em milímetros ob dos na Cocapec Matriz - Franca, SP

7730 137 2622010 461

382158 274 16 17 12 1 0 110 102 339 221

2011 328 145 365 146 1 29 240

Índice pluviométrico* nos úl mos 5 anosAno jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez2007 745 238 135 66 61 0 0 0 69 58 217 2802008 573 236 116 78 40 5

210

1726 37 113 222 428

2009 354 249 286 165 54

Média 479,6 187,6 256,2 99,2 33,4 8,0 3,4 10,0 80,3 110,8 233,5 333,0*Dados em milímetros ob dos na Filial da Cocapec

24 128 156 193 3892010 327 95 206 51 12 6 0 0

0 087 116 302 235

2011 399 120 538 136 0 8

Média mensal do preço de Café Arábica* lndice Esalq/BM&F**

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

**Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

DezembroNovembro

Média Anual 310,92 177,00 494,03 299,83

R$ US$2010

280,75 157,51278,68279,70

151,36156,48

282,18 160,51289,46 159,35

433,37 258,54

305,99302,36

169,18170,77

313,93 178,37328,23 190,88327,15 194,01355,51387,04

207,33228,21

2011R$ US$

495,98 297,29524,27 315,94524,48 330,82530,76 329,11514,99 457,81 470,62

324,35292,92249,68

R$ US$

Média mensal do preço* de Soja2010

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

*Fonte: Índice Esalq/BM&F

DezembroNovembro

Média Anual 40,23 22,91

R$ US$2011

39,80 22,36

48,65 30,07

37,7034,14

20,5019,10

34,49 19,6235,59 19,5936,1638,58

19,9921,79

41,32 23,4742,59 24,7744,88 26,61

49,63 29,6149,28 29,5449,54 29,8647,19 29,7647,83 29,6647,8848,5049,38

30,1631,0430,92

48,96 28,5548,52 28,61

R$ US$

Média mensal do preço* de Milho2010

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

*Fonte: Índice Esalq/BM&F

DezembroNovembro

Média Anual 21,51 12,27

R$ US$2011

19,66 11,04

30,42 18,80

18,3518,46

9,9610,33

18,16 10,3318,67 10,2819,4318,81

10,7310,62

20,57 11,69 24,35 14,1625,15 14,92

30,35 18,11

28,29 16,4928,26 16,72

31,68 18,9931,44 18,9429,94 18,8828,69 17,7930,7530,3130,20

19,3619,3918,31

R$ US$

Média mensal do preço* de Boi2010

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

*Fonte: Índice Esalq/BM&F

DezembroNovembro

Média Anual 88,51 50,43

R$ US$2011

75,70 42,47

101,90 62,96

77,0379,03

41,8444,22

82,33 46,8380,81 44,4982,1684,12

45,4147,51

88,95 50,5493,49 54,37

100,62 59,66

103,07 61,49104,30 62,52105,46 63,55104,23 65,74100,41 62,2697,2299,34

101,15

61,2363,5763,34

113,01 65,91104,90 61,85

52 .Revista COCAPEC . Setembro / Outubro 2011 Setembro / Outubro 2011 . Revista COCAPEC . 53

SICOOb CREDICOCAPEC NO 2º WORkSHOP DE CRÉDITO RURAL DO bANCOObAlberto Rocchetti Netto

Ana Elisa Leal BarbosaNo dia 8 de julho de 2011 aconteceu em Brasília o 2º Workshop de Crédito Rural do Bancoob. Na ocasião, o SICOOB CREDICOCAPEC foi representado pela

Diretora de Crédito Rural, Ednéia Aparecida Vieira Brentini Al-meida, e pelo Gerente Geral, Alberto Rocchetti Netto.

Na ocasião, o Sr. Deoclécio Pereira de Souza do Ban-co Central do Brasil explicou as mudanças que estão sen-do implementadas no RECOR (Regulação e Controle das Operações Rurais). O RECOR é um sistema disponibilizado pelo BACEN a todas instituições financeiras pertencentes ao SNCR – Sistema Nacional de Crédito Rural, com a finalidade de dotar o BACEN dos meios necessários ao cumprimento de suas atribuições de direção, coordenação e fiscalização do Crédito Rural concedido ao setor agropecuário no país. Com a implantação do novo sistema haverá um melhor acompa-nhamento das operações de crédito rural, a fim de efetuar um levantamento estatístico dos empréstimos concedidos mais detalhado e dotar de instrumentos de fiscalização mais efi-cientes capazes de apontar indícios de duplicidade, evitando assim, o paralelismo de assistência creditícia (alínea “a” do art. 39 do Decreto nº 58.380).

O Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 foi a pauta da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Com os 107,2 bilhões de reais, este será o ano com maior volume de recursos disponíveis ao setor agropecuário. Entre as principais mudanças e medidas de incentivo que refletiram na cafeicultura estão a elevação e a unificação dos limites de custeio para R$ 650 mil e de comercialização/estocagem para R$ 1.3 milhão por produtor/safra.

Num cenário caracterizado pelos baixos estoques mun-diais, tendência de elevação gradual da Selic, relativa estabi-lidade da taxa de câmbio e preços agrícolas em níveis histori-camente elevados, o produtor, que está motivado em expandir área cultivada, vê com bons olhos o PAP 2011/2012.

O Bancoob apresentou o projeto ACREDITAR, que se trata de um grande projeto de crédito do Sicoob. Com o intuito

de ter a gestão centralizada dos riscos de crédito (Resolução CMN 3.721/09), o projeto é sustentado por três pilares: Unifor-mização, Modernização e Automatização.

A implantação do projeto Acreditar, que está prevista para ocorrer em 2013, vai trazer ao sistema, além da redução de custos, soluções corporativas com processos modernos, ágeis e adaptados à realidade do Sicoob.

Uma das etapas do projeto é a Gestão Eletrônica de Documentos – GED, que tem como principais objetivos a agi-lidade e a segurança das operações de crédito. Um processo de BNDES/Finame, por exemplo, hoje é todo montado na co-operativa singular e encaminhado via malote ao Bancoob pas-sando pela Central, o que leva alguns dias até chegar ao seu destino final. Com a implantação da GED, e a eliminação do fluxo físico, os documentos serão digitalizados e encaminha-dos na mesma hora para o banco. Além disso, as consultas ao processo serão mais ágeis, pois haverá a possibilidade de verificação de documentos e situação a qualquer momento.

SESCOOP REALIzA CURSO DE CONSELHO fISCAL PARA O RAMO DE CRÉDITO NA CIDADE DE fRANCA

Nos dias 9 e 10 de junho foi realizado na Cre-dicocapec através do Sescoop, o curso de Conselho Fiscal do Ramo de Crédito. O curso

teve a coordenação do consultor do Ramo de Crédito do SESCOOP/SP - Gil Agrela e a instrutoria do Auditor Externo - Miguel Afonso Gentile, ambos profundos co-nhecedores do ramo.

Participaram da formação doze conselheiros fiscais das cooperativas: Cooperativa de Crédito Rural Cocapec - Sicoob Credicocapec; Cooperativa de Eco-nomia e Crédito Mútuo dos Médicos e demais Profissio-nais da Saúde da Região da Alta Mogiana - Credimed; Cooperativa de Crédito Mútuo dos Empresários de Franca e Região - Sicoob Cred - Acif, todas da cidade de Franca/SP e Cooperativa de Crédito Credicitrus - Si-coob Credicitrus da cidade de Bebedouro/SP.

Segundo Gil Agrela, o objetivo do treinamento realizado na Credicocapec, foi dar aos participantes através de estudos de casos de outras cooperativas, conhecimentos e habilidades sobre atividades práticas do conselho fiscal, fornecendo dessa forma, meios para que estes exerçam com maior excelência suas atribui-ções.

Como se sabe, o Conselho Fiscal exerce impor-tantes funções dentro da cooperativa. São atribuições deste conselho: a vigilância assídua sobre operações, atividades e serviços da cooperativa; também exami-nar e apresentar à Assembléia Geral parecer sobre o balanço anual e contas que o acompanham e ainda dar conhecimento ao Conselho de Administração das conclusões de seus trabalhos, bem como denunciar ir-regularidades por ventura constatadas.

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Coo-perativismo no Estado de São Paulo - SESCOOP/SP se dedica a oferecer ações para o desenvolvimento das

cooperativas, seus integrantes e comunidade, através da formação profis-sional e da promoção social. A Credicocapec ficou honrada em receber o SESCOOP enquanto disseminador do curso e também os conselheiros fiscais, que através do curso de Conselho Fiscal voltado para o ramo, pude-ram acrescentar mais experiência à prática de suas atribuições, contribuin-do para o bom andamento das cooperativas à que estão ligados.

Integrantes de cooperativas da Cocecrer no 2º Workshop de Crédito Rural do Bancoob

José Amâncio de Castro, Gil Agrela, Edinéia Brentini, Maurício Miarelli e Miguel Afonso Gentile no encerramento do curso

Gil Agrela, Miguel Afonso Gentile e Conselheiros Fiscais participantes do curso

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CONHEçA SUACOOPERATIVA

ARMAzÉM DE INSUMOSMurilo AndradeSetor de Comunicação

O Armazém de Insumos da Cocapec é responsável por todo estoque de produtos da cooperativa. O departamento gerencia e controla todo o estoque físico como: adubos,

fertilizantes, sementes, sacarias, produtos agroquímicos, peças agrícolas, alimentação animal e material de colheita. Também é neste setor que o cooperado retira os produtos adquiridos na loja.

O trabalho da equipe deste setor começa com a chegada dos produtos à cooperativa. Eles fazem a conferência, separação e destinação para o local específico dentro do armazém.

No caso de sacaria é feita a seleção, conserto e classifica-ção e somente após finalizar este processo o produto é disponibi-lizado aos cooperados.

Organização e controle são os princípios que pautam o Ar-mazém de Insumos. Onde a competência de seus colaboradores faz toda diferença.

COLABORADORES DO SETOR ARMAzÉM DE INSuMOS

Supervisor Controle Estoque/Físco: Carlos Donizetti da Silva / (16) [email protected]

Assistentes Controle Estoque/Físico: Adalton Eugênio PereiraAlex Henrique CamiloDenis Roberto da SilvaMarcelo Reis Junqueira

Conferente Armazém de Insumos: Lacordaire Henrique Camilo

Motorista – transferência: Marti Antônio da Silva

Auxiliar Administrativo Armazém de Insumos: Jean Carlos de Barros

Equipe Armazém de Insumos

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