Revista DeFato Ed. 236

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A Revista que integrou a região

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FOTO DE CAPA: BIANCA MARTINS /TATIANA SANTOS

4 Agosto . 2012 DeFato

Sumário

08 | EntrEvista Edson Coelho Jr.

26 | POLÍtiCa Candidatos.com

28 | sEGUranÇa

Tranquilidade pelos ares

32 | EstraDas Caminhos comprometidos

36 | CaPa Loteamento Flamboyant

40 | CULtUra Valor reconhecido

44 | COMPOrtaMEntO Filhos de peixe

48 | EsPOrtE Só pode fazer bem

60 | DEstaQUE MinEirO Reconhecimento em grande estilo

Fundadores José almeida sana Marlete Moura Morais sana

Diretora de Redação Kelly C. Duarte Eleto Landim [email protected]

Editoria de Impressos Cyro Gonçalves [email protected]

Editoria Digital (site) sérgio santiago [email protected]

Redação Patrícia Emiliano rodrigo andrade tatiana santos [email protected] Repórter Especializado Galvani silva

Diretor de Criação / Comercial Marcelo Eleto [email protected]

Departamento de Criação Cleiverton Harlan Filipe de Oliveira [email protected]

Ilustrações Pablo rocha

Departamento Comercial Celinha Pires Luisa Moura solange Duarte [email protected] (31) 3831-3656

Administrativo / Financeiro Graziele alves Jakeline isabel [email protected]

Estagiários Unifei Luciana Pagliuso renan santana

Atendimento ao Leitor (31) 3831-3656

DeFato é uma publicação mensal da revista itabira Ltda.

Área de Circulação Centro-Leste, Centro-nordeste, Médio Piracicaba, Jequitinhonha, Cidades Históri-cas e turísticas e Grande BH

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Filiada ao sindijori/abrajori/MG

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Revista . Portal de Notícias . Editoração

MAIS UM AGOSTO

Ao Leitor

Como um reflexo natural do crescimento da cida-de, Itabira terá, muito em

breve, um novo empreendimento de impacto: trata-se do Loteamen-to Flamboyant. Situado no bairro Gabiroba, em região que passa por franca expansão — especialmente pela proximidade com o campus da Unifei-Itabira —, o espaço abriga infraestrutura pronta para construir, com lotes a partir de R$ 50 mil. O empreendimento é dos engenheiros Paulo Celso e Bernardo Lage, pai e filho apostando juntos no potencial da área.

Na região, o perigo se apresenta nas estradas em péssimas condições de conservação. Buracos, erosões, crateras, trincas e rachaduras ex-põem motoristas a riscos frequentes nas principais rodovias que ligam o Médio Piracicaba a outras regiões do estado. O Governo de Minas pro-mete investimentos, mas, enquanto isso não ocorre, a direção defensiva passa a ser a maior parceira dos mo-toristas.

E uma modalidade de crime as-susta moradores de cidades pacatas da região. A explosão de caixas ele-trônicos já não é mais novidade nem mesmo nas localidades onde apenas um deles presta serviços bancários à

população. Uma reportagem espe-cial mostra como as autoridades têm agido para coibir a ação de crimino-sos, que parece não ter limites.

Esta edição também dá destaque ao esporte. O entrevistado do mês é uma promessa de João Monleva-de que, já no início da carreira, vem obtendo resultados de expressão em categorias importantes do automo-bilismo nacional. O nome dele é Edson Coelho Jr., o Edinho, que-rido por todos na terra natal e que mantém estreita relação com sua região de origem. Outra reportagem mostra os benefícios de se praticar esportes desde a infância, seja para obter desempenho atlético em alto nível ou, simplesmente, melhorar a qualidade de vida e a sociabilidade.

Você também vai conhecer um pouco mais do congado e saber por que cidades da região iniciaram um movimento de registros das guardas como bens imateriais. A tradição, as cores e a alegria dos povos que não deixam essa manifestação morrer são elementos em destaque numa reportagem sobre o tema.

Páginas de política, cultura, eco-nomia, comportamento e entreteni-mento também compõem esta edi-ção, além, claro, dos fatos e notícias que causaram impactos na região.

Pág. 40Cidades iniciam registro deguardas de congado como

bens imateriais

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50 | Dr. anDrÉ MiOLO Abdome bonito e bem definido

51 | GiOvani aCÁCiO Os tipos de empreendedor

72 | DaniEL DE CastrO Como nicar 74 | PaULO HEnriQUE P. COELHO A ditadura do banal

colunistas

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CArtAS [email protected]

CApA: EM bUSCA dA MEMórIA

Conceição é meu paraíso. Espero que as mineradoras mantenham os investimentos prometidos, como foi com a MMX e hoje Anglo American, que garantiu que aumentará a vazão do Rio de Peixe.

Galeno Donato | Belo Horizonte

Como é bom ver Conceição do Mato Dentro crescer. Espero que esse crescimento seja ordeiro e ordenado. Que a população não sofra com a chegada de gente que não esteja, mesmo, disposta a contribuir com o desenvolvimento da cidade. É uma pena que José Aparecido de Oliveira não tenha vivido o suficiente para acompanhar a chegada do progresso e poder dar sua contribuição nesse processo. E que o progresso não venha à custa da destruição da natureza.

Onofre Carvalho Junior | João Monlevade

EnTrEvISTA:

MArCO AnTônIO LAGE

É preciso utilizar como referência a visão desse empreendedor. Não é à-toa que está na direção de um dos segmentos de uma das maiores empresas do mundo. Visão clara e ampla sobre turismo, BR-381, sustentabilidade etc. E ele prova o quanto disciplinas vinculadas às humanidades são importantes para a nossa formação.

Joaquim Olegário | Itabira

Como ipoemense de coração, é um orgulho ver Marco Antônio Lage ocupando um cargo tão importante na Fiat e mantendo o mesmo carinho

e apostando em Ipoema. Vai, Marco Antônio, ser grande na vida!

Roneijober Andrade | Ipoema

É uma vergonha a gente ter que admitir que a BR-381 seja um fator limitador de investimentos na nossa região. Na briga para saber quem é mais incompetente, governo federal ou estadual, é preciso resolver logo de quem é a responsabilidade por essa pista de matança que não acaba. Todas as lideranças da região precisam comprar essa briga. Parabéns ao Marco Antônio Lage pela lucidez e competência.

Marilene Nunes | Nova Era

LUTA pELO AUTOCOnTrOLE

Estou muito interessado em praticar artes marciais, porém, ainda não consegui definir qual. Essa matéria foi muito boa e um despertar, pois, realmente, acredito que é um grande auxílio para se atingir o autocontrole.

Alisson Campos | Itabira

Assim como dizem que toda unanimidade é burra, deveriam dizer que toda forma de preconceito também é. Foi por meio do Jiu Jitsu que consegui controlar a vontade que tinha de brigar, a minha intolerância com certas coisas. A busca do equilíbrio é muito importante, sempre.

André de Barros | João Monlevade

CELEbrAçãO dA CULTUrA

Parabéns aos organizadores, só “showzasso” no Festival de Inverno de Itabira! Há bastante tempo não vinham cantores de qualidade como os que vieram neste ano. Valeu!

Bruno Gabriel | Itabira

Ótima programação, como há muito tempo não tínhamos. Uma pena que, por coincidência, seja ano eleitoral.

Luiz Alvarenga | Belo Horizonte

pEdrO AbÍLIO

Pedro, na verdade, faz muito tempo que você demonstra ser talentoso. Não pare por aí, invista em sua carreira, aproveite o seu dom, estude e seja muito feliz. Que Deus continue abençoando você!

Edna Coimbra | Itabira

Vai fundo garoto, mostre o que você sabe, reinvente bordões e coloque toda a emoção no seu trabalho. O rádio é fascinante e pelo que li no texto, sem te conhecer, sei que você tem o dom e, para essa profissão, o mais importante é isso, a paixão, o conhecimento pelo que faz. Vai tranquilo, seja autêntico e provoque emoções nos ouvintes.

Marco Antônio | Belo Horizonte

HErOIS dO dIA A dIA

Tive oportunidade de assistir no programa “A Liga”, da TV Bandeirantes, uma matéria feita com os Anjos do Asfalto e já presenciei a ação de alguns grupos voluntários na BR-381. Parabenizo a iniciativa dessas pessoas, que abrem mão de tudo para salvar vidas. Deus abençoe cada um e lhes retribua em vida tudo que fazem pelo próximo.

Welder Oliveira | Sete Lagoas

pErIGO nA pISTA

Triste, triste, triste. Sou professor na Escola Estadual da Fazenda da Betania, vira e mexe sempre acabo voltando para trabalhar. Infelizmente, no Brasil, as mudanças não começam pelas nossas autoridades. Deixo o meu pedido aos moradores da Pedreira que tomem a atitude de cobrar também desses “criadores” de animais antes que mais mortes aconteçam. A responsabilidade é deles, como também das nossas autoridades.

Isac da Cunha | Itabira

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Opiloto Edson Coelho Jr., de apenas 17 anos, obteve um 5º lugar na quarta etapa

do Mercedes-Benz Grand Challenge, promovida no Autódromo de Jacare-paguá, no Rio de Janeiro, no final de julho. Edinho (assim ele é conhecido no meio do automobilismo) ganhou notoriedade na corrida não só pela pouca idade, mas por ter sido sua estreia, em meio a inúmeros pilotos mais experientes, e pelos resultados obtidos logo na corridas seguintes, com um 2º lugar na categoria Geral e o 1º lugar na Master.

O jovem monlevadense, piloto desde os nove anos, tinha em mente aproveitar ao máximo a oportunida-de de competir em uma categoria de grande visibilidade como a Mercedes--Benz Grand Challenge. Encontrou um carro diferente do que estava acostumado a pilotar e competidores

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Monlevadense (carro 999) disputa também o Paulista de Marcas

de alto nível técnico. Com apoio da família, amigos e poucas empresas, conquistou seu primeiro grande re-sultado.

Morando atualmente em Belo Horizonte e já colecionando títulos em categorias introdutórias, Edinho ainda busca reconhecimento e opor-tunidades em disputas de âmbito nacional. Ele corre, paralelamente à Grand Challenge, o Campeonato Paulista de Marcas e Pilotos. No úl-timo dia 5 de agosto, no autódromo de Interlagos, em São Paulo, foram dois pódios (dois terceiros lugares) nas provas da 7ª etapa do certame estadual.

A busca por patrocinadores ain-da é o maior desafio enfrentado pela promessa mineira. Vontade de ven-cer e maturidade são atributos notó-rios quando Edinho revela detalhes de sua trajetória e seus objetivos, como mostra a entrevista a seguir.

Qual é sua relação com João Monlevade e região?

Nasci em João Monlevade e, mesmo após me mudar para Belo Horizonte, mantive uma proximi-dade muito grande com a cidade e com a região. Em todos os finais de semana que não tenho corridas viajo para matar a saudade dos fa-miliares e dos muitos amigos que fiz durante os 15 anos em que lá morei e estudei. Tenho muitas re-cordações de toda a região e, por ela, um afeto muito grande. Pro-curo me manter informado sobre o que acontece e faço visitas sem-pre que possível.

Como começou sua trajetória no automobilismo?

Desde criança me interessava muito por carros e corridas. Já pensava em competir profissional-

mente um dia e sabia que a base de quase toda categoria automo-bilística é o kart. Aos nove anos meu pai me levou para uma visita ao Kart Clube Ipatinga. Meu in-teresse pelo esporte foi inevitável. Compramos um kart e comecei a competir. Em 2010, já tendo con-quistado muitas vitórias e títulos em corridas de kart, completei 16 anos. Trata-se da idade na qual os pilotos geralmente começam a decidir seu futuro, procurar o próximo passo, escolher uma nova categoria. Em Belo Horizonte fiz amizades com pessoas que compe-tiam em um autódromo próximo da capital, numa categoria que já tinha como possível opção para minha carreira, a Marcas e Pilotos. Fui convidado, então, a assistir um treino. Logo me encantei com a novidade. Algumas semanas de-pois, pilotei um carro da categoria pela primeira vez. Foi o início da minha trajetória nos carros de Tu-rismo.

Como e onde é feito o seu treinamento?

Os treinos com o carro são os mais importantes, tanto para o pi-loto, que aprimora sua capacidade física e ganha confiança com ele, quanto para a equipe, que realiza testes. Eles geralmente ocorrem nas semanas de corrida, na pista que sediará o evento. No caso do Campeonato Paulista de Marcas e

Pilotos, eles começam na quinta--feira, enquanto no Mercedes-Benz Grand Challenge, na sexta-feira. Treinos fora do calendário de cor-ridas também são agendados al-gumas vezes, sendo que a grande maioria é realizada no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O automobilismo, entretanto, tam-bém exige uma grande preparação por parte do piloto fora das pistas, tanto física quanto psicológica. No decorrer da semana, me exercito na academia, principalmente a parte aeróbica, por meio da qual adqui-ro fôlego e melhoro meu preparo físico para suportar o calor dentro do carro e diminuir o cansaço du-rante as corridas. Além disso, apro-veito os finais de semana para trei-nar no meu simulador, muito útil quando não conheço alguma pista que sediará uma corrida. Ele ajuda no processo de reconhecimento e exercita o foco e a concentração, além de reproduzir situações de corrida nas quais o piloto deve se esforçar para não cometer erros.Depois de estrear em grande estilo numa das categorias mais importantes

do automobilismo nacional, monlevadense quer crescer no esporte

GArOTO prOdÍGIO

Edinho tem planos ambiciosos para a carreira de corredor

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Edson Coelho Jr.entreviStA

Aos nove anos meu pai me levou

para uma visita ao Kart Clube Ipa-

tinga. Meu inte-resse pelo espor-te foi inevitável. Compramos um kart e comecei a

competir.

PATRÍCIA EMILIANO

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A quarta etapa do Mercedes--Benz Grand Challenge foi sua primeira corrida nacional. Espe-rava iniciar com um bom resul-tado?

Quando me foi dada a oportu-nidade de competir em uma cate-goria renomada e de grande visibi-lidade como essa, o que sabia era que encontraria um carro comple-tamente diferente do que estava acostumado a pilotar e competi-dores de alto nível técnico e gran-de experiência. Simultaneamen-te, tinha em mente que um bom resultado era muito importante, teria repercussões positivas e po-deria representar a chance de per-manecer na categoria. A adaptação ao novo carro foi, de fato, muito difícil. Foram apenas dois treinos antes da classificação. Nela, garan-ti a segunda colocação para a lar-gada da primeira corrida, um fato que já me supreendeu bastante. Disputei as corridas com confian-ça e dei o máximo de mim, mas sabia que minha experiência com o carro era muito pequena, o que, combinado ao fato de a corrida de

estreia ter sido transmitida ao vivo em TV aberta, fez com que o 5º lugar fosse emocionante. O resul-tado mais relevante e que superou ainda mais minhas expectativas aconteceu na corrida do sábado seguinte: um 2º lugar na categoria Geral e o 1º lugar na Master.

Como sua estreia nacional repercutiu entre amigos e fami-liares?

Todos ficaram muito conten-tes. A família ficou um pouco tensa no decorrer da corrida, mas bastante orgulhosa quando cruzei a linha de chegada na 5ª posição. Assim que a transmissão ao vivo terminou, recebi diversas ligações e mensagens no celular e nas re-des sociais. Todos me apoiam e incentivam muito. Sem dúvida, exercem um papel fundamental na minha carreira.

Quais foram seus grandes in-centivadores e ídolos?

A maior parte está na minha família. Um grande ídolo e o pri-meiro incentivador — certamente

o maior deles até hoje — é meu pai. Ele me estimulou a começar no kart e vem me acompanhando em todas as corridas desde o início. Sou muito grato por tudo que ele faz por mim e admiro sua trajetória. Além dele, minha mãe, minha irmã, minhas avós, meu avô, tios e tias sempre apoiaram muito e também fazem o possível para me ajudar a alcançar os meus objetivos. São pes-soas importantíssimas. Nesses quase nove anos competindo, logicamen-te, também conheci no ambiente de pista pessoas que se tornaram gran-des incentivadores. Nos meus pri-

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Lugar mais alto do pódio tem sido rotina na carreira da promessa mineira

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Maior desafio para Edinho é conseguir

mais patrocínadores

desenvolvimento no esporte. A conquista de um patrocinador é muito difícil e a principal justifi-cativa é o fato de o automobilismo não ser um esporte de massa. As-sim sendo, ele não tem a mesma divulgação do futebol, por exem-plo, nos meios de comunicação.

Quais suas maiores conquistas no automobilismo?

No kart, fui Campeão Minei-ro em 2010, da Copa Vale do Aço 2009, em Ipatinga, e também obti-ve bons resultados em competições nacionais, como o vice-campeonato do GP RBC, disputado em São Pau-lo, em 2009, e o 4º lugar da Copa do Brasil, disputada em Salvador, no mesmo ano. Na categoria Mar-cas e Pilotos ainda não concluí uma temporada completa. Em 2011, conquistei duas vitórias no Campe-onato Paulista, sendo que, em uma delas, me tornei o primeiro piloto novato a vencer na Geral. Neste ano já tenho três vitórias e oito pó-dios, também no Campeonato Pau-lista. estou bem colocado na pontu-ação geral e tenho o objetivo de ser campeão. Entretanto, acredito que as conquistas não se limitam aos tí-tulos e troféus. Pude, por meio do esporte, perceber a importância da disciplina, aprender com os erros e superar limites, além de adquirir a capacidade de absorver e transmitir informações. Considero conquistas todos os valores aprendidos e expe-riências vividas pelo esporte.

meiros anos de kart, por exemplo, em Ipatinga, conheci mecânicos e pi-lotos cuja convivência nos transfor-mou em grandes amigos. Sempre me apoiaram e ensinaram grande parte do que hoje sei. No automobilismo, admiro pilotos que não apenas fa-zem a diferença na pista, mas tam-bém mantêm uma postura humilde e agradável fora delas. Assim sendo, Ayrton Senna e Michael Schuma-cher são meus grandes ídolos. Nas categorias nacionais, tive o prazer de conhecer e conversar com pilotos que, justamente por conciliarem boa pilotagem e bom caráter, também se tornaram ídolos e referências para mim. É o caso do Ricardo Maurício, da Stock Car, e do Beto Monteiro, da Fórmula Truck.

O que você faz para se manter competindo?

Basicamente, no início do ano já faço um planejamento de quais cam-peonatos e categoria que disputarei, de modo a obter um melhor apro-veitamento dos recursos disponíveis. Além disso, tento buscar bons resul-tados e frequentar corridas de outras categorias, por ser uma boa maneira de conseguir oportunidades de parti-cipar de campeonatos.

Minas é uma praça inviável para quem quer disputar corridas em alto nível?

Não é inviável, mas é quase isso. O automobilismo tem crescido em Minas. O estado conta com kartó-dromos muito bem estruturados e um autódromo, recentemente rei-naugurado, em Santa Luzia. São pis-tas de alto padrão técnico e os kar-tódromos, inclusive, sediaram even-tos de âmbito nacional nos últimos anos. Em campeonatos regionais, entretanto, é inegável que os maio-res grids e as competições mais dis-putadas estão fora do nosso estado. Participar de competições em São Paulo já é praticamente um requisito para que um piloto mineiro se torne mais competitivo e desenvolva sua pilotagem. Falta, principalmente,

investimento na área. Minas Ge-rais não tem autódromo que atenda exigências de competições de nível nacional e até internacional.

Qual é seu grande objetivo?Evoluir. Busco reconhecimento

e oportunidades para participar de categorias de maior importância no cenário nacional e até mesmo inter-nacional. Participar da Stock Car e da GT3, ambas brasileiras, e da Nascar, americana, são alguns dos sonhos que tenho.

Já conseguiu patrocinadores? Atualmente, tenho apenas em-

presas familiares me apoiando: a EMC Sistemas e a Neide Buffet. O fator financeiro tem sido, in-clusive, um empecilho para meu

No automobilismo, admiro pilotos

que não apenas fazem a diferença

na pista, mas também mantêm

uma postura humilde e agradável

fora delas Acredito que as conquistas não se limitam aos

títulos e troféus. Pude, por meio do esporte, perceber a importância da disciplina, apren-

der com os erros e superar limites.

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E AGOrA, SILvIO? Com apresentação do jor-

nalista Carlos Nascimento, às 23h30 das quartas-feiras, o SBT mobiliza o público para saber “Quem é o Maior Brasileiro de Todos os Tempos”. Baseado no formato criado pela BBC, “The Greats”, o programa quer eleger aquele que fez mais pela nação, destacando-se por seu legado.

No Brasil, por mais que a in-tenção tenha sido boa, o resultado parcial reflete a necessidade de o país investir muito mais em edu-cação. Um exemplo disso é a co-locação do poeta itabirano Carlos Drummond de Andrade, um dos ícones da literatura brasileira. Figurando entre os 100 primei-ros, Drummond ficou em 52º

lugar, atrás de celebridades como Neymar (20º), palhaço e deputa-do Tiririca (48º), cantor sertanejo Luan Santana (42º), ator e apre-sentador Rodrigo Faro (39º), en-tre outros “contemplados”.

O concurso chegou a uma lista de notáveis por meio da se-leção feita na primeira fase, na qual os internautas indicaram o favorito livremente, desde que o escolhido fosse brasileiro nato ou naturalizado. Na eta-pa seguinte, a partir da lista de notáveis, foram selecionados os 100 mais votados pela internet, até se chegar aos 12 finalistas. A lista completa está no site do concurso: site www.sbt.com.br/omaiorbrasileiro.

TrAbALHO SEGUrOO Projeto Minas-Rio, da Anglo

American, em fase de implantação nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, completou a marca de 33 mi-lhões de homens-hora trabalhadas sem incidentes com afastamento, o equiva-lente a mais de um ano de execução de obras e trabalhos de pré-operação sem

qualquer tipo de fatalidade ou lesão ocupacional. Atualmente, cerca de 12 mil empregados próprios e terceiriza-dos atuam em aproximadamente120 frentes de trabalhos, ao longo de quase 530 km de extensão.

De acordo com a empresa, ape-sar do caráter operacional do projeto,

independentemente do cargo ocupado, todos os empregados e terceirizados recebem capacitação e treinamento in-tensivos em segurança. O programa de capacitação envolve treinamentos para ampliar a cultura sobre segurança e ou-tros específicos para desenvolver habili-dades operacionais seguras.

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Anote

rISCO SObrE dUAS rOdAS Cerca de quatro mil acidentados com motos deram

entrada no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, em Belo Horizonte, desde janeiro deste ano, de acordo com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), o que equivale a um atendimento por hora. O número é 14,6% superior ao constatado no mesmo período de 2011, ano em que o HPS atendeu 6.981 motociclistas acidentados. Neste ano, já são 53 mortes no hospital. De acordo com a Fhemig, são 20 pessoas acidentadas a cada hora, em Minas Gerais. Para o Corpo de Bombeiros, as principais causas do aumen-to do número de ocorrências são a falta de manutenção das motocicletas, a postura inadequada de alguns mo-tociclistas, que desrespeitam as leis de trânsito, além do desrespeito dos motoristas aos motociclistas.

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14 Agosto . 2012 DeFato

LIGAçÕES IMpOrTAnTES

O Governo de Minas anun-ciou, em 6 de agosto, o início de obras em quatro trechos e abertura de licitação para 56 rodovias, por meio do programa Caminhos de Minas. Três tre-chos incluídos no programa já estão com os serviços em anda-mento. Também foi anunciada a abertura de licitação para ela-borar projetos executivos em dez outros trechos.

Na região, as obras são as se-guintes: asfaltamento de Barão de Cocais a Caeté; de Bom Jesus do Amparo a Nova União; de

Conceição do Mato Dentro ao Serro; de Dores de Guanhães ao entroncamento para Braúnas e Joanésia; de Nova União para Taquaraçu de Minas e contor-no para Nova União; de Santa Bárbara a São Gonçalo do Rio Abaixo e de São José do Goiabal a Timóteo.

De acordo com o governo, nessa etapa do programa serão investidos R$ 3,2 em recursos para pavimentação de quase dois mil quilômetros de rodovias, contemplando 107 municípios e quatro milhões de pessoas.

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MAIS UMA vEZ A Prefeitura de Itabira reabriu

a licitação para a construção do se-gundo prédio do campus local da Universidade Federal de Itajubá (Unifei- Itabira). O contrato ofere-cido pela Administração Municipal é avaliado em mais de R$ 40 milhões. Essa é a terceira vez que a Prefeitura

faz a convocação. Na última, a lici-tação foi interrompida por conta de manifestações de uma das empresas concorrentes, que não havia con-cordado com algumas exigências do município. De acordo com o novo edital, a documentação e as propos-tas poderão ser entregues até as 9h30

do próximo dia 11 de setembro. A abertura dos envelopes será feita meia hora depois. A cópia do edital pode ser adquirida no Departamento de Contratos da Prefeitura de Itabira, entre 12h e 18h. Os interessados pre-cisam pagar R$ 50 pela retirada do documento.

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CrÉdITO EM ALTA Com R$ 298 bilhões e cresci-

mento de 44,6% em 12 meses, a car-teira de crédito da Caixa Econômica Federal foi impulsionada pelo Programa Caixa Melhor Crédito e colocou a Instituição no terceiro lu-gar em volume de crédito no mer-cado. Lançado em abril, o programa promoveu a redução de juros e dispo-nibilizou novas linhas de crédito para

clientes de todos os segmentos. Desde o lançamento do progra-

ma, a Caixa contratou cerca de R$ 45 bilhões em operações comerciais para pessoas físicas e jurídicas, valor 37% superior ao primeiro trimestre des-te ano. Somente nos produtos con-templados no programa, a evolução foi de 57,6%, com R$ 31,9 bilhões contratados. No Leste de Minas, as

contratações comerciais chegaram a R$ 843,6 milhões no primeiro se-mestre deste ano, R$ 332,3 milhões a mais que o mesmo período em 2011.

No semestre, a Caixa injetou R$ 226 bilhões na economia, re-ferentes a contratações de crédito, distribuição de benefícios sociais e ao trabalhador e investimentos.

pErSOnALIdAdEFEMInInA nEGrA

A coordenadora pedagógica do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal Governador Israel Pinheiro (Emip), Marinete da Silva Morais, foi homenageada com o título Personalidade Feminina Negra, em João Monlevade. A educadora foi agraciada pelo Coletivo de Entidades Negras do Estado de Minas Gerais em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho. A entrega do título foi feita na Câmara Municipal de Belo Horizonte.

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MILTOn nA ESCOLA Prestes a completar 50 anos

de carreira, o cantor e composi-tor Milton Nascimento visitou a Escola Integral de São Gonçalo do Rio Abaixo na tarde do últi-mo dia 9 de agosto, um dia antes de sua apresentação no 8º Festival de Inverno da cidade. A visita foi o ponto culminante do projeto “Quem canta seus males espanta”, desenvolvido por alunos do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Integral, em 2011.

Após um pré-estudo realizado na escola, dentre vários cantores da Música Popular Brasileira (MPB), Milton Nascimento foi escolhido pelos alunos para ser o tema do tra-balho por ser considerado “Mineiro

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de coração”. As crianças conheceram a bio-

grafia do cantor por meio de pes-quisas e realizaram, ainda, um

estudo e reescrita de suas composi-ções. As composições serviram para orientar outras atividades desenvol-vidas dentro da língua portuguesa.

vEndO pArA CrEr

Depois de três anúncios frustrados em dois anos, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) marcou para setembro a publicação do edital de li-citação para a duplicação da BR-381. A previsão é de que as obras no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, comecem em março de 2013.

Com o novo anúncio, o órgão admite que apenas oito dos dez lotes previstos no projeto terão obras contratadas, o que significa a duplicação do traçado existente de 311 quilômetros. Já os lotes nove e dez, que correspondem a uma variante de 45 quilômetros, entre São Gonçalo do Rio Abaixo e Nova Era, ficarão fora do pacote. O trecho que vai desviar a BR-381 de João Monlevade seria uma alternativa para reduzir o fluxo de veículos, mas não tem sequer projeto ou levantamento de impactos ambientais.

Uma novidade para a concorrência pública, segun-do ele, é que o certame ocorra nos mesmos moldes dos projetos da Copa do Mundo, que tiveram tramitação mais célere. De acordo com o órgão, o processo será mais expresso, dentro de uma modalidade descentralizada em que todas as etapas, que geralmente duravam 180, 240 dias, possam chegar a 90 dias no máximo. Sem arriscar o orçamento total dos serviços, o Dnit estima que a dupli-cação dos oito lotes será sob prazo de execução entre dois e três anos.

rEFErÊnCIA nACIOnAL

O Museu do Tropeiro de Ipoema, distrito de Itabira, caminha para se transformar em um banco de infor-mações de referência nacional em pes-quisa sobre a cultura tropeira no país. Para isso, vai contar com a parceria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), segundo o professor e escritor Carlos Solera, coor-denador do projeto Tropeiro Brasil.

A ideia, que se transformou em projeto, veio à tona com o Seminário Internacional de Tropeirismo, realizado

em Ipoema, em outubro de 2011. Na ocasião, participaram do encontro di-retores do Iphan, da Universidade de Girona (Espanha) e de diversos estados engajados no projeto de Carlos Solera — que tem como objetivo transformar o tropeiro brasileiro em Patrimônio Cultural da Humanidade, reconhecido pela Unesco.

Segundo Solera, já foi feito um inventário do acervo do Museu do Tropeiro, bem como do Museu de Itabira, fator que representa um

bom começo. O banco de informa-ções deverá se transformar em uma importante ferramenta de pesqui-sas acadêmicas. Mas, para isso, será preciso algumas adaptações no espaço físico do museu, como a construção de pelo menos duas ou três novas salas, novos equipa-mentos, além de treinamento de pessoal. Tais adaptações, entre-tanto, precisam do sinal verde da Prefeitura, já que o Museu perten-ce ao município.

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As escolas estaduais mineiras vão ganhar um reforço para custear suas atividades a partir deste ano. O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Educação, vai liberar recursos adicionais para despesas de manutenção e custeio das escolas, aumentando em 50% o valor que as instituições receberiam

no segundo semestre de 2012. Geralmente, as verbas de manu-

tenção e custeio são liberadas para as escolas em parcelas, sendo três ao longo do ano. Em 2012, a terceira e última parcela seria liberada no mês de setembro. Com a decisão de au-mentar os recursos de manutenção e custeio, essa parcela será antecipada

para agosto e uma quarta parcela será liberada em outubro.

Só neste ano, o aumento da verba de manutenção e custeio vai demandar um investimento de R$ 16,5 milhões e, segundo a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, há previsão de novo aumen-to para 2013.

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NÃO VENDO, NÃO TROCO, NÃO EMPRESTO! A motocicleta CG 125cc, ano 1979, já a acompanha há 21 anos. A dona da “relíquia” é a promotora de vendas Maria da Conceição Clotilde, a Sãozinha. De segunda a segunda, de-baixo de sol ou chuva, ela é vista pelas ruas de Itabira montada na moto. Usa para trabalhar, ir à igreja, passear e se divertir. Mesmo sendo uma das primeiras mulheres da cidade a pilotar, nenhum acidente foi protagonizado por ela ao longo desses 21 anos. Mais um motivo para não se desfazer de sua adorada moto. Contar a história de Sãozinha foi a maneira de DeFato Online homenagear a todos que trabalham sobre duas rodas. Eles comemoraram o Dia do Motociclista no último dia 27 de julho.

AMOR POR UMA VIDA Casados desde 1942, Joaquim Augusto dos Campos Rosa, o Rosinha, de 94 anos, e Matilde Felipe, de 92, renovaram os votos de amor eterno no último dia 28 de julho. A igreja de Nossa Senhora da Saúde, em Itabira, foi o templo onde os ami-gos, os sete filhos, sete noras, 17 netos e sete bisnetos do casal celebraram suas Bodas de Vinho. Durante o ofertó-rio, em procissão, os mais novos da família levaram rosas para os bisavós. O beijo na boca foi mais um símbolo dos 70 anos de companheirismo e dedicação mútua. No ca-sarão da Rua Tiradentes, nº 5, tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal, eles fizeram e ainda fazem questão de receber todos os familiares. É de lá que podem ser vis-tos saindo para passear de mãos dadas em todas as tardes, tão frequentes como o sol se pondo por trás das monta-nhas da cidade do ferro.

BONNE CHANCE, MONSIEUR! O monlevadense Talles Medeiros, 32, embarca em setembro para Nancy, na França, para disputar o Campeonato Mundial de Duathlon, competição que engloba provas de corrida, ciclismo e corrida, nesta ordem. O campeonato será promovido entre os dias 20 e 23 do próximo mês. É o terceiro ano consecu-tivo que Talles encara provas internacio-nais. Em 2010, ele competiu na Escócia e no ano passado na Espanha. Como a maioria dos atletas de duathlon, Talles diz enfrentar dificuldades. A maior de-las é em relação aos treinos, pela falta de estrutura e segurança nas ruas. Para driblar o entrave, o atleta tem treinado em casa, em espaços adaptados.

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DE ITABIRA PARA O MUNDO O modelo Vi-nícius Souza Lage, de 18 anos, irá representar Itabira em Patos de Minas no concurso Mister Mundo Minas Gerais 2012. Dentre mais de mil inscritos, o itabirano ficou entre os 22 que participarão da disputa. Até 19 de agosto, o concurso selecionará os candidatos que dispu-tarão o título de beleza masculina no concurso Mister Mundo Brasil, para concorrer com candidatos represen-tantes de outros estados.

PARA VÁRIOS JANTARES A colheita de pés de couve de mais de três metros de altura, na casa do aposen-tado Antônio Mendes, 65 anos, chamou a atenção em João Monlevade. Antônio, morador do bairro Satélite, plantou as hortaliças há oito meses, sem imaginar que as plantas fossem crescer tanto. Antes de cortá-las e plantar novas mudas, o aposentado chamou a reportagem do jornal A Notícia para registrar a imagem. Antônio garantiu que as plantas foram cultivadas naturalmente, sem nenhum tipo de agrotóxico.

PEDALANDO NA REAL O pediatra Nelvan Camargos, que atua em Itabira, no Hospital Nossa Se-nhora das Dores (HNSD), resolveu curtir as férias de uma maneira diferente. Montou em uma bicicleta e cruzou os 990 quilômetros que ligam Minas Gerais ao Rio de Janeiro pelo circuito velho da Estrada Real. Ele saiu de Diamantina em 13 de julho e chegou a Paraty no último dia 25. Pedalou por 13 dias, acompanhado por uma turma de amigos e um carro para dar apoio. A turma pedalou em média 70 quilômetros por dia, viajando de sete a oito horas. Foram 800 quilômetros de estrada de terra e o restante no asfalto. A comitiva das bicicletas passou por 36 cidades e vários distritos.

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Veja algumas fotos enviadas por quem

acessa DeFato Online

O canal de participação do internauta

Há mais de 20 anos, as comunidades dos bairros Machado, Hamilton, João XXIII, Valença e adjacências, em Itabira, convivem com isso. Até quando? Enviado por Francisco dos Santos, 30/07/2012

FULIGEM NO AR

AMANHECER EM ITABIRA

Nada como levantar cedo e ver a aurora se romper.Enviado por Silva e Silva, 25/07/2012

SAMUEL LOPES ARMADILHA

Em sua despedida, o piloto itabirano venceu a prova da categoria MX. JR., promovida pelo Motoclube Amacross, no último dia 5 de agosto.Enviado por Flávio Soares de Almeida, 06/08/2012

Na zona rural de Itabira ainda existe esse tipo de Mata burro, usado em divisas de fazendas.

Enviado por Eduardo de Alvarenga Martins Cruz, 13/08/2012

OLHOS CURIOSOS

Esta é a gata da minha vizinhaEnviado por Paulo Sá, 31/07/2012

Page 12: Revista DeFato Ed. 236

Esperar na fila, ser mal atendi-do e não encontrar médicos são reclamações de rotina nos

hospitais públicos de muitas cida-des brasileiras. No estado, enquanto boa parte deles apresenta quadros deficitários e condições precárias de atendimento, o Hospital Municipal Waldemar das Dores, de Barão de Cocais, vem recebendo investimen-

tos frequentes.De acordo com o secretário de

Saúde de Barão de Cocais, Geovani Ferreira Guimarães, cerca de 30% do orçamento do município é revertido para a saúde. A Prefeitura investe 17 milhões por ano no segmento, segundo o gestor. Para que se tenha ideia, o SUS repassa, em média, R$ 508,00 por cada parto normal feito

BArão de CoCAiS

via rede pública — e R$ 720,00 para cesarianas. Ainda assim, de acordo com a Prefeitura, são investidos cerca de R$ 5 mil para cada parto, como forma de garantir a satisfação e a saú-de dos usuários. Da mesma maneira, o município complementa valores relativos a outros procedimentos.

Dentre as principais conquistas, Geovani destaca as ampliações dos

UM CASO dIFErEnTECidade investe 30% do orçamento em saúde e não sofre com falta de médicos

PROCEDIMENTO REPASSE DO SUS VALOR INVESTIDO PELA PREFEITURA

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Hospital municipal recebe investimentos

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Odália destaca atendimento humanizado no hospital

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ãOProgramas Saúde da Família (PSF’s)

e a contratação de profissionais. “A maioria dos hospitais públicos estão fechando as portas por não consegui-rem se manter, já que o custo é muito elevado. Barão vai na contramão des-sa realidade. Há alguns anos, para se ter uma ideia, tínhamos apenas um médico de plantão. Hoje temos pelo menos cinco, além de oferecermos diversas especialidades”, assegura.

Como consequência do gran-de volume de recursos aplicados, conforme afirma o diretor do Hos-pital, Luiz Otávio Marques Soares, o resultado foi a montagem de um laboratório de análises clínicas, dis-ponibilização de serviço de imagens 24h, plantão de pediatras e aumento dos atendimentos clínicos no Pronto Atendimento. “Hoje temos profis-sionais médicos melhores remunera-dos e, ainda, uma empresa de UTI móvel contratada para o transporte de pacientes”, diz.

Num passado não muito dis-tante, a cidade dispunha de apenas dois médicos. Atualmente, cerca de 20 moram e trabalham em Barão de Cocais. No hospital, durante os plantões, sempre há um pediatra, um obstetra, dois clínicos, um anes-tesista e um ginecologista, de acordo com o diretor do hospital. O corpo clínico tem, atualmente, 36 médicos. Somente pediatras — profissionais sempre em falta nos hospitais públi-cos — são quatro.

O secretário de Sáude diz que destinar 15% do orçamento à Saú-de, como prevê a legislação vigente, é insuficiente para garantir a qualidade do serviço e o bom atendimento dos usuários. “Não temos outra ajuda. Apesar de a cidade ter grandes em-presas mineradoras instaladas em seu território, elas não contribuem em nada. Pelo contrário, aumentam a demanda por atendimento. Mas, com uma gestão eficiente e recursos bem empregados, é possível oferecer serviços de saúde dignos à popula-ção”, assegura o secretário.

O atendimento humanizado

rende elogios por parte dos usuá-rios. Odália Augusto Silva Caetano relata sua experiência: “Quando se esgotaram os recursos locais para o tratamento no hospital, a equipe da saúde promoveu a transferência para outros hospitais, cuidando de meu marido como anjos”, diz. “Eu e minha família só temos a agrade-cer pelo atendimento prestado à minha mãe. A organização, discipli-na e dedicação dos funcionários do hospital municipal nos proporcio-nam tratamento digno de grandes hospitais particulares”, complementa Ana Patrícia Fonseca de Lima.

Fonte: SMS/ PMBC

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Page 13: Revista DeFato Ed. 236

Uma inovação oferecida aos são-gonçalenses e visitan-tes dentro da programa-

ção do 8º Festival de Inverno de São Gonçalo do Rio Abaixo deixou muita gente de queixo caído. Antes da apresentação da Orquestra Pau-listana de Viola Caipira, no sábado, 4 de agosto, foi promovido um es-petáculo audiovisual de Video Ma-pping. Foram projetados na Igreja

DITO POPULAREntre as fábulas populares

retratadas na projeção estava “No dia em que o galo beber da água do rio”. Trata-se de uma história sobre um dito popular da cidade: “São Gonçalo só vai melhorar quando o galo des-cer para beber água do rio”. A afirmativa refere-se ao Cruzei-ro erguido em frente à Matriz, em 1871. No alto, um galo cuja presença pode ser explicada pelo Evangelho de São Mateus.

Em 22 de março de 1998, aproximadamente às 17 ho-ras, na quadra Poliesportiva, dezenas de pessoas assistiam a solenidade de Crisma quan-do um raio atingiu o Cruzeiro, fazendo o galo cair. O galo foi encontrado no chão, com a asa quebrada e com o bico voltado em direção ao rio Santa Bárba-ra. Daí pra frente, São Gonçalo começou a viver uma era de progresso e desenvolvimento.

Coincidentemente, a Vale iniciou pesquisas geológicas na área de Brucutu e, em 2006, foi inaugurada a Mina de Brucutu, a maior mina do mundo em ca-pacidade inicial de produção de minério de ferro. Posterior-mente o Cruzeiro foi restau-rado pelo Sr. Anísio Martins.

nota: Informações sobre a len-da extraída do livro “trilha de Lem-branças — Fé, lendas, personagens e fazeres do povo de São Gonçalo do Rio Abaixo”, de Miriam Stella Blonski.

São GonçALo do rio ABAixo

prOJETAdAVídeo Mapping encanta e emociona público durante 8º Festival de Inverno

Lenda sobre o cruzeiro caído trata da história de desenvolvimento da cidade

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da Matriz imagens que remetiam às histórias e lendas de São Gonçalo do Rio Abaixo.

A superfície da igreja Matriz ser-viu de tela para a projeção, mapeada em 3D. Em seguida, o computador calculou todas as suas curvas e sali-ências. O filme foi adaptado à estru-tura mapeada para evitar qualquer tipo de distorção na hora de pro-jetar sobre formas e volumes.

Com investimento superior a US$ 5 bilhões, o principal projeto da Anglo Ameri-

can no mundo, o Minas-Rio, além de empregos, visa a gerar, também, inúmeras oportunidades de negócios nas cidades próximas à mina, locali-zada em Conceição do Mato Dentro. Por causa de sua dimensão, a deman-da por serviços e produtos é muito superior à capacidade de oferta das empresas da região — até porque são cidades pequenas, ainda sem dispor de uma grande atividade econômica.

Para estimular o desenvolvimen-to da economia regional, a Anglo American apresentou o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores, que prospectou 176 micro, peque-nas e médias empresas nas quatro cidades envolvidas diretamente com o complexo da mina: Conceição do Mato Dentro, Alvorada de Minas,

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CapaCitação de FOrnECEdOrES

Visando a incrementar negócios em torno do projeto Minas-Rio, Anglo American lança programa para qualificar prestadores de serviços

O gerente de suprimentos da Anglo American, Michel burman, esclarece detalhes do projeto, em Conceição do Mato Dentro

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Serro e Dom Joaquim.O diagnóstico, já concluído, des-

taca a vocação empreendedora dos municípios e cruza as informações com a demanda interna da minera-dora. Segmentos como de materiais de construção, locação de veículos e equipamentos, hospedagem, restau-rantes, serviços em saúde e outros foram identificados.

O próximo passo, segundo o es-pecialista em suprimentos da Anglo American, Raphael Bessa, é imple-mentar um plano de ação que ajude os fornecedores locais no desenvol-vimento de suas atividades. Além de capacitação técnica-operacional, o programa vai auxiliar as empresas em linhas de financiamento, incentivo à realização de negócios, interlocução com parceiros, entre outros. Acordos com instituiões importantes, como a Federação das Indústrias do Estado

de Minas Gerais (Fiemg) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Indus-trial (Senai), serão firmados para ga-rantir melhores resultados.

O objetivo vai além: com a capa-citação, os fornecedores não só terão condições de vender para a Anglo American, como para as empreiteiras da mineradora. A expectativa é que, com a região em contínuo desenvol-vimento, outros investimentos sejam atraídos e contribuam para a diver-sificação econômica, gerando mais emprego e renda para os municípios circunvizinhos.

Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas sediam a mina de minério e a unidade de beneficia-mento. O projeto Minas-Rio consis-te, ainda, na construção de um mi-neroduto com 525 km de extensão e um terminal no Porto de Açu, em São João de Barra (RJ).

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As eleições municipais de 2012 vão marcar o uso efe-tivo da internet nas campa-

nhas dos candidatos aos cargos de prefeito e vereador. Tudo bem que a rede mundial de computadores já estava liberada para ser usada em 2010, mas, até por ser novidade, a ferramenta não foi usada com tan-ta intensidade. É no pleito de ago-ra que esse espaço tem despertado interesse nos postulantes aos cargos públicos, principalmente nas redes sociais. Mais adaptados ao ambien-te, os candidatos jovens tendem a levar vantagem sobre os mais velhos nesse aspecto. Mas só se fizerem da maneira correta.

A caça na internet é especial-mente pelos votos do público jo-vem, com faixa etária entre 16 e 24 anos. De acordo com pesquisa recente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic), quase 80% dos que estão nesse grupo usam a

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CAndIdATOS.COMInternet é espaço amplo para propaganda eleitoral. Mais adaptados,

jovens políticos têm relativa vantagem na hora de se apresentar aos internautas

Daniel e Anderson já tiveram experiências engraçadas com

candidatos “à moda antiga”

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internet para alguma finalidade, sendo que 70% estão em redes so-ciais e 90% recorrem à rede mun-dial de computadores para buscar informações.

Esse público, claro, também faz parte do universo que a propagan-da política quer alcançar. E não são poucos votos. Só em Itabira, por exemplo, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), existem 14.828 eleitores na faixa etária entre 16 e 24 anos. Tal número representa 16,8% de todo o eleitorado do mu-nicípio, estimado em 87.808 pela Justiça Eleitoral. Os dados mais re-centes são do mês de julho, quando terminou o prazo dado pelo TSE para registro de novos títulos.

Além das redes sociais, também está liberada a propaganda na in-ternet por meio de sites próprios do candidato, partido ou coligação, mensagem eletrônica e blogs. O programador de sistemas itabirano Daniel Kelles, proprietário da em-

presa Site Ouro Hospedagens, ava-lia que ainda está baixa a procura pela criação de sites de campanha, levando-se em conta o potencial desse tipo de ferramenta. Para ele, os candidatos ainda não assimila-ram a importância da internet para a conquista dos eleitores. “É um es-paço amplo, mais fácil para expor as propostas e não tem limite de divul-gação”, comenta.

Daniel se juntou ao designer Anderson Lopes, sócio da empresa Vista Comunicação, para criar o site “Candidato Campeão” e colo-car na web os que querem se apro-ximar dos eleitores. “A internet tem peso decisivo, sim, porque a grande maioria das pessoas está lá, conecta-da. É um espaço ilimitado, mas que precisa ser usado direito. Da mesma forma que se espalha o que é bom, também se espalha o que é feito de errado”, avalia Anderson.

JOVENS ADAPTADOSA internet não é um campo

novo apenas quando se pensa em eleições, mas uma ferramenta re-cente no Brasil de um modo geral. A rede mundial de computadores começou a ser usada em terras tupi-niquins no fim dos anos 1980, mas só ganhou força na década seguinte. A nova geração cresceu junto com a ferramenta e, por isso, está mais adaptada para lidar com ela.

É nesse cenário que os candida-tos mais jovens tendem a levar van-tagem sobre os mais velhos quando o assunto é a campanha na internet. Eles já estão habituados, conhecem

mais a linguagem e os recursos dis-poníveis. “Os mais novos realmente estão mais atentos. Eles têm o dis-curso da renovação e sabem que é na internet que está o público jovem”, diz Anderson Lopes. Em Itabira, 31 dos 256 candidatos a vereador têm menos de 30 anos. “Os mais velhos, além de não entenderem muito, também têm resistência em apren-der”, completa o designer.

O publicitário Douglas Cota, proprietário da empresa Shine On Comunicação, de João Monleva-de, avalia que a resistência é maior principalmente para aqueles que ganharam várias eleições sem usar a internet. “Fora dos grandes centros, ainda se ganha eleição gastando sola de sapato. O aperto nas mãos do eleitor e o olho no olho ainda valem mais que o ‘essa pessoa vota no can-didato A’, como vemos o dia todo na web”, analisa o publicitário.

Daniel Kelles e Anderson Lopes contam histórias de candidatos sem mínimas noções de internet que os procuraram para fazer sites de cam-panha. “Tem dois que não sabiam ler e nem escrever. Fica complicado prestar serviço, ao menos que ele tenha algum assessor que vá assu-mir esse serviço. Um deles me per-guntou se no e-mail tem que usar o www. Assim você percebe que ele não tem noção alguma do que esta-mos tratando”, narra Anderson.

Já Douglas Cota indica que o ideal é que o candidato tenha al-guém apto para gerir a campanha na internet, especialmente nas redes sociais. “Os candidatos mais jovens têm maior familiaridade com as re-des sociais devido ao período em que cresceram ou que conviveram. Mas um candidato mais velho pode delegar essa função de gestão para alguém em sua equipe que tenha

sua confiança para falar com seus eleitores pela web. Tudo relativo è internet precisa estar incluído na campanha. É fundamental um bom site e um profissional para gerir todo conteúdo web, sistematica-mente”, afirma.

Das últimas eleições para cá, novas tecnologias e ferramentas sur-giram e 2012 deve ser um ano de afirmação de tudo que se iniciou nas últimas campanhas. Entretan-to, os especialistas acreditam que o Brasil ainda está distante do ápi-ce do uso da web, como ocorreu, por exemplo, nos Estados Unidos, quando a internet foi decisiva na campanha do presidente Barack Obama. Porém, as expectativas são de avanço. “Em 2014, com certeza, teremos campanhas sólidas e bem planejadas na web”, prevê Dou-glas Cota. Mais uma prova de que tudo na vida tende a evoluir.

Propaganda na web é ferramenta estratégica nas campanhas

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Page 15: Revista DeFato Ed. 236

Arotina de tranquilidade da pequena Passabém, cida-de com 1.776 habitantes

(IBGE-2010), foi totalmente alte-rada quando, numa madrugada de junho, criminosos chegaram em um carro e explodiram um caixa eletrônico de uma agência do ban-co Bradesco, a única do município.

SeGurAnçA púBLiCA

tranquilidade pELOS ArES

Onda de explosões a caixas eletrônicos assusta e modifica cotidiano de cidades da região

Facilidade para obter dinamite contribui para

crimes, como a explosão ocorrida em Catas Altas

A pacata Passabém viveu dias de tensão com a explosão do único

caixa eletrônico da cidade

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Os bandidos não conseguiram levar dinheiro algum, mas a ação foi mais do que suficiente para assustar os moradores e demonstrar que a onda de crimes cresce o bastante para che-gar a locais pequenos e pacatos.

Explosões de caixas eletrônicos tornaram-se uma verdadeira epi-demia em Minas Gerais no ano de 2012. Ações como as que assustaram Passabém também foram registradas

em outras cidades do interior. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais, no primeiro semestre deste ano, mais de 150 terminais foram alvos de atentados em municípios mineiros. Somente entre os meses de janeiro e março, 73 casos foram registrados, número 119% maior do que o registrado no mesmo período em 2011.

Na região, além de Passabém, também sofreram com explosões de caixas eletrônicos as cidades de João Monlevade, Catas Altas e, mais re-centemente, Senhora do Porto, mu-nicípio de 3,5 mil habitantes. Em Itabira, a última incidência foi em janeiro deste ano, em um terminal no bairro Caminho Novo, mas os criminosos não conseguir explodir o compartimento de dinheiro e fugi-ram sem levar nada.

Outro exemplo é Senhora do Porto, a 120 quilômetros de Itabira e às margens da MGC-120, próxi-mo a Guanhães. Na madrugada do último dia 22 de julho, a cidade teve o seu único caixa eletrônico explo-dido pela segunda vez no ano — a primeira foi em março. Os bandidos fugiram em um Gol preto e ainda dispararam contra um policial civil que tentou impedir a fuga.

NA MADRUGADAEm geral, os crimes têm as mes-

mas características: acontecem pela

madrugada, reúnem uma quadri-lha com muitas pessoas e terminam com fugas em um ou mais veículos — geralmente roubados. No arrom-bamento do caixa eletrônico que fica em frente ao vestiário central da empresa Arcelormittal, em João Monlevade, no mês de maio, as câ-meras de vigilância da siderúrgica flagraram toda ação e serviram para mostrar como é executado esse tipo de crime.

Pelas imagens, é possível ver a chegada de quase uma dezena de bandidos em dois automóveis. Pri-meiro tentam danificar o terminal com um pé-de-cabra. Diante do in-sucesso, eles apelam para as dinami-tes. Em questão de segundos, duas fortes explosões mandam os caixas para os ares. Nem o trânsito de ca-minhões em frente ao local do crime inibe os criminosos. Os homens re-colhem o dinheiro rapidamente, en-tram nos carros e fogemsem serem incomodados.

Em Catas Altas, cidade com 4,8 mil habitantes e que se orgulha do

sossego que é estar aos pés da Serra do Caraça, a tranquilidade foi afeta-da na madrugada do dia 3 de julho. Um caixa do Banco do Brasil e outro do Bradesco foram os alvos dos ban-didos. No primeiro, eles não tiveram sucesso. Mas o segundo foi reduzido a sucatas.

O crime mobilizou a Polícia Militar de Itabira, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Catas Altas e outras cidades. Até o comandante do 26º Batalhão da PM, major Laurito Reis, foi para a cidade, devido à gra-vidade da ocorrência.

Por causa da reincidência desse tipo de ocorrência, o comandante resolveu alterar a rotina dos policiais que integram os efetivos das cidades que pertencem ao 26º Batalhão. “Os crimes acontecem quando a cidade, de um modo geral, está com menos pessoas nas ruas. O anonimato e o fato de ninguém estar observando os infratores é que facilita a vida deles. O que a gente fez foi, depois dessa observação, mudar a rotina desse policiamento, para que, também

RODRIGO ANDRADE

28 Agosto . 2012 DeFato

Page 16: Revista DeFato Ed. 236

durante a madrugada, haja patru-lhamento para coibir a ação dos cri-minosos”, comentou.

No caso de João Monlevade, uma pessoa foi presa, no mesmo dia, em Santa Bárbara. Em Catas Altas houve mais desdobramentos. Durante a fuga, os bandidos capo-taram um dos carros, mas conse-guiram fugir. Durante a noite, no entanto, houve troca de tiros com suspeitos, próximo ao trevo que dá acesso a Bom Jesus do Amparo. Um dos criminosos foi morto e identifi-cado como André Friggi, 37 anos, capixaba, dono de uma extensa ficha criminal. Era, inclusive, acusado de ter matado até um policial federal no Espírito Santo.

A ARMA DO CRIMEOs arrombamentos de caixas ele-

trônicos estão ligados diretamente a outro tipo de crime, o de extravio de explosivos. Neste ano, de acordo

com a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército, 41,1% dos casos de extravio e fur-to de explosivos ocorreram em Mi-nas. Em 2011, foram notificados 44 casos em todo o país, 15 deles em território mineiro. Em 2012 já fo-ram 17 ocorrências no Brasil, sete em Minas. Em todo estado, 700 empresas trabalham com explosivos. O cálculo é que 1,04 tonelada des-se material foi roubada no primeiro semestre.

Por causa de dados como es-ses, é que, em maio deste ano, ho-mens do Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro, sediado em São João Del Rei, e da 12ª Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito da Polícia Militar se uni-ram para uma operação de combate ao extravio de explosivos. As equipes visitaram empresas em Itabira, João Monlevade, Ipatinga, Belo Oriente, Timóteo, Caratinga, Nova Era, Rio

Piracicaba, Bela Vista de Minas, Ba-rão de Cocais, São Gonçalo do Rio Abaixo, Santa Bárbara e Catas Altas.

Os militares foram até minera-doras, pedreiras e empresas que co-mercializam explosivos. O Exército teve o papel de fiscalizar o armazena-mento e orientar sobre os cuidados com os materiais e segurança. Já a PM de Meio Ambiente vistoriou as licenças ambientais dessas empresas. Também foi intensificado o patru-lhamentos nas rodovias estaduais e federais no período noturno, prin-cipalmente nas vias de acesso aos municípios.

Outra iniciativa para brecar a onda de explosões de caixas eletrôni-cos foi a operação “Força de Minas”, organizada pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e que reuniu esforços da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Exército Brasileiro, Ministério Público e Secretaria de

Estado da Fazenda. É uma força--tarefa com o objetivo de apertar a fiscalização e a investigação dos cri-mes de arrombamentos a terminais bancários.

A operação será feita em datas alternadas, simultaneamente, em várias regiões do estado. As áreas de atuação foram definidas pelas inte-ligências das instituições. Também foram definidos quatro grupos de trabalho temáticos. Um grupo é res-ponsável pela formação de um ban-co de inteligência, com informações qualificadas sobre envolvidos nos crimes e as formas de prática destes delitos; outro grupo pelo reforço das ações já realizadas de investigação e repressão; um terceiro pela fiscaliza-ção do armazenamento e comerciali-zação de explosivos em Minas; e um quarto por uma fiscalização mais genérica das atividades das minera-doras.

INTERIOR EM ALERTA

A incidência de explosões em caixas eletrônicos em pequenos mu-nicípios é mais um fator que com-prova a migração da criminalidade para o interior. Acuados nos gran-

des centros e incentivados por uma menor presença de efetivos policiais, os bandidos chegam para quebrar a tranquilidade e apavorar os morado-res.

“A interiorização do crime é um fenômeno que vem acontecendo já há bastante tempo. Segundo estu-diosos, isso acontece porque as pes-soas entendem que a vulnerabilidade é maior nessas cidades menores. Não só a questão dos arrombamentos de caixas, mas também em outras mo-dalidades”, analisa o major Laurito

Reis. “O infrator se sente ameaçado nos grandes centros, por causa da repressão que vem acontecendo por parte das forças policiais, e acaba migrando para encontrar em outros locais aquilo o que ele deseja, que é a facilidade para a prática do ato ilíci-to”, completa.

Para o comandante da PM, a po-pulação pode contribuir com o tra-balho das polícias. Ele alerta para a importância dos moradores denun-ciarem quando notarem algo suspei-to, como carros com placas de outras cidades rondando por várias vezes as proximidades dos caixas eletrônicos. A PM também orienta os gerentes de bancos. Em encontros que ocorreram em Itabira, os militares pediram aos bancários que coloquem sistemas de monitoramento em todos os terminais e que tranquem as portas daqueles que não funcionam depois das 22 horas.

Os prejuízos financeiros cau-sados pelas explosões não são di-vulgados pelas agências bancárias donas dos caixas eletrônicos. Tam-bém não dá para calcular os refle-xos causados às populações de ci-dades pequenas atingidas por esse tipo de crime. Até porque, tran-quilidade não tem preço.

Fragilidade da segurança nos terminais do interior estimula ação de criminosos

Exército e PM realizam operações em empresas que estocam explosivos na região

Agentes bancários também receberam orientações sobre segurança

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Na passagem de 2011 para 2012, Minas Gerais vi-veu um dos períodos

chuvosos mais críticos da história. A Defesa Civil Estadual fechou seu balanço registrando quase três milhões de pessoas afetadas em mais de 200 cidades. Cerca de 50 mil tiveram que deixar suas casas. Na mesma proporção, os estragos atingiram as estradas que cortam o estado. Para se ter uma ideia, pon-tes caídas foram mais de 200.

Os índices de pluviosidade

registrados nas regiões Central e Zona Mata foram os mais signi-ficativos, de acordo com o mete-orologista Cleber Souza, do 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na região Centro-Leste, além dos danos cau-sados às cidades e famílias — mos-trados na Edição 229 de DeFato — as estradas até hoje apresentam o déficit da última época chuvosa.

Cleber Souza acredita que em 2012 as chuvas devem se intensi-ficar a partir da segunda quinzena de outubro. Há menos de três me-ses de um novo período chuvoso

eStrAdAS

se iniciar, buracos, erosões, trincas, rachaduras e afundamentos de pis-ta ainda causam desconforto, ris-cos e prejuízos aos motoristas.

A MGC 120, uma das princi-pais ligações entre as microrregiões do Médio Piracicaba e Médio Es-pinhaço ao Jequitinhonha e Nor-te de Minas, é um dos exemplos mais evidentes da precariedade das rodovias. Próximo ao trevo de Ferros, no km 385, uma erosão provocou afundamento ao longo de dez metros da pista, no sentido Belo Horizonte. Logo após o fim das chuvas, a área danificada foi cercada por uma lombada de asfal-to, para conter o avanço da erosão

Há menos de três meses de começar um novo período de chuvas, estradas da região continuam em péssimas condições

Erosão na MG 120 é resultado do último período de chuvasFO

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e limitar a passagem dos veículos. Além disso, dois quebra-molas fo-ram colocados, antes e depois do trecho afetado, para evitar tráfego em alta velocidade no local.

Na MG 129, estrada que mar-geia Itabira e liga a MGC 120 a MG 434, em determinados tre-chos o asfalto já nem existe mais. É o caso do ponto próximo à entrada da rampa de Voo Livre de Itabira, no km 9, onde um afundamento de pista obrigou motoristas a usar um desvio por vários anos. A área havia sido restaurada, mas novos afundamentos de pista e racha-duras no asfalto surgiram após as chuvas, dificultando o tráfego no local.

Na mesma rodovia, a poucos metros do trecho citado, no km 6, uma cratera ocupa meia pis-ta no sentido Belo Horizonte. O problema está situado em uma curva, numa descida, e obriga os motoristas que seguem em direção à capital a invadirem a contramão para não cair no buraco. Apesar de

haver sinalização, pelas caracterís-ticas da via, o risco de acidentes é iminente.

O motorista Genílson Leonar-do Félix, 57, nascido em Nova Era e residente em Cariacica-ES, queixa-se dos prejuízos causados pela falta de manutenção: “Só nes-te ano já gastei mais de 20 mil reais em reparos no meu caminhão. Mo-las, pneus e até uma peça do eixo dianteiro já tive que trocar. Não há mola que resista a estradas com tantos buracos. De que vale pagar IPVA e tantos outros impostos se não somos respeitados na hora de fazer nosso trabalho?”, questiona.

Já o representante comercial Leonardo Duarte, 32, de Gua-nhães, reclama dos riscos de aci-dentes provocados pelas erosões na MGC 120. “Como trabalho viajando, sinto que estou em ris-co o tempo todo. A pouco metros do trevo de Ferros existem erosões dos dois lados da pista. Alguns dias atrás, desviando de uma erosão, mesmo em baixa velocidade, quase

bati de frente com outro carro, que teve de desviar de outra erosão, do outro lado da pista. Como o lo-cal está mal sinalizado, até quem conhece a estrada pode sofrer um acidente a qualquer momento”, diz Leonardo.

TRÁFEGO PESADO-Em janeiro de 2012, O Depar-

tamento de Estradas e Rodagem (DER-MG) realizou uma opera-ção tapa buracos na MGC 120, no perímetro que liga Itabira a Nova Era. No entanto, antes mesmo de as chuvas se intensificarem, novos buracos já causam transtornos a quem transita pela rodovia. Na sa-ída de Itabira o problema é mais evidente, com o surgimento de “panelas”. Mas buracos menores e outros em tamanho considerável estão presentes ao longo dos 30 km de extensão do trecho.

No final de fevereiro, quando o período chuvoso perdia intensida-de, devido aos buracos que já exis-tiam na estrada, a situação foi de-

Na MG 129, em alguns trechos, o

asfalto já nem existeCAMInHOSCOMprOMETIdOS

33www.defatoonline.com.br

Page 18: Revista DeFato Ed. 236

Também na MG 129, erosão situada numa descida em curva obriga

motoristas a trafegarem na contramão

Estrada de Nova Era a Itabira continua vulnerável

ao tráfego pesado

batida na Câmara Municipal de Ita-bira, ocasião em que o Coordenador da 12ª Região do DER-MG, Álvaro Goulart, apontou fatores complica-dores e classificou a rodovia como “erro de planejamento”.

De acordo com o coordenador, a estrada, utilizada como rota alter-nativa à BR-381 por grande parte dos caminhões pesados que passam pela região, registra, em média, trá-fego de quatro mil veículos por dia. Quando foi construída, a estimativa do governo era de que somente mil veículos trafegassem pela rodovia, diariamente.

A base malfeita sobre a asfalto é, de acordo com Álvaro, o principal fator a comprometer as condições da pista. Na época, ele apontou como solução a colocação de um novo revestimento asfáltico, mais grosso, condizente com o volume atual de tráfego. Embora o DER-MG reco-nheça a necessidade, ainda não há estimativa sobre quando os reparos serão feitos.

PROMESSA DE INVESTIMENTOS

Em abril de 2012, em entre-vista a DeFato, o coordenador da 12ª Região do DER-MG foi ques-tionado sobre as péssimas condi-ções das rodovias da região. Álvaro Goulart reconheceu dificuldades surgidas a partir do grande volu-me de chuvas e até do relevo da re-gião, em determinadas situações. Ele assegurou que estão sendo in-vestidos mais de um bilhão de re-ais em recuperação de estradas no estado, por meio do Programa de Recuperação e Manutenção Ro-doviária de Minas Gerais (PRO--MG).

Com a implantação do progra-ma, no mínimo mais seis balanças serão implantadas na região, a fim de que se estabeleça um melhor controle da quantiade de cargas que os veículos pesados transpor-tam pelas rodovias que cortam o Centro-Leste mineiro.

O lançamento do PRO-MG na região de Itabira havia sido agendado para o final do último mês de julho, mas, por decisão da Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop) e do DER-MG, o evento foi adiado.

Até o fechamento desta edição (em 15 de agosto), estava prevista para o dia seguinte, às 9h30, no te-atro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, a visita do governador Antônio Anastasia a Itabira. Ele participaria do lan-çamento do PRO-MG na região, com investimentos estimados em R$ 275 milhões para 939 quilô-metros de estradas.

De acordo com Álvaro Gou-lar, durante o evento o governa-dor explicaria como o programa comtemplará os trechos danifi-cados citados nesta reportagem. Informações sobre o lançamento do PRO-MG e a visita de Antô-nio Anastasia a Itabira, leia em www.defatoonline.com.br. servar a velocidade e a dis-

tância em relação ao veículo da frente. Quanto maior a velocidade, maior deve ser a distância de um veículo para o outro.

É muito importante, se-gundo a instrutora, ficar atento à sinalização, espe-cialmente nas condições que exigem mais perícia do condutor, como dirigir sob chuva ou à noite. Nesses casos, para uma viagem se-gura, recomenda-se sempre que o farol esteja regulado, para evitar ofuscamentos e, por consequência, a má vi-sualização de possíveis obs-táculos na pista. Ajustes nas luzes de posição e atitudes como abrir o vidro ou ligar o ar condicionado também podem assegurar boa visibi-lidade.

Erosões e buracos na pista exigem posturas e procedi-mentos específicos dos condu-tores. De acordo com a instru-tora de trânsito Idalina Calixto, diretora de ensino do Centro de Formação de Condutores Líder, de Itabira, ao se deparar com esses tipos de condições adversas, o motorista deve praticar direção defensiva.

A primeira dica é reduzir a velocidade, para que haja tempo de desviar com se-

gurança. De acordo com Ida-lina, é comum que os moto-ristas simplesmente desviem para a esquerda. Outra atitude importante é não trafegar co-lado no veículo da frente, pois

a visualização de buracos pode ser reduzida nes-

ses casos, a ponto de provocar colisões.

É preciso sempre ob-

DICAS IMPORTANTES

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Page 19: Revista DeFato Ed. 236

Resultado natural do cresci-mento da cidade, o mais novo loteamento de Itabi-

ra oferece uma oportunidade ímpar para quem quer investir ou construir sua casa própria. Com um conceito moderno de infraestrutura urbana, a IMG Empreendimentos Imobiliários projetou e está lançando o Loteamen-to Flamboyant, com 324 lotes entre 250 m² e 656 m², localizado em um terreno com mais de 219 mil m² na região que mais cresce na cidade.

Cada unidade custa entre R$ 50 mil e R$ 75 mil e pode ser financia-da na própria empresa ou por meio da Caixa Econômica Federal (CEF). “A prestação é de R$ 449,00, o que facilita bastante o pagamento”, diz o engenheiro civil Bernardo Lage, dire-

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mando cada vez mais da propriedade e a família decidiu transformar a he-rança em oportunidade de negócio.

Corretores das principais imobili-árias receberam a notícia com muito bom grado. Afonso Geraldo, pro-prietário da Confiança Imóveis, diz que Itabira tem uma defasagem em moradia e este loteamento vem suprir uma demanda latente. “Antes mesmo do começo das vendas, muitos clien-tes já estavam cadastrados em nossa imobiliária. Outro ponto importante é sobre a infraestrutura. A empresa é conceituada e promete entregar tudo pronto em um ano”, afirma o corre-tor.

Sidney Almeida Lage, diretor-pre-sidente da Aplik Imóveis, ressalta: “A excelente topografia facilita demais a

tor da IMG, se referindo às condições de pagamento. Pela Caixa, o cliente ainda conta com completa assessoria para fechar negócio e comprar seu lote com prestações mensais decrescentes e a menor taxa de juros do mercado.

No caso do financiamento junto à incorporadora, com o pagamento de 10% de entrada é possível parcelar o restante em até 100 prestações.

O Loteamento Flamboyant vai de encontro ao desenvolvimento do município. “A cidade pede passagem, estamos dando”, afirma Paulo Celso Lage, pai de Bernardo e empresário do ramo de energia. A área loteada é uma antiga fazenda que pertencia a Orlando Martins Lage, pai de Paulo, muito conhecido por ser de família tradicional. A cidade foi se aproxi-

construção. O bairro será todo com-pleto, com passeio de 2,5 metros, ruas largas e estrutura excelente. Uma boa oportunidade para qualquer pessoa comprar um lote”. Segundo o corre-tor, a média de valorização de lote-amentos é de 25% ao ano. “Não há investimento melhor”, garante.

Otimista, Marco Aurélio Garcia Matos, da Marco Aurélio Imóveis, também acredita muito no empreen-dimento. “Vem atender a uma neces-sidade do mercado. Acredito muito por dois motivos: primeiro por se tratar de um loteamento totalmente legalizado e urbanizado. Segundo pela facilidade de se comprar direto com a construtora ou através da Caixa Eco-nômica Federal”, destaca. Ao classifi-car a região como a que mais cresce,

Pai e filho, Paulo Celso e bernardo

coordenam juntos o empreendimento

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OPORTUNIDADEÚNICA

Loteamento oferece unidades com preços acessíveis

Localizado em uma região promissora, LoteamentoFlamboyant oferece lotes a preços e condições imperdíveis em Itabira

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INFRAESTRUTURA

LOCALIZAÇÃO

MEIO AMBIENTE

O Loteamento Flamboyant, na região do bairro Gabiroba, foi estruturado para oferecer bem-estar, qualidade de vida e garantia de um investimento que atende a todas as exigências da legislação atual. O empreendimento oferece vários diferenciais:

- Documentação totalmente regularizada;- Localização privilegiada, situado numa área mais alta e de topografia suave;- Mais de 66 mil m² de áreas verdes e de preser-vação permanente (APP);

- Previsão de 7.422 árvores plantadas;- Planejamento urbanístico que privilegia o or-denamento territorial com a instalação de qua-dras e lotes em harmonia com os espaços;- Construção de redes para abastecimento de água e coleta de esgoto, com a garantia de for-necimento do Saae;- Redes de energia elétrica e iluminação pública em todas as ruas;- Loteamento com ruas asfaltadas com largura entre 8 m e 9 m;- Possibilidade de construir rapidamente.

O Loteamento Flamboyant está na parte mais tranquila do bairro Gabiroba, próximo à Unifei, ao Ginásio Poliesportivo e ao Parque de Exposições Virgilio Gazire. A localização privilegiada permite fácil resolução das prin-cipais necessidades da vida cotidiana: escola, supermercado, padaria, PSF, farmácia e muito mais

A região é atendida por linhas de ônibus urbanos que fazem o itinerário entre vários bairros e o centro da cidade. A Avenida Almir Pessoa de Magalhães permite fácil acesso ao Flamboyant, com maior mobilidade e rapidez para o fluxo de veículos. A área tem forte po-tencial de expansão comercial e de serviços, o que valorizará os imóveis.

A IMG tomou todas as precauções para que a caracterização ambiental do empreendimen-to fosse devidamente relatada nos estudos ambientais. O loteamento apresentou diversos estudos técnicos que foram aprovados, com-provando a preocupação com o meio ambiente e com o pleno cumprimento da legislação vi-gente:

- Estudo de Impacto da Vizinhança;- Relatório de Controle Ambiental;- Inventário Florestal;- Plano de Gestão de Resíduos Sólidos;- Projetos de Abastecimento de Água e Esgota-

mento Sanitário;- Projeto Urbanístico;- Levantamento Planialtimétrico;- Planta do Estudo de Declividade;- Planta das Interferências Existentes;- Planta de Situação;- Planta de Locação de Eixo das Vias Públicas;- Perfis Longitudinais e Seções Transversais;- Projeto de Drenagem;- Projeto de Paisagismo;- Projeto de Pavimentação;- Memorial Descritivo do Perímetro do Imóvel, Áreas Públicas, Quadras e Lotes;- Planilha de Estudos Hidrológicos.

IMOBILIÁRIAS PARCEIRAS

Aplik Imóveis - Av. Mauro Ri-beiro Lage, 65, Esplanada da Estação. Telefones: (31) 3831-1500 e 3831-1299

Confiança Imóveis - Rua Zeca Amâncio, 42, sala 08, Centro. Telefones: (31) 3831-1750 e 8676-1750

Marco Aurélio Imóveis - Av. Mauro Ribeiro Lage, 675, loja 4, Esplanada da Estação. Telefo-ne: (31) 3834-3344.

abrigar espaços de convivência, áreas esportivas, teatro, laboratórios, entre outros. Ao todo, a Unifei deve receber 10 mil estudantes após a construção de todos os prédios.

RAíZES CRAVADASA IMG Empreendimentos Imo-

biliários é uma empresa dirigida por itabiranos, especializada no setor resi-dencial e focada em antecipar as ne-

cessidades atuais e potenciais do mer-cado. Em franco crescimento, reúne profissionais de comprovada experi-ência no setor e permanente compro-misso com a qualidade dos serviços.

A sede fica em Belo Horizon-te, mas o carro-chefe dos projetos encontra-se em Itabira. “Nossa em-presa também tem raízes aqui”, diz Paulo, sócio-fundador da IMG. A decisão de investir na cidade natal

se deve ao bom momento da eco-nomia itabirana. O cenário atual é positivo e o futuro muito promissor, principalmente com a expectativa de o município se transformar em refe-rência em geração de conhecimento e tecnologia. Numa terra de oportu-nidades, a IMG aposta no sucesso de vendas do Loteamento Flamboyant e vislumbra novas oportunidades, tan-to em Itabira quanto na região.

Marco Aurélio complementa: “Será um excelente investimento”.

Sintonizada ao atual contexto so-cioeconômico, como bem destacou os corretores que farão as vendas dos lo-tes, a IMG vai entregar a seus clientes lotes no ponto de construir, com toda infraestrutura: asfaltamento, água en-canada, esgoto, iluminação pública,

drenagem pluvial e meio-fio. “É um loteamento 100% regularizado e pa-vimentado. O proprietário vai receber a escritura e todos os documentos em mãos”, garante Bernardo.

Outro fator que promete valorizar ainda mais a região é a instalação do campus avançado da Unifei. Próximo ao residencial Flamboyant, no Dis-

trito Industrial II, a universidade é entendida pela sociedade como uma garantia do futuro econômico e social do município, projetando o fim do ciclo da mineração.

O projeto universitário é inédito no Brasil e atende padrões interna-cionais. A área a ser construída mede aproximadamente 100 mil m² e vai

Os lotes serão vendidos nas imobiliárias de Itabira:

Terreno está situado em mais de 219 mil m² no Gabiroba, um dos bairros que mais cresce em Itabira.

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Page 21: Revista DeFato Ed. 236

PATRÍCIA EMILIANO

Marujos Nossa Senhora do Rosário já havia recebido o título. Segundo os decretos, os registros justificam--se pelos valores histórico, antropo-lógico, sociológico e cultural que os congados representam.

Para Gládevon Costa, diretor da Casa da Cultura de João Monle-vade, o tombamento (registro) das guardas de congado significa man-ter um precioso bem da cidade. “As guardas de João Monlevade fi-caram, desde sua criação até então, esquecidas. Os grupos estavam aca-bando por falta de investimentos e apoio. O registro foi a maneira en-contrada de fazer algo objetivo em prol deles”, diz Gládevon.

O diretor acredita que a me-lhor forma de manter os grupos de Congado é garantir parte dos inves-timentos advindos do ICMS Cul-tural. “Fazer o registro é mais uma das ações realizadas com o objetivo

de preservar, por meio da aplicação de legislação específica, os bens de valor histórico cultural e afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou desca-racterizados”.

Para a historiadora Mariana Sousa Bracarense, o registro das guardas como patrimônio imate-rial do município justifica-se por sua posição de destaque no contex-to cultural da cidade. “Trata-se de grupos tipicamente brasileiros, que tiveram suas práticas no âmbito da fé católica através da formação das irmandades legais para conduzir a vida religiosa de negros forros e libertos na colônia. Por meio des-ses grupos, parte dos moradores de João Monlevade alcançou o au-torreconhecimento e restabeleceu, pela devoção, laços de solidariedade e afirmação cultural”, explica a his-toriadora.

TENDêNCIA REGIONALEm Nova Era, duas guardas de

Congo, desmembradas da mesma guarda, de Nossa Senhora do Ro-sário, irão se tornar bens imateriais: uma de raízes tradicionais, do bair-ro Estação, e outra surgida na Vila Santa Rosa — essa última eman-cipada em 6 de outubro de 1985, quando coroou seus próprios Rei e Rainha Conga.

Na cidade, é possível ver refe-rência da devoção dos escravos a Nossa Senhora do Rosário na Igreja Matriz de São José da Lagoa. Trata--se do retábulo colateral do lado direito (do evangelho), ocupado pela Virgem do Rosário em seu tro-no, como titular, e ladeada por São Benedito e Santa Efigênia. É uma evidência de que o culto a Nossa Senhora do Rosário foi introduzi-do nos primórdios de São José da Lagoa (antigo nome da cidade), VALOR

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Registro de grupos de congado da região como bens imateriais pode ajudar a perpetuar a tradição

Em um cortejo alegre e dançante, eles atraem olhares por onde passam. Os espelhos dos chapéus, conforme a tradição, são para cortar

cargas negativas enviadas pelas pessoas. As fitas colo-ridas de cetim, esvoaçantes e rodopiantes, o batuque dos tambores, sanfonas e violas anunciam a passagem dos reis e rainhas vestidos em trajes de gala. Assim, aos cânticos em louvor a Nossa Senhora do Rosário ou ao santo festeiro, se apresenta o Congado. Os grupos são reconhecidos como importantes manifestações em todo o estado.

Originário do Congo, na África, os grupos de con-gado se inspiram no cortejo feito aos Reis Congos, em

expressão de agradecimento do povo aos seus gover-nantes. Em virtude da colonização portuguesa, os afri-canos trazidos para o Brasil como escravos acabaram cristalizando a tradição, mesclando-a com elementos da cultura local. Em Minas Gerais, além da devoção a Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, há também o culto a Santa Efigênia, conhecida entre os católicos como protetora do lar.

No último mês de julho, a Associação Cultural do Congado de Laranjeiras e a Guarda de Congado Nossa Senhora do Rosário e São João Evangelista, em João Monlevade, passaram a fazer parte, formalmente, do patrimônio histórico da cidade. Por meio de registro os dois grupos foram reconhecidos como “bens imate-riais culturais” do município. Em 2010, a Guarda de

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Grupos monlevadenses já foram reconhecidos como bens imateriais

RECONHECIDO

Page 22: Revista DeFato Ed. 236

no Século XVIII. Era comum às irmandades que não tinham suas próprias capelas construírem retábu-los nas capelas que já existiam, com direito a sacrário e à realização de suas celebrações litúrgicas.

Até as primeiras décadas do sécu-lo XX, era nessa igreja e no seu largo que aconteciam as celebrações da Ir-mandade de Nossa Senhora do Rosá-rio. Depois foi construída, no bairro Centenário, a Igreja do Rosário, para a qual foram transferidas as festivida-des. Antigamente, a festa durava 12 dias. Hoje, após os dias de novena, no último sábado do mês de outubro, é promovido o “hasteamento do mas-tro”. No domingo, clamores a Nossa Senhora do Rosário, com direito a celebrações, coroações, almoço cole-tivo, muita dança, tambores e sanfo-nas.

Conforme conta o diretor muni-cipal de Cultura e Turismo da cidade, Albany Júnior Dias, a iniciativa de re-gistrar as guardas, cujo processo está

em andamento, partiu da própria ad-ministração municipal. O objetivo, de acordo com Albany, é documentar os grupos e garantir o seu futuro.

PROMESSA DE REGISTRO

Em Itabira, o grupo de maru-jos de Nossa Senhora do Rosário, do Bairro Água Fresca, também tem buscado o mesmo reconheci-mento. De acordo com Antônio Marcos Beato, 72 anos, presiden-te da Associação das Congadas da cidade, existe um forte movimen-to para que o grupo seja tombado como bem imaterial.

Filho de marujeiro, Antônio herdou do pai a paixão pela tradi-ção que o acompanha desde meni-no. Ao lado de outros membros da comunidade, articula o registro da guarda. “Já tivemos algumas reuni-

ões com o diretório dos congados para iniciar o processo. Só dessa forma o Ministério da Cultura saberá da nossa existência e ficará mais fácil conseguir verbas para dar continuidade aos trabalhos. Tenho medo de que os grupos de marujeiros acabem por falta de re-cursos”, afirma o congadeiro.

Na cidade, atualmente, existem dez grupos de marujos registra-dos. Mas as guardas ficaram muito tempo inativas, segundo Antônio. O resgate ocorreu por intermédio de José Margarido Maria, do dis-trito de Senhora do Carmo, quan-do, em 1973, criou a Guarda de Marujos Nossa Senhora do Rosá-rio do Bairro Água Fresca. “Ele co-meçou a reunir alguns meninos e formou a guarda. Depois veio Seu Expedito, do bairro Gabrioba, que é um dos marujeiros mais antigos

que temos”, diz.Além de fazer o possível para

tentar preservar a cultura, Antônio também luta para implantar o pro-jeto marujo mirim, cujo objetivo é ensinar crianças a dançar a maru-jada e a fazer instrumentos, além de ter uma ocupação. A Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA) é parceira dos grupos e tem lhes dado oportuni-dades de se apresentar. “Mas preci-samos de mais apoio. Em Itabira, por exemplo, como Nossa Senhora do Rosário é a padroeira da cidade, acredito que essa manifestação pre-cisaria ser mais valorizada”, alerta.

Seja onde for, mais do que ale-gria, os grupos de congado expres-sam a luta de um povo de fé, que busca perpetuar tradições e en-sinar a jovens e crianças o valor das riquezas do passado.

FESTAS DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO NA REGIÃO

Nova Era: 30 de setembro, no bairro Vila Santa Rosa, e 28 de outubro, no bairro da Estação;

obs: As festividades têm início nove dias antes dessas datas, com as tradicionais novenas

Ferros: 14 de outubro

Barão de Cocais: 5 a 14 de outubro (distrito de Cocais)

São José do Goiabal: 21 de outubro

Itabira: 14 de outubro, no Morro Redondo

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Em Nova Era, registro de grupos garantirá con-

tinuidade da tradição

Marujos itabiranos, do Água Fresca, ainda se articulam para conseguir o registro

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As crianças costumam projetar a figura do pai como um “he-rói da vida real”. É por isso

que, durante a transição para a vida adulta, aqueles que dedicam aten-ção e amor são capazes de influen-

ComportAmento

FILHOSDE PEIXE...

baseados nos bons exemplos que têm em casa, eles consolidam carreira demonstrando a

competência dos pais

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ciar atitudes e opiniões de quem os admiram desde cedo. Mais do que ensinar valores, o simples fato de ser pai gera expectativas. A postura de-les os tornam fundamentais para as escolhas dos filhos.

Para o exercício da profissão, quem tem um bom exemplo em casa costuma espelhar-se nele. O

pai, fonte de carinho e conforto, se transforma, também, em referência de bom profissional.

No mês em que se comemora o dia deles, DeFato homenageia a todos contando a história de filhos bem-sucedidos que procuraram se-guir ensimanentos que vieram com uma dose de amor.

Muito além da Medicina“Eu me emociono mui-

to ao falar do meu pai, pois sua vida e carreira são dignas de homenagens, afinal nunca conheci alguém que fosse tão completo. Ele foi o motivo pelo qual me apaixonei por essa profissão”. Os elogios são tecidos pela médica nefrolo-gista Ludmila Nunes Costa Gomes a seu pai, o também nefrologista Marco Antônio Gomes, médico do Hospi-tal Nossa Senhora das Dores (HNSD), de Itabira.

Ludmila tem 27 anos, o pai, 55. Ainda que haja 28 anos de diferença em relação a pai e filha, na especializa-ção dela, diversos professores foram os mesmos que con-tribuíram para a formação do médico. Inevitavelmente, vieram as comparações. En-tretanto, o que poderia causar mal-estar em alguns, enche de orgulho a moça, que explica o motivo: “Sempre o relacio-navam a mim pela simplici-dade, carinho, muito estudo e amor à profissão”. Caracte-rísticas que prevalecem como maiores qualidades da filha, segundo Marco Antônio. “Na profissão, na dedicação e amor ao próximo, assim como na paciência, somos simplesmente iguais”, afirma o pai. O médico diz ainda se surpreender com tamanho zelo que a filha demonstra por ele e pela mãe, Francisca.

Ela trabalha em duas unidades de Hemodiálise do Hospital Evan-gélico, em Contagem e na capital mineira. Desde o término da espe-cialização, Ludmila alimenta o so-nho de um dia poder trabalhar junto do pai, em Itabira. Porém, para reali-

zar tal desejo, ela cobra de si mesmo aperfeiçoamento e prática. Só assim se sentirá apta a trabalhar com aque-le que chama de maior professor. O mestre também inspira os outros filhos, Renzo e Antônio Henrique, ambos estudantes de Medicina.

Como ninguém é imune a fa-lhas, para doutor Marco Antônio,

a paciência e o respeito aos limites são os melhores antídotos a possíveis imprevistos no percurso. “Quanto aos erros, mostro a ela que há um caminho melhor a ser seguido e aci-ma de tudo, sempre estarei ao seu lado como pai para apoiar e ajudar a se erguer novamente”, finaliza o médico.

Marco Antônio é a inspi-ração de Ludmila para o

exercício da profissão

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Unidos pela notícia Direito de amar

Os quatro filhos do jornalis-ta Celso Charneca Leopoldino, gerente de Relações com Comu-nidades da mineradora Anglo American, seguiram seus passos ao escolher atividades ligadas à Co-municação Social para a carreira. Dois deles influenciados de for-ma bem direta: Gustavo, repórter do Diário de Itabira e Tatiana Li-nhares, assessora de comunicação, ambos formados em Jornalismo. Outra filha, Débora, é formada em relações-públicas. Já Isabela irá se formar em Design Gráfico.

Por fazer da leitura e do acom-panhamento aos jornais algo cons-tante em casa, Celso via no Jornal Nacional o “momento família”, reunindo a todos na sala para as-sistir ao noticiário. E assim nasceu o interesse dos filhos em atuar na área da Comunicação.

Gustavo relata que, por ser tí-mido, quando entrou na faculda-de, os pais imaginaram que ele te-ria dificuldades. No entanto, já na

realização do primeiro estágio pro-fissional, o pai serviu de inspiração para que continuasse a trajetória acadêmica. “Nesse início, meu pai teve um papel muito importante, já que o escolhi como crítico dos textos que fazia. Passei a aperfeiço-ar meu trabalho por meio de seus conselhos”, revela.

O filho diz que não existem comparações com Celso, talvez por conta da atuação em áreas distintas. “Ele é visto como um profissional responsável, ético e de trabalho inquestionável. Essa re-putação é a que nos acompanha, o que nos leva a ser tão responsáveis quanto ele. Acredito que manter o mesmo padrão profissional é um dos grandes legados que ele nos deixou, nos impulsiona a dar o nosso melhor sempre”, diz, orgu-lhoso.

Da mesma maneira, Tatiana se diz orgulhosa. Para ela, o pai foi o grande responsável para que optasse pela Comunicação Social.

Ela atribui o gosto pela leitura também à mãe, Alice Leopoldino, que sempre a estimulou a ler em casa. Assim como o irmão, Tatia-na diz que o “momento Jornal Na-cional” era uma fonte de conhe-cimento da família. A diferença em relação a Gustavo, ela resume: “Nunca precisamos lidar com as comparações”. Mas ela sabe que o fato de ser filha de Celso a abriu portas e serviu de inspiração para desenvolver seu trabalho.

Sobre a relação profissional estabelecida pelos três comunica-dores, de acordo com Celso, mes-mo atuando em áreas e empresas distintas, temas ligados à profissão são constantemente discutidos em casa, o que resulta numa relação pautada por muitas conversas e conselhos. Talvez por isso, os fi-lhos se mostrem bastante críticos em relação aos mais diversos as-suntos “E isso é muito positivo. Essa é a maior qualidade deles”, resume o pai, satisfeito.

O sacrifício do advogado mon-levadense Teotino Damasceno Filho, de 58 anos, para se gradu-ar na década de 1990 é algo que comove as três filhas, Brenda, Taís e Isabela. Mas foi Brenda Miranda Damasceno, de 30 anos, que re-solveu seguir os passos do pai. O privilégio e a admiração são tantos que ela trabalha no mesmo escritó-rio de advocacia há cerca de quatro anos. A exemplo de Teotino, ela é especialista em Direito Público. O advogado, casado com Maria Na-zaré, avalia que o ambiente de tra-balho é de muito companheirismo e parceria.

Na época de faculdade, Teotino poderia ser tachado como pai au-sente, pois, além de trabalhar na Belgo Mineira, hoje ArcelorMittal, nos momentos de lazer, precisava

viajar para estudar. Mas ao invés de ser motivo de trauma, a atitu-de serviu de incentivo e exemplo de determinação para Brenda. Para ela, todo o empenho do pai a mo-tivou a seguir o mesmo caminho. “Toda a família se envolveu em prol do sonho dele e sua realização nos trouxe muito orgulho. É um advogado apaixonado pela profis-são. Toda essa dedicação e trajetória certamente me inspiram”, conta a advogada.

Como ser humano, é natural que existam as diferenças, mas Te-otino diz que elas são amenizadas no trabalho lado a lado com a filha. “Ambos nutrimos um amor muito grande pela advocacia”, garante.

Ser comparada ao pai é algo que não incomoda Brenda, pois ela re-conhece a lisura do caminho traça-

do por ele no Direito e, por isso, busca se superar a cada dia. Con-selheiro de Brenda, Teotino lida com as falhas da filha de maneira natural, pois sabe que também é suscetível a erros. Nem por isso, “passa a mão na cabeça” quando eles ocorrem.

Sempre orgulhoso da filha, Te-otino assegura: “Suas maiores vir-tudes são a atenção e o fato de ser muito estudiosa. Ela tem grande preocupação com a justiça e com o ser humano”. E ela logo completa: “Eu o amo como pai e o admiro en-quanto advogado. Sinto-me privile-giada por trabalharmos juntos”.

Todo o aprendizado é fruto do amor e da dedicação, características de pais zelosos. Relações assim costumam resultar na criação de filhos bem edu-cados e preparados para a vida.

Trabalhando em parceria, Teotino e brenda cultivam admiração mútua e ideais em comum

Tatiana, Celso e Gustavo estabeleceram uma relação

pautada na comunicação

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Aatleta itabirana Érica Adria-na Ferreira, de 24 anos, deve quase tudo que tem ao espor-

te, mais precisamente ao Taekwondo. Ela se iniciou na modalidade aos seis anos, enquanto assistia a um treino no Valeriodoce, com a mãe, prati-cante da arte marcial quando soltei-ra. Érica sentiu-se tão à vontade que entrou no meio do treino para dar largada à promissora carreira.

Morando em São Paulo desde 2008 e atuando como professora de Taekwondo, a atleta entende que o fato de ter-se tornado esportista na

infância lhe proporcionou melhor condicionamento e diversos benefí-cios em termos físicos, como mais disposição para as atividades diárias e melhor raciocínio. “Tenho tam-bém maior controle sobre minhas ações e não apresento nenhum pro-blema na saúde”, assegura.

Para obter um desempenho dife-renciado, ela se acostumou a treinar pesado, com descanso apenas aos domingos. Por nove anos integrante da Seleção Brasileira de Taekwon-do — foi campeã mineira, paulista e brasileira diversas vezes, além de campeã sulamericana, em 2006, e

eSporte

coleciona participações em Jogos Pan-americanos e mundiais —, a itabirana atribui seu alto rendimen-to também à iniciação temporã. “As crianças apresentam muito mais dis-posição, melhor vigor. O aprendiza-do é mais rápido e isso tudo influen-ciou no desempenho”, garante.

Para o professor de Educação Fí-sica e personal trainer Rodrigo Alves Andrade, especialista em Fisiolo-gia do Exercício, o fator que mais influencia para que uma criança se torne um atleta de alto rendimento é a genética, pois algumas qualida-des físicas que provêm dos gens são determinantes: composição de fi-bra muscular, capacidade aeróbia e anaeróbia, força muscular máxima, tempo de reflexo, estatura, força ex-plosiva e peso corporal. “A genética é considerada tão decisiva que na maior parte dos grandes centros es-portivos é realizado teste hormonal e de impressão digital. Este último indica qual a modalidade esportiva se encaixa melhor no perfil genético da pessoa”, esclarece.

Além das condições genéticas favoráveis, vários fatores precisam estar ligados, como um meio físico propício à prática de esportes, acesso adequado a treinamento, acompa-nhamento nutricional e psicológico.

De acordo com o especialista, pessoas que se submetem a treina-mentos desde cedo, com o objeti-vo de tornar-se esportista de nível elevado, são favorecidas por levar uma vida diferenciada, com relação à rotina de treinos e alimentação. “Entretanto, se essa rotina for de-masiadamente extenuante, a criança pode acabar desistindo do esporte”, analisa.

O recomendado é que os pe-quenos comecem as atividades de maneira prazerosa e lúdica, sempre

Só pOdE FAZEr bEMPrática de esportes desde a infância proporciona ganhos para toda a vida

Professora e Campeã, Érica assegura que começar cedo favorece o desempenho de atletas de alto nível

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TATIANA SANTOS

orientados pelo profissional de edu-cação física, que os encaminhará à atividade adequada. “Contudo, não existe fórmula mágica para se tornar um grande atleta, pois no decorrer do caminho vários percalços podem surgir. A perseverança e a disciplina são fundamentais para o sucesso de quem deseja atingir a esse objetivo”, sugere Rodrigo.

VÁLVULA DE ESCAPE

Érica orgulha-se de, por meio do esporte, ter conseguido realizar sonhos. “Conheci oito países, tive e tenho ótimos professores. Con-quistei títulos importantes, o que me permitiu viver de Taekwondo. Principalmente, adquiri vários amigos”, afirma.

O crescimento pessoal, além do profissional, a inspira a manter a disciplina. Disciplina, aliás, é o atributo que serviu para mudar a vida do estudante Robson Luiz Si-queira Júnior, de nove anos. O ga-roto treina futsal desde os cinco e, como atacante, tem demonstrando determinação para vencer não só os adversários como os problemas im-postos pela vida. Conforme conta a avó, Maria Regina Clotilde, res-ponsável pelo garoto, quando os pais dele se separaram, há cerca de cinco anos e meio, Róbson apre-sentava más condições psicológicas.

Ele era explosivo, ansioso e chorava por qualquer coisa. A avó decidiu, então, matriculá-lo na natação e, posteriormente, numa escolinha de futsal, em busca de uma mudança comportamental.

A criança passou por uma in-crível transformação. “Ele era meio egoísta e não sabia compartilhar nada. Hoje, aprendeu a dividir e a trabalhar pelo coletivo”, diz Maria Regina. A avó assegura que outros benefícios vieram. “Além do ganho na saúde, seu rendimento escolar se elevou muito. O esporte foi a me-lhor coisa que aconteceu na vida dele. Não sei se será um grande

atleta no futuro, mas para a socia-lização foi ótimo”, diz. E Robson acrescenta: “Sou uma criança bem mais alegre”.

A pequena Giovanna Nataly Silva do Carmo, de seis anos, é ou-tro exemplo do que a prática orien-tada de esportes é capaz. Ela está matriculada na natação há apenas um ano, mas já sente os ganhos. De acordo com o pai, o técnico em processos Antônio Geraldo do Carmo, a menina tinha o sistema imunológico muito baixo e gripava com facilidade, além de não con-seguir dormir direito. Com a ativi-dade física, praticada toda semana, Giovanna já não tem mais proble-mas com o sono e houve uma me-lhora gradativa da saúde como um todo.

Os resultados podem ser ob-servados também na personalidade da garota, como observa Antônio: “Ela era muito desobediente. Em uma brincadeira, não aceitava o se-gundo lugar. Por meio do esporte aprendeu noções de regras e se tor-nou mais comunicativa”.

Com ambições olímpicas ou não, a história não registra males causa-dos pela prática de esportes, desde que seja feita de forma consciente e orientada. O mais comum é que quem faça só tenha a ganhar.

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Saúde da filha Giovanna melhorou devido à natação,

de acordo com Antônio

Robson mudou o comportamento após

iniciar a natação e o futsal

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dr. AndrÉ MIOLO

AbdOME bOnITO E bEM dEFInIdO

Cirurgião plástico, membro especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plásticawww.andremiolo.com.br

Aharmonia do contorno cor-poral depende fundamental-mente da região abdominal e

da cintura. Infelizmente, para alguns pacientes, uma dieta saudável e exer-cícios regulares podem não ser sufi-cientes para eliminar os acúmulos de gordura e flacidez de pele adquiridos

nesses locais ao lon-go dos anos. No caso das mulhe-res, pode haver ainda fraqueza muscular na região devido à

flacidez e/ou gravidez prévia. A com-binação destas alterações anatômicas pode resultar num contorno abdo-minal desproporcional em relação ao resto do corpo, afetando a autoesti-ma e gerando insatisfação.

A Lipoabdominoplastia é uma técnica desenvolvida por um cirur-gião plástico brasileiro e usada mun-dialmente com resultados imensa-mente satisfatórios e harmônicos. Por meio dessa cirurgia a anatomia abdominal é refeita e, desta forma, produz um abdome com aparência mais agradável.

Na era do culto ao corpo, que atire a primeira pedra quem nunca sentiu uma “invejinha” das barrigas ostentadas por atletas profissionais. Nem sempre a impossibilidade de ter uma igual é fruto da preguiça de

frequentar a academia. Muitas vezes, a gravidez, o efeito san-fona do engorda-emagrece e a

própria passagem dos anos gera um excesso de gordura, flacidez de pele e fraqueza muscular na região.

A cirurgia do abdome, ou ab-

dominoplastia, é um procedimento que visa a melhorar o contorno do abdome. Isso é realizado por meio da remoção dos excessos de pele, gordu-ra e da correção da flacidez da mus-culatura da parede abdominal. O re-sultado é um abdome com aparência agradável, apresentando uma parede mais reta e firme.

Em alguns casos, a flacidez de pele é tão significativa que um pro-cedimento menos invasivo como a lipoaspiração (quando há gordura localizada sem flacidez de pele asso-ciada) não atingiria um bom resulta-do estético.

Convém lembrar que a cirurgia de abdome não constitui um “ata-lho” para a perda de peso e não deve ser empregada em pacientes com obesidade generalizada.

A cirurgia do abdome é normal-mente realizada utilizando uma inci-são transversal logo acima dos pelos pubianos. O tamanho da incisão depende da quantidade de pele a ser removida e, normalmente, continua até o próximo dos quadris, curvan-do-se levemente para cima. Em ge-ral, procura-se posicionar a incisão de forma que a cicatriz resultante fique escondida pelas roupas íntimas e biquínis.

Com essa incisão, o cirurgião corrige a frouxidão da musculatura da parede e remove os excessos de pele e gordura da parte inferior do abdome. Feito isso, os excessos de pele na metade superior do abdome são separados dos tecidos profundos para que a pele possa ser deslocada antes de ser removida. O umbigo é, então, recolocado na sua posição normal. As estrias localizadas abaixo do umbigo, muito comum nesses pacientes, são removidas junto com os excessos de pele.

pLáStiCA e BeLezA

“Na era do culto ao corpo, que atire a primeira pedra quem nunca sentiu uma ‘invejinha’ das barrigas ostentadas por atletas profissionais.”

GIOvAnnI ACáCIO

OS TIPOS DE EMprEEndEdOr

Mestre em Administração Estratégica, Inovação e Competitividade pela Fead Minas, especialista em Gestão de Marketing pela UFMG e professor da Unipac e ETFG Sebrae, em Itabira

Não existe um único tipo de empreendedor ou um modelo-padrão a ser defini-

do, apesar de existirem pesquisas que apontem um estereótipo universal. Por outro lado, esse fato mostra que se tornar empreendedor é algo que pode acontecer com qualquer um. É bastante comum nos lembrarmos dos mais famosos, que têm exposição na mídia, que lideram grandes empresas, como Eike Batista, Antônio Ermírio de Moraes, Silvio Santos, Samuel Klein, Luíza Helena, entre outros. Mas a pergunta é: eles são natos ou podem se preparar para serem em-preendedores? E, depois, se são in-fluenciados pela família, se atuam no mundo corporativo, se são empreen-dedores sociais etc. A seguir, apresen-to alguns tipos de empreendedores:

O NATOGeralmente, são os mais conhe-

cidos e aclamados. Suas histórias são brilhantes e, muitas vezes, começa-ram do nada e criam grandes impé-rios. Começam a trabalhar muito jo-vens e adquirem habilidade de nego-ciação e de vendas. Empreendedores natos são visionários, otimistas, estão à frente do seu tempo e comprome-tem-se muito para realizar seus so-nhos. Suas referências e exemplos são os valores familiares e religiosos. Se você perguntar a um empreendedor

nato quem ele admira será comum ele lembrar das figuras paterna, materna, de algum familiar mais próximo ou, em alguns casos, não haver algum exemplo específico para citar. São empreendedores natos figuras como Bill Gates, Andrew Carnegie e Sílvio Santos.

O qUE APRENDE Esse tipo tem sido muito comum.

É, normalmente, uma pessoa que, quando menos se espera, depara--se com uma oportunidade e toma a decisão de mudar o que fazia na vida para se dedicar ao negócio próprio. É o caso clássico de quando a oportuni-dade bate à porta. É uma pessoa que nunca pensou em ser empreendedor, que antes de se tornar um apenas enxergava alternativa de carreira em grandes empresas como a única possí-vel. A vida dele muda quando alguém o convida para fazer parte de uma so-ciedade ou ainda quando ele próprio percebe que pode criar um negócio próprio. A decisão de mudar é impul-sionada por um risco de perder o em-prego. Tem de aprender a correr riscos e a lidar com as novas situações e se envolver em todas as atividades de um negócio próprio. Quem está pensan-do em uma alternativa à aposentado-ria muitas vezes se encaixa nesse tipo.

Na próxima edição, falarei mais sobre o tema. Até lá!

empreendedoriSmo

“... se tornar empreendedor é algo que pode acontecer com qualquer um”

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Culinária

FRANGO CREMOSSO

Dissolva o caldo de galinha em 2 1/2 xícaras de água fervente. Junte o frango, tampe e cozinhe. Retire e desfie. Reserve o caldo. Misture o frango com a salsinha e 1 lata de milho verde, coloque no refratário fundo e reserve.Bata no liquidificador 1 lata de milho verde com o caldo que sobrou do cozimento do frango.Passe por uma peneira, misture a maisena e leve ao fogo até engrossar, mexendo sempre.Acrescente o creme de leite e despeje sobre o frango reservado. Espalhe o queijo ralado e leve ao forno para dourar. Sirva a seguir com batata palha.

Modo de fazer

2 caldos de galinha3 peitos de frango2 latas de milho verde1 lata de creme de leite2 colheres (sopa) de maisenaSalsinha a gosto4 colheres de queijo ralado no ralo grosso

Ingredientes

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FlashSOCIAL

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1- Eduarda Fernandes inicia a car-reira com a mãe, a cantora sertane-ja Seny Fernandes

2- Leornardo Rodrigues e Gustavo Porto agitam o público da Expoita com show do Minibloco

3- Fátima Lina Almeida Oliveira, sócia-proprietária da Natália Veí-culos, aproveitou as férias de julho para desfrutar o frio serrano das terras gaúchas

4- Paulo Cota, da MP Produções, e a namorada Raisa Pimenta come-moram a premiação no Destaque Mineiro 2012, em João Monlevade

5- Luciano Aparecido Oliveira Sil-va e o filho Davi Luan, de 6 meses

6- Péricles de Souza, apresentador do Bola na Área, da TV Alterosa, recebendo o Troféu Carlos Drum-mond de Andrade de Eustáquio Felix e Sônia, no dia 4 de agosto

7- O ex-presidente da Ativa, Antô-nio Vander Alves, posa ao lado do novo presidente da associação, José Cornélio da Silva Neto, durante a cerimônia de posse, em 6 de agosto

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Filipe Gaeta - CaFé Mariinha Diva luCia

GeralDo pereira e Maria Jussara

antônio saDir - iBGe

Júlia ChaGas e roDriGo aMaral - anGlo aMeriCan

iGor - ÓtiCas reGina

tarik - GráFiCa Matriz e aéCio - posto são JuDas taDeuDuque e éliDa - platô

DEFATO EM CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO

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paDre tarCizio e eDison Freitas

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reinalDo GuiMarães - preFeito Breno Júnior Carlinhos liMa

toDinhoCelso CharneCa e MauríCio Martins - anGlo aMeriCan

lúCio - portal iMÓveis e Cleusa pires

rosalva souza - 3r Material De Construção

FOTOS: DEFATO

equipe DeFato

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REGINALDO ROSSI - 30ª EXPOITAFOTOS: BRUNO CAMILO E CAROL VELOSOCRISTIANO ARAÚJO - 30ª EXPOITAFOTOS: BRUNO CAMILO E CAROL VELOSO

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JOÃO NETO E FREDERICO - 30ª EXPOITALUAN SANTANA - 30ª EXPOITA

FOTOS: BRUNO CAMILO E CAROL VELOSO FOTOS: BRUNO CAMILO E CAROL VELOSO

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CAPITAL INICIAL EM BARÃO DE COCAIS

BOATE PUB

TROFéU CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE FOTOS: PAULO SÁFOTOS: CARMéLIA

FOTOS: CAMILA RIBEIRO

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dAnIEL dE CASTrO

COMO nICAr

Professor, escritor e poeta, formado em Teologia, Filosofia e Letras [email protected]

Comunicar é fácil, nicar é que são elas. Mas a comunicação quando não se entorna toda, que nem água, nos solavancos da vida, corre o risco de se atolar nos pântanos. O nicar, não. Ele é a sintonia fina do comunicar. Nicar é instintivo, é visceral, é tudo. Visceral, meu irmão, é que nem as tripas, as vís-ceras. Elas sempre pegam no pesado, mas dão conta do recado. Já a comu-nicação começa a se dar mal, logo na barreira da língua que deveria ser-lhe apenas um veículo confiável. Certa vez, pedi a um aluno da zona rural que me traduzisse do inglês: “The boy is behind the door.” Caprichei na pro-núncia, principalmente, no “birráind e no dór”. Condicionado por suas vivên-cias rurais, o tradutor soltou: “O boi está berrando de dor”.

E se eu dissesse ao imperador Cé-sar Augusto que: “I vitelli dei romani sono belli”, o imperador iria entender que eu estaria exortando, em latim, o nobre cidadão Vitélio, para que ele se mandasse ao som da guerra do deus romano. Já o Berlusconi, ao ouvir a mesma ordem, suporia que eu esti-vesse falando em italiano que: “I vitelli dei romani”, os bezerros dos romanos, “Sono belli” são uma belezura...

Problemas da comunicação... É por tudo isso, que nicar é imprescin-dível. Nicar é comunicação prévia. É puro instinto. É pré-requisito de qual-quer diálogo. Item necessário, pois é dentro de cada um de nós que se cons-truiu a torre de Babel. O diálogo era tido como o santo remédio para os ca-samentos em colapso. Sempre discor-dei. Para mim, é o casamento que salva

proSA

“Nicar é comunicação prévia. É puro instinto. É pré-requisito de qualquer diálogo. Item necessário, pois é dentro de cada um de nós que se construiu a torre de babel.”

o diálogo e não o diálogo que salva o casamento. Diálogo sem “casamento”, sem cumplicidade instintiva e visceral, degenera-se em bate-boca, barraco e pancadaria.

É pensar em comunicação que a saudosa imagem do padre Júlio Mu-naro me visita. Lembro-me dele lá em Jaçanã, aos pés da Serra da Cantareira, na cidade de São Paulo. Meu profes-sor, ele sempre recorria ao latim da Suma Teológica: “Quidquid recipitur, ad modum recipientis recipitur” (Tudo o que é recebido, é recebido do jeito de quem recebe).

Mas... Agora, vamos deixar os “quidquids”, Munaro. Vou preferir dar a dica de como nicar, servida ao molho de uma pequena história em que me envolvi em Itabira.

Parei meu carro na João So-ares dia Silva, ali perto do Senai. Aí, apareceu-me um rosto à janela do fuscão. Era a imagem da impotência e da fraqueza humanas. Face cansada e rugosa que nem maracujá de quei-mada. Daquele rosto suado e tostado, falou-me a boca desdentada: “Moço, me leva no carneirinho?...” Um louco? Mereceria crédito? Perderia eu tempo com ele?

— Mas arrisquei... Carneirinhos? Carneirinhos é muito longe. Lá em Monlevade, num vai dá...

— Éh!... Carneirinho. Respondeu--me o rosto. Imperativo e suplicante, a um só tempo.

— Olha, eu vou levar o senhor até a rodoviária. Lá o senhor toma o ôni-bus para Carneirinhos. Tá bom?

— Eh! Eh! Carneirinho... Eh! Eh!

Rodoviária. Eh! Sim... Carneirinho...Ôba, pensei, parece que estamos

começando a nos entender... Entra... Vamos! Com pouco eu já subia a João Pinheiro e embicava pela Água Santa, levando o meu passageiro com destino a Carneirinhos. Ao estacionar pouco adiante da rodoviária, o corpo do carona tomou vida, seu rosto se iluminou. O passageiro, meu interlo-cutor de poucas e desconexas palavras, apontou, quase em transe, para uma agência do antigo INPS, hoje INSS, e gritou: É ali, é ali que é o carneiri-nho!... Abri a porta. Ele desceu. Foi pegar o “carneirinho”, mediante o qual receberia seu rico provento do INPS.

E era mesmo um carneirinho, pois carnê, esse pequeno palavrão francês, nunca fizera parte de suas vivências linguísticas. E, como o “carnet” lhe fosse muito querido, nunca poderia se transformar em carneiro, mas sim, num carneirinho... Ali, acabava de fechar-se, com sucesso, o ciclo de uma comunicação que resultou no brilho daqueles olhos. Tava certo o meu ca-rona.

Nicamos. Niquei eu, mesmo quando o carona era apenas um ros-to repulsivo emoldurado pela jane-la do fuscão. Nicou ele ao se propor confiante, como carona do “doutor” desconhecido. E, nicando, o moço do carneirinho não se trumbicou. Ele nunca soube, mas, jamais apeou do banco do carona no meu coração. E, com toda certeza, viajaremos, por todo o sempre, sobre um asfalto de nuvens brancas, já de posse do supremo car-neirinho, pelo mais azul dos céus.

bOM CAbrITO prEpArA OLIMpÍAdA rIO 2016

BOM CaBritO

Devido ao fracasso estupendo da Olimpíada de Londres que, antes de terminar já tinha mos-trado tanto aos donos da casa (ingleses) quanto os brasileiros, esses com desempenho pífio nas disputas, o Comitê Avacalhado Olímpico (CAO) resolveu con-tratar o Bom Cabrito como prin-cipal consultor organizador dos jogos da Rio 2016. Sem perda de tempo, o Mestre já fez a sua proposta: só aceitará caso criem novas modalidades de disputas. E mais rápido ainda, apresentou uma lista de novos esportes que poderão ser aprovados e deverão mesmo figurar na Rio 2016. Eis a proposta caprina, bem detalhada quanto às modalidades:

LEVANTAMENTO DE COPO (Halterocopismo) — Individual e por Equipes. Masculino, Femi-nino e Infantil.

LEVANTAMENTO DE PREÇOS (Halterofaturamento ou super-faturamento) — Individual e por Equipes. Políticos e Empresários da Laia.

CHEIRISMO DE COCAÍNA — Individual e por Equipes. Masculino e Feminino.

PITAÇÃO DE MACONHA — In-dividual e por Equipes. Masculino e Feminino.

ASSALTOS ORNAMENTAIS A DISTÂNCIA E POR PERTO — Individual e por Equipes. Masculi-no, Feminino e Infantil.

TIRO AO CIDADÃO — Individu-al. Masculino, Feminino e Infantil.

SAIDINHA DE BANCO — In-dividual e por Equipes. Masculino, Feminino e Infantil.

LUTA LIVRE POR PACOTE DE DINHEIRO — Individual e por Equipes. Masculino, Femini-no e Infantil.

CORRUPCISMO — Individu-al e por Equipes. Políticos e Em-presários da Laia.

PROPINA SINCRONIZADA — Individual e por Equipes. Po-líticos e Empresários da Laia.

ESGRIMA DE POBRE NA PAREDE — Individual e por Equipes. Masculino, Feminino e Infantil.

É provável a aceitação pelo CAO das modalidades propos-tas. Mesmo assim, o Bom Ca-brito ainda está disposto a ava-liar sugestões. Os interessados podem enviar mensagens para: [email protected].

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pAULO HEnrIqUE pInTO COELHO

a DITaDura DO bAnAL

Músico graduado pela UFOP, mestre em Educação pela Unincor, professor do curso de Pedagogia da Unipac, regente de orquestras e coordenador de Violão da Escola Livre de Música (FCCDA - Itabira).

Cada época traz, inevitavelmen-te, suas marcas e tendências. Tudo se transforma e evolui

com o passar do tempo: a moda, os automóveis, as tecnologias... No caso da Música Popular Brasileira, entre-tanto, tenho, em alguns momentos, a sensação de estarmos andando na contramão da história. Chamo aqui de música popular, aquela que gran-de parte do povo brasileiro escuta e admira; tocadas, incansavelmente, nas rádios, televisões e, consequentemente, em festas e manifestações populares.

Todos os dias somos bombardea-dos com novos hits e o aparecimento de novos “ídolos” nacionais que, da noite para o dia, passam a ser admira-dos por uma grande multidão de fãs. Mas o que dizer dessa nova safra da música nacional? Nos últimos anos, estamos sendo assombrados pela ba-nalização da nossa música. Banalizar é tornar algo “estupidamente” comum e sem relevância; é vulgarizar. E fazer com que algo perca a importância é uma das estratégias mais eficazes para destruir, em definitivo, o poder de um fato, uma ideia.

Vivemos há pouco tempo a fase do sucesso das “mulheres-fruta” e os seus pseudo-funks, em que as letras das mú-sicas quase sempre traziam mensagens maliciosas e de duplo sentido, quando o que valia mesmo era a ampla exposi-ção dos corpos das dançarinas. Já, hoje, outro estilo de funk tem obtido grande apelo nos bailes, animando principal-mente o público jovem: o chamado “proibidão”, sempre fazendo apologia ao tráfico e uso de drogas e ao sexo li-berado. Aqueles funks de antigamente, sem maldade, como por exemplo, os do Claudinho e Buchecha, já não to-cam mais.

Outra categoria musical que surgiu nos últimos anos e adentrou os lares brasileiros sem pedir licença foi o serta-nejo universitário. Ganhou esse nome por ter uma gama de jovens cantores adeptos a tal estilo e que, em sua maio-ria, começaram fazendo shows em bares e festas de universitários. Rapida-mente, conquistou os ouvintes do país, principalmente as crianças e os adoles-centes que cantam as “pérolas” musi-cais como se fossem verdadeiros hinos. Canções quase sempre onomatopeicas, com “tchu, tchá-tchá”, “tchetchererê”, “lerelê”, “barábarábará”, berêberêberê”, “aiaiaiai”, tratando de assuntos irrele-vantes como carros, traição e dor de cotovelo. É claro que não podemos generalizar. Mas, e o verdadeiro serta-nejo, o de raiz, se perdeu? E as belas canções românticas sertanejas? Não existem mais?

E o que dizer das novas letras de forró que hoje se tornaram um vício não somente no Nordeste, como em todo o Brasil? Até mesmo o forró, um estilo lindo de se ouvir e também de se dançar — que reúne grandes ícones como Luiz Gonzaga, Jackson do Pan-deiro, Dominguinhos, Nando Cordel e tantos outros —, passa por um pro-cesso de identificação. E o pior é que, em alguns lugares do país já nem se dança mais o forró, que anda perdendo espaço para uma outra aberração sono-ra: o tecnobrega que, como o próprio nome sugere, é a mistura de música eletrônica com letras bregas. Esse esti-lo surgiu no norte do país e se alastrou como pólvora pelo resto do território nacional.

Nem a Bahia de Todos os Santos, berço de grandes compositores e intér-pretes da nossa música, como Dorival Caymmi, Caetano Veloso, Gilberto

Gil, Tom Zé, Maria Bethânia, Gal Costa, Raul Seixas, Sérgio Sampaio en-tre tantos outros, escapou da (re)evo-lução da MPB. Assiste lá agora, de ca-marote, ao surgimento de novas “joias raras” que em cada verão, sobretudo no carnaval, agridem nossos ouvidos com canções cada vez mais efêmeras.

E os pagodes? Pelo amor de Deus! No país que é conhecido como a pátria do samba, cada vez menos se ouve o verdadeiro samba de raiz — como fa-zem ou faziam Paulinho da Viola, De-mônios da Garoa, Adoniran Barbosa, Fundo de Quintal, Martinho da Vila, entre vários. A cada dia que passa, so-mos contemplados com um novo “pa-godinho”. Ai, ai, ai, aiaiaiai, assim você mata o papai...

E não é só o papai da canção que anda morrendo. A Música Popular Brasileira também morre a cada dia, quando nossas verdadeiras raízes sono-ras são ignoradas. A nossa identidade musical, conhecida e respeitada no mundo inteiro, vem sendo deixada de lado. Estão negando às nossas crianças o direito de conhecer a verdadeira mú-sica de nossa terra. Não se ensinam nas escolas o que é um samba de verdade, o que é uma bossa nova, o que é um cho-rinho e, muito pelo contrário, aceitam que a mídia exerça sobre elas uma ver-dadeira “ditadura musical”, impondo aos pequenos ouvintes esse lixo sonoro.

Gosto não se discute! Todavia, o que não podemos negar é que, nos dias atuais, é cada vez mais difícil ir a um bar ou restaurante e não nos deparar-mos com um menu musical pra lá de indigesto. Isso, sem falar nos carros de som que circulam nas ruas com péssi-mas músicas na mais alta potência, nos obrigando a ouvir tão cansativo ruído.

Caro leitor, não é a minha intenção com este texto expor os meus gostos pessoais em relação à música. Gostaria apenas de convidá-lo a refletir sobre a lavagem cerebral que tem sido feita junto aos ouvintes da música nacional. Estamos perdendo nossas raízes, o que temos de maior valor. Precisamos dar um basta nessa situação! Que tal come-çarmos não permitindo que menos-prezem nossa inteligência, sentimentos e valores?

opinião

“Gosto não se discute! Todavia, o que não podemos negar é que, nos dias atuais, é cada vez mais difícil ir a um bar ou restaurante e não nos depararmos com um menu musical pra lá de indigesto”

74 Agosto . 2012 DeFato

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