Edição 236 - Julho 2014 - Mixagem

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Mixagem - o que priorizar no estúdio? Engenheiros revelam como fazem uma mix equilibrada, sem descaracterizar o trabalho do artista | Equipamentos - IPD Series - Amplificador da lab.gruppen une performance, robustez e custo-benefício | Basso e VOA - novos subs e lines da idea casam suas características | Processador AFS2 - Novidade da DBX promete eliminar o feedback dos sistemas de PA | Gigplace - Conheça a profissão de assistente de estúdio | Tecnologia - Tratados como coadjuvantes, saiba porque devem ser atores principais em um sistema de áudio | Pro Tools: Veja as diferenças entre as recentes versões | Cubase: tire o máximo do control room | Logic Pro: recursos invisíveis que podem ajudar o seu trabalho | Ableton: utilize o warp de modo correto

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SumárioSumárioAno. 21 - julho/ 2014 - Nº 236

18 Vitrine

Entre os lançamentos do mês, amixer 124 CX e o equipamentomultiefeitos Go Fex, que aEquipo traz para o mercado.

24 Rápidas e Rasteiras

Planeta Rock será em agosto,Robe tem novo distribuidor noChile e Proshows faz treina-

mento técnico, na Paraíba,com as marcas Behringer eAudio-Technica.

32 Gustavo Victorino

Confira as notícias mais

quentes dos bastidores domercado.

34 GigplaceProfissional que atua namontagem e desmontagem dasgravações, o assistente deestúdio Rafael Machado é oentrevistado do mês.

40 IPD SeriesO novo amplificador da Lab.gruppenvem derrubar o dilema de que é

preciso escolher entre performance,característica, robustez e custo.

42 Sem feedbackA dbx lança o AFS2, um processa-dor capaz de eliminar o feedback deum sistema de PA. Ideal para DJs,som ao vivo e instalações fixas.

78 Gravando Baixo elétrico

Hora de falar mais sobre as ferra-

mentas usadas durante a gravação emixagem do baixo elétrico. Os plug-ins podem ser uma das opções sejamelas para grandes ou pequenos

estúdios.

96 Vida de ArtistaDando continuidade à série sobre ahistória dos discos de sua carreira, LuizCarlos Sá chega a mais um disco deSá & Guarabyra, o Vamos Por Aí.

NESTA EDIÇÃO

Ampliando horizontesOs novos equipamentos BASSO e VOA, da Idea, vieram mostrar

que pode, sim, haver uma conversa perfeitas entre elementos de

um sistema.

Existem muitas técnicas epossibilidades que podem

ser utilizadas em umamixagem. Mas o que

adianta conhecer se nãosouber utilizar e não tiver

em mente os conceitos efundamentos que envolvem

uma mixagem? Longe deser meramente um conjuntode técnicas aplicadas, para

uma boa mixagem, oprofissional deve antes de

tudo construir um conceito.Leia também sobre os

novos equipamentos quechegam ao mercado

mundial e as dicas sobreCubase, Pro Tools, Logic

Pro e Ableton Live.

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CADERNO TECNOLOGIA

88 Vitrine

A PAR 36 LED, da Projet

Gobos o Robin CYCFX 8, daRobe, e LED Spot 36 x 8W, daStar Lighting estão entre as

novidades do mercado.

CADERNO ILUMINAÇÃO90 Iluminação cênica

Adaptação e versatilidade. Essas

condições e requisitos que acompa-nham os LDs podem tornar soluçõessimples em resultados primorosos.

52 Tecnologia

O que seria do sistema sem

as conexões? Para alguns,mero coadjuvante, os cabosde áudio são os responsáveispor interligar o sistema e

transmitir a máxima transpa-rência possível dos sinais.

56 Logic Pro

Explore os recuros invisíveis

do Logic Pro X e que podem

ajudar no requisito cria-

tividade: o Follow Track e o

Chord Trigger.

Expediente

Os artigos e matériasassinadas são de respon-sabilidade dos autores.É permitida a reproduçãodesde que seja citada afonte e que nos seja envia-da cópia do material. Arevista não se responsa-biliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected]@backstage.com.brCoordenadora de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumTraduçãoFernando CastroColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg,Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Ricardo Mendes e Vera MedinaEdição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Divulgação

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuição exclusiva para todo o Brasil pela

Fernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - Sl. AJardim Belmonte - Osasco - SPCep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628

Disk-banca: A Distribuidora Fernando Chinaglia

atenderá aos pedidos de números atrasados enquantohouver estoque, através do seu jornaleiro.

Paula Toller grava novo DVD no RJDurante o show de estreia de novo DVD, o projeto Midas Vai ao

Seu Show deu suporte técnico aos engenheiros de PA e de monitor

da cantora.

62 Cubase

Seguindo o tema sobre mixagem,

nesta edição, é hora de falar

sobre o control room e sobre a

monitoração.

68 Pro Tools

Ter ou não ter o Pro Tools HD?

Conheça e entenda as principaisdiferenças entre as variadasversões lançadas pela Avid.

74 Ableton Live

Existem diversas maneiras para

usar o recurso Warp. Descubra

uma que poderá ajudar o seutrabalho.

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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

uando algum grande evento acontece, principalmente deporte internacional, em que é preciso seguir padrões e normas

técnicas, por exemplo, não dá para negar que de certa forma o paísganha. Foi assim com o primeiro Rock in Rio, em 1985, eventoque até hoje é lembrado como um divisor de águas tanto no mer-cado de sonorização, quanto no de iluminação, e outros grandeseventos como Frank Sinatra, Sting, Papa João Paulo II e PaulMcCartney no Maracanã.

Se há vinte anos falar em status internacional nessas áreas do en-tretenimento significava ter que pular um abismo enorme, hoje,com a consolidação da internet e das redes sociais, o conhecimen-to e o acesso às tecnologias já não se diferem tanto aos dos gringos.Cada vez percebe-se mais uma padronização e um grau elevado deprofissionalização da mão de obra no país.

No entanto, chegar a um padrão requer também investimento,seja ele em equipamentos ou em recursos humanos. Quantomais padronizado, maior o grau de nivelamento técnico, e aí seentra em um círculo que somente alguns sobrevivem por longoprazo: aqueles que estiverem mais bem preparados. Padronizar,sistematizar deve ser uma via sem volta a fim de se atingir algumgrau de excelência.

Seguir normas e preceitos apenas de vez em quando não se enqua-dra no compromisso de se chegar ao um padrão de excelência. Asáreas industrial e médica, por exemplo, nos provam que temosmais tecnologias do que realmente podemos, ou estamos aptos ausar, e o mercado de entretenimento, guardadas as devidas pro-porções, também não fica de fora dessa observação.

Dessa forma, independente de onde e em quais circunstâncias éfeito um evento, show ou apresentação é preciso entregar umproduto final, no mínimo, bom, principalmente se a tecnologiausada for de ponta. Isso significa compromisso não só apenascom o consumidor final, mas com toda a cadeia humana que par-ticipa do processo. É preciso exigir padrão FIFA não apenasquando for para gringo ver, mas adotar essa postura e pensamen-to no nosso dia a dia.

Boa Leitura.

Danielli Marinho

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Padrão FIFA...

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MICROFONE SML48SXwww.lyco.com.br

O Microfone com fio LYCO SML48SX é ideal para locuções, discursos, palestras, apresenta-ções ao vivo ou em estúdio. Seu tamanho compacto proporciona um confortável e ideal usopara qualquer ocasião. O sistema é composto por 1 microfone SML48SX, com chave liga edesliga, case para transporte, 1 cabo XLR/XLR de 5 metros, 1 cachimbo com rosca metálica,além do manual de instruções em português e certificado de garantia de 1 ano.

PULPS 750 DUPLA ATIVAwww.leacs.com.br

Essa linha de caixas Ativas/Passivas foram projetadas parapequenas e médias sonorizações. Disponíveis nos formatosFrontal e Monitor, elas são muito famosas pelo seu ótimocusto- benefício. Na versão Monitor, a caixa também atuacomo Frontal, pois tem a mesma dinâmica das frontais, pas-sando a ser um verdadeiro trunfo na mão dos operadores.Além disso, o equipamento possui entrada USB para tocarformatos MP3 e wma, e controle remoto.

MULTI-EFEITOS GO FEXwww.equipo.com.br

Esse módulo compacto de multi-efeitos com bateriaeletrônica/metrônomo e simulador de caixa acústicaWaldman possui efeitos de 5 Módulos/15 Tipos, vemcom 16 presets de fábrica, mais a possibilidade de mais16 a serem definidos pelo usuário. São 40 ritmos debateria, afinador integrado, saída para headphones,entrada AUX IN para MP3, MP4, presilha para encaixeno cinto/calça e compatível com fonte AC 9V DC ou 2pilhas AAA (Não Inclusos).

MIXER 124 CXwww.csr.com.br

Este mixer compacto possui 12 canais de entra-da, mais 4 canais de saída e pré-amplificadores debaixo nível de ruído para microfones comPhanton de 4 canais de entrada de MIC comXLR e entradas de linhas balanceadas. Outrascaracterísticas do produto são: 2 canais de entra-da estéreo com XLR Mono, 2 canais de entradaestéreo com Jack RCA, EQ de 3 bandas e picoLEDs em cada canal MIC, EQ de 2 bandas e picoLEDs nos canais estéreo, 1 aux Fader para efeitosexternos e monitoramento, efeito DSP de 24bits com 100 presets e Player MP3/WMA. Oequipamento possui 27 cm de largura, 26 cm decomprimento, 4cm de altura e peso de 2,07k.

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VULCANOwww.jblselenium.com.br

O equipamento é o novo subwoofer da JBLSelenium, com 3.800W de potência máxima, éperfeito para sistemas de médio e grande portes.Possui ainda mais resistência e maior SPL. Oproduto apresenta também graves agressivoscom fidelidade e potência de 1900WRMS. OVulcano é projetado com cone leve de alta resis-tência, uma exclusividade do modelo, além deduplo imã, carcaça em alumínio injetado com su-perior rigidez e tripla ventilação. Disponível nosmodelos 15” e 18”, todos os atributos são volta-dos para garantir melhor performance e seguran-ça no uso de elevadas potências.

FONE DE OUVIDO CD1100www.csr.com.br

Este fone de ouvido profissional estéreo de alta fidelidade tementre suas características técnicas impedância de 32 ohms,sensibilidade de 98 +- 3 dB, frequência de resposta de 10 Hz a22 kHz, potência de 1000mW, diâmetro da cápsula de 40mm ecápsula de Neodymio. O produto ainda possui Plug P2 Stereo+ Adaptador P10 Stereo e conexão do cabo com trava.

C-IE6-Uwww.audiocompativel.com.br

A Compatível está trazendo para o mercado nacional seunovo In-ear Monitor. O C-IE6-U é um monitor pessoalcom transmissão e recepção Stereo Balanceada a+b. Tra-balhando na frequência de UHF na faixa de 780 a 805MHz, homologado pela ANATEL, o sistema opera em 6canais e com um receptor totalmente digital com um pai-nel de LCD possuindo controle de canais, volume e nível

de carga, sendo alimentado com 2 pilhas AA para uma maior economia. Seu fone de ouvido compatível Hi-Fiestéreo propicia uma melhor qualidade de som. O C-IE6-U possui receptor disponível em separado para ser uti-lizado com o conjunto.

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SISTEMA DCNwww.maxionline.com.br

A MAXI Áudio, Luz e Imagemtraz para o mercado nacional edisponibiliza para locação o siste-ma de conferência para congressosBosch. O sistema DCN (Digital CongressNetwork) é revolucionário por ser totalmente digi-tal. Oferece versatilidade, alta qualidade de áudio e trans-missão de dados, além do controle total sobre as atividades daconferência. A ferramenta também possibilita a integração de redescom e sem fio, podendo ocorrer a combinação de ambas. Um dos pontosprincipais do sistema é possuir até 31 canais de interpretação, mais o doorador, e a estrutura otimizada com o foco na eficiência das reuniões.

AMP BLACKFOX 50www.tagima.com.br

O amplificador para guitarra Blackfox 50, da Tagima, possui umalto-falante de 10" - 50 watts e saída para fone de ouvido. Este mo-delo é extremamente versátil, possui uma canal clean bemmarcante, e drive potente. O equipamento ainda possui entradaauxiliar RCA, canal limpo e canal drive. Uma característica beminteressante é que funciona muito bem para determinados estilosmusicais. Mesmo estando no canal clean do amplificador, se vocêsaturar o ganho de entrada já conseguirá uma sonoridade crunch.Selecionando o canal de drive e trabalhando com diferentesequalizações e ganhos é possível tocar do classic rock ao metal. Oequipamento ainda tem uma entrada auxiliar com conexão RCAonde é possível ligar um playback para estudo.

DIRECTIVE DI-1Awww.equipo.com.br

Esse Direct box Ativo Profissional possui resposta defrequência de 10 Hz a 40 kHz, ruído: -105 dBu, Impedância deentrada > 250 kOhms, Impedância de carregamento: > 600Ohms, atenuação: 0 dB / 20 dB, além de entradas XLR, jackTRS 1/4” desbalanceada, saída XLR balanceada, PhantomPower DC 18 V - 48 V e alimentação por bateria 9V.

SUPERVOZ 1 www.microfonetsi.com.br

A TSI está lançando o seu novo produto da marcaSUPERVOZ: o TSI- 625, um amplificador de voz portá-til de alta qualidade com um microfone com designanatômico, possuindo 8WRMS de potência, proporcio-nando um grande auxílio na locução em qualquer tipo deambiente. Ele vem equipado com entrada auxiliar paraMP3 e DVD e uma bateria de Li-ion recarregável quepropicia um uso aproximado de 8 horas.

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Planeta RockEntre os dias 6 e 9 de agostoacontece a 3ª edição do PlanetaRock, em São José do Rio Preto,em São Paulo. Além das atraçõesconfirmadas como DetonautasRoque Club, Ultraje a Rigor eRaimundos, o festival terá umconcurso nacional dividido emduas categorias: músicas autoraise intérpretes. Serão selecionadas30 bandas para participar do fes-tival, sendo 15 de cada categoria.

NOVO DISTRIBUIDOR DA ROBE NO CHILE

A Robe Lighting passa a ter umnovo distribuidor para o Chile.A VGL Integración de Siste-mas, com base em Santiago,fundada há 21 anos, hoje repre-senta diversas marcas incluin-do a Grass Valley, Telestream,Rohde & Schwarz e L-Acous-tics. Guillermo Traverso, ge-rente de vendas regionais para aAmérica Latina da Robe, expli-cou que o projeto começou nofinal do ano passado, quandovários colegas do áudio profis-

sional deram ótimas referênci-as da VGL.A VGL atualmente tem quatrodivisões: Vídeo, Áudio e Ilumi-nação, Telecomunicações e adivisão de Serviços. Como par-te desse investimento, a VGLterá uma variedade de apare-lhos Robe para realizar demos ecapacitará vários engenheirospara fornecer melhor suportetanto aos novos clientes comotambém aos usuários Robe jáexistentes no Chile.

TREINAMENTO TÉCNICO BEHRINGER E AUDIO-TECHNICA NA PARAÍBA

No dia 29 de maio, a Proshows realizou o treinamen-to técnico-operacional Audio-Technica e Behrin-ger, em João Pessoa, Paraíba. Durante o treinamentoforam abordados procedimentos relacionados àapresentação, configurações e reparos para a linha

As apresentações serão nos dias6, 7 e 8. Cada dia, subirão ao pal-co cinco bandas de cada modali-dade. Dessas, dez bandas (cincode cada categoria) irão para a fi-nal, que será realizada no dia 9.As finalistas receberão prêmioem cachê. Serão destinados R$ 5mil para os primeiros colocadosde cada modalidade; R$ 3 mil (2ºlugar); R$ 2 mil (3º lugar); R$ 1mil (4º e 5º lugares).

de mixers digitais,com foco na X32da Behringer, bemcomo de toda a li-nha de microfonesda Audio-Techni-ca. O curso foi mi-nistrado pelo espe-cialista de áudio daProshows, MiltonKiprosk, com apoio

do representante regional PE/PB/AL, Edson Seve-ro. Mais de 80 pessoas entre técnicos e vendedoresestiveram presentes no evento. O treinamento foiorganizado pela loja Tocmix, localizada no centrode João Pessoa.

ECAD CRIA NOVO SEGMENTOPARA DISTRIBUIÇÃONo início de 2014, o Ecad - EscritórioCentral de Arrecadação e Distribui-ção de direitos autorais criou um seg-mento específico chamado “Sono-rização Ambiental” . O objetivo da cri-ação deste novo segmento é contem-plar os autores, intérpretes, músicos edemais titulares que têm suas músicastocadas em estabelecimentos quepossuem som ambiente, como lojascomerciais, supermercados e shop-ping centers. O primeiro repasse ocor-rerá em julho de 2014, referente àscaptações das músicas executadasnos meses de janeiro, fevereiro e mar-ço. Nos últimos cinco anos, o Ecad jácriou 14 rubricas de distribuição, bene-ficiando os artistas que têm suas músi-cas tocadas exclusivamente em deter-minados tipos de estabelecimentos.

CAIXAS H.SETTEA 4VIAS, empresa fabricante de cai-xas acústicas para uso profissional erevenda multimarcas, a partir deagora conta com a colaboração doprofessor e engenheiro acústicoHomero Sette, dando nome às cai-xas acústicas que levam seu nome,as H.Sette. Sua primeira caixa, umsubwoofer 2x18”, foi apresentadadurante a AES 2014.

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CURSOS INTENSIVOS IATECO IATEC (RJ) está com inscrições aber-tas para cursos intensivos nas áreas deáudio, iluminação, vídeo e eventos. Sãocursos com uma semana de duração eque acontecem em julho e agosto. Osinteressados podem ter descontos deaté 30%. Entre os destaques oferecidosestão os intensivos de Áudio e Broad-casting, Trilha Sonora e Edição, Mixa-gem e Masterização, Direção de Pal-co, Produção para TV, Iluminação Cê-nica e Final Cut, entre outros. Mais in-formações no site www.iatec.com.br

NEXT-PROAUDIOTEM NOVO DISTRIBUIDORNA ITÁLIAA empresa, que fica em Portugal,anunciou um novo distribuidor naItália, a companhia Phoebus S.P.A.,baseada em Milão. Com expertiseem eletrônica de ponta, a empresaitaliana opera no setor de sistemaseletrônicos, suprindo o mercadocom equipamentos de conferência,comunicação de áudio e vídeo e sis-temas de monitoramento. Ao adqui-rir o sistema da Next-proaudio, aPhoebus passa também a atuar nosegmento de audio profissional.

Iluminaçãode LED inspirada em livro

Como parte do projeto By Light, emMalmö, Suécia, Bo Andersson e JohanMoritz criaram a arte para uma instala-ção especial em uma das rotundas dacidade, em 2004. Agora chegou a horade renovar essa instalação e Moritz con-tratou a SGM para a iluminação de LED.Mikael Uddh, da SGM sueca, sugeriu osLP-700 LED Pix como a melhor escolhapara o projeto. O conceito dessa instala-ção tem como base uma cena do famosolivro O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams. Essa instala-ção funciona todos os dias, aproximadamente 4.200 horas por ano.

A Yamaha Musical do Brasil agora permite que osinternautas possam escolher os temas de suas pre-ferências para receber as novidades da Yamaha.São oito categorias: Pianos acústicos; Teclados,sintetizadores e pianos digitais; Baterias acústicase eletrônicas; Violões, guitarras, baixos e amplifi-cadores; Instrumentos de sopro; Áudio profissio-nal; Áudio e vídeo; Produção musical /Steinberg.Basta o usuário clicar no segmento desejado e, com isso, passaráa receber somente notificações das áreas selecionadas.Acesse: https://apps.facebook.com/yamahamusical/

Yamaha lançaaplicativo personalizado

GRANDMA2 NO FESTIVALVIÑA DEL MARO Festival de Viña del Mar, que acon-tece desde 1960, no Chile, contoucom a marca grandMA para coman-dar a iluminação do evento, que ficousob a responsabilidade do lightingdesigner Luis Pastor. O profissionaloptou por duas grandMA2 full size eduas grandMA light mais 4 MA NPU(Network Processing Unit), além de 6MA 2Port Node e 2 MA VPU plus MK2para o controle dos 270 moving lightsalém dos vídeos e telões de LED. OFestival de de Viña del Mar aconteceanualmente no Quinta Vergara Am-phitheatre e reúne artistas de diversasnacionalidades e gêneros musicais,como rock, pop, merengue, salsa, en-tre outros, e ainda promove uma com-petição musical em duas categorias,música pop e folk.

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AL JARREAU E PEPEU GOMES

no line up do Rio das Ostras Jazz e BluesMais nomes estão confirmados para os dois fi-nais de semana – 8 a 10 e 15 a 17 de agosto – dejazz e blues na cidade litorânea fluminense Riodas Ostras. O cantor Al Jarreau, o brasileiroPepeu Gomes, o trio Scott Henderson, guitarra,Jeff Berlin, baixo, e Dennis Chambers, bateria; oguitarrista Popa Chubby, o cantor, compositor eguitarrista Raul Midón, a banda de funk e soul The Jig e o bluesmanLarry MacCray são as mais novas atrações confirmadas que se apresen-tam durante um dos festivais mais aguardados do ano. Os outros nomesjá confirmados são Adriano Grineberg, Carlos Malta, Pife Mudernoalém da Orquestra Kuarup, regida pelo maestro Nando Carneiro.Serão mais de 60 horas de música em mais de 15 shows gratuitos nosquatro palcos da cidade - Praça São Pedro, Lagoa de Iriry, Praia daTartaruga e Costazul. O Rio das Ostras Jazz & Blues é realizado pelaPrefeitura Municipal de Rio das Ostras, por meio da Secretaria de Tu-rismo, com produção da Azul Produções; é patrocinado pela Lei deIncentivo da Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro e con-ta com apoio cultural da Vallourec e da Caixa Econômica Federal.www.riodasostrasjazzeblues.com

MMX WASHBEAM ELEITOMELHOR PRODUTOO ROBIN MMX WashBeam, daRobe, foi premiado como MelhorLuminária (Best Luminaire) pelo por-tal americano Live Design, na cate-goria “Produtos do Ano 2013/2014”.Os ganhadores, selecionados porrenomados lighting designers e pro-gramadores de iluminação, som eprojetos visuais, foram divulgadosdurante a cerimônia de premiaçãona Baryshnikov Arts Center, queaconteceu em maio, em Nova Ior-que. O MMX Wash Beam possui amais nova tecnologia desenvolvidapara o MMX Spot e confere aoslighting designers uma gama depossibilidades de efeitos. O eventode premiação fez parte da semanade abertura do Live Design’s Master

Classes, que reúne os profissionaistop da indústria desse mercadopara troca de experiências.

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AVID MARCA GOL NA COPA

Com o objetivo de se aproximar mais dos seus clien-tes, a Avid promoveu no dia 14 de junho um eventono Hotel Radisson, na Barra da Tijuca, Rio de Janei-ro, onde contou com a presença de seus principaisclientes e parceiros e com o CEO da companhia,Louis Hernandez, Jr, durante o jogo Inglaterra x Itá-lia. Na ocasião, Hernandez concedeu uma entrevistaexclusiva para a Backstage sobre a expectativa e ametas da empresa no Brasil.Segundo Hernandez, o mercado brasileiro tem po-tencial na área de broadcasting, portanto acreditaque a existência de um grande mercado prova o va-

lor desse segmento em qualquer lugar. Além disso,por já ter um longo relacionamento no Brasil etambém na América Latina, e ter clientes fieis quedão ótimo feedback de como as coisas podem me-lhorar por usarem muitos dos produtos Avid, issocria maior consciência global e confere mais valor àempresa que utiliza os produtos Avid.“Uma coisa interessante que acontece aqui noBrasil é o consumo pela mídia, que está crescendomuito rápido. Então a população brasileira estáconsumindo cada vez mais mídia de acesso. O que éuma boa notícia. A má notícia é que existe maiscompetição, porque que há mais canais, então nossoclientes tem que ser mais agressivos para manter um

ambiente competitivo sem onerar os custos, agre-gando mais valor. Então penso que esse é um bommercado para se focar porque está crescendo “, disseo CEO.Ainda de acordo com Hernandez, os próximos pla-nos seriam focar nos clientes emergentes e nos pro-fissionais independentes. “Os clientes maiores le-vam vantagem por transitarem entre a criação e oconsumidor, mas na América Latina existem muitosprofissionais independentes e o que eles criam pode

ser compartilhados com todos”, disse. “Achamosque o Brasil é um ótimo mercado porque temos gran-des clientes, o consumo é alto e porque há muitosprofissionais independentes, muita gente criativa epodemos agregá-los. Por isso focamos na AméricaLatina”, completou.

Louis Hernandez faz abertura do evento

Hernandez, ao centro, com participantes e clientes

Banda animou os participantes após jogo Inglaterra e Itália

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FILHOTESO sucesso da Festa Nacional da Músicade Canela/RS provocou o surgimentode alguns filhotes de cunho meramentecomercial e que até por isso perderamcontinuidade. O espírito do encontrono sul do país dificilmente pode ser re-produzido artificialmente. Um eventoonde não existe dinheiro, cachê, jabá ouprêmio de “melhor qualquer coisa” pre-cisa da consciência de classe, participa-ção espontânea e acima de tudo sinceri-dade. Há mais de três décadas isso sóexiste em Canela.

RIO DAS OSTRASO festival que colocou o Brasil no mapamundial do jazz promete um 2014 aindamais surpreendente. Com as datas altera-das por conta da Copa do Mundo, o even-to vai tentar superar os números do anopassado quando, via web, atingiu dezenasde milhares de espectadores em 39 países,com destaque para os acessos de streaming

em tempo real originados nos EUA, segui-do por Argentina, Japão, França e Portugal.Uma pesquisa da Secretaria de Turismo emparceria com a Fundação Getúlio Vargasestimou em quase 5 milhões de dólares oimpacto do evento na economia da região.O público médio diário foi de 15 mil pesso-as. Tudo isso faz do Rio das Ostras Jazz &Blues (www.riodasostrasjazzeblues.com) o

maior festival do gênero na AméricaLatina e um dos 4 maiores do mundo.Em agosto o destino é o litoral nortedo Rio de Janeiro.

LEGIÃO URBANAA briga entre os integrantes do LegiãoUrbana e o filho do Renato Russo foiantecipada por essa coluna há dois anos,mas hoje as consequências podem ultra-passar uma simples lide econômica. Oregistro da marca Legião Urbana feitoinadvertidamente apenas em nome deRenato Russo e herdado pelo seu filhotransformou a vida de Dado Villa Lobose Marcelo Bonfá num verdadeiro infer-no. Parceiros e coautores de várias mú-sicas cantadas por Renato, os remanes-centes da banda tiveram negado pelajustiça o direito de usar o nome do grupoque até hoje permanece cult, mas quepode virar apenas uma lembrança paraquarentões e cinquentões por falta decontinuidade artística e presença namídia. Coisa que Marcelo e Dado facil-mente poderiam suprir. O herdeiro deRenato Russo precisa parar para pensar.

SUPERSTARO programa da Globo vem sendo criti-cado por muitas razões que entendo al-gumas até como pertinentes, mas nãovou ser incoerente e mantenho minhaopinião quando também criticavam oThe Voice. Prefiro mil programascomo esses, mesmo com seus defeitos evícios, do que um enlatado americanotirando espaço de artistas brasileirosno mesmo horário. Mesmo admitindoque tudo é uma grande encenação, afi-nal é apenas um programa de auditórioem televisão aberta, a oportunidade dese conhecer algumas novidades é sem-pre mais significativa do que esperarinteligência musical dos “jurados” que

Como é impossívelnegar que a

economia brasileiraestá estagnada, o

mercado vemreagindo de formacuriosa. Tem gente

aumentando preçospara compensar aqueda nas vendas.

Embora meiokamikaze, a

atitude revela nomínimo a coragem

de apostar na forçados seus produtos e

no reequilíbrio acurto prazo. Isso

porque, certamentea médio e longo

prazos, a perda demercado seria

inevitável.

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GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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foram convocados muito maispara dar audiência do que credi-bilidade ao programa. Mesmo comdefeitos e vícios, que venham mais“The Voices” e “Superstars”...

LANÇAMENTOA Strinberg – leia-se Sonotec –está lançando a sua guitarra mode-lo Telecaster. Somado aos cuidadosque a marca vem tendo com a qua-lidade dos seus produtos, apareceoutro componente pra lá de inte-ressante para o consumidor. O ins-trumento será vendido nas lojaspor pouco mais de 200 dólares.

HENDRIXA vida do super guitarrista sempredespertou a cobiça dos produtorescinematográficos americanos. Co-mo tema de um filme que estreiaem setembro e outro que começa aser rodado ainda nesse mês, o gê-nio da guitarra só não se tornamais popular entre os jovens pelaintransigência de sua meia irmãque detém legalmente todos os di-reitos sobre a obra do músico. Co-nhecida como encrenqueira, amoça não liberou nenhuma músi-ca do artista para a produção do fil-me Jimi – All Is By My Side, que mos-tra a vida de Hendrix antes dafama. Na película, aparecem ape-nas músicas de Bob Dylan, MuddyWaters e Beatles que eram executa-das pelo genial instrumentista.

SURPRESAA exemplo do que Beyoncé fez noano passado, a cantora inglesaAdele também vai lançar seu ál-bum de surpresa. A ideia de fugirde qualquer badalação ou expecta-

tiva em torno do novo trabalho dagorducha é para provocar o impac-to da novidade em torno do discoque vai se chamar 25, numa repeti-da alusão à idade da artista na gra-vação do trabalho.

EM BRANCOMusicalmente a Copa do Mundono Brasil passou em branco. Ape-sar da profusão de músicas de todasas vertentes, nenhuma tentativa“pegou” o gosto popular. Pela me-diocridade, até o tema oficial foiignorado mundo afora. E particu-larmente acho que a ClaudinhaLeitte não merecia o mico.

TÁ FORANão são só os chineses e russos quenão toleram críticas. Há cincoanos o rapper Mos Def saiu de NewYork e foi morar na África do Sulrenunciando à cidadania america-na. Mudou de nome artístico e pas-sou a se chamar Yasiin Bey e de lá,começou a desancar o seu país deorigem e a sociedade consumista.No mês passado o moço quis voltaraos EUA e teve seu visto de entra-da recusado sem maiores explica-ções pela imigração daquele país.

CRÍTICA DA CRÍTICAAlguns “críticos” deveriam sair dafrente do computador e frequentaralguns shows para opinar com ummínimo de informação e conteúdosobre artistas e espetáculos. Genteque ocupa espaço nobre anda es-crevendo tanta bobagem e baban-do cada lixo que começo a me sen-tir um peixe fora d’água. Dos pseu-do “muderninhos” até os pós “in-telectuais” do jazz, a coisa anda

meio sem rumo. Como diz um ve-lho amigo, “ultimamente só con-fio no meu próprio ouvido, o dacrítica anda ruim... ou surdo”.

BUROCRACIAAcredite, tem container de impor-tador que chegou ao Brasil no iní-cio do ano e só foi liberado no mêspassado. E sabe Deus como.

STATUSFinalmente produtores e artistascomeçam a perceber a fundamentalimportância da iluminação no aca-bamento final de um espetáculo.Enquanto lá fora os iluminadorestêm salários que se equiparam aosde técnicos de áudio, aqui a coisaainda caminha a passos lentos nes-se reconhecimento. Com exceçãodos espetáculos cênicos em teatro,especialistas em iluminação sempreconviveram no Brasil com um pa-pel suplementar ou secundário.

REPERCUSSÃONo mês passado falei de softwarespiratas para teclados que andaminundando o mercado e a coisa re-percutiu. O estrago é bem maior doque eu pensava. Tem gente com te-clado parado há meses buscandouma solução para o estrago provo-cado pela onda de aplicativos e uti-litários piratas disponibilizadospela internet.

E-MAILRecebo a educada mensagem doleitor Eduardo Di Vicenzo, de MG,que fulmina... “Por que as lojas ja-ponesas têm mais discos de bossanova do que as lojas daqui? ”. Eagora? O que respondo a ele?

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igplace - Rafael, vamos falar sobrevocê. Qual a sua formação acadê-

mica e como você veio parar no mer-cado de entretenimento?Rafael Machado - Meu interesse pelamúsica já vinha de infância, aos noveanos ganhei minha primeira guitarra.Ela ficou encostada por um tempo atéeu começar a levá-la para a escola e pra-ticar, me safando das aulas de educaçãofísica, que sempre foram meu maior pe-sadelo. Com o apoio do meu pai pegueio gosto de construir e reformar instru-

GEm mais uma entrevista

desta série, cujo objetivo édesvendar o que fazem os

profissionais que atuam nobackstage de shows e

produções em geral na áreade entretenimento, trazemos

a figura do Assistente deEstúdio e o entrevistado é

Rafael Machado.

[email protected]

Fotos: Arquivo pessoal / Divulgação

Profissões do

backstage’backstage‘

R A F A E L M A C H A D O

A S S I S T E N T E D E E S T Ú D I O

mentos. Fizemos juntos a guitarra queusei em shows durante anos. Monteiminha primeira banda por volta dos 12anos. Já mais velho e com outros elen-cos, pude fazer muitos shows em SãoPaulo e alguns em Minas Gerais e no Riode Janeiro. Participamos de alguns festi-vais e fomos convidados a fazer a trilhasonora de um filme independente. Nes-sa época eu estava terminando o cursono I.A.V. e queria ver de perto o processode produção e gravação. Locamos algunsperíodos no Mosh, para gravar a trilha

Gravação da Direct Box nos

estudios Mosh em 2007

Page 35: Edição 236 - Julho 2014 - Mixagem

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do filme, foi quando tive a oportu-nidade de conhecer a equipe.

Em que momento você achou ne-cessário estudar áudio de uma ma-neira mais formal, e que ganhosisso acrescentou à sua carreira?O que me levou até o I.A.V. foi umareprovação no meu primeiro anode colegial. Decidi fazer supletivopara acabar com isso o mais rápidopossível, e meus pais deram a ideiade eu estudar alguma coisa juntocom o supletivo, descobriram e meapresentaram o I.A.V. (Instituto deAudio e Video). Fiz a matrículacontra a vontade, por não enten-der direito o que era o curso e por-que na época não gostava de estu-dar, apesar de sempre ter gostadode aprender. Parecia para mim umagrande perda de tempo, eu nãoentendia a relação entre ser um mú-sico de banda de baile e engenhariade áudio. Hoje eu percebo que sem ocurso provavelmente nenhuma dasportas teriam se aberto. Graças a eleeu pude aprender mais rápido. Oúnico jeito de se tornar um bomprofissional de áudio é colocando asmãos na massa, é preciso muita prá-tica, mas o curso me ajudou a saber oque eu estava fazendo e o porquê.

O que faz um Assistente de Estúdio,quais são as atribuições desse pro-fissional e qual o perfil que ele deveter para se candidatar a essa vaga?O assistente de estúdio, falando agrosso modo, é o encarregado damontagem e desmontagem dasgravações. É muito importanteque o assistente tenha conheci-mento quase absoluto de como oestúdio está ligado (o caminho dosinal), o que cada botãozinho daconsole e dos equipamentos faz, ecomo a sala do estúdio soa. Saben-do essas três coisas fica mais fácildeixar tranquilo quem está ope-rando o estúdio. Com tudo monta-do da forma certa e funcionando

direito, o engenheiro pode traba-lhar mais focado em uma gravaçãoou em uma mixagem, conseguindoum resultado mais artístico.

Além de técnico, você é músico.Qual o diferencial de entender asduas faces da moeda? Quandoestá atuando como músico, qual asua percepção quanto aos proble-mas do áudio e suas soluções?Entender um pouco mais a fundodas duas facetas acabou me acres-centando nos dois sentidos.

Quando estou operando na enge-nharia, e é preciso fazer uma edição,copiar um pedaço da música e colarem outro lugar, por exemplo, por co-nhecer a parte musical-artística te-

nho conseguido resultados mais rá-pidos. Isso também propicia umamelhor produção de composiçõespróprias, porque você mesmo podeproduzir resultado a partir do zero, apartir das suas ideias. Além de que,ao tocar em algum lugar, pode-se ex-plicar para o técnico da casa comoquer o som, com uma linguagem téc-nica. Em geral, não é fácil para ummúsico explicar como ele quer osom, traduzir o que quer destacar emmeio à massa sonora. Equalização,compressão, gate, efeitos, volumes,

não é realmente uma missão sim-ples. Explicar pode ser até mais difí-cil do que fazer. Muitas vezes, os mú-sicos saem insatisfeitos de casas deshows por não conseguirem tirar o

Parecia para mim uma grande

perda de tempo, eu não entendia a relação

entre ser um músico de banda de baile e

engenharia de áudio.

Mixando SSL Axion MT Mosh Estudio D

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som que gostariam, muito disso é porqueprovavelmente não souberam explicar aoengenheiro o que queriam.

Atender aos técnicos de gravação deveser um eterno aprendizado. Cite algu-mas experiências que mudaram o seujeito de pensar em áudio.Na minha vida profissional poucas fo-ram as vezes em que sai do estúdio semaprender uma coisa nova. Mas duas fra-ses que mudaram meu jeito de pensar. Aprimeira foi “eficiência demais atrapa-lha”. Demorou muito tempo até euaceitar e entender a importância disso,mas é verdade. Dentro de um estúdio,muitas vezes atrapalha ligar mil coisasao mesmo tempo. As coisas precisamser pensadas e feitas com calma. A se-gunda foi “o que faz a diferença em umagravação é o durante”. Duas gravaçõesfeitas no mesmo estúdio, com os mes-mos músicos, vão ter resultados dife-rentes. Não tem jeito, não existe exa-tidão. Qual vai ficar melhor? Em mi-nha opinião, a que teve mais “vibe”durante o trabalho. Estúdio é um lu-gar fechado, onde muitas pessoas con-vivem por um longo período. É funda-mental, talvez até o fator mais impor-tante, que todos se respeitem e te-nham um bom relacionamento.

No dia a dia sempre temos casos oucausos engraçados. Conte alguma his-tória divertida que vivenciou.Logo que eu comecei a trabalhar naárea eu não tinha muita experiência,mas todos estavam aos poucos come-çando a me dar mais responsabilida-des, para eu aprender e, de fato, podercomeçar a ajudar mais do que atrapa-lhar. Um técnico saiu do estúdio paratomar um café e me disse: “Liga aautomação da mesa, por favor, que eujá volto”, e saiu do estúdio. Tudo eramuito novo para mim e eu não sabiadireito o que estava fazendo. Aperteio botão “AUTO-ON” que liga a memó-ria do registro de volumes dos faders. Maseu não limpei a memória da música ante-rior e perdi todos os planos que ele passouhoras fazendo. Eu estava lá dentro sozi-nho e apavorado. Limpei a memória damesa, liguei a automação e comecei a le-vantar os faders usando a memória visu-al, a música nem estava rodando. Logoque eu terminei ele entrou, apertou oPlay, e disse: “Cada vez que a gente escutaessa música parece que ela fica melhor”.Nesse dia eu aprendi que o que importanão é só a experiência e a técnica, mastambém o feeling, apesar de ter dado mui-ta sorte e ter me baseado no trabalho queele havia feito.

Gravando Hammond B3 Estúdio A Studios Mosh

Na minha vidaprofissional poucasforam as vezes quesai do estúdio sem

aprender uma coisanova. Mas tiveram

duas frases quemudaram meu jeito

de pensar. Aprimeira foi

“eficiência demaisatrapalha”

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No mundo do áudio muitas “mo-das” vão e vêm, Inbox/Outbox,plug-ins/Periféricos, mas para oresultado final poucos sabem o quefoi e como foi utilizado. A pergun-ta é: o que é mais eficaz, dezenasde plug-ins ou processadores out-board ou a experiência/talento dequem os usa?Essa é uma pergunta quase sem res-posta. Sem dúvida, o talento é a es-sência da coisa, mas não é tudo.Um engenheiro que trabalhouapenas no mundo digital, dificil-mente vai conseguir, ou ao menosvai demorar mais para alcançar umresultado concreto em um estúdioanalógico de grande porte, e umengenheiro que apenas trabalhouno analógico também vai enfren-tar problemas ao tentar trabalharno digital, pois a atuação sonorado digital e do analógico são dife-rentes. Acredito que os dois ladostêm suas vantagens. O digitaltrouxe muitas praticidades, prin-cipalmente na parte de edição emontagem de um projeto, masdentro de um computador é im-possível alcançar tantas texturassonoras quanto no universo ana-lógico. No analógico, no entanto,fazer uma edição é muito difícil.Editar na época das gravações defita de rolo era uma arte, era preci-so cortar a fita no ponto certo eemendá-la manualmente, além deque não tinha volta, diferente dodigital, que com “Ctrl Z” se desfazum erro.

Falando de futuro, quais são as ten-dências/tecnologias que serão o fu-turo dos estúdios em sua opinião?Acredito que entre digital e ana-lógico, haverá sempre quem prefi-ra um ao outro. Mas estou tentan-do filtrar e fundir o que eu achoque cada um dos lados tem de me-lhor. Usar as praticidades do digi-tal somadas aos timbres e texturasdo analógico, dessa forma conse-

guindo resultados que analogica-mente ou digitalmente seriam im-possíveis sozinhas.

Sempre pergunto aos entrevista-dos quais aquelas pessoas que fi-zeram a “diferença” na sua carrei-ra e porquê?

Até hoje quando me perguntam:“com o que você trabalha?”, e res-pondo que trabalho com música, aresposta quase sempre é a mesma“Legal! Mas e trabalho mesmo,você tem algum?”. Muita gente nãosabe, mas existe muita vida, muitasfunções por trás das músicas queelas ouvem no rádio. Não é só umabanda. Sou muito grato principal-mente aos meus pais que sempre meapoiaram e incentivaram na minhaescolha. Graças a essa força conse-gui um estágio nos Estudios Mosh,conheci o mestre Oswaldo Mala-gutti Jr., que me ensinou muito edeu a oportunidade de trabalharcom grandes nomes do cenário mu-sical, com quem aprendi muito eaos quais sou muito grato.

Fale de um ou alguns trabalhosque você considera importantesem sua carreira.Nesse meio não podemos ver umtrabalho como mais importantedo que outro. Todo dia de grava-ção é um novo dia de aprendizado.Quando estou na assistência ouna técnica de um artista ou um

projeto grande eu aprendo e des-cubro novas maneiras de traba-lhar, e quando estou em um proje-to pequeno de um artista que estáno início da carreira e não temprática de estúdio, muitas vezeseu preciso ajudar e dar dicas doque aprendi em projetos maiores

com um time com mais experiên-cia, e acabo aprendendo bastantetambém. A soma dessas ativida-des me aprimoraram como profis-sional do áudio. Não existe umtrabalho, ou um botão mágico quefaça a diferença sozinho, é precisopassar por tudo isso. Mas, como eudisse, sou muito grato a diversosprofissionais com quem tive ahonra de trabalhar, como Gui-lherme Canaes, Luis Paulo Sera-fim (LP), Gustavo Galisi, HenricoRomano, Paulo Penov, Silas Go-dói, Bill Reinikova, Marcel HortaJardim, Beto Neves, Jorge So-lovera, Ruy Galisi, Fernando Mol-linari, Beto Paciello, Roger Dias,Cesar Augusto, Guto Graça Mel-lo, Bozo Barreti, Radamés, MarcoPonte, Jorge Gambie, Juliano Te-ruki e outros engenheiros e pro-dutores com quem trabalhei nasgravações de artistas como Char-lie Brown Jr., Lenine, Nando Reis,Hebe Camargo, Ivete Sangalo,Raça Negra, Chimarruts, Leonar-do, Ney Matogrosso, Claudia Lei-te, Sérgio Reis, Milionário & JoséRico, Wanessa Camargo, Leci

Editar na época das gravações de

fita de rolo era uma arte, era preciso

cortar a fita no ponto certo e emendá-la

manualmente...

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Este espaço é de responsabilidadeda Comunidade Gigplace. Enviecríticas ou sugestões para [email protected] ou [email protected]. E visite osite: http://gigplace.com.br.

Para saber mais

[email protected]

É importante termuitas “horas devôo” para ter um

reconhecimento nomercado. Ter a

oportunidade detrabalhar com umleque tão eclético

de artistas eprofissionais do

áudio tem meaberto muitas

portas, tanto naprática como no

aprendizado.

Brandão, Amado Batista, Ja Rule, MattSorun, Tracy Guns, Cauby Peixoto,Daniel, Zezé de Camargo & Luciano,Victor & Leo, Fernando & Sorocaba,Jorge & Matheus, Cesar Menotti &Fabiano, o mestre Dominguinhos, en-tre outros, incluindo um musical daDisney, pras Casas Bahia.

O que falta ainda ao Rafael, pra que elese torne um profissional ainda melhor?Pretendo continuar trabalhando mui-to e tendo novas ideias. Acredito queum profissional do áudio, assim comotodos os outros profissionais, sempreevoluem com o passar do tempo. É im-portante ter muitas “horas de vôo”para ter um reconhecimento no mer-cado. Ter a oportunidade de trabalharcom um leque tão eclético de artistas eprofissionais do áudio tem me abertomuitas portas, tanto na prática comono aprendizado.

Quais os seus planos para o futuro?Onde pretende estar daqui a 10 anosnos campos profissional e pessoal?Depois de sete anos no meio, estou co-meçando a fazer minhas próprias grava-ções como engenheiro de áudio e algu-mas pequenas produções. Procuro con-ciliar as potencialidades do digital com

a qualidade sonora e peso do analógico.Pretendo desenvolver um trabalho comdiferentes “texturas” sonoras, tirando oque tem de melhor em cada estilo, e lan-çar novos talentos ao mercado. Alémdisso, e até para isso, estou construindoum home studio, com capacidade degravação para desenvolver pré-produ-ções, com um potencial de ensaio epreparo para a gravação e mixagem ofi-ciais, de modo que no processo de ar-ranjo de novos artistas, haja tempo econdições para formar e reformularmúsicas e ideias.Como músico, estou envolvido em pro-jetos ainda em desenvolvimento, de ca-ráter também eclético: Rock, Soul,Funk e Reggae, misturados num estilopróprio. Ao final da construção do estú-dio, pretendo começar as gravações comum trabalho autoral.

Rafael Machado em Mosh Estudio A

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IPD SERIESIPD SERIES

Lab.gruppen lança a Série IPD. Os

modelos IPD 1200 e IPD 2400 vie-ram para mudar todo o conceito que um

usuário pode esperar de um amplifica-dor, alinhando as qualidades já conhe-

cidas de um equipamento da marca a al-guns extras, como entradas analógica e

digitais AES3, DSP on-board comsupercarga e um conjunto de recursos e

poder de processamento que rivalizacom processadores digitais de áudio in-

A

[email protected]

Fotos: Divulgação

dependentes de alto preço, sem adicio-

nar nada ao custo final. Além disso, am-bos os modelos possuem rede baseada

em Ethernet para monitoramento econtrole por um computador que tenha

instalado o software IntelliDrive.O modelo IPD 1200, por exemplo, ofere-

ce 2 × 600 W, enquanto o modelo IPD2400 supre 2 × 1200 W, ambos em 4

ohms. O centro da plataforma IPD é ummotor de DSP de última geração equipa-

novo amplificador da Lab.gruppen

PROMETE REVER CONCEITOS

Escolher entreperformance,

característica,robustez e custo era

um velho dilema nahora de adquirir

um amplificador. Anova série IPD daLab.gruppen vem

justamentederrubar esse

conceito ao unircapacidadessuperiores e

confiançarenomada, semcomprometer aacessibilidade.

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Características dos produtos

• Alta densidade de potência acima de 2400 W em 1U

• Dois modelos: 2 × 600 W or 2 × 1200 W (4 ohms)

• Controle remoto via IntelliDrive Controller touch-based GUI

• Conexão em rede Ethernet

• Entradas analógicas e digital AES3 com redundância de falhas

• Links de saída para analógico e AES3

• Software configurado Speaker Protect Limiter

• Quatro canais de entrada para mixagem

• Alimentação: 100 – 240 V a 50 – 60 Hz.

O DSP integrado inclui:

• 40 equalizadores paramétricos em tempo real de multi inclinação.

• Filtros passa-altas e passa-baixas ajustáveis

• Delay de entrada (acima de 2s)

• Delay de saída (acima de 2s)

• Crossover com múltiplos tipos de filtros

• 100 possibilidades de presets a serem definidos pelo usuário.

• IPD LoadLibrary speaker presets

do com um total de até 40 equaliza-dores paramétricos multi-declive

junto com ganho ajustável, entradae saída de delay, com ambos os fil-

tros de alta e passa-baixa ajustáveispara qualquer frequência.

O DSP também fornece aindauma vasta proteção para o seu sis-

tema de alto-falante, na forma doSpeaker controlado por um soft-

ware. O limitador é configuradocom facilidade a partir do soft-

ware IntelliDrive Controller. Ou-tra característica é o IPD Load-

Library, uma coleção de presets daLab.gruppen para configuração

rápida e otimização de uma amplagama de sistemas de alto-falante,

tanto genéricos quanto de mode-los de marcas populares.

EXCEPCIONAL

FLEXIBILIDADE I/O

Com as entradas digitais AES3,

os amplificadores da Série IPD

se conectam diretamente às cai-xas de console digitais, ou ainda

aceitam a entrada AES dentrode uma instalação de rede digital

f ixa, eliminando um ciclo de

conversão DA/AD. Além disso,as entradas AES3 podem ser de-

finidas do automático fail-over

para o analógico – perfeito paramanter o show, ou em caso de

instalações – manter a integrida-de do sistema para aplicações em

sistemas PA/VA de configuraçãomais difícil, sendo que a mixa-

gem da entrada está disponívelpara todas as quatro saídas.

Todos os parâmetros de confi-guração para a mixagem de en-

trada, recursos DSP e configu-ração do limitador são acessí-

veis no painel frontal com doisbotões de navegação, um codifi-

cador rotativo, e o display ilu-

minado. Canal individual Mutetambém estão disponíveis e o

usuário pode definir até 100presets, que podem ser armaze-

nados on-board.A maioria dos usuários também

vai querer aproveitar os recursosavançados de rede, monitoramen-

to e controle baseados em Ether-net. A configuração da rede é rápi-

da e infalível, com a descoberta au-tomática e identificação de todos

os amplificadores conectados. AGUI é projetada para dispositivos

baseados em toque, e permite oagrupamento rápido dos amplifi-

cadores, juntamente com a confi-guração intuitiva e armazenamen-

to pré-definido de todos os parâ-metros de DSP.

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ucessor do popular AFS224, o

AFS2 tem o objetivo de fazer aeliminação de feedback e é simples de

usar, graças à sua função de um botãoassistente que automatiza os princi-

pais parâmetros de configuração e ori-enta o usuário no processo de confi-

S

[email protected]

Fotos: Divulgação

DBX LANÇAPROCESSADOR AFS2QUE ELIMINA FEEDBACK

O AFS2 é umprocessador avançado

de supressão defeedback, da dbx, cuja

principal função éeliminar

completamente ofeedback de um sistema

de PA. O equipamentoé ideal para bandas,

DJs, som ao vivo eaplicativos de

instalação fixa eoferece uma série de

funcionalidadesmelhoradas, incluindo

uma função deassistente de auto-configuração, um

módulo de supressão defeedback

completamentereprojetado e um

grande displayem LCD.

guração. O AFS2 oferece um displayLCD full e 24 metros de LED por ca-

nal para configuração e monitora-mento e ainda pode ser adicionado a

um sistema em minutos, graças à suafacilidade de ligação do painel traseiro

e o painel frontal otimizado. O mó-

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Para saber online

www.harman.com

dulo DSP totalmente novo do AFS2

leva a tecnologia dbx avançada desupressão de feedback (AFS) para

um nível totalmente novo. Estenovo módulo prevê conjuntos de

filtros mais rápidos e mais focadostanto no modo fixo e quanto no ao

vivo. Enquanto nos outros equi-pamentos são mais comuns en-

tre 10 e 12 filtros processadoresde elimininação de feedback, o

processador dedicado no AFS2fornece até 24 filtros progra-

máveis por canal com Qs filter

até 1/80 de uma oitava. Este nível

de extrema precisão, com filtrosanteriormente disponíveis ape-

nas em processadores high-end,permite que o AFS2 seja zero em

frequências exatas necessáriaspara atenuar feedback.

O AFS2 oferece ainda tipos defiltros específicos do aplicativo,

incluindo Fala e música Baixo,Médio e Alto. Outro destaque é

para os modos de filtro selecio-náveis Live and Fix (para som

instalado). O AFS2 pode ser

usado ainda tanto no modo dualchannel independente ou es-

téreo. Ele inclui entradas XLRe saídas TRS e uma entrada

USB para permitir atualizaçõesde firmware quando eles se tor-

nam disponíveis.

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Série BASSO é uma extensa famí-lia de subwoofers desenhados para

serem acoplados e garantirem soluçãopara qualquer tamanho de sistemaIDEA seja ele fixo, portátil ou para

turnês. Ele ainda pode ser usadocomo terceiro elemento na partede monitoração full range ou nossistemas de Line Array. Muitosfatores devem ser considera-

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Fotos: Divulgação

BASSO E VOABASSO E VOAO CASAMENTO PERFEITO

SÉRIES

Para quem achaque essas duas

palavras jamaispodem ficar juntas,

as séries Basso eVoa vieram para

mostrar o contrário.

dos para um perfeito encaixe na apli-cação de um subwoofer a um sistemasonoro. Tamanho, peso, logística eoperacional, necessidades de SPL, ex-tensão do LF, custos de limitação, bem

como as preferências do engenheirode som (dependendo dos diferentes ti-pos e tamanhos do evento), ou carac-terísticas de programação do áudio eestilo de mixagem do sub.

ConfiguraçãoLUA5-BASSO12

VOA24

BASSO36

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Configuração VOA8-BASSO24

Os modelos da Série BASSO permi-tem ao usuário escolher a formamais adequada de fazer o arranjode subs, e de acordo com cada si-tuação, pode aproveitar as facili-dades que se encontram em co-mum nos equipamentos da fa-mília dos produtos, como de-sign e filosofia de performance,bem como acessórios de rigginge de transporte.Os modelos BASSO, com irradia-ção direta foi desenhado para per-

mitir a passagem de uma largura debanda máxima (mesmo em capacida-des “Infra”), ter facilidade de in-tegração entre acústico e linearidade,enquanto os modelos de design paraBASSO T 5 Band-Passe apostam nosincronismo entre electroacústico edensidade de potência , com menorlargura de banda e níveis máximospendentes de SPL.Já os modelos VOA podem ser aplica-dos desde shows acústicos até perfor-mances em grandes estádios. Dese-nhado para ter uma configuraçãosimples, implantar e operar em umavia confiável e previsível, este siste-ma line array economiza tempo, es-forço e custos, já que oferece um com-portamento linear e coerente. Outracaracterística é quanto ao execelentedesempenho de densidade de potên-cia e força mecânica nos três mode-los: VOA8, VOA16 e VOA24.Outras características do sistema VOAque se destacam são o guia de fre-quência HF Line Array e o design dorigging. Todos os modelos foram cons-

truídos pré-configurados com oDSP IDEA e soluções deamplificação para um se-tup fácil e de ótima per-formance. O EASE FO-CUS, também usado pa-ra auxiliar no alinha-mento do sistema, estádisponível para simu-lar a performance dosistema ou fazer o cál-culo do rigging.

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CONCEITOSCONCEITOS

e acordo com o produtor e profes-sor Ricardo Mendes, o certo é criar

este conceito e depois traçar um objeti-vo, uma meta, e a melhor estratégia parase alcançá-lo. É claro que este conceitodeve também ser discutido com o artis-ta, mas no campo da opinião, o produ-tor acha que a própria música já vemcom uma “bula” oculta de como deverí-amos mixar. Isso acaba sendo um pro-cesso também intuitivo, mas que podeser perfeitamente aliado ao raciocínio eao bom senso. O ponto inicial é conhe-

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[email protected]

Fotos: Divulgação

E FUNDAMENTOS DE UMA MIXAGEM

cer a música: se você vai mixar um pro-jeto que já está gravando, esta etapa podeser pulada, no entanto, muitas vezes re-cebemos uma música já toda gravadapara mixar. Essa teremos que conhecerantes de tomar qualquer decisão. Parafazer isso, a melhor estratégia é não co-meçar mixando nada. Muito menos so-lando os canais para timbrar. O melhor ase fazer é ajustar os faders, sem compri-mir nem equalizar nada, e dar uma ‘le-vantada geral’. “Faço isso e escuto a mú-sica algumas vezes. Isso nos faz entrar

Existem muitastécnicas e

possibilidades aserem utilizadas em

uma mixagem, mas oque adianta conhecer

todas as técnicas senão soubermos comodirecioná-las? Umaboa mixagem não é

meramente umconjunto de técnicas

aplicadas. Existe umconceito que se deve,pelo menos, esboçar

antes de construiruma mixagem.

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melhor no universo da música semfocar especificamente em algumelemento. Após ter conhecido amúsica (ter a letra escrita paraacompanhar também é extrema-mente benéfico), é que identificoonde está a força emocional dela,ou seja, as partes mais importan-tes”, ressalta Ricardo Mendes.“Muitas vezes, especialmente comtécnicos menos experientes, é co-mum começar uma mixagem pelosom do bumbo e depois da caixa dabateria. O raciocínio seria de que aparte percussiva – e bumbo e caixacomo mais proeminentes – for-mam os “alicerces” da musica, logotudo estará apoiado neles. Então éfundamental que o bumbo e a cai-xa estejam “matadores”... Raciocí-nio errado.”, afirma..O mais importante, segundo ele, é oelemento que chama a atenção doouvinte. “Quase sempre é a voz eum instrumento. Let it Be dosBeatles tem a banda inteira tocan-do, mas o mais importante é a voz eo piano. Beat It também tem banda,mas o mais importante é a voz e aguitarra. Já em Billie Jean é a voz e obaixo. Pode existir um caso onde avoz não seja o principal? Sim. É me-nos comum mas existe. Em muitoscasos de música eletrônica, a voz éapenas um elemento, sendo a bate-ria e o riff da música o mais impor-tante”, coloca o engenheiro.Uma vez identificada a ordem deprioridades, pode-se partir para amixagem propriamente dita. “Nor-malmente escolho os dois princi-pais elementos da música e criouma ambiência para eles. Essaambiência pode vir a mudar ou so-frer alterações no decorrer da mú-sica, mas normalmente ajustes deintensidade e tempo para melhorencaixar com o resto dos outrosinstrumentos. O segundo passo é oprocessamento dinâmico, no caso,a compressão. O fato é que com apossibilidade de automação, hoje

não é necessário se comprimir tãopesadamente um vocal. A melhorestratégia é deixar o compressor fa-zer um trabalho suave dando uma‘acalmada’ nos trechos mais altos, edepois fazer a automação aumentan-do os trechos muito baixos e dimi-nuindo os muito altos”, comenta.O próximo passo é equalizar. Estaequalização tem que ser feita demodo a realçar o timbre da voz oudo instrumento principal e escon-der o que estiver incomodando.Segundo Ricardo, de maneira ge-ral, deve-se tomar cuidado comuma “over-equalização” dos ele-mentos principais. A over-equa-lização pode até soar interessanteem alguns elementos secundáriosque porventura estejam tendo al-guma dificuldade de se tornaremaudíveis na mixagem, mas ela tira anaturalidade do som, e normal-mente não é o que queremos emum elemento principal.

No caso da voz, é comum um low-cut (high-pass) abaixo de 80 Hz,pois não há muito material nessafaixa de frequência, com exceçãode um vocal fazendo o papel de bai-xo. “Se houver falta de corpo, é co-mum subir um pouco a região demédio-graves, entre 250 Hz e 500Hz. Existe uma região, por volta de5000 Hz, onde é comum subir umpouco. É nesta região que está obrilho. Já na região de 10.000 Hzestá o que chamamos de ‘ar’. É cla-ro que as frequências citadas acima

são apenas um ponto de partida epodem variar de um vocal para ooutro. Eu tenho muita desconfian-ça quando não consigo ter um bomsom de vocal com ajustes mínimosde equalizador. Raramente doumais de 2 dB de ganho nessas fre-quências. Não se pode ‘criar’ umtimbre de voz com um equalizador.Não há equalizador que transformea voz do Ney Matogrosso na voz doTim Maia. Este é o ponto crucial deuma equalização de voz: ressaltar oque há de bom, esconder um even-tual incômodo (de vez em quandotiro um pouco de 1.000 Hz em vozesmuito médias). Desconfie de curvas

muito exageradas no equalizadorutilizado para a voz”, comenta.O mesmo raciocínio pode ser utili-zado para o instrumento principal,mas nesse caso os pontos de fre-quência a serem ressaltados ou di-minuídos irão variar enormementeem função do instrumento. “Umavez definidos os ‘líderes’ da música,inclusive com um ótimo equilíbrioentre os dois, é hora de começar a le-vantar os outros elementos do seuprojeto, mas isso fica para uma abor-dagem futura”, completa Ricardo.

Ricardo Mendes

Muitas vezes, especialmente com

técnicos menos experientes, é comum

começar uma mixagem pelo som do bumbo

e depois da caixa da bateria.

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Outros técnicos com expertise nessaárea de mixagem também têm suas

técnicas e caminhos para obter um re-sultado conceitual. Conversamos com

alguns profissionais do mercado queexplicam um pouco mais sobre seus

trabalhos nessa área.Para André Neiva, o princípio básicode uma boa mix é vir de uma boa grava-ção com bons músicos e boa captação e,para ter a certeza de que irá soar bem nocarro, em casa, no celular, na rádio épreciso seguir algumas normas de divi-são de frequência e de compressão vistoque, hoje em dia, a maioria dos alto-fa-lantes são pequenos e a grande maioriados arquivos são lidos no formato MP3.Segundo ele, na hora de mixar uma mú-sica, o profissional deve levar em contao lado artístico, onde o profissional im-prime apenas seu gosto e segue padrõestécnicos, e a outra é se a música tem oobjetivo comercial. Aí o produtor pre-cisa saber em qual segmento a músicairá tocar, por exemplo: se ela for mais

pop, coloca-se um violão de aço mais nafrente; se for mais rock, as guitarras fi-cam mais altas e por ai vai. “Em minhaopinião existem dois profissionais mui-to importantes na hora da mixagem: umé o ouvido, experiência e objetividadedo produtor e o outro é o técnico quepara ser bom, precisa saber entender alinguagem artística e traduzi-la em lin-guagem técnica”, fala André.Clement Zular, engenheiro de som res-ponsável pela mixagem do CD Amazonas

Band Convida..., de Gilson Peranzetta eMauro Senise, também concorda que oprofissional deve entender o conceitoque está sendo mixado, enxergar pelosolhos do artista e colocar a parte técnica aserviço deste. Para ele, outra coisa ser le-vada em consideração quanto à própriamixagem é saber o que o artista quis dizercom o trabalho, quando for o caso de es-conder certas características e problemas“musicais”, sem que isso descaracterize otrabalho artístico. “Cada trabalho temuma mixagem diferente da outra. Depen-de da captação, se você gravou direto. Ogrande ponto é estabelecer o conceito”,observa.O engenheiro de som Ricardo Mizutanié outro que leva em conta o que o artistaquer expressar, quando o assunto é fun-damento e conceitos em uma produçãofonográfica. “Entre as centenas de res-postas corretas, acho que tudo tem ori-gem em uma premissa: a mixagem deveexpressar, o mais fielmente possível, aarte do intérprete/grupo, assim comodos músicos participantes nas diversasetapas de composição, arranjo e execu-ção. Qualquer proposta fora desta pre-André Neiva

Em minha opiniãoexistem dois

profissionais muitoimportantes na

hora da mixagem:um é o ouvido,

experiência eobjetividade do

produtor e o outro éo técnico que para

ser bom, precisasaber entender a

linguagem artísticae traduzi-la em

linguagem técnica(André Neiva)

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missa básica não é a verdade, en-tão, neste caso, vale qualquer coisae, provavelmente, não se trata deuma obra musical”, avalia. Segun-do ele, qualquer técnica avançadade compressão negativa ou parale-la é menos importante que o con-ceito artístico, e este tipo de orien-tação deverá vir do produtor, que éo responsável pela coordenaçãodos trabalhos. Ou seja, é melhorantes ouvir o que o produtor e o ar-tista têm a dizer sobre o conceitoartístico da obra do que criar umpré-conceito de como deverá ser amixagem. “Só para ilustrar, temaquela velha história (verdadeira)do técnico que, ao chegar no estú-dio, já vai pendurando os periféri-cos/plug-ins antes mesmo de ouvircomo é a música. Será que ele real-mente ouve o que faz, ou apenasenxerga?”, questiona.

ANTES DE POR A MÃONA MASSA...Para o engenheiro Beto Neves, oprocesso de mixagem de uma mú-sica é muito particular, tendo cadaprofissional sua fórmula, seu mé-todo. “Ao receber uma música,multitrack, meu primeiro passo éouvi-lo da mesma forma que meusclientes durante o processo de gra-vação, para captar as ideias e sensa-ções que tiveram até chegar ali.Durante a gravação, com certeza,muitas ideias foram inseridas nasessão e é fundamental que eu asconheça para entender a linha deraciocínio que meu cliente tempara aquele track. O próximo pas-so é discutir com o meu cliente,arranjador, artista ou produtor, oque tenho em mente para aquela

mixagem e saber se ele concordacom a linha que vou seguir. Nor-malmente começo pensando noespaço ou ‘salas’ que aquela can-ção vai estar inserida, se ela teráuma característica seca, numa pe-quena sala, num grande galpão ouqualquer outra sensação espacialque eu imagine para atingir a so-noridade esperada para o track. Énesse momento que crio as salas

‘reverbs’ que usarei na música.Normalmente uso no máximo 2ou 3 reverbs em cada mixagem”,enumera Neves.Valorizar as orientações do produ-tor e, quando for adequado, contri-buir com ideias novas e sempre seperguntar: “a idéia ajudou a músi-ca, ou é apenas um efeito (defeito)sonoro? O que estou ouvindo aquino estúdio, causará a mesma im-

Uma boa mixagem é:

Para quem está iniciando, Ri-cardo Mizutani dá algumas dicaspara uma boa mixagem:Bem, primeiro vale uma dica paraexperts e novatos: se você nãoparticipou da sessão de gravação,se você não conhece a música,antes mesmo de abrir e começarpelo primeiro canal - o bumbo -pare e levante todos os canais ameio volume. Sem compromissocom a qualidade, ouça uma prévia,tenha uma noção do que se trata.Assim você “acessa” seu banco dedados mental e filtra muitas in-formações desnecessárias e tam-bém pré-seleciona outras quetem a ver com o que você escutouem uma visão “macro”. Agorasim, você começará a se preocuparcom a visão “micro”. Como osnovatos geralmente têm dificul-dades em formar uma boa estrutu-ra de ganho, em vez de abrir o ca-nal 1, comece pelo canal de maiorimportância, de maior volume,como o canal de voz. Baseado naprévia que você registrou na suamemória, trabalhe na equali-zação deste canal de forma a dardestaque. Não mexa na dinâmica,deixe o compressor para depois.Vá trabalhando desta forma, ca-nal por canal, do mais importan-te para o menos importante.Com este procedimento, o nova-to tem um controle melhor sobre

os níveis, evitando, ao final doprocesso, ter que trabalhar com omaster lá embaixo. Lá pelo meioda mixagem, talvez você percebaa necessidade do compressor emum determinado canal. Aplique evá melhorando os ajustes confor-me a evolução da mixagem. Omaior erro dos menos experien-tes é tentar ajustar a compressãode um canal sem a perspectiva dofundo, dos outros instrumentos.Já li algumas coisas boas na in-ternet e há sempre novos méto-dos didáticos sendo desenvolvi-dos nas escolas de música e áudio.Quando eu ainda dava aulas, logode início eu propunha um exercí-cio: a partir de um CD conhecido,cada um deveria dizer quais ins-trumentos estavam presentes namixagem e qual era o seu posicio-namento em um “palco” 3D. Acapacidade de “isolar” mental-mente um instrumento é tão im-portante e análogo como “combi-nar” estes instrumentos na mi-xagem. Enfim, há muitos méto-dos válidos por aí, mas o meu pre-ferido é estar em companhia degrandes músicos... não existe me-lhor formação do que a influênciae a companhia de grandes mes-tres, seja no momento da criação,seja nos ensaios. Assim é molda-do o meu conceito do belo porquem cria a obra.

Clement Zular

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pressão no ouvinte em casa, no carroetc? A acústica aqui na sala técnica éconfiável?”, são alguns dos cuidados deMizutani ao entrar em estúdio.

MAS E AQUELA MÚSICAQUE JÁ ESTÁ GRAVADA...André Neiva ressalta que, independentede se conhecer o artista, desde que a cap-tação tenha sido boa e o técnico demixagem seja bom, o resultado será sem-pre o melhor possível. “Do contrário,mixagem não faz milagres. O principalcuidado é manter o objetivo da mixa-gem, e isso depende muito de conceito.Na maioria dos casos, o cantor quer quesua voz fique mais alta, mas há rádios quenão gostam desse tipo de mixagem e pre-ferem a voz mais dentro da base. E issoquem deve determinar é o produtor mu-sical, pois ele é que sabe qual o destinoque dará à música”, ressalta.Um briefing com o produtor e com oartista é outro ponto, destacado porMizutani. “A mixagem é uma etapa po-derosa, então, a música pode tomarcaminhos completamente diferentesdo que é desejado, dependendo do“acento” que o técnico imprime namixagem”. Para ele, é muito importanteentender o desejo e o conceito do beloque passa na cabeça do produtor e do ar-tista. “Uma dica: peça referências antesde mixar. Discuta com o produtor e ar-tista por que ele gosta tanto daquela fai-xa do artista ‘X’ naquele disco ‘Y’. Ou-vir outros trabalhos já realizados é mui-to útil, os melhores técnicos e produto-res do mundo fazem isso”, ensina.Cuidar melhor da imagem espacial,procurar um posicionamento de cadainstrumento e dar menos importânciaà compressão são outros processos im-portantes. “Um ‘palco’ com boa distri-buição dos instrumentos ‘desentope’uma mixagem de muitos canais. Quemestá mais antenado sabe que não estoufalando apenas do PAN. E muita com-pressão nos canais individuais, em vezde ajudar, prejudica uma mixagem mui-to complexa”, avalia Mizutani.

Para Clement, uma coisa que está muitoem alta é a compressão exagerada. “Algunsestilos pedem porque as pessoas estão atéacostumadas, e quando se ouve no sistemacomum não se percebe. No entanto,quando se ouve em um sistema de moni-toração bom, que mostre o excesso decompressão, faz a música soar ‘pequena’.Quando tem mais dinâmica e menoscompressão, esta se torna mais alta. O im-portante para quem mixa é sempre estarreferenciado em coisas acústicas. Boas coi-sas acústicas, ao vivo, ou com uma equa-lização que mostre o que se tem”, assegura.Neiva acrescenta que no seu trabalho,saber dividir bem as frequências é o pri-mordial. “Grave, médio e agudo não sãoapenas 3 frequências. São três ranges defrequência e a música pode, por exem-plo, ter um som de baixo em torno de250 Hz e um bumbo em torno de 80Hz,os dois serão graves mas não se choca-rão”, comenta. Para ele, o fundamentalem uma mix varia muito e depende doformato a ser entregue. Se for para MP3,por exemplo, a opção é deixar a própriacompressão do formato a se comprimir;se for WAV, pode-se usar uma compres-são mais apertada. Atenuar as altas oubaixas ou colocá-las mais evidente vaidepender muito do conceito da música edo ouvido de quem a produz.Para Clement, é fundamental a atitudeque você tem com o músico e ele comvocê e entender que há maneiras de che-gar ao objetivo. “Tenho privilégio de tertrabalhado com muitos tipos de música.Então uso o método do oftalmologista,que é mexer no equalizador um pouco eperguntar ao músico se está melhor dessejeito ou do jeito anterior”, ressalta.Equilíbrio é a palavra-chave para Mizu-tani. Equilíbrio entre melodia, harmo-nia e ritmo. Equilíbrio no uso da eletrô-nica. “Como aprendemos nos cursos

Beto Neves

O importante paraquem mixa é sempre

estar referenciadoem coisas acústicas.

Boas coisasacústicas, ao vivo,

ou com umaequalização que

mostre o que se tem(Clement Zular)

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por aí, a estética musical muda de dé-cada em década, mais ou menos. Umgate reverb na caixa do Phil Collinscausaria pânico em uma mixagematual – mas era um conceito inovadore belo para a época. Confesso que nãogosto de muita coisa que ouço por aí,mas quem sabe, eu não esteja ultra-

passado e cego (surdo...) para a novaestética? De qualquer forma, a minhaopinião atual é que há uma tendênciaexagerada para se distorcer o sinaloriginal. Só para ilustrar, eu faço al-guns circuitos por encomenda paraamigos. Prés e equalizadores arte-sanais, nada em escala industrial. Istome permite um contato bem íntimocom os usuários. Entre os prés de mai-or fidelidade e os que imprimem umapersonalidade própria, adivinha oque eles preferem? Os vintage, os queproduzem um som diferente. Enfim, ofundamental em uma mixagem é oequilíbrio em tudo”, sentencia.

ORDEM E PRIORIDADESEm uma mixagem, dar preferência aum ou outro instrumento tambémvai depender do que foi traçado e doque se quer como resultado. Beto Ne-ves, por exemplo, diz que se a músicatem uma instrumentação pop tradi-cional, com bateria, baixo, percussão,guitarra, teclados, sopros, vozes e etc.,prefere começar a mix pela bateria.“Penso nesse instrumento como umúnico e não como várias peças separa-das, isso me ajuda a determinar a di-nâmica da música. Para isso devemos

usar nossa memória auditiva quecontém tudo o que já ouvimos daque-le instrumento. Nesse primeiro mo-mento estou mais preocupado com ostimbres do que com o equilíbrio e jácomeço a inseri-lo nas salas ‘reverbs’que criei no inicio da mix”, afirma.Para André Neiva, a fórmula é: me-lhor instrumento + melhor instru-mentista + melhor técnico de mixa-gem = melhor resultado. Já RicardoMizutani acrescenta que vai depen-der muito da formação musical e dasinfluências recebidas por cada um daprodução, incluindo o técnico. “Se abagagem é boa, de qualidade, o técni-co vai facilmente interpretar as in-tenções do arranjo. Em uma produçãobem estruturada, com a parte musicalresolvida antes da sessão de mixagem,o técnico não terá dificuldade algumaem subir ou baixar os faders. Isso já foiresolvido lá atrás pelo arranjador, eleescreveu a música de forma que osinstrumentos participem de uma for-ma orgânica na música. Agora, porexemplo, se o arranjo não está resol-vido...”, aponta.“A cada instrumento que vou adici-onando à mixagem, normalmentevolto para instrumentos anteriores,fazendo pequenos ajustes nos tim-bres e encontrando uma melhor re-lação deles com a mix. A partir dis-so, volto a atenção aos planos e pa-noramas e a mix começa a tomarforma. A colocação da voz é um dosmomentos mais importantes deuma mixagem pop. É nesse momen-to que realmente decido os planos epanoramas para que tudo esteja cla-ro e a voz esteja cumprindo seu pa-pel”, explica Beto Neves. “Meu pro-cesso de mixagem dura em torno de8 a 10 horas, mas já houve casos demúsicas que passei mais de 25 horasmixando e outros casos que em 4horas eu já estava satisfeito com oresultado. Tudo pode ser muito re-lativo, o importante é criarmos onosso processo e amadurecermossua sistemática”, conclui.

Ricardo Mizutani

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o entanto, não raras são as vezes emque nos deparamos com equipa-

mentos que custam milhares de dólaressendo conectados pelos cabos de menorvalor financeiro que o usuário achoupara comprar.Analógicos, digitais ou até mesmo vir-tuais, encontramos neste segmento demercado empresas que dedicaram anosde pesquisas, aplicando todo o conheci-mento adquirido à complexa missão deoferecer produtos que podem ser consi-derados referências na indústria doáudio profissional.Mais comumente encontrados em qual-quer aplicação de áudio, os cabos analó-gicos apresentam uma característica bá-sica: serem ou não capazes de transmitirsinais balanceados. Em uma conexãonão balanceada, temos um condutorque transporta o sinal e uma malha deblindagem que funciona como um con-

N dutor de referência. São geralmentemais baratos em relação aos cabos ba-lanceados, porém mais suscetíveis aproblemas de ruídos relacionados a“loops” de terra (interferências eletro-magnéticas, radiofrequências etc.), osquais podem adicionar roncos e chiadosao sinal de áudio.Já nas conexões balanceadas, temos,além da malha de blindagem, dois con-dutores centrais que transportam o sinalem polaridades opostas, ou seja, quando atensão presente em dado momento emum condutor é positiva (em relação aosinal transportado no condutor de refe-rência), no outro ela é negativa. Ao rece-ber os sinais desses condutores, um equi-pamento que possui entrada balanceadainverte a polaridade de um deles e o somaao outro, tendo um ganho de 6 dBs.Entretanto, a grande vantagem desseprocesso é a quase completa eliminação

Reputado poralguns ao papel

de merocoadjuvante em

um sistema desonorização, oscabos de áudio

são osresponsáveis por

interligar todosos equipamentos

de um sistema,transmitindo

com a máximatransparência

possível os sinaisdas fontes

sonoras e dosprocessadores de

sinal que ocompõem.

Luciano Freitas é técnico

de áudio da Pro Studio

americana com forma-

ção em ‘full mastering’

ÁUDIO SEM FIOSPRATICIDADE NAS CONEXÕES DE

BLUETOOTH

ÁUDIO SEM FIOS

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do ruído externo induzido, pois, ao ser induzido com amesma polaridade nos dois condutores, é canceladoquando a polaridade de um deles é invertida na entra-da do equipamento que possui entrada balanceada.Nos casos em que ocorre grande interferência eletro-magnética no sistema, ainda é possível se valer dos ca-bos balanceados com quatro condutores principais eum de referência (popularmente conhecidos como“Quad Cables”). Estes cabos possu-em condutores cruzados em peque-nos ciclos, devendo os condutoresem posição oposta (geralmente oazul e o vermelho/o branco e o ver-de) serem ligados em paralelo. Essemodo de montagem garante que oscondutores fiquem exatamente namesma distância da fonte geradorade interferência (recebem o ruídocom a mesma intensidade), garan-tindo uma atenuação superior deruídos (de até mais 20 dBs) quandocomparado a um cabo balanceado com apenas doiscondutores principais.Em outro macrogrupo encontramos os cabos digitais,aqueles que, em vez de transportarem simples sinaiselétricos, transportam dados de código binário. Suaprincipal vantagem em relação aos cabos analógicos é

a capacidade de transmitirem sinais íntegros, semqualquer tipo de perda ou deterioração, quando respei-tado o comprimento máximo permitido. Diversos sãoos formatos proprietários disponíveis, sendo os maispopulares (e também os mais utilizados) o padrão S/PDIF (Sony/Philips Digital Interface Format), que uti-liza cabos de fibra ótica com conectores TOSLink(Toshiba Link) ou cabos coaxiais de 75 Ù (ohms) com

conectores do tipo RCA e transportam áudio estéreo;o padrão AES/EBU (Audio Engineering Society/European Broadcasting Union), com cabos balancea-dos de 110 Ù e conectores do tipo XLR que tambémtransportam áudio estéreo; e o ADAT Optical Interface(ou “Lightpipe”) que transporta áudio multicanal (até

Nos casos em que ocorre grande

interferência eletromagnética no sistema, ainda

é possível se valer dos cabos balanceados com

quatro condutores principais

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8 canais simultâneos em 48kHz/24Bits)com cabos de fibra ótica e conectoresTOSLink. Com o advento da infor-mática ocorrido nos últimos anos, passa-ram a fazer parte desse grupo os cabosUSB, o Firewire e, mais recentemente, oThunderbolt, todos perfeitamente adap-tados às aplicações de áudio digital.E por todas essas particularidades exis-tentes entre os mais diferentes forma-tos, muitos torcem para que logo che-gue o tempo em que não serão mais ne-cessários cabos para interligar os equi-pamentos de um sistema de áudio. Eparece que este caminho começa a sertraçado na direção da tecnologia Blue-tooth, que, de modo descomplicado,permite que computadores, tablets,smartphones, diversos periféricos deinformática e agora equipamentos deáudio se comuniquem por meio de on-das de radiofrequência que trafegam nafaixa entre 2,4 GHz e 2,5 GHz e che-gam a cobrir distâncias de até 100metros (Bluetooth Classe 1).Conheçamos alguns dos sistemas deamplificação disponíveis atualmenteno mercado que já possuem essa tec-nologia (Advanced Audio Distribution

Profile - A2DP) e permitem streamingde áudio em tempo real sem abrir mãoda qualidade sonora:

IK Multimedia – iLoud: sistema deamplificação portátil estéreo em gabi-nete unificado que entrega 40 watts depotência por meio de dois transdutoresde 3 polegadas e dois transdutores demédio/agudos. Possui sistema bi-ampli-ficado (amplificadores Classe D) comum DSP que alinha a fase dos alto-fa-lantes e ajusta o melhor ponto do cros-sover, proporcionando uma respostaequilibrada entre 50Hz e 20 kHz.Além de reproduzir o áudio recebido viaBluetooth, possui conexões analógicasque lhe permitem ser usado como in-terface de áudio em um dispositivo queopere com iOS. Possui uma bateria in-terna recarregável que proporciona au-tonomia de uso de até 10 horas.

Fender – Passport Event: proporcio-nando 375 watts de potência (amplifi-cadores Classe D), este sistema se mos-tra potente e ao mesmo tempo compac-to, trazendo duas caixas acústicas comalto-falantes de 8 polegadas e drives de

Com o adventoda informática

ocorrido nosúltimos anos,

passaram a fazerparte desse grupo

os cabos USB, oFirewire e, maisrecentemente, o

Thunderbolt,todos

perfeitamenteadaptados àsaplicações deáudio digital.

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médios e agudos. Seu mixer contempla 4 entradas demicrofones (conectores XLR), uma entrada para ins-trumentos (conector P-10), e uma entrada de linha queaceita sinais analógicos estéreos e o sinal enviado viaBluetooth, sendo que todos os canais possuem um con-trole de volume, equalizador de graves e agudos e umcontrole de intensidade do processador de reverb. Comapenas 20 quilos, mostra-se como uma ótima opçãopara os músicos que se apresentam sozinhos e têm quetransportar o seu próprio equipamento.

Behringer – Eurolive B115W: ótima relação custo-benefício para quem precisa de potência (1.000 watts,com transdutor de graves de 15 polegadas) e versatili-dade. Traz três entradas para microfones, sendo duasdelas analógicas e uma digital dedicada aos microfo-

nes sem fio da linha Ultralink ULM do fabricante (re-ceptor de sinal no formato USB). Na função Blue-tooth, permite o uso simultâneo com outra unidadepara reprodução de sinais estéreos (função “StereoLink”). Seu processador de sinal interno alinha a fasedos dois transdutores, além de atuar como um com-pressor/limiter que protege os alto-falantes de dis-torções e sobrecargas.

Para saber online

[email protected]

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IGA O RITMO E AJUSTE

SUA PERFORMANCE

Vamos falar sobre um recurso no Drum-mer que pode ser bastante útil para ajustesfinais em mixagens: o Follow Rhythm

S

XLOGIC PRO

Vera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

RECURSOS INVISÍVEIS

(siga o ritmo). Através deste recurso épossível selecionar uma trilha de um ins-trumento de forma que o Drummer auto-maticamente siga a divisão rítmica, deci-dindo o melhor ajuste para cada região.

Nesta edição vouexplorar alguns

recursos do LogicPro X que não são

tão visíveis àprimeira vista.Como sempre,

recursos que podemajudar no quesito

criatividade: oFollow Track e o

Chord Trigger.

Figura 1

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Vamos seguir o projeto da figura 1.Primeiramente, abra um projetonovo escolhendo o Drummer. Naminha configuração o Drummerautomaticamente escolhe o kitSoCal e cria duas regiões. Dei umSplit na primeira região e, paracada uma delas, considerei varia-ções rítmicas, indo de uma compo-sição de complexidade mais sim-ples até a final mais sofisticada.Criei uma trilha de áudio inserindoum loop de baixo. A parte inferior,onde estão os controles do Drum-

mer, chama-se Drummer Editor(editor do Drummer). Na parte in-ferior direita existe um campo paraescolha chamado Follow que signi-fica Follow Track (siga a trilha). Aoescolher um campo abaixo se abreonde se pode escolher qual a trackque deverá ser a referencial para oDrummer (figura 2). Experimentecriar uma track desta forma e tes-tar tocar o projeto sem e com oFollow ligado. Na verdade esta éuma forma de criar uma sensaçãode consistência em sua mix, onde abateria ficará bem redonda em re-lação ao referencial escolhido.Lembrando que o referencial sãosempre o bumbo e a caixa, o Follownão utiliza as outras peças comoreferencial. É por isso que a opçãotambém está localizada ao lado daopção Kick & Snare na janela doeditor Drummer. Outro ponto im-portante é que você pode escolherdiferentes referenciais para seremseguidos em cada uma das regiões.

No exemplo, escolhi todas as regi-ões do Drummer de uma vez só.

Chord Trigger - agiliza projetos ouperformances ao vivo.Como já falamos algumas vezes,temos os MIDI plug-ins no LogicPro X, como o Chord Trigger, quepermite atribuir um acorde com-pleto a uma única nota. Ao tocaresta nota, o acorde é disparado.Muitos equipamentos em hard-ware possuem esta função que faci-lita muito, tanto em produção

quanto em performances ao vivo.Abra um novo projeto e escolhaSoftware Instrument como suaprimeira trilha. Na área Inspector àesquerda da tela, escolha Instru-

ments > EXS24 (Figura 3). Abrin-do o menu do EXS24, escolha Syn-thesizers > Synth Pades > ColdMistery (Figura 4). Escolha em

seguida em MIDI FX (Figura 5) oefeito Chord Trigger. Aparecerá natela uma janela com dois teclados(figura 6), com duas funções: entra-da (input) e saída (output) de notasMIDI e definição de acordes a serematribuídos às notas.

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5

Figura 6

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Toque uma nota em seu controlador eveja que agora o que você ouve não é só anota e sim um acorde e, no visor dos te-clados em cima, você vê a nota tocada eembaixo o acorde relacionado (Figura7). Note também que está escolhido umpadrão Factory Default, ou seja, no te-clado de cima todas as notas estão azuiscom uma bolinha, significando que paracada uma delas há um acorde atribuído.Vamos agora criar um padrão própriopara o Chord Trigger. Primeiramente,escolha o intervalo de notas para asquais serão atribuídas esta função. Éinteressante notar que escolhendoeste intervalo que fica marcado em azulcom bolinhas nas teclas, todas as de-mais teclas ficam liberadas para fazerum solo. Para escolher este intervalo,

basta arrastar as extremidades da barraTrigger Key para a direita e esquerda,conforme pode ser visto na figura 8.Escolhi o intervalo de F1 a B2 (Fá 1 a Si2). Em seguida, vá no canto superiordireito e aperte Clear (Figura 9).Você notará que todas as bolinhas nasteclas em azul desaparecerão, ou seja,não há mais nenhum acorde atribuído aestas notas.

Vamos agora criar a atribuição de acor-des. Clique sobre o botão Learn tambémno canto superior direito (Figura 10).Observe que o botão Learn começa apiscar. Escolha a nota F1 no tecladosuperior. Aparecerá uma bolinhavermelha sobre esta tecla. No tecla-do inferior montei um acorde deCmaj7. Agora basta clicar novamen-te sobre o botão Learn. Todas as no-tas no intervalo escolhido de F1 a B2terão agora a bolinha sobre elas, issosignifica que existirá um acorde atri-buído a cada tecla.No caso, todos acordes de Cmaj7,transpostos para cada tecla seguirão a

Figura 7

Figura 8

Figura 9

Figura 10

Figura 11

Para utilizar ospresets, escolha

o tipo deinstrumento e

faça váriostestes. Você

poderáconfigurar o

Chord Triggerpara situações

específicas. Issofacilita muito

ao produzir umdeterminado

estilo ou paraencontrar

progressõesinteressantes

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mesma configuração do acorde ini-cial. Lembre- se que estamos no

modo Single, conforme pode serobservado no canto esquerdo datela (Figura 11). Já no modo Multi épossível, através do mesmo proces-so, atribuir um acorde para cada

Para saber online

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nota. Basta clicar em Learn edefinir um acorde por tecla, nasequência desejada. Ou seja, épossível criar progressões deacordes para agilizar vários tra-balhos. Para apagar notas, nomodo Single, apertando Cleartodas as notas são apagadas. Jáno modo Multi, o botão Clearfica piscando até que você indi-que qual o acorde será apagado,ou seja, você precisa clicar sobrea respectiva tecla.Vale a pena lembrar que já exis-tem vários presets disponíveis.Clique sobre Factory Default, aofinal da lista você encontrará asopções Multi (Figura 12) e Sin-gle (Figura 13). As opções deMulti são Guitar Voicings, Key-board Voicings e Parallel Chords(aberturas de guitarra, teclado eacordes paralelos). E também te-mos opções de presets Single,tais como Extended Harmonies,Intervals e Triads (harmoniasestendidas, intervalos e tríades).Bastante material para começarqualquer projeto MIDI.Para utilizar os presets, escolhao tipo de instrumento e faça vá-rios testes. Você poderá configu-rar o Chord Trigger para situa-ções específicas. Isso facilitamuito ao produzir um determi-nado estilo ou para encontrarprogressões interessantes.Boa diversão!Até a próxima edição!

Figura 12

Figura 13

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MONITORAÇÃO E CONTROL ROOM

rimeiramente vale aqui um concei-to: mixagem não se ensina, mixa-

gem se aprende com experiência e ob-servação. Mas é claro que existemmeios de agregarmos conhecimentosfundamentais para que a experiência e aobservação sejam eficientes e a curva deaprendizado se torne de fato uma prepa-ração para a diversidade de situaçõesque cada estilo musical demanda. Nos-sos artigos têm esta função.“Bater cabeça “ numa mixagem em bus-ca de equilíbrio, sonoridade e arte fazparte do processo. Mas se aprendemos a“bater cabeça” nos pontos necessários,na direção correta, sem desperdício deenergia, usando conhecimento, experi-ência, conceitos, dicas, vivências pesso-ais e alheias como ferramentas de traba-lho... tudo tende a dar certo.Então vamos em frente. O assunto dehoje é monitoração e será dividido em

CUBASECUBASE7.57.5

P três artigos. Paralelamente ao assuntopropriamente dito, vou falando dos re-cursos específicos do Cubase.Para mixar bem temos que ouvir bem,certo? Só que o “ouvir bem” em nossocaso é o “ouvir clinicamente”. É aí queprecisamos fazer bom uso do que temosà disposição. O Cubase é a única work-station que disponibiliza um controlede monitoração totalmente indepen-dente das funções do mixer principal.Todos os recursos de monitoração estãodisponíveis no Control Room. É comose tivéssemos um hardware dedicado.Configurando as saídas da interface ouplaca de som, podemos definir todo oroteamento da monitoração com todosos recursos necessários à nossa missãode “ouvir clinicamente”.Devemos referenciar nossas mixes deforma que elas soem da melhor maneirapossível no maior número de sistemas

MIXAGEM,MIXAGEM,PARTE 1

Olá Amigos,Seguindo a rima

do nosso temasobre mixagem,

vamos começar atratar de pontos

importantes.Marcello Dalla é

engenheiro, produtor

musical e instrutor

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de reprodução. Com a tecnologia de reprodução im-plementada em diversos tipos de aparelhos, o grandedesafio é que nossa arte seja traduzida da maneira maisfiel na maior parte deles. Então já de cara devemos as-sumir que o ritual da mixagem deve ser cumprido em,no mínimo, 2 pares de monitores diferentes. Daí prafrente começa a verdadeira construção sonora.Monitores de estúdio (pelo menos dois sistemas), sãonecessários do início ao fim nas tarefas: timbrando,equalizando, definindo as “fatias” da mixagem, traba-lhando dinâmicas, procurando equilíbrio e profundi-dade. Depois de tudo encaminhado e construído, co-meçamos a conferir em sistemas de reprodução adicio-nais como: headphones, earphones (a partir desmartphones, tablets etc.), no som do carro, alto falan-tes de laptops, sistemas de som domésticos, aparelhosde TV, eletrola, vitrola, radiola e em tudo que sai som(excluindo os papagaios).Este é o ritual de praxe. No estúdio, o uso de sistemasdiversos de monitoração exige um roteamento paraque haja a possibilidade de uma comparação A/B efici-ente. Quando comparamos o som da mix entre um sis-tema de caixas e outro, a troca deve estar com volumenivelado e ser instantânea para que as diferenças seevidenciem. O Control Room do Cubase permite issode uma forma muito prática.A figura 1 mostra o menu de acesso e o painel doControl Room Mixer. O painel mostrado é o damonitoração do Ateliê do Som no Rio de Janeiro (es-túdio pessoal desta criatura que vos escreve). A figura2 mostra os sistemas fotografados no lado esquerdo damonitoração. Vê-se a Yamaha NS10M apoiada numdesacoplador da Acustica Design sobre a Tannoy 12pol. Vemos a caixa esquerda e a central do 5.1 formado

pelas Yamaha HS7 e a TV Samsung com a sessãoCubase que recebe o áudio da mixagem em seus alto-falantes. Descrevo com mais detalhes os sistemas:- Sistema 1 (stereo) Tannoy 12: 2 Caixas Tannoy de12 polegadas onde trabalho timbragem dos instru-mentos, vozes e começo a construção da mix traba-lhando no nível de referência (veremos adiante). Oscones de 12 polegadas com os tweeters alinhados meproporcionam a sensação de estar “dentro” do somtrabalhando num volume confortável, sem fadiga au-ditiva mesmo em muitas horas ouvindo detalhes.- Sistema 2 (surround 5.1) HS 7: 5 caixas HS7Yamaha e um sub KRK 10 polegadas. Quando trabalhostereo, o Control Room já direciona para as caixas es-querda e direita do 5.1. Gosto muito das HS7 para con-ferir o equilíbrio entre baixo e bumbo construído nasTannoy e a unidade da mix se desenhando. Neste mo-mento é que uso muito o Control Room. Voltando àfigura 1 notem que os sistemas têm seus botões deacesso nomeados. O par de Tannoy está conectado àssaídas 7 e 8 da minha interface RME. O 5.1 com as HS7está conectado às saídas de 1 a 6. No menu de configu-ração do Control Room eu determino estas saídas e daípra frente ele gerencia a minha monitoração.Clicando nos botões correspondentes ou atribuindoestes botões ao controlador CMC AI (hardwares decontrole USB da Steinberg como mostrado na figura4) eu faço as comparações de sonoridade da mix tro-cando os monitores.- Sistema 3 (stereo) NS10M: 2 caixas NS10MYamaha conectadas nas saídas 9 e 10 da interface RME.Tenho mais esta opção de monitoração. Sempre estãopresentes na comparação da mixagem. Como “dinos-sauro” de estúdio, passei longos anos usando a NS10Me elas continuam firmes me ajudando no difícil ofíciode mixar. O meu ritual pessoal de mixagem começa nasTannoy com timbragens e construções fundamentais,Fig. 1 - Control Room Mixer

Fig. 2 - Sistemas de monitoração. Monitores Left e Monitor central do 5,1

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vou para as HS7 para conferir “punch” eequilíbrio da base, depois sigo para asNS10 pra ver se o que os outros 2 sistemasme dizem está soando bem. Não é umaordem rígida e não faço as comparaçõesuma vez só. Fico trocando os monitoressempre que sinto a necessidade de compa-rar. É aí que o controle de monitoração doControl Room é indispensável.- Sistema 4 (stereo) TV Samsung: Umasaída de áudio em -10dBV no conversorD/A vai na entrada da TV Samsung paraque eu confira a mix nos alto-falantes daTV. É mais um sistema de conferência demix, principalmente quando trabalhotrilha sonora e mixagem de som paravídeo e filmes. Também gosto de conferirmúsica no som da TV. É bom conferirmúsica nesses sistemas e nos earphonesde tablets e smartphones.Com o Control Room podemos estabe-lecer nível de referência para manter ofoco da audição com resultados coeren-tes e com conforto. Mixar alto demais éruim. Mixar baixo demais é ruim domesmo jeito. O pessoal que já fez o Cur-so de Captação de Som comigo sabe oquanto eu valorizo a compreensão dascurvas de audição do ouvido humano.

Não ouvimos linearmente todas asfrequências e, além disso, essa “nãolinearidade” varia de acordo com os ní-veis sonoros. É aí que a monitoraçãoequivocada pode contar uma grande“mentira” para nós. Não quer dizer queo nível de referência de mix de músicaseja rígido como é o de mixagem paracinema. É saudável ouvir um poucomais alto em intervalos curtos para ter a

sensação de que a música tem “punch”,tem vivacidade. É saudável ouvir umpouco mais baixo em intervalos curtospara ter a sensação de equilíbrio e parasaber se tudo continua existindo har-moniosamente em níveis mais baixos.

Fig. 3 - Nível de referência

Fig 4 - CMC AI como remoto do Control Room . Botões customizáveis F1 a F4 selecionam os sistemas de monitoração

Não ouvimoslinearmente

todas asfrequências e,

além disso, essa“não

linearidade”varia de acordo

com os níveissonoros. É aí que

a monitoraçãoequivocada pode

contar umagrande

“mentira” paranós.

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Se ouvimos alto o tempo todo existeuma tendência a deixar o vocal solomais baixo que o necessário e de faltarbaixo quando vamos a um volumemenor. Se ouvimos baixo o tempotodo, existe uma tendência de colo-carmos mais graves do que o necessá-rio. O Control Room do Cubase temum comando que define um nível dereferência de saída para os monitores.Em torno deste nível de referênciavocê pode oscilar para cima e para bai-xo para fazer as observações que men-cionamos. Mas sempre que precisarvoltar ao nível de referência, ele estarálá, basta clicar no botão de comando.A figura 3 mostra o detalhe do coman-do para determinar o nível de referên-cia. No nosso caso foi colocado em 0dB. Obviamente este nível é relativo,pois cada sistema terá sua estrutura deganho e amplificação. O importante éque possamos referenciar um nível mé-dio e confortável de monitoração paratrabalho e oscilar em torno dele parafazer nossos julgamentos.O Control Room possibilita o down-mix automático em todos os forma-tos. Por exemplo, se estou com umamixagem 5.1 levantada nas HS7 equero ouvir como essa mixagem vaificar em estéreo nas Tannoy, bastaclicar no botão de monitoração paraas Tannoy que o Control Room faz odownmix de 5.1 para estéreo guardan-

Para saber online

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do a relação padrão entre os canaisou permitindo que você altere estarelação como mostra o painel à di-reita do Control Room na figura 1.Com os comandos de downmixpodemos jogar nossa mix em monopara testar relações de fase e sono-ridade nesse sistema.Pra quem já quer começar a botarem prática estes conhecimentos,lembro que o Control Room podeestar habilitado junto com o mixerdo Cubase, o que facilita muito oprocesso de mixagem. A figura 5mostra o mixer completo.Estamos só começando. Tem mui-ta coisa pela frente. Nos próximosartigos continuaremos com con-ceitos fundamentais de monito-ração na mixagem e recursos doControl Room. Não percam.Até a próxima.

Fig. 5 - Mixer completo com Control Room

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PRO TOOLS HD

oje, podemos resumir o Pro Tools emtrês versões: ProTools Express, que

vem junto com as interfaces de áudio daempresa; Pro Tools Nativo (ou simples-mente Pro Tools), que roda em qualquerDAW; e o Pro Tools HD, que vem juntocom os sistemas de grande porte, comoPro Tools|HD Native e Pro Tools|HDX.

Vídeo no Pro Tools

Muitas das funcionalidades exclusivasdo Pro Tools HD estão diretamente re-

H lacionadas às necessidades do mercadode pós-produção de áudio para vídeo.A começar pelo manuseio de vídeo(fig. 1). Enquanto o Pro Tools aceitaapenas um vídeo na sua sessão e nadamais, com o Pro Tools HD o usuáriopode carregar diversos vídeos, fazerplaylists com video tracks, empilharem vários tracks (mas apenas umpode tocar por vez e fazer edição devídeo - mas nada sofisticado, apenascorte e trim).

Cristiano Moura é produtor, en-

genheiro de som e ministra cur-

sos na ProClass-RJ

EU NÃO TENHO

ENTENDA AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS VERSÕES

PRO TOOLS HDO QUE ESTOU PERDENDO?

Foram muitasversões e pacotes

lançados pela Avidnos últimos anos. Amaioria não seguiu

em frente, mascausou certa

confusão. Nesteartigo, vamos

mergulhar umpouco mais nas

funcionalidadesexclusivas do Pro

Tools HD.

Fig. 1 - Edição de vídeo no Pro Tools

Page 69: Edição 236 - Julho 2014 - Mixagem

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Imagine por exemplo que você está sonorizando um vídeoe enquanto você trabalha, recebe a notícia de que foi deci-dido entre o diretor e o editor de vídeo que uma cena seráexcluída. Neste caso, com o Pro Tools HD basta o editor te

indicar o timecode da cena que será excluída e você podefazer o mesmo na sua timeline selecionando a área edeletando no Modo Shuffle para continuar seu trabalho.Sem esta função, a única opção é esperar o editor te enviarum vídeo com a nova versão.

... com o Pro Tools HD o

usuário pode carregar diversos

vídeos, fazer playlists com

video tracks ...

Fig. 2 - Bounce to disk Múltiplo

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Mais necessidades dapós-produção

Voltando a falar de áu-dio, existem outros re-cursos que apesar de se-rem úteis para todas asáreas, são mais essenci-ais neste mercado.Por exemplo, por incrívelque pareça, a mixagem sur-round só é disponível noPro Tools HD. Temos tam-bém os novos medidoresincluídos no Pro Tools 11,o Bounce to Disk (fig. 2)que permite exportar amix de múltiplas saídas deuma só vez.No mercado de pós-pro-dução existe uma práticade entregar a mixagemdesmembrada (ou submi-xada) por grupos comodiálogos, música, FX etc.Ou seja, um bounce sócom os tracks de música,outro só com os diálogos eassim por diante. Estes ar-quivos de áudio geradossão chamados de stems.Este processo é importante, pois permiteum certo nível de ajuste quando o áudiofinalizado for entregue ao editor devídeo. Se ele precisar aumentar ou abai-xar um pouco mais uma certa frase, ain-da será possível.Mais que isso, quem sabe o vídeo serádistribuído em outros países, certo?

No caso de dublagens,basta produzir e gerarum novo stem com osdiálogos dublados e mi-xar novamente com osstems originais.No mercado de música,este processo tem sidomais adotado como for-mato de entrega para mas-terização. Com ele, o mas-terizador pode trabalharcom alguma “margem demanobra”.Por exemplo, se ele resol-ve comprimir um poucoa mixagem geral (stereomix), e sente que estásendo positivo para todaa música com exceção davoz (que digamos, come-çou a afundar demaisna mix), com o stem davoz isto pode ser ame-nizado sem ter que vol-tar na mixagem.

Automação avançada?

Todos concordam que au-tomação é uma ferramen-

ta importantíssima, e acho que maispessoas ainda concordam que às vezesela parece uma maldição na hora de edi-tar. É complicado editar com rapidez,testar novas curvas e ainda fazer ajustesfinos se o projeto for complexo.No Pro Tools HD, a janela Automation(fig. 3) é bem mais generosa. Comandoscomo Manual Write, Write on Stop per-mitem gravar automação linear (ondenão há mudança de volume) rapida-

Fig. 3 - Automation Window

Fig. 4A - Configuração de Disk Cache Fig. 4B - Sessão carregada na memória RAM

No mercado de pós-produção existe uma

prática de entregara mixagem

desmembrada (ousubmixada) por

grupos comodiálogos, música,

FX etc. Ou seja, umbounce só com ostracks de música,

outro só com osdiálogos e assim por

diante.

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mente numaseleção ou do início aofim de forma muito prática.A função Preview é um grito de li-berdade, e faz exatamente o quevocê está pensando. Permite quevocê experimente outros ajustessem destruir sua automação atual.Existem outros comando que, emresumo, resolvem quase todo tipode dificuldade que é encontrada emsessões com múltiplos tracks e pa-râmetros sendo automatizados.

Performance

Quem tem a licença do Pro ToolsHD, pode rodar o software mesmonum computador sem as placas dePro Tools|HD.Ainda assim, há ganho de per-formance por conta do Disk Ca-che (fig. 4A), uma função do Play-

back Engine, que permite o ProTools ter toda sua timeline na me-mória RAM, bem mais rápida doque um HD (Fig. 4B).

Com isso, mesmo sessões grandesde mais de 100 tracks podem tocarsem erros ou interrupçõesdo sistema.?

Falando de Hardware…Lembrem-se: o software Pro ToolsHD não pode ser adquirido separa-damente. É necessário possuir osistema Pro Tools|HD Native ou

Pro Tools|HDX para ser elegível areceber uma licença.E aproveitando o gancho… qual adiferença entre eles?

A função Preview é um grito de

liberdade, e faz exatamente o que você

está pensando. Permite que você

experimente outros ajustes...

Simplificando, o Pro Tools|HDNative possui um sistema própriode processamento que é disponi-bilizado ao Pro Tools, deixando aCPU mais livre para rodar um mai-or número de plug-ins. Além dis-so, com ele é possível ter até 64 ca-nais de entrada e saída.O Pro Tools|HDX é o irmão mai-or, que conta com mais chips deprocessamento, capaz de rodar oPro Tools e mais uma centena deplug-ins sem precisar consumirbasicamente nenhum recurso ex-tra da CPU.

Diferente do Pro Tools|HD Nati-ve, o Pro Tools|HDX também éexpansível, possibilitando até 192entradas e saídas.E é isso pessoal… Não deixem deescrever com sugestões de assuntospara os próximos meses.Abraços!

Para saber online

[email protected]

http://cristianomoura.com

Fig. 5Pro Tools HD Native

fig. 6 - Pro Tools HDX

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Ableton Live faz um trabalho ex-traordinário com loopings peque-

nos (4 a 16 compassos, e até mais) deforma que raramente você vai se pro-cupar com sincronização desse materialao trabalhar. Mas, em se tratando de ar-quivos de áudio muito longos (32, 64,128 compassos...), a coisa muda de figurae você precisa ajudar o Live fornecendoalgumas informações para o programaexecutar a tarefa corretamente.

O

Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de

Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee

College of Music em Boston.

Mas o que é Warp (Wapping), mes-mo??! Tecnologia Warp é a habilidadedo Ableton Live em esticar ou enco-lher um arquivo de áudio de forma quevocê possa usar várias fontes sonoras etocar isso sicronizadamente em temporeal, mesmo que você altere o anda-mento do seu projeto. Para que issofuncione, o Ableton Live analisa cadaarquivo e guarda essa informação (nor-malmente na mesma pasta em queexiste esse arquivo de áudio, criandoum outro documento).Toda a informação do áudio analisadopelo programa fica contida nesses arqui-vos, cuja extensão é “.asd”. Portanto, aotransferir esses files para outro diretório,

ABLETON LIVEABLETON LIVE“WARP - MODO CORRETO”

Parece muitapresunção minha

afirmar que esse é omodo correto para

usar o recurso Warpdo Ableton Live. Na

verdade existe maisde uma maneira dese usar esse recurso

no Live, e issodepende de como ou

o que você precisa“amarrar” em

termos de loopingsou arquivos longos

(músicas inteiraspara remix, por

exemplo).

Prefs - Auto-Warp long file OFF Arquivo de Warp info

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não se esqueça de copiá-los junto (outoda análise estará perdida).Primeira etapa: Para evitar que o Liveautomaticamente analise esses arquivosde áudio maiores, você deve ir no menuprincipal: Options/Preferences/Warp,ou Ctrl + , (Comm +, no Mac ou menuLive/Preference/Warp), e desabilitarAuto-Warp Long Samples: On/Off.Segunda etapa: Você deve dar ao pro-grama uma noção aproximada do an-damento (beat) do áudio. Para isso,importe uma música e escute. Então,com o “TAP e Metrônomo”, encontre

um BPM (andamento) aproximado doseu áudio.Usei e importei Billy Jean, do MichaelJackson, que já tinha usado no tuto-rial anterior (edição 235). É uma mú-sica de beat regular (foi produzido egravado com metrônomo), sem mui-tos problemas de andamento. Agora,no lado superior esquerdo estão oMetrônomo e o ícone do Tab.Você pode ligar o metrônomo e alte-rar o andamento clicando com ocursor do mouse no ícone TAB, oumapear seu MIDI device (teclado)para controlar esses ícones. Eu che-guei a 113 BPM, aproximadamente!Terceira etapa: Devemos dizer exata-mente para o Live onde o som começa.

Parece estranho, mas um centésimo desegundo de diferença no começo damúsica pode fazer uma semana de dife-rença em um som muito longo e tirartudo fora de Sync no final da música!!Tambem é notório e sabido que nemsempre o Live encontra o começo exa-to do áudio por razões diversas (já expli-cado no tutorial passado).Arrastando essa seta preta (realçada emvermelho), vamos ajustar o Start Markaté a marca verde (o ponto exato onde oáudio começa a tocar quando acionado).O nosso objetivo é arrastar o StartMark até o exato começo do Beat.Usando o cursor do mouse, posicionena linha da marca verde. Agora ao cen-tro da forma de onda, repare que apare-

ce um ícone de Lupa (Zoom) no lugardo cursor. Clique com o botão esquerdo(mantenha o botão apertado) e dê umaboa ampliada na forma de onda.O que eu quero é que você, ao fazer oZoom, enxergue a primeira oscilação daonda do seu áudio, bem no comecinho doBeat, a primeira “Barriga” da onda. Ob-serve a seta verde na próxima imagem.Ok, agora com o cursor bem em cima daseta (preta) do Start Mark, clique nobotão direito, abra esse menu. CliqueSet 1.1.1 Here e veja que foi criada umaâncora de tempo (em amarelo indicado

Arreste Musica em Arrange View

Tap Beat

Ajustar Start Mark

Start Mark

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Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

www.myspace.com/lmeinberg

pela seta laranja) bem no começo da for-ma de onda (do áudio). Repare também àesquerda que o ícone Warp (circulo ama-relo) está agora habilitado.Muito bem!Agora nosso áudio sempre vai começar noprimeiro sample e já podemos dizer que oáudio está Warpped (Amarrado com oBeat) propriamente.Você poderá alterar o andamento doprojeto que o áudio vai se manter sem-pre em sincronização com outro mate-rial sonoro (ou MIDI) importado paratocar junto.Se você der um Zoom Out, vai perceberque a forma de onda agora está com váriasâncoras de tempo ao longo da música (al-gumas frisadas em azul). E, claro, podemser ajustadas arrastando-as para frente epara trás, caso necessário para algumamudança ou você ouça alguma oscilaçãono tempo (Beat).Repare agora no canal do áudio (emcima), que os tempos fortes da música (pi-cos da forma de onda, setas em amarelo)batem exatamente com a Grade de Tem-po (tênues linhas ao longo da pista). Defi-nitivamente tudo “Amarradinho”.Importante: SALVEEm cada análise, o Warp salva um arquivoindependente, então sempre é uma boaideia salvar essa informação toda vez quefizer alteração nos dados. Salve sempre,independentemente de salvar o projeto.Clique algumas vezes no botão “Save”(indicado pela seta vermelha).

Recapitulando:- Menu preferences Auto-Warp long fi-les OFF;- Antes de Warpping, achar tempoaproximado do áudio;- Definir onde o som começa realmente(arraste a seta preta do Start Mark até ocomeço exato da forma de onda);- Clique bem em cima da seta pretinhacom botão direito do mouse e SET 1.1.1Here e o Ableton Live faz o Warpping evocê “Save”.

Atenção. Existem outras formas e confi-gurações para se usar o Warp Tool. Paramúsica de ritmos bem definidos, músicaeletrônica, dance music, produzidas commetrônomo, esse processo funciona bem.

Em outras situações, o processo podeser uma pouco mais trabalhoso, e exi-gem outras técnicas de amarração. Es-tarei falando mais sobre o assunto emmatéria futura.Bem, ficamos por aqui e espero que ti-rem bom proveito desse tutorial.Boa sorte a todos.

Warpped

Save Warp

Você poderá alteraro andamento do

projeto que o áudiovai se manter

sempre emsincronização com

outro materialsonoro (ou MIDI)

importado paratocar junto

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ão é somente de grandes ou médiosestúdios que vive a gravação de bai-

xo elétrico. Com a facilidade de distri-buição, preços mais ou menos acessíveise praticidade de utilização, muitos mú-sicos optaram por montar home stu-dios, onde podem realizar suas própriaspré e pós produções. Isto inclui partici-pação em projetos de

N outros músicos, pré-produção e grava-ção de um projeto solo etc.Em se tratando de pequenos homestudios, há sempre que se levar em con-sideração que o equipamento básicoconsiste em, além de um bom instru-mento com cabo de qualidade e cordas

Jorge Pescara é baixista, artista da

Jazz Station e autor do ‘Dicionário

brasileiro de contrabaixo elétrico’

AMPEG SVXBAIXO ELÉTRICO

Hora de falarmais sobre as

ferramentasusadas durante a

gravação oumixagem de baixoelétrico. Com istoiniciaremos comum dos plug-insmais afamados e

que pode serutilizado tanto em

estúdio de portemédio quanto em

pequenos, oumesmo em home

studios.

Ampeg SVX

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novas, um computador com capaci-dade de hardware para gravação (PCou Mac), uma interface de áudio, umpar de headphones, ou, melhor ain-da, um par de caixas acústicas tipomonitores de referência, um DAW(software de gravação e edição deáudio tal como o Logic Pro, AbletonLive, Sonar, Pro Tools, Cubase, Nuen-do etc.) e... nada mal se pudermoscontar com plug-ins extras!Um dos plug-ins mais espetacula-res já desenvolvidos para o baixoelétrico é o Ampeg SVX da IKMultimedia. Já falamos sobre esteplug-in em um review algum tem-

po atrás, porém desta vez aprovei-tamos esta nova fase de artigos so-bre gravação, edição e mixagem debaixo elétrico para descrever al-guns pormenores que nos auxiliamna hora da produção.A primeira questão que se apresen-ta, trazendo um benefício direto, éque quando abrimos a DAW e cha-mamos o plug-in (em modo monoou estéreo, quando necessário) ve-mos na parte inferior da janela doSVX uma interface com as opçõesde ajustes de nível de volume dosinputs/outputs. Temos aqui tam-bém uma interessante opção de

mini afinador com mostrador bargraph e a indicação da nota. Nomodelo atual, incluso no Ampli-tube 3, a barra inferior foi total-mente remodelada com controlesde input, uma sessão noise gate(threshold, release, depht) on,value, selected module (pan, vol,phase, mix), master output, umbotão com o símbolo de um cadea-do (para travar o plug-in e evitarmudanças), preferences (onde po-demos ajustar uma melhor resolu-ção para os amplificadores, melhorprecisão na simulação e controlaro uso da CPU), info, user area (queleva ao site da Ik Multimedia), midi,auto, control, stomp (input/output).Podemos selecionar o caminho so-noro do sinal através do controleModule Selector na barra superiorda janela do SVX. Selecionamos di-versas vias possíveis do sinal, ligan-do e desligando os botões e assim

AmpegEffects

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costumizamos às nossas necessidades. Po-demos escolher passar ou não pelo afi-nador, escolher pedais de efeito, qual am-plificador, caixa acústica e somar a um po-deroso rack de efeitos no final do patch.Plugamos o baixo na interface, endere-çamos um canal com inputs e outputscom a monitoração adequada e voilà, te-mos som saindo nas caixas/fones!Com o mouse, acionamos o botão Onno tuner do plug-in para, assim, poder-mos realizar a afinação do instrumento(podendo optar por qualquer alcance defrequência básica de afinação, desde 425até 455 Hz). Há controles de On e Muteopcionais. Deste ponto, podemos esco-lher o restante do setup a ser utilizadona gravação/mixagem. Porém, temosque ter em mente que, tudo o que adici-onarmos agora poderá/deverá colorir osom natural do instrumento, entãocomo estamos tratando de uma grava-ção/mixagem de baixo elétrico em umhome studio básico, não contamos coma presença de uma mesa de gravação/mixagem hardware, nem amplificado-res que possam ser microfonados, muitomenos potentes racks com preamps e

afins. Estamos falando estritamente domundo virtual neste artigo. Assim sen-do, para adquirir uma sonoridade maisinteressante por vezes temos que usarplug-ins já na entrada do sinal. De outraforma, somente precisaríamos esses(plug-ins) durante as mixagens.Ao escolher o setup começamos pelosamplificadores. As quatro opções bási-cas são: B15R, imitando a sonoridadedo modelo valvulado clássico da AmpegBA115 portaflex; o BA500, que simula ofamoso combo de mesmo nome; SVT4-Pro, similar ao original; e o SVT Classic,com a versão antiga do modelo. Supon-do que escolhemos a versão B15R paratermos o timbre quente virtual das válvu-las, ajustamos os controles básicos deequalização com graves, médios, frequên-cia dos médios (200, 400, 900, 1,5k ou2,5kHz) e agudos. Podemos ‘adicionar’brilho e profundidade com as chaves deultra hi e ultra lo. Outra opção interessan-te é a simulação de potência de 60 ou 100watts em uma chave no lado direito dopainel, ao lado da opção Standby/On.Bom, com a opção do Ampli passamospara qual caixa acústica utilizaremos.

Svt810e, com 8 falantes de10”, o clássico dos clássi-cos em matéria de caixasacústicas de baixo elétrico.Svt410h, composta com 4falantes de 10” e horn.Bxt-410h, outra caixacomposta por 4 falantesde 10” e horn.B-15, com um simples falan-te de 15”, casamento perfei-to com o b15r portaflex.Ba500, com 2 falantes de 10”Pb, com seus 2 falantes de 12”

BA500

Caixa acústica

Ao escolher o setupcomeçamos pelos

amplificadores. Asquatro opções

básicas são: B15R,imitando a

sonoridade domodelo valvuladoclássico da AmpegBA115 portaflex; oBA500, que simulao famoso combo de

mesmo nome

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Aqui podemos escolher, por exemplo, acaixa B-15, pois foi projetada para servirplenamente a escolha do amplificadorB15R. Note que estas escolhas podemser totalmente livres, pois cada caixaacústica e cada amplificador preservamas características sonoras originais dosequipamentos reais. Portanto, podemosmisturar quaisquer uns dos modelos.Hora de preparar os ajustes da caixa

acústica. Quando acionamos o bo-tão de high na parte superior do mo-delo da caixa, temos instantaneamen-te a visão da parte traseira da mesma,com um knob de controle de agudos.Ajustamos a quantidade necessária eclicamos novamente o mouse pararetornar à visão frontal. Aqui ainda po-demos escolher o ‘tamanho do espaçofísico/virtual’ sonoro com um controlesize. Com o controle bypass podemosextrair a caixa e testar a sonoridade dobaixo com ou sem o plug-in.Temos que inserir um mic ou dois,escolhendo entre as opções:Condenser 414 baseado no AKG

C414 – possui uma resposta rápidae com muito brilho com tonalida-des encorpadas.Condenser 87 baseado no Neumann

U87 – com seu diafragma largo, estemodelo é bem popular. Uma excelentecurva de resposta de frequências tornao 87 a escolha exata quando necessita-mos de uma sonoridade clara e cheia.Dynamic 20 baseado no Electro-

Voice RE20 – este modelo simula ocruzamento de amplo espectro defrequências em pequenos espaços. Per-feita escolha para contrabaixos acústi-cos ou elétricos.Dynamic 421 baseado no Sennheiser

MD421 – este modelo é um dos maispopularmente usados em guitarra, sen-do um pouco mais ‘quente’ do que o 57.Dynamic 57 baseado no Shure SM57

– este modelo possui resposta de fre-quência mais plana do que os demaismodelos de mics dinâmicos. Muito usa-do para microfonar guitarras.Vintage Dynamic 20 baseado no

AKG D20 – este modelo possui um

Para saber online

[email protected]

http://jorgepescara.com.br

diafragma largo, usado como um pa-drão para gravação de baixo e bumbodurante os anos 60, com sua sonorida-de quente e agudos suaves.Opção escolhida como exemplo o Vin-tage Dynamic 20. Aqui temos váriasconfigurações, desde arrastar o mic paraa posição desejada à frente da caixaacústica, afastando ou aproximando-odela; podemos também adicionar umsegundo mic e distribui-los virtual-mente, podendo também controlarcada um com os botões de fase, mute esolo na janela lateral direita do plug-in.Nesta última fase chegamos a um pontocrítico, pois podemos ou não optar porinserir pedais de efeito ao sinal. Lembran-do que todas estas opções podem ser adici-onadas durante a mixagem posterior.Scop-od overdrive, Spc-Oct Oc-taver, Analog Chorus, Analog Delay,Bass Wah, Compressor Envelopefilter e Volume pedal, são as opções,todas baseadas em pedais de efeito daprópria Ampeg. Interessante assina-lar aqui que toda e qualquer mudan-ça de parâmetros em qualquer partedo plug-in pode ser automatizada esalva para ser acionada instantanea-mente. Também podemos usar pe-dais USB para controlar a troca deefeitos, parâmetros etc.Escolhido este último equipamento,agora é ir para o baixo, tocar o groovepretendido e ajustar o timbre ao seucritério. Em nossa próxima edição,mais um capítulo desta saga.Bons sons e boa gravina/mixagem!Paz profunda .:.

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MIDASMIDASos dias 3 e 4 de junho foi a vez dePaula Toller mostrar na íntegra o

seu novo disco, Transbordada. A canto-ra interpretou as canções inéditas in-tercaladas com sucessos de sua carreira,além de contar histórias que unem pas-sado e presente de sua trajetória solo ecomo líder do Kid Abelha. O novo CDapresenta dez músicas e inaugura a par-ceria de Toller com o produtor Limi-nha. O show também fez parte do proje-

N

[email protected]

Fotos: Ernani Matos / Divulgação

VAI AO SEU SHOW

to Midas Vai ao Seu Show, que tem o obje-tivo de levar um especialista da Midasjunto com dois consoles da marca parashows de artistas brasileiros por todo opaís. De acordo com Emerson Duarte,especialista de produtos da Proshows, aideia é que os técnicos estejam mais pró-ximos dos consoles. “Já realizamos háum bom tempo workshops, palestras etreinamentos. Sentimos a necessidadede, além do treinamento, levar os con-

O show de estreia donovo CD solo de

Paula Toller, no Riode Janeiro, aconteceu

nos dias 3 e 4 dejunho, no Teatro de

Câmara, da Cidadedas Artes. Dois

consoles digitaisMidas Pro 2 foram

disponibilizadaspara a apresentação,

que foi transmitidapelo canal BIS.

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soles para campo, para o palco ou PA, para que os técnicospossam estar mais próximos da Midas”, ressalta.Entre os eventos que já receberam o projeto estão o Plane-ta Atlântida, edições Santa Catarina e Rio Grande do Sul,além de uma feira no Paraná, a Expo Londrina, onde seapresentaram diversos cantores sertanejos. “Dessa vezestamos aqui na Cidade das Artes, no RJ, para participardos shows do lançamento do CD da cantora Paula Toller”,completa Emerson.

Para esse show de estreia de Toller, as duas Midas foramcomandadas pelo engenheiro de PA André Coelho (Deco)e pelo engenheiro de monitor Guilherme Borges. “Ontemmesmo realizamos um treinamento aqui na Cidade dasArtes. Montamos cena e deixamos tudo ok para que fosseusada a Midas Pro2 na hora do show, tanto no PA quantono monitor”, observou Emerson.O treinamento, que durou em torno de 8 horas, foi essen-cial para que os dois técnicos pudessem conferir todos osdetalhes da mesa, como a construção de cenas, todos osatalhos da console, ou seja, todas as possibilidades que pos-

“Já realizamos há um bom

tempo workshops, palestras e

treinamentos (Ermerson Duarte,

especialista da ProShows)“

Display da Midas operando durante passagem de som

sibilitem o trabalho de mixagem tanto do PAquanto do monitor.Deco, que estava utilizando pela primeira vezuma Midas digital em um show, apontou algumascaracterísticas que o impressionaram, como aqualidade dos prés e o fato de o console ser bas-

tante intuitivo. “A qualidade do pré e muito si-milar às Midas analógicas. Esse é o grande mitosdas digitais, ter um pré bom. No show da Paula omais importante é a voz. Todo mundo está aquipara ouvir isso e pelo pré ser muito bom, isso jáfoi um diferencial. Já liguei e soou como tinhaque ser, uma equalização rápida no PA e já ficatudo certo”, completa.Outra característica que agradou o engenheirode som foi a possibilidade de usar o software desimulação. “Antes de chegar aqui (para a passa-gem de som) escrevi os nomes de todos os ca-nais, então não fiquei tendo muito trabalho bu-rocrático, fui direto para a parte de som mes-mo”, considerou.Deco, que já conhecia muito bem os consolesanalógicos Midas, dos quais sempre gostoumuito, teve o primeiro contato com os digi-tais durante um workshop no Iatec, ministra-do por Emerson Duarte. “Eu, o Guilherme(Borges, monitor de Paula Toller) e um outrotécnico amigo nosso fomos lá conhecer, e oEmerson acenou com essa possibilidade denós usarmos as mesas em um show e aprendermais sem aquele monte de gente em volta.Como tinha esse show, tivemos essa possibili-dade, de montar todo o equipamento no dia

Paula Toller fez passagem de som antes da apresentação na Cidade das Artes

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Da esquerda para a direita: André Coelho, Emerson Duarte e Guilherme Borges

Equipamento DSPro

A qualidade do pré emuito similar às

Midas analógicas.Esse é o grande

mitos das digitais,ter um pré bom. No

show da Paula omais importante é a

voz. Todo mundoestá aqui para ouvir

isso e pelo pré sermuito bom, isso jáfoi um diferencial

(André Coelho)

anterior para realmente ‘pegar’ co-mo a mesa funciona”, explica.Guilherme Borges, engenheiro de mo-nitor de Paula Toller, e que também es-tava usando a Midas Pro 2 pela primeiravez, concorda com Deco quando o as-sunto é o pré. “Essa mesa é de extremaeficiência, principalmente na parte decompressores, quesito que nas mesas di-gitais fica um pouco a desejar. Ela é bemsuperior nisso, e os prés Midas sãoinquestionáveis. A mesa é funcional,apesar de ser compacta, e é bastante ágilporque ela dá a possibilidade de gerarbotões de atalhos de forma mais inteli-gente”, observa.Entre a apresentação e a prática, Gui-lherme afirma que na passagem de somé que teve a verdadeira oportunidade deconhecer a mesa, praticar e construiralguma coisa nela. “Essa oportunidade

que a Proshows está dando é excelente,porque assim você realmente pode teruma opinião sobre um mixer que já éconceituado como a Midas. Está medando um resultado ótimo. A única ob-servação quanto à mesa é que ela nãovem com iluminação de fábrica”, adver-te.

SONORIZAÇÃO E TECNOLOGIACom um pé direito muito alto e assimé-trico, sonorizar o Teatro de Câmara foium desafio a parte. “Botamos vias lá emcima para pegar a parte de trás (dos as-sentos superiores), só que cada uma estáapontando para um lado. Na frente pe-gamos as partes de baixo e com os frontsmandamos para o pessoal da primeira fi-leira. Também não tinha áudio em lugarnenhum. Então tivemos que distribuiro som pela casa e tentar equilibrar, sem-pre priorizando a voz da Paula e a guitar-ra do Liminha”, explicou Deco.O técnico de PA também teve como ali-ado o software do iPad. Com a tec-nologia, foi possível ir até o palco e che-car equalização, volume, sem precisar fi-car indo e voltando até onde estava amesa do PA. “Então não dependia deninguém da firma de som para ficar fa-zendo essa ponte, porque fica tudo naminha mão”, finalizou.

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ROBIN CYCFX 8www.robe.cz

Apresentado para o mercado brasileirona última AES Brasil Expo, o aparelhopossui todas as características e desem-penho dos premiados moving lightsRobe LEDWash em um moving strip li-near de 1000 milímetros. Oito módulosLED RGBW de 15 watts controlados in-

dividualmente estão igualmente distribuídos aolongo da barra com zoom totalmente ajustável de 8º a 53º.

Possui rápido movimento tilt de 270º que pode ser indexado comprecisão, ou programado para produzir rápidos movimentos de varre-dura. Macros pré-programados de cor e controle de pixel tornam o apa-relho fácil e rápido de programar. Inclui emulação de lâmpada detungstênio e efeitos fade em 2700K e 3200K.

LUZ NEGRA 30º/60ºwww.hotmachine.com.br

Esse equipamento possui entre suas características 100WUV COB LED, 90~240V 50~60Hz, Display de LED,função Master/Slave, modo Auto/Som, 3 canais DMX eainda Ângulo de abertura opcional de 60° ou 30°. Outroopcional é o bandoor, com mais ângulos estreitos. O usuá-rio ainda pode contar com 1~10 vezes/s strobe, 0 -100%escurecimento eletrônico, escurecimento suave sem flickpara estúdio, 1200Hz PWM e medidas 20 x 20 x 10cm, emapenas 3.2kg bruto.

LED SPOT 36X8W RGBW 4 EM 1www.star.ind.br

A Star Lighting Division apresenta o novo LED Spot 36x8wRGBW 4 em 1, um Spot LED de 36 LED’s de 8 watts, trabalhan-do de forma multicores RGB, mais a cor White (branco), alémde operar como um color-strobe, podendo ser operado em 4, 5ou 7 canais DMX. O seu ângulo de abertura chega a 25 graus econta com a proteção IP20 (indoor). O LED Spot 36x8WRGBW 4 em 1 é um equipamento bivolt com o consumo de 300watts com peso de 7,5 Kg.

PAR 36 LEDwww.projetgobos.com.br

A nova PAR LED RGB traz um excelente custo-benefício. Progra-mado por DMX, possui modos automático, áudio-rítmico, efeitostrobo, mistura gradual de cores, abertura de 35°, alça de fixação, eainda é um equipamento de fácil transporte e armazenamento. Ésuper leve e compacto, sem deixar de lado a eficiência em seus efei-tos, possuindo alta luminosidade.

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“nascer do Sol”, momento que já foieternizado em diversas obras da

pintura, entre outras formas de registro erepresentação artística, ao mesmo tem-po em que proporciona referência paracenários espetaculares, entre algumasdas mais românticas e brilhantes realiza-ções, que estiveram ou estão presentesnas vidas de milhares de pessoas – isso,desde sempre -, também é fonte de inspi-ração, tanto na música, como para oslighting designers. De fato, os primeirosespetáculos no teatro grego se iniciavamcom os primeiros raios solares.Sunrise, título da épica canção de aber-tura do álbum The Magician’s Birthday

(1972) da banda inglesa Uriah Heep,não seria mais propício para uma analo-gia ao resultado e inspiração do show

O dessa mesma banda, realizado em Curi-tiba, no dia 25 de maio deste ano...Se a luz do Sol nas primeiras horas damanhã pode ser mais nítida, com umamais apurada qualidade para os registrosfotográficos, pela mais intensa captaçãode reflexos em detrimento da diminui-ção de sombras, com resultados impres-sionantes e imprevisíveis, o trabalho dolighting designer também se apoia emcondições diversas, naturais ou propo-sitais, para a reprodução das melhorescircunstâncias nas quais os espetáculosse desenvolverão – para os melhores re-gistros, para as mais nítidas e enal-tecedoras possibilidades que a ilumina-ção proporciona, para a melhor valori-zação e destaque aos recursos e elemen-tos de um determinado cenário.

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-

tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design

de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisa-

dor em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Gra-

duação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

CÊNICACÊNICAILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO

ADAPTAÇÃO E VERSATILIDADEPARTE 1

EM QUALQUER CENA

Adaptação eversatilidade:

condições erequisitos que

acompanham amaioria – senão, a

totalidade – doslighting designers.

Com essascompetências, a

conversa deste mêsabordará alguns

aspectos quetornam soluções

simples emresultados

primorosos, comreferência ao showdo Uriah Heep em

Curitiba. Naapresentação dessa

banda, Sunrise(Nascer do Sol),

tema de umacanção, remete a

algumas sensaçõese percepções visuais

– que se traduzemtambém em

expectativas... emuitas

experimentações...

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Na criação das cenas, diversos são osmétodos e técnicas empregados pelosprofissionais responsáveis pelo projetode iluminação do evento, muitas vezespor equipes formadas por especialistasde formações multidisciplinares, apoia-dos em conceitos ou temáticas quetransformam momentos em celebra-ções incomparáveis.Mas, nem sempre as condições são sus-cetíveis à reprodução fiel do projetooriginal, e adaptações também sãodimensionadas para estruturas e di-mensões das mais flexíveis – tantopara os recursos físicos, como para osrecursos financeiros.Essa eventualmente pode ser a realida-de de muitos lighting designers. Essapode ser inclusive a sua realidade, que lêestas linhas, e muitas vezes se deparacom situações nas quais as adaptaçõessão as únicas condições de trabalho –tanto para quem projeta a iluminaçãocênica de um espetáculo, quanto paraquem dela se beneficia – músicos e pú-blico. E se isso parece algo depreciativoou mesmo frustrante, convictamente,essa pode ser uma conjuntura promis-sora e favorável para o desenvolvimen-to de diversos projetos – para um mes-mo artista ou banda, ou ainda, para umuniverso de possibilidades e realizações,em todas as áreas artísticas.

Não se trata apenas de uma situaçãoregionalizada ou culturalmente (e econo-micamente) localizada. Bandas e artistascom sólidas carreiras frequentemente re-alizam shows e espetáculos em espaçoscom dimensões e capacidades tão dinâ-micas quanto as variações de preços e in-teresses de agentes diversos para a viabili-dade dos eventos. Em outras palavras, aquestão não é puramente financeira, mastambém pode estar relacionada à disponi-bilidade de espaços ou mesmo pela con-junção de possibilidades de agenda e in-clusive expectativa de público.Espaços menores não significam es-sencialmente a diminuição do interes-se; ao contrário, resulta em uma exclu-sividade ímpar, um mais intenso e in-comparável contato dos fãs com seusídolos, e em resposta a isso, uma maispróspera relação dos artistas com seumais fiel público – e um interessantedesafio para os lighting designers.Em outubro de 2012, contrário a qual-quer expectativa, Os Rolling Stonesagendaram um concerto “relâmpago”(aqui, nenhuma alusão às lâmpadas dedescarga) para um público de 600 pes-soas, em uma pequena casa de espetácu-los de Paris chamada Le Trabendo. Osingressos, a um custo unitário de 15Euros (aproximadamente R$ 46,00),esgotaram-se rapidamente, como erade se esperar. O show, que contemploudoze canções em pouco mais de umahora, não deixou de ser produzido comos cuidados e especial atenção às ques-tões de segurança e qualidade, sonora evisual, iguais à uma apresentação deuma turnê para mais de 100.000 pesso-as. Mas com uma estrutura compatível a

Figura 1: Show do cantos inglês Lewis Watson no Botanique - Witloof Bar (Bruxelas, Bélgica)

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Figura 2: The Rolling Stones no show relâmpago - Le

Trabendo (Paris, França) em 25 de outubro de 2012

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Para saber mais

[email protected]

Figura 3: Uriah Heep em turnê pela Holanda, noDe Melkweg, Amsterdam, em 10 de dezembro

de 2013

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Figura 4: Uriah Heep em turnê na cidade de Curitiba, no Music Hall (25 de maio de 2014)

um show para seiscentos “sortudos”.Possivelmente, foi com isso emmente que o lighting designer inglêsIan “Scampi” Bintliff foi recrutadoem 2008 para gerenciar as turnês, as-sim como os projetos de iluminaçãodo Uriah Heep – esta, uma banda es-sencialmente de hard rock, formadaem 1969, e que se notabilizou comum dos pilares do hard rock da pri-meira metade da década de 1970. Defestivais a shows para milhares depessoas em países como a Alema-nha, Japão e Rússia, a banda se man-tém com turnês nos mais diversoslugares e espaços.Scampi, como é chamado pelosamigos e colegas do show business,tem trabalhado com diversos ar-tistas e bandas desde a segundametade da década de 1980, taiscomo Alvin Stardust, Suzi Quatro,John Denver, além de Down, Tri-vium, Cradle of Filth, Venom, en-tre outras. Para todos esses artis-tas, Bintliff se notabilizou comoum versátil lighting designer quetransforma configurações e estru-turas consideradas modestas emadmiráveis realizações.Com o Uriah Heep, Bintliff temexcursionado por diversos países,cidades e palcos nos últimos cincoanos; em 2014, a turnê mundial,que se iniciara no ano anterior,teve seu recomeço em Yekaterin-burg (Rússia) – em janeiro desteano – passando por países como aAlemanha e Polônia antes de de-sembarcar no Brasil, com oitoshows marcados em sete cidades

(Porto Alegre, Rio de Janeiro, Ribei-rão Preto, Brasília, Belo Horizonte,São Paulo – dois shows - e Curitiba).Nesta última cidade, especifica-mente, em uma noite chuvosa, oUriah Heep subiu ao palco do Mu-sic Hall, espaço de shows da capitalparanaense, com a expectativa demostrar algumas das mais anto-lógicas canções dos últimos 45 anosda banda e ao mesmo tempo aten-der às expectativas do público pre-sente, formado basicamente por fãse apreciadores de rock’n’roll.No palco, uma estrutura modestade iluminação – comparada à ima-gem acima, de outros shows da mes-ma banda -, que, se despercebida,poderia facilmente se incorporaraos outros elementos estruturais doespaço. Mas, com o início da apre-sentação, proporcionou a nitideznecessária à performance dos músi-cos, que contagiaram a plateia comuma empolgação invejável.Por certo, a proximidade do públicocom o palco, e consequentementecom os músicos, também se tor-nou um diferencial. Mas, afinal,qual o papel da iluminação cênicanesse contexto?Bintliff produziu uma impressio-nante atmosfera com mais umamodesta configuração, enaltecendoas características das canções, comdinâmica e ritmo, com precisão enitidez. Fez do mais simples algoainda mais simples: revelou a ban-da. Com duas estruturas para a fixa-ção de seis refletores PAR 64 comfiltros de cor no padrão RGB (ver-

melho, verde de azul), contraluzformada por quatro refletores PAR64 com filtros nas cores vermelho eazul, estrobos (blinders) e minimoving heads, além de outros re-cursos (que serão abordados e espe-cificados na próxima conversa).Apresentando treze canções commuita energia – “musical” e “lumi-nosa” – o Uriah Heep proporcionouum show marcante, que tambémtrouxe uma nostálgica conjunção dereferências, associadas aos espetácu-los clássicos do rock’n’roll e tambémà história recente da iluminação cê-nica, no melhor estilo Old School.Ao mesmo tempo, uma reflexão decomo o intenso uso dos princípiosque norteiam a criação na ilumina-ção cênica proporciona resultadostão interessantes, a partir de técnicae experiência (e que não seria tam-bém resultante de um contínuo la-boratório de experimentações emuitas tentativas?).Com isso, ainda é possível perceberum Sol no horizonte de possibilida-des que a iluminação cênica propor-ciona, para todos os tipos de espetá-culos, para todos os públicos, paratodas as dimensões e repercussões,relacionadas a ambientes diversos, emuitas oportunidades para todos osprofissionais que buscam o aprimo-ramento constante dos seus talentose competências. Afinal, o Sol brilhaigualmente para todos...Abraços e até a próxima conversa.

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“VAMOS POR AÍ”

om nossa saída da RCA-Ariola, depois de minhadiscussão com Miguel Plopschi sobre ele querer a

inclusão – à nossa revelia – de uma música da duplaSullivan-Massadas no Cartas, Canções e Palavras (videcoluna da edição anterior), ficamos mais uma vez àderiva no mercado. Logo a ventania do sucesso de nos-sas músicas na novela Roque Santeiro amainou e volta-mos a viver da e para a estrada, já com os novos empre-sários da Harmonia, Jean-Pierre e Marisinha Menezes.Mas naquele tempo quem não gravava não tinha umasobrevida lá muito garantida e então começamos a nossentir seriamente preocupados com o futuro. Mas nossaboa estrela brilhou mais uma vez quando o produtor GutiCarvalho – que havia produzido nosso Paraíso Agora em84 – nos chamou pra uma conversa em seu escritório:- Que tal vocês fazerem um tema pra novela novada Manchete?

Uma novela na hoje extinta TV Manchete, àquela al-tura, não era o que se poderia chamar de “grande opor-

C tunidade”. A emissora andava mal das pernas, mascomo as crises sempre trazem boas idéias, ela chamou oautor Benedito Ruy Barbosa para o seu cast nove-lístico. Benedito desengavetou uma idéia sua que aGlobo engavetara: uma novela passada no Pantanalmatogrossense. E a conjuminação dos astros favorá-veis aos Bloch, donos da Manchete, brilhou de vez nofirmamento com a contratação de um jovem diretorcheio de ideias novas: Jayme Monjardim.

Guti continuou:

- O Monjardim está a fim de fazer uma coisa nova comum texto do Benedito Ruy Barbosa passado no Panta-nal matogrossense, elenco vindo da Globo, coisa boa...No final das contas ficamos animados e partimos praação. Guti reservara para nós uma personagem chama-da Juma Marruá, interpretada por Cristiana Oliveira,que fazia sua estréia na TV. Uns dias depois levamosum começo de música, que ele não aprovou.

“VAMOS POR AÍ”Os discos da minha vida...

Como os leitores habituais da coluna já sabem, venho contando em sequênciaa história dos discos da minha carreira. Depois de Passado, Presente, Futuro

e do Terra - ambos do trio Sá, Rodrix & Guarabyra - e dos oito primeiros dadupla, chego ao nono de Sá & Guarabyra, o...

VAMOS POR AÍ

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[email protected] | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

- Não, não vamos fazer nada com nome do persona-gem... faz uma coisa assim, mais geral, que case com asimagens do Pantanal, uma música de natureza, um cli-ma bacana...Foi aí que lembrei de uma canção que eu fizera emJaboticabal, encantado pelo charme de uma jovem es-tudante de veterinária que me fora apresentada pelaentão namorada do Guarabyra, Marisa. Ela se chamavaMarcia e morava em Americana, São Paulo. Saímosuma noite, nada rolou, mas ficou aquele clima de “umdia a gente se acha”... então eu chegara no hotel e fizeraum tema quase instrumental, com uma introduçãobem “climática”. A letra dizia:Estrela americana, me espera aonde estás

Me espera muito tempo, nem que eu não volte mais

Pra ver teus olhos claros, tua loura cabeleira

Na terra brasileira, cuidando os animais...

Corri pra casa com o Guarabyra e mostrei a ele o temada Estrela Americana:- Não é isso? É só mudar a letra!E aí fizemos o Estrela Natureza:Estrela Natureza, precisamos demais

Te ter sempre por perto, na calma e santa paz

Nos morros e nos campos, no sol e no sereno,

Zelando por florestas, cuidando os animais...

Mulher e mãe de todos, o que será de nós

Se a força do inimigo calar a tua voz

Que sai dos passarinhos, dos mares e dos rios

Dos vales preguiçosos, dos velhos pantanais

Guti se empolgou com a música, Benedito Ruy Barbosae Jayme Monjardim também e a Estrela Natureza emol-durou durante toda a novela a sensualidade panta-neira de Cristiana Oliveira.O resto é História: Monjardim e Ruy Barbosa – semesquecer a espetacular trilha incidental do Mar-quinhos Viana - revolucionaram a teledramaturgiabrasileira com Pantanal, sucesso estratosférico quesimplesmente atropelou a audiência da Globo no ho-rário, uma façanha inimaginável no gênero e na época.A exposição dos dois temas que fizemos para a novela- Estrela Natureza gravada por nós e Quem Saberia Per-

der, gravada por Ivan Lins – colocou-nos de volta aojogo. Guti Carvalho apresentou-nos a Antonio CarlosDuncan, CEO da gravadora Eldorado, do grupo doEstadão, e antes que pudéssemos tomar fôlego estáva-mos no MultiStudio, quartel-general de Guti na Barrada Tijuca, gravando um novo LP.Vamos por Aí foi um disco marcante para nós, não sópor ter – falsa modéstia nunca foi o meu forte! – umrepertório brilhante, mas também pelo fato de ter-nosdevolvido a auto-estima roubada pelo injusto cartãovermelho que tomáramos de Miguel Plopschi na RCA

Ariola dois longos anos antes. Puxado pelos temas dePantanal e depois por Ziriguidum Tchan - uma “sam-beada” propositadamente calcada em Simon & Gar-funkel, onde descrevíamos as agruras dos emigrantesbrasileiros que conhecêramos em nossa tour norteame-ricana de 1989 – o disco teve ótimo desempenho deexecução e vendas. Nele pudemos também misturar aexperiência de músicos como Tavito, Ricardo Cristaldi,Paulinho Calasans, Marçalzinho, Claudio Infante,Eduardo Souto Neto, Pedrão Baldanza, Ulysses Rocha,Ruriá Duprat, Rui Motta e Fernando Carvalho à juven-tude dos então recém-descobertos (mas já feras!) LuizMeira, Tavinho Fialho, Arturzinho Maia, RodrigoCampello, Newton Luiz e Cézinha Batera.Fora isso tudo, ainda tivemos a alegria de dividir umafaixa da novela – Quem Saberia Perder – com Ivan Lins.No disco da novela, a voz de Ivan foi mixada à frente,eu e Guarabyra participando como vocais de apoio. Nonosso disco, meio que invertemos os papéis, colocandonossas vozes ao lado do Ivan. São duas mixagens dife-rentes da mesma gravação.A novela nos proporcionou também outra históriacuriosa: Guti Carvalho queria colocar a nossa Quem

Saberia Perder na trilha, mas variando o intérprete.Amigos – e fãs! – que sempre fomos da dupla Ivan Lins- Vitor Martins, sugerimos o Ivan. Fomos então à casadele, em Teresópolis, justamente no dia do malfadadoconfisco de poupança da era Collor. Ivan estava empânico: vendera um imóvel na semana anterior e per-dera tudo para a “poupança” de dona Zélia Cardoso deMello... propusemos voltar em outro dia, mas eleachou que trabalhar seria o melhor remédio. Mostra-mos nossa música e em duas ou três passadas dele aopiano já sentíamos que nossa intuição estava certís-sima: Ivan era “o” intérprete de Quem Saberia Perder.Mas a tarde em Terê não acabou por ali: Ivan saiu desfian-do músicas, nós também e pouco antes de resolvermossair pra jantar, ele falou que queria mostrar uma músicapra gente e tocou Atrás Poeira. Foi amor à primeira vista.“É nossa!” – falei. E realmente Atrás Poeira, dele e doVítor, foi uma das três músicas de outros autores que gra-vamos em toda nossa discografia de mais de trezentas...Até hoje temos em nosso setlist músicas do Vamos por

Aí, como Ziriguidum Tchan, Meu Lar é Onde Estão Meus

Sapatos – que abre nossos shows – e Estrela Natureza. Éum disco feliz. Foi bem gravado, bem produzido e bemacabado, com um belo layout de Bob Gueiros e umaexpressiva foto da Gilda. Foi relançado em CD e de-pois em diversas compilações. Foi bom de fazer, de can-tar e de encontrar pessoas queridas no estúdio. Foi umdisco como todos os discos deviam ser.Ah, e teve também um leve sabor de vingança...

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