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ISSN 2237-8308 REVISTA DO SISTEMA SEAPE2011

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ISSN 2237-8308revista DO sisteMa

sEAPE2011

MATRIZEs DE REFERÊNCIA PARA A AVALIAÇÃO

O DIREITO A UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

A DIVULGAÇÃO DOs REsULTADOs DO sEAPE

METODOLOGIA E ANÁLIsE DOs TEsTEs

O TRABALHO CONTINUA

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ISSN 2237-8308

sEAPE2011SIStema eStadual de avalIação da apreNdIzagem eScolar

revISta do SIStema

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governador do estado do acreTião Viana

vice – governador do estado do acreCarlos Cesar Correia de Messias

Secretário de estado de educação e esporteDaniel Queiroz de Sant´ana

Secretário adjunto de estado de educação e esporteRailton Geber da Rocha

diretor de ensinoJosenir de Araujo Calixto

coordenadora do ensino médioLigia Maria Pereira de Souza Carvalho

coordenadora do ensino FundamentalFrancisca Bezerra da Silva

coordenadora do ensino ruralFrancisca das Chagas Souza da Silva

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caros professores, coordenadores pedagógicos e de ensino e diretores de escolas da rede publica de educação Básica.

Nos últimos 13 anos, a comunidade escolar do estado do acre assumiu um compromisso com o povo do acre: assegurar aos acreanos uma escola pública de boa qualidade.

este compromisso vem sendo cumprido com muita dedicação e competência por parte de todos os profissionais da educação, que não têm medido esforços para que todos os alunos possam atingir padrões satisfatórios de aprendizagem.

o governo do estado do acre tem desenvolvido um conjunto de políticas que buscam assegurar as condições para que a melhoria da aprendizagem dos nossos alunos seja sustentável ao longo do tempo. a política de formação e valorização profissional, a melhoria da infraestrutura escolar e dos equipamentos, o acesso a tecnologias educa-cionais e materiais didáticos que possibilitem aos professores ensinar mais e melhor.

entendendo ser a avaliação um dos pilares deste processo de melhoria da qualidade da aprendizagem, a Secretaria de estado de educação e esporte vem consolidando um sistema de avaliação próprio com o intuito de compreender profundamente o que ocorre na escola, não na escola genericamente, mas em cada escola em particular, entendida como espaço de aprendizagem para educadores e professores.

diante dos resultados das avaliações cabe à secretaria efetivar ações que auxiliem as escolas e os professores em suas reais necessidades, especialmente no que diz respeito ao aprimoramento profissional, pois investir na qualidade do ensino requer necessariamente olhar para o desenvolvimento profissional dos docentes, uma vez que a aprendizagem do aluno se efetiva no “chão da sala de aula”.

as verdadeiras mudanças ocorrem de dentro para fora. Neste aspecto é fundamental que os gestores escolares liderem o processo de reflexão sobre os resultados das avaliações e principalmente sobre as causas que mais impactam na construção destes resultados. É fundamental que seja revisto o projeto pedagógico da escola, para que todas as ações que sejam desenvolvidas no interior das escolas possam estar em consonância com o objetivo de fazer com que cada aluno aprenda no seu ritmo, o que deve aprender em cada série e componente curricular.

temos a convicção que nossos coordenadores e professores irão construir um pla-nejamento adequado que tenha como eixo orientador o alcance das expectativas de aprendizagem descritas nas orientações curriculares, definirão os conteúdos e as atividades mais apropriadas para o ritmo de aprendizagem de cada aluno e, princi-palmente, verificarão nas avaliações bimestrais se as expectativas de aprendizagem estão sendo alcançadas e, a partir deste processo, definir novas intervenções para que todos os nossos alunos atinjam os patamares adequados de aprendizagem.

o acre vive um momento novo de desenvolvimento. É necessário assegurar aos nossos alunos o desenvolvimento das capacidades necessárias para que este desenvolvimento ocorra de modo sustentável e justo para todos os acreanos.temos a confiança que nossas escolas estão a altura do desafio.

Aos educAdores do estAdo do Acre

daniel zenSecretário de Educação do Acre

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A DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DO SEAPE

O TRAbALhO cOnTInUA

O DIREITO A UMA EDUcAÇÃO DE QUALIDADE

MATRIZES DE REFERÊncIA PARA A AVALIAÇÃO

METODOLOGIA E AnÁLISE DOS TESTES

8

55

11

17

47

18202632

Elementos que compõem a matriz de referência

1215

O sistema de avaliação do Acrecom a palavra, o diretor

Matriz de referência de AlfabetizaçãoMatriz de referência de Língua PortuguesaMatriz de referência de Matemática

4849505153

composição dos cadernosAnálise dos testesO propósito da avaliaçãoPadrões de desempenhocom a palavra, o coordenador

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ISSN 2237-8308revISta do SIStema

SEAPE2011

MATRIZES DE REFERÊncIA PARA A AVALIAÇÃO

O DIREITO A UMA EDUcAÇÃO DE QUALIDADE

A DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DO SEAPE

METODOLOGIA E AnÁLISE DOS TESTES

O TRAbALhO cOnTInUA

REVISTA DO SISTEMA

a revista do Sistema apresenta os objetivos, alcances e metodologias da avaliação. a publicação traz informações sobre as matrizes de referência, a composição dos testes e as técnicas de análise adota-das para este ciclo. além disso, a edição publica artigos com importantes discussões sobre as áreas de conhecimento avaliadas.(alfabetização, matemática e língua portuguesa)

as revistas de divulgação da edição 2011 do Sistema estadual de avalia-ção da aprendizagem escolar (Seape) trazem os resultados gerais do estado, das regionais, dos municípios, da escola e, inclusive, de cada um dos alunos. de posse desse diagnóstico, é possí-vel uma dupla orientação: referenciar, por parte da Secretaria de estado de educação e esporte do acre, a elabo-ração de políticas públicas para todo o seu sistema educacional e, por parte das escolas, orientar a construção da proposta pedagógica e a elaboração de seu planejamento.

para o cumprimento das metas de me-lhoria da educação, propostas para o acre, as ações de monitoramento do sistema precisam contar com instru-mentos de divulgação que informem, da melhor maneira possível, os resultados alcançados. É preciso assegurar que esses resultados sejam apropriados pelos gestores, professores, alunos e comunidade escolar como indicativos da qualidade educacional. a apropria-ção, de forma crítica e autônoma, é que permite a esses agentes a utilização dos resultados para aperfeiçoar o próprio sistema. com esse propósito, a Secretaria de estado de educação e esporte do acre, em parceria com o centro de políticas públicas e avaliação da educação da universidade Federal de Juiz de Fora (caed/uFJF), apresen-

ta uma ampla política de divulgação e apropriação dos resultados do Seape.

revistas para os gestores e professo-res, cartazes personalizados com os dados de cada unidade escolar, ma-terial para oficinas de estudo e vídeos educativos compõem uma série de pro-dutos distribuídos às escolas estaduais e municipais do acre. esses produtos foram elaborados sob três importantes princípios: o de informar os resultados do Seape, o de subsidiar as ações de intervenção pedagógica e o de fornecer indicadores para a elaboração de ações de gestão.

com essa ação, o governo do acre presta contas à sociedade acerca da qualidade dos serviços educacionais desenvolvidos em sua rede de ensino.

A dIVuLGAÇÃo dos resuLtAdos do seAPe

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ISSN 2237-8308revISta do geStor

SEAPE2011rede estadual

PERcEnTUAL DE ALUnOS POR PADRÕES DE DESEMPEnhO

RESULTADOS GERAIS

OS RESULTADOS DO SEAPE

O TRAbALhO cOnTInUA

ISSN 2237-8308

PADRÕES DE DESEMPEnhO ESTUDAnTIL

A EScALA DE PROFIcIÊncIA

A IMPORTÂncIA DOS RESULTADOS

O TRAbALhO cOnTInUA

SEAPE2011revISta pedagÓgIca

matemática 3º ano do ensino Fundamental

REVISTA DO GESTOR REVISTA PEDAGÓGIcA

a revista do gestor oferece informações gerais sobre a participação dos estu-dantes na avaliação e os resultados de proficiência alcançados. apresenta, de modo sintético, os padrões de desempenho estudantil definidos pela Secretaria de estado de educação e esporte do acre, além de discussões sobre políticas e metas para uma educa-ção de maior qualidade.

a revista pedagógica apre-senta os resultados por etapa e área do conheci-mento, para cada escola, com foco na análise pe-dagógica dos resultados. destaca-se a interpretação da escala de proficiência, que traz as competências e habilidades desenvolvidas pelos estudantes situados em cada um dos padrões de desempenho.

Aliado aos materiais de divulgação de resultados, o Portal da Avaliação é o espaço interativo para a discussão e divulgação de

informações e dados.

Pelo link www.seape.caedufjf.net é possível ter acesso à coleção SEAPE 2011, às matrizes de referência, aos roteiros das oficinas,

vídeos instrucionais, fóruns e outras informações sobre avaliação.

PORTAL DA AVALIAÇÃO

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o dIreIto A uMA educAÇÃo de QuALIdAde

os debates sobre o acesso e perma-nência do aluno e a qualidade do

ensino vêm ganhando cada vez mais destaque no âmbito da união, dos esta-dos e municípios. Isso porque são esses entes que devem garantir a educação formal com a qualidade exigida pelo avanço social, econômico, cultural e tecnológico da sociedade. a consti-tuição Federal, a lei de diretrizes e Bases da educação Nacional (ldB) e o plano Nacional de educação (pNe) são algumas das referências que obrigam o poder público a cumprir este dever. educação de qualidade e no tempo certo é, portanto, um direito de todos os alunos.

as avaliações em larga escala buscam aferir o quanto os sistemas educacio-nais se aproximam ou se distanciam do cumprimento desse direito. ao produzir informações precisas sobre o desem-penho escolar, elas possibilitam, por parte dos atores educacionais, a exe-cução de ações e estratégias voltadas à redução das desigualdades e ampliação das oportunidades educacionais. dito de outra forma, a garantia do direito a uma educação de qualidade passa, necessariamente, pela avaliação dos sistemas de ensino.

dada a necessidade de obter informa-ções específicas de sua rede de ensino, muitos estados e municípios brasileiros criaram seus próprios sistemas de ava-liação, aplicando testes de forma censi-tária. Seguindo essa tendência, o acre optou por executar aqui um sistema de avaliação próprio, o Sistema estadual de avaliação da aprendizagem escolar (Seape), que vem a assumir o papel de prover um diagnóstico da qualidade do ensino em nosso estado.

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o sIsteMA de AVALIAÇÃo do Acre

estruturA do ProGrAMA de

AVALIAÇÃo

com o propósito de criar um sistema de ensino mais justo e inclusivo, com chances de aprendizado iguais para todos os alunos, a Secretaria de es-tado de educação e esporte do acre desenvolve, desde 2009, o programa de avaliação da rede de educação pública.

o Seape se configura como uma im-portante política pública de avaliação da educação. com os dados gerados pelas suas avaliações, é possível pro-porcionar um diagnóstico mais preciso e rico da educação ofertada nas escolas de nosso estado.

o sistema visa diagnosticar o desempe-nho dos alunos em diferentes áreas do conhecimento e níveis de escolaridade, bem como subsidiar a implementação, a (re)formulação e o monitoramento de políticas educacionais, contribuindo efetivamente para a melhoria da qua-lidade da educação.

em 2011, foi realizada a terceira edição do Seape. Na linha do tempo, apre-sentada a seguir, você pode ter uma ideia da abrangência desse programa de avaliação para todo o estado, co-nhecendo as etapas de escolaridade e os componentes curriculares avaliados desde a sua primeira edição.

Sistema Estadual de Ava-liação da Aprendizagem Escolar tem por objetivo avaliar as escolas da rede pública com relação às ha-bilidades e competências desenvolvidas em Língua Portuguesa e Matemática. O programa avalia alunos do 3º, 5º e 9º anos do En-sino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio.

sEAPE

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Disciplinas

Língua Portuguesa e Matemática

Anos

5° ano EF9° ano EF3° ano EM

Redes

Municipal e Estadual

Disciplinas

Língua Portuguesa e Matemática

Anos

3° ano EF5° ano EF9° ano EF3° ano EM

Redes

Municipal e Estadual

Disciplinas

Língua Portuguesa e Matemática

Anos

3° ano EF5° ano EF9° ano EF3° ano EM

Redes

Municipal e Estadual

2009 2010 2011*

23.3

23al

unos

alun

os

alun

os

esco

las

esco

las

esco

las

35.0

71

303

336

45.4

47

352

trAJetórIA do seAPe

*Previsão para a avaliação de 2011

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COm A PALAVRA, O DIRETOR

nilva Souza de Lima

ALéM dA sALA de AuLA“Desafio é ter a comunidade como parceira”

Não é difícil para Nilva Souza de lima mobilizar a escola para a avaliação

externa, promovida pelo Seape, do go-verno do acre. Segundo a diretora da escola estadual georgete eluan Kalu-me, a comunidade escolar percebe a iniciativa como um ponto positivo, pois ela mede a qualidade de ensino que a es-cola oferece. “os professores acreditam que a avaliação externa mostra em que estágio está a qualificação profissional e também o ensino e aprendizagem na unidade escolar. Já os alunos têm consciência de que ela é importante para conhecerem sua capacidade em relação ao nível de ensino esperado”, afirma.

apesar disso, Nilva parece não se aco-modar em relação ao que já tem no mo-mento. “um dos maiores desafios é ter a comunidade como parceira no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, envolvendo os funcionários da escola no trabalho em equipe e com o mesmo objetivo”, lembra a pedagoga, que possui especialização em pedagogia gestora.

Há quatro anos trabalhando como dire-tora, Nilva afirma que o papel das polí-ticas públicas educacionais “é garantir o acesso e a permanência do aluno na escola, visando uma preparação neces-sária para o desenvolvimento de suas potencialidades, sua auto-realização, assim como o exercício da cidadania livre, consciente e responsável”.

Nilva concorda que as avaliações exter-nas servem para verificar o desempenho dos alunos quanto ao sistema de ensino e também monitorar os instrumentos das políticas educacionais. e acrescen-ta que “as avaliações são importantes para melhorar o processo de ensino e aprendizagem, pois é através dessa ferramenta que temos uma visão geral de como está a educação no estado”.

a partir daí, é possível, segundo Nilva, implementar grupos de estudo, plane-jamento, replanejamento e elaboração de itens para as atividades escolares. “a avaliação constitui-se como um modelo de estratégias para o desenvolvimento de capacidades a serem alcançadas na unidade escolar”, afirma a diretora.

Nilva conta que, por meio do monito-ramento, é possível ter um panorama geral das competências adquiridas ou não, para planejar novas estratégias, visando a qualidade de ensino. ela cita algumas das ações básicas para auxiliar o progresso dos alunos: “elaboração de bons projetos; capacitação de professo-res; criação de programas de inclusão digital; desenvolvimento de recursos didáticos e para-didáticos; constituição de espaço físico mais adequado; e cria-ção de estratégias de monitoramento da evasão e repetência”, completa.

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MAtrIZes de reFerÊNcIA PArA A AVALIAÇÃo

Nas avaliações em larga escala as matrizes de referência apresentam

o objeto dos testes. Nelas estão conti-das as habilidades mínimas esperadas, em seus diversos níveis de complexi-dade, em cada área de conhecimento e etapa de escolaridade.

as matrizes são construídas a partir de estudos das propostas curriculares de ensino, sobre os currículos vigentes no país, além de pesquisas em livros di-dáticos e debates com educadores atu-antes e especialistas em educação. a partir daí, são selecionadas habilidades passíveis de aferição por meio de tes-tes padronizados de desempenho que sejam, ainda, relevantes e represen-tativas de cada etapa de escolaridade.

as matrizes de referência são elabo-radas sem a pretensão de esgotar o repertório das habilidades necessárias ao pleno desenvolvimento do estudan-te. portanto, não devem ser entendidas como único conteúdo a ser trabalhado em sala de aula. Sua finalidade é balizar a criação de itens dos testes, o que as distingue completamente das propostas curriculares, estratégias de ensino e diretrizes pedagógicas.

No Brasil, as primeiras matrizes de referência para avaliação foram apresentadas pelo Sistema Nacio-nal de avaliação da educação Básica (SaeB). desde então, essas matrizes vêm sendo utilizadas como base para as avaliações realizadas pelos estados e municípios brasileiros que possuem seus próprios programas de avaliação em larga escala. No acre, as matrizes de referência para avaliação do Seape também foram elaboradas tendo por base as habilidades presentes nas matrizes do SaeB.

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I – Procedimentos de leitura

D0 Compreender frases ou partes que compõem um texto.

D1 Identificar um tema ou o sentido global de um texto.

D2 Localizar informações explícitas em um texto.

D3 Inferir informações implícitas em um texto.

D5 Inferir o sentido de palavra ou expressão.

D10 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

II – Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador

na compreensão do texto

D6 Identificar o gênero de um texto.

D7 Identificar a função de textos de diferentes gêneros.

D8 Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não verbal.

III – Coerência e coesão no processamento do texto

D11 Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

D12 Estabelecer a relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

D15 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para sua continuidade.

D19 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõem a narrativa.

IV – Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido

D23 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos.

D21 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações.

V – Variação linguística D13 Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

eLeMeNtos Que coMPõeM A MAtrIZ de reFerÊNcIA

mATRIZ DE REFERÊNCIA

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D1 Identificar um tema ou o sentido global de um texto.

Leia o texto abaixo.

Línguas são assunto de Estado

Diferentes nações escolhem diferentes soluções para o problema da penetração do idioma estrangeiro, dependendo, entre outras coisas, da realidade social do país. Mas, em todas elas, a linguagem é tratada como questão de Estado. As nações procuram normatizar e regular os idiomas que utilizam, visando o processo de identidade nacional.

A França, por exemplo, possui, além do francês, algumas outras línguas minoritárias faladas pela população como o bretão, o catalão e o basco.

Há, na França, várias organizações dedicadas à língua francesa e à sua defesa contra os “estrangeirismos”. A legislação sobre o idioma francês é bastante detalhada. [...]

Nos Estados Unidos, além do inglês, o espanhol é amplamente falado, em decorrência da forte presença de imigrantes hispano-americanos.[...]

O tratamento do tema nos Estados Unidos é bem mais fl exível que na França. A Constituição norte-americana, por exemplo, não estabelece o inglês como língua ofi cial [...] Isso não impede que haja tentativas de se adotar leis restritivas – como a proposição 227 na Califórnia, que, se aprovada, obrigará todas as escolas daquele estado a ministrar as aulas em inglês.

O espanhol é hoje a segunda língua mais falada nos Estados Unidos. [...] A mistura entre inglês e espanhol atingiu tal nível que já se cunhou um novo termo para descrevê-la: o spanglish.

O tema desse texto éA) língua e identidade nacional.B) invasão de idiomas estrangeiros.C) normatização de idiomas ofi ciais.D) quantidade de línguas minoritárias.

I – Procedimentos de leitura

D0 Compreender frases ou partes que compõem um texto.

D1 Identificar um tema ou o sentido global de um texto.

D2 Localizar informações explícitas em um texto.

D3 Inferir informações implícitas em um texto.

D5 Inferir o sentido de palavra ou expressão.

D10 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

ITEm

TÓPICO ou TEmA

como o próprio nome sugere, constituem a “descrição” das habilidades esperadas ao final de cada período escolar ava-liado, em diferentes áreas do conhecimento. estão agrupa-dos, nas matrizes, em determinados tópicos ou temas. os descritores referem-se a habilidades que o estudante deve demonstrar em relação ao tópico/tema em questão; e são elaborados a partir da associação entre os conteúdos cur-riculares e as operações mentais efetuadas, traduzidas nas habilidades expressas pelos estudantes.

DEsCRITOR

o tópico ou o tema representa uma sub-divisão de acordo com o conteúdo, compe-tências de área e habilidades. Nas matrizes de referência para avaliação em língua portuguesa, por exemplo, os tópicos são definidos a partir de duas diferentes pers-pectivas de interação do leitor com o texto: a macrotextual e a microtextual.

Na perspectiva macrotextual, enfatizam-se a tipologia textual - narrativa, dissertação, descrição, etc. - e os gêneros discursivos. Já na perspectiva microtextual, a ênfase recai sobre as relações estabelecidas den-tro de um mesmo período ou entre períodos de um texto.

Nas matrizes de referência para avaliação em matemática, os temas são organizados a partir de blocos de conteúdos do ensino da matemática para a educação básica. os temas selecionados – espaço e Forma, grandezas e medidas, Números e opera-ções, Álgebra e Funções e tratamento da Informação – representam conteúdos com base nos quais são elaborados descritores que expressam habilidades em matemática.

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MAtrIZ de reFerÊNcIA de ALFABetIZAÇÃo

a avaliação do 3° ano do ensino Fun-damental justifica-se pela possibili-dade de diagnosticar, de forma prévia, as habilidades consideradas básicas para o desenvolvimento do processo de alfabetização e, por consequência, de escolarização.

No Seape, a vertente de avaliação da alfabetização objetiva a investigação do nível de proficiência em leitura e mate-mática dos alunos ao término do 3º ano do ensino Fundamental e a verificação da eficácia das ações pedagógicas im-plementadas. para tanto, em língua portuguesa, o Seape utiliza uma matriz de referência para esta etapa composta por cinco grandes tópicos: dominar o princípio alfabético; ler com compreensão; coesão e coerência na leitura do texto; reconhecer diferentes usos sociais da leitura e da escrita e relação entre recursos expressivos e efeitos de sentido.

No tópico “dominar o princípio alfa-bético”, avalia-se a decodificação de palavras compostas por sílabas ca-nônicas e não canônicas, a leitura de uma sentença e a identificação de uma rima no texto. Já no tópico “ler com compreensão” avalia-se, por exemplo, a capacidade do aluno de localizar informação explícita em texto curto e identificar a sua ideia central. em “coesão e coerência na leitura do texto” avalia-se, entre outras, a capacidade do aluno recuperar as relações esta-

belecidas entre elementos de referen-ciação. a capacidade do alfabetizando de identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais é avaliada em “re-conhecer diferentes usos sociais da leitura e da escrita”. em “relação entre recursos expressivos e efeitos de sentido” avalia-se, por exemplo, a capacidade do aluno identificar efeitos de sentido decorrentes do uso de pon-tuação no texto.

em matemática, por sua vez, o Seape utiliza uma matriz de referência com-posta por quatro grandes temas: es-paço e forma, grandezas e medidas, Números e operações e tratamento da informação. No tema “espaço e forma” é avaliado se o aluno tem a capacidade de identificar a localização/movimenta-ção de objeto em mapas, croquis e ou-tras representações gráficas, além da identificação de propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais pelo número de lados, pelos tipos de ângulos etc. Já no tema “grandezas e medidas” avalia-se, por exemplo, a capacidade do aluno ler horas em um relógio de ponteiros ou digital. em “Números e operações”, avalia-se, entre outras, a capacidade do aluno associar quantidades de um grupo de objetos à sua representação numéri-ca e comparar e/ou ordenar números naturais. a capacidade de ler informa-ções e dados apresentados em tabelas e gráficos é avaliada em “tratamento da informação”.

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I. dominar o princípio alfabético

d1 decodificar palavras compostas por sílabas canônicas.

d2 decodificar palavras compostas por sílabas não canônicas.

d3 ler uma sentença.

d4 Identificar rima no texto.

II. ler com compreensão

d5 localizar informação explícita em texto curto.

d6 Identificar a ideia central de um texto curto.

d7 Fazer inferências a partir da integração entre texto verbal e não-verbal.

d8 Inferir o sentido de uma palavra a partir do contexto.

d9 Identificar informação implícita em texto curto e simples.

III. coesão e coerência na leitura do texto

d10 recuperar as relações estabelecidas entre elementos de referenciação.

d11 estabelecer relações de causa/consequência entre partes e elementos de um texto.

Iv. reconhecer diferentes usos sociais da leitura

e da escrita.

d12 Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.

d13 Identificar o gênero de um texto.

v. relação entre recursos expressivos e efeitos de sentido.

d14 Identificar efeitos de sentido, decorrentes do uso de pontuação no texto.

MATRIZ DE REFERÊncIA DE ALFAbETIZAÇÃO EM LÍnGUA PORTUGUESA – SEAPE3º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE ALFAbETIZAÇÃO EM MATEMÁTIcA – SEAPE3º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL

espaço e forma

d1 Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras representações gráficas.

d2 Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais pelo número de lados, pelos tipos de ângulos.

d3 Identificar propriedades comuns e diferenças entre poliedros e corpos redondos.

grandezas e medidas

d4 ler horas em relógio de ponteiros ou digital.

d5 reconhecer e utilizar, em situações problema, as unidades usuais de medida de tempo: dia, semana, mês e ano.

d6 Num problema, estabelecer trocas entre cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro, em função dos seus valores.

Números e operações

d7 associar quantidades de um grupo de objetos à sua representação numérica.

d8 comparar e/ou ordenar números naturais.

d9 complementar uma sequência de números naturais ordenados.

d10 Identificar a localização de números naturais.

d11reconhecer e utilizar características do sistema de numeração decimal, tais como agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do valor posicional.

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE ALFAbETIZAÇÃO EM MATEMÁTIcA – SEAPE3º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL

Números e operações

d12 reconhecer a composição e a decomposição de números naturais nas suas diversas ordens e na sua forma polinomial.

d13 relacionar números a diferentes representações escritas.

d14 calcular o resultado de uma adição ou subtração de números naturais.

d15 calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais.

d16 resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes significados das operações de adição e subtração.

d17 resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes significados das operações de multiplicação e divisão.

d18 resolver problema utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro.

d19 comparar e/ou ordenar valores do sistema monetário brasileiro.

tratamento da informação

d20 ler informações e dados apresentados em tabela.

d21 ler informações e dados apresentados em gráficos (particularmente em gráficos de coluna).

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eQuIdAde e dIreIto à ALFABetIZAÇÃo

uma escola comprometida com a promoção da equidade é aquela

que assegura o pleno acesso à leitura e à escrita. afinal, é a alfabetização que viabiliza o trânsito pelas diversas esferas da vida social, permitindo que crianças, jovens e adultos se expressem e intera-jam no mundo em que vivem.

por isso, a democratização do acesso à escola implica, necessariamente, a democratização do acesso ao conhe-cimento sistematizado. entretanto, as avaliações externas evidenciam que, no Brasil, a escola ainda encontra di-ficuldades no cumprimento desta que, provavelmente, é sua principal missão no mundo contemporâneo.

uma pessoa analfabeta, segundo a definição aceita internacionalmente, é aquela que não sabe ler nem escrever um bilhete. essa definição se refere a uma apropriação da habilidade de codi-ficação e decodificação da escrita para fazer frente a uma demanda elementar do cotidiano. ela representa um avanço em relação àquela adotada anteriormen-te na qual um indivíduo alfabetizado seria capaz de ler e escrever o próprio nome. porém, ser alfabetizado, hoje, vai além

dessas definições, pois significa saber utilizar o código alfabético nos âmbitos mais amplos das práticas sociais.

Dimensionando nosso desafio

Numa década, o analfabetismo no país caiu quatro pontos percentuais. Segundo o censo 2010, do Instituto Brasileiro de geografia e estatística (IBge), há 13,9 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais - 9,63% da população nessa faixa etária ante a 13,64% em 2000. a maior parcela está no Nordeste.

É verdade que a maior parte desse contin-gente é de pessoas com mais de 40 anos, mas ainda há muitos analfabetos entre as crianças, adolescentes e jovens inseridos no sistema escolar: em 2007, 2,1 milhões dos alunos entre 7 e 14 anos, embora frequentassem a escola, não sabiam ler. esse fato evidencia que nossos sistemas de ensino ainda precisam consolidar o acesso à leitura e à escrita.

outra indicação das lacunas do sistema educacional em alfabetizar plenamente as crianças, em especial, diz respeito à discrepância entre o tempo de estudo esperado e aquele efetivamente perce-

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bido. por exemplo, espera-se que uma criança de 11 anos tenha permanecido 4 anos na escola, mas a média é de 3,3 anos, o que indica a persistência da evasão no início do ensino Fundamental.

o censo escolar mostra que os três primeiros anos de escolaridade – justa-mente o ciclo de alfabetização - ainda representam um “funil” que colabora fortemente para a distorção idade-série, com uma taxa de reprovação de 23,9%, considerando os três anos. como esse percentual tende a se concentrar nas ca-madas mais pobres da população, sobre-tudo no Norte e no Nordeste, constata-se que a escola não tem sido igualmente eficaz para todas as crianças.

É verdade que muitos fatores extraes-colares corroboram para a construção desse cenário: desigualdades na distri-buição de renda repercutem em fraco acesso de certos segmentos sociais a bens culturais e na persistência do trabalho infantil, por exemplo. mas re-conhecer essa complexidade não exime a escola de seu papel na promoção de condições mais equânimes de acesso e permanência dos estudantes no sistema de ensino.

os anos iniciais de escolarização são cru-ciais para o sucesso da aprendizagem. de um lado, marcam as primeiras expe-riências dos estudantes com o universo escolar; de outro, nessa etapa, crianças encontram-se num momento especial-mente propício ao desenvolvimento de habilidades cognitivas fundamentais.

projetos como o estudo longitudinal sobre Qualidade e equidade no ensino Fundamental Brasileiro (geres), que acompanhou um mesmo grupo durante um período, e avaliações em larga es-cala, como o Seape, têm demonstrado que os primeiros anos de escolariza-ção são aqueles em que os estudantes obtêm avanços mais significativos nos níveis de proficiência.

embora esses ganhos permaneçam em etapas posteriores da escolarização, eles ocorrem num ritmo mais lento. daí a necessidade de investimentos consis-tentes na primeira etapa estudantil, de modo a assegurar esses ganhos a todos os estudantes. Nesse processo, o Seape tem desempenhado o importante papel de oferecer subsídios para a definição desses investimentos.

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MAtrIZes de reFerÊNcIA de LíNGuA PortuGuesA

a concepção que orienta a avaliação em língua portuguesa é a de que a lingua-gem é uma forma de interação entre os falantes. É por meio de textos verbais e não-verbais, orais ou escritos que essa interação se estabelece. por isso, as ha-bilidades consideradas essenciais para um leitor/escritor capaz de interagir é que ganham ênfase na avaliação, com atenção maior às competências ligadas à produção textual e leitura nas diferen-tes tipologias e gêneros.

o foco das matrizes de referência para avaliação em língua portuguesa é a leitura. Nas matrizes, diversos descri-tores se repetem em diferentes etapas de escolaridade. Isso acontece porque é necessário avaliar como se desenvolve uma mesma habilidade, com diferentes níveis de dificuldade, à medida que o aluno avança em seu processo de esco-larização. o que determina a avaliação de um descritor em diferentes níveis de dificuldade são os textos utilizados na redação dos itens e o tipo de tarefa solicitada aos alunos.

tomemos como exemplo a habilidade “localizar informações explícitas em um texto”. ela aparece nas matrizes de todas as etapas de escolaridade avaliadas. espera-se que, ao término do 5º ano de escolarização, os alunos sejam capazes de localizar informações em textos pouco extensos, com voca-bulário simples e de temática familiar. No 3º ano do ensino médio, os alunos já devem ser capazes de proceder à localização de informações em textos de qualquer extensão, com temáticas, tipologia e gêneros variados, o que in-dica outro nível de dificuldade de uma mesma habilidade.

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE LÍnGUA PORTUGUESA – SEAPE5º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL

I. procedimentos de leitura

d1 localizar informações explícitas em um texto.

d3 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

d4 Inferir uma informação implícita em um texto.

d6 Identificar o tema de um texto.

d11 distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

II. Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na

compreensão do texto

d5Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.).

d9 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

III. relação entre textos d15reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.

Iv. coerência e coesão no processamento do texto

d2estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

d7 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

d8 estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

d12 estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.

v. relações entre recursos expressivos

e efeitos de sentido

d13 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

d14 Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

vi. variação linguística d10 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE LÍnGUA PORTUGUESA – SEAPE9º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL E 3° AnO DO EnSInO MéDIO

I. procedimentos de leitura

d1 localizar informações explícitas em um texto.

d3 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

d4 Inferir uma informação implícita em um texto.

d6 Identificar o tema de um texto.

d14 distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

II. Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na

compreensão do texto

d5Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).

d12 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Iii. relação entre textos

d20reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.

d21 reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE LÍnGUA PORTUGUESA – SEAPE9º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL E 3° AnO DO EnSInO MéDIO

Iv. coerência e coesão no processamento do texto

d2estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

d7 Identificar a tese de um texto.

d8 estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.

d9 diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.

d10 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

d11 estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

d15 estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

v. relações entre recursos expressivos

e efeitos de sentido

d16 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

d17 reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

d18 reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.

d19 reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.

vI. variação linguística d13 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

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DA LEITURA AO LETRAMEnTO ForMANdo LeItores ProFIcIeNtes

desde 1989, quando Ângela Kleiman, professora e pesquisadora na área de

linguística, enfatizou a necessidade de repensarmos o ensino de leitura, algu-mas coisas já mudaram. Naquela época, já se constatava que muitas crianças e jovens saíam da escola sem saber ler, problema atribuído à formação do docen-te e ao desconhecimento dos resultados de pesquisa na área.

de lá para cá, avançamos especialmen-te no campo das avaliações educacio-nais e no acesso aos resultados dos testes de língua portuguesa, centrados na proficiência em leitura. a partir dos resultados das avaliações, é possível identificar e analisar competências de-senvolvidas e habilidades alcançadas, traçando, a partir delas, metas para as ações escolares com a finalidade de melhorar o ensino e a aprendizagem.

No entanto, para que a transformação educacional seja plena, é preciso incidir nas práticas, nos agentes e nas estru-turas educacionais, ou seja, é preciso que os dados e resultados obtidos por meio das avaliações sejam efetivamente

utilizados por gestores e professores no dia a dia da escola. ao mesmo tempo, é preciso ter clareza quanto às concepções que norteiam o trabalho em sala de aula, já que elas são um dos fundamentos para os objetivos e as metas.

No campo do ensino de língua portu-guesa, para que as mudanças ocorram, é fundamental ter duas dimensões cla-ras: de um lado, a concepção da língua em seu âmbito social e interacional; de outro, é preciso considerar a criança e o adolescente, que interagem pela língua, como sujeitos históricos e socialmente situados. Sendo assim, a língua é um instrumento de socialização e cidada-nia, pois é por meio dela que o sujeito se forma cidadão, vive, pensa, estuda, trabalha, convive, se emociona.

a partir disso, é possível definir o que torna o aluno um leitor proficiente, nor-teando o trabalho da escola, as estraté-gias e metodologias adotadas a fim de promover a aprendizagem.

Na sociedade contemporânea, imersa em tecnologia, a escola deve levar o aluno a práticas de linguagem capazes

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de fazê-lo lidar com uma diversidade de mídias, não apenas com a palavra escri-ta. Nesse processo, é preciso levar em conta sua cultura e sua identidade. por isso, a escola precisa alargar o chamado “letramento da letra”, que envolve a pa-lavra escrita. deve considerar as ações de linguagem com outros sistemas semióticos, enfocando diferentes níveis e tipos de habilidades. Nesse sentido, evocamos os “letramentos múltiplos”, que abarcam diversos veículos de comu-nicação - materiais impressos, digitais, produções de tv, músicas, etc. - com sentidos múltiplos e híbridos.

o letramento é crucial para a inserção na vida cidadã, com respeito à diversi-dade e ao ser humano. em outros ter-mos, possibilita que o aluno se torne um leitor proficiente não apenas para se adaptar à sociedade, mas para en-tendê-la, lidar com situações adversas e agir de forma consciente.

a escola ocupa um lugar central nesse processo, na medida em que se confi-gura como espaço de sistematização de conhecimento, de circulação de cultura e ciência, possibilitando que o aluno se

confronte com práticas de linguagem que o levem a entender o mundo.

para tanto, o ensino de língua portuguesa deve caminhar na direção do desenvolvimento de habilidades de leitura, respaldando-se na diversidade de enunciados em circulação na sociedade (em textos, meios de comunicação, publicidade, literatura, músicas). como consequência, o ato de ler deve transcender as circunstâncias didaticamente criadas para a escola, ocorrendo nos campos onde acontecem as interações humanas efetivas.

ao mesmo tempo, não se pode esquecer que, independentemente da área de co-nhecimento, na escola, a aprendizagem está bastante centrada na leitura. por isso, as questões relativas ao letramen-to devem estar presentes nas reflexões do corpo docente como um todo, não só dos professores da área de linguagem. essa perspectiva exige uma atitude ativa do professor, partindo de uma reflexão sobre seu fazer cotidiano e de uma postura que encara a interação social, perpassada pela linguagem, como meio de constituição de sujeitos.

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MAtrIZes de reFerÊNcIA de MAteMÁtIcA

as matrizes de referência para avaliação em matemática têm como foco a habili-dade de resolver problemas contextuali-zados. os temas selecionados – espaço e forma, grandezas e medidas, Números e operações, Álgebra e funções e tra-tamento da informação – reúnem des-critores que expressam habilidades em matemática a serem avaliadas a cada etapa de escolarização.

São objeto de avaliação as habilidades que envolvem conceitos estruturadores da matemática, como a identificação de regularidades, de relações e processos, em situações cotidianas, buscando uma abordagem mais contextualizada.

os descritores considerados na elabora-ção de itens para avaliação foram cons-truídos a partir de conteúdo curricular específico das etapas de escolaridades e outros, que se repetem em diferentes períodos de escolarização. o nível de di-ficuldade é compatível com as diferentes etapas de escolaridade.

tomemos como exemplo a habilidade “calcular área de uma figura plana”. Nos anos iniciais, o estudante calcula apenas a área de figuras desenhadas em malha quadriculada. ao término do ano do ensino Fundamental, espera-se que o estudante seja capaz de calcular a área de qualquer figura plana. Já no 3º ano do ensino médio, os estudantes devem ser capazes de calcular a área dos sólidos. o que garante a avaliação nos níveis de dificuldades é o conhe-cimento do processo de composição e decomposição de figuras geométricas planas que se formam, por esse pro-cesso, em um plano bidimensional ou tridimensional, representado pela figura geométrica apresentada no item.

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE MATEMÁTIcA – SEAPE5º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL

I. espaço e forma

d1 Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras representações gráficas.

d2 Identificar propriedades comuns e diferenças entre poliedros e corpos redondos, relacionando figuras tridimensionais com suas planificações.

d3 Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais pelo número de lados, pelos tipos de ângulos.

d4 Identificar quadriláteros observando as posições relativas entre seus lados (paralelos, concorrentes, perpendiculares).

d5reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados, do perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas.

II. grandezas e medidas

d6 estimar a medida de grandezas utilizando unidades de medida convencionais ou não.

d7 resolver problemas significativos utilizando unidades de medida padronizadas como km/m/cm/mm, kg/g/mg, l/ml.

d8 estabelecer relações entre unidades de medida de tempo.

d9 estabelecer relações entre o horário de início e término e/ou o intervalo da duração de um evento ou acontecimento.

d10 Num problema, estabelecer trocas entre cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro, em função de seus valores.

d11 resolver problema envolvendo o cálculo do perímetro de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas.

d12 resolver problema envolvendo o cálculo ou estimativa de áreas de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas.

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE MATEMÁTIcA – SEAPE5º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL

III. Números e operações/Álgebra e funções

d13reconhecer e utilizar características do sistema de numeração decimal, tais como agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do valor posicional.

d14 Identificar a localização de números naturais na reta numérica.

d15 reconhecer a decomposição de números naturais nas suas diversas ordens.

d16 reconhecer a composição e a decomposição de números naturais em sua forma polinomial.

d17 calcular o resultado de uma adição ou subtração de números naturais.

d18 calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais.

d19

resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes significados da adição ou subtração: juntar, alteração de um estado inicial (positiva ou negativa), comparação e mais de uma transformação (positiva ou negativa).

d20resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes significados da multiplicação ou divisão: multiplicação comparativa, idéia de proporcionalidade, configuração retangular e combinatória.

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE MATEMÁTIcA – SEAPE5º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL

III. Números e operações/Álgebra e funções

d21 Identificar diferentes representações de um mesmo número racional.

d22 Identificar a localização de números racionais representados na forma decimal na reta numérica.

d23 resolver problema utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro.

d24 Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes significados.

d25 resolver problema com números racionais expressos na forma decimal envolvendo diferentes significados da adição ou subtração.

d26 resolver problema envolvendo noções de porcentagem (25%, 50%, 100%).

Iv. tratamento da informação

d27 ler informações e dados apresentados em tabelas.

d28 ler informações e dados apresentados em gráficos (particularmente em gráficos de colunas).

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE MATEMÁTIcA – SEAPE9º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL

I. espaço e forma

d1 Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras representações gráficas.

d2Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e tridimensionais, relacionando-as com as suas planificações.

d3 Identificar propriedades de triângulos pela comparação de medidas de lados e ângulos.

d4 Identificar relação entre quadriláteros por meio de suas propriedades.

d5reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados, do perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas.

d6 reconhecer ângulos como mudança de direção ou giros, identificando ângulos retos e não-retos.

d7reconhecer que as imagens de uma figura construída por uma transformação homotética são semelhantes, identificando propriedades e/ou medidas que se modificam ou não se alteram.

d8resolver problema utilizando propriedades dos polígonos (soma de seus ângulos internos, número de diagonais, cálculo da medida de cada ângulo interno nos polígonos regulares).

d9 Interpretar informações apresentadas por meio de coordenadas cartesianas.

d10 utilizar relações métricas do triângulo retângulo para resolver problemas significativos.

d11 reconhecer círculo/circunferência, seus elementos e algumas de suas relações.

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE MATEMÁTIcA – SEAPE9º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL

II. grandezas e medidas

d12 resolver problema envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas.

d13 resolver problema envolvendo o cálculo de área de figuras planas.

d14 resolver problema envolvendo noções de volume.

d15 resolver problema utilizando relações entre diferentes unidades de medida.

III. Números e operações/Álgebra e funções

d16 Identificar a localização de números inteiros na reta numérica.

d17 Identificar a localização de números racionais na reta numérica.

d18 efetuar cálculos com números inteiros, envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação).

d19resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes significados das operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação).

d20 resolver problema com números inteiros envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação).

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE MATEMÁTIcA – SEAPE9º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL

III. Números e operações/Álgebra e funções

d21 reconhecer as diferentes representações de um número racional.

d22 Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes significados.

d23 Identificar frações equivalentes.

d24reconhecer as representações decimais dos números racionais como uma extensão do sistema de numeração decimal, identificando a existência de “ordens” como décimos, centésimos e milésimos.

d25 efetuar cálculos que envolvam operações com números racionais (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação).

d26 resolver problema com números racionais envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação).

d27 efetuar cálculos simples com valores aproximados de radicais.

d28 resolver problema que envolva porcentagem.

d29 resolver problema que envolva variação proporcional, direta ou inversa, entre grandezas.

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE MATEMÁTIcA – SEAPE9º AnO DO EnSInO FUnDAMEnTAL

III. Números e operações/Álgebra e funções

d30 calcular o valor numérico de uma expressão algébrica.

d31 resolver problema que envolva equação do 2º grau.

d32 Identificar a expressão algébrica que expressa uma regularidade observada em seqüências de números ou figuras (padrões).

d33 Identificar uma equação ou inequação do 1º grau que expressa um problema.

d34 Identificar um sistema de equações do 1º grau que expressa um problema.

d35 Identificar a relação entre as representações algébrica e geométrica de um sistema de equações do 1º grau.

Iv. tratamento da informação

d36 resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos.

d37 associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa.

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I. espaço e forma

d1 Identificar figuras semelhantes mediante o reconhecimento de relações de proporcionalidade.

d2 reconhecer aplicações das relações métricas do triângulo retângulo em um problema que envolva figuras planas ou espaciais.

d3 relacionar diferentes poliedros ou corpos redondos com suas planificações ou vistas.

d4 Identificar a relação entre o número de vértices, faces e/ou arestas de poliedros expressa em um problema.

d5 resolver problema que envolva razões trigonométricas no triângulo retângulo (seno, cosseno, tangente).

d6 Identificar a localização de pontos no plano cartesiano.

d7 Interpretar geometricamente os coeficientes da equação de uma reta.

d8 Identificar a equação de uma reta apresentada a partir de dois pontos dados ou de um ponto e sua inclinação.

d9relacionar a determinação do ponto de interseção de duas ou mais retas com a resolução de um sistema de equações com duas incógnitas.

d10 reconhecer, dentre as equações do 2º grau com duas incógnitas, as que representam circunferências.

MATRIZ DE REFERÊncIA DE MATEMÁTIcA – SEAPE3º AnO DO EnSInO MéDIO

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MATRIZ DE REFERÊncIA DE MATEMÁTIcA – SEAPE3º AnO DO EnSInO MéDIO

II. grandezas e medidas

d11 resolver problema envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas.

d12 resolver problema envolvendo o cálculo de área de figuras planas.

d13 resolver problema envolvendo a área total e/ou volume de um sólido (prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera).

III. Números e operações/Álgebra e funções

d14 Identificar a localização de números reais na reta numérica.

d15 resolver problema que envolva variação proporcional, direta ou inversa, entre grandezas.

d16 resolver problema que envolva porcentagem.

d17 resolver problema envolvendo equação do 2º grau.

d18 reconhecer expressão algébrica que representa uma função a partir de uma tabela.

d19 resolver problema envolvendo uma função do 1º grau.

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III. Números e operações/Álgebra e funções

d20 analisar crescimento/decrescimento, zeros de funções reais apresentadas em gráficos.

d21 Identificar o gráfico que representa uma situação descrita em um texto.

d22 resolver problema envolvendo p.a./p.g. dada a fórmula do termo geral.

d23 reconhecer o gráfico de uma função polinomial de 1º grau por meio de seus coeficientes.

d24 reconhecer a representação algébrica de uma função do 1º grau dado o seu gráfico.

d25 resolver problemas que envolvam os pontos de máximo ou de mínimo no gráfico de uma função polinomial do 2º grau.

d26 relacionar as raízes de um polinômio com sua decomposição em fatores do 1º grau.

d27 Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma função exponencial.

MATRIZ DE REFERÊncIA DE MATEMÁTIcA – SEAPE3º AnO DO EnSInO MéDIO

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III. Números e operações/Álgebra e funções

d28 Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma função logarítmica, reconhecendo-a como inversa da função exponencial.

d29 resolver problema que envolva função exponencial.

d30 Identificar gráficos de funções trigonométricas (seno, cosseno, tangente) reconhecendo suas propriedades.

d31 determinar a solução de um sistema linear associando-o à uma matriz.

d32resolver problema de contagem utilizando o princípio multiplicativo ou noções de permutação simples, arranjo simples e/ou combinação simples.

d33 calcular a probabilidade de um evento.

Iv. tratamento da informação

d34 resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos.

d35 associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa.

MATRIZ DE REFERÊncIA DE MATEMÁTIcA – SEAPE3º AnO DO EnSInO MéDIO

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A AVALIAÇÃo eM LArGA escALA e o eNsINo de MAteMÁtIcA

ao final do último ano do ensino Fun-damental, quase metade dos estu-

dantes de escolas públicas brasileiras – 40% (estaduais) e 49% (municipais) - situam-se no nível baixo na escala de habilidades em matemática, segundo o Sistema de avaliação da educação Básica (SaeB) de 2005. Na rede privada, o cená-rio não difere muito: cerca de 50% desses estudantes encontram-se nos níveis mais baixos da escala de proficiência.

os dados são alarmantes, pois eviden-ciam que grandes parcelas dos estudan-tes apenas iniciaram a sistematização e o domínio de habilidades matemáticas básicas e essenciais ao ensino Fun-damental. esse quadro repercute no ensino médio: em 2009, a proficiência dos alunos da 3° ano foi menor que em 1995 – 265,5 e 272,1, respectivamente.

o cenário ganha contornos mais graves à luz do substancial crescimento das matrículas do ensino Fundamental, que repercutiu favoravelmente na taxa de escolarização, mas não acarretou na melhoria da qualidade de ensino ofertado.

É importante que as escolas e, em especial, os professores, conheçam e saibam utilizar os resultados das ava-liações. É a análise desses dados que possibilitará um diagnóstico capaz de contribuir para o empoderamento do professor, de forma consciente e crítica, ampliando seu olhar sobre a escola e, sobretudo, sobre seus alunos e o pró-prio ensino de matemática.

os obstáculos relacionados ao ensino de matemática decorrem, em parte, de um ensino baseado na transmissão me-canizada de conteúdos descontextuali-zados e pouco desafiadores ao pensa-mento e à inteligência dos estudantes.

outra dificuldade relacionada aos cur-rículos e às metodologias de ensino é a ausência de valorização da matemática como parte de uma cultura universal, o que levaria a uma abordagem dos conhe-cimentos matemáticos como meios para compreender e transformar a realidade.

essa perspectiva exige uma renovação do ensino e da aprendizagem, de modo que os estudantes sejam conduzidos a fazer observações sistemáticas de

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aspectos qualitativos e quantitativos da realidade. paralelamente, no contexto da sociedade da informação, onde a todo o momento as pessoas se deparam com dados e fatos representados em gráficos e tabelas, é imprescindível que a escola capacite os indivíduos para selecionar, organizar e produzir informações re-levantes ao uso social da matemática.

a matemática deve, nesse sentido, contribuir para que o sujeito participe do processo de produção do conheci-mento e usufrua dele. o aluno deve ser incentivado a se adaptar a novas situ-ações, a reconhecer suas habilidades lógico-matemáticas e a empregá-las em situações-problema. a matemática deve ser apresentada ao aluno como ciência aberta e ativa.

Nessa dinâmica, renovam-se os papéis de alunos e professores: en-tram em cena o trabalho em equipe, a construção do conhecimento e a comunicação em sala de aula. o professor atua como um organizador da aprendizagem, que encoraja seus alunos na busca de soluções aos pro-blemas propostos, que valoriza seus

processos de pensamento. Incentiva--os, ainda, a se comunicar matema-ticamente, envolvendo-os em tarefas ricas e significativas – do ponto de vista intelectual e social.

Fica claro, então, que no ensino de ma-temática - e de outras disciplinas -, a escola não pode se concentrar apenas na transmissão de fatos ou informa-ções. ela precisa, além disso, promover o desenvolvimento das competências básicas tanto para o exercício da cida-dania quanto para o desempenho de atividades profissionais.

a garantia de que todos desenvol-vam e ampliem suas capacidades é indispensável para se combater as desigualdades. por isso, dentre as funções do ensino de matemática, destacam-se ensinar a abstrair, cri-ticar, avaliar, decidir, inovar, planejar, fazer cálculos aproximados, usar o raciocínio matemático para compre-ensão do mundo. cabe superar, então, a ênfase do ensino de técnicas em detrimento das aplicações em situ-ações do dia a dia.

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MetodoLoGIA e ANÁLIse dos testes

Na avaliação interna, realizada em sala de aula, o professor, com base

no planejamento pedagógico, pode uti-lizar vários instrumentos para avaliar o processo de aprendizagem dos alunos. em geral, a nota atribuída a cada aluno resulta dos acertos e erros às questões propostas. esse procedimento é próprio do que se denomina teoria clássica dos testes (tct).

No Seape, diferentemente da avaliação interna, os testes são aplicados a um grande número de alunos e os resultados levam em consideração cada uma das habilidades presentes nas matrizes de referência para a avaliação. outra dife-rença marcante são as unidades básicas componentes dos testes, os itens. em sala de aula, cada questão de uma prova pode mobilizar diversas habilidades em sua resolução. em um teste de proficiên-cia, no entanto, cada item tem o objetivo de avaliar uma única habilidade.

os itens que compõem o teste do Seape são elaborados dentro de critérios téc-nicos e pré-testados, ou seja, previa-mente aplicados a amostras de alunos. Somente os itens que apresentaram boa qualidade pedagógica e estatística constituem a prova.

a definição do número de itens é um ponto importante na composição dos testes do Seape. os instrumentos cogni-tivos devem conter tantos itens quantos forem necessários para que se produza uma medida abrangente de habilidades essenciais ao período de escolaridade avaliado. os testes não podem ser ex-cessivamente longos, pois isso inviabi-lizaria sua resolução pelo aluno. para solucionar essa dificuldade, tem-se utilizado um tipo de planejamento de testes denominado Blocos Incompletos Balanceados (BIB).

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LÍNGUA PORTUGUEsAE mATEmÁTICA

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LÍNGUA PORTUGUEsAE mATEmÁTICA

LÍNGUA PORTUGUEsAE mATEmÁTICA

Blocos de matemática

Blocos Língua Portuguesa

coMPosIÇÃo dos cAderNos

No 5º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, são 77 itens de cada disciplina, divididos em 7 blocos, com 11 itens cada.

No 5º ano do Ensino Fundamental são 77 itens/disciplina divididos em 7 blocos/disciplina, com 11 itens cada.

No 9º ano do Ensino Fundamental são 91 itens divididos em 7 blocos, com 13 itens cada.

No 3º ano do Ensino Médio são 91 itens divididos em 7 blocos, com 13 itens cada.

4 blocos aleatórios (2 de Língua Portuguesa e 2 de matemática) formam um modelo de caderno.

= 1 item

i i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i i

i i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i ii i i i i i i i i i i

Língua Portuguesa matemática

coMPosIÇÃo dos cAderNos

Ao todo, são 21 modelos diferentes de cadernos

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(TRI) Teoria da Resposta ao Item

parâmetro

parâmetro

parâmetro

Capacidade do item de discriminar, entre os alunos, aqueles que desenvolveram

habilidades e os que não desenvolveram.

Discriminação

Está relacionado ao percentual de alunos que respondem corretamente ao item. Assim, quanto menor o percentual de acerto, maior a dificuldade do item.

Dificuldade

Leva em consideração a probabilidade de o aluno “chutar” e acertar o item.

Probabilidade de acerto ao acaso

A

b

c

ANÁLIse dos testes

a proficiência é uma medida do co-nhecimento do aluno não observável de maneira direta. No Seape, essa medida é obtida por meio da análise dos resultados dos itens dos testes.

para analisá-los, são utilizados os pro-cedimentos da teoria da resposta ao Item (trI), por meio de softwares espe-cíficos. a trI é um modelo estatístico capaz de produzir informações sobre as características dos itens utilizados nos testes, ou seja, o grau de dificuldade de cada item, a capacidade que ele tem de discriminar diferentes grupos de alunos que o acertaram ou não e a possibilida-de de acerto ao acaso. denominamos essas características de parâmetros.

a análise dos testes por meio da trI permite colocar, em uma mesma esca-la, a proficiência dos alunos e comparar os resultados entre diferentes progra-mas avaliativos (SaeB, prova Brasil, Seape) e de um mesmo programa ao longo de suas edições.

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o propósito da avaliação é contribuir para a garantia do direito fundamental de todo aluno: o direito de aprender. para tanto, ela deve estar relacionada aos ob-jetivos de desenvolvimento cognitivo dos estudantes, estabelecidos pelo estado. esses objetivos, por sua vez, devem levar em conta o cumprimento mínimo do currículo proposto para cada área do conhecimento e etapa escolar. logo, devem existir metas, traduzidas em per-fis e características de desempenho dos alunos, assumidas como um verdadeiro compromisso e que sejam conhecidas por todos: gestores, professores e so-ciedade em geral. cumprem esse papel os padrões de desempenho estudantil, traçados pela Secretaria de estado de educação e esporte do acre. os padrões, ao mesmo tempo em que apresentam o ponto em que se encontra o desenvolvi-mento acadêmico dos alunos avaliados, também indicam o horizonte de metas acerca do que se espera em termos de qualidade educacional.

o ProPósIto dA AVALIAÇÃo

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os padrões são cortes importan-tes das escalas de proficiência e representam uma caracterização do desempenho dos estudantes com base no perfil das habilida-des que eles demonstram nos testes. São um referencial para a interpretação dos resultados do Seape com base em quatro cate-gorias: abaixo do Básico, Básico, adequado e avançado.

estar nos padrões mais baixos de desempenho significa maio-res probabilidades de repetência, evasão, abandono e consequente fracasso escolar, caso não sejam implementadas ações imediatas de intervenção pedagógica. ao contrário, os padrões mais altos de desempenho indicam maiores possibilidades de cumprir, com sucesso, a trajetória escolar e determinam, para todo o siste-ma, a grande meta de qualidade a ser perseguida.

Avançado

Adequado

Básico

Abaixo do Básico

Os alunos que apresentam este padrão de desempenho revelam ser capazes de realizar tarefas que exigem habi-lidades mais sofisticadas. Eles desenvolveram habilidades que superam aquelas esperadas para o período de escola-ridade em que se encontram.

Os alunos que apresentam este padrão de desempenho de-monstram ter ampliado o leque de habilidades tanto no que diz respeito à quantidade quanto no que se refere à com-plexidade dessas habilidades, as quais exigem um maior refinamento dos processos cognitivos nelas envolvidos.

Os alunos que apresentam este padrão de desempenho de-monstram já terem começado um processo de sistematiza-ção e domínio das habilidades consideradas básicas e es-senciais ao período de escolarização em que se encontram. Para esse grupo de alunos, é importante o investimento de esforços para que possam desenvolver habilidades mais elaboradas.

Os alunos que apresentam este padrão de desempenho re-velam ter desenvolvido competências e habilidades muito aquém do que seria esperado para o período de escolariza-ção em que se encontram. Por isso, esse grupo de alunos necessita de uma intervenção focada de modo a progredi-rem com sucesso em seu processo de escolarização.

PAdrões de deseMPeNho

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COm A PALAVRA, O COORDENADOR

Maria cristina da costa Maia

com avaliações, Acre salta 14 posições no ranking nacional

a implantação do Seape inaugurou um marco para o estado. de acor-

do com a coordenadora, maria cristina da costa maia, que atua há 19 anos na célula de avaliação, o programa para a educação pública do estado se en-contrava entre as piores no ranking nacional. “de posse dos resultados, grandes investimentos foram feitos, tanto na área pedagógica, quanto na infraestrutura das escolas. o desafio foi enfrentado de forma sistemática e continuada”, destaca. a iniciativa pro-moveu um resultado além do esperado: “o acre saiu de uma sofrida classifica-ção de 25º lugar, no ranking nacional, para o 11º lugar, tornando-se referência nacional em qualidade de ensino”.

ciente das implicações desses resulta-dos para pautar as estratégias de ensi-no, maria cristina revela que, embora eles não sejam absolutos, são indica-dores que podem apontar caminhos. Nesse sentido, o sistema de avaliação contribui para o direcionamento das po-líticas públicas do estado “mostrando, através dos resultados das avaliações, onde estão as lacunas que devem ser atacadas e fazendo desse gigantesco banco de dados um permanente aliado na busca pela excelência na educação”. esse diagnóstico é utilizado ainda para a capacitação dos professores.

para a coordenadora, alguns fatores, como o censo rápido, que coleta os

dados diretamente na escola após a ma-trícula, a utilização de professores com experiência em sala de aula na função de aplicadores e uma visita prévia à escola para coletar informações junto à direção, facilitam a realização da pesquisa.

por outro lado, segundo maria cristina, a falta de preparo dos aplicadores, a utilização das informações do censo escolar do ano anterior e a aplicação de provas próximas ao encerramento do ano letivo ainda constituem problemas a serem enfrentados. as características regionais também interferem no pro-cesso, como a aplicação no período de chuvas que atinge especialmente as escolas da zona rural.

É por tudo isso que maria cristina defende o comprometimento dos res-ponsáveis e a consciência daqueles que estão sendo avaliados. “a sensibiliza-ção quanto ao envolvimento de toda a comunidade escolar é o principal fator para o sucesso de uma avaliação, principalmente quando ela tem cons-ciência de que a avaliação não é para punir ou classificar a escola, mas sim para intervir em favor delas”. com base nesse argumento, a expectativa para os anos subsequentes é de que o sistema avaliativo atenda às demandas por um ensino público e de qualidade.

escALAdA A PAssos LArGos

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É crucial assegurar que,

juntamente com as informações

que a avaliação fornece, sejam

implementadas ações que

contribuam substancialmente para

a solução dos sérios problemas

educacionais que nos afetam.

A avaliação, sob esse prisma,

não deve ser entendida como um

fim em si mesma, mas como um

importante instrumento a ser

utilizado para corrigir rumos e (re)

pensar o futuro. As informações

fornecidas pelo SEAPE, portanto,

ganham força na medida em

que são divulgadas, discutidas

e entendidas como necessárias

à edificação de uma educação

mais justa e com qualidade para

todos do estado do Acre.

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Coordenação GeralLina Kátia Mesquita Oliveira

Coordenação TécnicaManuel Fernando Palácios da Cunha Melo

Coordenação de PesquisaTufi Machado Soares

Coordenação de Análise e Publicação de ResultadosWagner Silveira Rezende

Coordenação de Instrumentos de AvaliaçãoVerônica Mendes Vieira

Coordenação de Medidas EstatísticasWellington Silva

Coordenação de Produção VisualHamilton Ferreira

Grupo de Design na ComunicaçãoEdna Rezende S. de Alcântara

Grupo de Indicadores e Análises EducacionaisJoão Filocre

Equipe de Instrumentos de Avaliação

1. Equipe de Língua Portuguesa Adriana de Lourdes Ferreira de AndradeAna Letícia Duin TavaresHigor Evérson de Araújo PifanoHilda Aparecida Linhares da Silva Micarello (Coord. Alfabetização)Josiane Toledo Ferreira Silva (Coord. LP)Leila Márcia Mafra MartinsMaika Som MachadoMaria Diomara da SilvaRachel Garcia FinamoreRoberta Fulco

2. Equipe de Matemática Bruno Rinco Dutra PereiraCecilia Cavedagne CunhaDayane Cristina Rocha TinocoJanaína Aparecida Ponte CoelhoLuciara Alves de PaulaPablo Rafael de Oliveira CarlosTatiane Gonçalves de Moraes (Coord. MAT)Tiago de Paula Zagnoli

3. Equipe de Ciências Fernanda Gomes da SilvaPriscila Karla Silva Dias

4. Equipe de Apoio Carlos Palácios Carvalho da Cunha e MeloDaniella de Fátima RaymundoJanine Reis FerreiraMayra da Silva MoreiraTatiana Reis

Equipe de Produção VisualAlexandre Calderano FioriloClarissa Aguiar Nunes de PaulaCarlos Eduardo de Oliveira CastroHenrique de Abreu Oliveira BedettiLuciana FreeszMarcela Zaghetto MirandaPaulo Ricardo ZacaniniRaul Furiatti MoreiraRômulo Oliveira de FariasVanessa Martins Ferreira Henry Rua

Equipe de Medidas e EstatísticasAilton Fonseca GalvãoCarolina Dutra CyrinoClayton Sirilo do Valle FurtadoLeonardo Pampanelli Azevedo LucasPriscila Gregório BernardoRoberta de Oliveira Fávero

Equipe de Análise e Publicação de ResultadosÁlvaro Dyogo PereiraAstrid Sarmento CosacCamila Fonseca de OliveiraCarolina Augusta Assunção GouvêaCarolina de Lima GouvêaCarolina Ferreira RodriguesCarolina Pires AraújoCristiano Lopes da SilvaDaniel Aguiar de Leighton BrookeDaniel Araújo VignoliDébora de OliveiraFernanda Coelho da Silva CastroFrancisca Rosilda de Oliveira SalesGabriella Cristina do Nascimento RibeiroHeguiberto Alves AmorimJoão Assis Dulci João Daniel NetoJoão Paulo Costa VasconcelosJosiane SilvaJuliana Frizzoni CandianLeonardo Augusto dos CamposLívia Fagundes NevesLuciana Netto de SalesLuciano Vieira ChinelatoLuís Antônio Fajardo PontesLuís Cláudio Rodrigues de CarvalhoMarcel Vieira GomesMariana de Toledo LopesMariana Pereira DornelasMichele Sobreiro Pires

Rodrigo Coutinho CorrêaRogério Amorim GomesStanley Cunha TeixeiraTatiana Casali RibeiroTúlio Silva de Paula

Grupo de Design na ComunicaçãoAline QuintellaCarolina CerqueiraDemetrius CoutinhoEduardo GarciaFabrício Carvalho (vice-coordenador)Guilherme BatistaJuliana Dias Souza DamascenoNívea Costa

Grupo de Indicadores e Análises Educacionais Izabel Guimarães MarriJulio Alfredo Racchumi RomeroVanessa Guimarães Pinto

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Ficha Catalográfica

VOLUME 1ACRE. Secretaria de Estado de Educação e Esporte. SEAPE – 2011/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd. v. 1 (jan/dez. 2011), Juiz de Fora, 2011 – Anual

MELO, Manuel Fernando Palácios da Cunha e; OLIVEIRA, Camila Fonseca de; OLIVEIRA, Lina Kátia Mesquita; REZENDE, Wagner Silveira; SILVA, Wellington; VIEIRA, Verônica Mendes.

ISSN 2237-8308CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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ISSN 2237-8308revista DO sisteMa

sEAPE2011

MATRIZEs DE REFERÊNCIA PARA A AVALIAÇÃO

O DIREITO A UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

A DIVULGAÇÃO DOs REsULTADOs DO sEAPE

METODOLOGIA E ANÁLIsE DOs TEsTEs

O TRABALHO CONTINUA