Revista Drive 01 2014

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  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

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     A arte de

    inovarÚnico no mundo, centro de pesquisa

    brasileiro foca em tecnologia de fricção

    Fenatran 2013ZF é “item de série”

    nas montadoras

     Transmissão 8HPUnião perfeitacom o Audi Q5

    www.zf.com.br

    1.2014

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    Eixo leve

      Menos peças signicam menosquilos: o conceitorevolucionário de eixo traseirocom molas transversais que

    guiam as rodas feitas comGRP (Plástico com Fibra de

     Vidro Reforçado)

      O plástico com bra de vidroreforçado tem de 12% a 15%menos peso em comparação aos

    designs com aço

      Menos componentes signicam

    que o eixo é menos complexo emais fácil para montar

      Menos peso não suspenso quemelhora as características dedireção

      Acionamento duplo

    signica menos consumo

      Todos os componentes

    híbridos integrados comeciência à transmissão, o queeconomiza espaço

      Economia de combustível deaté 25%

    Todas as funções híbridassuportadas: direção, propulsor

    e regeneração totalmenteelétricos

    Transmissão híbridade 8 marchas

      Grande poder em uma pequena

    embalagem: Módulo de direção doeixo elétrico

      Acionamento elétrico poderoso eeciente com base no conceito de altaaceleração

      Pico de saída de 90 kW, torque de 1.700Nm

      Níveis de ruído muito baixos

     Pesa apenas 45 kg

    Módulo dedireção doeixo elétrico

      Algo bom que se torna aindamelhor: a segunda geração datransmissão automática com 8

    velocidades (8HP)

      A redução de torque de arrancadainterna deixa a transmissão aindamais eciente

      Ampla gama de aplicações com otorque de entrada de 220 a 750 Nm

      A alta taxa de difusão juntamentecom amortecedores de torçãoecientes signica que as

    velocidades podem ser reduzidasainda mais (desaceleração)

    Transmissãoautomáticade 8 marchas

    Barra detorçãoelétrica  Integração inteligente: este

    conceito para carrossubcompactos emicrocarros consiste emdois motores elétricos

    montados próximos a cadaroda no eixo traseiro

      Pico de saída de 80 kW juntamente com o design demaior leveza com base nasaltas velocidades do motor

      Fácil de instalar, o queproporciona mais liberdade

    aos fabricantes para o designdo veículo

      Menos peso melhora ascaracterísticas de direção

      Genialidade da computação: aunidade de controle eletrônicada 9HP

      O controlador inovador dasequência do câmbio contémtodos os controles da embreagem,

    funções adaptadoras e funções deproteção da transmissão

      A unidade de controle datransmissão garante que a marchacerta seja selecionada em todas ascondições de direção, sem que omotorista perceba

    Unidade decontrole da9HP

      ECOnnect sistema de traçãointegral com desacoplamentoautomático

    Ativada apenas quandonecessário, minimizando asperdas de tração do sistema de

    tração integral 

    O design leve, juntamente coma função de desacoplamento,reduz o consumo decombustível em até 5%

      A versão com embreagem duplanas duas unidades traseiras deacionamento permite que o

    torque variável seja distribuídopara cada roda (conhecidocomo vetorização de torque),melhorando a tração e a

    estabilidade

    ECOnnect

      Primeira no mundo, a 9HP

    será produzida no m de2013

      Adequado para veículos commotores dianteirostransversais – de carrossubcompactos a SUVs

    compactos

      Economiza até 16% no

    consumo e nas emissões deCO2 comparado àstransmissões automáticasatuais com 6 marchas

      Unidade de controle detransmissão inovadora

    também construída pela ZF

      Design modular: duasvariações de modelo (280 e480 Nm)

      Suporta a função liga-desligasem bomba de óleo adicional

    Transmissãoautomáticade 9 marchas

    DE RELANCE Do AKC ao 9HP: uma visão geral das inovações da

     ZF no Salão do Automóvel de Frankfurt 

     ESPECIAL IAA

       A ZF demonstra a experiênciada empresa em

    eletromobilidade e design leveexibindo um protótipo de testeinovador com base em umcarro subcompacto

      Alcance e manuseioaperfeiçoados graças a ummódulo e inversor do conjuntopropulsor de direção elétrica

    totalmente reformulados

      Os materiais e designs novosdeixam o chassi ainda mais leve eaumentam o manuseio e oalcance elétrico do carro.

    Incluem: estrutura de suspensãoleve com módulo de junta,suportes de alinhamentoautomático, eixo traseiro com

    barra de torção com estabilizadorCRP e amortecedores leves

      Os controles no painel incluemchave giratória para a seleção daengrenagem e também tela deinformações detalhadas

    Protótipo deInovação

      Aumenta o conforto nosconjuntos propulsores docarro

      Amortece todas as vibrações domotor – de alta frequência ebaixa frequência

      Garante altos níveis de conforto

    do passageiro mesmo emveículos com motoresreduzidos sujeitos à vibraçãointensa

    Montagemativa do motor

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      Interface principal: o inversorda ZF melhora a utilização daenergia elétrica nos carros

      Design compacto

      Projetado para a solução dos

    sistemas da ZF

      Evita a perda de energia, aumenta o

    alcance

    InversorPUM-X45

     AKC

      Direção responsiva a partir do eixotraseiro: o Active Kinematics Control(AKC – controle cinemático ativo)melhora o manuseio e a segurança

      A unidade do atuador ativo muda o

    ângulo de distância do eixo traseiro

      O sistema de controle eletrônicosincroniza o ângulo de inclinação do

    eixo com as ações do motorista de

    acordo com as condições de direção

      Capaz de unir a rede de controle a

    outros sistemas ativos no veículo

    Estrutura desuspensão levecom módulo de junta

    Módulohíbrido  Energia elétrica para o conjunto

    propulsor

      Motor elétrico, amortecedor de torção e

    embreagem separadora em uma única

    unidade

      Redução signicante do consumo de

    combustível e emissões

      Ignição muito rápida e silenciosa

    (operação liga-desliga suave))

    Recuperação da energia elétrica durante

    uma quebra

      A função do propulsor aumenta a

    dinâmica do veículo

      O desacoplamento do motor de

    conjunto propulsor suporta todos os

    acionamentos elétricos

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    ÍNDICE

    10

    INOVAR

    Centro de pesquisa da

    ZF é focado no aprimo-

    ramento do material de

    fricção para embreagens 

    18

    FENATRAN

    Extrapesados das gran-

    des montadoras usam

    transmissões automati

    zadas ZF 

    28

    VUCS

    Comerciais leves seguem

    registrando crescimentos

    constantes de vendas

    36

    TEST-DRIVE

    Audi Q5 conta com motor

    de 272 cv e transmissão

    ZF 8HP

    40

    TURISMO

    Treze Tílias, uma charmosa

    cidade com influências

    alemã, austríaca e italiana

    54

    MOTORSPORT

    ZF marca seu nome

    como uma referência de

    confiabilidade no esportea motor

    Redação ZF América do Sul

    Departamento de marketing e comunicação

    Av. Conde Zepellin, 1.935

    CEP 18103-905,

    Sorocaba, SP, Brasil;

    Tel.: 015-4009-2525

    Gerente de Marketing e Comunicação

    Alessandra Cecco

    Coordenador de Marketing Ricardo Zentner

     Analista de Marketing Bruna Prosdocimi

    Textos e Design MM Editorial

    Mauro Cassane

    (editor e jornalista responsável, Mtb 19.786)

    Fábio Rogério (repórter)

    Felipe Rariz (edição de arte)

    Impressão: 

    Intergraf

    www.zf.com.br

    7 NEWS

    Leitura rápidaAs mais recentes informações do mundo ZF de forma resumida,

    para despertar sua atenção.

    10 INOVAR

    Excelência tecnológicaEngenheiros da ZF formam um grupo de elite que foca em pes-

    quisas sobre material de fricção para embreagem.

    18 FENATRAN

    Diferencial de mercadoTransmissões automatizadas da ZF tornam-se itens de

    série em caminhões DAF, Ford, Iveco e MAN.

    26 AGRÍCOLA

    Direto no campo

    Eixo ZF AS 3050 é fornecido para o primeiro trator Stara

    destinado aos pequenos e médios agricultores.

    28 VUCS

    MercadoAnálise sobre o aumento das vendas de comerciais leves, movido

    por restrições a caminhões pesados e pelo comércio varejista.

    32 ENTREVISTA

    Novos rumosHarald Naunheimer, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento

    Corporativo da ZF, fala sobre as tendências tecnológicas em P&D

    48 ÔNIBUS

    Resistência à toda provaTecnologia exclusiva da marca Lemförder oferece maior durabili-

    dade e conforto no transporte urbano e rodoviário.

    52 ZF SERVICES

    Atendimento de pontaConheça os serviços de pós-vendas e consultoria oferecidos à

    rede pela unidade de reposição do Grupo ZF.

    36 TEST DRIVE

    Forte e eleganteEquipado com a transmissão automática de 8 marchas 8HP, o

    Audi Q5 é um SUV de luxo movido a 272 cavalos.

    40 TURISMO

    Mix de culturasA cidade catarinense Treze Tílias foi fortemente povoada por tiroleses

    austríacos, mas conta com uma suave influência alemã e italiana.

    54 MOTOR SPORT

    Essencial para a vitóriaZF é referência no fornecimento de equipamentos de alto padrão

    para o automobilismo nacional e internacional.

    60 NÚMEROS

    “Mas já passou?”Veja em análises impressionantes porque a vida moderna tem

    andado tão rápido.

    62 ONTEM E HOJE

    A transmissão de Bond, James BondCuriosidades sobre os produtos ZF que equiparam um dos carros

    ingleses mais famosos de James Bond, o Aston Martin.

    50 PESQUISA

    Prêmio Brasil-Alemanha de InovaçãoZF patrocinou o I Prêmio Brasil-Alemanha de Inovação

    4 51.2014

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    Podemos ainda destacar o setor de componentes e siste-

    mas de propulsão para embarcações, que manteve um de-

    senvolvimento positivo ao longo de 2013 e já foi o temaprincipal da edição anterior, onde apresentamos as princi-

    pais tecnologias que a ZF disponibiliza nesse mercado.

    Trazemos também nesta edição a cobertura do 1º Seminá-rio e Prêmio de Inovação Brasil-Alemanha. Tendo a ZF

    como um de seus patrocinadores e realizado pela Câmara

    Brasil-Alemanha, o evento reuniu os principais executivosde grandes empresas alemãs instaladas no Brasil, além de

    renomados representantes de órgãos dos governos brasi-

    leiro e alemão e de universidades, para debater como onosso País ainda pode crescer mais com o aumento de

    competitividade através da inovação em cooperação com a

    Alemanha - país com grande tradição nesta área.

    O mercado sinalizou fortemente a busca por meios de mo-

    bilidade mais seguros, ecológicos, com soluções tecnológi-

    cas tanto para o transporte como para o meio ambiente.Lançamos olhos para 2014 mantendo nosso foco em efici-

    ência, produtividade e inovação de maneira sempre in-

    tensa, fortalecendo o nosso DNA e a missão de fornecer asmelhores soluções tecnológicas para a mobilidade.

    Boa leitura!

    concorrência e disponível para veícu-

    los de diversas marcas, as transmis-

    sões automáticas ZF estão presentesem 68,5% dos ônibus equipados com

    esta tecnologia no Rio de Janeiro

    (RJ), Salvador (BA), Porto Alegre(RS), Recife (PE) e Manaus (AM).

    EcoShow em Minas Gerais 

    Em junho, o ZF EcoShow, test-drive

    com a transmissão automática de 6

    marchas para ônibus ZF Ecolife, foirealizado no Mega Space, na região

    metropolitana de Belo Horizonte

    (MG). Na ocasião, empresários e re-presentantes de frotistas mineiros ti-

    veram a oportunidade de experimen-

    tar todos os benefícios oferecidos

    pelo equipamento, além de compro-var o porque do produto ser uma so-

    lução para melhorar o transporte

    público da capital Belo Horizonte.Com três marchas a mais do que a

    Avant-première da 9HP

    A estreia mundial da primeira trans-

    missão automática de 9 velocidades(9HP) feita no mundo para automóveis

    com motores dianteiros transversais

    aconteceu em março passado. Entresuas características, destaque para a

    eficiência nas trocas de marchas, de-

    vido ao escalonamento próximo entre

    as nove velocidades, tornando as mu-danças praticamente imperceptíveis.

    Estes benefícios convenceram a Land

    Rover, fabricante inglesa de automó-veis premium, a adotar a nova trans-

    missão como item opcional em seu mo-

    delo Range Rover Evoque.

    Recuperação e novas oportunidades. É assim que finaliza-

    mos e contabilizamos 2013, um ano de desafios e parcialretomada do fôlego da indústria. O segmento de veículos

    leves obteve resultados semelhantes aos de 2012, com ven-

    das próximas a 3,5 milhões de unidades.

    Já no segmento de veículos pesados, diferentemente do

    ano passado, quando houve uma queda na produção porconta da chegada da tecnologia Euro V, vivenciamos uma

    retomada do setor, com a produção de caminhões e ônibus

    crescendo em 2013 de 40% e 9% respectivamente. Obser-vamos durante a Fenatran, o segundo maior evento de

    transporte de carga do mundo, que as fabricantes estão

    apostando na apresentação de inúmeras sofisticações tec-

    nológicas e a ZF marcou presença com suas transmissõesnos lançamentos das montadoras DAF, Ford, Iveco e MAN.

    Olhando para o mercado de ônibus, a ZF também trouxeimportantes novidades. Lançamos a transmissão automá-

    tica ZF Ecolife: com seis marchas, esse produto conta com

    três velocidades a mais na comparação com a solução daconcorrência, um diferencial que permite uma condução

    mais harmoniosa do ônibus, menor esforço do motor e

    consequente economia de combustível.

    O setor agrícola obteve uma safra recorde elevando a

    venda de tratores em 20%, e a ZF mais uma vez fez parte

    deste marco histórico, oferecendo eixos e transmissões deúltima geração para equipar tratores que trabalham ardua-

    mente no campo, tanto no plantio quanto na colheita. Co-

    nheça nesta edição o eixo AS 3050, especialmente desen-volvido pela ZF para o mercado brasileiro, para equipar

    máquinas e equipamentos de pequenos porte particular-

    mente adotadas nas produções familiares no Sul do País.

    Tecnologia para ummundo mais sustentável

    Wilson Bricio

    Presidente ZF América do Sul 

    EDITORIAL NEWS

    Test-drive com a transmissão automática de 6 marchas

    ZF-Ecolife para ônibus urbanos e interurbanos.

    Range Rover Evoque conta

    com a transmissão automática

    de 9 velocidades

    6 71.2014

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    No “Top 10” alemão deregistro de patentes

    A ZF Friedrichshafen AG registrou 740

    patentes na Alemanha em 2012. Este

    desempenho representou um aumentode cerca de 10% na comparação com o

    ano de 2011. E, novamente, a ZF ficou

    entre as dez empresas que mais regis-

    traram patentes nas estatísticas anuaisda entidade alemã responsável pelo re-

    gistro de patentes, a German Patent andTrade Mark Office (GPTO). Entre os re-

    gistros da ZF, destaque para os novos

    conceitos e tendências de transmissões.Em 2012, a ZF conquistou o 9º lugar no

    “Top 10” de patentes, ficando ao lado de

    grandes fabricantes de automóveis

    como Audi, Volkswagen e BMW.

    Ônibus adotam tendência de númeroelevado de marchas

    Disponíveis para veículos de diversas marcas, as transmissões au-tomáticas de 6 marchas ZF Ecolife para ônibus urbanos par-

    tem de um princípio já aplicado pela empresa em seus pro-

    dutos para automóveis: quanto mais marchas melhor,como demonstram as bem sucedidas aplicações da

    8HP e, mais recentemente, da 9HP. São

    três marchas a mais do que a concorrên-

    cia e uma série de benefícios para moto-rista, passageiros e o trânsito. “A ZF é

    uma empresa de tecnologia, e inova-

    ção está em nosso DNA. Na área deautomóveis, nossa 8HP se mostrou

    extremamente eficiente quando usada

    tanto na picape VW Amarok, quanto emum carro luxuoso como o Chrysler 300.

    No segmento de veículos comerciais, tam-

    bém somos pioneiros em, ao multiplicar onúmero de marchas, entregar diversas outras

    vantagens que englobam alta rentabilidade e conforto”, diz Ale-

    xandre Marreco, gerente de Desenvolvimento de Negócios de Sis-temas de Transmissão.

    NEWS

    Contra o analfabetismoO combate ao analfabetismo na regiãoamazônica ganhou na ZF uma impor-

    tante aliada. A Unidade de Negócio ZF

    Propulsão Marítima da empresa consoli-

    dou a negociação de 200 reversores para

    um projeto que totaliza 700 unidades(que serão confirmadas em etapas até o

    final de 2014) para o Estaleiro B3, vence-dor de licitação do FNDE para fornecer

    barcos-escola para comunidades rurais e

    ribeirinhas na Amazônia, onde o únicomeio de transporte é o fluvial. As embar-

    cações serão utilizadas no transporte

    aquaviário de alunos e professores. O de-safio na área de Educação é grande: o ín-

    dice de analfabetismo em alguns municí-

    pios atinge mais de 30% da população.

    Responsabilidade AmbientalEm novembro, a unidade de negó-cios do Grupo ZF voltada ao mer-

    cado de reposição iniciou o plantio

    de 1.800 mudas, em um terrenodentro da planta industrial de Soro-

    caba (SP). O objetivo da ação foi

    compensar a remoção de 300 árvo-res de uma área onde a empresa

    construirá o novo Centro Logísticoda planta industrial. O Grupo ZF in-

    vestiu na aquisição de mudas, insu-

    mos, preparação do solo e replantio,além da contratação de empresa es-

    pecializada para manutenção das

    mudas por 24 meses. Muitos colabo-radores da ZF participaram do evento

    fazendo o plantio de parte das mu-das. As espécies plantadas são 100%

    nativas, como Guatambu, Ipê-ama-

    relo-cascudo, Ipê-roxo-de-bola eMarmelinho. Dentre as árvores re-

    plantadas, encontram-se espécies

    ameaçadas de extinção, como a Ja-caranda subalpina.

    8 91.2014

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     Abnegados cientistasEngenheiros com especialização em Mecânica, Materiais, Mecatrônica e Química

    formam um grupo de elite cuja principal missão é fazer melhorias em um

    equipamento que já é reconhecido em todo mundo como excelente: o material de

    fricção para embreagem da ZF

    A engenheira de materiais, Débora Da-

    loia, 31, trabalha desde 2009 no Centrode Competência em Materiais de Fric-

    ção da ZF, em São Bernardo do Campo,

    (SP), e sua rotina é bem pouco peculiar.Seu expediente, é na Universidade de

    Dayton, nos Estados Unidos, onde faz

    curso de mestrado em Engenharia de

    Materiais com aplicação de Nanotec-nologia. A alta especialização se faz ne-

    cessária para seguir em frente com seu

    trabalho em um departamento ondeinovação, mais que palavra de ordem, é

    praticamente um mantra e um desafio

    diário. Este centro, único da ZF no

    mundo, reúne quinze abnegados enge-

    nheiros e mais seis estagiários sob ocomando de dois decanos da Engenha-

    ria Automotiva: Paulo Zanotto e Ivan

    Gregori. O primeiro formado em Enge-nharia de Materiais e o segundo, Enge-

    nharia Mecânica. E se você estranhou

    um pouco a profissão de Zanotto, que é

    relativamente nova, o mestre trata deexplicar didaticamente para não se pro-

    longar nos jargões técnicos: "é uma es-

    pécie de fusão de Engenharia Mecâ-nica com Química". E no decorrer

    desta reportagem vai ser fácil entender

    porque este tipo de profissional é fun-

    damental para o êxito deste avançado

    centro de pesquisa e desenvolvimentode novos produtos na área de fricção.

    Exatamente a área que a jovem Débora

    está se especializando em uma das me-lhores universidades do mundo para o

    assunto e é integralmente custeada

    pelo Grupo ZF.

    O Centro de Competência em Mate-

    riais de Fricção é dividido em duas

    áreas que se complementam: uma, co-mandada por Zanotto, vai a fundo nas

    pesquisas para desenvolver novos ma-

    teriais de fricção e, inclusive, metodolo-

    INOVAR

    Paulo Zanotto e parte

    da equipe: Motivação

    e entusiasmo

    10 111.2014

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    A ZF produz sistemas de embreagens

    de alta qualidade. O conjunto é degrande precisão e faz com que os veí-

    culos, sejam eles simples automóveis

    de passeio ou mesmo grandes e pesa-dos veículos de carga, passem a har-

    monizar a caixa de transmissão com o

    motor. Em resumo, o sistema de em-breagem permite o diálogo entre estes

    dois vitais, e indispensáveis, compo-

    nentes de qualquer veículo motori-

    e ser aplicado na prática. Explicando

    assim parece simples, mas observarum dia de trabalho destes abnegados

    profissionais é, verdadeiramente, se

    sentir no meio de cientistas obstinadosem criar, a cada dia, o estado da arte

    em materiais para fricção. A missão

    primordial de cada um ali, e é esta asensação que se tem ao vê-los traba-

    lhar, é melhorar o que já é reconhecido

    pelo mercado como excelente.

    gias de produção deste produto, cada

    vez mais eficientes. Já o outro, capita-neado por Gregori, tem a missão de

    testar, meticulosamente, tudo o que os

    primeiros quebram a cabeça para in-ventar. Ou seja, a turma do Zanotto

    cria, inventa, desenvolve e pensa em

    maneiras de produzir sempre melhor,inovar constantemente; já o pessoal do

    Gregori é encarregado de testar tudo

    para saber o que pode ou não dar certo,

    zado. Mas a alma do sistema de embre-

    agem é exatamente o material de fric-ção. E o nome já diz tudo: ele é usado

    para friccionar o platô e o disco. Dê

    uma boa olhada na foto na página 17.Para você, caso tenha ou já teve um

    carro, é certeza que já viu um equipa-

    mento assim. Toda vez que você troca amarcha de seu carro ou, caso seu veí-

    culo seja automtizado e faça isso sozi-

    nho, tenha certeza: o material de fric-

    ção faz todo o serviço pesado e se ele

    for mesmo de qualidade o certo é quevocê nem nota este enorme esforço. É

    para isso que as duas turmas, de Za-

    notto e de Gregori, trabalham: o obje-tivo deles é fazer com que os motoristas

    nem tomem conhecimento do material

    de fricção pois quanto melhor for oproduto menos você vai saber da exis-

    tência dele. Enquanto as melhores mar-

    cas fabricantes de automóveis, cami-

    nhões e tratores equipam seus veículos

    com a confiabilidade das embreagensZF, mentes brilhantes queimam neurô-

    nios diariamente neste sofisticado labo-

    ratório de pesquisas para combinar ele-mentos químicos com metais e buscar,

    feito os antigos alquimistas, a matéria

    perfeita para compor o disco de fricção."Mas o produto atual já não é exce-

    lente?", pergunta o curioso repórter.

    "Sim, mas na ciência sabemos que tudopode ser aprimorado infinitamente", res-

    ponde prontamente o veterano Zanotto

    que ainda guarda, no brilho dos olhos, o

    entusiasmo de um jovem inventor.

    A história deste sofisticado laborató-

    rio de pesquisas começou efetiva-mente em 1999, quando foi criado o

    Centro de Competência de Materiais

    de Fricção. Mas 22 anos antes, em1977, já funcionava no local um nú-

    cleo de desenvolvimento de produtos.

    Engenheiros se reuniam para pensar epesquisar maneiras de desenvolver

    produtos melhores. Depois de muitas

    pesquisas e testes, em 1985 foi possí-vel eliminar o amianto do material defricção e, cinco anos depois, o amianto

    foi completamente banido do pro-

    cesso. É óbvio que não basta simples-mente eliminar um produto de uma

    composição, é preciso buscar um

    substituto à altura, com a mesma (oumais) eficiência e comprovada (ou

    melhor) competência. Por esta razão

    que a ZF exporta seus produtos paradiversos países da Europa e é bem fá-

    cil encontrar sofisticados carros euro-

    peus equipados com os materiais de

    fricção desenvolvidos e produzidos na

    planta da ZF em São Bernardo doCampo. As peças produzidas são iden-

    tificadas uma a uma. Funciona comoum registro de nascimento onde é

    possível saber, pela nomeclatura, exa-

    tamente a especificação da peça, suaorigem, data de fabricação e até a má-

    quina que a confeccionou. "Com isso, caso

    tenhamos qualquer tipo de problema, po-demos rapidamente detectar o que efetiva-

    mente aconteceu e se foi falha no processo

    ou na matéria-prima ", explica Zanotto.

    INOVAR

    Débora Daloia: inovação começa com aprimoramento dos jovens talentos

    12 131.2014

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    9/34

    Nesta planta em São Bernardo do

    Campo a ZF produz materiais de fric-ção para automóveis, veículos comer-

    ciais leves, caminhões e ônibus. Só

    para equipar os carros, as máquinasproduzem 23 mil unidades por dia e

    10% deste total vão para a exportação.

    Já a produção destes materiais para

    equipar caminhões e ônibus é de 12 milunidades por dia e quase metade da

    produção, aproximadamente 45%, é

    exportado. No setor de P&D, as máqui-nas só são desligadas a noite. Durante o

    dia são dois turnos de trabalho. O labo-

    ratório é uma espécie de aquário inse-rido dentro da fábrica. Os engenheiros

    interagem o tempo todo com o pessoal

    da produção. Observam, analisam e,muitas vezes, têm  insights  fabulosos

    que se traduzem em inovações não só

    no produto, mas no método de produ-

    ção. Zanotto relata um exemplo inte-ressante: "Há pouco tempo, notamos

    que o operador das máquinas ia almo-

    çar e não desligava as resistências dosmoldes. Com isso, havia um desperdí-

    cio de energia elétrica. Criamos um dis-

    positivo eletrônico que desliga o equi-

    pamento automaticamente assim que o

    operador se ausenta por mais de 15minutos e o religa automaticamente

    dez minutos antes do operador voltar",

    conta. Resultado prático de uma açãosimples: significativa economia de

    energia elétrica.

    Outra mudança no processo de produ-ção, e esta de grande porte, está em

    curso na fábrica. A produção tradicio-

    nal usa solventes para impregnar as fi-bras com os ligantes que são utilizados

    na confecção do material de fricção.

    Mas o pessoal do Zanotto pensou emuma solução mais ecológica, limpa e

    eficiente: um processo chamado de ex-

    trusão, que dispensa a utilização de sol-ventes. Uma pequena parte da fábrica,

    apenas 20%, já está operando com o

    novo processo e os resultados são sur-

    preendentes. "Conseguimos uma fitamais homogênea em um processo

    muito mais limpo e amigável com o

    meio-ambiente" diz. Não vai demorar etoda a fábrica vai operar com o novo

    processo. Os cientistas do laboratório e

    o próprio Zanotto não param nunca de

    inovar. Longe dali, "para evitar os cam-

    pos magnéticos", um aparelho especialrepousa dentro de uma sala fechada,

    silenciosa e rigorosamente climatizada.

    Trata-se de um microscópio eletrônicode varredura de última geração. O

    equipamento, que custa 300 mil Euros,

    fica sobre uma balança que funciona

    como uma espécie de amortecedor,para evitar a mais ínfima e humana-

    mente imperceptível trepidação, e é ca-

    paz de aumentar uma imagem em até30 mil vezes. Imagine um filme de fic-

    ção científica. É assim mesmo. Quem

    trabalha ali são doutorandos em aná-lise de superfícies e a missão deles é

    esmiuçar os componentes invisíveis

    dos materiais. Em suma, eles analisamaquilo que ninguém vê "mas que pode

    ser responsável, por exemplo, por uma

    ruptura de material", explica Zanotto.

    Estes cientistas trabalham sem parar.

    No laboratório de análises a predomi-

    nância é feminina. Engenheiras quími-cas e de materiais avaliam substâncias,

    misturam matérias-primas e buscam

    constantemente uma nova composição

    para formar um material de fricção

    ainda melhor. O desenvolvimento deum novo produto demora de dois a três

    anos. Mas, antes disso, a criação de

    uma nova matéria-prima que vai com-por o material de fricção pode deman-

    dar de cinco a dez anos. Estes engenhei-

    ros fazem parte do programa " Facing

    the Future" (encarando o futuro, em in-

    glês), e se reúnem periodicamente exa-

    tamente para discutir e trabalhar ideiase tendências. Eles estão sempre de olho

    em tudo que hoje é uma hipótese, mas

    que, no futuro, pode ser uma realidade.

    Aliás, a nanotecnologia, para eles todos,embora ainda pouco conhecida do

    grande público, mais do que realidade,

    já faz parte do cotidiano.

    Como a equipe do Centro de Compe-

    tência é formada por profissionais alta-mente qualificados, com toda certeza

    este pessoal também é cobiçado por ou-

    tras empresas. A maneira eficiente deretê-los foi oferecer o que eles mais va-

    lorizam: oportunidade de se aprimorar

    cada vez mais e, fundamentalmente,fazer o que gostam. "Muitos de nossos

    colaboradores fazem cursos de Mes-

    trado fora do Brasil, custeados peloGrupo ZF, e desenvolvemos aqui a Car-

    reira Y, que permite que um especialista

    ganhe tão bem quanto um gerente",conta Zanotto. O índice de retenção de

    profissionais é bem alto, de maneira ge-

    ral, em todo o Grupo ZF, mas é aindamais significativo neste centro. "Nosso

    pessoal aqui tem, em média, mais de

    dez anos de carreira e já temos uma

    nova geração completamente engajadae motivada", completa Zanotto.

    Prova de fogo  - Motivação não falta,nem criatividade. Quem pode dizer

    isso é o outro lado do laboratório, a

    equipe do Ivan Gregori, que testa 100%de tudo que é frequentemente inven-

    tado pelo pessoal do Zanotto. "O traba-

    lho aqui é intenso e diário", conta Gre-gori que comanda uma equipe de três

    engenheiros e quatro estagiários. No

    laboratório de testes, diversas máqui-nas simulam, em condições extremas,

    a utilização dos discos de fricção cria-

    dos com novos materiais. São feitos tes-tes de ruptura (em uma máquina que

    simula mais do que o dobro da rotação

    máxima de um motor de um carro nor-mal, ou seja, acima de 15 mil rpm),

    teste de durabilidade (que simula situa-

    ções de alto estresse), teste de capaci-dade de torque (em temperaturas nor-

    mais de uso até 500 °C), teste de trepi-

    dação e, por fim, corrosão. Cada uma

    destas máquinas é monitorada por umcomputador e apresenta, na hora do

    teste, relatórios e gráficos que permi-

    tem visualizar tanto o que a máquinaestá fazendo como o comportamento

    do material testado. "Levamos uma mé-

    dia de 30 dias para avaliar um novo ma-terial", diz Gregori.

    No laboratório há 16 bancadas paratestes, 60% das máquinas foram impor-

    INOVAR

    Ivan Gregori: Testes rigorosos antes de

    um novo produto entrar no mercado

    Inovador método de extrusão dispensa

    solventes e é mais ecológico

    14 151.2014

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    10/34

    pormenores. Por isso mesmo que mui-tas vezes entra em ação o poderoso mi-

    croscópio eletrônico, que vai apontar

    falhas ou possíveis soluções valendo-seda Nanotecnologia.

    Mas, ainda assim, se um novo mater ialpassar com méritos pela bateria de má-

    quinas que simulam as condições mais

    severas, o próximo passo antes de vali-

    dar o produto é ainda mais duro e exigemuito mais tempo: é o teste prático, em

    campo. "Fizemos parceria com compa-

    nhias de rádio-táxi, e equipamos os car-ros com sistema de embreagem novo

    com o material de fricção que foi apro-

    vado nos testes de laboratório. Moni-

    tadas da Alemanha e 40% são nacio-nais. Todas as inovações criadas pelo

    pessoal do Zanotto passam por lá. Uma

    a uma é submetida à rigorosa bateriade testes. Se em um dos testes o mate-

    rial apresentar uma minúscula falha,pronto: reprovado. O material voltapara o departamento do Zanotto com o

    relatório apontando onde ocorreu o

    problema. E começa novamente o pro-

    cesso: reavaliação do material, análisequímica, recálculos, nova fórmula. Co-

    meça um ajuste fino que envolve análi-

    ses químicas e de materiais. Para atuarcomo engenheiro cientista, é preciso

    paciência, perseverança e, sobretudo,

    acuidade para se ater aos mais ínfimos

    toramos o carro por seis a oito meses,e então retiramos o equipamento, tro-

    camos por outro novo, de linha, e fa-

    zemos novamente a análise", diz Gre-gori. De acordo com ele, o laborató-

    rio faz cerca de 20 a 30 testes práti-cos por ano, valendo-se dos carrosque operam no sistema rádio-táxi.

    Exatamente o mesmo método é apli-

    cado para os materiais de fricção

    para caminhões: "Temos parceriacom usineiros e testamos nossas ino-

    vações aprovadas em laboratório nos

    caminhões que operam nas condi-ções mais severas, como nos cana-

    viais". Perguntado, Gregori afirma

    que até hoje nenhum produto apro-

    vado no laboratório foi reprovado

    nas avaliações em campo. "Nossasmáquinas simulam condições dema-

    siadamente extremas, muitas vezes

    jamais experimentadas na vida r eal.Mas ainda assim testamos 100% dos

    novos produtos em situações práticas

    e também severas", comenta.

    Daiana Pinto da Silva, 25 anos, cursa o

    terceiro ano de Engenharia Mecânicana FEI e está no primeiro ano de está-

    gio no laboratório de testes. Já operoutodas as máquinas e não esconde o en-

    tusiasmo pelas tarefas que desenvolve.

    "Estou trabalhando exatamente com o

    que sonhei fazer desde que decidi cur-sar Engenharia Mecânica. É fasci-

    nante", conta. Daiana tem mais um ano

    de estágio pela frente e abre largo sor-riso quando perguntada se gostaria de

    seguir carreira no laboratório: "Eu acho

    que estar aqui é o sonho de qualquerengenheiro mecânico que tem paixão

    pela profissão". A jovem Daiane sonha

    em trilhar o mesmo caminho da Dé-bora Daloia que ano que vem chega da

    Universidade de Dayton, nos EUA,pronta para dar sequência ao mais mar-

    cante DNA do Grupo ZF: a inovação.

    INOVARNo laboratório, sofsticado microscópio

    eletrônico investiga meticulosamente a

    composição das matérias

    Estagiária Daiana Pinto da Silva se es-

    pelha na carreira dos engenheiros

    mais experientesPesquisas buscam a embreagem perfeita

    16 171.2014

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    11/34

    ZF AS-Tronic para os topsCaminhões extrapesados de alto padrão da MAN, Iveco, DAF e Fordadotam transmissões automatizadas ZF.

    FENATRAN

    18 191.2014

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    12/34

    No segundo maior evento do mundopara veículos comerciais, a Fenatran,

    (só perde em tamanho para a IAA, em

    Hanover, Alemanha), o que mais cha-

    mou a atenção dos participantes foi apresença marcante dos caminhões ex-

    trapesados top de linha. A principal

    característica destes veículos é o sofis-ticado pacote tecnológico embarcado.

    E a tecnologia mais comentada, sem

    dúvida, é a transmissão automatizada

    ZF AS-Tronic. As grandes fabricantessabem perfeitamente que transporta-

    dores e motoristas profissionais, hoje

    em dia, não abrem mais mão das van-

    tagens operacionais das transmissõesautomatizadas para equipar veículos

    cuja principal característica é vencer

    grandes distâncias.

    Na Fenatran, a ZF AS-Tronic foi a trans-

    missão mais presente nos caminhões

    das marcas mais tradicionais. O equi-pamento fulgurava em 16 modelos da

    Iveco (oito versões do Stralis Ecoline e

    oito do novo extrapesado Hi-Way), em

    seis modelos da MAN (nos TGX 28.4406x2, 29.440 6x4 e TGX 33.440 6x4; e

    nos VW Constellation 19.420, 25.420 e

    26.420 Tractor – estes com o novo mo-tor de 420 cavalos de potência), nas

    duas opções do Ford Extrapesado (os

    Cargo 2042 e 2842), e, também, no XF

    105 da DAF. Totalizando, a ZF AS-Tro-

    nic está em 25 modelos de caminhões.Vale ressaltar que, na Iveco, a transmis-

    são automatizada é opcional em quatro

    versões do pesado off-road Trakker.

    “Podemos dizer que a adoção da ZF

    AS-Tronic pelas fabricantes não ape-nas reforça, mas consolida a tendência

    de mercado dos segmentos pesado e

    extrapesado em adotar a nossa trans-missão automatizada como um item de

    série. É uma iniciativa que traz ganhospara todo o setor: por ser uma inova-

    ção tecnológica que garante menorconsumo médio de combustível à frota

    via padronização na condução do veí-

    culo, oferece maior rentabilidade aotransportador, proteção ao trem-de-

    -força e muito mais conforto ao moto-

    rista”, diz Frederico Colella, gerente de

    vendas ZF de OEM da Business Unit

    TU-B e TT-B. Com a ZF AS-Tronic, aZF América do Sul, passa a compor

    um diferencial competitivo para as

    montadoras em um segmento que vemdemonstrando muita força no mercado

    de caminhões. No primeiro semestre

    de 2013, o nicho de pesados foi res-ponsável por 36% das vendas totais de

    veículos comerciais no Brasil, segundo

    dados da ANFAVEA (Associação Na-cional dos Fabricantes de Veículos Au-

    tomotores). Nos números absolutos,foram vendidos 26.407 unidades, valor

    33% superior na comparação com omesmo período de 2012.

    A vantagem da transmissão ZF AS-Tro-nic são para os motoristas e empresá-

    rios de transporte. Os primeiros conse-

    guem entregar as mercadorias em seu

    FENATRAN

    Alcides Cavalcanti, Diretor Comercial da Iveco

    Transmissão garante um consumo reduzido e

    mais rentabilidade para frotas.

    20 211.2014

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    13/34

    Para Felix Hendriks, diretor de enge-

    nharia da DAF, a alta qualidade das

    transmissões ZF contribuem para darmais respeitabilidade aos caminhões

    da marca holandesa que, a partir deste

    ano, começa efetivamente a vender

    seus caminhões extrapesados XL 105no mercado nacional. "Nossa parceria

    com a ZF é de longa data e mundial, eoptamos por oferecer nossos cami-

    nhões com as duas opções de automati-

    zada, a de 12 e 16 velocidades, contem-plando assim o maior número possível

    de aplicações do mercado nacional".

    Já a Ford, que tem décadas de experiên-cia no mercado brasileiro, também

    como a DAF faz sua estreia no dispu-

    tado mercado de caminhões extrapesa-dos com os novos Cargo 2042 e 2842.

    "Optamos por utilizar a transmissão ZF

    AS-Tronic de 12 velocidades por enten-dermos que o equipamento é o mais

    adequado às características inovadores

    de nossos caminhões", conta MarcelBueno, gerente de marketing de pro-

    duto da Ford Caminhões.

    A Iveco, que já conhece muito bem osegmento de extrapesados no País,

    lançou seu caminhão mais sofisti-

    cado, o Iveco Hi-Way, que no ano pas-sado ganhou o cobiçado prêmio "Ca-

    minhão do Ano", da Europa (uma

    eleição onde jornalistas especializa-dos do continente europeu escolhem

    o caminhão mais tecnologicamenteimpactante do ano). O caminhão éequipado com a transmissão ZF AS-

    Tronic de 16 velocidades e, agora, a

    Iveco também dota seus caminhões

    com motorização de 9 litros com es-tas transmissões. "Até hoje, no Brasil,

    a transmissão automatizada equipava

    apenas caminhões da linha premium.Com esta novidade, a Iveco contem-

    pla os clientes que buscam alta tecno-

    logia nas linhas mais básicas de veí-

    destino com mais segurança e melhor

    conforto (não há trancos ou golpes du-

    rante a troca de marchas), direcio-nando toda a sua atenção para o trân-

    sito. Já para os frotistas, a transmissão

    também oferece significativa redução

    no custo operacional do veículo, poisreduz o consumo de combustível com

    trocas rápidas e eficientes de marchas.A ZF AS-Tronic possui duas opções de

    configuração: uma com 16 velocidades

    (a mais adotada no Brasil) e outra com12 velocidades.

    A tecnologia empregada pela ZF na pro-

    dução do equipamento gerou uma co-municação ágil entre o motor, a embre-

    agem e a transmissão, o que alivia o

    driveline completo, prolonga a vida útildos componentes e aumenta os interva-

    los de manutenção e troca de óleo. De-

    pendendo das condições de operação, ointervalo de troca de óleo das transmis-

    sões pode chegar a 540.000 quilôme-

    tros. Sem pedal de embreagem, a ZFAS-Tronic conta com um módulo ele-

    trônico integrado à carcaça feita em

    alumínio. Além do alto desempenho,

    oferece capacidade de torque de até3.100 Nm.

    Intarder - Por meio de poucas inter-faces, a ZF AS-Tronic pode receber o

    Intarder, sistema que protege os

    freios do caminhão contra o desgastecausado por esforços constantes. Ao

    contrário do empregado pela concor-rência, o Intarder da ZF é integrado àtransmissão, o que eleva a eficiência

    da operação.

    O produto chega a efetuar até 90%das frenagens, em paradas suaves

    que também ajudam a proteger a

    carga. Para os motoristas, o Intardergarante frenagens sem sobregiro do

    motor e uma condução constante

    com velocidade média mais elevada.

    FENATRAN

    Rodrigo Chaves, Diretor de

    Engenharia da MAN22 231.2014

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    14/34

    culos", diz Alcides Cavalcanti, dire-tor comercial da Iveco.

    De acordo com Rodrigo Chaves, dire-

    tor de engenharia da MAN Latin Ame-

    rica, mais do que conforto e comodi-dade, as transmissões automatizadas

    AS Tronic asseguram significativa re-dução do consumo de combustível.

    "Um excelente conjunto de trem de

    força garante alta rentabilidade paranossos caminhões". A MAN equipa

    seus modelos TGX com a transmissão

    ZF de 16 velocidades e, agora, tam-bém oferece o mesmo produto para

    seus extrapesados Constellation

    25.420 e 26.420.

    Manual  – Apesar das atenções foca-das na ZF-AS Tronic, a “grife” ZF

    também se faz presentes em opções

    manuais para todos os segmentos

    de veículos comerciais.

    Nos comerciais leves, a transmissão

    mecânica 6S 420 da família ZF Eco-lite é adotada na linha Iveco Daily.

    Construído sobre uma estrutura de

    alumínio, o produto entrega seis ve-locidades que aumentam o rendi-

    mento do veículo.

    A ZF 5S 580 TO equipa o médio Ver-

    tis HD 90V18 e 130V19. Ainda na

    Iveco, mas dentro do nicho de semi-

    pesados, a ZF 9S 1110 TD pode ser insta-lada no Tector 170E28 T, 170E28S T

    4x2, 170E28S 4x2, 240E28S, e 240E28S

    Stradale 6x2. Nos pesados, o Stralis podeser equipado com a ZF Ecosplit com 16

    marchas sincronizadas e duas rés.

    Nos caminhões com PBT de 5,5 a 10toneladas, a MAN adota a ZF S5-420

    HD, para os modelos Delivery 5.150,8.160, 9.160 e 10.160.

    Os caminhões leves da MercedesBenzutilizam a transmissão ZF S5-580, para

    os modelos 850 e 1016 da linha Accelo.

    Para a linha Constellation, a MAN ado-tou quatro tipos de transmissão da ZF.

    A ZF 9S 1110 TD (com nove marchas

    sincronizadas e uma ré) está presente

    nas versões 17.280 e 24.280 (que aten-dem o setor de semipesados). Para os

    pesados, optou pela família ZF Ecos-

    plit para os modelos 17.330, 19.330Tractor, 24.330 e 31.330 6x4, 19.390

    4x2 Tractor, o 25.390 6x2 Tractor, o

    26.390 6x4 Tractor e o 31.390 6x4. Por

    fim, a ZF Ecosplit 16S 1455 foi espe-cialmente desenvolvida para os

    26.280 e 31.280 6x4.

    A ZF Ecosplit também foi a opção ma-

    nual feita por novos clientes como aDAF e a Shacman. Com 16 marchas à

    frente e duas à r é, totalmente sincroni-

    zadas, essa família de transmissões

    possibilita que o motor trabalhe na me-lhor faixa de rotação, proporcionando

    maior economia de combustível e redu-

    ção dos níveis de emissão de poluentes.

    FENATRAN

    Marcel Bueno, Gerente de

    Marketing de Produto da

    Ford

    Felix Hendriks, Diretor de

    Engenharia da DAF

    24 251.2014

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    15/34

    A qualidade e tecnologia dos produtospara máquinas da ZF sempre foram umreferencial para o segmento agrícola.

    Por isso, a Stara, fabricante s ediada em

    Não-Me-Toque (RS), optou pela “gr ife”

    para equipar o seu primeiro trator STMAX 105, lançado na Expointer, im-

    portante feira de agronegócio realizada

    no final de agosto em Esteio (RS). Oproduto escolhido foi o eixo dianteiro

    AS 3050, aplicado em tratores de até

    105 cavalos de potência.

    AGRÍCOLA

    Movendo os negócios do campoZF passa a fornecer o eixo AS 3050 à Stara, que lançou neste ano o seu primeiro trator

    para pequenos e médios agricultores.

    “O eixo é produzido em nossa fábricade Sorocaba (SP), e já é fornecido paraa empresa gaúcha desde o segundo tr i-

    mestre de 2013”, diz Stefan Prebeck,

    diretor de Sistemas de Eixos e Trans-

    missões Fora de Estrada da ZF. O AS3050 possui um ângulo de esterça-

    mento de até 50°, garantindo um alto

    nível de dirigibilidade e o menor es-tresse do solo (devido à geometria pre-

    cisa de direção). O eixo também conta

    com uma extrema versatilidade de

    adaptação aos projetos de tratores, gra-ças ao seu design modular flexível quelhe conferiu uma quantidade menor de

    componentes. “Quase todas as aplica-

    ções de 4x4 no campo podem ser aten-

    didas pela família AS 3000. Durante afase de desenvolvimento desta série, a

    ZF usou toda a sua experiência na área

    de eixos para tratores, adquirida emnossa fábrica da cidade de Passau, na

    Alemanha, uma unidade especializada

    em produtos fora de estrada. E transferi-

    mos toda a tecnologia alemã para iniciar

    a produção dos eixos aqui no Brasil, em

    Sorocaba (SP)”, comenta Prebeck.

    As perspectivas de mercado para os

    produtos da área agrícola da ZF são po-

    sitivas com as projeções para o biênio2013/2014: “Dados da Companhia Na-

    cional de Abastecimento (CONAB) in-

    dicam que a próxima safra brasileira de

    grãos deverá atingir 190 milhões de to-neladas, um novo recorde nacional.

    Também houve aumento de área plan-tada no País, com ‘novas fronteiras agrí-

    colas’ em Estados como Pará e Tocan-

    tins. Tudo isso faz com que a confiabili-dade em nossos produtos atraia clientes

    novos, como a Stara”, reforça Prebeck.

    Primeiro trator  - O produto Stara quereceberá o eixo AS 3050 marca o lança-

    mento do primeiro trator da fabricante

    de máquinas agrícolas. “Criamos umamáquina para igualar o pequeno e o mé-

    dio produtor ao maior produtor de soja

    do planeta. Nós queremos que esse pro-dutor (pequeno e médio) tenha acesso à

    tecnologia de ponta, assim como gran-

    des produtores. Que eles possam produ-zir mais e serem mais competitivos, ge-

    rando mais rentabilidade ao seu negó-

    cio“, falou o diretor presidente da em-

    presa, Gilson Lari Trennepohl. Alémdos eixos ZF, o trator ST MAX 105 pos-

    sui como grande diferencial de sua ca-

    tegoria (motores de 105 cavalos) o pi-loto automático de série, o que permite

    uma maior precisão em operações na

    lavoura, eliminando os er ros de opera-ção geralmente causados por cansaço e

    falta de atenção. Seu motor é o Perkins,com 4 cilindros e 105 cavalos de potên-cia. O reservatório de combustível tem

    capacidade de 120 litros, o que permite

    longas horas de trabalho diário.

    Outros destaques são o acabamento e a

    qualidade dos componentes, inversor

    mecânico sincronizado, ótima visibili-dade e controle do trator de dentro da

    cabine (considerada uma das mais con-

    fortáveis e silenciosas da categoria).Eixo AS 3050 possui um ângulo de

    esterçamento de até 50º

    26 271.2014

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    16/34

    Mercado em ascensãoCada vez mais comuns no cenário urbano brasileiro, os veículos comerciais leves

    seguem registrando crescimentos constantes de vendas. Esse quadro se manterá nos

    próximos anos, seja por conta do aumento de restrições de circulação a caminhões

    pesados nas cidades, seja pelo maior volume de compras feitas pela Internet – que

    acarretam em serviços de entregas mais ágeis.

    Vans, VUCs (Veículos Urbanos deCarga) ou caminhões leves de até 10 to-

    neladas. Se você vive em um grande

    centro urbano, certamente já percebeu

    que a movimentação desses tipos de ve-

    ículos é cada vez maior. E a razão paraisso tem sido a adoção de restr ições ao

    tráfego de caminhões que prefeiturasde todo o País vêm adotando nos últi-

    mos anos. O principal objetivo é me-

    lhorar o tráfego, evitando congestiona-mentos geralmente provocados pelo

    trânsito ou ocorrências de acidentes

    envolvendo caminhões médios, semi-pesados e pesados. Para tanto, as em-

    presas transportadoras vêm adotando

    cada vez mais os veículos comerciais

    leves, que com especificações que lhespermitem rodar nas áreas restritas.

    A iniciativa de proibir os “pesados” não

    está mais restrita a grandes cidades.

    Mesmo municípios pequenos possuemrestrições em horários específicos. Para

    citar um exemplo, Votorantim (SP), ci-dade do Interior paulista que possui

    cerca de 110.000 habitantes, também

    restringiu caminhões de circular pelassuas principais vias.

    Delimitar o horário de circulação paraevitar problemas com a fluidez do trá-

    fego é sempre louvável, pois o foco é

    beneficiar os cidadãos. Mas existe um

    VUCS

    Iveco Daily: gama atende

    segmento de 3,5 a 7 ton.

    Mercedes-Benz Sprinter naversão chassi-cabine

    28 291.2014

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    17/34

    à entrada das cidades. No caso de São

    Paulo, muitos desses centros de distri-buição se localizam em Barueri, às mar-

    gens do Rodoanel (anel viário que fica

    em volta da Região Metropolitana deSão Paulo). E o resultado foi o aumento

    exponencial das vendas de vans (Sprin-

    ter, Ducato, Daily etc.) e de caminhõesleves nos últimos oito anos. Desde 2006,

    as vendas de vans de até 6 toneladas

    vieram crescendo de forma gradual,atingindo seu pico em 2011, quando fo-

    ram vendidas 107.000 unidades. Ape-sar da queda registrada no ano passado

    (89.000 unidades), neste ano o mercadorecuperou o fôlego, e fechará o ano na

    casa das 100.000 unidades vendidas.

    problema em torno desta solução: como

    o assunto é tratado por meio de legisla-ções municipais, não existe uma regra

    única – e assim, cada cidade adota o

    critério que achar melhor. Em SãoPaulo (SP), por exemplo, os VUCs, ca-

    minhões leves que podem ter até 6,3 m,

    tem mais flexibilidade para circular nazona de restrição máxima da cidade.

    Mas há municípios em que a legislação

    é mais restrita, e os veículos precisamter menos que 3,5 toneladas.

    Esse quadro levou as transportadoras a

    adotarem veículos leves para pequenasentregas na cidade, utilizando centros

    de distribuição nas rodovias, próximos

    conta de seus preços baixos de aquisi-

    ção. . A Fiat promete ainda neste anolançar a terceira geração do furgão

    compacto Fiorino, baseado no novo

    Uno, apresentado na Fenatran. Outrasmontadoras também estão planejando

    sua entrada nesse mercado.

    A ZF oferece vários produtos para o

    segmento de vans leves, como trans-

    missões manuais, amortecedores e sis-temas de direção. Os produtos ZF pro-

    piciam aos transportadores a economiae rentabilidade fundamentais nesse

    tipo de negócio, também garantindomais durabilidade, já que essas opera-

    ções costumam ser muito intensas.

    Outro fator que ajuda a puxar as ven-

    das para cima é o aumento dos negó-cios gerados pelo E-commerce: en-

    quanto em 2006 o mercado movimen-

    tou R$ 4 bilhões em compras, em 2012esse valor chegou aos R$ 23 bilhões,

    segundo dados do Ebit . O E-commerce

    exige uma logística bem específica,com centros de distribuição centraliza-

    dos entregando diretamente para o

    cliente final. Nesse caso, as vans tam-bém são muito utilizadas.

    Para atender ao mercado brasileiro,

    veículos coreanos (Hyundai HR e KiaK2700) e depois chineses, começaram

    a se destacar comercialmente por

    VUCS

    Grandes centros urbanos: o “território” dos VUCs

    30 311.2014

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    18/34

    elevada, ela não é maior (nem mais pe-

    sada) do que a 6HP, sua antecessora.

    Falando sobre eficiência: após a 8HP e

    a 9HP, quais são os projetos para mo-

    tores dianteiros transversais?

    Na ZF, nunca focamos apenas no au-

    mento do número de marchas – é coma eficiência geral da transmissão que

    nos preocupamos. A eficiência pode

    sempre ser melhorada por meio deuma melhoria sistemática como, por

    exemplo, por meio de novas soluções

    de trocas de velocidade para atendernecessidades específicas.

     

    Neste contexto que você acabou de

    exemplificar, o que a ZF busca?

    Na maioria das transmissões, uma

    bomba de óleo produz energia de pres-

    são constante que é usada para fecharos elementos mutáveis. Estamos traba-

    lhando em novos sistemas servos que

    minimizarão a energia exigida. Nova-mente, a tecnologia eletrônica e de con-

    trole desempenharão uma “função

    chave”. De fato, mais de um quinto denossos desenvolvedores já estão traba-

    lhando com soluções elétricas e eletrô-nicas. E nossos pontos fortes são a redede sistemas e unidades compactas com

    uma alta densidade funcional.

    Isso não é o suficiente para criar siste-

    mas de acionamento elétrico? Na ver-

    dade, a ZF não desenvolveu um con-

    ceito de carro elétrico de alta rotação?  É uma maneira de reduzir o peso. Altas

    rotações significam que os componen-

    tes individuais podem ser menores.

    Com uma tecnologia de chassis ativa,

    podemos melhorar significativamentea dinâmica, ergonomia e segurança do

    veículo. Pretendemos produzir compo-

    nentes inteligentes padronizados quecubram uma vasta gama de funções e

    especificidades de desempenho, de ma-

    neira que os fabricantes de automóveis

    possam simplesmente escolher. Assim,o mesmo conjunto de ferramentas mo-

    dular incluirá versões de baixo custo,

    bem como componentes ativos deponta.

    O design leve é outra tendência do fu-

    turo. De quais materiais estamos fa-

    lando?

    Em alguns veículos, os componentesda ZF contabilizam 20% do peso total.

    O que significa que muita coisa deve

    ser feita para otimizar os designs de

    peso leve. No design do chassi, o plás-tico tem um grande potencial, porque

    sempre nos permite incorporar fun-

    ções adicionais. Isso reduz a quanti-dade de peças e, consequentemente,

    reduz o peso geral.

    Mesmo assim, o design leve não signi-

    fica necessariamente plástico, certo?

    É isso mesmo. Decidimos quais mate-riais usar caso a caso, dependendo dos

    custos e dos benefícios associados.

    Também há muita margem para redu-

    zir cada vez mais o peso dos trens deforça, embora já tenhamos reduzido

    bastante. Um exemplo é a nossa trans-

    missão automática 8HP: apesar de suaavaliação de torque ser significativa-

    mente maior e a eficiência entregue ser ▶

    DR. HARALD NAUNHEIMER

    Após se graduar em Engenharia Mecânica na

    Universidade de Stuttgart, o Dr. Naunheimerpermaneceu na academia por mais seis anos,

    trabalhando como pesquisador assistente em

    transmissões de veículos, adquirindo seu PhD

    em 1995. Ele então foi contratado pela Renk

    AG, onde trabalhou em vários cargos no de-

    senvolvimento de transmissões de veículos.

    Em 2001, ele foi para a ZF, inicialmente para

    chear a equipe de desenvolvimento de aplica-

    ção na Unidade de Negócios de Transmissões

    Automáticas em Saarbrücken. De 2006 até

    2009, ele cheou a equipe de desenvolvi -

    mento de transmissões automáticas de auto-

    móveis em Friedrichshafen. Em 2009, ele foi

    nomeado Vice-Presidente de Pesquisa e De-

    senvolvimento Corporativo.

    Organização criativaHarald Naunheimer, doutor em Engenharia Mecânica, chefiou o Departamento

    de Pesquisa e Desenvolvimento Corporativo (P&D) da ZF por três anos e meio.

     A Revista Drive conversou com ele sobre as tendências tecnológicas e a

    importância da racionalização de P&D para conquistar cada vez mais eficiência

    no futuro.

    Dr. Naunheimer, como parte de seu

    trabalho, você ajudou a planejar o fu-

    turo do Grupo ZF. Quais são seus pla-

    nos para os próximos anos?

    Como sempre, continuamos focando

    no desenvolvimento de transmissões.

    Estamos totalmente comprometidos a

    expandir nossa função de liderançacomo fornecedores de tecnologia rela-

    cionada à transmissão para motores de

    combustão interna. Pretendemos tam-bém aproveitar todas as oportunidades

    para agregar valor a nossa avançada

    tecnologia para chassis. Na verdade, ainteração inteligente entre o chassi e o

    trem de força é um dos principais des-

    taques comerciais que diferenciam aZF de outros fornecedores automoti-

    vos. Em termos gerais, levar a eletrô-

    nica ao trem de força e aos chassis será

    de grande importância no futuro.

    Qual será a importância da tecnolo-

    gia dos chassis eletrônicos no futuro?

    ENTREVISTA

    Engenheiro mecânico, Dr. Harald

    Naunheimer (49 anos) trabalhou

    intensamente na tecnologia para

    transmissões desde seus dias de

    universitário.

    32 331.2014

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    19/34

    Mesmo que seja capaz de uma produ-

    ção sustentada de 30 kW (40,7 cv) euma potência máxima de 90 kW

    (122,3 cv), nossa unidade de transmis-

    são pesa apenas 50 quilos, e isto in-

    cluindo todos os componentes eletrô-nicos de potência.

    E, claro, não estamos falando somente

    sobre o peso, pois o custo também

    deve ser levado em conta.

    Sim. Esta é uma razão pela qual opta-

    mos por um motor assíncrono, porque

    não precisa de ímãs de terras raras.

    Quando projetamos o mecanismo decontrole para este motor de indução de

    alta velocidade, bem como os rolamen-

    tos necessários, engrenagens e compo-nentes da carcaça (o motor funciona a

    mais de 20.000 rpm), traçamos todo o

    projeto segundo o conhecimento acu-

    mulado da ZF na área da mecatrônica. 

    Hoje, qual a importância dos aciona-

    mentos elétricos? E no futuro, como

    estes componentes estarão?Estou convencido de que em 10 ou 15

    anos teremos uma ampla gama de dife-rentes tipos de acionamentos – todos

    úteis e igualmente válidos. Eles se es-

    tendem desde as unidades convencio-nais – ainda mais avançadas dos que as

    que temos atual-

    mente – a todo tipo

    de acionamentoelétrico, de plug-ins

    híbridos a exclusi-

    vamente elétricos.

    Então você não vê uma tendência tec-

    nológica específica surgindo?Como os veículos se tornam cada vez

    mais dependentes da eletrônica, é pro-

    vável que presenciaremos uma tendên-cia para sistemas de cabeamento de 48

    volts. De início, apenas certos compo-

    nentes, como compressores de ar con-

    dicionado, serão conectados a este sis-

    tema alternativo. Mas há uma varie-dade de componentes eletrônicos nos

    carros que podem ser fabricados de

    maneira mais compacta e eficiente se

    eles funcionarem em 48 volts. Podemostambém usar geradores de partida mais

    poderosos, que em contrapartida ofere-cerão uma gama maior de funções.

    Os híbridos são apenas uma solução

    provisória no caminho da nova era de

     veículos elétricos, ou o melhor dos

    dois mundos?

    No que diz respeito a unidades híbridas– e eu incluo extensores de alcance –

    não são apenas soluções provisórias,

    mas sim um conceito legítimo em seudireito, tanto agora, quanto no futuro.

    Veículos exclusivamente elétricos são

    bem adequados para viagens curtas. Edesconfio que, em um futuro próximo,

    muitos clientes aguardarão por veícu-

    los de longo alcance que possuam umagama de motores elétricos com autono-

    mia para percorrer 50 quilômetros. Ao

    optar pelo que chamamos, atualmente,

    de “híbridos plug-in” – os carros podemser recarregados a partir de uma to-

    mada elétrica ou reabastecer de uma

    bomba de gás – e este tipo de soluçãoserá absolutamente viável.

     

    Mudando de assunto: Desde meados

    de 2012, houve um grande impulso

    para implementar o Sistema de Pro-

    dução da ZF na área de P&D (Pesquisa

    & Desenvolvimento). Quais são os be-

    nefícios?

    Ao racionalizar nossos processos de de-

    senvolvimento, tornando-os mais efi-cientes, ficamos mais competitivos e

    nosso trabalho também fica mais fácil.

    Os seis princípios de projetos que re-caem sobre o Sistema de Produção da

    ZF passaram a se aplicar ao desenvolvi-

    mento. E padrões inteligentes forne-

    “Processos mais ecientes nos dão a

    liberdade que precisamos para crescer de

    maneira bem sucedida”

    dades inúteis e outras interrupções em

    nossos processos. Ao fazer isso, pode-

    mos fornecer para a nossa equipe a li-berdade que precisam para buscar pro-

    jetos de desenvolvimento realmente

    inovadores. Se vamos continuar cres-cendo de maneira bem sucedida como

    uma empresa, todas as funções indivi-

    duais, juntamente com toda nossa ca-

    deia de produção, devem trabalhar demaneira igual para cumprir nossas me-

    tas de custo.

    Quando os orçamentos estão aperta-

    dos, quanta liberdade você dá a seus

    engenheiros de desenvolvimento, paraque possam explorar soluções não

    convencionais?

    De fato, quando projetos estão sob a

    pressão de um tempo curto de desen-

    volvimento, é um grande desafio obtera construção de alguma margem para a

    criatividade. Em nosso orçamento

    anual, sempre deixamos espaço paraestudos especulativos. Nós não os pla-

    nejamos com antecedência com resu-

    mos detalhados do projeto, nós traba-lhamos de uma forma menos inibida.

    Se surgir, no curso de um estudo parti-

    cular, algo que vale a pena ser desen-

    volvido, nós tomamos a decisão detransformá-lo em um projeto de desen-

    volvimento real.

      A ZF afirma ser líder em tecnologia de

    transmissões e chassis. Como você

    concilia esta afirmação com a necessi-

    dade de permanecer com um custo

    competitivo?

    Pois é. Novas tecnologias e inovações

    podem ajudar a reduzir os custos. Mas

    é importante também se livrar de ativi-

    cem uma plataforma essencial para a

    flexibilidade. O “foco no cliente” signi-fica projetar exatamente o que nossos

    clientes necessitam, e depois é preciso

    entregar os resultados do nosso traba-

    lho em um regime de “tempo hábil”. 

    O que nos traz à gestão da inovação.

    Como você aborda isso atualmente?

    Combinamos processos estruturados

    com técnicas para promover a criativi-dade. Usamos anualmente um pro-

    cesso recorrente para garantir que

    sempre focaremos nas áreas mais pro-

    missoras das pesquisas. Ao coletar eanalisar os tópicos discutidos por

    meio de especialistas internos e exter-

    nos (ou encontrados em publicações,em conversações com clientes e forne-

    cedores, ou simplesmente com base

    em nossas experiências de trabalho),misturamos todas essas informações

    com a nossa paixão pela tecnologia.

    Dessa forma, surgem as grandes ideiasque eventualmente resultam em in-

    venções e inovações.

     

    Como você motiva sua equipe para

    continuar produzindo boas ideias

    que podem ser transformadas em

    produtos inovadores?

    É importante fornecer aos colabora-

    dores as condições que os encora-

    jem a trabalhar de maneira criativa,para que eles criem seus próprios

    projetos e conceitos. Ao final dodia, também mensuramos quantasideias ou conceitos usados em pro-

    jetos de desenvolvimento anterioresforam realmente usados nos produ-

    tos. O cenário ideal, claro – e de

    longe, o mais motivador para osmeus colegas! - é quando seus con-

    ceitos são desenvolvidos para uma

    produção em série e aparecem nosprodutos que, posteriormente, terão

    sucesso no mercado.

    PESQUISA E DESENVOLVIMENTOEM NÚMEROS

    Dentro do Grupo ZF, 7.100 funcionários

    trabalham com pesquisa e desenvolvimento,

    muitos deles em projetos de desenvolvimento

    em nível divisional (divididos em Unidades de

    Negócios). Pesquisa e Desenvolvimento

    Corporativo é o principal foco de pesquisa da

    ZF, e emprega cerca de 970 especialistas em

    Friedrichshafen e 250 desenvolvedores em

    oito outros centros de desenvolvimento. Em

    2012, a empresa investiu cerca de 25% das

    receitas das vendas em pesquisa e

    desenvolvimento.

    ENTREVISTA

    34 351.2014

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    20/34

    Um SUV com jeitão esportivoCom motor de 272 cv e trânsmissão ZF 8HP, Audi Q5 parece feito sob medida para quem

    busca sofisticação, segurança e alta performance. 

    Que a grife Audi produz automóveis

    respeitáveis, o mundo inteiro já sabe.Aliás, também não é novidade para

    ninguém que carros com o DNA ale-

    mão sempre inspiram confiabilidadeacima de qualquer suspeita. Por isso

    mesmo, nesta nossa experiência com o

    Audi Q5, vamos tratar principalmentedos sentidos. Logo de cara, o carro, por

    alguma razão provavelmente só expli-

    cada pela sofisticação tecnológica em-barcada, parece integrar-se ao piloto

    com uma rara sinergia entre homem e

    máquina. Ou seja, rapidamente o pi-

    loto se entende com o carro criandoperfeita simbiose. O sentimento, com

    algumas horas ao volante, é que cada

    comando, cada pormenor, foi laborio-samente feito sob medida exclusiva-

    mente para ti. A máquina instantanea-

    mente vira uma extensão de seu cére-bro. Pilotar este carro é provar estra-

    nha e agradável percepção que você

    não está lidando com algo inanimado esim com um ser que amigavelmente se

    comunica contigo.

    E realmente se comunica. Embora

    com sotaque português. Na navegaçãopelo GPS e demais funções é a voz de

    uma simpática portuguesa que você

    ouve e te passa informações. O carrointeiro tem muita personalidade e a

    alma é a transmissão ZF 8HP. O cora-

    ção, um respeitável motor V6 3.0, que

    pulsa com 272 cv de potência. O cére-

    bro é o espetacular sistema eletrônicocomputadorizado que permite que a

    máquina “entenda” o que você pre-tende fazer, analisando parâmetros de

    sua condução. Pense em uma ultra-

    passagem rápida e segura quando estáa uma velocidade de cruzeiro de 120

    km por hora? Ok, aperte abrupta-

    mente o pé no acelerador e o Q5 saltapara frente. O motor se estufa com

    toda força de sua cavalaria, o câmbio

    reduz em frações de segundos da oi-

    tava para a sexta marcha e pronto: lá

    estão vocês dois, motorista e automó-vel, com a missão, simples, muito

    bem cumprida. Tudo muito rápido,

    eficiente e, sobretudo, seguro.Nossa impressão foi de longo per-

    curso. Andamos dois mil quilômetros.

    Fomos, e voltamos, de São Paulo até a

    cidade Treze Tílias (veja matéria de tu-

    rismo na pág 41) rodando o maior tre-cho pela sinuosa BR 116. Na Serra do

    Azeite, muito conhecida e temida, foipossível entender todos os conceitos

    de estabilidade desta surpreendente

    máquina. A tração integral faz suaparte e confere ao veículo muito equi-

    líbrio, até mesmo nas manobras mais

    agressivas. Mesmo nas curvas severa-mente fechadas a traseira acompanha

    de maneira harmoniosa a dianteira

    com inacreditável estabilidade. Já na

    BR 282, de Curitiba até Joaçaba, SC,

    com sequências de curvas mais aber-tas, o carro se comporta exatamente

    nas curvas como se trafegasse por uma

    segura reta muito bem pavimentada. Adireção nas serras transmite o máximo

    de segurança e reduz, significativa-

    mente, o estresse. A primeira constata-

    ção: você pode dirigir por dez horas

    seguidas, enfrentando curvas, ladeirase até mesmo asfalto ruim, que corpo e

    mente estarão sempre descansados. Ocarro blinda seu corpo contra os indese-

    jáveis efeitos do cansaço. Definitiva-

    mente não é possível se cansar ao vo-lante do Q5. Para ser bem franco, e sem

    exageros, pode-se dizer que você até des-

    cansa ao dirigir.Anatomicamente acoplados ao volante,

    de ambos os lados, há as borboletinhas

    que permitem a troca manual das mar-

    TEST DRIVE

    Por fora (foto ao lado) um típico

    SUV médio; por dentro (acima)

    acabamento de esportivo de luxo.

    36 371.2014

    TEST DRIVE

  • 8/18/2019 Revista Drive 01 2014

    21/34

    alta performance com baixo consumo

    de combustível.

    Ainda falando de performance, e se o

    negócio não é exatamente preocupa-

    ção com consumo, é bom lembrar quea potência desta máquina permite uma

    aceleração de carro esportivo e, o maislegal, no modo automático: vai de 0 a

    100 km/h em 5,9 segundos (de acordo

    com comunicado da Audi). A máxima,que por razões de segurança não aferi-

    mos, pode chegar, segundo a engenha-

    ria da montadora, a 234 km/h.Acompanha as qualidades do trem de

    força, um pacote de luxo e conforto

    que equipa o Audi Q5 interna e exter-namente. E neste quesito os engenhei-

    chas. Na direita você aumenta, na es-

    querda você reduz. Sem tirar a mão do

    volante. Basta um toque sutil com o

    dedo e, do automático o carro passa

    imediatamente para o modo manual.Isso não é exatamente novidade. Na

    estirpe dos bons automóveis é até umitem comum. A diferença é que, com a

    eficiente transmissão ZF de 8HP, salvo

    por pura curiosidade, ou mesmo mera-mente por diversão, você se vale do

    modo manual. É visivelmente perceptí-

    vel que a opção automática é sempremais vantajosa, mesmo quando você

    está disposto a uma “tocada” mais es-

    portiva. No display é possível escolhero jeito que você prefere dirigir: “efi-

    ciente” ou “estandarte”. O primeiro é

    mais esportivo, já o segundo, mais

    conservador. Como sugestão, reco-

    mendamos o primeiro que, na ver-

    dade, poderíamos classificar como um“conservador mais atrevido”. O certo

    é que, nos dois modos, o carro res-ponde muito bem quando é preciso

    acelerar e, melhor ainda, quando o

    mais prudente é brecar. Para um SUVmédio (confira as dimensões: 4.629

    mm de comprimento, 1.898 mm de

    largura, 1.655 mm de altura e 2.807mm de entre-eixos e peso é de 1.840

    kg), o consumo é louvável e merece

    destaque. Na estrada aferimos uma

    média de 12 km por litro mesmo ace -

    lerando forte para fazer ultrapassa-

    gens rápidas com o objetivo de colo-

    car à prova as diversas maneiras de

    retomada de velocidade. Mérito para

    o carro, que responde sempre instan-taneamente o que lhe é solicitado. Por

    um trecho de 300 quilômetros testa-mos como seria o consumo com uma

    tocada mais comportada, valendo-se

    da “inteligência” da transmissão queaproveita inércia para manter uma ve-

    locidade constante sem sobressaltos

    no giro do motor. Neste modo, conse-guimos uma façanha para um carro

    deste porte: consumo médio de 15 km

    por litro. Sem dúvida a caixa com 8velocidades contribui para combinar

    TEST DRIVE

    ros alemães levaram o capricho ao pa-

    roxismo. O exterior recebeu acaba-

    mento das soleiras das portas em alu-

    mínio; espelhos retrovisores

    eletricamente ajustáveis, aquecíveis ecom função antiofuscamento automá-

    tica e com memória; frisos decorativosbrilhantes; rack do teto em alumínio; e

    rodas de liga leve de 19 polegadas. O

    teto solar foge do lugar-comum, é pano-râmico “Open Sky” elétrico e garante

    iluminação extra e os vidros com iso-

    lante térmico não deixam aconteceraquele sensação terrível de aqueci-

    mento da cabeça sob sol escaldante.

    Internamente o carro oferece comodi-dades cuidadosamente estudadas para

    “não cansar o condutor”. Os bancos

    dianteiros, por exemplo, são ajustados

    eletricamente e, o do motorista, um

    “mimo” a mais: o carro guarda na me-

    mória sua posição preferida. O acaba-mento interno é primoroso: com deta-

    lhes em alumínio e o volante, bemcomo alavanca de câmbio, revestidos

    em couro. O banco é todo forrado em

    couro ecológico com apoio lombar eajuste elétrico. É longa a lista de confor-

    tos tecnológicos embarcados. Para falar

    deles seria preciso mais algumas pági-nas. O importante é entender o simples:

    a agradável sensação que se tem de que

    o carro foi feito exclusivamente para teagradar em todos os sentidos.

    CDC

    Componentes eletrônicos

    Componentes do chassi

    Transmissão ZF 8HP

    Conversor de torque

    Sistema de troca de marchas

    Presença ZF assegura alta eficiência

    38 391.2014

    TURISMO

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     Tirol brasileiroTreze Tílias foi fortemente povoada por euopeus. E esta mistura de

    culturas “quase” semelhantes conferem à cidade um charme único e

    fascinante.

    Para os incautos, Treze Tílias é apenas

    mais uma cidade alemã encravada no

    mais germânico estado do Brasil: Santa

    Catariana. Algo como Joinville ou Po-merode. E o engano é perfeitamente

    admissível, pois toda arquitetura lem-bra estas tradicionais cidades. Inclu-

    sive o idioma. O nome inusitado vem

    do alemão "Dreizehnlinden", que signi-fica Treze Tílias (uma pequena árvore

    muito comum nos países germânicos).

    E, naturalmente, há diversas destas ár-vores espalhadas pela cidade que é, es-

    sencialmente, austríaca. Mas não intei-

    ramente: o município, fundado em

    1933, além da forte influência cultural

    dos austríacos, tem também uma boa

    mistura de alemães e italianos.

    Tudo começou com um povoado fun-dado por um austríaco da região de Ti-

    rol, Andreas Thaler, que era ministroda agricultura do país naquele tempo

    em que quase toda Europa passava por

    graves problemas sociais e econômi-cos. Na praça central, diante da igreja,

    há a estátua em homenagem ao funda-

    dor. Junto com o ministro veio uma le-gião de imigrantes de Tirol. Chegando

    ao meio-oeste catarinense encontraram

    italianos, alemães e descendentes de

    índios. A convivência entre povos dife-

    rentes foi amigável e a maioria, depois

    de muitas discussões e votação, decidiu

    batizar a cidade com o bucólico nomeda planta tão comum aos alemães

    quanto aos tiloreses da Áustria e Itália.E assim ficou: Treze Tílias.

    Contudo, uma coisa é convivência pací-

    fica e outra, bem diferente, é a miscige-nação. Embora secular e habitualmente

    praticada no Brasil, a ideia de misturar

    as raças nunca foi muito bem aceita pe-los imigrantes da região. Por isso mesmo,

    eles se entendiam, mas raramente se

    misturavam. E esta característica 

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    Na praça central, inuências

    austríacas, alemãs e italianas.

    No Parque Lindendorf, os visitantes podem

    apreciar músicas típicas tirolesas.

    acabou por marcar profundamente a

    cultura e o "jeito" da cidade que pas-sou a ter um pouco de cada uma des-

    sas culturas.

    A maior parte dos imigrantes foi com-posta por tiroleses austríacos. E eles

    foram, naturalmente, impondo suascaracterísticas mais marcantes. Inclu-sive, logo nos primeiros anos, trata-

    ram, para preservar a cultura, e não

    esquecer as tradições da terra natal,

    de promover a "Tirolerfest", uma au-têntica festa tirolesa que se mantém

    até os dias de hoje e virou, claro, atra-

    ção da cidade. A festa acontece sem-pre no mês de outubro, perto do dia 13

    (aniversário da cidade) e dura nove

    dias. O povo da cidade não gosta de ad-

    mitir, mas, convenhamos, tem algumasemelhança com a Oktoberfest. Afinal

    de contas o evento inclui desfiles, ban-

    das tradicionais, corais, danças folcló-ricas e, o mais importante, a passagem

    do "bierwagem", um "carro de cerveja"que distribui a bebida a todos os festei-ros.

    Aliás, se estamos falando de uma ci-

    dade genuinamente tirolesa, vale desta-

    que para a cerveja artesanal produzidalocalmente. Até porque, quem não vi-

    sita o município nos festeiros dias de

    outubro, tem como se regalar com ou-tras atrações. Lembrando, a cidade é

    muito pequena. Tem apenas dez mil

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    habitantes (contando a população do

    campo), portanto, tudo fica perto. E é otípico lugar que, de tanta hospitalidade,

    vale mais a pena perguntar pelas atra-

    ções do que tentar achar no mapa. Issomesmo, se você se animar a visitar

    Treze Tílias, não procure nada no

    mapa. Dispense o GPS. Guarde as dicasque aqui passamos e pratique o salutar

    hábito de parar para perguntar onde é

    este ou aquele lugar. Por exemplo, pareseu carro na avenida principal, desça

    um pouco e pergunte para qualquer umonde fica a Cervajaria Bierbaum. E eles

    vão te explicar com muita presteza. Enem precisa decorar nome de rua (mui-

    tas em alemão), basta seguir o tradicio-

    nal padrão de indicação das cidadespequenas: "siga direto, dobre a segunda

    quadra e tu chega lá". É assim que fun-

    ciona e, pode confiar, dá muito certo.Por isso mesmo visite esta cervejaria

    que é a primeira microcervejaria do

    oeste catarinense e produz cerveja ar-tesanal respeitando receitas tirolesas

    seculares. Dizem eles ser a mais sabo-

    rosa cerveja artesanal do Brasil, e,

    como não tem nenhum concurso paraoficialmente provar isso, recomenda-

    mos que seja feita a degustação. Mas

    garantimos: quem gosta de cerveja vaise surpreender. É muito boa!

    Outro lugar que deve ser visitado é o

    Parque Lindendorf, que é particular,possui 45 mil metros quadrados, e fun-

    ciona como um guardião das tradições

    tirolesas. Os proprietários fazem ques-tão de receber os visitantes vestidos à

    caráter (com a tradicional indumentá-

    ria secular do tirolês austríaco). Além

    de tudo há uma réplica perfeita de toda

    cidade em miniatura, um trabalho arte-sanal minucioso e o típico restauranteque se orgulha de servir o melhor "ap-

    felstrudel" do Brasil. Mas você pode di-

    zer do jeito alemão mesmo, que, por

    incrível que pareça, é uma simplifica-

    ção: strudel. Contudo os tiroleses de

    Treze Tílias tratam logo de explicar que

    o doce, embora muito conhecido na

    Alemanha, foi criado em Viena.

    Outra dica, e certamente esta atração

    nem precisa perguntar, uma vez que é

    possível avistá-la de qualquer ponto , é

    uma visita ao "Castelinho", uma obra

    arquitetônica erguida em 1936 (três

    anos após a fundação da cidade), a

    mando do fundador, Andreas Thaler.

    Claro que foi a moradia do mais ilustre

    personagem da cidade. A cor ocre e os

    tijolinhos aparentes são marca regis-

    trada e se destacam de toda arquitetura

    austríaca. É majestoso e imponente.

    Depois da morte do senhor Thaler, o

    local abrigou a prefeitura e, agora, com

    a prefeitura em sede nova e moderna, o"Castelinho", como é carinhosamente

    conhecido dos moradores, passou a ser

    vel fazer uma viagem tranquila em

    cinco horas. O caminho mais recomen-dável é seguir pela BR 116 até Curitiba-

    nos e, de lá, pela SC 470, sentido Joa-çaba. A estrada é muito boa, e segura,em toda extensão. Embora muito visi-

    tada por catarinenses e, inclusive, ale-

    mães, italianos e austríacos, a cidade

    ainda não consta na rota de muitos tu-ristas brasileiros que visitam as tradi-

    cionais cidades germânicas de Santa

    Catarina. Portanto, se procura umaatração diferente, charmosa e ainda

    pouco conhecida, inclua Treze Tílias

    entre suas opções.

    o Museu Municipal Andreas Thaler, e

    lá é possível fazer uma viagem no tempo

    ao ver os pertences e entender os costu-

    mes dos primeiros colonizadores. Hádiversas pousadas na cidade e quatrohotéis de primeira linha que merecem

    ser citados: Treze Tilias Park Hotel,

    mais afastado do centro; Hotel Schnei-

    der, Hotel Treze Tílias e Hotel Tirol.Todos com arquitetura fiel às edifica-

    ções austríacas do Século 18.

    Treze Tílias fica no meio-oeste catari-nense e a maior cidade mais próxima

    (cerca de 40 quilômetros) é Joaçaba.

    Partindo de Curitiba, de carro, é possí-

    TURISMO

    “Castelinho”, um museu com

    a história da cidade

    O “Strudel”, doce famoso

    na Alemanha, foi inventado

    em Viena, na Áustria

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    TURISMO

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    No portal da cidade,

    toques da Alemanha,

    Áustria e Itália

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    PÓS-VENDAS

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    Segurança no aftermarket

    A vida não pode parar, principalmente

    para quem precisa utilizar ônibus dia-

    riamente para estudar ou trabalhar. Deuma forma direta, mas “invisível” aos

    olhos dos usuários, a ZF Services trouxe

    neste ano muitas melhorias em seus ti-rantes de barra estabilizadora Lemför-

    der 30930 01 e 30931 01, aplicados em

    chassis de ônibus urbanos e rodoviáriosda família O500 da Mercedes-Benz. A

    função do tirante é manter a barra es ta-

    bilizadora fixada à estrutura do chassi

    do ônibus, o que resulta em conforto e

    estabilidade na condução do veículo.

    Produzido com tecnologia exclusiva da

    ZF, o novo tirante entrega mais resis-tência às operações diárias de trans-

    porte urbano e rodoviário de passagei-

    ros, aumentando a produtividade e re-duzindo os custos de manutenção de

    frotistas. A novidade já é fornecida

    para a Mercedes-Benz e está sendo co-

    mercializada nos distribuidores de pro-

    dutos Lemförder em todo o Brasil.

    Após a Engenharia da ZF estudar solu-

    ções que elevassem o desempenho docomponente, o novo tirante foi testado

    em frotistas no Nordeste entre os me-

    ses de fevereiro e agosto de 2012. Oacompanhamento diário das operações

    comprovou que o tirante Lemförder

    Tecnologia exclusiva da ZF oferece maior durabilidade, segurança e conforto na

    condução de ônibus urbanos e rodoviários.

    PÓS-VENDAS

    estava em perfeito estado de conserva-

    ção após a média de 95.000 quilôme-tros de uso.

    A solução trouxe uma saída para o po-sicionamento do componente no veí-

    culo (próximo às rodas e exposto em

    direção ao solo). O tirante costuma ser

    atingido por pedras, o que danifica suacapa e consequentemente permite a

    penetração de água e impurezas diver-

    sas, que, misturadas com a graxa, ge-ram o desgaste prematuro da articula-

    ção. Essa característica da aplicação

    demandou um produto mais durável e

    resistente à severidade do seu uso.

    Diferenciais técnicos  - O novo ti-rante apresenta terminais onde oconjunto de mola convencional foi

    substituído por uma articulação em

    metal-borracha que reduz o atrito,

    diminui o calor interno, corrige des-gastes iniciais e aumenta a vida útil

    do sistema. Esta é uma solução ex-

    clusiva da ZF. Outra modificaçãogerada pelo desenvolvimento da ZF

    ocorreu na parte interna da esfera

    do pino do tirante, usando uma es -

    fera de maior diâmetro. Esta modi-ficação torna o produto mais ro-

    busto e reforçado, permitindo seufuncionamento mesmo em condi-ções severas.

    A capa de proteção do tirante tam-

    bém passou por modificações: comum composto diferente do usado

    anteriormente, tornou-se mais re-

    sistente à ação de pedras, água,terra e impurezas vindas do solo

    que diminuíam a vida útil da peça.

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    PESQUISA

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    presidente do Investe SP, Luciano Al-

    meida, o vice-presidente para Assuntos

    Corporativos da Bayer, Christian Loh-bauer, o diretor de inovação da BRAS-

    KEM, Luis Fernando Cassinelli e o di-retor de inovação da CNI, Paulo Mól.

    A ZF também integra o Innovation

    Board da AHK, um grupo forma