Revista Espiritismo e Ciência - Nº5 - Obsessores - Uma batalha de luz e trevas

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Na maioria das vezes, estão tão cansados e vivem há tanto tempo nessa condição que não sabemmais como caminhar em direção ao esclarecimento e à Luz de Deus, necessitando assim de toda ajudaque lhes possa ser fornecida.

É fácil para nós imaginarmos o surgimento de tais obsessões pelo caminho do ódio. Afinal, sabemos doque os homens são capazes quando tomados pela raiva descontrolada; mas também surgem

obsessões, até mais graves, em virtude do amor. O amor gera correntes que, unidas a outrossentimentos (egoísmo, apego, carência afetiva intensa, falta de auto-estima), podem produzir obsessões.

A revolta, a dor, a raiva, podem mudar a energia do amor; basta que exista um grande apegoalimentado por um forte egoísmo, gerado num coração que viva uma grande carência, e teremos umespírito que sentirá uma grande dificuldade de se separar dos entes queridos.

Como o amor e o ódio estão separados por uma barreira quase imperceptível, em algumasoportunidades, imaginamos que um espírito está com ódio, quando, na verdade, ele pode estar escondendo a dor de um amor não correspondido; ou até mesmo pode ser uma entidade que ainda

quer manter o apego que tinha em vida, agindo de forma a manter a outra pessoa presa ao círculo desentimentos que demonstrava quando o espírito estava encarnado.

De todas as formas de obsessão, a gerada pelo amor é a pior de todas, pois aquele que ama sequer pode imaginar ou aceitar que, na verdade, está atrapalhando seus entes queridos. Ele acredita estar ajudando-os, supondo que não poderiam viver sem sua presença e auxílio.

A relação entre o obsessor e suas vítimas é variada e segue por caminhos tortuosos, mas queinevitavelmente levam à degradação física e moral do obsedado, o que, por fim, pode levar à "vitória"do espírito obsessor. Entre as formas conhecidas de obsessão, vamos a seguir analisar as maneirasde ataque.

O Ataque das Trevas

Partindo do que observamos até o momento, percebemos que as obsessões são as ações queinfluenciam os vivos, estimulando reações e semeando a discórdia e o ódio, nascido da força exercidapelos espíritos inferiores. Eles influenciam maleficamente, como os demônios das histórias bíblicas, eassim como ocorre nessas histórias, as formas do obsessor atuar também são sutis e intangíveis, e sóapós muito tempo é que se tomam evidentes. Mas podemos dividi-Ias da seguinte forma:

Obsessão Simples

O espírito obsesso por meio da sua vontade, motivado pelos mais diversos sentimentos, exerce umapersistência férrea, tenaz, influenciando em todas as áreas da vida de sua vítima, provocando a ira depessoas próximas, atrapalhando seus relacionamentos, atuando por meio de sugestões depensamento que vão contra a forma habitual da vítima agir.

Na maior parte das vezes, com o auxílio da auto-análise e do bom-senso, a vítima afasta essespensamentos "ruins" e retoma o controle da sua vida. E quando esse tipo de ataque é detectado, cabeao obsedado confiar no caminho espiritual e fazer sua vida um exemplo de luz e de dedicação pessoal,pois dessa forma afasta a chance de novos ataques. Procurando praticar o bem, ele estará pautandosua vida de acordo com os ditames dos grandes mestres e livrando-se da ação do obsessor.

Fascinação

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Esse tipo de obsessão é das mais difíceis de quebrar, isso porque a vítima não acredita que está sobefeito de qualquer força negativa. Na verdade, algumas vezes, ela julga que é a única que não estáobsedada, enquanto todos à sua volta estariam.

Nesse caso, o espírito obsessor vai se inserindo discretamente e ganhando espaço na vida doobsedado; como uma planta daninha, vai se enraizando, plantando desconfianças e medos, manias e

desejos, até o ponto em que se instala definitivamente. A pessoa estará de tal forma envolvida quequase se forma uma simbiose psíquica que, caso se concretize, tomará ainda mais complexa asituação.

Nesse caso, o bom senso e a autocrítica se esvaem e a pessoa precisa de uma intensa ajudaespiritual, do mais alto nível, para superar o assédio dessa força maligna. Às vezes, a obsessão leva adelírios nos quais o obsedado acredita ser uma pessoa com uma "missão divina", e pode até perder arazão, tornando-se um esquizofrênico, afastando-se do convívio social e, com o tempo, precisando deajuda psiquiátrica.

Subjugação

É uma forma de obsessão na qual a vítima encarnada está sob domínio completo de uma forçadesencarnada. Quando esse tipo de obsessão ocorre, vemos a pessoa apática como se estivessesonâmbula, tendo vontades que estão em desacordo com sua personalidade, e até afastando pessoaspróximas que a critiquem ou que questionem suas "novas" atitudes.

O espírito obsessor não toma o lugar do espírito encarnado no corpo do obsedado. O que ocorre é umasupressão da vontade da vítima, por meio da supremacia da vontade do obsessor. Embora sejafacilmente detectável, a sua cura exige uma mudança vibracional no obsedado, o que envolve umagrande disciplina moral e a aproximação aos ensinamentos e dogmas da Doutrina Espírita, de formaque leve o espírito obsessor a compreender sua falta e buscar o caminho da Luz Divina.

Auto-Obsessão

Mas ainda existem aqueles que, mesmo desencarnados, estão obsedados; e o pior, por eles mesmos.Tais espíritos acreditam serem pessoas sem valor e não se perdoam pelos" erros" que acreditam teremcometido em vida.

Eles acham que jamais poderão receber a Luz Divina e reingressar na via reencarnatória, pois estãopresos a uma neurose espiritual tão intensa que os cega a tudo à sua volta. Em grande parte dasvezes, infligem a si mesmos os mais diversos castigos e, mesmo quando recebem a ajuda de outrosespíritos e das almas iluminadas, eles argumentam que seus crimes são imperdoáveis e anseiam por "castigos" que possam "purificá-los". Vivem acreditando que são indignos de qualquer perdão.

Mas a Luz Cura

Não existe como tratar a obsessão sem o apoio e o interesse de todas as pessoas envolvidas no caso.É necessário o envolvimento espiritual e pessoal para que tanto o obsessor quanto o obsedado sevejam livres das amarras que os prendem, de forma a alcançarem a luz e a liberdade.

Como a obsessão é um processo com profundas raízes espirituais, é preciso tomar cuidado e não agir solitariamente para debelar o problema. É sempre necessária a presença de um grupo considerável de

médiuns, e o tratamento deve ser feito de preferência em um centro espírita ou outro localespecializado nas práticas de curas espirituais.

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A reunião para tratar tais casos tem características específicas, pois todos os esforços devem ser coordenados e deve-se agir com um grande senso de solidariedade e compaixão. Antes de começar otrabalho, é necessário definir o foco que será seguido, e todos deverão exercitar sua força de vontadede forma a que formem um só feixe de energia e de Luz Divina. O obsedado deverá ser assistido compráticas espirituais diárias, que sejam instrutivas e que lhe dêem um forte alicerce. Além disso, deverápraticar atos sadios e desenvolver novamente a sua força de vontade, quebrando as amarras e

correntes que foram forjadas no universo espiritual.

A prece, mesmo que seja uma oração pessoal e singela, é de grande valor na prática da cura daobsessão. Ela deve ser acompanhada por meditações e pelo aprofundamento da vítima nos assuntosespirituais, pois isso lhe dará os recursos necessários para ir além e renascer para uma vida plena elivre das vontades obsessoras.

Deve ser dada igualmente uma especial atenção ao ambiente e ao lar do obsedado, o qual deve ser limpo das manifestações dos espíritos baixos, pois eles se manifestam com mais facilidade emambientes sujos, malcuidados e com grande quantidade de energia negativa estagnada. Para melhorar esses ambientes é preciso livrar-se de plantas velhas e doentes, de coisas quebradas, e deixar o ar 

ventilar em todos os cômodos, além de sempre fazer orações e preces em todos os locais da casaonde se sinta a presença de forças obsessoras.

A família é uma grande chave para a cura da obsessão. É ela que toma possível a recuperação doobsedado, que fortalece a vítima por meio da infinita energia do amor e lhe dá a chance de recuperar ocontrole sobre sua vida. Recomenda-se a todos seguirem a prática espiritual da prece e a leitura dematerial espiritual inspira dor. Dessa forma, cria-se uma corrente fluí dica positiva em torno de todos,gerando a elevação da freqüência vibracional dos espíritos em volta das pessoas que estão imersas nasituação; assim, elas recebem cada vez mais força e energia desses espíritos iluminados, gerando umcírculo virtuoso e próspero de amor e luz.

O processo obsessivo possui sempre raízes profundas, e a melhora do estado obsessivo varia emcada caso. Algumas vezes, não notamos sinais de melhora, pois cremos que tudo deve ser instantâneo, como se fosse um remédio engolido às pressas para uma dor de cabeça. Depois, quandose vê que a cura demandará semanas, e não dias, abandonam-se as práticas e surge a descrençaquanto à eficácia da cura, buscando outros recursos para se ver livre do obsessor. Mas, não raro, taiscaminhos apenas levam a mais dor e problemas.

A perseverança é a ferramenta principal para a libertação do obsedado, e ela é necessária para seguir o tratamento e atingir os objetivos e metas da plenitude, da paz e da liberdade. A Bondade Divinaatende a todos mediante o empenho de cada pessoa, que ela comunica ao universo, por meio de suasações e dedicação, os caminhos e "atalhos" que lhe surgem à frente.

Além do que vimos anteriormente, existe uma ferramenta que é um dos recursos heróicos no combateà obsessão: é a chamada sessão de desobsessão. Essa sessão deve ser usada em casos extremos,quando tudo já foi tentado sem resultado e, pelos caminhos da humildade e da fé, mostra-senecessário ajudar alguém que sofre de tal mal.

Para tal é necessária a presença de um grupo de médiuns seguros, que exercitem a doutrina em todosos instantes de sua vida. Para o sucesso da sessão é preciso a tutela de um orientador que possuagrande autoridade e uma intensa força de vontade, inabalável crença na Força Divina, a fim de sedirigir aos espíritos obsessores. Ele deve ser conhecedor do assunto, com prática e facilidade para

expor a doutrina, e suas ações devem sempre ser o reflexo de suas palavras, não agindo comhipocrisia e tampouco se deixando levar pelo orgulho, pois ambas se tornam fissuras que prejudicam otrabalho espiritual da desobsessão.

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 Durante a sessão, ele deve agir procurando orientar, ensinar e esclarecer o obsessor quanto aos malesque está praticando. Enquanto isso, todos os médiuns deverão se unir em um só coro espiritual de luze oração.

Nessas reuniões - que devem ser feitas com um extremo cuidado e com preparo consciente por parte

de todos - o obsedado não deverá estar presente, ficando em sua casa em meio a preces, leituras oumeditação, para auxiliar o trabalho. E a sessão deverá ser repetida ou retomada enquanto for necessário.

Concluída a conversão do obsessor, o ex-obsedado deve ser esclarecido quanto à necessidade demodificar os padrões de vida que o levaram àquela situação. Deve ser dito a ele tudo o que fez e queprovocou tamanho caos. Não devemos poupar a pessoa, seja por sua sensibilidade ou por questõespessoais, pois assim estaríamos impedindo-a de crescer e evoluir espiritualmente.

Para evitar uma recaída, ele também deverá manter a disciplina desenvolvida durante a desobsessão,reforçando as suas defesas morais e espirituais, não deixando de tomar cuidado com suas ações e

palavras, a fim de enriquecer sua vida espiritual e deixar as baixas vibrações para trás.