Revista Estilo Damha Nº 13 - Novembro / Dezembro 2014

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Suzana Pires: Talento sem fronteiras / Gastronomia: Ideias de ceias práticas e saborosas para o Natal / Automóveis: BMW inaugura a era do carro 100% elétrico no Brasil / Cultura: Thiago Lacerda: Sem rótulos, sem censura.

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Daniele GloboEditora Chefe

Thatiana MilosoEditora Assistente

Edson SuguiharaNicole Thomaso

Assistentes

Fotos: Alex Souza, Alexandra Teles, Beto Ambrosio, Carlos Silveira, Claudio Gatti, Claudio Paulino, Décio Jr, Edgard Cesar, Genilson

Pessanha, Henrique Santos, Juan Cogo, Juliana Santos, J.R. Duran, Lia Beltrão, Lilia Campos, Marcelo Correa, Marcelo Moriyama, Márcia Fernandes, Maurício Motta, Noite D+, Oswaldo L. Palermo, PãoToGo, Sergio Kira, Thatiana Miloso, Thays Melchior, Thiago Ramalho, Zeca

Resendes e WikiArt

Textos: Alex Souza, Daniele Globo, Décio Junior, Dirlene Ribeiro Martins, Henrique Fruet, Izabelle Mendonça, Lilia Campos, Marcelo

Moriyama, Maysa Rodrigues, Nicole Thomaso, Thatiana Miloso, Thiago Gomes

Revisão: Dirlene Ribeiro Martins

Tiragem: 22.000 unidades

Foto Capa: Cláudio Gatti

Diretores e GerentesAkira Wakai

André MenesAndreia Barbon

Caio CondiCarlos Eduardo Freire

Edílson GonçalvesFernanda Toledo

Francisco Ivo PradoLeandro Gonçalves

Nelio GalvãoVitor Knop

SELO FSC

Quem somos? A Estilo Damha é a revista institucional da Damha Urbaniza-dora, empresa criada em 1979 com a proposta de apresen-tar um padrão diferenciado de moradia aos seus clientes, unindo infraestrutura qualificada e respeito às normas am-bientais. Em seus 35 anos de atuação, a empresa já lançou 70 empreendimentos em nove estados brasileiros e possui mais de 22 milhões de m² urbanizados e 26 mil lotes co-mercializados.

Em 2013, a Damha Urbanizadora obteve um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 700 milhões. O landbank da urbaniza-dora possui área vendável estimada em aproximadamente 20 milhões de m², que representam um VGV potencial su-perior a R$ 7 bilhões. Atualmente, são 39 projetos em anda-mento em 13 estados do País.

A Damha Urbanizadora é uma empresa do Grupo Encalso Damha, conglomerado fundado em 1964 que atua nos se-guintes segmentos: Engenharia Civil, Agronegócios, Shop-ping Center, Concessão de Rodovias, Energia e Empreendi-mentos Imobiliários.

Auditado pela

São Carlos (SP) - Fone (16) 3413 4637

Damha nas redes sociais

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Confira também a Revista Estilo Damha em:issuu.com/damhaurbanizadora

Fale conosco ! Queremos saber o que você pensa sobre a Estilo Damha

Nossa equipeexpediente

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traz. Refinar, recortar e deixar o texto final o mais agradável possível pra você.

Em Cidades, trouxemos o cotidiano de São Carlos (SP) – um dos lugares mais significativos na trajetória da Da-mha Urbanizadora e onde temos os empreendimentos mais peculiares da empresa: os Parques Eco Esportivo e Eco Tecnológico Damha. Nossa Capa é uma talentosa atriz e diretora de novelas, além de ser uma mulher linda, inte-ligente e espirituosa como só ela. Suzana Pires encanta e nos lembra de como é bom ter uma mulher assim com quem falar a sério, ou não!

As festas de final de ano não poderiam ficar de fora desta edição especial. Tem dicas de ceias deliciosas, mas que não desperdiçam tempo nem dinheiro, em Gastro-nomia. Tem ideias criativas de presentes para mulheres, homens e para sua casa, na Coluna Eu Quero. E tem uma entrevista descontraída com o galã e golfista Marcos Pas-quim em Cultura.

Acho que a ideia é esta: ser leve. No próximo ano, nos próximos dias, nos próximos meses... na vida. Seja leve. A pior coisa que poderia me acontecer – sempre penso nisso em cada momento decisivo ou de balanço como este de que falei aqui no início – seria chegar à mesma conclusão que a música “Epitáfio”, dos Titãs. Que eu poderia ter vivido mais, se tivesse feito menos. Não deixe que isso aconteça com você. Viva mais. Neste e em outros Natais.

EPITÁFIO - TITÃS(...) Devia ter complicado menos, trabalhado

menos, ter visto o sol se pôrDevia ter me importado menos com proble-

mas pequenos, ter morrido de amorQueria ter aceitado a vida como ela é, a cada

um cabe alegrias e a tristeza que vier

Estamos chegando ao final de mais um ano, época em que paramos para somar os acontecimentos que foram importantes em nossa trajetória, os sonhos realizados e outros adiados. Refletir so-

bre os acontecimentos da jornada e poder avaliar, no final, qual foi o saldo. Não precisa ser Natal ou Ano Novo para isso (mesmo que sempre acabemos repetindo mode-los nessa época), pois o importante, sempre, é perceber quando uma etapa da vida acabou. Encerre ciclos, feche portas ou finalize capítulos, como queira chamar, o impor-tante é saber que os momentos da vida, bons ou ruins, foram concluídos.

Então, aproveite este momento e faça isso. Apenas concluindo etapas, seja no trabalho, nos relacionamen-tos, pessoal ou espiritual, é que podemos seguir adiante. Pois, melhor do que a sensação de dever cumprido, é a certeza de que um mundo de novas oportunidades se abre. A maioria desses ciclos, quando fechados, nos traz a oportunidade de ampliar nossos horizontes. Afinal, não podemos estar no presente se permanecemos com saudades do passado.

Nós, da Estilo Damha, encerramos este ano com a cer-teza de que estamos no caminho certo. Solidificando um sonho e tornando a revista parte do dia a dia dos leitores. Algo a ser aguardado com ansiedade, uma leitura confiá-vel, uma distração no fim do dia, uma fonte de informação segura, enfim, estamos chegando lá. Para isso, foi neces-sário muito trabalho, alinhar a equipe, aparar sonhos e estar sempre antenado com tudo o que acontece a nossa volta.

E nesta edição não foi diferente. Toda reunião de pauta é uma festa e uma contenda ao mesmo tempo. Todo mun-do falando, querendo que suas ideias se transformem em lindas matérias, defendendo seus personagens e histórias. A mim cabe a difícil tarefa de escolher entre as inúmeras e criativas sugestões que minha supertalentosa equipe me

A VOCÊ CABE ALEGRIAS OU TRISTEZAS?

Daniele GloboEditora

Daniele Globoeditorial

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Coluna Automóveis:A era do carro elétrico no Brasil

Coluna Comportamento:Otimismo E Ressignificação

Coluna Ser Mãe:Baby blues: a tristezinha pós-parto

Viagem do leitor:Patagônia

Entrevista:Eduardo D4mon3

Varal Cultural:O que vem por aí

Coluna Etiqueta:Os seis segundos cruciais

Faça o Bem:Instituto Náutico Paraty

Coluna Condomínio:Casa-grande & senzala

Damha News:Tudo que acontece na Damha Urbanizadora

Eu Quero:Presentes para o Natal

Mercado:Carreira

Cultura:Thiago Lacerda

Arquitetura:Casa Cor Brasília

Coluna moda:Bolsas: a cereja do bolo

Negócios:Franquias

Aventura:Expedição América Latina

Coluna Economia:E se falássemos sobre dinheiro?

Especial Capa:Suzana Pires

Cidades:São Carlos

Gastronomia:Ceia de Natal

Coluna Gastronomia:Gosto se discute, sim!

Saúde e Beleza:Saúde ao ar livre

Coluna Coaching:O poder das escolhas

Turismo:Fernando de Noronha

Comportamento:Sem medo da solidão

Perfil:João de Oliveira

My Pet:Malhe com seu cão!

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Confira nesta ediçãoíndice

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“Gostei muito da reportagem sobre a banda IRA!, publicada na edição 12. Fazer uma matéria bem legal com uma banda de rock nacional, sem ser especializada em música... ponto para a revista! Também gostei muito da entrevista com o Carlos Moreno, pois tenho um caso de Alzheimer na família e fiquei surpreso com o engajamento do ar-tista nesta causa. Parabéns e continuem com essa preocupação com o conteúdo da revista.”Fabiano Castilho – Educador e Músico, São Carlos (SP)

“Parabéns a todos os envolvidos na produção da Estilo Damha, a re-vista está cada vez melhor. O cuidado com os temas, a abordagem ampla e a qualidade do material mudou minha concepção sobre marketing institucional. Parabéns, que vocês continuem fazendo um trabalho bonito e delicioso de ler!”Mathias Olmeyer - Coordenador de Projetos, Brasília (DF)

“Só conheci agora a revista, mas achei a última edição linda, muito bem cuidada. Tenho um Café em Canela (RS), que vende e aluga li-vros, então, adorei a ideia proposta pelo BookCrossing de colocar ‘um livro para viajar’.”Priscila Fontes Matos – Comerciante, Canela (RS)

“Quando decidi que iria adotar um filho de quatro patas (sim, filho), imaginei na época que seria eu quem escolheria o cão-zinho. Engano meu... na verdade, foi a Mel quem nos escolheu. Quando fomos fazer a adoção, ela sabia exatamente que havia chegado sua vez. Pulou nas pernas da minha filhinha sem ceri-mônias e naquele momento entendemos o sinal. Foram 11 anos de um amor incondicional, alegrias, companheirismo e algumas preocupações, já que durante os últimos 5 anos ela sofreu com uma doença que a deixou totalmente dependente. Só podemos agradecer-lhe por ter nos escolhido como família. Foi um enor-me privilégio tê-la ao nosso lado e, com certeza, ela será sempre lembrada e amada. Mel, que teve seu momento de estrela nas páginas da Estilo Damha no concurso fotográfico da edição 10, agora é uma estrelinha linda no céu.”Olga Ferrarin - Projetista de Arquitetura, São Carlos (SP)

“Trabalho há algum tempo como cuidadora de idosos e comprovo todo dia o que foi colocado na matéria (‘Como Você Quer Estar Daqui a Alguns Anos’). A gente tem que se preparar desde cedo se quiser envelhecer bem.”Adriana Marchezini Toledo – Enfermeira, São Paulo (SP)

Gostou? Tem sugestões? Envie para [email protected]ão dos leitores

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São Carloscidades

Texto: Décio Junior

Localizada a 230 km da capital paulista, a cidade de São Car-los nasceu com o ciclo do café, que ganhou força na metade do século XIX com a chegada dos imigrantes alemães e ita-lianos. O poderio dos grandes produtores foi estampado em

casarões que começaram a formar a Vila de São Carlos do Pinhal – homenagem ao santo de devoção da família Arruda Botelho, donos da Sesmaria do Pinhal –, que logo ganhou sua ferrovia e sua estação.

A força dos são-carlenses é evidente desde o início de sua histó-ria. Com a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, a cidade driblou a crise e fortaleceu sua economia com a indústria e o comércio.

A cidade também passou a investir em educação e conseguiu consolidar importantes centros educacionais, sementes que dão fru-tos até hoje. Com um pesquisador-doutor para cada 180 habitantes, a cidade ganhou o título de Capital Nacional da Tecnologia, conferido oficialmente pela Presidência da República em outubro de 2011.

Cidade universitária de economia forte, povoada por gente bonita e rodeada por uma natureza exuberante, São Carlos oferece possibi-lidades infinitas para quem quer ficar ou mesmo para aqueles que só estão de passagem.

São CarloS. PASSAdO COLOnIAL. PRESEnTE TECnOLóGICO. FUTURO PROmISSOR.

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Um passado de riquezas e glórias

O altar da igreja guarda detalhes do artista austríaco Karl H. Untenberg

A Fazenda do Pinhal - célula mater da cidade de São Carlos

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No Brasil, são poucas as cidades que ainda pre-servam com tanto zelo o local de sua origem. Na região central do Estado de São Paulo, a Sesmaria do Pinhal – hoje conhecida como

Fazenda do Pinhal – é a célula mater de uma cidade que nasceu com as riquezas do café, desenvolveu-se com a implantação da ferrovia e se fortaleceu economi-camente no período industrial. Sob responsabilidade da Associação Pró Casa do Pinhal, instituída há 24 anos, a fazenda, que hoje se encontra em fase de restauração, preserva um conjunto arquitetônico do início do século XIX, com detalhes coloniais presentes na casa sede, na

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senzala e até mesmo no terreiro de café, protegido por enormes palmeiras imperiais.

Quem visitar a fazenda vai perceber que o local tam-bém guarda um importante acervo mobiliário da época, além da capela que preserva a imagem de São Carlos Borromeu, santo de devoção trazido pelo patriarca da família, Antônio Carlos de Arruda Botelho, e que pos-teriormente deu nome à cidade. Por conta da grande quantidade de araucárias que existiam nessas terras, a Sesmaria era chamada de Pinhal, que depois passou a incorporar também o nome da cidade: São Carlos do Pinhal.

Fundada em 4 de novembro de 1857, São Carlos do Pinhal se tornou referência política e econômica no Es-tado de São Paulo e no Brasil em 1884, com a chegada da ferrovia, que foi valorizada com a construção de sua estação ferroviária em 1908. Com o trem chegaram os Correios, Telégrafos e os materiais básicos de infraes-trutura para a construção das primeiras casas. Dentre elas, o Palacete do Conde do Pinhal, edifício que até hoje preserva as características do século XIX.

Ao lado da estação, formou-se a Vila dos Ferroviários, que deu origem a um dos bairros mais tradicionais da cidade, a Vila Prado. Como referência, a Igreja de Santo Antônio de Pádua, com sua imponente torre que abriga dois sinos (com tom de Mi de 100 kg e de Dó, que pesa 223 kg) e um altar projetado pelo artista austríaco Karl Hartwig Unterberg.

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A fênix paulista

A Capital nacional da Tecnologia

Indústrias Giometti foram pioneiras na industrialização da cidade

Antigo prédio da Escola Dante Alighieri é hoje um Centro de Divulgação Científica da USP

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ção Com a crise de 1929, os imigrantes italianos dei-

xaram as lavouras e foram trabalhar na cidade. Para driblar o desemprego, muitos se arris-caram no comércio, mas foi na indústria, que

passou a se fortalecer no período pós-crise, que muitos deles conseguiram se reerguer e ajudar a recuperar a economia do município.

A primeira indústria foi a fábrica de tecidos, uma das maiores do interior, que hoje não existe mais. Depois dela surgiu a S.A. Indústrias Giometti, que passou a ser a segun-da maior empregadora da cidade e que até hoje resiste às variações da economia fabricando peneira, tela e prego.

Atualmente, a cidade conta com plantas de grandes nomes da economia, como Faber-Castell, Volkswagen, Electrolux, Latina, Tecumseh, Tapetes São Carlos, entre outros.

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Desde o século XIX, São Carlos é conhecida tam-bém por seu potencial acadêmico, que ganhou fama com a Escola Dante Alighieri, a centená-ria Escola Normal (Instituto de Educação Doutor

Álvaro Guião) e a Escola de Engenharia, incorporada pela Universidade de São Paulo (USP) na segunda metade do século passado. Por isso é chamada de “Atenas Paulista”.

No início da década de 1970 também foi instalada na cidade a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que trouxe para o Brasil e para a América Latina o primeiro cur-so de Engenharia de Materiais, considerado hoje um dos melhores do país.

Fortalecida com dois centros de pesquisas da Em-brapa, São Carlos passou a manter em suas terras jo-vens pesquisadores egressos das duas principais uni-versidades que, motivados pelo espírito empreendedor e pelo apoio acadêmico, construíram mais de cem em-presas de base tecnológica, gerando emprego e desen-volvimento do conhecimento científico. Esse potencial intelectual que o município agrega faz com que a cida-de registre hoje um pesquisador-doutor para cada 135 habitantes, o que ajudou a cidade ser reconhecida em 2011, pela Presidência da República, como a Capital Na-cional da Tecnologia.

Alta tecnologia faz São Carlos se destacar no cenário nacional

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Uma cidade com potencial aeronáutico

Gastronomia

Com a chegada da empresa aérea TAM, que no início dos anos 2000 montou aqui seu centro de manutenção de aeronaves (TAM MRO), São Carlos passou a ancorar a formação do segun-

do polo aeronáutico do país, fortalecido pela implantação da fábrica de aviões da Embraer no município de Gavião Peixoto (distante 76 km).

Aproveitando seu potencial intelectual, a cidade in-vestiu também na formação e na capacitação de mão de obra especializada. A USP, que em 2004 instalou um se-gundo campus no município, passou a oferecer o primeiro

Aos apreciadores da área gastronômica, a ci-dade oferece um leque de opções para quem gosta de fazer uma refeição rápida e aprovei-tar as tradicionais lanchonetes de fast-food,

temakerias ou, quem sabe, comer uma empanada ar-gentina. Mas para quem optar por um jantar mais de-morado, a cidade oferece as tradicionais casas italianas, japonesas, árabes, mexicanas e até mesmo restauran-tes com pratos diversificados da cozinha internacional.

No Parque Eco Esportivo Damha, as refeições po-dem ser feitas no Tulha Bar e Restaurante. Com uma cozinha sofisticada, o Tulha está localizado às margens de um dos mais belos campos de golfe do Brasil.

curso civil de Engenharia Aeronáutica. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia forma tecnólogos para atuarem na área. Já o Senai oferece o curso de técnico em manutenção de aeronaves, completando, assim, toda a cadeia de formação de profissionais especializados.

A chegada da TAM fez com que São Carlos ganhas-se o maior museu mundial de aviação pertencente a uma companhia aérea. O Museu TAM é uma referência mundial para os apaixonados pela aviação e por sua história. Aqui, cada peça do acervo nos faz voar nas asas da imaginação.

Corsair em exposição no Museu TAM

Culinária japonesa: um dos destaques da cena gastronômica

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música

Lazer

Esporte

A cidade também se destaca pelas boas opções para aque-les que gostam de curtir a noite. São Carlos tem uma caracterís-tica muito peculiar de produzir bons músicos em gêneros como o samba, MPB e rock. E eles es-tão sempre presentes nos bares, fazendo um “voz e violão” nas tradicionais rodas com pandeiro e cavaquinho, e nos PUBs, apre-sentando clássicos do rock mun-dial ou mesmo trabalhos autorais.

Parque Ecológico, cachoeiras, fazendas e aventuras de jeep, motocicletas e bikes são algumas das opções para os moradores aos finais de semana. Mas, na correria do dia a dia, nada como um pedal noturno com os amigos ou uma corrida ou caminhada no Parque do Kartódromo.

São Carlos também é conhecida por sediar grandes eventos esportivos, como o Pré-olímpico de Vôlei Femi-nino, jogos da Seleção Brasileira de Futsal, Campeonato Brasileiro de Balonismo e a Volta Ciclística do Estado de São Paulo. O Parque Eco Esportivo Damha já foi palco de importantes provas de ciclismo e triathlon.

História gloriosa. Pre-sente dinâmico. Futuro promissor. Ao que pare-ce São Carlos tem uma energia que faz com que o município esteja, de algu-ma forma, em destaque. Talvez seja o carisma e a beleza dos são-carlenses. Ou a garra de seu povo que historicamente é marcada por atitudes pioneiras. Seja o que for, São Carlos é uma cidade que merece ser vi-vida e visitada.

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Noite de São Carlos tem agito garantido

Uma cidade onde a agitação começa cedo

Parque Eco Esportivo recebe provas de triathlon e ciclismo

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damha em São Carlos

Não são apenas essas características que tor-nam São Carlos um lugar especial para a Damha Urbanizadora. Foi nesta pujante cida-de que nasceu Dr. Anwar Damha, fundador do

Grupo Encalso Damha.

Como uma forma de homenagear sua terra natal, o empresário levou à cidade um dos projetos urbanísticos mais marcantes da Urbanizadora, o Parque Eco Espor-tivo Damha. Implantado em uma área de 12 milhões de m², o Parque integra sete condomínios residenciais da Urbanizadora a uma extraordinária infraestrutura de esporte, lazer e serviços, que inclui desde o Damha Golf Club (reconhecido por abrigar um dos melhores cam-pos de golfe do Brasil) à estação de serviços Damha Mall, cuja fachada lembra as estações ferroviárias an-tigas do país.

São Carlos ainda abriga o Parque Eco Tecnológico Damha, projeto pioneiro construído para acolher em-presas de alta tecnologia e reconhecido como o primeiro parque tecnológico de terceira geração do Brasil. A pro-posta do empreendimento é sair na frente no conceito de sustentabilidade empresarial, tanto que o empreen-dimento recebeu da Fundação Vanzolini o selo francês AQUA, relembra as antigas estações ferroviárias do país.

E os planos da Damha para a cidade não param. Uma parceria de sucesso só poderia render um futuro promissor.

Parque Eco Esportivo: um refúgio do complexo Damha

Damha Mall preserva detalhes históricos de uma antiga estação ferroviária

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Suzana Piresespecial capa

AS VáRIAS FACES dE SUZAnA PIRES

Mulher de vários talentos, ela é dona de dois contratos exclusivos com a Rede Globo: como atriz e como autora. À Estilo Damha, ela fala da emoção em receber um prêmio em Los Angeles, conta sobre a nova minissérie que está escrevendo ao lado de Walther Negrão e revela seus planos para o cinema, TV e Carnaval do Rio e de São Paulo

Texto: Daniele GloboFotos: Claudio GattiStyling: Rodrigo PolackBeleza: Carol Almeida Prada

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Suzana Piresespecial capa

2014. Festival de Cinema de Los Angeles. Uma das mais importantes premiações do cinema brasileiro, presidido pelo cineasta e diretor de fotografia Affonso Beato, que no currículo leva

créditos em filmes como Noites de Tormenta, de Geor-ge C. Wolfe, estrelado por Richard Gere e Diane Lane, e Tudo Sobre Minha Mãe, de Pedro Almodóvar. É ele quem anuncia o prêmio de melhor atriz do ano: Suzana Pires, por A Grande Vitória, dirigido por Stefano Capuzzi e pro-

duzido por Fernando Meirelles. A atriz está na plateia, e sua primeira reação é perguntar à empresária: “Ele cha-mou meu nome?”. Sim, chamou. Ela, então, se levanta e recebe seu primeiro prêmio internacional em Hollywood, no berço das maiores e melhores produções cinema-tográficas do mundo. “É muito emocionante receber um prêmio assim, não dá para negar. Em plena Sunset Boulevard. É a coroação de um trabalho duro, de uma personagem que me entreguei para fazer. Engordei dez quilos e era uma coisa bem diferente do que eu costumo fazer. Fiquei muito feliz”, diz a atriz. O fato é que, naquele momento, Suzana sabia: não estava apenas receben-do um prêmio por um longa-metragem. Era mais um passo em sua história de sucesso, que começou aos 15 anos no teatro e em pouco tempo alcançou uma bem-

-sucedida posição no cinema e na televisão. O público sabe disso. Tanto que quem vê Su-

zana Pires na telinha – ou na telona – tem a im-pressão de que ela sempre foi famosa. “Sabe

que já me disseram isso? Não sei dizer o porquê, mas muita gente fala”, sorri. Pelo número de pessoas que pedem uma foto ao lado da atriz, não é muito difícil de ex-plicar. Além de ser uma mulher de sorri-so fácil, ela conseguiu em pouco tempo mostrar a que realmente veio. Quem não se lembra, por exemplo, da fogosa Glo-rinha, a “teúda e manteúda” do coronel Coriolano, interpretado por Ary Fontoura no remake de Gabriela? “Ai, como sou apaixonada por essa mulher. Nem acre-ditei quando o Walcyr (Carrasco) me dis-

se que eu seria a moça da janela, no dia do aniversário dele. Pensei: será que vou dar

conta?”, relembra. Deu conta com maestria. E o bordão “Fabianooo”, de sua hilária Ivonete, que vez ou outra soltava para chamar a atenção do marido, em Caras e Bocas? Inesquecível. Personagem essa, aliás, que marcou a primeira aparição da atriz em novelas e a fez cair nas graças do público. “Me dei conta disso outro dia, quando fui a uma vidraçaria em que a dona é amiga da minha mãe. Cheguei e me apresentei como a Suzana, filha da Beth. Ela riu e disse: ‘Me lem-bro de você, mas sabia que estava vindo porque toda a minha oficina parou para ver a Suzana Pires’. Morri de rir”, conta. “Foi ali que me toquei. E adoro isso.”

Em um ano dedicado ao cinema, Suzana foi recompen-sada em grande estilo: saiu vencedora do Festival de Los Angeles, com um prêmio de melhor atriz por sua atuação

em “A Grande Vitória”

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duplo contrato

Desde o começo de sua carreira nos palcos até a estreia na televisão, aos 30 anos, Su-zana sempre soube que esse era seu cami-nho na vida. “Tanto é que fiz faculdade de

filosofia na PUC do Rio de Janeiro, e lá mesmo, com a ajuda da própria universidade, passei a participar do grupo de teatro. Nunca pensei em fazer economia para o caso de algo dar errado”, enfatiza a atriz. Na infância já treinava o lado artístico vestida de Mulher Maravilha e imitando as cantoras Madonna e Rita Lee para os vizinhos. Sempre teve o apoio da família, desde que também fizesse aula de ginástica rítmica, esporte que praticou por quatro anos e ao qual deve seu corpo escultural até hoje. “Meus pais tinhas três regras para eu e minha irmã: um esporte para saber competir, aprender inglês e saber nadar”.

Cumpridas as missões, Suzana ingressou no Teatro Tablado aos 15 anos, e em alguns meses já começou a trabalhar em peças profissionais. “Era uma peça dirigida pelo Felipe Camargo, que se chamava Baile na Curva. Foi um sucesso, e desde então emendei uma atrás da ou-tra.” Mas, diferentemente de outros artistas que logo mi-gram para a televisão, Suzana preferiu continuar vivendo de teatro. “Não é porque eu não queria. É porque a minha vida fluía num lugar em que eu trabalhava de sol a sol e estava indo bem, inclusive financeiramente”, conta. Espe-cialmente depois de ter descoberto outro dom artístico e que posteriormente também lhe rendeu um contrato na Rede Globo: o lado autora. “Isso nasceu na faculdade, de-pois que eu li A Poética, de Aristóteles. Escrevia, mas não tinha a segurança que esse livro me deu. Aos 25 anos, produzi a peça De Perto Ela Não É Normal, em que o texto é meu e virou febre no Rio de Janeiro.” O espetáculo que começou no mezanino do teatro Nelson Rodrigues tam-bém rendeu a Suzana seu primeiro convite para o cinema, no filme Tropa de Elite, de José Padilha .“Não é mole viver de teatro. Mas eu vivia dessa peça. E até hoje a apresento para empresas. Foi a partir dela que todos os produtores e diretores me conheceram”, conta. Para a Rede Globo foi um passo, e hoje, aos 38 anos, Suzana é a única artista que tem duplo contrato na emissora: de atriz e autora. “É muito trabalho, mas tem que existir um equilíbrio entre as duas funções.”

Neste momento, Suzana está completamente dedicada ao processo de escrita da minissérie Dama da Noite, baseada na vida de Eny Cezarino, dona de um dos bordéis mais famosos das décadas de 1950 e 1960, na cidade de Bauru, em São Paulo, ao lado do “mestre” Walther Negrão, com quem também traba-

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lhou como coautora na novela Flor do Caribe. “A gen-te fez um longa e dividiu em quatro capítulos. Mas a Globo quer uma minissérie realmente. Então, viraram dez capítulos”, revela. “Transformar quatro em dez não é escrever mais seis. É reestruturar tudo de novo. Estamos com outro approach, tivemos que aumen-

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tar tudo, ter mais personagens, mergulhar mais nas questões internas da Eny. É mais tempo para con-tar uma história boa.” A minissérie deve estrear em 2015. “Quando você é o autor, tem que ter paciên-cia. Você escreve, depois vem o diretor e depois vem o elenco. É por etapa.” Mas Suzana avisa: desta vez

não quer atuar. “Não faço questão. Estou gostando de manter a distância entre uma coisa e outra. Minissérie é muita responsabilidade. Eu tenho uma carreira de autora e outra de atriz”, pontua. “Não estou escreven-do para mim. Estou contando uma história. E eu acho que essa é a diferença.”

No momento Suzana está focada na minissérie “A Dama da Noite”, sobre a vida de Eny Cezarino, e que ela escreve ao lado de Walther Negrão

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dedicação ao cinema

Mas e as novelas? “Por enquanto estou focada em escrever a minissérie e, depois de emen-dar uma novela em outra, quis mergulhar a fundo no cinema.” O resultado? Quatro produ-

ções que devem estrear no próximo ano. “Achei incrível porque a Globo me deixou explorar esse outro lado como atriz. Então, claro que, quando eu voltar para uma novela, vou estar mais interessante porque estou exercitada em outro lugar.” Além de A Grande Vitória, a atriz vai estrear O Casa Grande, um drama de Fellipe Barbosa apresentado no Festival de Cannes e que integra o projeto Sundance Directors Lab, coordenado por Robert Redford e para o qual Suzana é a única atriz brasileira convidada.

Ela também será uma das protagonistas da comé-dia Loucas para Casar, de Roberto Santucci, ao lado de Tatá Werneck e Ingrid Guimarães. E estará no documen-tário Para Sempre Teu, Caio Fernando Abreu, de Candé Salles, que estreou no Festival de Cinema do Rio e trata da história do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu, que

faleceu em 1996 em decorrência do vírus da AIDS e de quem Suzana foi muito próxima. “Eu conto como foi li-dar com o Caio quando já estava doente. Eu era uma atriz adolescente, fiz turnê e convivi com ele em uma época em que a doença deixava marcas. Ele tinha uma baita mancha, era muito magro, mas estava muito fe-liz”, detalha a atriz, que é muito lembrada no cinema por papéis marcantes como a icônica Ana Terra de O Tempo e o Vento, de Jayme Monjardim, e a psicóloga da polícia em Tropa de Elite, de José Padilha. “Foi a minha primei-ra oportunidade no cinema. O Padilha me chamou após o assistente dele me ver na peça De Perto Ela Não É Normal, que é uma comédia. E a cena do filme era bem dura”, relembra. “Perguntei o porquê de ele ter me es-colhido, já que uma coisa era tão diferente da outra. E ele me respondeu: ‘Porque precisava de uma atriz que encarasse o Wagner Moura nessa cena. E você é essa atriz’”, conta. “Aí fui lá e fiz. Ela dá um ‘fora’ no Capitão Nascimento e por isso foi algo bem tenso.”

O próximo filme de Suzana é “O Casa Grande”, de Fellipe Barbosa, que faz parte do projeto Sundance Directors Lab, coordenado por Robert Redford, e em que ela é a única atriz brasileira convidada

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Suzana Piresespecial capa

O teatro Suzana também prefere deixar para mais para frente. “Vou voltar, mas só daqui a alguns anos. E com um projeto bacana. Passei

15 anos sem sair de cena. Só saía no Natal. Então, me deixa explorar outros mundos”, sorri. Se tem uma pessoa, porém, que pode arrastar a atriz de volta para os palcos muito antes do que ela planeja é Miguel Falabella. “Adoraria fazer um musical dele. Isso eu te-nho vontade. Mas teria que fazer aula”, sorri. “Se bem que, como não me proponho a ser uma cantora, acho que dá. Já imaginou, uma vedete?”, diverte-se. “Sempre que encontro com ele, eu falo: ‘Ah, me leva, vai? Eu até sa-pateio, se quiser’”, gargalha.

Show, aliás, é com ela mesma. Suza-na gosta de se imaginar como uma vedete, sendo carregada por bailarinos a la Moulin Rouge. Gosto, aliás, que ela assume sem medo porque vem da paixão pelo Carnaval e o brilho da Marquês de Sapucaí. “Está no sangue. Sou supercarioca”, conta ela que é destaque da Vila Isabel no Carnaval do Rio de Janeiro. “Meu ano não começa enquanto não piso na avenida.” Em 2015, será dose dupla: além da Vila Isabel, a atriz vai fazer sua estreia no Anhembi, como musa da bateria da Tom Maior. “Aceitei ser musa porque deu para es-calonar os ensaios. E parece que os ritmistas opinaram na escolha. Fui convidada pela Lu-ciana, presidente da Tom Maior, e como são escolas irmãs, então, não tem problema.” Mas e no Rio, por que não assumir um posto de musa à frente da bateria? “Ah, não. Lá não dá porque no Rio existe muita pressão. Ser madrinha de bateria é quase uma profissão. Sei que tem gente que vai fazer muito me-lhor, então, prefiro ficar lá, linda, de destaque no chão. Está mais do que bom.”

Suzana é assim: brasileira de corpo e alma. E mesmo nesse momento em que foi tão prestigiada lá fora, prefere abrir mais e mais novos horizontes por aqui mesmo. Na TV, no cinema, no teatro ou até mesmo no Carnaval, Suzana Pires já provou que é uma artista completa. E sem fronteiras.

Teatro e Carnaval

Apaixonada pelo Carnaval, e musa da Vila Isabel, no Rio de Janeiro, a atriz agora vai estrear à frente da bateria da Tom Maior, em São Paulo.

“Minha vida não começa enquanto não piso na avenida”, diz

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Mini Café Expresso Imaginarium R$ 99,90

Presentes para o Nataleu quero!

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Ainda não atualizou sua playlist com Jingle Bells e outros hits natalícios? Então, já pode começar a preparar sua seleção musical e se deixar levar pelo delicioso clima das festas de fim de ano! É o momento de agradecer pelas conquistas e renovar as esperanças para 2015. De celebrar a vida ao lado da família e amigos. E também é época de presentear! Nesta edição, a equipe da Estilo Damha preparou uma lista para lá de especial, com ótimas ideias para presentear quem você ama e decorar seu lar. Entre no clima e tenha um feliz Natal!

Cesta CatelanLifeR$ 260

Boneco de Neve Sentado – Tok&Stok R$ 69,90 cada

Decanter Bons VinhosImaginarium – R$ 99,90

Regatta Casa – Galheteiro e Saleiro – Preço Sob Consulta

Luminária Teto Avelis Orbit Vermelha35 cmAvelisR$ 119,90

Regatta Lanterna Retangular R$ 258,75

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Presentes para o Nataleu quero!

Iluminador Mister Radiant Body Givanchy – R$ 179

Mochila LapTop Cameras ImaginariumR$ 180,41

Sandália – ArezzoR$ 269,90

Saia Lápis CoqueiralÁgua de Coco R$ 359

Chinelo Azul Calvin Klein Jeans R$ 69

Camiseta Square VerdeCalvin Klein Jeans – R$ 99

Bermuda Elástico Lisa Bege – RichardsR$ 219

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Texto: Dirlene Ribeiro Martins

Um estudo realizado este ano pela Universidade da Virgínia (EUA) e publicado pela revista Scien-ce deu muito o que falar. Contrariando a expec-tativa dos próprios pesquisadores, descobriu-se

que muitas pessoas preferem levar pequenos choques a ficarem sozinhas com os próprios pensamentos.

Durante o estudo, os voluntários – 220 no total – fo-ram colocados em uma sala, sozinhos, por 15 minutos, sem qualquer companhia ou distração, nem mesmo o celular. Mas havia uma opção. Caso apertassem um botão, poderiam usar o que quisessem. Só que o preço era receber um choque elétrico pequeno, mas dolorido o suficiente para desestimular a iniciativa.

Surpreendentemente, 67% dos homens e 25% das

mulheres preferiram levar choques a ficar sós. Além disso, 57% das pessoas afirmaram ter dificuldades para se con-centrar, 89% disseram que a mente vagueou e 49% re-lataram não ter gostado nada da experiência. Mas, afinal, por que o ser humano teme tanto o silêncio e a solidão?

John Cacioppo, diretor do Centro de Neurociência Cognitiva e Social da Universidade de Chicago e coau-tor do livro Solidão: a natureza humana e a necessidade de vínculo social, acredita que a solidão atua em nosso cérebro da mesma maneira que percebemos a sede, a fome ou a dor. Sendo assim, quando estamos sozinhos, nosso cérebro entende que corremos risco de vida, uma vez que os estímulos anteriormente citados estão rela-cionados com a sobrevivência.

Aprender a parar, a silenciar, a relaxar sozinho pode ser profundamente restaurador

Sem medo da solidãocoMportaMento

SEm mEdO dA SOLIdÃO E dO SILÊnCIO

O pintor americano Edward Hopper (1882-1967) era um mestre em retratar a solidão

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Usamos o outro para nos definir

Para Fábio Rosler, psicólogo e neuropsicólogo da Clínica de Cefaleia e Neurologia Dr. Edgard Raffaeli, em São Paulo, nosso problema com a solidão, hoje, ocorre em um novo contexto. “Te-

mos dificuldade em ficar sós porque sempre usamos o outro como referência para o nosso desejo, para as nos-sas comparações e para nos definir”, diz. E essa tese é ressaltada na pesquisa americana pelo fato de muitos mais homens terem preferido levar choques do que mulheres. “Geralmente, o homem é mais afetado pela solidão, pois ele tende a comparar-se mais, a querer ser mais igual. O homem é mais restrito e inflexível que a mulher, que busca o diferente, ir mais além de si mes-ma”, explica o psicólogo.

O paulistano Bruno Cobbe, que, além de analista de planejamento estratégico no Grupo TV1, é também diretor executivo na Roleplayers, tem de conviver com um trabalho agitado e com muitas demandas e prefere “compartilhar” a solidão com a leitura e jogando com os amigos. Quando sozinho, ele logo arruma o que fazer. “Ficar sozinho não é um problema. Acalmar a mente é que é mais complicado”, revela. Se está muito agitado, Cobbe gosta de conversar pelo telefone com a mulher, Alexandra, ou jogar videogame ou RPG com os amigos. Ele também assume que se dispersa com muita facili-dade, mas acha que, como a tônica do seu trabalho é a criatividade, essa tendência à distração pode ser favorá-vel. “Aprender a conduzir essa minha facilidade à distra-ção a favor da minha criatividade me ajuda bastante.”

A professora de ioga e meditação Marcia Baja, que atualmente mora no Centro de Retiros do CEBB Dar-mata, em Timbaúba (PE), acredita que nossa dificuldade em vivenciar o silêncio e a solidão é consequência de não sermos apresentados a essa experiência em nossas vi-das. “Desde pequenos somos incentivados para o mo-vimento”, diz. “Muito raro os pais ensinarem seus filhos a fazerem um minuto de silêncio antes das refeições, por exemplo, ou alguns minutos de silêncio antes de dormir. Muito raro conseguirmos permanecer em silêncio na presença de outra pessoa e, mais raro ainda, em silên-cio com nós mesmos. Não sabemos o que fazer com o silêncio. Sentimos que nossa existência se dá apenas quando estamos fazendo ou buscando algo, quando es-tamos pensando ou falando.”

Fábio Rosler: “Apesar de continuarem sós, as pessoas têm a sensação de estarem juntas quando navegam no

Facebook ou similares”

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Marcia era arquiteta quando entrou em retiro durante três anos e três meses, orientada por seu mestre, o Lama Padma Samten, e conta que superar o medo da solidão foi jus-

tamente seu maior e melhor exercício. “O que me fez seguir adiante foi a confiança de que, enquanto eu per-manecesse apoiada nas relações por medo de estar só, esse medo permaneceria me espreitando todos os dias, mesmo que estivesse rodeada de pessoas. Assim, to-mei a firme decisão de permanecer e praticar com con-fiança, mergulhada no silêncio um dia depois do outro. E assim pude descobrir que é impossível estarmos sós ou nos sentirmos sós quando encontramos nossa natural condição de quietude. Nós nos sentimos sós porque não nos conhecemos, apenas por isso!”

Especialistas acreditam que a onipresença da tecnolo-gia e dos smartphones é ao mesmo tempo um sintoma e uma causa dessa dificuldade de ficarmos sozinhos e em si-lêncio. “Apesar de continuarem sós, as pessoas têm a sen-sação de estarem juntas quando navegam no Facebook ou similares”, afirma Rosler. “São sintomas de que o laço social

novas tecnologias e smartphones: sintoma e causa

está mais superficial e passageiro, mais aparente e menos denso, com mais imagem e menos profundidade.”

“As novas tecnologias não são exatamente a origem das nossas dificuldades, mas elas têm nos deixado mui-to ocupados e, por incrível que pareça, talvez mais soli-tários, pois não estamos de fato perto das pessoas”, diz Marcia. “A rede virtual também pode surgir como uma ferramenta de controle. Queremos saber o que os outros estão fazendo e também nos sentimos cobrados a dar satisfação de nossas vidas, de preferência sempre mos-trando que tudo está bem, mesmo que essa não seja bem a verdade. Mas em tudo isso o ponto mais impor-tante não seria rejeitarmos essas novas ‘ferramentas’, mas encontrarmos equilíbrio interno para fazermos um bom uso de tudo isso.”

Tanto o psicólogo quanto a professora concordam que conviver bem com o silêncio e com a solidão só pode trazer benefícios. “O silêncio evoca o pensar sobre si mesmo e a máxima socrática do ‘conhece a ti mes-mo’. Quem convive bem com isso, obviamente, convive melhor consigo”, afirma Rosler.

O tempo sozinho ajuda Bruno Cobbe a afastar a melancolia

Sem medo da solidãocoMportaMento

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Sem medo da solidãocoMportaMento

Refúgio no silêncio e na

solidão

Apesar da agitação em seu trabalho, Cobbe qualifica como “fantástica” a sensação de se perceber, que vem do tempo que permanece sozinho.

“Se não fosse esse tempo sozinho, eu surtaria mais facilmente. Já tive vários períodos em que negligenciei isso e parece que a minha razão passa a se esvair, meu universo começa a per-der o sentido e começo a entrar numa profun-da melancolia. Mesmo quando não estou com vontade de fazer silêncio — e me obrigo a isso —, eu sinto os benefícios.”

Marcia Baja explica como o silêncio pode nos ajudar: “Quando somos introduzidos à medita-ção, vamos aprender que há vida dentro do si-lêncio. Não sucumbimos ao ‘nada’ quando es-tamos quietos e sozinhos. Nesses momentos, vamos descobrir que existe um mundo interno que pode ser equilibrado, revelando qualidades extremamente positivas unidas a uma profun-da sensação de plenitude. Quando esse mundo interno está em desequilíbrio, o que fazemos é buscar alívio fora, através dos outros, através de coisas ou situações”.

Para a professora de meditação, como des-conhecemos completamente essa dimensão interna, não sabemos nos relacionar com ela. “É como entrar numa casa escura – não sabe-mos o que há dentro nem sabemos como nos mover ali. E, assim, parece mais fácil continuar

Marcia Baja: “Quando nosso mundo interno está em desequilíbrio, o que fazemos é buscar alívio fora, através dos outros, através de coisas ou situações”

olhando pra fora.” Marcia ressalta que não há problema algum em nos movermos e nos comunicarmos, mas precisamos também aprender a parar, a silenciar, a relaxar sozinhos. “Isso é profundamente restaurador para a saúde, um calmante para as emoções e é a base para uma mente mais brilhante e lúcida. A dificuldade que sentimos para fazer silêncio é a mes-ma dificuldade que temos para aprender qualquer coisa nova, é a mesma dificuldade que temos para mudar qualquer tipo de hábito. Se tivermos paciência e formos diligentes, vamos desenvolver essa habilidade. Vamos descobrir no silêncio e na solitude um verdadeiro refúgio. Vamos nos perguntar como é que passamos tanto tempo de nossas vidas sem isso!”

Quando o mundo interno está em desequilíbrio, buscamos alívio fora, através dos outros, através de coisas e situações“”

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Orla de João Pessoa é o novo point para quem gosta de praticar esportes ao ar livre enquanto contempla a natureza e cuida da saúde

Texto: Izabelle Mendonça

A tribo dos que gostam de praticar esportes ao ar livre tem agregado cada vez mais adeptos em João Pessoa (PB). Atividades como corrida, ciclismo, vôlei, futebol ame-

ricano, skate ou uma simples caminhada estão, a cada dia, preenchendo os espaços da orla da capital paraibana que, calma e linda, mostra-se como ce-

nário democrático aos que procuram vida saudável e contato com a natureza. Com uma costa repleta de coqueiros, brisa do mar e águas claras, a infraestru-tura ao redor também é favorável. A orla conta com uma ciclovia sinalizada, e a rua principal tem horário especial que impede a passagem de automóveis, todos os dias, das 5h às 8h.

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Saúde ao ar livresaúde e beleza

ACAdEmIA A CéU ABERTO

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A jornalista Renata Câmara é uma das que não troca o esporte outdoor por nenhum outro tipo. Adep-ta do vôlei, a carioca de 36 anos descobriu há cinco um grupo de mulheres que pratica o esporte na praia do Cabo Branco. Apesar de sua rotina agitada, Renata vai para a areia nas segundas e quartas-feiras à noite cuidar da saúde e se divertir. “Treinei e joguei vôlei de quadra pela minha escola durante oito anos e sem-pre quis ser jogadora, mas minha altura não favorece. Adoro o esporte e sou do tipo dependente de atividade física, pois é o que me deixa completa. A bola funciona pra mim como terapia e é super-relaxante”, contou.

A jornalista também admite que já tentou algumas vezes frequentar academias, mas não conseguiu se fixar. Segundo ela, um de seus maiores prazeres é a sensação de pisar na areia. “Prefiro atividades ao ar li-vre, sinto-me bem melhor e integrada com a natureza. Se pudesse e tivesse mais tempo, faria ciclismo ou na-tação, outros esportes que admiro”, completou Renata.

O militar Cláudio Marinho é da mesma opinião. Natural de Santarém, no Pará, Cláudio vai sempre ao

calçadão para praticar suas corridas. Aos 40 anos, ele conta que veio morar em João Pessoa em 2012, mas que já praticava corrida, inclusive antes de entrar para o Exército. Atualmente, ele costuma reservar dois dias da semana para a atividade na orla, que faz em gru-po ou individual. “Conseguimos ver diariamente a real utilização do espaço pela população local e visitantes, com pessoas interagindo com a natureza e cuidando da saúde”, comentou. Transferido pelo trabalho para o solo paraibano, o militar se prepara para se despe-dir de João Pessoa até o final de 2014. No entanto, graças à excelente adaptação, Cláudio já se programa para voltar a morar na capital paraibana no futuro. “A beleza do contato com a natureza que temos em João Pessoa pela manhã é um presente de Deus. Ainda fico encantado com a beleza da orla e da cidade! Este foi um dos motivos preponderantes para a minha deci-são de comprar um lote no Village Damha Parahyba e voltar a morar aqui para usufruir dessas belezas com minha esposa e minha filha”, disse Cláudio Marinho em entrevista à Estilo Damha.

O militar Cláudio Marinho cuida da saúde praticando corrida

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Casando perfeitamente com o clima do litoral, a bicicleta é mais uma alternativa que une saúde e lazer. Praticamente em qualquer horário do dia, andar de bike nas ciclovias da

orla de João Pessoa já virou hábito comum. Mas há quem leve bem a sério. Por conta da grande identi-ficação com o pedal, o técnico de telecomunicações Carlos Augusto Santana fundou o grupo Salva Bike, que reúne na orla grupos de ciclistas iniciantes e in-termediários de domingo a quinta-feira. Ao lado do

Com duas rodas amigo e designer Mizael Cabral, já chegou a juntar um grupo com 300 ciclistas em apenas um dia.

O ponto de encontro é a praia de Manaíra, pontual-mente às 20h. Para Carlos Augusto, um dos principais fatores que contribui para o passeio à noite é a segurança. “Apesar do horário que pedalamos, temos muita tran-quilidade em realizar os nossos passeios porque sempre encontramos reforços policiais em diversos pontos da ci-dade. Isso com certeza incentiva ainda mais a prática de qualquer esporte na cidade”, observou o biker.

Grupo Salva Bike reúne ciclistas para passeios noturnos na orla da cidade

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Outra modalidade que toma conta das areias pes-soenses é o treinamento funcional. Conquistando cada vez mais dissidentes das academias, o treino baseado em movimentos naturais do ser humano, como pular, agachar e correr, é o principal instrumento de trabalho do paraibano Marconi Araújo. No comando do Oba Oba Trei-namento Funcional, o educador físico de 24 anos atua na área há três anos e estabelece uma rotina de quatro au-las por semana ao ar livre, com horários pela manhã e à noite. Segundo ele, nesse tipo de treinamento, o que não faltam são dinamismo e animação. “O aluno dificilmente

encontrará um treino monótono ou idêntico aos exercícios mais tradicionais da academia. Ele ganha força, agilidade e condicionamento, e ainda está em contato direto com a natureza. Esta é uma junção de que muitos gostam, in-clusive eu, particularmente”, revelou o educador.

Além de poder contemplar as belezas naturais da orla, o ambiente praieiro, segundo ele, também favorece os resultados dos treinos. “O fato de estar na areia contribui positivamente para a evolução dos alunos, pois ela aumenta a intensidade dos treinos”, completou Marconi.

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Febre do momento, a prática do skate vem ganhan-do força pelas ruas e parques em todo o País, sem distinção de sexo ou idade. Em João Pessoa, a pai-xão pelo skate fez com que três jovens se unissem,

há cerca de um ano e meio, para usufruir do espaço que a orla oferece a mais esta prática esportiva. As publicitárias Nara Marques e Rayana Lucena e a nutricionista Nina Mon-teiro formam um belo trio feminino de skatistas que foram conquistadas pelo esporte. Desde então, elas enxergam o esporte como uma forma de manter a vida mais saudável, unindo diversão e adrenalina em uma única atividade física. “Desde o momento em que coloquei um skate no pé, eu me apaixonei. Após me unir com as meninas, começamos a praticar quase diariamente. O skate é um esporte que nos dá liberdade, e em João Pessoa existe a grande vantagem de termos a orla inteira de três bairros fechada apenas para a prática esportiva durante a manhã”, destacou Nara.

Sempre dispostas para os chamados rolés, que ge-

deslizando no asfalto ralmente são realizados pela manhã e correspondem à primeira atividade do dia durante a semana, o point pre-ferido das três jovens é a Praia do Cabo Branco. “Acordar cedo e iniciar o dia com um rolé de skate é sensacional. Além de ser uma atividade prazerosa, o skate melho-ra minha qualidade de vida, alivia o estresse e me deixa sempre com um sorriso no rosto antes de ir trabalhar”, ressaltou Rayana.

Apesar de não excluírem outros esportes e também frequentarem academias e estúdios, as três afirmam, com convicção, que o esporte outdoor é a verdadeira preferência. “Como acordo muito cedo para a prática es-portiva, poder olhar o mar e sentir o vento no rosto não tem preço. Também faço musculação, pilates e muay thai, mas, sem dúvida, qualquer esporte praticado ao ar livre é muito mais prazeroso e divertido do que os outros. Minha saúde agradeceu muito desde que comecei a an-dar de skate”, completou Nina.

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As jovens Nina Monteiro, Nara Marques e Rayana Lucena escolheram a orla da Praia do Cabo Branco para os rolés de skate

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Saúde ao ar livresaúde e beleza

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Mara BehlauPhD, fonoaudióloga e doutora em Distúrbios da Comunicação Humana, consultora e coach certificada pelo Neuroleadership Group (NLG). Professora de Comunicação para Negócios no INSPER e também docente do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana na UNIFESP, São Paulo. Presta consultorias sobre comunicação, liderança e negociação para diversas empresas.

OTImISmO E RESSIGnIFICAÇÃO

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Ressignificar é uma forma de honrar o que a vida oferece, não ignorando os fatos, mas observando-os sob outra óptica e facilitando o seguir em frente

Mara Behlaucoluna coMportaMento

A atitude que uma pessoa tem perante a vida, carac-terizada pelo oposto oti-mismo versus pessimismo,

é um dos mais interessantes aspec-tos de nossa inteligência emocional, responsável, em grande parte, por como reagimos às situações ines-peradas e negativas.

Pessoas otimistas são, em ge-ral, mais criativas, agradáveis, com mais energia para resolução de pro-blemas e produzem um ambiente de trabalho mais positivo. Otimistas também tendem a controlar mais o estresse e a apresentar melhor condicionamento físico. Por outro

lado, pessoas pessimistas são mais críticas, têm maior facilidade para analisar argumentos e são mais de-talhistas; contudo, tendem a deixar o ambiente de trabalho pesado, veem menor possibilidade de solução de problemas, têm tendência a fazer julgamento negativo sobre tudo e são menos persistentes.

É importante reforçar que o pes-simismo não é doença, como a de-pressão. É apenas uma disposição natural de como encarar as coisas, em uma primeira análise dos fatos. Assim, se você quer resolver proble-mas, fale com os otimistas, mas se quer analisar um contrato, sem dú-vida, os pessimistas poderão contri-buir melhor! Pessoas mais otimistas geralmente têm autoestima elevada, sistema imunológico mais potente e maior tolerância ao estresse, o que é essencial nos dias de hoje! Mas será que há alguma desvantagem em ser otimista? Sim, otimistas se con-vencem mais facilmente, tendem a tomar decisões muito rapidamente, sem avaliar com atenção a qualidade dos argumentos e, além disso, po-dem subavaliar os riscos que correm, simplesmente por não vê-los!

Uma das metáforas mais comu-mente empregada para exemplificar a atitude do otimista em oposição ao pessimista é o dilema de ver o copo meio cheio (a escolha do otimista) ou meio vazio (a visão do pessimista).

Contudo, a visão do copo meio cheio pode ser substituída pela percep-ção de que o copo está, na verdade, sempre cheio, com variada compo-sição de líquido e ar. É nesse fato que reside a habilidade de ressignificar.

Ressignificar é simplesmente dar um novo significado ou sentido a um acontecimento, uma questão de filtro mental. Essa habilidade, que parece ser mais natural para os oti-mistas, pode ser desenvolvida pelos pessimistas por meio de diversas estratégias, como reinterpretar o evento perturbador, perguntar a si mesmo o que se pode aprender com esse fato, reordenar sua importância comparando o ocorrido com outros eventos difíceis da vida ou ainda mudar totalmente a perspectiva de análise, perguntando a si mesmo como outras pessoas, em outras si-tuações, condições ou culturas, ve-riam isso. Ressignificar é uma forma de honrar o que a vida oferece, não ignorando os fatos, mas observan-do-os sob outra óptica e facilitando o seguir em frente.

Minha primeira “mentora de oti-mismo e ressignificação” foi, sem dúvidas, a Pollyana! Sim, essa mes-ma em que você, se tem mais de 40 anos, pensou. Pollyana é a persona-gem principal do livro homônimo de Eleanor H. Potter, de 1913, que con-ta a história de uma menina órfã e otimista, que vai morar com uma tia

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Mara Behlaucoluna coMportaMento

pessimista e mal-humorada, com a qual emprega, incansavelmente, a arte de ressignificar, por meio de uma estratégia chamada de “Jogo do Contente”, ensinado por seu pai. Do “Jogo do Contente” da Pollyana, um estrondoso sucesso na minha geração (equivalente ao atual “A culpa é das estrelas”) ao projeto in-ternacional “100 Happy Days”, que consiste no desafio de compartilhar a foto de um momento feliz por dia, podemos confirmar um fato: olhar o lado bom da vida é diferente de apertar o reset e retornar à vida como se nada houvesse.

Pesquisas científicas trazem evi-dências inquestionáveis sobre a asso-ciação entre ressignificar e otimismo, controle do ambiente, relacionamen-tos positivos e satisfação na vida. Além disso, ressignificação é um elemento básico da criatividade, importante em situações de crise. Alguns pesquisa-dores consideram que foi graças ao otimismo que o homem pré-histórico

saiu das cavernas e se aventurou por regiões inóspitas do globo.

Para progredir, precisamos acre-ditar que podemos atingir coisas melhores, e isso é bastante evidente nos otimistas, que tendem a traba-lhar mais e ter melhores salários; ficam doentes, mas se recuperam mais rapidamente; separam-se tanto quanto os pessimistas, mas casam-se novamente. Otimistas re-presentam a vitória da crença sobre a experiência, pois se projetam para o futuro. Contudo, se o otimismo for excessivo, pode provocar uma dis-torção da realidade, pois o indivíduo tende a achar que tudo vai dar certo e viver a síndrome da invencibilida-de, não se preparando como devia para os desafios e até mesmo não cuidando adequadamente de sua saúde.

A neurociência comprovou que o otimismo está relacionado a di-versas regiões do cérebro, como o hipocampo, o córtex pré-frontal, a

amígdala e o córtex cingulado an-terior, áreas bastante ativas quan-do temos pensamentos positivos e pouco representadas nas pessoas deprimidas. Quando esses circuitos estão comprometidos, por doenças como tumores, as pessoas ficam mais deprimidas.

A depressão é paralisante, o pessimismo não nos projeta para o futuro e o otimismo em excesso pode-nos jogar em um mundo irre-al. Como podemos equilibrar nossa atitude? Embora a resposta não seja fácil, desenvolver a autoconsciência emocional parece um bom ponto de partida! Comece reconhecendo suas sensações, sentimentos, necessida-des básicas e teste suas impressões, confrontando-as com a realidade, sob múltiplas perspectivas. Acima de tudo, quando algo difícil ou ruim acontecer, ressignifique! Você vai se desenvolver como ser humano e ser um melhor modelo para seus ami-gos, familiares e colegas de trabalho!

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Sofia BeniniÉ mãe da Mabi e do Alfonso, dois bebês que todos os dias lhe ensinam algo novo sobre a deliciosa – e também difícil e cansativa – arte de ser mãe. É jornalista e já foi editorada revista Pais e Filhos. Mora com a família no residencial Damha III de São José do Rio Preto e divide suas peripécias como mãe de dois em oblogdasofia.com.

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Sofia Beninicoluna ser Mãe

Logo que o primeiro filho nas-ce, pode rolar uma tristezinha. Esta realidade, que poucas mães assumem, mas muitas

enfrentam, é chamada de melancolia pós-parto e é mais comum do que se imagina. Por que raios ninguém fala disso? No meu caso, se tivessem me preparado antes, talvez o baque fosse menor.

Passados dois dias que Mabi, mi-nha primeira filha, nasceu, fomos para casa. O primeiro banhinho, dado pela vovó, aconteceu em meio a um cho-ro desesperado e sentido de nossa pequenina, que me deixou desespe-rada e sentida também. Depois que ela se acalmou (no meu peito, que a esta altura já estava todo machuca-do) e conseguiu dormir, desabei em lágrimas. Percebi o quanto eu nada sabia sobre bebês e ser mãe. E como essa ignorância toda poderia fazer mi-nha Mabi sofrer. Dei-me conta de que

Fora isso, tem o cansaço, a falta de sono e nossos medos e expectativas em re-lação à nova função de mãe. Segundo uma matéria do conceituado site inglês Baby Center, essa tristezinha acomete de 60 a 80% das mulheres nessa fase.

Pouco menos de um mês depois do nascimento da minha doce Mabi, meu baby blues passou. Já não cho-rava mais, embora o cansaço ainda estivesse presente. Parei de pensar que era uma mãe ruim ou uma mera provedora de leite, embora tivesse a plena consciência de que tinha muito a aprender. E ainda tenho.

Passei a permitir mais a ajuda de outras pessoas, principalmente a de minha mãe. É claro que ela sabe muito mais que eu e tem muito a me ensinar. E vejam vocês que interessante, por-que depois que me dispus a aprender, passei a ficar mais confiante em mim mesma como mãe.

Passada essa melancolia pós-parto, tive mais cabeça e ânimo para me dar conta da fase linda que estava vivendo ao lado de Mabi. Com o tem-po fui conhecendo suas carinhas, suas preferências e suas manias – e a cada descoberta me apaixonava mais e mais por aquela figurinha.

Portanto, querida leitora, se você está passando por uma fase assim, eis aqui dois conselhos: tenha paciên-cia e esperança de que logo passa. E não se exija tanto. Saiba que você está dando o seu melhor. E tudo bem se o seu melhor vier acompanhado de al-gumas lágrimas.

tudo aquilo estava sendo mais difícil e exaustivo do que eu imaginava – e bem diferente do cenário romântico que eu havia idealizado.

Desde aquele episódio, passei a chorar todos os dias, pelas próximas duas semanas. A tristezinha me visi-tava sempre no mesmo horário – final da tarde. Eu queria chorar. E ali ficava, chorando e chorando, mas desta vez com pensamentos negativos. Que eu não era uma boa mãe, mas uma mera provedora de leite. Que amamentar a cada uma hora e meia ia me deixar louca (como se isso fosse durar a vida toda). Que eu sentia saudade da minha antiga vida e de poder sair de casa. E ti-nha saudade do que eu era antes de ter um bebezinho totalmente dependente de mim. Não é fácil admitir sentimen-tos assim nada nobres, que podem ser confundidos facilmente com certo egoísmo da minha parte. Talvez seja, quem sabe? Mas o fato é que foi isso que senti nesse começo – mas, para minha alegria, passou.

Depois de pesquisar, descobri que o que senti é muito comum entre as mulheres que acabaram de dar à luz. Tão comum que ganhou até um nome: Baby Blues, em inglês, e Melancolia Pós-Parto, em português. Diferente da depressão pós-parto, que é grave e considerada uma doença que precisa de tratamento, essa melancolia é um estado de espírito que acontece por uma somatória de fatores: os hormô-nios da gravidez desaparecem e nosso corpo tem de se ajustar novamente.

BABY BLUES: A TRISTEZInhA PóS-PARTOCom o nascimento do primeiro filho, muitas mães sofrem de melancolia pós-parto, mais comum do que se imagina, mas tão pouco falada

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Sofia Beninicoluna ser Mãe

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Juliana Cordeirocoluna Moda

Juliana CordeiroConsultora de estilo pessoal e especialista em compras personalizadas. Escreve no blog Sem Espartilhos (semespartilhos.com.br). Visite a fanpage: Facebook/semespartilhos e o instagram: julianaguisilincordeiro.

BOLSAS:A CEREJA dO BOLO

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Criada para ser um receptáculo de objetos, a bolsa ganha significado e se transforma em produto de desejo

É fato que uma boa bolsa pode impactar todo o vi-sual. Ela pode tanto fechar com maestria um look

perfeito como transformar um look simples em algo poderoso. Se você estiver vestindo uma calça jeans e uma regata branca e carregar uma bela bolsa, ela fará o upgrade. Irá te promover um degrau acima.

Eu sou apaixonada por bolsas porque tudo nelas diz muito so-bre o que somos e o que não so-mos. O formato, o tamanho, a cor e o material que escolhemos são a tradução de um gosto pessoal. Ela é carregadora de significados. Funciona como extensão de quem

Elas duram mais, o material é fácil de limpar e você tem uma chance maior de estar bem vestida.

• Sua primeira grande bolsa precisa ser uma extensão de você, então, pesquise, experimente e compare quantas vezes forem ne-cessárias até se decidir.

• Sou a favor de uma bolsa neu-tra para começar. Gosto dos tons de bege, caramelo ou marrom para a primeira. Discordo que uma bolsa preta seja a primeira opção, apesar de concordar que temos de ter uma.

• Preste atenção ao tamanho. A bolsa não pode pesar em seu vi-sual. Assim como as roupas, sua bolsa precisa ser proporcional ao seu tamanho.

• Na hora de escolher o forma-to, siga esta regra:

1. Se você for mais retilínea, es-colha uma bolsa em formato arre-dondado.

2. Se seu formato de corpo for mais arredondado, uma bol-sa mais quadrada e estruturada complementará suas formas.

• Procure uma marca com a qual você se identifique. Isso cer-tamente reduzirá o número de possibilidades e tornará a sua es-colha mais fácil.

somos. Colocamos ali objetos pes-soais privados que de certa manei-ra, ou de toda, expressam quem a gente é. O conteúdo é estritamen-te pessoal mesmo. A bolsa é um receptáculo de segredos ao mes-mo tempo que nos desnuda.

Portanto, não subestime a im-portância desta peça.

E pensar que as bolsas sur-giram no século XVIII como uma maneira de transportar pequenos objetos, já que os trajes da época não tinham bolsos, e foram ga-nhando espaço até se tornarem um dos símbolos de emancipação das mulheres e atingirem o status de objeto de desejo. Viraram item obrigatório nas coleções de todas as grandes marcas.

Apenas como curiosidade, já existe até um museu construído em Amsterdã, na Holanda, ape-nas para bolsas e malas. O “Tas-senmuseum”, Museu de Bolsas e Malas.

Por tudo isso e porque ela terá de ser usada com muitos looks diferentes, a decisão sobre qual bolsa comprar deve ser feita com cuidado.

Durante as consultorias, re-comendo sempre a melhor que a cliente pode comprar. Uma boa bolsa pode durar uma vida inteira.

Algumas dicas que podem ajudar:

• Prefira as bolsas de couro.

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Juliana Cordeirocoluna Moda

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• Verifique o acabamento (as costuras) e as peças de metal (se houver), ambos têm de estar em ordem.

• Não se preocupe em come-çar com uma bolsa caríssima. Um segredo: todas as bolsas que ve-mos em vitrines das mais diver-sas marcas são de alguma forma inspiradas nas criações das gran-des grifes francesas ou italianas.

Então, escolhendo bem, não tem como errar!!!

O próximo passo depois de aprender a escolher uma boa bol-sa para o dia a dia é pensar em ter uma para sair e outra para festas. Este tipo de bolsa deve ser peque-no, já que é somente para carregar o essencial.

Tanto a bolsa de noite quanto a de festa podem ser uma clutch

(aquela que não tem alça ou a alça é mais curtinha e se parece com uma carteira) ou uma bolsa com alça de corrente. O que diferencia-rá uma da outra é a sofisticação e, novamente, o tamanho. As bolsas de festa costumam ser ainda me-nores que as que usamos para um jantar ou um coquetel e vir em te-cidos mais nobres e pedraria.

E, então, quais serão suas re-presentantes?

Um clássico da marca francesa Lady Dior, este é um bom modelo para mulheres com

a silhueta mais arredondadaAlexander Mcqueen sabe fazer clutches belíssimas. Um perfeito exemplo de como uma bolsa de festa pode ser

Esta italiana Miu Miu é um exemplo de bolsa que pode ser utilizada em eventos noturnos. As duas alças são removíveis, possibilitando o uso como carteira. Vai muito bem durante o dia também

Bolsa icônica da maison francesa, a Chanel 2.55 é considerada uma das bolsas mais

desejadas pelas mulheres do mundo todo. É também uma das mais copiadas

Da marca italiana Bottega Veneta, este modelo é ótimo para quem tem

a silhueta retilínea

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Ceia de NatalgastronoMia

Pequenos detalhes e praticidade são o segredo para receber bem no Natal

Texto e fotos: Lilia Campos

CEIA dE NATAL SEM COMPLICAçãO

A linda mesa decorada para a ceia de Natal

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Ceia de NatalgastronoMia

Natal é o momento de renovar as esperan-ças, de unir a família, amigos, de troca de presentes, de estar junto de quem se gosta. Momento de confraternizar.

Nos dias de hoje, muitas famílias encomendam sua ceia de Natal pela praticidade e por conta da cor-reria do dia a dia, mas algumas preferem não perder a chance de escolher e fazer a ceia de Natal de sua fa-mília, contanto que seja prática. Hoje em dia a palavra de ordem é praticidade.

“O que importa na ceia de Natal é a oportunidade de reunir a família. Por isso, não importa o que será servido na ceia, faça com amor e alegria que estará servindo um ‘manjar dos deuses’. Procure fazer a ceia em casa e compartilhe a responsabilidade da prepa-ração entre os familiares. Cada um fazendo um pou-co, a ceia fica farta e com custo mais baixo para cada um”, comenta Rita de Cássia Assis, empresária e franqueada de uma empresa de higiene e bem-estar que mora em Feira de Santana (BA).

Rita procura decorar sua ceia com produtos na-talinos, aproveitando acessórios adquiridos em anos anteriores. “Use a criatividade e o bom senso. Há anos uso peças que tenho guardadas. Mudo um laço, uma fita, e fica tudo lindo. A decoração da casa e da mesa de Natal é essencial, torna a casa mais bonita, mais alegre, mais festiva, e todos que ali chegam sentem o clima de confraternização e amor no ambiente. Foi muito prazeroso organizar a ceia para a revista Estilo Damha. Dentre as datas comemorativas, o Natal é a de que mais gosto. Na decoração, usei muito verme-lho e dourado. Preferi os guardanapos com a cara do Papai Noel, que fica um charme, e coloquei candela-bros para dar um charme maior à mesa.”

O cardápio teve como entrada a Mussarela de Bú-fala Recheada e o Mousse de Atum acompanhados de pães e frios. São petiscos ideais para o momento de bate-papo entre familiares e amigos.

“Como prato principal, já que moramos numa ci-dade que tem um clima bastante quente, escolhi pra-tos leves. Além do tradicional Peru de Natal, também optei por incluir o Anel de Camarão, por ser de fácil

A empresária Rita Assis cuida de todos os detalhes para a ceia de Natal

preparo e que dispensa acompanhamentos. A so-bremesa também foi leve e ideal para acompanhar o cafezinho. Servimos Pudim de Claras e a Torta de Nozes, ambos acompanhados por Baba de Moça. O período do Natal é para mim um momento de refle-xão, de preparação para a chegada do novo e que cul-mina com a reunião da família na noite de Natal e a esperança de que o amor chegue a mais corações nos próximos anos”, finaliza Rita.

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AnEL dE CAmARÃOPERU dE nATAL

PUdIm dE CLARAS

Ingredientes: • 1 kg de camarão fresco• 1 cebola grande • Coentro a gosto• 2 tomates• 1/2 pimentão• 1 colher de chá de sal• 1 colher de sopa de extrato de tomate• 1 limão• 4 colheres de sopa de azeite doce• 3 dentes de alho• Leite de um coco• 3 xícaras de arroz• 1 queijo Catupiry ou requijão cremoso• 1 colher de sopa de farinha de trigo

Modo de fazer:Misture o alho, o sal, a cebola e o suco do

limão. Coloque o tomate, pimentão, coentro e azeite doce. Coloque o camarão e deixe marinando por duas horas. Leve para cozi-nhar neste tempero. Depois de cozido, retire o caldo, engrosse com a farinha de trigo e o extrato de tomate.

Ingredientes:• 1 peru inteiro• 1 garrafa de vinho tinto• Sal• Alho• Pimenta-do-reino• Folha de louro• Manjericão

Pasta:• 1 colher de sopa de manteiga• 1 colher de sopa de ketchup• 3 colheres de sopa de glucose de milho• 1 colher de sopa de mostarda

Ingredientes:• 8 claras• 8 colheres de sopa de açúcar• 1 pitada de fermento em pó• 1 pitada de sal• 1 colher de chá de maisena• Gotas de limão

Modo de fazer: Bata as claras em neve firme. Junte o açúcar, colher

por colher, sem parar de bater. Acrescente o limão, a maisena e o fermento, misturando bem. Unte uma for-ma de anel, coloque delicadamente a massa de claras e leve para assar em banho-maria, em forno moderado e pré-aquecido, com a porta um pouco aberta, por 30 minutos. Só retire do forno depois de frio.

Modo de fazer: Tempere o peru com o vinho,

sal, alho, pimenta-do-reino, folha de louro e manjericão. Deixe mari-nando nesse tempero por oito ho-ras. Leve para assar ainda com o tempero, coberto com papel lami-nado, em forno alto. Quando o peru estiver assado, retire o papel lami-nado e unte todo o peru com a pas-ta feita com a manteiga, o ketchup, a glucose de milho e a mostrada. Leve novamente ao forno, sem o papel laminado, para dourar. Retire do forno e decore a gosto.

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As divinas sobremesas

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Kézia Matos e Matos, empresária do ramo de confec-ção e baiana de Feira de Santana, adora receber amigos em casa e elaborar pratos criativos, com detalhes que fazem a diferença.

Para Kézia, ao fazer uma ceia de Natal, a simplicida-de é o principal ingrediente de uma comemoração de sucesso. “Todos os anos, a ceia de Natal é realizada em minha residência, preparo uma ambientação acolhe-dora, coloco minipanetones para marcação de lugares e em cada acomodação uma mensagem de carinho.”

A empresária acredita que o menu deve ser versátil e fácil de fazer, sem perder o sabor. “Preparo tudo com antecedência e evito compras no último dia. Monto o cardápio com pratos que não sejam complicados, sala-da fresca com frutas da época, farofa natalina, pernil de carneiro, peru, massas, risotos e deliciosas sobremesas, algo com chocolate ou uma bela torta.”

A decoração da ceia de Natal deve ser caprichosa, para a empresária, mas nada difícil de fazer. “Uso lou-ças brancas, e vermelho e dourado nos detalhes das flores, bolas e laços. Mesclar bolas de texturas e for-matos diferentes em uma ou duas tonalidades é uma dica para criar um composé elegante e lindo! Coloco sempre velas na mesa, elas iluminam e dão charme e requinte à decoração. Na mesa que preparei para a

Estilo Damha, usei um castiçal feito com uma taça boêmia emborcada, com um botão de rosa dentro e, em cima, uma vela redonda baixa dourada, superfácil de fazer”, explica Kézia.

“Parafraseando a escritora Maria Antonieta Hollan-da, o Natal não deve ser apenas no dia 24 de dezembro, mas sim a cada dia do ano, realizando boas ações para um bem comum. A noite é mágica, reunir a família é maravilhoso, mas o bem maior por todos os dias do ano deve ser perpétuo. Fiz questão de me vestir a caráter para montar esta ceia. Bom Natal a todos os leitores da Estilo Damha!”, finaliza Kézia.

Detalhes que fazem a diferença, botão de rosa na taça de vidro fazendo a decoração

Kézia Matos ama cozinhar e tem uma roupa especial para usar nesses momentos

Simplicidade, principal

ingrediente

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RISOTO QUATRO QUEIJOS

PERnIL dE CARnEIRO AO mOLhO BARBECUE E AZEITE BALSâmICO

Ingredientes:• 2 colheres de sopa de margarina• 1 dente de alho picadinho• 3 copos americanos de arroz para risoto• 1 litro de água• 3 sachês de tempero pronto (sazón amarelo)• 1 colher de sopa de requeijão• 1 peça pequena de queijo gorgonzola• 1 peça pequena de queijo parmesão• 1 peça pequena de queijo goudaObservação: Os queijos podem ser substituídos por outros

de sua preferência.

Modo de preparo:Despeje os temperos na água e coloque para

ferver. Corte os queijos em cubinhos. Em uma pa-nela, coloque o arroz, o alho picadinho e uma colher de margarina e deixe fritar por aproximadamente 5 minutos. Adicione uma pequena quantidade de água e mexa até secar. Repita este procedimento por 40 minutos, sempre mexendo o arroz para não grudar. O arroz deverá ficar al dente, mas não duro. Quando atingir essa consistência, adicione os queijos já pi-cados e o requeijão. Continue mexendo até que os queijos derretam e então desligue o fogo. Adicione a outra colher de margarina e sirva.

Ingredientes:• 10 cravos• 2 colheres de chá de cominho• 2 ramos de erva doce fresca• 2 colheres de chá de pimenta-do-reino• 3 colheres de sopa de sal grosso• 2 punhados de alecrim• 2 punhados de louro fresco• 2 cabeças de alho• Casca de duas laranjas• 7 colheres de chá de páprica picante• 1 garrafa de vinagre balsâmico• Suco de 1/2 a 2 laranjas• 2 vidros e meio de ketchup

Modo de preparo:Pegue os cravos, o cominho, a pimenta, o ale-

crim e o sal e amasse em um pilão. Coloque em um triturador o louro, o alho e a casca de laranja e triture até ficar homogêneo. Misture tudo em uma tigela e coloque o vinagre balsâmico, o suco das laranjas e o ketchup. Misture até atingir a consistência de mo-lho. Faça cortes de fora a fora no pernil, com cerca de 1 cm entre eles, e coloque em uma assadeira. Cubra com o molho, coloque um papel alumínio e deixe assando por 1h10m a 180°. Depois leve para a churrasqueira e regue com o molho da assadeira, virando constantemente. Ficará suculento e com uma leve casquinha.

Detalhes do prato para a ceia de Natal

1. Pernil de Carneiro com Molho Barbecue

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Martha Mendonça É jornalista e estudante de Gastronomia. Escrever e cozinhar são suas paixões que agoraandam lado a lado

GOSTO SE dISCUTE, SIm!

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Não existe um único sabor que agrade a todos, mas há preferências coletivas motivadas por alguns fatores habituais

Comer bem é prazeroso. Isso não se discute. Mas o que é comer bem? Qual a defini-ção de boa comida? O que

é gostoso para um é gostoso para os outros? Quem disse que gosto não se discute? Vamos discutir. Come-cemos com a ideia de que há pre-ferências individuais, mas há uma preferência maior e que influencia padrões: a coletiva. Na maioria das vezes caracterizada pela região ge-ográfica onde se nasce e vive, al-gumas vezes pela religião e pela ancestralidade, e já há uma linha da ciência que a atribui aos genes.

O gosto, ou paladar, é algo único, como uma impressão digital. Sempre vai haver quem ame fígado de boi e quem odeie sorvete (mais raro, mas tem). Há quem se arrepie de sentir cheiro de leite e quem sonhe com

descendo, e a salsa toma conta das panelas. Mas, na verdade, há uma legião que defende e que persegue essas pobres hortaliças. Coentro e salsa são aqueles sabores que ou você ama ou odeia, sem meio-ter-mo. No Nordeste, onde eu moro, o coentro está no feijão, no vinagrete, no tempero do frango grelhado... até nosso bacalhau leva coentro, juro!

Tudo bem, coentro, pra mim, é delicioso e bem melhor que salsa. Mas meu mundo desabou quan-do fui me dando conta de que mi-nhas amigas paulistas e cariocas imploravam para que eu o tirasse ou o substituísse pela salsa. Como assim? Tentei enganá-las algumas vezes, sem sucesso. Fui morar em São Paulo e sofria para encontrar um coentro digno, com cheiro e gos-to nordestino. Então, fui enfiando a amarguinha salsa – relutei, mas me rendi. Gostei. Hoje, várias comi-dinhas minhas levam os dois (o fa-moso cheiro-verde: coentro e salsa unidos).

Descobri que treinar o paladar sem preconceitos é um dever do brasileiro. Comer sushi com cream cheese é digno, assim como botar catchup no molho bechamel (que Alex Atala nunca me leia, por favor). Prove, mesmo que você não goste do resultado final, mas conheça. Até para falar mal a gente tem de co-nhecer.

cebolas. Independente das prefe-rências, o mais interessante é saber que somos capazes de reconhecer os mesmos sabores quantas vezes fo-rem necessárias por meio do paladar (gostando ou não do sabor).

Nós, brasileiros, somos um povo muito feliz nas opções de sabor, possuímos uma culinária rica e ori-ginal, além de muito expressiva. Te-mos sabores mestiços. Em pouco mais de 500 anos, acrescentamos às receitas europeias especiarias orientais, assim como toques africa-nos e indígenas. Essa miscigenação de gostos, formas e aromas criou a culinária brasileira.

Mas não pense que para por aí. É só passear pela culinária brasileira que é possível se surpreender ainda mais com os sabores descobertos do Oiapoque ao Chuí. Tradições e re-ceitas fortes, temperos marcantes, receitas típicas de cada pedacinho do enorme Brasil multicultural. No Norte, comem-se coisas bem di-ferentes do Sul do País. O Nordeste e o Sudeste estão próximos, mas possuem características distintas – inclusive, com hábitos diferentes de estado para estado.

Gosto sempre de falar do coentro e da salsa: parecem irmãos gêmeos fisicamente, mas são estupidamen-te diferentes em todos os outros as-pectos. Na parte de cima do Brasil, o coentro é o dono do pedaço; vai

Martha Mendonça coluna gastronoMia

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Umami - Mais conhecido como o quinto sabor, descoberto no início do século XX pelo cientista japonês Kikunae Ikeda, mas só reconhecido pela comunidade mundial no ano 2000. Umami quer dizer “saboro-so” em japonês. As três principais substâncias responsáveis por esse gosto são o glutamato, o inosinato e o guanilato. No início, é meio compli-cado identificar o quinto sabor, mas logo depois é possível perceber que ele aumenta a salivação e perma-nece na língua por mais tempo, com uma sensação aveludada. Os ingre-dientes que mais se destacam no gosto umami são queijos (especial-mente o parmesão), tomate, alguns frutos do mar (a exemplo da vieira), milho, ervilha, cebola, repolho, cogu-

melo, frango e carne bovina. Comfort Food - É a comida com

gosto de infância. Aquele doce de leite batido da tia que mora no inte-rior, o bacalhau que a avó fazia em todos os Natais, o gosto de infância temperado com saudade. Comida que traz conforto para a alma, que acalenta. Sabores que despertam emoções, memórias e que ativam os sentidos. Comfort Food é uma retomada de valores, uma linha que vai na contramão do Fast-Food e que cai facilmente nos encantos de todos os que provam pratos feitos com essa intenção. É uma variação mais elaborada e sensibilizada da tão querida comida caseira. Em ge-ral, são alimentos simples, receitas sem muitos ingredientes chiques,

um bolo de chocolate, uma sopa, um pão, mas com o ingrediente mágico: nostalgia.

Slow Food – que, em portu-guês, significa comida devagar – é um conceito de alimentação que defende o prazer de comer bem e devagar, para poder apreciar uma comida bem elaborada e também o momento da refeição. Esse con-ceito tenta contrariar a tendência do Fast-Food, que são comidas de rápido preparo e geralmente de má qualidade nutricional. A descoberta e educação dos sabores diferentes e a promoção dos restaurantes de comidas típicas regionais são tam-bém o foco do conceito, que já é um movimento internacional para se re-tornar à boa gastronomia.

Martha Mendonça coluna gastronoMia

mOLhO VInAGRETE SERGIPAnO

Ingredientes:• 2 tomates vermelhos sem sementes picados• 1 cebola branca picada• Coentro picado• Pimenta cheiro verde picada• Azeite• Vinagre• Sal• Pimenta-do-reino

Modo de Preparo:Depois de picar todos os in-

gredientes, é só misturar e deixar na geladeira por alguns minutos. Em Sergipe, é muito servido para acompanhar pastéis e acarajé.

Uma receita simples que comprova o quanto o coentro é fundamental para algumas regiões

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Joel Silveira Leitecoluna autoMóveis

Joel Silveira LeiteÉ jornalista e pós-graduado em Semiótica e Meio Ambiente. É diretor da Agência AutoInforme, que mantém os sites Autoinforme (carros) e Ecoinforme (meio ambiente). Assina o blog O Mundo em Movimento, no UOL, e apresenta o programa AutoInforme na Rede Bandeirantes de Rádio.

BmW I3 InAUGURA A ERA dO CARRO 100% ELéTRICO nO BRASIL

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O i3 é um carro desenvolvido desde o primeiro momento para ser um legítimo elétrico

Mais do que um carro ex-cepcional, com uma tec-nologia de ponta e limpo, o i3, que a BMW apre-

sentou em setembro, inicia a era do carro elétrico no Brasil.

Pela primeira vez desde o sonho de João Conrado do Amaral Gurgel (justiça seja feita), que chegou a es-tabelecer uma rede de abastecimen-to em Rio Claro (SP) para atender ao pequeno Gurgel elétrico, o brasileiro poderá ir até a concessionária e sair rodando com um carro alimentado com energia elétrica. Os demais elé-tricos, como o Leaf da Nissan, rodam apenas em projetos experimentais, não estão disponíveis ao público.

desenvolvido desde o primeiro mo-mento para ser um legítimo elétrico. De fato, o i3 tem mais essa vanta-gem em relação a elétricos que não se assemelham com um carro “co-mum”: minicarros, veículos de três rodas, com banco para montar em vez de assentos normais. O BMW i3 tem aparência de um carro normal a combustão, embora traga dife-renciais importantes e sofisticados se comparado aos demais carros da marca.

A tentativa de fazer o i3 ter a mesma aparência de um carro a combustão talvez tenha por objetivo reduzir o impacto que uma mudan-ça tão drástica provoca no consu-midor. Nessa linha, faltou à empresa inventar um barulho para eliminar o silêncio do motor elétrico, item que muita gente considera necessário por questões de segurança. Não acho. É muito melhor você viver sem polui-ção sonora: com coisas boas, a gen-te acostuma mais facilmente. Mas a aparência foi mantida: o carro tem até a grade dianteira; uma grade fal-sa, é verdade, porque o motor elétrico não precisa de refrigeração. Mas dá pra imaginar um BMW sem a grade dianteira, um ícone da marca?

Para Arturo Piñero, presidente da BMW do Brasil, o lançamento do i3 é uma imposição do mundo moderno, “cada vez mais exigente em relação à mobilidade e que está se adaptan-do às necessidades ambientais”. Ele disse que, atualmente, a preocupa-ção com o meio ambiente está entre as cinco maiores razões de compra do consumidor.

Lançado no ano passado nos Estados Unidos e no Japão, o elétri-co da BMW vendeu seis mil unida-des só no primeiro semestre deste ano, e a expectativa é de que pelo menos cem deles estejam rodando nas cidades brasileiras até o fim do ano. Para isso, a empresa vai distri-buir esse primeiro lote destinado ao Brasil em concessionárias de oito cidades: São Paulo (SP), Rio (RJ), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Brasília (DF), Recife (PE) e Joinville (SC).

O carro chega em duas versões. Uma delas é equipada com o ex-tensor de autonomia e vai custar R$ 236 mil. O preço da outra versão é R$ 226 mil.

A empresa destaca que o i3 não é um carro transformado para rodar com eletricidade e, sim, um carro

Fotos: Oswaldo L. Palermo

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Joel Silveira Leitecoluna autoMóveis

O carro conta com uma nova arquitetura – produzida com fibra de carbono e alumínio –, usa fibras orgânicas na construção e seu cora-ção é a bateria e não o motor. Tem luz de led, faixa preta no capô, teto e traseira e não tem coluna B nem eixo cardã, o que aumenta o espaço e o conforto dos passageiros porque elimina o túnel central. A bateria é estendida sob o assoalho do carro

Além do motor elétrico, o i3 pos-

sui um motor a combustão que gera um extensor de autonomia.

O motor de 647 cc de 2 cilin-dros tem 34 cavalos de potência e é usado para mandar energia até a bateria, que alimenta o motor prin-cipal com 170 cavalos de potência. O motor a combustão só serve para gerar energia para a bateria, por isso não se deve somar a potência dos dois. E ele sozinho não consegue movimentar o carro. Sua função é

aumentar a autonomiaA recarga padrão das baterias

leva 16 horas na corrente de 110 V e 8 horas na corrente de 220 V. A recarga rápida leva de três a cinco horas, e o custo de rodagem é de R$ 7,00 para cada 160 km.

Bem equipado, o carro vem com seis airbags, assistente anticolisão, controle de estabilidade e de tração e teto solar. E já nasce conectado. Segundo a direção da montadora, o i3 é o carro mais conectado do mun-do. Basta ligar o motor que ele está 100% ligado com o mundo.

A experiência de dirigir o i3 é úni-ca. Eu já havia tido a oportunidade de experimentar o carro durante a apresentação na Rio+20, em 2012, no Rio de Janeiro, mas tratava-se de um protótipo. O carro pronto eu senti agora. Em relação à conectivi-dade, uma surpresa: ao ligar o motor, uma pessoa entra em contato com o motorista se dispondo a passar qualquer informação de que você necessita, num atendimento dire-to da Espanha, mas em português: localização de bar, restaurante, hotel, exposição, o que você quiser.

Movido a bateria elétrica, o BMW i3 tem custo de rodagem de R$ 7 para cada 160 km

Conectividade única: quando o motor é ligado, um funcionário da BMW fala ao vivo com o motorista para saber se ele necessita de informações

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Joel Silveira Leitecoluna autoMóveis

Junto com o i3, a BMW apresentou o seu su-peresportivo híbrido i8 plug-in (pode ser car-regado na corrente elétrica), com o motor elétrico no eixo dianteiro, potência de 131 cv

(96 kW) e um potente motor a combustão no eixo traseiro, 1.5 de 3 cilindros turbo a gasolina. Juntos, os dois motores levam o i8 a 100 km/h em 4,4 segundos e com um consumo excepcional: 47,6 km/l, o que gera emissões baixíssimas de CO²: apenas 49 g/km.

O super híbrido

Uma voltinha no novomercedes-Benz GLK biturbo

O híbrido superesportivo i8: design, baixo consumo e baixa emissão de CO²

Mercedes-Benz GLK biturbo: linhas fortes para o utilitário esportivo que reúne conforto, desempenho e segurança

Com tração integral perma-nente, câmbio automático de sete marchas e motor diesel de quatro cilindros

com dois turbos de 170 cv e torque excepcional, esse Mercedes-Benz GLK avaliado com exclusividade para a revista Estilo Damha é pura tecnologia sobre rodas.

Com quase duas toneladas de peso, o utilitário esportivo lançado este ano no Brasil acelera de 0 a 100 km/h em 8,8 segundos e chega a 205 km/h, velocidade limitada ele-tronicamente. Não tem o desempe-nho de um esportivo, mas nem pre-cisava. O GLK oferece ao usuário um misto de alto desempenho e prazer

ao dirigir, com muito conforto para motorista e passageiros.

O sistema de tração integral per-manente 4Matic garante total esta-bilidade e permite o bom desempe-nho em qualquer tipo de terreno: no asfalto e na terra.

As linhas fortes revelam a ideia de um carro valente, mas com de-senho harmônico, sem ser muito agressivo como os fora de estrada mais radicais. O carro tem detalhes cromados, barras no teto de alumí-nio brilhante, protetores dianteiro e traseiro cromados, grade do radiador com duas hastes com apliques cro-mados, frisos cromados e saias la-terais pintadas na cor da carroceria.

A posição de dirigir possibilita ao motorista uma visão completa da via, obtendo uma percepção privi-legiada do tráfego, de total controle da situação.

A aceleração eficiente, combina-da com o sistema de freio de primeira linha, dá tranquilidade ao motorista em relação à segurança. Aliás, no que se refere à segurança, o carro vem

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Joel Silveira Leitecoluna autoMóveis

carregado de tecnologia: além dos sete airbags, tem um sistema que alerta sobre a fadiga do motorista, o regulador de velocidade em descidas íngremes, freios adaptativos associa-dos ao controle eletrônico de estabili-dade, distribuição eletrônica de força de frenagem (EBD), tração eletrôni-ca em cada roda, assistente de freio e assistente de partida em subidas (que não deixa o carro recuar).

Outro equipamento sofisticado é o sistema que faz a secagem auto-mática dos discos de freio na chuva, evitando que o sistema falhe em caso de necessidade. E a função hold mantém o carro parado sem neces-sidade de pisar no pedal do freio.

O carro conta ainda com um sis-tema de estacionamento automáti-co, assentos com ajustes elétricos e conjunto de memórias tanto para o motorista quanto para o passageiro

nas ao requinte no acabamento,• do conforto aos quase infinitos

recursos de tecnologia, • da segurança à potente moto-

rizaçãoO Mercedes-Benz GLK biturbo

proporciona um grande prazer de dirigir.

da frente. Tem também teto solar panorâmico com comando elétrico, retrovisores externos com rebati-mento elétrico, limpadores de faróis, farol alto adaptativo e faróis bi-xe-nônios ajustáveis a cada situação.

Por tudo o que oferece: • das harmoniosas linhas exter-

Acabamento requintado e conforto aumentam ainda mais o prazer em dirigir

Tecnologia de ponta: sete airbags, sistema que detecta a fadiga do motorista, regulador de velocidade e muitos outros atrativos

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Flávio Resendecoluna coaching

Flávio ResendeÈ jornalista, coach epós-graduando em Coaching Ontológico pela Homero Reis & Consultores.

O POdER dAS ESCOLhAS

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Ao longo da vida, passamos por situações em que somos confrontados a fazer escolhas que podem alterar o rumo de toda uma trajetória

É comum ver as pessoas re-clamarem dos resultados obtidos na vida pessoal, pro-fissional ou amorosa como

se tudo não passasse de mera coin-cidência do destino. Seríamos, então, predestinados a viver nossas histó-rias tal como elas se desencadeiam ou a construímos dia após dia, a partir das escolhas que fazemos? Por que, afinal, é tão difícil escolher? Faríamos escolhas diferentes se, no momento da tomada de decisão, elas chegas-sem em fases distintas de nossas vidas? Estes são alguns dos ques-tionamentos que me faço quando o assunto em questão são as escolhas.

O Coaching nos ajuda a entender essa equação de que, não é porque sempre foi de um jeito a nossa vida, devemos ou precisamos continuar fazendo da mesma forma. Em ter-mos práticos, costumamos afirmar que é, efetivamente, impossível co-lhermos “melancia” se passamos a vida inteira plantando “mamão”.

Repare que neste contexto não existe certo ou errado. Ninguém afir-

mou que melancia é melhor do que mamão. Simplesmente acabamos por obter um resultado quando nosso anseio é por outro. E isso de algum modo nos torna infelizes ou incom-pletos (se é que a completude existe).

É aí que entra o coach, profissional que tem por objetivo levar o coachee (isto é, a pessoa que se submete à intervenção de Coaching) à reflexão sobre como é possível fazer diferente para atingir os resultados esperados. Ou seja, o movimento é o de des-construir os paradigmas, remodelan-do e experimentando novas possibili-dades de atuação.

Inexoravelmente, ao longo da vida, passamos por situações em que somos confrontados a fazer escolhas que podem alterar o rumo de toda uma trajetória.

Ainda adolescentes, por exemplo, escolhemos o curso superior que va-mos frequentar, e isso pode determi-nar vários campos de nossas vidas. Estaríamos aptos a fazer escolhas de tamanha importância sem a maturi-dade necessária? Se fizermos a es-colha errada, teremos volta?

O temor em decidir está direta-mente relacionado com a importân-cia e com o possível impacto que a decisão poderá ter na vida de uma pessoa. Em geral, são situações que geram dúvidas e incertezas. Mas, afinal, como decidir sobre coisas tão relevantes? E se não for a melhor de-cisão? E se eu me arrepender?

Escolher implica, necessariamen-te, abrir mão de alguma coisa, na ex-

pectativa de ganhar outra. E, portanto, não temos como saber qual é a me-lhor opção. Não há uma fórmula má-gica que nos garanta o que dará certo ou não no futuro. E quase sempre esta incerteza é motivo de angústia e an-siedade.

Há também quem prefira culpar o outro ou o destino. Como conse-quência, o resultado pode acabar sendo muito diferente daquele que gostaríamos, gerando ainda mais frustração. E o pior: não somos capa-zes de perceber o quão responsáveis fomos por isso. Afinal, tudo é escolha – inclusive, quando ficamos inertes diante dos estímulos e, sobretudo, quando permitimos que alguém faça a escolha por nós.

O caminho, então, talvez seja per-ceber que, mesmo quando preferi-mos não decidir nada, uma decisão já foi tomada: a de não se comprome-ter. A questão é que não percebemos que realizamos, muitas vezes, esse mecanismo de fuga.

Em resumo, vivemos num mun-do repleto de riscos, no qual nunca teremos certeza se nossas escolhas serão as mais adequadas. E nos po-sicionar talvez possa implicar trilhar caminhos, no mínimo, mais honestos com nós mesmos.

Esta é a primeira edição da coluna “Coaching” na Estilo Damha. Trare-mos aqui discussões sobre temas do dia a dia que impactam a forma como sentimos e pensamos o que acontece ao nosso redor. Espero que tenham gostado! Boa leitura e até a próxima.

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Fernando de NoronhaturisMo

Mesmo com o crescimento do turismo em Fernando de Noronha, arquipélago resiste ao conseguir manter uma aura especial e ser o sonho de consumode praticamente dez entre dez brasileiros

Textos e fotos: Alex Souza

AIndAmISTERIOSA, SEmPRE dESEJAdA

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Fernando de NoronhaturisMo

Imperdível: mergulho com snorkel na Baía do Sancho, considerada a praia mais bonita do mundo pelo TripAdvisor

A popularização das viagens entre os brasilei-ros diminuiu distâncias e abriu possibilidades até então improváveis para muitos cidadãos. Aumento da renda, facilidades de pagamento,

acesso a crédito e informações a dois cliques proporcio-naram, como uma das consequências, a realização de viagens por muito tempo utópicas na concepção de al-guns, bastando basicamente planejamento para que o sonho se torne realidade.

Ainda que com a eliminação aparente de fronteiras, no entanto, há um lugar no Brasil que resiste em se en-tregar. Um destino que, mesmo com os vídeos, fotos, posts e reviews da internet, mantém uma aura de isola-mento que gera curiosidade e alimenta no imaginário ge-ral a ideia de um lugar especial, único e quase inatingível.

Até meados dos anos 1990, Fernando de Noronha era praticamente inacessível aos brasileiros. Pelo menos era essa a nossa sensação. Ninguém sabia exatamente como chegar lá (de barco, de avião, de navio, de helicóp-tero?), se alguma autorização especial se fazia neces-sária, qual era – se é que havia – a infraestrutura para visitantes. Aliás, será que os turistas são bem-vindos?, muitos se perguntavam. Durante décadas construiu-se a ideia de que Noronha era uma ilha “cercada”, protegida por algum campo de força contra estranhos. O que só fazia aumentar nossa curiosidade.

Essa sensação de isolamento provavelmente é fruto da história da ocupação da ilha no decorrer dos séculos. O

arquipélago foi descoberto pelos portugueses em 1503, mas, como por lá não se encontram riquezas naturais como ouro e prata, permaneceu desocupado pelos 200 anos posteriores. Por volta de 1700, a localização estra-tégica – o ponto mais próximo da costa brasileira – co-meçou a despertar a atenção de outros povos, como holandeses e franceses, que em Noronha organizavam esquadras para invadir o Brasil. Foi nesse momento que Portugal percebeu a necessidade de retomar o arquipé-lago e incumbiu a capitania de Pernambuco da tarefa de expulsar os “forasteiros” para reocupá-lo. Ali nascia a re-lação entre o estado pernambucano e Fernando de Noro-nha, que na verdade está mais próximo do Rio Grande do Norte (360 km) do que da terra do frevo (540 km).

A primeira população a viver por lá, a partir de meados de 1737, era composta por presidiários e militares, res-ponsáveis pelo início da construção da vila. Foi assim até 1938, quando o governo federal decidiu transformar No-ronha em um local para presos políticos, com a presença do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Um dos deten-tos mais famosos foi Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco e avô de Eduardo Campos, falecido há pou-cos meses. O arquipélago deixou de ser presídio nos anos 1970, mas permaneceu sob a tutela das Forças Armadas até 1988, ano da Nova Constituinte, quando voltou à ad-ministração de Pernambuco. Nessa época, os moradores eram basicamente funcionários públicos, militares e civis, que desempenhavam funções administrativas.

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Ao longo das décadas, mesmo durante a ocupa-ção militar, Fernando de Noronha foi ponto de parada de veleiros oriundos da África e da Eu-ropa. Os navegantes ancoravam para comprar

mantimentos e acabavam fazendo amizade com os na-tivos, que ofereciam abrigo aos novos amigos. Foi assim que, de maneira tímida, algumas casas começaram a se tornar pousadas domiciliares, pois os navegantes fica-vam uma ou duas noites e depois voltavam para per-manecer por mais tempo.

Em 1988, quando o governo pernambucano retornou, uma antiga base militar já recebia turistas de todo o Brasil (cerca de cem por semana) vindos em um voo fretado à Transbrasil por uma empresa de turismo de Recife – an-tes desse voo, só se chegava em barcos da Marinha e em aviões da FAB. Pouco a pouco, os turistas que iam a No-ronha e se hospedavam na base militar adaptada a hotel começaram, assim como os navegadores, a fazer ami-zade com a população, e a hospedagem domiciliar foi to-mando corpo. “A pessoa fazia as viagens e ficava no hotel. Mas, depois que pegava amizade, se hospedava na casa do morador da ilha, que inicialmente não cobrava”, conta Hayrton Almeida, da Atalaia Noronha, uma das principais agências de turismo instaladas no arquipélago.

Com o fluxo de turistas aumentando, já nos anos

Fernando de NoronhaturisMo

O começo1990, o governo exigiu que os moradores que hospe-davam visitantes abrissem empresa e pagassem os impostos devidos. Atualmente, as cerca de cem pou-sadas domiciliares, cada uma com seis quartos em média, são o principal meio de hospedagem do des-tino, que é servido por três voos diários – dois da Azul e um da Gol – e recebe aproximadamente seis mil vi-sitantes por mês – 90% brasileiros. Logo na chegada, no aeroporto, os turistas são obrigados a deixar paga a Taxa de Preservação Ambiental: R$ 48,20 por cada dia de permanência no local. O valor, recolhido pelo go-verno de Pernambuco e passível de ser quitado ante-cipadamente pela internet (www.noronha.pe.gov.br), é utilizado nos trabalhos de coleta e envio de lixo ao con-tinente. Para ter acesso às praias localizadas no Par-que Nacional Marinho – área correspondente a 70% da ilha, protegida por leis federais e com uma série de restrições aos visitantes –, o turista desembolsa R$ 75 (estrangeiros pagam R$ 150), válidos por até dez dias. Também é possível pagar antecipadamente, por meio do site do parque (www.parnanoronha.com.br). Uma vez na ilha, os turistas se locomovem basicamente de cinco formas: táxi, alugando buguies ou bicicletas, to-mando o ônibus público ou com os veículos das agên-cias de turismo.

Praticamente deserta, a Baía do Sancho tornou-se hit depois de ser sido considerada pelo TripAdvisor a praia mais bonita do mundo

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Uma das razões que intimida a ida de turistas a Noronha é o estigma de que se trata de um destino caro. Os comerciantes locais garantem que “há para todos os bolsos”, porém, real-

mente, os preços estão acima dos encontrados no con-tinente. A alegação geral é a de que o custo de vida em Noronha é elevado, visto que a maior parte dos produtos e mantimentos chega à ilha de barco ou avião, gerando o encarecimento. Desta forma, o “custo Noronha” precisa ser repassado aos visitantes.

Uma rodada pelos restaurantes do arquipélago e o que se encontram são pratos com preços como: frango com legumes a R$ 46, risoto com frutos do mar a R$ 79, peixe na manteiga de castanha a R$ 65 e um self-service no qual se gasta em torno de R$ 40, bebida inclusa. Nas pousadas, as tarifas apresentadas no bal-cão (com antecedência e negociação é possível con-seguir melhores preços), em média, começam em R$ 400 na baixa temporada. O que encarece ainda mais a viagem são os valores pagos pela Taxa de Preservação Ambiental e pelo acesso ao Parque Nacional Marinho – visita obrigatória também pelo fato de lá se encontrar a Baía do Sancho, considerada a praia mais bonita do mundo pelo TripAdvisor.

Fernando de NoronhaturisMo

é caro?A praia Cacimba do Padre é o principal point dos surfistas na ilha

O Mirante dos Golfinhos, como o nome sugere, é um tradicional ponto de observação de golfinhos

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MERGULHO COM CILINDRO – Noronha é um dos principais pontos de mergulho do Brasil, com visibilidade que chega a 50 m. Cardumes de arraias, tartarugas, tu-barões e incontáveis espécies de peixes podem ser vis-tos. É possível realizar o mergulho (batismo) mesmo que o visitante não tenha certificado de mergulhador. Preço médio: R$ 370.

SNORKEL NA PRAIA DO SUESTE – invariavel-mente, o visitante vai nadar lado a lado com tartarugas enormes e tubarões das espécies limão e lixa, acostu-mados com a presença dos humanos e com tamanho entre 1 m e 1,5 m. Não é necessário guia. Gratuito, mas é obrigatório o uso de colete, que pode ser alugado em um posto de serviços na praia. Preço do aluguel do colete: R$ 20 por dia (inclui pé de pato e snorkel)

PASSEIO DE BARCO – também passa pela maior parte das praias. Inclui mergulho de snorkel na Baía do Sancho e, muito provavelmente, encontro com golfi-nhos. Preço médio: R$ 100.

Cinco passeios imperdíveis

Fernando de NoronhaturisMo

ILHA TOUR – passeio por terra que passa por algu-mas das principais praias da ilha. É ideal que o visitante o faça no início da estada, pois assim poderá escolher as praias que mais o agradam para relaxar nos dias seguin-tes. Dura cerca de oito horas e inclui banhos em diferen-tes praias. Preço médio: R$ 120.

PRANCHA SUBMARINA – modalidade criada em Noronha. Pranchas em formato de meia-lua, simila-res às usadas em escolas de natação, são amarradas em cordas de cerca de 5 m de comprimento. As cor-das, por sua vez, são amarradas aos barcos. As em-barcações, navegando a 5 km/h, puxam as pessoas, que estão segurando as pranchas e, com máscara de snorkel, observando a vida marinha. O aventureiro, se quiser e tiver pulmão, pode virar a prancha para baixo e afundar por até 5 ou 6 m. Se ele se soltar da pran-cha, o barco para até que ele se segure novamente. Preços médios: R$ 150 (inclui churrasco ao final do passeio e tempo para mergulho) ou R$ 100 (sem churrasco e mergulho).

Os golfinhos rotadores são presença praticamente garantida nos passeios de barco

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Fernando de NoronhaturisMo

Curiosidadese gargalos

• Sinal de celular e conexão à internet são bem ruins. As empresas de maior porte adquirem conexão via satélite, que é cara e também de baixa qualidade.

• Noronha não possui nascentes de água – todo o abastecimento da comunidade é feito por água da chuva e água do mar dessalinizada em uma usina na própria ilha.

• O elevado preço do combustível (quase R$ 5 o litro da gasolina) no único posto local acaba encarecendo o preço do táxi e o aluguel de buguies. O valor da tarifa é justificado, assim como em outros casos, pelo fato de o combustível chegar ao arquipélago de barco.

• As pessoas podem permanecer na ilha pelo tempo que desejarem. Porém, é necessário efetuar o pagamento diário da Taxa de Preservação Ambiental (R$ 48,20).

• Para conseguir o certificado de morador permanente, e assim não precisar mais pagar a taxa de preservação, é preciso ter parentesco de primeiro grau ou ser casado com algum morador da ilha com a “cidadania”. Se for para trabalhar, o cidadão poderá conseguir o certificado de mo-rador temporário.

• Noronha possui algumas espécies introduzidas de plantas e animais. Um deles, que vem causando problema por comer ovos de tartarugas e aves, é o lagarto teiú, leva-do ao arquipélago no século passado para combater outra espécie introduzida: os ratos, que chegam nos porões dos navios. Detalhe: os ratos têm hábitos noturnos, e os teiús, diurnos. Portanto, eles não se encontram e continuam se proliferando. Se contar em Portugal, ninguém acredita! Ou-tra espécie introduzida bastante vista na ilha é o mocó, um roedor de pequeno porte, similar em tamanho e aparência a um filhote de capivara. Foi introduzido pelos militares, di-zem, para treinamento de tiro.

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PatagôniaviageM do leitor

VIAGEM DO LEITOR Dicas e roteiros de viagens dos leitores da revis-ta Estilo Damha. A próxima dica pode ser a sua. Fale conosco: [email protected]!

Quem?

ALICE MEDEIROS DE LIMA e

AnDERSOn LUIS nAkAnOO que fazem?Ela é Engenheira Química e ele Cientista da Computação

Onde moram?São Carlos (SP)

Geleira Perito Moreno, no Parque Nacional Los Glaciares, a 80 km da cidade de El Calafate

Casa Rosada, em Buenos Aires, e calçadão à beira-mar, em UshuaiaFoto

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PatagôniaviageM do leitor

Tivemos uma grata surpresa este ano. Fomos um dos ganhadores da primeira edição do Programa de Relacionamento “Damha Para Você”. Pareceu algo surreal, afinal, nunca ima-

ginamos ganhar nada, ainda mais uma viagem com tudo pago. Tivemos a opção de escolher um dentre os três destinos oferecidos: Deserto do Atacama (Chile), Patagônia Argentina e Cartagena e San Andres (Co-lômbia). Escolhemos, então, passar sete dias desfru-tando das belezas da Patagônia Argentina, local que sonhávamos conhecer.

As hospedagens, inclusas no pacote, foram muito boas. Na cidade de El Calafate ficamos no Hotel Mira-dor del Lago e, em Ushuaia, no Fueguino Hotel. Ambos são muito bons, contam com quartos bonitos e acon-chegantes, além do café da manhã, que é excelente.

Na premiação do programa “Damha Para Você”, também estavam incluídos todos os traslados (para ae-roporto, hotel e passeios). Em El Calafate, o transporte foi feito pela agência Rumbo Sur e, em Ushuaia, pela Tierra Turismo. Ambas as agências tinham uma estru-tura muito boa, os guias eram simpáticos e receptivos.

As paisagens exuberantes e únicas de montanhas e glaciais chamaram nossa atenção. Pudemos apren-der um pouco sobre a fauna, a flora e o clima do local. Fizemos passeios muito interessantes, chegamos perto de leões-marinhos e de outros animais como pinguins. Estava no inverno argentino, mas pegamos temperaturas próximas a 4°C, o que não é tão frio, já que às vezes chega a ficar abaixo de zero.

Parque Nacional Tierra del Fuego. Este ponto é o fim da Ruta Nacional 3 (Rodovia Argentina, que corta o país de norte a sul), a 11 km da cidade de Ushuaia

Casa Rosada, em Buenos Aires, e calçadão à beira-mar, em Ushuaia

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PatagôniaviageM do leitor

Também tivemos a oportunidade de conhecer um pouco do estilo de vida e do cotidiano dos moradores. Acreditamos que foi uma experiência interessante e que, de certo modo, conseguimos adentrar os aspec-tos culturais deles. Conseguimos nos virar com nosso conhecimento da língua espanhola e, na verdade, isso não foi um fator complicador, já que lá todos se esfor-çavam para nos compreender e, também, para serem compreendidos. As cidades que conhecemos eram turísticas e muitos brasileiros viajam para lá, o que faz com que eles também tenham afinidade conosco.

Foi muito gostoso conhecer um pouco sobre a exu-berante gastronomia da região. Achamos excelente. O corte das carnes e o modo de preparo são muito pecu-liares. Gostamos muito do cordeiro patagônico, um prato típico da região e muito saboroso. Não somos especia-listas em vinho, mas tomamos alguns deliciosos.

Recomendamos fortemente esse destino, in-clusive para quem tem crianças ou quem já está na melhor idade. Não somos de fazer muitos esportes radicais e conseguimos aproveitar todos os passeios no nosso ritmo.

Estávamos precisando desligar um pouco da cor-reria do dia a dia e não poderia ter sido melhor. Foi uma semana gostosa, um momento de recarregar as energias, de buscar a paz interior, de repensar e de-sacelerar. Voltamos recarregados e com ainda mais força para encarar o que vem pela frente.

Lagoa Escondida, a 60 km de Ushuaia. Fomos a um passeio chamado ‘4x4’, nome que se deve ao veículo utilizado para chegar ao local. No caminho, havia muita neve, lama, pedras... Depois, fizemos uma caminhada leve

dentro da floresta para chegar à lagoa. A vista é espetacular!

Farol Les Eclaireurs ou Farol do Fim do Mundo, situado no Canal Beagle. Ao fundo, na Ilha, é possível ver pássaros cormorões. Nas ilhas

próximas, foi possível ver leões-marinhos também

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PatagôniaviageM do leitor

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Expedição América Latinaaventura

Foram dois meses tentando fazer a entrevista acontecer. Desde o início já sabíamos que fa-lar com alguém que está percorrendo toda a América Latina a bordo de uma bicicleta não

seria tarefa fácil, afinal, para quem passa os dias pe-dalando centenas de quilômetros, não resta muitas alternativas a não ser usar as noites para um bom e merecido descanso.

Persistente que somos, conseguimos entrevistar o fotógrafo Beto Ambrosio via internet, enquanto ele

A bordo de sua bicicleta, o fotógrafo Beto Ambrosio viaja pela América Latina em uma busca íntima pela simplicidade da vida; batizada de Vestígio de Aventura, sua saga será transformada em dois livros: um com as imagens dos lugares incríveis por onde passou, e outro com a história dessa grande aventura

Texto: Thatiana MilosoFotos: Beto Ambrosio

explorava as belezas do território mexicano. Sonhador, como se autodenomina, o aventureiro natural de Arara-quara (SP) alimentou por dois anos o desejo de percorrer o mundo em duas rodas. Até que um dia, a oportunida-de bateu à sua porta. Ele estava em um café com o livro que conta a história de Rafael Limaverde, cearense que percorreu a América Latina também com uma bicicle-ta. Foi quando um conhecido seu, o empresário Tadeu Lockermann, entrou no estabelecimento e o viu com a publicação.

OLhARES dA AméRICA

Beto Ambrosio, no salar de Uyuni, Bolívia: expedição de bicicleta pela América Latina já dura 23 meses e deverá ser concluída em junho de 2015

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Expedição América Latinaaventura

“O livro acabou virando o tema de nossa conversa, até que o Tadeu fez a pergunta que mudaria minha vida para sempre: ‘Beto, por que você não faz uma viagem dessa e eu te patrocino?’ Naquele momento, quase caí das pernas e, a partir daí, tudo começou. Foram sete meses organizando a viagem, até chegar o momento da partida”, conta o aventureiro.

A saga começou, precisamente, no dia 2 de de-zembro de 2012, data em que Beto Ambrosio com-pletava 25 anos. De lá para cá, foram 23 meses de viagem, mais de 18 mil quilômetros percorridos e 16 países visitados: Brasil, Uruguai, Argentina, Chi-le, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala, Belize e México. Para completar a expedição, o que deve acontecer em junho de 2015, ainda faltam Cuba e Venezuela.

Mais que o ímpeto pela aventura e a vontade de co-nhecer novas culturas, o fotógrafo conta que partiu rumo aos países latino-americanos em busca de experiências que lhe pudessem revelar a simplicidade da vida.

“Quando vivemos de maneira simples, sem luxos e exageros, paramos de reclamar por besteiras e pas-samos a agradecer por cada prato de comida, cada pessoa que nos ajuda, cada cama em que dormimos. Por tudo o que muita gente não tem. Através do meu relato tento passar a mensagem de que a vida é mui-to mais simples e valiosa do que pensamos. Com as fotos, tento tocar os corações”, explica Beto.

O relato mencionado por ele é uma coletânea de diários escritos ao longo da viagem e que será trans-formada em livro. As imagens, além de ilustrarem a narrativa, também resultarão em um livro estritamen-te fotográfico. Beto conta que as fotos mostram muito mais que as paisagens deslumbrantes dos países onde esteve: elas focam as pessoas, cidadãos desse vasto e enigmático continente latino-americano.

Dia de festa na região de Oruro, Bolívia: imagens que focam pessoas e transmitem sentimentos

A beleza do olhar: “Com as fotos, tento tocar os corações”

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Expedição América Latinaaventura

“Procuro fazer imagens que transmitam algum sentimento, por isso gosto de fotografar olhares e situ-ações inusitadas. Seres humanos são mundos dentro desse mundo, cada um com sua peculiaridade, por isso são tão especiais.”

Em meio a tantas recordações, ele não consegue eleger o lugar mais especial ou o fato mais marcante da expedição. Para o aventureiro, o acolhimento que re-cebeu das famílias que o hospedaram

é algo que levará para sempre. “Não há nada que me emocione mais do que pensar que pessoas que eu nun-ca havia visto na vida me colocaram dentro de suas ca-sas, me deram comida e carinho. Em muitas das despe-didas houve lágrimas de felicidade”, lembra o fotógrafo.

Questionado se o patrocínio que recebeu está sendo suficiente para bancá-lo durante toda a aventura, Beto revela que o dinheiro terminou na metade da viagem.

Foi então que ele gravou um vídeo, publicou na inter-net e, em 50 dias, conseguiu arrecadar a quantia ne-cessária para finalizar a expedição e publicar os dois livros. “Hoje, são mais de 300 patrocinadores, além da ajuda de amigos e familiares, que organizaram uma grande feijoada para arrecadar fundos.”

A seguir, a Estilo Damha publica, com exclusi-vidade, trechos do diário de Beto Ambrosio, escri-tos durante uma das passagens mais marcantes da viagem: o Deserto do Atacama, no Chile. Para quem quiser acompanhar a expedição do fotógra-fo pela América Latina, basta curtir a página do projeto no Facebook (facebook.com/vestigiode-aventura).

A imensidão do deserto de sal em Uyuni, Bolívia: a simplicidade da vida sem luxos e exageros

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Expedição América Latinaaventura

4 Dias de Deserto

Dias 1 e 2

“Tô destruído. Sem dúvidas, foi o maior desafio físico e psicológico da minha vida até agora. (...) O que me pegou foi o desgaste por pedalar 435 km em quatro dias, em condi-ções extremas, de muita subida, vento contra, calor de dia, frio de noite, ar seco, nariz sujo, cabelo duro, boca rachada, dedo congelado e pernas latejando. E o melhor de tudo, sem água para me lavar. Os caminhoneiros se tornaram meus grandes irmãos. Sem eles, eu jamais poderia atravessar esse trecho. Calculo que bebi de 6 a 8 litros de água por dia, graças a eles. (...) muitos quiseram me dar carona, mas a minha vontade de conquistar esse deserto era tão grande quanto a minha sujeira.”

“Acordei às 5h da manhã. Foram 122 km de estrada, sendo 60 km de terra e 62 km de asfalto. Cheguei bem, dormi num lugar maravilhoso, eu e um mundo de estrelas, que chegavam a iluminar a noite. me senti em casa, toda aquela ansiedade de antes foi em vão, não senti nenhum tipo de medo, pelo contrário, senti a presença de deus como nunca havia sentido e recebi toda a energia das orações que algumas pessoas me prometeram. durante a noite, contemplação da natureza e agradecimento ao infinito... Comi meu strogonoff que já estava pronto em um tupperware, lavei a louça com a lín-gua e dormi como um anjo. no segundo dia perdi hora. Era para acordar às 5h, mas meu corpo não conseguiu. Só às 8h20 fui para a estrada, pronto para o dia que seria o mais cansativo. Foram 102 km de muita, mas muita subida, daquelas que, para mim, são as piores: suaves e infinitas. (...) Pedalei até quase de noite, até o corpo pedir para parar.”

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Expedição América Latinaaventura

dias 3 e 4“O terceiro dia foi lindo, 155 km de muita descida, daquelas que, para mim, são as melhores: suaves

e infinitas. Acordei às 5h da manhã, e o deserto era só meu, inteirinho. Meus irmãos caminhoneiros ainda dormiam, ou seja, escuridão e silêncio total. (...) Só depois de 1h30 pedalando é que o Sol saiu e, com calma, foi descongelando a ponta dos meus dedos. Nesse dia eu parei de pedalar porque o vento pediu. (...) A última noite foi de festa, com direito a macarrão “a la areia” e chocolate. Deixei a música alta, fiquei olhando para o céu com a porta da barraca aberta; não conseguia pensar em nada que não fosse bom: família, amigos, feijoada, charuto de folha de uva, tudo o que me espera daqui dois anos. (...) Acordei às 4h30 com um vento barulhento, que fazia a barraca dançar. Tentei dormir de novo, mas, a essa altura, eu sentia o meu corpo tão sujo que não consegui mais pegar no sono. Foram quatro dias transpirando, sem

banho, o corpo todo melado. ‘Chega’, pensei, ‘é hora de tomar banho’. Arrumei minhas coisas e saí pedalando na madrugada, ouvindo Pink Floyd nas caixinhas e tocando guitarra imaginária. Finalmente, às 8h, che-guei ao meu destino, Antofagasta, depois de 55 km. Às 8h30 estava na frente da casa da Glória e do Feli-pe, um casal de amigos terceirizados pela Fer de Los Vilos. Acordei todo mundo, me apresentei, pedi mil desculpas pelo horário e fui direto para o banheiro. No fundo, o que realmente quero com tudo isso é engrandecer mais ainda o valor das coisas.”

Uma barraca, uma bicicleta e o sonho de desbravar a América

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Expedição América Latinaaventura

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Franquiasnegócios

balhadores diretos estavam empregados em 114.409 unidades espalhadas pelo território nacional. Para 2014, a expectativa da ABF é fechar o ano com um cresci-mento de 13% e aumento de 9% em inaugurações.

Embora atraentes, as estatísticas não estão aí para criar uma falsa ideia de que entrar para o mundo das franquias é sinônimo de pouco trabalho e dinheiro fácil. Quem está no ramo que o diga: em terra de gigantes, para se dar bem não basta apenas apostar as fichas em uma marca já consolidada; também é preciso muito tra-balho, estratégia e dedicação. Fo

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As cifras são altas, na casa das centenas de milhares de reais. Mas quem está no ramo garante: cada centavo investido vale a pena. Para os mais céticos, o otimismo pode ser

traduzido em números: em 2013, o setor de franquias cresceu 11,9% e faturou R$ 115 bilhões no País, se-gundo balanço da Associação Brasileira de Franchi-sing (ABF).

Aos empreendedores que sonham com esse nicho de mercado, é interessante prestar atenção nestes da-dos: até dezembro de 2013, mais de um milhão de tra-

Juliana Mira B. Souza, sócia de uma franquia da MMartan

Investir em uma franquia pode não ser barato, mas empresários que apostaram no setor garantem que começar com uma marca já conhecida ajuda em muito na escalada rumo ao sucesso

Texto: Thatiana Miloso

O APAIxOnAnTE MUnDO DAS

FRAnqUIAS

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Franquiasnegócios

Isso é o que conta a empresária Juliana Mira B. Sou-za, sócia de uma franquia da MMartan na cidade de São Carlos (SP). Juliana e o marido, que já eram empreen-dedores, estavam em busca de uma franquia quando a oportunidade bateu à porta: um dos sócios da loja preci-sou se mudar do Brasil, o que tornaria inviável sua per-manência na sociedade. Com o negócio já caminhando, a empresária percebeu que era a ocasião perfeita para fazer o investimento.

“Queríamos uma franquia pela garantia que esse tipo de negócio oferece. Partir com uma marca já conhecida e consolidada pode ajudar muito. O investimento é alto, mas o tempo de retorno é relativamente rápido, entre dois e três anos. Se você trabalha de maneira séria e se dedica para fazer as coisas acontecerem, só há pontos positivos”, conta Juliana.

Além de ter uma marca forte a ponto de atrair clien-tes e alavancar vendas, a franqueada da rede varejista de cama, mesa e banho também considera como fator positivo o suporte oferecido pela empresa. Com um sis-tema que mantém sua loja conectada 24 horas por dia com a matriz, Juliana conta que a franqueadora participa ativamente no dia a dia da empresa.

“Se a loja apresenta um desempenho abaixo do esperado, eles estão presentes para diagnosticarem o

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problema e propor soluções, ajudando inclusive na di-vulgação da franquia e na realização de promoções. Os treinamentos com os franqueados também ocorrem todos os meses. Não vejo pontos negativos em ter uma franquia. O custo pode ser alto, mas é algo 100% rever-sível”, destaca.

O empresário Fernando Pegoraro também não con-segue apontar o lado ruim do negócio. Ele entrou para o mundo das franquias no ano 2000, quando adquiriu sua primeira loja da Multicoisas, rede especializada em produtos para casas e ferramentas. De lá para cá, o em-preendedor se tornou proprietário das unidades localiza-das em Belo Horizonte (MG), Jundiaí (SP), Piracicaba (SP) e São Carlos (SP), e os planos de expansão não param.

Para Fernando, o mais importante para quem busca investir em uma franquia é saber com quem está fa-zendo o negócio. Pesquisar bastante sobre a marca e as pessoas que estão por trás dela é o primeiro passo para decidir se o investimento vale ou não a pena. “Neste ramo, o franqueado se torna sócio do franqueador. Se o dono da marca for inadimplente, por exemplo, você será prejudicado e estará sujeito às mesmas penalidades. É como um casamento, precisa ter certeza de que a pes-soa é idônea e que você se dará bem com ela”, avalia o empresário.

Nas palavras de Juliana, “uma marca já consolidada pode ajudar muito”

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Franquiasnegócios

Ao ser questionado sobre o que mais o atraiu no modelo de franchising, Fernando mencionou o fato de investir num negócio já formatado, que, no caso da Mul-ticoisas, foi aperfeiçoado durante os últimos 30 anos. O resultado desse período de maturidade, segundo o em-presário, foi a criação de um sistema de gestão redon-

Se ter uma franquia parece uma boa ideia, o mesmo vale para quem está do outro lado do negócio, ou seja, o proprietário da marca. Além do dom para o empreendedorismo e uma vi-

são de negócios apurada, muitos franqueadores cria-ram suas redes ao enxergarem a oportunidade numa carência do mercado.

Foi assim que nasceu a Pão to Go, padaria drive-thru fundada em 2013 e que hoje já conta com 14 unidades franqueadas e 131 comercializadas em todo o Brasil,

do, aperfeiçoado ao longo do tempo. No ano passado, a Multicoisas foi eleita pela ABF a melhor franquia do País, além de ter recebido pelo 11º ano consecutivo o Selo de Excelência dado pela Associação. Atualmente são mais de 170 lojas pelo País, e o investimento médio por uni-dade é de R$ 515 mil.

além de Estados Unidos, Argentina e Colômbia. Fenô-meno nacional, a rede foi criada pelo empresário Tom Ricetti meses após o insight que mudaria sua vida: “Era próximo do Natal e eu estava indo almoçar na casa da minha mãe. Ela pediu que eu levasse pão; depois de passar por duas padarias e desistir porque estavam lo-tadas, acabei indo comprar em uma rede de supermer-cados. Resultado: também estava cheia e acabei levan-do mais de uma hora para poder comprar um saco de pães”, relembra o empresário.

“Vendemos tempo e comodidade”

Fachada de uma das lojas da rede Multicoisas. Para Fernando Pegoraro, pesquisar sobre a marca e sobre as pessoas por trás dela é o primeiro passo

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Agronegóciosnegócios

Depois dessa experiência, Tom pensou num modo de oferecer uma facilidade na hora de comprar o pão nosso de cada dia. Começou, então, a pesquisar até chegar ao modelo de negócio de padaria drive-thru. Além do pão-zinho, carro-chefe da rede, a Pão To Go também comer-cializa frios fatiados, leite, manteiga, sucos, refrigerantes, café, água, balas e cigarros, produtos vendidos no mo-delo tradicional de padaria.

“Criamos um modelo de gestão focado na rapidez do atendimento. Por isso costumo dizer que a Pão To Go vende tempo e comodidade. Quanto custa estar em casa meia hora mais cedo? Hoje em dia, tempo não tem preço, por isso acredito que o crescimento da rede te-nha sido tão rápido, pois o consumidor final se identificou com o negócio”, analisa Tom Ricetti.

Enquanto a franquia cresce a passos largos, o em-presário já se prepara para o impacto das primeiras uni-dades de dois novos modelos de negócio envolvendo a Pão To Go: walk-thru e express. O primeiro se trata de quiosques para serem instalados em locais como esta-ções de metrô e terminais rodoviários. O segundo é uma espécie de café, com produtos de padaria, como misto-quente, café com leite, entre outros.

As inovações da marca não param por aí: como as ati-vidades da Pão To Go drive-thru se encerram às 20h30, o empresário já vislumbra aproveitar a estrutura instalada para comercializar outro produto que é uma paixão na-cional: a pizza. “A estrutura está montada. Nossa ideia é, a partir das 20h30, ter a Pizza To Go. É um plus para o nosso franqueado, que poderá ganhar mais dinheiro.”

Para ser um negócio viável, a Pão To Go prevê uma loja para cada 35 mil habitantes. Para ter uma franquia da rede, o proprietário precisa desembolsar a partir de R$ 190 mil, com prazo de retorno entre 12 e 26 meses.

Se depender da vontade e da força de trabalho de Tom, a Pão To Go fará história no mercado nacional de franquias. “Temos a obrigação de ser a maior franquia do País, porque vendemos um produto que o brasileiro consome diariamente, independentemente da classe social”, finaliza o empresário.

Tom Ricetti, fundador da Pão To Go: 131 lojas comercializadas em apenas um ano

Meta é transformar a rede Pão To Go na maior franquia do Brasil Foto

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Eduardo Amuricoluna econoMia

Eduardo AmuriFormado em psicologia econômica, escreve sobre finanças e comportamento também no PapodeHomem (papodehomem.com.br) e no Dinheirama (dinheirama.com).

E SE FALáSSEmOS SOBRE dInhEIRO?

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Vivemos sedentos por espaço, por respiro. Ter um intervalo de uma hora para falar sobre as dores do bolso é um luxo para poucos

E lá se vão três anos des-de a primeira consulto-ria financeira que prestei. Lembro-me bem do dia.

Eu tinha a parte técnica bem es-truturada e clara, mas não sabia muito bem como agir, qual tom de voz assumir nem quais ferramen-tas utilizar.

Na minha cabeça, porém, uma coisa era clara: eu precisava que os papos tivessem duração definida e que fossem coesos, caso contrário, eu provavelmente faria amizade com o cliente depois de um ou dois encontros e todo o processo de consultoria ficaria bastante preju-dicado.

Um dos meus primeiros clien-tes foi um publicitário talentoso, que ganhava muito bem e estava

financeiramente enrolado há anos. Ele era muito agitado e eloquente. Logo na primeira reunião desatou a falar desesperadamente e me faltou pulso para interrompê-lo. Deu uma hora de papo e eu não ti-nha dito praticamente nada. Achei por bem respeitar minha “regra” de duração e dei a conversa por encerrada, bastante frustrado. Não ajudei em nada, pensei.

No dia seguinte, pela manhã, recebo um e-mail do publicitá-rio falante, dizendo que achou a “conversa” incrível e que mal podia esperar pela próxima. Dei risada na frente do monitor. Eu não havia dado um conselho, mal havia toca-do nos números que ele rabiscava na folha de papel, e mesmo as-sim ele estava superfeliz, achando tudo muito proveitoso.

O sucesso desse começo não foi mérito meu. Ele ficou feliz por-que abrir uma situação descon-fortável com alguém de confiança nos faz bem. Vivemos sedentos por espaço, por respiro. Ter um intervalo de uma hora para falar sobre as dores do bolso é um luxo para poucos.

Além disso, o que traz conforto e a sensação de alívio não é, ne-

cessariamente, resolver o proble-ma financeiro. Muitas vezes, ape-nas a percepção de progresso já se encarrega de arrancar o nó da garganta. O publicitário, ao contra-tar a consultoria, passou por cima de anos de negação e inabilidade disfarçadas de desdém. Isso o co-locou em movimento, e é isso que nos tira da agonia: o movimento.

Podemos criar esses espaços de respiro e esses lembretes de movimento sem contratar uma consultoria. Podemos usar pesso-as próximas, grandes amigos, par-ceiros de jornada, pessoas com as quais podemos travar relações que ultrapassem um papo ameno, um jantar despretensioso ou uma cer-veja no fim do dia. O espaço pode ser cultivado.

Não é à toa que decoramos a escalação completa de times de futebol, nós falamos sobre isso todos os dias! Trazer o assunto “dinheiro” para a mesa é dar um passo grande em direção à tran-quilidade. Vale mais do que com-prar um livro técnico sobre educa-ção financeira.

Quanto mais incrustado em nossa rotina o assunto estiver, melhor.

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CarreiraMercado

mo o mais seguro e competente profissional. Mas se você é um dos milhares de brasileiros em

busca de um novo emprego, não se deixe desani-mar e renove suas esperanças para o novo ano que se aproxima: a Estilo Damha convidou dois experts em Recursos Humanos para discutirem o assunto e darem dicas preciosas sobre o que é in e out nesse acirrado jogo corporativo.

Com a iminência de uma crise econômica no Brasil e o número de contratações em queda, 2014 não foi o melhor ano para quem alme-java conquistar aquela tão esperada vaga no

mercado de trabalho. A economia estagnada e o gran-de número de pessoas qualificadas dispostas a tudo para conseguirem um “lugar ao sol” foram apenas al-guns dos obstáculos que poderiam intimidar até mes-

Chegou a hora daquela tão sonhada entrevista de emprego. Desespero ou autoconfiança? A Estilo Damha ouviu dois experts no assunto para dar dicas preciosas sobre como se sobressair, mesmo em tempos difíceis

Texto: Thatiana Miloso

Identificar seus diferenciais, interesses e fraquezas é fundamental na hora de encarar o mercado de trabalho

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CarreiraMercado

Alguns candidatos são tão autoconfiantes que só o fato de conseguirem uma entrevista de emprego já os fazem se sentir com um pé dentro da compa-nhia. Outros, por sua vez, ficam tão nervosos que

veem os processos seletivos como verdadeiros entraves na conquista por uma vaga. Como em tudo na vida, nem 8, nem 80. Para o especialista e consultor em Gestão de Pessoas Antonio Carlos Mathias, a partir do momento que uma pessoa se predispõe a encarar o mercado de traba-lho, é fundamental que ela adquira profundo conhecimento sobre si mesma: interesses, necessidades, habilidades, fra-quezas, certezas e objetivos.

“É preciso estar atualizado com as tendências do mer-cado, sempre se qualificando e, acima de tudo, estar ante-nado às possibilidades oferecidas. O currículo é como um cartão de visitas e deve ser elaborado de forma que seja de fácil compreensão e atraia o empregador”, orienta Mathias.

A consultora em outplacement, Adriana Cavalcante, também ressalta que vale a pena “treinar” antes da entre-vista, analisando as perguntas mais frequentes feitas por recrutadores, respostas mais apropriadas e a postura ideal.

“Durante o processo seletivo, o entrevistador preci-sa que o candidato expresse suas experiências da melhor forma possível. Então, identifique quais são os seus dife-renciais em relação aos demais concorrentes. Quais cer-tificações possui? Quais idiomas domina? Possui alguma

A consultora em outplacement Adriana Cavalcante: “Seja sincero em relação às respostas dadas”

Antonio Carlos Mathias: entrevistador não é amigo nem inimigo

nem 8, nem 80

experiência profissional internacional? Liderou proje-tos relevantes para as organizações? Foi premiado?”, questiona Adriana.

Ela explica que, com essas respostas bem estru-turadas em mente, o candidato ajuda o recrutador a identificar suas habilidades e compará-las com o perfil da vaga. “Acima de tudo, seja sincero em re-lação às respostas dadas. Não minta nem confirme algo que nunca realizou ou vivenciou”, complementa a consultora.

Para quem aposta que há algum tipo de perfil mais desejado nos processos seletivos, Adriana Ca-valcante revela que essa “rotulagem” não é bem vista entre os especialistas em RH, pois pode banalizar a capacidade de análise dos recrutadores.

Outro ponto importante a observar durante a en-trevista é a forma de se relacionar com o recrutador. Antonio Carlos Mathias dá a dica: “Um erro grave dos candidatos, após alguns minutos de entrevista, é imaginar que o entrevistador é um inimigo ou amigo. Ele nada mais é que um profissional que está fazendo seu trabalho, em busca da pessoa certa para o lugar certo. Portanto, é preciso manter a calma e levar o momento a sério. Demonstrar honestidade, serieda-de, dinamismo, ética e resiliência são fatores extre-mamente positivos”, finaliza o especialista.

Anotou tudo? Então, prepare-se e boa sorte!

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Erros fatais durante umaentrevista de emprego:

• Chegar atrasado para a entrevista• Falar muito• Criticar o chefe anterior• Falar logo sobre salário• Sentir-se demasiadamente à vontade na hora da entrevista• Tentar ler algo e/ou mexer na mesa do entrevistador• Mentir• Não olhar no olho de quem está entrevistando• Implorar pelo emprego

Fonte: Antonio Carlos mathias

Fonte: Adriana Cavalcante

4 passos para chegar lá:

Currículo: • Prepare um currículo de fácil compreensão• Disponha das informações essenciais para o perfil e capri-che no histórico profissional, com detalhamento de funções e responsabilidades• Descreva a formação acadêmica, complementando com idiomas e cursos relevantes, além de realizações e prin-cipais resultados

Treino para a entrevista: • Entenda os modelos usuais de entrevistas• Pesquise as perguntas mais frequentes feitas pelos recru-tadores e analise as respostas mais apropriadas• Estude o perfil dos recrutadores, a postura ideal e procure saber quais são os testes de análise comportamental mais utilizados

kit de comunicação: • Comunique-se com o mercado. Prepare textos parae-mails de aplicação de vagas e follow up• Faça um cartão de visitas• Providencie uma ou duas cartas de apresentação: elas são importantes para aproximá-lo dos profissionais

networking: • Reforce seu networking. A maioria das recolocações ocorre por meio de indicações • Desenvolva estratégias para resgatar seus contatos• Participe de eventos e promova reuniões

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João de Oliveira perfil

Texto: Thiago GomesFotos: Genilson Pessanha

Artista plástico de Campos dos Goytacazes (RJ) tem trabalho reconhecido mundo afora e agora volta a Paris para fazer sua segunda mostra na capital francesa

Já há algum tempo, Campos dos Goytacazes, cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro, com cerca de 500 mil habitantes, ficou pequena para o talento do artista plástico João de Oliveira. Autodidata e ecléti-

co nas escolhas de temas e técnicas para seus trabalhos, sua arte chamou a atenção de críticos pelo mundo afora, o que já o levou a expor em países como França, Itália e Alemanha. Em outubro deste ano, João voltou ao Mu-seu do Louvre, em Paris, para apresentar dois trabalhos inéditos, com uma técnica recém-criada por ele, na qual pinta sobre tela preparada com juta, um tecido típico de sua cidade natal. Apesar de sua versatilidade, as culturas campista e brasileira sempre retornam às suas obras, pois são traços fortes de sua arte.

A busca pelo diferente, sem seguir uma linha predomi-nante em sua arte, levou João de Oliveira a ultrapassar as fronteiras do Brasil. Desenho e pintura nos mais diferentes tipos de superfície, fotografia, designer gráfico e intervenção urbana são apenas alguns dos campos pelos quais o artis-ta já se aventurou. E novos desafios não param de surgir e projetar o talento deste campista de 59 anos que, no final de 2014, completa 30 anos de carreira nas artes plásticas.

“A arte me oferece uma infinidade de possibilidades e tento explorar isso ao máximo. Alguns artistas definem uma linha que acaba predominando em seus trabalhos, mas eu prefiro não me limitar neste sentido. Sobre minha próxima exposição no Louvre, explicaram que fui selecio-nado porque utilizo várias técnicas em um só trabalho”, esclareceu Oliveira.

O artista João de Oliveira começou a carreira artística pintando imagens de índios, o que lhe rendeu o apelido de “João do Índio”

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Mister Universoperfil

A fama internacional veio no final de 2012, logo após o fim de sua exposição Criancices, realizada no foyer do Teatro Municipal Trianon, em Campos, na qual ele retratava as fantasias do universo infantil. As imagens dos trabalhos postadas no Facebook do artista chamaram a atenção do eslovaco Francis James, editor da Sofitari Gallery Frantisek Jakub. Com a missão de descobrir novos artistas plásticos pelo mundo, o eslovaco fez um vídeo com as obras de Oli-veira, que, por sua vez, após postado no YouTube, desper-tou o interesse da comissária de arte Heloíza de Aquino. A brasileira residente em Paris, especializada em exposições e salões internacionais, convidou o campista a apresentar seus quadros a uma comissão que estava selecionando artistas de todo o mundo para expor na “Cidade Luz”.

Dois dias depois, veio a resposta: um convite para participar da Connexion Art Mondial, em Paris, com as obras “O Pescador” e “O Maestro” em acrílica sobre tela rígida. Em seguida, seus trabalhos abriram uma exposi-ção com artistas do mundo todo no Carrousel du Louvre. Daí veio o convite para expor em Spoleto, na Itália, e em Wesel, Alemanha. Suas mostras lhe renderam inúmeros prêmios no Brasil e no exterior.

Embora gostasse de desenhar desde criança, a arte quase perdeu o talento de João de Oliveira para a arquite-tura. Nascido no distrito de Tócos, na Baixada Campista, ele chegou a se mudar para o Rio de Janeiro, no final da década de 1970, com o sonho de ser arquiteto. Entretanto, no ter-ceiro ano do curso, descobriu que arquitetura não era o que realmente gostaria de fazer e acabou se apaixonando pelas artes gráficas, uma das disciplinas estudadas na faculdade.

“Nessa época, após deixar a faculdade, ainda quando a palavra ecologia e a expressão preservação da natureza não eram comuns, me apaixonei pela temática indígena.

Comecei a pesquisar o assunto e a usá-lo em meus tra-balhos. As primeiras peças foram sobre os índios brasileiros que ficaram expostas em uma mostra no Rio de Janeiro. Daí surgiu o convite para uma grande exposição, também no Rio, com cerca de 40 quadros também com a temática indígena e, em seguida, a oportunidade de expor em várias cidades do país. Isso me rendeu o apelido de ‘João do Índio’”, se diverte o artista, lembrando o início de sua carreira.

Este ano João de Oliveira voltou à Europa. O Salão Pro-fissional e Internacional de Arte Contemporânea, no Car-rousel du Louvre, recebe, novamente, duas peças de João Oliveira, “Água” e “Ar”, nas quais ele junta as técnicas rea-lismo e pontilhismo em telas preparadas com juta. “Este é um processo bem recente, que comecei a desenvolver há cerca de um mês. A juta foi escolhida porque é um tecido tipicamente campista. Durante minhas pesquisas, descobri que Campos foi a primeira cidade do país a criar um tecido próprio para ensacar o açúcar produzido nos muitos enge-nhos espalhados pelo município naquela época”, explicou.

E João não para. Atualmente está com mais uma exposição em andamento em Campos e se preparando para uma segunda mostra na cidade, além dos últimos ajustes para ir a Paris. Paralelo a isso, finaliza um proje-to que será exposto no Museu Histórico de Campos, em março do ano que vem, durante as comemorações pelos 180 anos da elevação da Vila de São Salvador à catego-ria de cidade de Campos dos Goytacazes. Trata-se da exposição Os Fantasmas da Cidade. Nesse trabalho, ele mistura em cada peça imagens do passado e do presen-te retratadas no mesmo local histórico da cidade e sob a mesma perspectiva. Serão mais de 60 obras e a certeza de que o talento de João, de Oliveira, de Campos, do índio, também é do mundo.

João já expôs em diversas cidades brasileiras antes de iniciar suas mostras pela Europa, passando por França, Itália e Alemanha

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Apaixonado pelos jogos de RPG e pelo desenho dos anos 80, Eduardo D4mon3 faz sucesso na Bienal do Livro anunciando: “agora tem final”

Texto: Décio juniorFotos: juan Cogo

CAVERnADO DRAGãO, O REInO

Eduardo D4mon3entrevista

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Como assim, Caverna do Dragão tem final?”Essa era a espantosa pergunta que muitos jo-vens e adultos – e até mesmo algumas crian-ças mais precoces em relação ao desenho

que fez sucesso nos anos 80 – faziam diante do stand montado no final da galeria “N” da Bienal Internacional do Livro, realizada entre os dias 22 e 31 de agosto no Anhembi, em São Paulo, onde o autor Eduardo D4mon3 vendia e autografava suas obras: Caverna do Dragão – O Reino e Caverna do Dragão – Duas Cores.

O fascínio pelas histórias de Gary Gaygax (criador de Caverna do Dragão), roteirizadas por Michael Reaves e transformadas em um dos cartoons mais comentados da televisão mundial, não deixa dúvida de que a criação de D4mon3 seria – e é – um sucesso. “Até agora foram vendidos 14,5 mil exemplares. É pouco se você conside-rar um universo de 200 milhões de leitores”, diz o autor que montou sua própria editora, a Safir.

No pequeno “reino” de dezenas de milhares de pessoas há quem diga: “Isso não é um livro. É uma lenda”, palavras do publicitário Celso Martins Coelho, que contou que estava deixando a feira quando resol-veu voltar ao stand. “Eu assisti ao desenho Caverna do Dragão na minha pré-adolescência e hoje passo para o meu filho de 13 anos, que adora. E minha expectativa neste livro é que o Vingador seja mesmo o Vingador e o Mestre dos Magos um cara ruim. É uma opção plau-

“ sível, ao menos na minha cabeça”, diz entusiasmado.As várias hipóteses sobre o fim – ou sobre um pos-

sível final – da história surgiu a partir de um fórum que aconteceu nos Estados Unidos, em que as pessoas opi-navam sobre o desenho. Dentre tantas sugestões, mas sem nenhuma delas ser confirmada, surgiram teorias da conspiração em torno das personagens, de suas ori-gens e dos desfechos.

Para escrever o final de Caverna do Dragão, D4mon3 se inspirou nos jogos e RPG (Role Playin Game), que começou a jogar ainda aos 13 anos, quando um amigo chegou a Belo Horizonte (cidade onde mora) trazendo a novidade dos Estados Unidos. Naquela época, com dificuldade com a língua estrangeira, os jogos iam se desenvolvendo de acordo com as regras criadas por eles mesmos.

Mas entre a adolescência e a fase adulta, houve um hiato nos jogos. Eduardo se dedicou aos estudos, à em-presa e ao casamento. Mas, como numa mesa, o destino rolou os dados e a história de sua vida tomou outro rumo. “Quebrei e perdi muito dinheiro. Me afastei da empresa, montei um restaurante e decidir escrever. E, sem ao me-nos saber se escrevia bem ou se seria aceito ou massa-crado pelos aficionados, decidi escrever de cara sobre a Caverna do Dragão e criar um fim para a história, relem-brando tudo o que eu havia vivido nos jogos de RPG, que foram resgatados quando eu tinha meus 27 anos.”

Eduardo D4mon3entrevista

Caverna do Dragão: livro foi um dos destaques na Bienal Internacional do Livro, em São Paulo

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Eduardo D4mon3entrevista

dentro da Caverna do dragão

Obviamente que a essência da his-tória narrada nos episódios da TV é mantida pelo autor em seu livro. No entanto, ele explica que criou

situações pelas quais os leitores possam “passear”, sem achar que “eu estava sim-plesmente transcrevendo capítulos, que eu estava vendo na televisão” diz D4mon3.

Nesse enredo, uma das ideias mais aplaudidas pelos leitores são os capítulos flash backs, em que cada personagem fala de sua própria vida antes de entrar no Reino. Mas lidar com as diferentes teorias sobre o fi-nal da Caverna do Dragão é um exercício pra-ticado o tempo todo com os leitores. “Duran-te a Bienal, muita gente chegava dizendo que sabia o final da história e vinha com as teorias de que o Mestre dos Magos era o Vingador ou coisa do gênero. Na verdade, na terceira temporada, tem um roteiro não aprovado, em que os dois fazem uma aposta e a his-tória acaba revelando que o Vingador é filho do Mestre dos Magos, mas a sequência fica aberta e não há conclusão. Quer dizer, agora tem”, sorri enquanto mostra o livro.

Antes mesmo de criar um final, D4amon3 tra-tou de buscar a origem das seis personagens, antes do acidente na montanha-russa que os levou para o Reino. “Um lugar surreal, cheio de perigos e criaturas fantásticas, onde em posses das Armas do Poder lu-tam por suas vidas e procuram o caminho de casa”, define o autor. “É comum você encontrar pessoas que afirmam que viram o início de Caverna do Dragão, mas era uma característica dos desenhos da época não ter um primeiro episódio. As Tartarugas Ninjas ou Thun-dercats, por exemplo, tinham uma abertura, e alguns outros, um comentário em forma de release, mas sem essa origem natural. E as pessoas são tão fascinadas por saber o final que se esquecem do começo. Por isso pesquisei bastante até achar um documento que dava as diretrizes para a criação dos roteiros, mas não tinha nada que desse uma amarração. Então, comecei a his-

tória, horas antes de os seis garotos chegarem ao par-que, e, de cara, fui respondendo a algumas perguntas que muita gente ficou sem saber, como, por exemplo, se o personagem Hank tinha algum caso com Sheila. Sim, tem, e ainda coloquei o Erick como ex-namorado dela”, conta.

No desenho, Hank é o mais velho dentre os seis ga-rotos e, no Reino, recebe a missão de ser o líder do grupo e protegê-los com um arco mágico. Sheila, por sua vez, que na história é irmã do garoto Bobby, que se transfor-ma em um bárbaro de apenas 8 anos, tem o poder de ficar invisível utilizando seu capuz. Já Erick, sempre com uma postura prepotente, se mostra atrapalhado, mas utiliza seu escudo para proteger-se dos ataques inimi-gos. Diana, a acrobata, e Presto, o mágico nerd, comple-tam a equipe, que é acompanhada sempre com por Uni, um filhote de unicórnio que se junta ao grupo.

A essência da história é mantida, mas novas teorias são criadas por Damone

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Eduardo D4mon3entrevista

A narrativa do mestre

duas cores

Como um Mestre do RPG, D4mon3 tem suas es-tratégias mesmo na hora da entrevista. Ao falar de uma situação temerária da história, que seria a morte do Vingador, ele critica: “Não existe nada

mais idiota do que se matar o vilão. O Vingador, pra mim, é um vilão”. Então, você não destruiu o Vingador em sua história?, perguntei. E a resposta foi categórica: “Não sei”.

No entanto, ele entrega de bandeja o final do livro. Uma estratégia do autor, talvez tirada da prática do RPG, que descreve na orelha da contracapa do livro os últimos instantes do capítulo final, que diz:

“– Você acha que o laser para o míssil vai estar pre-

parado para o teste de amanhã?– Sim, não tenho dúvidas. Na verdade, ele já está

Caverna do Dragão – o Reino fez tanto sucesso que leitores de toda a parte do país resolveram pedir mais sobre a história. Como já havia cria-do um final para o livro, D4amon3 resolveu criar

uma história paralela. “Em algum momento do livro, criei uma abertura para uma segunda história. Não se trata de uma sequência, mas, sim, de uma nova criação, com personagens diferentes, lugares diferentes e, claro, um final diferente.”

pronto. Eu só quero fazer mais alguns ajustes. Amanhã cedo você pode voar. Talvez ainda hoje.

– E o sistema de radar substituto? Como está?– É só você não inventar de voar sozinho ou na re-

taguarda. O substituto está funcionando com algumas restrições. Só tome esse cuidado se sair em alguma missão. A afinação completa do Sea Eagle só vai estar pronta daqui a alguns dias...”

“Sim, foi uma estratégia, pois muita gente pega o li-vro e lê apenas a última página para saber o final. Como o próprio trecho mostra, existe uma cadeia de eventos. Se você não ler o livro, não vai entender nada das últimas páginas. Foi uma pegadinha de propósito. Até eu iria para a última página, se tivesse esperado por 28 anos.”

A produção de novas histórias não para por aí. O au-tor conta que dois novos livros ainda sem títulos – ou ao menos ainda não divulgados – estão sendo preparados. “Um já está em fase de editoração e deve ser lançado em dezembro. O outro ficará para o próximo ano.”

Seja com for, amantes dos jogos de RPG e da Caver-na do Dragão, certamente, já estão aguardando a novi-dade. E, como novidade, outras histórias emocionantes com um detalhe muito especial: “agora tem final”.

O autor Eduardo Damone, que se inspirou nos jogos de RPG para criar o final de Caverna do Dragão

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Thiago Lacerdacultura

Na pele do cirurgião Marcos, personagem da recém-lançada novela Alto Astral, Thiago Lacerda interpreta o terceiro vilão da carreira. Apesar de gostar do desafio, ele confessa sua preferência pelos mocinhos, personagens que o ajudaram a construir a inabalável fama de galã. Conhecido por rechaçar esse tipo de rótulo e pelas opiniões fortes, o ator fala com exclusividade à Estilo Damha sobre a carreira e o conturbado momento político do Brasil. Bem ao seu estilo, sem pudor e sem censura

Texto: Thatiana Miloso e Daniele GloboFotos: Marcelo Correa

ThIAGO LACERDA, sem rótulos

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Thiago Lacerdacultura

Quando soubemos que Thiago Lacerda havia fechado um novo contrato publicitário com a Damha, a redação da revista entrou em ebuli-ção. Claro que sempre é bom entrevistar – de

novo! - um dos artistas mais respeitados do Brasil, mas nos preocupava o fato de o ator ter sido capa da edição de outubro/novembro de 2013, ocasião em que publicamos uma entrevista completíssima com ele. Carreira, projetos futuros, família, vaidade, privaci-dade... tudo muito bem abordado e explorado.

Mas sabíamos que não poderíamos desperdiçar a oportunidade. Afinal, não é sempre que temos alguém do cacife de Thiago Lacerda disponível para uma entre-vista. Então tomamos a (fácil) decisão inédita de repetir o entrevistado e partimos para o Rio de Janeiro, local das gravações da campanha de marketing do novo empre-endimento da Damha Urbanizadora em Campos dos Goytacazes (RJ).

Assim como em nosso primeiro en-contro, o ator chegou para a entrevis-ta entre uma gravação e outra no Projac; dessa vez as cenas eram para a nova novela das 19h, Alto Astral. Na trama de Daniel Or-tiz, Thiago interpreta o cirurgião Marcos, vilão que vive em um conflito doentio com o irmão Caíque (Sergio Guizé), protago-nista da história.

“O Marcos sofre com um sé-rio problema de desvio de caráter. Um desvio moral, ético. É um perso-nagem que se relaciona de acordo com seus próprios interesses. Costumo dizer que pessoas assim até têm um aspecto humano, no en-tanto, o que falta a elas é o humanismo”, comenta o ator.

Como todo vilão que se preze, o antagonista inter-pretado por Thiago deverá, a partir dos próximos capí-tulos, despertar cada vez mais a fúria dos telespecta-dores. Mas como ele mesmo adverte, trata-se de uma trama dirigida por Jorge Fernando, então, é de se espe-rar que até mesmo o bad boy da história tenha um quê trágico-cômico. “Essa é a pegada do Jorginho, ele tem um jeito muito particular de fazer seu trabalho. Quando ele te faz o convite, é preciso saber que as coisas se-rão do jeito dele. Não há como remar contra; essa é a proposta da direção do Jorginho e, sinceramente, acho que é assim que deve ser.”

Thiago reconhece que fazer um vilão é funda-

mental para o desenvolvimento e até mesmo a ma-turidade de um ator. Mas ele confessa, sem nenhum constrangimento, que seu negócio mesmo é inter-pretar heróis como o icônico Matteo, protagonista da novela Terra Nostra, que o alçou ao posto de galã nú-mero um do Brasil.

“Gostar de interpretar o mocinho é uma prédisposi-ção minha. Adoro os heróis, adoro contar suas histórias e, coincidentemente, minha carreira começou assim. Então, ao mesmo tempo em que tenho prazer em inter-pretar esse tipo de personagem, existe a feliz coincidên-cia da minha carreira ter seguido essa trilha. Isso acabou projetando no público e na própria Rede Globo a ideia do Thiago mocinho. É difícil a gente se desapegar das ima-gens que são construídas”, avalia o ator.

E por falar em imagem, Thiago Lacerda também revelou outro aspecto de sua figura pessoal durante

o recente período de eleições que vivencia-mos no País. Constantemente, o ator

ia às redes sociais para desabafar e emitir opiniões sobre os rumos da

corrida presidencial. Ele até che-gou a se envolver em uma po-lêmica com o ator Paulo Betti, quando este criticou alguns colegas de profissão que se reuniram com um dos candi-datos a presidente.

“As campanhas têm sido pontuadas pela falta de ética

e respeito. A impressão que eu tenho, desde os últimos anos, é

que foi convencionado que vale dedo no olho, tiro pelas costas, enfim, não po-

deria ser assim. Estamos falando de candidatos a presidente da República, então, é preciso ter postura, caráter, respeito e ética. Não dá para você se sujeitar a fazer ou a falar o que alguém mandou só para atin-gir determinado fim. Os fins não podem justificar os meios”, opina.

Questionado sobre o que um candidato precisaria ter para ganhar seu voto, o ator foi categórico. “Coragem. Coragem para romper com a maneira de se fazer políti-ca no Brasil. Pode até parecer utópico, mas realmente eu gostaria muito de ver isso em um candidato. Gostaria de ver um candidato que, em nome do País, abrisse mão da questão partidária para trabalhar junto. Acabar com essa coisa de quem é contra é inimigo. Isso não é razoável, isso não é política”, desabafa Thiago.

“é difícil se desapegar das

imagens que são construídas”

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Thiago Lacerdacultura

Na vida pessoal, Thiago continua muito bem, obrigada. Casado há 13 anos com a atriz Va-nessa Lóes, o ator tornou-se pai novamente em maio de 2014, quando nasceu a caçula

Pilar. Ele e a atriz também são pais de Gael e Cora, de 5 e 3 anos, respectivamente. Questionado sobre como é o Thiago Lacerda no papel de pai, ele, pela primeira vez na entrevista, hesitou ao responder.

“Não sei ao certo. Posso dizer que não sou conserva-dor; busco a disciplina através do meio-termo, do equi-líbrio. Procuro ouvir as crianças, suas individualidades. Tento fazê-los entender que as coisas têm hora certa para acontecer, que tudo tem um limite. Quer brincar? Pode brincar, mas também tem os deveres. Dever pri-meiro e depois diversão. Tento dizer para eles que não é bom ficar sem fazer nada. A Vanessa tem uma coisa muito legal que é sempre ter uma atividade, então, isso agita bastante a rotina deles.”

As preocupações dos pais do terceiro milênio tam-

Equilíbriobém afligem o ator. Os limites ao usar a internet, por exemplo, e as consequências para a nova geração de crianças superconectadas são temas que demandam total atenção. “O Gael, que já está alfabetizado, é bas-tante ligado a essas tecnologias e isso é muito delicado. Tento estar sempre junto, pesquisando junto, fuçando junto. Procuro não tirar sua curiosidade nem a iniciativa, esse ímpeto de pesquisar. Mas também tenho que fazê--lo entender que há coisas que não são para crianças. A internet é um mundo muito amplo para um menino achar que pode ficar ali sozinho. É preciso estabelecer um diálogo em relação a isso”, ressalta o ator.

Sobre o futuro, Thiago é cauteloso em contar o que vem pela frente. Mas adianta que, assim que terminar as gravações da novela, ele começa os ensaios para uma nova adaptação de Shakespeare para o teatro. “É um projeto bem ambicioso, no bom sentido, que pretende-mos estrear até o final de 2015.”

Alguém duvida que será um sucesso?

Thiago e a atriz Nathalia Dill, durante gravação da novela Alto Astral: mais um vilão para contrabalançar a trajetória de mocinhos

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Thiago Lacerdacultura

Estilo Damha: Um esporte?Thiago Lacerda: Todos.

ED: Time?TL: Flamengo.

ED: Praia ou Montanha?TL: Montanha.

ED: Loira ou Morena?TL: Todas.

ED: Livro ou Filme?TL: Filme.

ED: Melhor livro?TL: Guimarães Rosa, O Grande Sertão Veredas.

ED: Melhor filme?TL: Into The Wild, do Sean Penn.

ED: Pecado predileto?TL: Comer.

ED: Cantora?TL: Elis Regina.

ED: Cantor?TL: Frank Sinatra.

ED: Um lugar?TL: Rio de Janeiro.

ED: Líder?TL: Ayrton Senna.

ED: Mágoa?TL: 7x1 Alemanha.

ED: Um sonho?TL: Um docinho que vende na padaria.

ED: Saudade?TL: Meus filhos.

ED: Gato ou cachorro?TL: Todos.

Thiago, em poucas palavrasED: Pé no chão ou sonhador?TL: Totalmente pé no chão.

ED: Tarantino ou Wood Allen?TL: Os dois.

ED: Boteco ou balada?TL: Boteco.

ED: Medo de...TL: Nada.

ED: Prato que sempre repete?TL: Pizza.

ED: Uso e não tô nem aí..?TL: Cerveja.

ED: Programa legal em casa?TL: Ficar em silêncio.

ED: não vivo sem?TL: Música.

ED: Apelido?TL: Thiagão.

ED: Uma frase para fechar...TL: Nada mais de direita do queuma esquerda no poder.

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Monica Zahercoluna etiqueta

Monica ZaherÉ paulistana, bacharel em Letras, com pós-graduação em Linguística, Pedagogia e Administração. Consultora de Imagem Pessoal e Corporativa, apresentadora e editora de programas em rádio eTV em Araraquara-SP.

OS SEIS SEGUndOS CRUCIAIS

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Se nossa imagem pessoal comunica quem somos, em equipe nos tornamos responsáveis pela imagem da empresa da qual fazemos parte e, consequentemente, representamos

Quesitos como boa aparência, estilo e trajes que estejam de acordo com a proposta

fazem parte de um todo inti-tulado dress code, o conhecido có-digo de vestimenta, em que estão previstas as melhores (e possíveis) manifestações de uma moda cor-porativa, que não obedece, neces-sariamente, à moda das passare-las, ruas e vitrines.

Entretanto, durante os seis se-gundos cruciais por meio dos quais se tem a primeira impressão de alguém, estão presentes análises do gestual, da postura e da lingua-gem, para se concluir algo favorá-vel ou não.

Nesse aspecto, a Consultoria

de Imagem Corporativa oferece soluções para questões específi-cas relacionadas à percepção do público quanto à identidade da empresa.

Para tanto, algumas poucas dicas iniciais valem como regras para evitar deslizes:

1. Cuidar da consistência da imagem, mantendo o mesmo pa-drão de comportamento e vesti-menta. Isso gera confiabilidade e segurança.

2. Preocupar-se com a lingua-gem utilizada, evitando vícios de linguagem, exagero no uso de gí-rias e frases de efeito desconec-tadas do mundo corporativo. Nem sempre a descontração é bem-vista.

3. Examinar cuidadosamente cada peça do vestuário, evitando o constrangimento de elementos sabotadores de imagem, como fios, costuras abertas e manchas. O que em princípio pode ser tolo, na ver-dade, gera desconforto para quem vê. O cuidado pessoal demonstra seu cuidado em relação à empresa

que representa, também.

4. Atualizar tanto conhecimen-tos quanto detalhes de sua apa-rência. De nada adianta um pro-fissional conhecedor dos últimos lançamentos tecnológicos e suas aplicações se sua maneira de se apresentar mantiver detalhes da última década.

5. Conhecer, antes de tudo, a cultura da empresa e do cliente com o qual deverá se relacionar, evitando gafes culturais: cumpri-mento, tratamento, assuntos per-mitidos e outros.

6. Finalmente, garantir que sua imagem fale por você. Ao se olhar no espelho e comparar-se com alguém bem-sucedido em seu segmento, sua reação é de con-tentamento? Este é o melhor ter-mômetro.

Lembre-se de que todo ex-cesso é comprometedor: sorrisos, agrados, cores e perfumes. Em uma situação profissional, assim como em muitas outras, menos é sempre mais.

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O que vem por aívaral cultural

Texto: Daniele Globo e nicole ThomasoFoto: j.R. Duran

Negra Li reune parcerias e lança novo álbum

” VOCÊ VAI ESTAR nA mInhA”

Moradora da Vila Brasilândia e uma das canto-ras mais conceituadas no meio Black Music, Negra Li encanta todos os públicos, prin-cipalmente com suas diferentes parcerias

musicais. A cantora se interessou pela música ainda na infância, cantando hinos da igreja evangélica. Quan-do adolescente, imitava Whitney Houston, e foi a partir desse momento que passou a ouvir mais a Black Music. Aos 16 anos, já atraída pelo rap, iniciou sua carreira mu-sical com o grupo RZO. Mas foi depois de sua participa-ção na banda Charlie Brown Jr, em 2000, que a musa do Black se tornou conhecida em todo o país. A partir daí, experimentou diversos estilos e novas parcerias, mas sempre com sua forte identidade.

Para comemorar as boas companhias, Negra Li e a Universal Music criaram um projeto e juntaram essas grandes parcerias em seu novo álbum: Você Vai Estar na Minha – Duetos. Contando com 15 faixas, o álbum se inicia com “Não É Sério”, com Charlie Brown Jr. A música, que traz uma forte crítica à maneira pela qual a mídia retrata os jovens, abriu as portas do mercado para a cantora, que passou a considerar o cantor Cho-rão seu padrinho musical. A segunda faixa, “Meus Te-lefonemas”, tem a participação de Caetano Veloso, que compôs a música inicialmente para o repertório da ban-da carioca Afroreggae e a registrou no álbum de estreia solo de Negra Li: Negra Livre (2006).

A música “Negra Livre”, com Nando Reis, é um des-taque na vida da cantora, já que Nando a compôs espe-cialmente para Negra Li, que adorou e acabou batizando seu álbum de estreia solo com o mesmo nome. A música também faz parte do repertório do Luau MTV – Nando

Reis e os Infernais (2007). A canção “Antônia” foi tema da série de televisão Antônia, exibida pela Rede Globo e baseada no filme de mesmo nome em 2006. A série tra-zia no elenco Negra Li, Leilah Moreno, Quelynah e Cindy Mendes formando um grupo de rap só de mulheres.

O album conta ainda com as músicas “Ainda Gosto Dela”, com a banda Skank; “Beautiful (Como um So-nho)”, com Akon; “O Destino”, do álbum Projeto Paralelo da banda NX Zero e participação do rapper Rappin’ Hood; “Aqui Neste Lugar”, com o cantor e compositor Sérgio Britto, da banda Titãs; o samba “Não Dá Mais sem Você”, com o cantor Belo; entre outras.

Mas não podia faltar “Você Vai Estar na Minha”, re-gravação da música de Marisa Monte e a primeira can-ção promovida no segundo álbum de Negra Li: Negra Li-vre. O álbum foi lançado tanto em formato físico quanto digital, sendo que este último tem quatro faixas a mais. A edição padrão está disponível no iTunes e em todas as ferramentas de streaming, como Spotify, Deezer, Rdio e canais mobile. Confiram!

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O que vem por aívaral cultural

Texto: Maysa RodriguesFoto: Arquivo Pessoal

Em seu primeiro romance, o escritor e professor Milan conseguiu encantar os leitores com o cotidiano de uma mulher marcante

A mARIA dE mILAn TRSIC

Milan Trsic é um cidadão do mundo. Morou em vários países, como Canadá, Suécia, França, Alemanha, Brasil e Chile – seu país natal. Finalizou sua graduação em Química

pela Universidade do Chile em 1960 e obteve o Dou-torado em Física pela Universidade de Paris em 1966. Milan enriqueceu seu alicerce cientifico em Uppsala, na Suécia, em uma das universidades mais antigas do mundo. Em 1978, entrou na Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, onde está há mais de 35 anos, depois de trabalhar por cinco anos na Universi-dade de Calgary, no Canadá.

O professor e escritor, dono de um currículo notá-vel, confirma que está em uma nova fase de sua vida. “Eu tinha histórias prontas em minha mente para apresentar quando aposentasse. Assim, já publiquei dois livros, pós-ciência. Devo confessar, contudo, que nada do que estou publicando é exatamente o que tinha projetado. Descobri um fenômeno apaixonante: sento diante da tela do computador e a história vai nascendo.” E foi assim que nasceu vive, Maria, pela Editora Multifoco, seu primeiro romance, lançado em 2014. Na obra, Milan tenta descrever Maria como uma mulher marcante, forte, que consegue dominar os homens.

A inspiração surgiu também de seus casamentos (Milan está no quarto). Relacionando-se com mulhe-res interessantes, o autor conseguiu criar uma Maria verossímil e na qual é fácil identificar grande parte das mulheres fortes que encontramos no cotidiano. Com certa pitada de charme, erotismo e bom humor, Maria conquista as leitoras, fazendo com que elas se apaixonem pela protagonista e, melhor ainda, com que todas elas vivam Maria.

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O que vem por aívaral cultural

Texto: Thatiana MilosoFoto: Carlos Silveira

Ao explorar as emoções humanas com sensibilidade, cinema lírico do diretor Carlos Silveira ganha os olhos do mundo

PAIxÃO PELA SéTImA ARTEFoi uma estreia e tanto. Com seu primeiro curta-

-metragem, Fibra de Vidro, o cineasta Carlos Silveira levou o prêmio de “Melhor Curta de Ficção” no 7° Festival de Cinema de Cabo Frio.

Waffle, seu segundo filme, faturou como “Melhor Cur-ta Estrangeiro de Comédia/Drama” no Indie Gathering International Film Festival, nos Estados Unidos, e como “Melhor Curta de Comédia” no 7° Continent Film Fes-tival, na Índia. Nessa lista premiada também aparece o curta Seus Pés: juntos, os três trabalhos inaugurais do jovem diretor ainda receberam menção honrosa no London International Film Festival (Inglaterra) e no Pa-sadena Internacional Film Festival (EUA).

Ao lado do sócio Luma Oquendo, o cineasta está à frente da Gráviton Cinema Digital, empresa que produz os trabalhos da dupla. Com a produtora, ele tem a chance de imprimir em seus filmes suas percepções aguçadas sobre as relações humanas. “Minhas motivações são sempre as profundezas das emoções que conduzem os homens. Gosto de provocar reflexões sobre nosso com-portamento e nossas escolhas”, reflete Carlos Silveira.

Fã do cinema desde criança, Silveira chegou a atuar em peças teatrais, mas em pouco tempo descobriu que sua paixão realmente era ficar atrás das câmeras. Foi então que decidiu trocar as aulas de atuação por cursos de direção, produção, fotografia e edição, realizados no Brasil e nos Estados Unidos.

Apesar do sucesso eminente, o cineasta prefere manter os pés no chão. Aos 32 anos, Carlos Silveira re-chaça o lado glamouroso do mundo artístico. Ele conta que, como qualquer outra profissão, trabalhar com cine-ma exige dedicação e horas intermináveis de trabalho. “Para que uma boa ideia vire um roteiro, são necessários meses, até anos. Isso envolve estudo, pesquisa, revisões sem fim e muita perseverança. Você abre mão da fa-mília, namorada e amigos. Finalizado o roteiro, começa outra grande fase: conseguir que a obra vire um filme e que seja vista. É uma grande batalha, mas, se a arte é feita com amor, o caminho se torna delicioso.”

Com talento de sobra, ele desponta como uma das grandes promessas da nova geração do cinema nacional.

Carlos Silveira na Avenida Paulista, em São Paulo: dedicação e horas intermináveis de trabalho

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O que vem por aívaral cultural

O curta-metragem João e o Mundo, do cineasta Carlos Arévalo, ganhou o prêmio de Melhor Vídeo de 2014, revelando uma visão intimista e um modo “interiorano” de se fazer cinema

Texto: Marcelo Moriyama

Vale a pena conferir o curta-metragem João e o Mundo, de Carlos Arévalo, premiado no mês de agosto como o Melhor Vídeo do ano, pelo Mapa Cultural Paulista 2014. Ele narra a história de

João Silva, um contador metódico que vivencia um duelo entre seu mundo real e o virtual depois de se deparar, em mais um dia de rotina, com a frase colada em um poste: “eu quero minha vida de volta”. Uma leve ironia sobre o cotidiano de muita gente em que, fora as aparências, de mudança pouco existe. Como toda arte, a obra é aberta a todo tipo de interpretação, mas a fotografia do vídeo em particular está impecável, com planos abertos e fe-chados, mostrando detalhes das ruas e avenidas de um

pacato município do interior (a cidade de Assis, a 434 km de São Paulo), propondo um clima não só bucólico, mas atemporal no contexto da narrativa.

Aliás, o cineasta Carlos Arévalo, 35, é um especialista em fotografia de cinema, formado nos Estados Unidos pela Florida Internacional University. Foi quando come-çou a produzir documentários em Miami e até a parti-cipar de uma coprodução famosa, a do filme Tetro, de Francis Ford Coppola, em Buenos Aires.

Esse clima de interior do filme tem tudo a ver com a proposta profissional do cineasta: a de que pode existir arte audiovisual e promoção cinematográfica de quali-dade fora do eixo Rio-São Paulo.

mAPA CULTURAL REVELA Um “CInEmA CAIPIRA“ dIRETO dE ASSIS (SP)

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O que vem por aívaral cultural

O ator Roberto Bricoli faz o papel de João no filme

Pôr do sol na cidade de Assis, retratado no curta-metragem

Ele diz que a opção por fazer cinema distante dos gran-des centros foi pessoal, aliás, familiar. Após idas e vindas por Brasil, Estados Unidos e Argentina, Carlos Arévalo escolheu um município de 100 mil habitantes, sua cidade natal de Assis, para continuar a carreira no cinema. Há quatro anos abriu sua produtora (Arévalo Filmes, afiliada à Ancine) e, com viagens aqui e ali e os adventos tecnológicos da in-ternet, ele se mantém com trabalhos a distância para o mundo todo.

“Muita gente não entende o que faz alguém que viveu em grandes centros, fora do País, com trabalhos de des-taque e boa remuneração, largar tudo para viver em uma cidade pequena e, principalmente, longe dos principais mercados cinematográficos, que é a atividade que gosto de fazer. Mas é neste espírito de tranquilidade e simplicidade, nesta paz em se viver em um lugar que te possibilita acom-panhar direito o crescimento dos filhos e, melhor, de poder ter mais tempo e valorizar ao máximo as possibilidades deste maior tempo disponível”, explica.

E todo esse tempo disponível não foi desperdiçado. Além da produtora, ele chegou a assumir a coordena-ção da sala de exibição do cinema municipal da cidade, restaurou os projetores antigos e ainda resgatou um novo público da arte cinematográfica, com exibições de mostras do cinema nacional e internacional, cursos e workshops sobre a sétima arte.

“Mas fazer cinema autoral mesmo, seja em qualquer parte do Brasil e ainda mais em Assis, será sempre um projeto difícil e pessoal, com investimentos próprios e mui-ta força de vontade”, declarou. O curta-metragem, que ele produziu e dirigiu, participou de várias mostras e concursos de cinema, no Brasil e no exterior. “Ele vem desde o ano passado sendo exibido em várias partes do mundo, com menções e premiações, mas foi recentemente, com sur-presa, que ele foi escolhido como Melhor Vídeo, pelo Mapa Cultural Paulista”, comenta.

Arévalo diz que participar das mostras é uma forma de ter seu filme exibido nos circuitos culturais de cinema; ser premiado nunca foi o objetivo. “O importante é fazer, ser re-conhecido é uma consequência boa, mas não uma meta.” A premiação ocorreu na capital paulista no dia 3 de agosto, e seu vídeo será apresentado em diversos centros culturais.

Agora o cineasta está juntando dinheiro e planeja sua segunda produção e direção, desta vez de um média-me-tragem. “Para fazer cinema no Brasil é preciso muita cria-tividade. Não vou dizer quanto gastei no curta nem quanto é possível eu gastar em um filme por questões de ética profissional, mas é preciso ir juntando, fazendo um caixa, e só gravando, custeando cenário e autorizações quando se pode, até que ele seja finalizado. Mas fazer arte está no meu sangue e vou continuar buscando este meu caminho, de Assis para o mundo.”

Um traço geográfico que faz questão de compartilhar: a de um cineasta de Assis, interior de São Paulo, no Brasil. “Em Miami ou Buenos Aires, meus trabalhos eram apenas os de mais um na multidão, quase invisível. Aqui em Assis sou o mais conhecido, o mais evidente. Tudo bem que por ser ainda o único conhecido, mas talvez apenas o primeiro”, brinca ele.

É isso, a recente premiação do Mapa Cultural Paulista coloca em evidência o cinema caipira de Carlos Arévalo, as-sinalando nova rota do cinema nacional, que agora passa por Assis. Enquanto aguardamos o novo vídeo prometido pelo cineasta, quem quiser pode conferir o Melhor Vídeo de 2014, já disponível no YouTube

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O que vem por aívaral cultural

CAPITAL CITIES

A banda californiana Capital Cities, formada por Ryan Merchant e Sebu Simonian, subirá ao palco do Citibank Hall, em São Paulo, no dia 2 de dezembro de 2014 em uma apresentação única no Brasil. Os vocalistas que foram atração do festival Lollapalooza, em abril

deste ano, ganham a companhia do baixista Manuel Quintero, do guitarrista Nick Merwin e do trompetista Spencer Ludwig. O show faz parte da turnê In a Tidal Wave of Mystery (2013), disco de estreia do Capital Cities, que tem o hit “Safe and Sound”, o maior sucesso da banda, que foi lançado original-mente em 2011 e só depois de dois anos se tornou um grande hit, chegan-do ao primeiro lugar na parada de música alternativa da Billboard e ao se-gundo nas de pop e rock. Vendeu mais de um milhão de cópias. O repertório contará com as composições próprias da banda, e o público pode esperar ainda algum cover de Prince, Madonna e Bee Gees, entre outros, mas todas diferentes das originais. Renovar as músicas de outros artistas é uma ca-racterística da banda. Dar um toque diferente às regravações, deixando-as mais modernas, também já é um marca registrada da Capital Cities.

ExPOSIÇÃO dALí

20 AnOS dE FOO FIGhTERS

Salvador Dalí estará em duas mostras no Brasil. No Rio de Janeiro, o CCBB carioca chegou a 978 mil visitas durante a temporada, que durou 116 dias. Agora em São Paulo, no Instituto Tomie Ohtake, o artista espanhol, que morreu em

1989, aos 84 anos, terá mais de cem obras do auge de sua fase sur-realista. A exposição fica em cartaz de 19 de outubro de 2014 a 11 de janeiro de 2015. A mostra abrange as diversas fases criativas do pintor, com ênfase no período surrealista, que o consagrou, abordan-do, assim, os vários estilos do artista. Na exposição fica evidente toda a extravagância de Dalí e quão ousadas eram suas obras, mesmo sendo de diferentes escolas artísticas, como cubismo, impressionismo e surrealismo. Quando Fala o Coração, um filme de Alfred Hitchcock, também aparece na exposição, entre outros trabalhos de Dalí produzidos para o cinema.

A banda, que tem o costume de parar com as gravações por anos, volta aos estúdios e ao Brasil. Dave Grohl, que já tocou no Nirvana em 1990, está chegando ao Brasil, mas com a banda à qual pertence desde 1995, Foo Fighters, para divulgar seu oi-

tavo álbum de estúdio, Sonic Highway, que sai em 10 de novembro. O disco celebra os 20 anos de carreira da banda. Foo Fighters, que produz um rock alternativo, está lançando junto com o CD uma série documen-tal dirigida pelo vocalista da banda, Grohl, para a emissora HBO. O filme registra o processo de gravação do novo CD e tem a gravação de cada faixa registrada em cidades americanas.

As apresentações acontecem em janeiro em quatro cidades: em Porto Alegre, no dia 21, no Estacionamento da FIERGS; depois em São Paulo, no dia 23, no Morumbi; Rio de Janeiro, no dia 25, no Maracanã; e a banda encerra sua turnê no país no dia 28, em Belo Horizonte, no Mega Space.

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O que vem por aívaral cultural

UmA nOITE nO mUSEU 3: O SEGREdO dA TUmBA

Terceiro filme da série, Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba che-ga aos cinemas do Brasil no dia 1º de janeiro de 2015. O filme conta com praticamente o mesmo elenco, mas desta vez o guarda noturno Larry Daley (Ben Stiller) e seus amigos deixam os Estados Unidos e partem

para a Inglaterra, onde tentam resgatar a magia perdida no Museu Britânico. Ben Stiller, Owen Wilson, Steve Coogan e Ricky Gervais retornam nos papeis que viveram nos dois filmes anteriores; o maior destaque fica por conta da participação de Robin Williams, na pele de Teddy Rossevelt, que faleceu pouco depois das gravações do filme. Para rir e se emocionar!

A VIdA é ARTE dO EnCOnTRO

A exposição O Haver – Pinturas e Músicas para Vinicius reúne, sob a direção do artista gráfico Elifas Andreato, grandes nomes da música brasileira, como Zeca Baleiro, Paulinho da Viola, Renato Teixeira, Toquinho, Antonio Nóbrega, Chico Buarque e Martinho da Vila, para celebrar a obra de Vinicius de Moraes.

Os músicos participaram de oficinas em que criaram individualmente as can-ções, instrumentais ou letradas. Depois, cada um desenvolveu uma pintura aquarela em homenagem ao poeta. Chico Buarque, por exemplo, realizou uma obra a quatro mãos com o artista-curador, fazendo uma leitura do poema “O Haver”, que ficou registrada em vídeo para a exposição.

Estarão expostos também vídeos e fotografias que registram o making of de composições musicais inéditas, além de aquarelas originais feitas pelos artistas, ins-piradas no poema “O Haver”. A exposição está em cartaz na Caixa Cultural em São Paulo e vai até 15 de janeiro de 2015.

mARThA mEdEIROS COmEmORA SEUS

20 AnOS dE SUCESSO

Como disse a escritora Martha Medeiros: ”Arriscar é o nome do jogo. Muitos perdem, poucos ganham. Mas quem não tenta, não tem ao menos o direito de reclamar”. Ela tentou e hoje tem muitos moti-

vos para comemorar. Martha Medeiros é considerada uma das grandes cronistas do país. Colunista dos jornais O Globo e Zero Hora, ela tem 23 livros publicados, entre coletâneas de crônicas, poesia e ficção. Neste ano, ela comemora seus 20 anos de carreira com três lançamentos muito especiais. A escritora reuniu 303 textos que já foram publicados em três livros temáticos: Paixão Crônica, Felicidade Crônica e Liberdade Crônica. A autora conta que os livros trazem um vocabulário simples e histórias sobre a vida, a família, o amor e outros afetos.

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Dicasvaral cultural

LER, VER e OUVIRDicas de quem faz parte do dia a dia da Damha Urbanizadora

Produzido e encenado pela Cia. Barbixas de Hu-mor, o espetáculo Improvável é um projeto de humor baseado em improvisações no qual a plateia tem fun-damental importância na criação das cenas. Na hora das improvisações são selecionadas as sugestões da plateia e explicadas as regras dos jogos do improviso. E como tudo é criado na hora, o público sempre verá uma peça diferente e interativa. Uma ótima dica para quem procura humor.

Os espetáculo ocorrem às quintas-feiras no Teatro TUCA, em São Paulo, e no canal “Barbixas” no YouTube. Arthur Rizzolli

Estagiário de Planejamento

Tão importante quanto ter uma posição sobre deter-minado tema, assunto ou ideia, seja na vida corporativa ou pessoal, é saber apresentar com eficiência esse pon-to de vista. Roberto Shinyashiki, psiquiatra, empresário, autor de diversos livros e palestrante, expõe em seu livro Os Segredos das Apresentações Poderosas, da editora Gente, de maneira extremamente didática, seu método para a construção de uma apresentação de sucesso – estratégias que ele garante utilizar e que, pelo visto, vêm dando muito certo: Shinyashiki é um dos palestrantes mais requisitados do país. O autor dá dicas de oratória e ensina técnicas importantes para quem almeja ser con-vincente e impactante em uma apresentação, seja ela qual for. Os Segredos das Apresentações Poderosas é uma leitura que realmente agrega.

Thiago BoaventuraCoordenador Comercial

A última coisa de que Mia se lembra é da música. Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê seu corpo sendo tirado dos destroços do carro dos pais, mas não sente nada. Tudo o que ela pode fa-zer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e seu amor luta para ficar perto dela.

Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreen-der o que aconteceu antes do acidente e também o que aconteceu depois. Quando se vê entre a vida e a morte, a protagonista tem pela frente apenas uma decisão, que irá determinar não somente seu futuro, mas também seu destino. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas.

Daniele A. BrazAnalista de Planejamento

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SOFISTICADA E MInIMALISTA

Texto: Thatiana MilosoFotos: Edgard Cesar

Em mais uma edição da Casa Cor Brasília, Damha leva ao evento sua Casa Sob Medida, projeto que exalta a essência do “morar bem” em um lote de 390 m²

Fachada da Casa Sob Medida: predomínio das linhas retas marcam o estilo contemporâneo do projeto

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Morar bem, com conforto e segurança, devido às novas demandas da vida moderna implica na procura por projetos arquitetônicos funcionais e versáteis.

Afinal, um projeto funcional não precisa carecer de bom gosto e sofisticação. Uma casa de dimensões ha-bituais pode, sim, ter espaços amplos, aconchegantes e um design inovador. É exatamente essa a mensagem da Casa Sob Medida, projeto executado pela Damha Urba-nizadora na Capital Federal e que participa, pelo segundo ano consecutivo, da Casa Cor Brasília, maior evento de ar-quitetura, decoração e design do Centro-Oeste brasileiro.

Com 220 m² de área construída, a casa ocupa um terreno de 390 m², tamanho equivalente à metra-gem média dos lotes dos empreendimentos da Urba-nizadora na cidade. Por meio dessa ação, a empresa pretende mostrar ao público brasiliense as inúmeras possibilidades de “morar bem” em uma área com metragem pouco inferior à média oferecida nos con-domínios de alto padrão situados na capital do País.

Para a edição de 2014 da Casa Cor Brasília, a Casa Sob Medida teve seu interior e fachada totalmente modificados em relação ao projeto apresentado no ano passado. Feita em drywall e estrutura metálica, a residência foi dividida em dois espaços: o pavimen-to térreo, assinado pela arquiteta Helaine Caloête, e primeiro andar, decorado pelo arquiteto Moacir Melo. Em ambas as áreas, os profissionais projetaram os ambientes pensando em uma casa construída para um jovem casal com uma filha adolescente.

O resultado, como você poderá conferir nas páginas seguintes, foi uma casa arrojada, com elegância sóbria e repleta de detalhes minimalistas. Desde as formas retas aos objetos de design escolhidos a dedo pela dupla de ar-quitetos, a Casa Sob Medida da Damha Urbanizadora é uma verdadeira inspiração para quem busca um projeto funcional, sem deixar de lado a sofisticação da arquitetura contemporânea. Também é possível fazer um tour virtu-al pela casa acessando o site damha.com.br. Vale a pena conferir!

Faça um tour virtual:damha.com.br

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Sóbrio e elegante, o living projetado por Helaine Caloête pode ser visto como uma verdadeira amostra da arquitetura contemporânea. Inspirada pelo pé direito alto, a arquiteta decorou o ambiente com elementos grandes, arrojados e marcan-tes. No escritório, o uso da cor azul quebra a sobriedade dos tons terrosos; destaque para a geometria da mesa e armário, ver-dadeiros objetos de design.

A integração dos ambientes favorece a sensação de amplitude; do sofá italiano desenhado por Francesco Binfarè às formas geométricas das

poltronas, a casa chama atenção pela sofisticação dos detalhes

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PAVIMEnTO TéRREOArquiteta responsável pelo projeto: Helaine Caloête

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Tons sóbrios, como os terrosos e cimentí-cios, ao mesmo tempo que mantêm a propos-ta contemporânea do projeto, contribuem para destacar os elementos de decoração. A mistura de formas, volumes e funções dos móveis favo-rece a versatilidade dos ambientes.

A beleza do lustre em cristais e a leveza da cortina em linha de seda (destaque) são alguns dos

elementos que valorizam o interior da residência; na cozinha em estilo americano, a bancada de linhas retas e ângulos diferenciados foi desenhada pela

própria arquiteta

Casa Cor Brasíliaarquitetura

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Casa Cor Brasíliaarquitetura

Assim como os ambientes do pavimento térreo, a área de lazer manteve a sobriedade e a elegância que marcam o projeto

Projetada para ser uma exten-são dos ambientes internos, a área de lazer impressiona pela volumetria e beleza do projeto arquitetônico. O uso da cor azul cria uma identifica-ção imediata com a fachada, e as grandes janelas e paredes de Blindex permitem a integração dos espaços.

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Casa Cor Brasíliaarquitetura

Do painel de madeira ao papel de parede, as texturas aplicadas na suíte, ao mesmo tempo que embelezam, tornam o ambiente mais

aconchegante; no destaque, a elegância do banheiro do casal

Integrada ao closet e à varan-da, a suíte do casal foi decorada em tons neutros, nas cores cinza e bege. Atemporais e versáteis, as cores es-colhidas pelo arquiteto transmitem uma sensação de tranquilidade e são perfeitas para esse tipo de ambiente.

PRIMEIRO AnDARArquiteto responsável pelo projeto:

Moacir Melo

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Casa Cor Brasíliaarquitetura

Delicado e alegre, o quarto da filha foi projetado com a proposta de garantir a privacidade da adolescente sem perder a funcionalidade. Além da escrivaninha para os estudos, um dos destaques é o armário, feito com vidro argentato bronze diamantado, que reforça o conceito contemporâneo do restante da residência.

Embora pareça um móvel só, a cama do quarto da filha conta com uma cama auxiliar, ideal para receber amigas. No destaque, a leveza dos objetos de decoração

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Casa Cor Brasíliaarquitetura

O terceiro quarto da casa foi transformado em home office, espaço que se tornou tendência ab-soluta nos projetos arquitetônicos da atualidade. A escolha dos tons de preto e off-white contribuiu para o ar requintado do espaço.

Usado para trabalho ou estudo, o espaço foi personalizado de acordo com as necessidades dos moradores, o que traz benefícios à produtividade; no destaque, o

banheiro que atende tanto ao quarto da filha quanto ao home office

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ESPAçO DAMhA Arquitetas responsáveis pelo projeto: Andrea Nomura e Tanara Machado

Ao lado da Casa Sob Medida, está o Espaço Damha, ambiente construído pela empresa para atender a clientes e visitantes da Casa Cor. Nesse estande de 80 m², o projeto as-

sinado pelas arquitetas Andrea Nomura e Tanara Ma-chado, sócias do escritório Quadratti Arquitetura e In-terior, também merece destaque.

Amplo e confortável, o espaço reuniu elementos da arquitetura contemporânea que ajudaram a valorizar ainda mais a presença da Urbanizadora no badalado evento. Na fachada de tons terrosos, a volumetria reta, com vidros e tijolos aparentes, foi totalmente integra-da ao jardim, seguindo uma das grandes tendências da arquitetura moderna.

Conforto e inovação no atendimento

O destaque da fachada é a textura Terracor Stone e Silk, em contraste com o verde do projeto paisagístico

No interior, objetos de design chamam a atenção, como a poltrona Moleco, da Sava, o pendente Coral, do design David Trubridge, além da escultura em aço pintado, assinada pelo artista plástico Paulo MacDowell

No interior do estande, o uso de materiais ci-mentícios, tijolos e mobiliário com design leve, criativo e inovador proporcionaram um ambiente de convívio agradável e aconchegante. Um espaço único, projetado especialmente para mostrar ao público o padrão de qualidade Damha.

Ainda dá tempo de conferir a edição de 2014 da Casa Cor Brasília. O evento, localizado no SIG – Quadra 1, Lote 635 (antiga sede do Jornal de Bra-sília), vai até o dia 18 de novembro.

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Malhe com seu cão!My pet

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Começar a praticar atividades físicas não é tarefa fácil, mas uma coisa é certa: quem se exercita, além de perder peso, ganha con-dicionamento físico e tem menos risco de

desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares. Na vida moderna, porém, o que vale é a lei do me-nor esforço, e é comum se usar o carro para percorrer apenas um quarteirão. Se dá para facilitar, por que se exercitar? Infelizmente, cada vez mais observamos as famílias (incluindo o animalzinho de estimação)

deixando de praticar atividades saudáveis para fica-rem um dia inteiro (por exemplo, aos domingos) em frente à televisão acompanhadas de uma alimenta-ção nada nutritiva.

Uma motivação para começar, hoje, uma atividade física seria o nosso companheiro de todas as horas, ou seja, seu cãozinho pode ser um grande aliado de sua saúde e no combate ao sedentarismo. O passeio diário com o cachorro pode ser transformado em uma agra-dável atividade física.

mALhE COm SEU CÃO!

Malhar com seu animal de estimação é uma forma divertida de conquistar a boa forma

Texto: Maysa RodriguesFoto: Tatiane Duarte Mattos

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Malhe com seu cão!My pet

Isso porque uma voltinha de 30 minutos com o amigo peludo pode ajudar a queimar de 200 a 300 calorias, sem contar que ele sempre estará disponível para a atividade. Eles nunca rejeitarão o convite para dar uma voltinha, afinal, estão sempre cheios de energia e disposição, gostam de rotina e de aventura e estão prontos para se exercitar.

Durante a caminhada com o cão, somente por realizar os movimentos de deslocamento para as laterais, para fren-te e para trás, o dono melhorará seu equilíbrio, ganhará mais agilidade e até mesmo aperfeiçoará seus reflexos e postura.

E não são só as caminhadas que ajudam a aban-donar uma vida sedentária. Atividades divertidas como jogar a bolinha para o peludo também levam o corpo a

ficar mais inteligente. Movimentos como lançar, empur-rar, saltar, puxar, correr e andar ajudam o corpo e a men-te a ficarem mais ágeis.

A arquiteta Fabiana Zambrano, de São Carlos (SP), des-cobriu que um pet pode ser companheiro de exercícios e um ótimo personal trainer. Já fazia tempo que ela e o noivo, Daniel, planejavam ter um cachorro, e Ziggy, um labrador chocolate, chegou à casa como presente de aniversario para Daniel. A mudança na rotina do casal foi muito grande, por-que, mesmo bem pequeno, Ziggy já era muito ativo e cheio de energia. “Assim que tomou todas as vacinas”, conta a arquiteta, “foi liberado para os passeios, e ganhamos uma companhia sempre disposta e incansável em nossas cami-nhadas e corridas. Antes de completar um ano, o levamos para conhecer o mar, e ele adorou nadar e rolar na areia.”

Ziggy sempre foi um incentivo para as atividades ao ar livre. E por saber que os labradores são muito agitados e amam estar em contato com a água, o casal sempre o leva para nadar. Basta avistar o lago para o peludo ficar impa-ciente e rapidamente disparar e pular no rio.

Hoje, ele se acostumou tanto com os passeios e as cor-ridas que não existe um dia sequer sem cobrança no horá-rio do passeio, o que acaba sendo um incentivo para o casal manter a boa forma, além de deixar Ziggy mais calmo. A arquiteta percebeu que essa rotina fez bem para o casal e trouxe muitos benefícios ao companheiro de quatro patas.

Sim, a lista dos benefícios que as atividades físicas pro-porcionam ao animal de estimação é imensa. A vida de um cachorro sedentário pode levar a uma série de problemas que vão muito além do fator estético. Ele, por exemplo, pode ficar deprimido (por não ter como gastar suas energias) e também ganhar bastante peso, chegando à obesidade.Uma paradinha para descansar e apreciar a natureza

Fabiana e Ziggy mantendo a boa forma

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Uma simples mudança de hábito pode mudar muito a qualidade de vida do seu animalzinho.

A veterinária Viviane Silva, da clínica Ama, na cidade de Novo Horizonte (SP), listou alguns benefícios que seu peludo terá se praticar atividades físicas:

• Diminuição do estresse, que é a principal causa da maioria dos problemas comportamentais dos peludos. Animais estressados podem se tornar depressivos, agressivos, possessivos, destruidores de móveis, jardins e objetos da casa e desenvolver distúrbios como a an-siedade de separação e automutilação.

• Aumento da longevidade e qualidade de vida. Assim como nos seres humanos, a prática de exercícios aumen-ta a quantidade de serotonina liberada no organismo, que torna o cão mais relaxado e feliz, e diminui casos de obe-sidade e dificuldades cardiorrespiratórias. Sem contar que o bichinho pode ter a sobrevida aumentada em 2 anos, o que, para todos, é uma enorme recompensa!

Viviane ressalta ainda que é preciso lembrar que cada raça tem suas necessidades particulares. Exer-cícios de 10 minutos não são suficientes para um

Border Colie, Pit Bull, Golden, entre outros. Da mesma forma, não é adequado um Shih-Tzu, Pug ou Lhasa Apso caminhar por horas. O bom senso e o conhe-cimento do pet são muito importantes no momento de exercitá-los. Animais braquicefálicos (de focinhos curtos) podemdemonstrar mais cansaço, principal-mente nos dias quentes e secos.

Para animais que apresentam problemas articulares como displasia, devemos optar por natação. Evite tam-bém exercitá-lo sob sol forte e nos períodos mais quen-tes do dia, entre 10 e 15h. Leve sempre água fresca e, se o animal ficar ofegante, diminua o ritmo e procure um local sombreado. O objetivo é fazer dos passeios uma atividade divertida e segura.

Agora não há mais desculpas para não alcançar a boa forma. Sem contraindicações, a atividade física faz bem tanto para o dono quanto para o animal de estimação. Coloque uma roupa adequada e um tênis confortável e saia com seu amigão para terem ótimos momentos de relaxamento e diversão.

Bom exercício e divirtam-se!

Depois de caminhar, Ziggy adora nadar. No detalhe, com o foucinho sujo de areia depois de correr e brincar na praia

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Instituto Náutico Paraty faça o beM

Além de seu bem preservado centro histórico, a encantadora Paraty (RJ) é reconhecida por suas praias belíssimas e por ser salpicada por ilhas em toda a sua extensão. Com tanto mar para

explorar, um grupo de amigos se espantou, 13 anos atrás, quando descobriu que na região ainda não havia uma escola de velas para crianças. E foi assim que, em 2001, nasceu o Instituto Náutico Paraty (INP).

Num primeiro momento, o grupo alugou um peque-no terreno na praia do Pontal, adquiriu cinco barcos e co-meçou a, gratuitamente, dar aula de vela para as crian-ças do local, inicialmente apenas para os filhos, amigos dos filhos e assim por diante. Porém, a procura foi tão grande que decidiram solicitar à Prefeitura um espaço maior, ao lado do terreno que ocupavam até então, para

poderem ampliar o projeto. A Prefeitura de Paraty ime-diatamente reconheceu os benefícios da iniciativa para a cidade e, hoje, o local que antes abrigava um banheiro público desativado é da escola por direito. O crescimento da ideia também contou com as doações de amigos e com a colaboração dos alunos, que, após se formarem, passaram a dar aulas para os novos integrantes.

Hoje, o INP oferece cursos básicos e avançados para 58 crianças e adolescentes de 8 a 18 anos. Todos os cursos são gratuitos, porque contam com subsídio da Prefeitura, e os únicos pré-requisitos para participar é que os alunos estejam regularmente matriculados em uma escola de Paraty e sejam assíduos. Também são oferecidos cursos para adultos, mas estes são cobrados para ajudar na renda da escola.

VELEJAR é PRECISO

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Instituto Náutico Paraty faça o beM

Roberta Cosulich, vice-presidente do instituto, expli-ca que a ideia é que os alunos aprendam e se apaixonem por velejar, que se tornem autônomas e saibam que po-dem conquistar o que desejam. “Ajudamos as crianças a se superarem, a criarem autoconfiança”, diz. “O objetivo final é que a criança descubra seu potencial, que consiga se virar sozinha, é afastá-la da rua, das drogas. Quando uma criança é autossuficiente e segura, se lhe oferece-rem drogas, ela dirá ‘não, muito obrigado’, pois se sabe capaz de ir adiante. Já se é uma pessoa fraca, ela aceita para se inserir no grupo. Então, buscamos formar cida-dãos e diminuir as chances de eles se envolverem com algo que não é legal.”

A então arquiteta Roberta desembarcou em Paraty quatro anos atrás, ao lado do marido, Carlos, e do filho,

Vitório, hoje com 6 anos. Imediatamente se interes-saram pelo projeto e, como já haviam feito o curso de juiz para regatas, começaram a dar aulas. A “magia” de Paraty imediatamente conquistou o casal, que deci-diu que ali seria um ótimo lugar para se morar. “Íamos muito de barco para Ilha Bela, mas lá parece quase um bairro de São Paulo, está muito urbanizado, já reina o caos”, avalia Roberta. “Em Paraty, a natureza é exu-berante, têm as ilhas, o mar, lugares para visitar, para fazer trilhas de bicicleta, passeios a cavalo. São muitas as possibilidades.” No ano passado, quando Vitório en-trou no ensino fundamental, Roberta mudou-se para Paraty, mas o marido, dono de um restaurante em São Paulo, por enquanto, só pode desfrutar do local e da família de sexta a segunda-feira.

Ao velejar, os alunos do Instituto Náutico de Paraty passam a confiar mais em suas próprias habilidades e ganham autonomia

Texto: Dirlene Ribeiro MartinsFotos: Arquivo Pessoal

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De início, a intenção de Roberta era ajudar na escola de vela, mas continuar com seus projetos de arquitetura. Porém, seu envolvi-mento com o INP foi tão grande que atual-

mente se dedica apenas ao projeto. Adepta de uma vida mais simples, ela optou por morar no barco com Vitório. “A gente tem que simplificar a vida”, ressalta. “A gente está dando um tiro no pé, a gente está se engolindo, gerando muito lixo. E o barco é muito sim-ples. Para você ter uma ideia, a gente vive dez dias com apenas 600 l de água, incluindo banho, louça, tudo. A roupa é pouca, no supermercado só compra-mos o que consumimos, nada é desperdiçado. O bar-co é movido a energia limpa, o vento, e se torna um ser que atrapalha menos o andamento do mundo.”

Essa consciência ambiental de Roberta se reflete no trabalho do INP. Além de velejar, os alunos do ins-tituto limpam a escola, arrumam os barcos e apren-dem a mexer com silicone, furadeira, parafusador, lixa, verniz, dentre outros materiais usados na manutenção das embarcações. Também, duas vezes por ano fazem a limpeza da praia, e toda a sujeira coletada é enviada para a Associação Socioambientalista Somos Ubatuba

Um barco como lar

(Assu), localizada no Estado de São Paulo, uma organi-zação que é referência na conservação dos oceanos e recursos hídricos em geral. Como afirma a Assu, para uma criança, “a vivência em um mutirão de limpeza é inesquecível e transformadora”.

Instituto Náutico Paraty faça o beM

Os alunos aprendem a lidar com os vários materiais usados na manutenção dos barcos

Para velejar é preciso compreender os ventos, as ondas, a maré

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Roberta ressalta que velejar não é uma coisa tão simples. É preciso compreender os ventos, as on-das, a maré, muitos fatores ao mesmo tempo, e no momento em que a criança ou adolescente desco-bre que consegue dominar tudo aquilo, ela se sente “superbem”. “No grupo há uma menina de 8 anos, a Juliana, que sempre velejava com uma amiga”, conta. “Até que um dia o vento estava calmo e eu sugeri que ela fosse sozinha. Eu lhe disse: ‘Eu fico do seu lado, eu te ajudo’. Eu lhe dei as dicas, e ela foi e voltou, foi e voltou, diversas vezes. Quando a aula acabou, Julia-na retornou com um enorme sorriso de conquista... E isso ela nunca mais vai esquecer.”

No momento, a escola tem apenas 14 barcos, por isso é preciso fazer o revezamento das crianças du-

Voluntários sempre são bem-vindosrante as aulas. A equipe também é pequena: Roberta, uma secretária e um professor. Às vezes, segundo a vice-presidente do INP, aparece algum turista que ajuda por algum tempo. Foi o caso, por exemplo, de um espanhol que tinha experiência em velejar e por três meses deu treino de regata para os alunos mais velhos. Aliás, como ressalta Roberta, voluntários sempre são bem-vindos. Outro problema enfrenta-do pelo instituto é a falta de verba para arcar com a constante manutenção dos barcos, uma vez que os equipamentos em geral são caros.

Então, estamos falando de um lugar lindo e de um projeto que utiliza energia limpa, trabalha com crian-ças e adolescentes e não tem fins lucrativos. Não dá uma grande vontade de participar?

Instituto Náutico Paraty faça o beM

Roberta Cosulich: “A gente tem que simplificar a vida”

O INP precisa de cabos, barcos, material escolar, pro-jetor, escada, furadeira, tico-tico e outras ferramen-tas usadas na manutenção dos barcos. Patrocínios também são muito bem-vindos. Se quiser ajudar ou conhecer mais detalhes do projeto, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou acesse a página do Facebook: Náutico INP.

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Marcio Rachkorskycoluna condoMínio

Marcio RachkorskyAdvogado especializado em condomínios há mais de 20 anos, comentarista e apresentador da TV Globo/SP e comentarista na Rádio CBN. Escreve também no caderno de Imóveis da Folhade S. Paulo, aos domingos.

CASA-GRAndE& SEnZALA

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Preceitos constitucionais norteiam a vida e o convívio social, vedando qualquer forma de discriminação por cor, raça, credo, condição social ou econômica

Minha coluna de hoje versaria sobre o tema “transparência nas con-tas dos condomínios e

loteamentos”. Mudei de ideia e re-solvi escrever sobre o preconceito que ainda impera em nosso país – disfarçado, velado, covarde, vergo-nhoso... Enquanto escrevia sobre as contas, meu celular (que estava no modo vibração) não parava de tocar. Atendi, pois parecia algo urgente. Era uma mulher nervosa, perguntando seu eu era o síndico do prédio dela, e assim nossa conversa começou:

– Sim, sou o síndico profissional do seu condomínio.

– O senhor sabe que o aniversá-rio do filho do zelador será no salão

de festas do prédio?– Sei, sim, eu inclusive autorizei.– Que eu saiba, nosso regula-

mento proíbe que funcionários utili-zem as áreas comuns!

– Puxa, mas o zelador trabalha no prédio faz mais de dez anos e mora aqui com sua família. Então, aqui também é a casa dele.

– Um absurdo, ele é nosso em-pregado, não um condômino. Quero que o assunto seja levado para dis-cussão na próxima assembleia.

– Sim, senhora, discutiremos o assunto e solicito sua presença na reunião.

– Aproveitando, quero falar so-bre o absurdo que vem ocorrendo na academia: algumas domésticas participam das aulas e usam os aparelhos, como se fossem mora-doras.

– Compreendo sua indignação, mas as domésticas em questão (apenas duas) moram no trabalho com suas patroas e, assim, podem utilizar as áreas comuns. É o mes-mo critério que utilizamos para um parente quem vem morar tempora-riamente em sua casa.

Ao final da longa e enfadonha conversa, a ilustre senhora pediu si-gilo e discrição, pois afinal de contas, segundo ela, “esse pessoal é meio vingativo e temo sofrer represá-lias”. A discussão sobre o tema se-

guiu pelos corredores, avançou para as redes sociais e logo percebi que muitos vizinhos concordam com a tal senhora que me telefonou.

Uma vizinha falou sobre “o absur-do que aconteceu no sábado, quando a babá entrou na piscina junto com o bebê e ainda por cima estava em trajes de banho”. Outro morador co-mentou que “o porteiro participa do futebol que acontece toda quinta de noite”. Recebi e-mails de moradores, indagando-me sobre os aspectos ju-rídicos relacionados ao tema.

Condomínios e loteamentos pos-suem regras internas, regulamentos, convenções, e isso não se discute. Há, contudo, preceitos constitucionais que norteiam a vida e o convívio social, vedando qualquer forma de discrimi-nação por cor, raça, credo, condição social ou econômica. Já vencemos a barreira do famigerado “elevador de serviço” (tem lei para isso), e agora vamos caminhar para uma relação mais harmoniosa e equilibrada com os “serviçais” nas áreas comuns dos empreendimentos.

Ao escrever este artigo, lembrei-me da obra de Gilberto Freyre, Ca-sa-Grande & Senzala, que li ainda menino. Fui até a cozinha, pedi um cafezinho preto especial para a Dona Maria, que trabalha comigo há muito tempo. Como de costume, ela sorriu e tomamos um belo café com bolo de milho...

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Aberto damha Golf Club – Taça Gocil

Bairro Sustentável

damha lança Book de Arquitetura

Tudo que acontece na Damha Urbanizadora você fica sabendo aqui

negrini vence o maior campeonato de golfe amador do Brasil

Associação promove oficina de fotografiacom alunos da rede pública

Arquitetos e clientes de Sergipe receberamo material com projetos exclusivos

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Mais informações, visite nossos perfis:Instagram/damhaurbanizadoraFacebook/damhaurbanizadoraFo

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Festa para as crianças

O Dia das Crianças não poderia passar em bran-co nos empreendimentos da Damha Urbani-zadora. Em São Carlos (SP), os moradores do Residencial Damha I comemoraram a data

com uma grande festa para seus integrantes mirins, realizada na área verde central do empreendimento.

Cama elástica, desenhos e pinturas foram algu-mas das brincadeiras comandadas pela equipe de monitores do evento. O grande protagonista, no en-tanto, foi o futebol de sabão, atividade mais disputada durante a festa.

Para garantir a energia da criançada – e dos pais que marcaram presença no evento -, carrinhos de pi-poca, algodão doce e sorvete foram colocados à dispo-sição dos participantes.

Como disse uma das mães presentes à festa: “A infância é curta e passa depressa. Por isso, nada me-lhor que aproveitá-la”.

Confira as fotos do evento feitas por Ana Morena, da Contos & Sonhos Fotografia.

Brincadeiras fizeram a alegria da criançada na festa promovida pelo Damha I

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Seleção damha premia corretoresque se destacaram nas vendas

Descontração, entrega de prêmios e coquetel marcaram o encerramento da primeira cam-panha de incentivo a vendas, promovida pela Damha Urbanizadora em João Pessoa (PB), Mi-

rassol (SP), Fronteira (MG), Aracaju (SE) e Feira de Santa-na (BA). “Os corretores que mais venderam de cada praça ganharam uma viagem internacional; os demais foram

ARACAjU Corretores: 1º Angélica, 2º Carla, 3º Fabiano.Imobiliária: Paulo Sousa.

COnDE – jOãO PESSOACorretores: 1º Alcivan Freitas, da Araújo Imobiliária,

2º Claudiana Almeida, 3º Rodolfo Barros.Imobiliária: Execut Negócios Imobiliários.

MIRASSOL E FROnTEIRACorretores: 1º Idamar Batista, 2º Marli Terezinha

Carvalho, 3º Anderson Suzuki.Imobiliária: Gurupi.

FEIRA DE SAnTAnA Corretores: 1º Izamara Amarante da Silva, 2º Elton Eber

de Freitas Santos, 3º Regina Célia Almeida de Oliveira.Imobiliária: Atual

premiados ao longo da campanha com artigos esportivos e modernos eletrodomésticos, que correspondiam aos sorteios das “Urnas de Prata e de Ouro”. A imobiliária que mais se destacou nas vendas na campanha foi presente-ada com um churrasco completo para cem pessoas.

Veja a lista dos corretores campeões de vendas e as imobiliárias vencedoras, separados por cidades:

Representantes da imobiliária campeã Paulo Sousa e Paulo Pinheiro (coordenador comercial local)

Coordenadora de vendas Ione (representante da imobiliária Atual)

Luiz Augusto e Edgard Dias da Damha, e os ganhadores da campanha: Claudiana Almeida (Lucre Imóveis), Gilvando da

Conceição (Execut Negócios Imobiliários), Alcivan Freitas (Araújo Imobiliária) e Rodolfo Barros (Execut Negócios Imobiliários)

Marcelo Manzano (representando a imobiliária campeã, Gurupi), Zé Luiz Gazoli, Marcio Cardoso, Leonardo Batista,

Anderson Suzuki e Idamar Batista

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A Damha Urbanizadora está comemorando mais um sucesso em seus 35 anos de his-tória, com o lançamento de seu 70º empre-endimento – o primeiro na cidade de Assis –,

o residencial Village Damha Assis. A celebração é por levar a mais uma nova praça, a 13ª do estado, o me-

Desde o final de setembro, a Damha Ur-banizadora está com seu site totalmente reformulado. Além do website, que está mais limpo e visualmente melhor distri-

buído para facilitar a navegação, uma versão mo-bile foi criada.

As cores institucionais – azul, verde e marrom – são logo percebidas, junto com a assinatura da marca e o mote “respeito é a base de tudo”. Os empreendimentos são outro destaque. Com imagens, vídeos e informa-ções bem distribuídas, a página fornece uma boa noção de cada produto já lançado ou ainda à venda.

Segundo Fernanda Toledo, gerente de marketing da empresa, a necessidade de reformulação do site está intimamente ligada ao desenvolvimento da pró-pria urbanizadora. “Nosso respeito e atenção com o cliente é prioridade, e o primeiro contato, muitas vezes pelo site, tem de transmitir tudo o que prezamos.”

A presença da Damha em redes como Facebook, Twitter, YouTube e Instagram também ganha desta-que na página principal do site.

damha leva para Assis (SP) o melhor conceito de moradia do Brasil

Site da damha de cara nova

Estande de vendas do Village em Assis (SP)

Nova cara do site da Damha Urbanizadora

Lançamento do Village em Assis

lhor conceito de moradia e urbanismo do Brasil, título conquistado por oferecer um dos mais altos padrões construtivos, arquitetônicos e urbanísticos do mer-cado imobiliário. Além disso, o empreendimento teve 50% dos seus lotes comercializados já no final de se-mana de lançamento.

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No dia 11 de outubro, o estande de vendas da Damha em Feira de Santana (BA) recebeu o festival culinário Doce Viagem, e o destino inicial foi a Itália. O evento foi um sucesso

de público e sabor e contou com 11 tipos de doces italianos, deixando os clientes com água na boca.

mara Behlau lança seu novo livro em São Paulo

Feira de Santana inicia uma doce Viagem

Leandro Gonçalves, Andrea Barbon, Mara Behlau, Glaucya Madazio e Akira Wakai no lançamento do livro

Carlos Eduardo Freire, da Damha, e Mara Behlau

No dia 25 de setembro, a fonoaudióloga e colunista da revista Estilo Damha, Mara Behlau, lançou seu novo livro, Voz – Tudo o Que Você Queria Saber sobre Fala e Can-

to, na Livraria da Vila, em São Paulo. Organizado por

Mara e por Glaucya Madazio, diretoras do Centro de Estudos da Voz (CEV), e publicado pela Editora Revin-ter, o livro apresenta didaticamente e em linguagem acessível informações variadas sobre a voz humana e temas correlatos.

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Itália foi o país homenageado

Festival contou com 11 tipos de doces

Clientes da Urbanizadora durante a saborosa degustação

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Associação Bairro Sustentável é um dos destaques da Conferência Ethos 360°

damha promove oficina de fotografia para alunas da rede pública

No dia 25 de se-tembro, a As-sociação Bair-ro Sustentável

foi um dos destaques da Conferência Ethos 360°, no painel “Análise de Casos de Negócios Sustentáveis III”, organizada pelo Insti-tuto Ethos, no World Trade Center São Paulo. A pre-sidente da Associação, Fernando Toledo, apresentou e explicou o projeto do Bairro, citando também a atu-ação na comunidade de São Francisco de Assis, em Feira de Santana (BA).

Alunas do 7º ano do CIEP Clóvis Tavares, acompanhadas pelo fotógrafo profissional Gilberto Cezar, participaram do projeto “Meu Olhar Cuidando do Meio Ambiente”, no dia 10

de setembro. A atividade é uma iniciativa da Associa-ção Bairro Sustentável, que tem por objetivo envol-ver as comunidades do entorno de seu residencial no debate sobre os problemas e potencialidades de seu bairro e buscar melhorias para a qualidade de vida.

A oficina de fotografia, por exemplo, faz parte de

Fernanda Toledo, apresentando a Associação Bairro Sustentável na Conferência Ethos 360o

Hora de praticar a fotografia Alunas durante a aula com o fotógrafo Gilberto Cezar

um processo de envolvimento e participação da co-munidade para a construção do projeto do Parque Li-near. O fotógrafo Gilberto Cezar apresentou em sala de aula a importância do olhar do fotógrafo, noções de luz, enquadramento, foco, postura e criatividade, além de falar sobre cidadania e a importância de ser um agente social.

Em Campos, as obras do Parque Linear serão ini-ciadas no segundo semestre de 2014, assim como o segundo residencial da empresa na cidade, o Damha II.

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Projeto apoiado pela damha Urbanizadora é inaugurado em Catanduva (SP)

No dia 12 de agosto, o prefeito Geraldo Vinho-li, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura e com o apoio da Associação Bair-ro Sustentável da Damha Urbanizadora, deu

mais um passo importante para a destinação correta dos resíduos recicláveis, inaugurando o Centro de Triagem e Armazenamento de Resíduos Recicláveis de Catanduva e a Cooperativa ‘Recicla Catanduva’. O centro de triagem foi entregue totalmente equipado com prensa, balança, esteira, mesas de triagem e bags e começa a receber todos os resíduos recicláveis provenientes da coleta se-letiva realizada pela empresa Monte Azul Ambiental em seis bairros de Catanduva: Parque Iracema, São Francis-co, Vila Santo Antônio, Higienópolis, Vila Celso e Jardim Salles. Todo o material recolhido é triado e vendido pela cooperativa ‘Recicla Catanduva’.

Fachada do Centro de Triagem e Armazenamento de Resíduos Recicláveis de Catanduva e a Cooperativa ‘Recicla Catanduva’

Caminhão já ativo para o recolhimento dos lixos recicláveis

Participantes e idealizadores do projeto e Centro de Triagem

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Marcos Negrini, golfista que iniciou a carreira no próprio Damha Golf Club, de São Carlos (SP), venceu o Aberto Damha Golf Club – Taça Go-cil de Golfe pela primeira vez, depois de ter

sido vice-campeão do evento em três ocasiões e ter-ceiro colocado no ano passado. Mais uma vez, o Damha Golf Club realizou uma grande festa, que faz o torneio ser conhecido como o melhor campeonato de golfe amador do Brasil.

Negrini somou 151 tacadas, contra 156 do vice-campeão, o americano Glen Boggiini, que havia venci-do em 2013, e 157 de Heitor Porto, também do Damha Golf Club. “Estou muito feliz. Sempre sonhei com esse título. Já liderei o torneio em três edições, mas sempre

negrini vence Aberto damha Golf Club - Taça Gocil

perdia na final. Desta vez, como joguei mal no primeiro dia, achei que não tinha chances, mas consegui superar a pressão e virar o jogo”, disse Negrini, que já foi líder dos rankings brasileiro juvenil e pré-juvenil.

O campeão começou a jogar no próprio Damha Golf Club há sete anos, quando tinha 10 anos de idade. Ele faz parte da Academia de Golfe Dr. Anwar Damha, iniciativa do clube para desenvolver o golfe entre os jovens da região.

Na principal categoria feminina, o título ficou com Lucia Guilger, que se tornou tricampeã da competição. Ela somou 172 tacadas (86/86), contra 181 de duas competidoras, Celia Petrov, que ficou em segundo pelos critérios de desempate, e Cristina Rosel, do Damha, que ficou em terceiro lugar. Fo

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Texto: henrique Fruet

Carlos Gonzalez, Lucia Guilger, Marcos Negrini, Washington Cinel e Antonio Padula

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Club House do Damha Golf Club

O show de encerramento ficou a cargo do grupo Groove Allegro

O torneio foi disputado por 144 jogadores de 25 clubes de cinco estados brasileiros. Entre os partici-pantes estiveram diversos empresários de peso, como Washington Cinel, presidente da Gocil, principal patro-cinadora do evento e uma das maiores empresas de segurança do país, e o ator Marcos Pasquim, que ter-minou em 14º lugar em sua categoria.

Os demais campeões foram Alexandre Viana, do Damha (categoria de index 8,6 a 14,0), Adriano Marchet-to (14,1 a 19,4), Gastão de Almeida Neto (index 19,5 a 25,7) Cristina Rosel (feminino até 16,0) e Marisa Macha-do (feminino 16,1 a 25,7).

O torneio foi encerrado com uma grande festa, com apresentação do grupo Groove Allegro, que faz um mix musical com ritmos como MPB, música erudita, house e black music. Os prêmios aos jogadores foram dados por Carlos Gonzalez, presidente do Damha Golf Club, por Cinel, da Gocil, e por Antonio Carlos Padula, presidente da Federação Paulista de Golfe.

No dia de abertura do evento, após o treino dos com-petidores, houve show da banda Tritono Blubes, que faz uma ponte entre o blues, a black music e a música brasi-leira, numa formação que chama a atenção por dispen-sar a guitarra e a bateria.

Na sexta-feira, após a primeira rodada, foi a vez do show da Serial Funkers, grupo conhecido nas mais renomadas casas de shows de São Paulo por interpretar ídolos como Michael Jackson, Tim Maia e Steve Wonder, entre outros.

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Ao longo de todo o evento, os convidados puderam degustar cafés da Nespresso e azeites especiais da Oil & Vinegar. A segurança do evento ficou por conta dos vigilantes da Gocil. Os golfistas também tiveram à disposição brunch do restaurante Tulha, sanduíches do Trembão e bebidas Chivas, Itaipava, TNT e Vila Fon-te. Além disso, puderam fazer massagens numa tenda do Spa Almavie, experimentaram barras de cereais da Fibras Mil e apreciaram os móveis da Saccaro.

Os patrocinadores ofi-ciais da oitava edição do Aberto Damha Golf Club – Taça Gocil de Golfe fo-ram a Gocil Segurança e Serviços, a Damha Urba-nizadora e o Grupo Encal-so Damha 50 Anos. Os copatrocinadores foram Banco ABC Brasil, Gover-no do Estado de São Pau-lo, Saccaro e D´Energy. Os parceiros são Zada Segu-ros, Marriot Vacation Club,

Buraco 6 do Damha Golf Club

Monte Cristo, Nascimento Turismo, São Bento Golfe e Tapetes São Carlos, e os apoiadores são Almeida Bu-doya, Club Med, Fibras Mil, Itaipava, Nespresso, Oil & Vi-negar, Spa Almavie, The Black Pub, TNT, Trembão, Tulha Restaurante e Villa Fonte. A realização é do Damha Golf Club, 4Dot e Federação Paulista de Golfe.

Marcio Marques Juruna, Mario Mucio Damha, Washington Cinel e Carlos Gonzalez

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No dia 8 de setembro, durante a 9ª edição da Mostra Aracaju, maior evento de arquitetura, decoração e paisagismo de Sergipe, a Damha Ur-

banizadora realizou o pré-lançamento, para os arquitetos, do book Damha Sergipe, o Melhor da Arquitetura e Design.

A publicação contou com a participação de 25 renomados escritórios de arquitetura do es-tado, totalizando 44 profissionais que criaram projetos especificamente para os lotes do resi-dencial Damha Sergipe na Barra dos Coqueiros. A ideia é que as normas construtivas criadas pela empresa para valorizar o empreendimen-to, assegurar sua sustentabilidade e garantir sua ocupação ao longo dos anos também con-tribuam com o trabalho dos principais parceiros da Damha, que são os arquitetos.

Os clientes do Residencial Damha I Sergipe tiveram a oportunidade de conhecer os projetos desenvolvi-

dos para o “Book Damha Sergipe, o melhor da arquitetura e design”, nos últimos dias 11 e 12, no estande da Damha na Barra dos Coqueiros. No encontro, os arquitetos que partici-param da ação tiraram dúvidas so-bre o processo de construção das residências. “É muito legal ver as possibilidades de casas que pode-remos ter. Fico sonhando com o dia em que a minha ficará pronta. Pe-guei o contato de alguns arquitetos e agora vou começar a concretizar tudo que estava somente na minha cabeça. A ideia do Book e de poder conhecer os autores dessas maravi-lhas é ótima”, afirma a futura mora-dora, Daniele Machado.

damha Urbanizadora lança Book de Arquitetura na mostra Aracaju...

... e o entrega aos clientesem evento especial

Gislene Kira, Fernanda Toledo, Henrique Leal, Aline Vieira e Amanda Damha no pré-lançamento do book

Evento reuniu arquitetos e clientes para apresentar os projetos arquitetônicos desen-volvidos para o Residencial Damha Sergipe

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Mais uma vez, nossos leitores esbanjaram talento por trás das lentes fotográficas. Inspirados por cenas incríveis, eles retrataram os lugares mais apaixonantes das cidades onde moram.

O resultado foi uma imagem mais linda que a outra! Para a próxima edição da Estilo Damha, o concurso fotográfico fará uma homenagem ao verão brasileiro, com o tema “Praia, meu paraíso no Brasil”. Envie sua foto para o e-mail [email protected] com seu nome e o nome da praia e cidade retratados na imagem. Boa viagem, e boa sorte!

Concurso “PROFISSÃO: FOTóGRAFO”

O Concurso Fotográfico “PROFISSÃO: FOTóGRAFO”, desenvolvido pela Revista Estilo damha, tem como objetivo incentivar a arte da fotografia e interação dos moradores dos residenciais damha com a revista. Ao enviar sua foto, o leitor concorda que: Artigo 1º: Todas as fotos enviadas são automaticamente autorizadas nas publicações da damha Urbanizadora. Artigo 2º: A partir do envio da foto, menores de 18 anos, estão automaticamente autorizados a terem sua imagem veiculada pelos seus responsáveis que as enviaram. Artigo 3º: Fica ainda autorizada, de livre e espontânea vontade, a cessão de direitos da veiculação das imagens não recebendo qualquer tipo de remuneração. Artigo 4º: Serão selecionadas as 6 melhores fotos, de acordo o corpo de jurados de editores da Revista Estilo damha e que estejam de acordo com o tema divulgado.

Esplanada dos Ministérios - Brasília/DFMatheus Deusdara

Lago do Damha I - São José do Rio Preto/SPClaudia Regina Fumis Fachini

Praça São Benedito - São Carlos/SP José Alfeo Rohm

Av. Afonso Pena - Campo Grande/MS José Humberto Coelho de Paula

Arrebol - São José do Rio Preto/SPMarcio Balducci

Damha - Campo GrandeFernando Scaff

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