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Um ano de conquistas

BATE-PAPO COM O REITOR

Dando sequência ao compromisso assumido em 2013, de prestar contas à comunidade das ações desen-volvidas anualmente, em nossa gestão, apresentamos-lhe mais uma edição da revista do IFCE. A publicação é uma síntese dos resultados do trabalho que cada um de nós - professor ou técnico-administrativo - desenvolveu neste segundo ano de trabalho em prol dos nossos alu-nos. Além de ser um dever, apresentar os resultados do trabalho empreendido é um prazer para qualquer gestor que, com espírito público, assume o honroso desafio de colaborar com a educação.

Neste segundo ano, atuamos fortemente para con-solidar o programa de expansão da rede federal de edu-cação profissional e tecnológica no Ceará, com a amplia-ção do quadro efetivo de pessoal – hoje, somos mais de 2.300 servidores públicos - e o investimento na melhoria da infraestrutura dos campi já existente, com reformas, aquisição de materiais e a ampliação de unidades como Tianguá, Ubajara, Umirim, Limoeiro do Norte, Morada Nova e Fortaleza.

Em consequência disso, abrimos mais cursos técni-cos, superiores e de pós-graduação, bem como iniciamos as atividades no campus avançado de Jaguaruana e en-tregamos a moderna obra do campus de Itapipoca, cujo funcionamento das atividades dar-se-á logo no primeiro

semestre de 2015, ampliando, assim, a presença do IFCE no Estado.

Apostamos em ações planejadas, a partir da atua-lização do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2014-2018 e da elaboração dos planos de Ação Anual (PAAs) 2014 e 2015, ou seja, pensamos a instituição a longo prazo, por entendermos que o IFCE transcende as pessoas.

O fortalecimento das ações passa, necessaria-mente, pela descentralização político-administrativa das ações de gestão, extensão, pesquisa, pós-graduação e inovação. E assim temos procedido à medida que garan-timos o financiamento de 21 projetos de extensão em 10 campi, ampliamos a verba investida em editais de inicia-ção científica e articularmos a criação de órgãos admi-nistrativos nos campi para atender às demandas locais, multiplicando as políticas institucionais.

Temos ciência de que há muito por fazer, mas so-mos conscientes de que estamos trilhando o caminho certo quando apostamos em um trabalho colegiado e fo-cado no zelo pela coisa pública, priorizando a publicidade dos atos administrativos como forma de mostrar à co-munidade quanto o IFCE tem evoluído nos últimos anos.

A todos, boa leitura e até a próxima.

cartaaberta

Vírgilio Augusto Sales AraripeReitor

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AÇÃO

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SUMÁRIO

revista anual deprestação de

contas do

sumário

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Gestão

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Pesquisa

Extensão

Gestão de Pessoas

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LINHA DO TEMPO

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À FRENTE DA GESTÃO

01 – Tássio Francisco Lofti Matos pró-reitor de Administração e Planejamento

09 – Maria Beatriz Claudino Brandão diretora-geral do campus de Morada Nova

17 – Rodrigo Freitas de Guimarãesdiretor-geral do campus de Caucaia

02 – Maíra Nobre de Castro diretora-geral do campus de Aracati

10 – Antônio Adhemar de Souzadiretor-geral do campus de Juazeiro do Norte

18 – Antonio Moises Filho de Oliveira Motadiretor-geral do campus de Fortaleza

03 – Virgílio Augusto Sales Araripe reitor do IFCE

11 – Ivam Holanda de Souzapró-reitor de Gestão de Pessoas

19 – Francisco Evandro de Melodiretor-geral do campus avançado de Jaguaruana

04 – Alencar Tavares diretor-geral do campus de Itapipoca

12 – Raimundo Eudes de Souza Bandeira diretor-geral do campus de Baturité

20 – Eliano Vieira Pessoadiretor-geral do campus de Sobral

05 – Francisca Ione Chaves diretora-geral do campus avançado de Guara-miranga

13 - Jackson Nunes e Vasconcelos diretor-geral do campus de Tianguá

21 – Izamaro de Araújodiretor-geral do campus de Jaguaribe

06 – Elenilce Gomes de Oliveira diretora de Assuntos Estudantis

07 – Francisca Lionelle de Lavor Alves chefe do Departamento de Administração do campus de Crateús

08 – Reuber Saraiva de Santiago pró-reitor de Ensino

14 – Auzuir Ripardo de Alexandria pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação

15 – Julieta Morais Landimcoordenadora de Assuntos Estudantis

16 – Toivi Mashi Neto diretor-geral do campus de Acaraú

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À FRENTE DA GESTÃO

25 – Maria Mirian Carneiro Brasil de Matos Constantinoassessora pedagógica para Implantação de Novos Campi do IFCE

33 – José Alves de Oliveira Netodiretor-geral do campus de Tauá26 – Cícero de Alencar Leite

diretor-geral do campus de Tabuleiro do Norte 34 – Anderson Ibsen Lopes de Souza

diretor-geral do campus de Ubajara

35 – Solonildo Almeida da SilvaCoordenador de Pesquisa, Inovação e Pós-graduação do campus de Canindé

27 – Francisco Hélder Caldas Albuquerquediretor-geral do campus de Quixadá

28 – Francisco Antonio Barbosa Vidaldiretor-geral do campus de Canindé

29 – Júlio César da Costa Silvadiretor-geral do campus de Maracanaú

30 – Fernando Eugênio Lopes de Melodiretor-geral do campus de Cedro

31 – Zandra Maria Ribeiro Mendes Duma-resqpró-reitora de Extensão do IFCE

32 – Amilton Nogueira de Vasconcelosdiretor-geral do campus de Camocim

22 – Agamenon Carneiro da Silvadiretor-geral do campus de Ubajara

23 – José Façanha Gadelhadiretor-geral do campus de Limoeiro do Norte

24 – Joaquim Rufino Netodiretor de Administração do campus de Crato

gestão

Dijauma Honório Nogueiradiretor-geral do campus de Iguatu

Paula Cristina Soares Beserradiretora-geral do campus de crateús

Carlos Maurício Jaborady de Mattos Dourado Júnior diretor de Tecnologia da Informação do IFce

Eder Cardozo Gomes diretor-geral do campus de crato

Mariângela do Amaral Saboyaouvidora do IFce

Francisco Gutenberg Albuquerque Filhoassessor de relações Institucionais

Alexandre Paiva Damascenochefe de Gabinete

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Instituto em pleno crescimentoInstituto em pleno crescimento

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Melhoria da infraestrutura auxiliou alunos a desenvolverem pesquisas e outras atividades

Evolução e integração são palavras que marcaram o segundo ano da atual gestão. Novas ações administrativas, investimen-tos e fortalecimento de projetos fazem parte dessa realidade construída diariamente pela instituição. Nesta revista, conhe-ceremos de perto ou recordaremos passos importantes para a consolidação de um modelo de gestão que atua, com inten-sidade, para alunos, servidores e a comunidade em geral.

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GESTÃO

IFCE chega a maismunicípios cearensesAcesso ao ensino público é ampliado no Estado

“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tam-pouco sem ela a sociedade muda”. As palavras de Paulo Freire expri-mem a importância dos equipamen-tos de educação para a transforma-ção social e da realidade de muitas vidas. Com a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tec-nologia, em 2008, as perspectivas de ampliação do acesso ao ensino técni-co e superior cresceram e, no Ceará, essa expansão tornou-se realidade com a chegada do IFCE a 26 municí-pios.

Em 2014, a gestão do IFCE tra-balhou incessantemente para garan-tir que um número ainda maior de cearenses pudesse ter acesso a um ensino público, gratuito e de qua-lidade. Para isso, consolidou a im-plantação de novos campi nos mu-nicípios de Guaramiranga, Itapipoca, Jaguaruana, onde a instituição já está oferecendo cursos, e, em breve, São Gonçalo do Amarante.

Para a criação de um novo campus, uma série de atividades é desenvolvida. Primeiro, a escolha do município onde será instalado, levan-do em consideração a necessidade da região onde está localizado e a disponibilização de doação de terre-nos para a instalação do equipamen-to.

Arranjos produtivos

Em seguida, começa o traba-lho administrativo de licitação para garantir a construção dos espaços fí-sicos e a aquisição de equipamentos. E, paralelo a isso, é iniciado o proces-so de identificação das potencialida-des locais, seus arranjos produtivos e a demanda por capacitação.

Os estudos para definição dos cursos a serem ofertados em um novo campus do IFCE garantem a participação da sociedade local, que respondem a questionários e, ao fi-nal, podem participar do processo

de escolha durante audiência públi-ca. Essa metodologia de escolha de novos cursos de forma mais demo-crática foi uma das novidades im-plantadas pela nova gestão do IFCE e utilizadas em todos os campi que estão inaugurados nessa nova etapa da expansão.

“Além de ter a participação da sociedade na escolha dos cursos, o que possibilitará o atendimento dos anseios da comunidade local, as au-diências públicas são frutos de es-tudos das potencialidades da região onde o novo campus está inserido, contribuindo, de fato, para o desen-volvimento local/regional, como pre-ga a lei de criação dos institutos fe-derais e a missão do IFCE”, destaca o reitor Virgílio Araripe.

A comunidade tem aprovado essa metodologia de poder parti-cipar das audiências públicas. De acordo com Wanderley Moisés, que participou da audiência pública para escolha dos novos cursos em Hori-

Rebeca Casemiroreitoria

Lançamento de pedras fundamentais, como em Acopiara, é um dos marcos da expansão no interior

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GESTÃO

Na rota dos grandes eventos

zonte, o debate e os esclarecimentos acerca dos cursos que podem ser ofertados são muito importantes.

“Assim, temos confiança de que os cursos foram indicados com base na demanda da comunidade, mas, além disso, com critérios técnicos e visando a garantir a inclusão e desenvolver o potencial do município”, avalia Wanderley.

Nesse novo ano, o trabalho da gestão para garantir ainda mais o acesso dos cearenses à educação profissio-nal não para, pois a nova expansão do IFCE vai além e, até 2016, chegará também aos municípios de Acopiara, Boa Viagem, Horizonte, Maranguape e Paracuru, cujas obras já estão sendo realizadas. Outra construção em andamento é a edificação da nova sede da reitoria.

Em 2014, o IFCE sediou, com momentos de trabalho em Fortaleza e no novo campus de Guaramiranga, a 44º Reunião Ordinária do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnoló-gica (Conif) reunindo reitores de todo o País para discussão dos temas de interesse dessas instituições de ensino.

O sucesso da organização do encontro foi tão repre-sentativo que o reconhecimento da rede aconteceu em no-vembro, em Porto Alegre, durante a Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecno-lógica. Lá os gestores escolheram, por unanimidade, o IFCE para sediar, em outubro de 2015, a 39 º edição da Reditec.

Para o reitor do IFCE, Virgílio Araripe, a escolha do Ce-ará para sediar a reunião, e ainda de forma unânime, foi uma constatação da capacidade da instituição cearense. “Muito nos honra sediar esse importante encontro. Traba-lharemos para receber bem todos os dirigentes”, afirma.

As equipes da comissão organizadora da 39º Reditec já estão formadas, com participação de membros que tra-balharam na realização do evento no Rio Grande Sul e de servidores de vários campi do IFCE.

reitor enaltece reconhecimento de gestores de todo o país

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ADMINISTRAÇÃO

Planejamento conduz açõespara 2014 - 2018

Deborah Sampaioreitoria

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Instituto Fede-ral do Ceará (IFCE), onde também se insere o Planejamento Estratégico, foi elaborado ao longo de 2013 com a participação de toda a comunida-de, que planejou seus objetivos e metas a serem realizados no período de 2014 a 2018.

O planejamento estratégico do IFCE esteve em plena execução

durante os últimos 12 meses, por meio do Plano Anual de Ação (PAA) de 2014, sendo acompanhado pela Pró-reitoria de Administração e Pla-nejamento (Proap). Até o último mês de setembro, a média consolidada de metas atingidas chegou a 67% em relação àquelas previstas para o ano.

De forma a viabilizar esse bom resultado, as atividades de planeja-mento passaram a integrar as unida-

des estratégicas da reitoria e os cam-pi. Assim, foi criado o Encontro Anual de Gestores do IFCE, realizado anual-mente, sempre no mês de janeiro, no campus avançado de Guaramiranga. “Essa foi uma inovação da gestão”, ressalta o reitor Virgílio Araripe.

Próximo de completar seu primeiro ano de execução, o PDI foi repactuado, em agosto de 2014, du-rante a 43ª reunião do Colégio de Di-rigentes do IFCE (Coldir), fortalecen-do seus indicadores e metas entre as unidades estratégicas e os campi da instituição.

O encontro validou também a metodologia utilizada na elaboração do (PAA) de 2015, que elenca as atua-ções a serem realizados ao longo de um ano na instituição para compor o PDI.

“Considerando que planejar é uma etapa do processo de gestão, o planejamento institucional não pode e não é visto pela gestão estratégica do IFCE apenas como uma ação ou atividade burocrática. É visto como um trabalho útil e básico para a to-mada de decisões dentro da institui-ção”, diz o pró-reitor de Administra-ção e Planejamento, Tássio Lofti.

Construção do PDI

Pela natureza regimental da instituição, a Proap conduziu a cons-trução do PDI 2014-2018 ainda em 2013, responsabilizando-se pela ar-ticulação, coordenação, acompanha-mento e monitoramento do planeja-mento.

A participação da comunidade em cada unidade se deu com a for-mação de comissões coordenadoras locais vinculadas a uma comissão central. Assim, as comissões em cam-pus foram constituídas com repre-sentações dos docentes e de técni-cos administrativos, bem como de discentes e da própria gestão, para a condução do processo de elaboração do PDI.

A formatação geral do plano foi regida pelo princípio do planeja-mento como instrumento de gestão. Todos os objetivos estratégicos e es-pecíficos, assim como os indicadores e metas estratégicas, foram defini-dos e organizados conforme a dis-posição hierárquica de cincoperspec-tivas, sendo elas: sociedade; alunos; processos internos; aprendizado e crescimento; e responsabilidade or-çamentária e financeira. Ao todo, foram 37 objetivos e 88 indicadores e metas distribuídos nessas perspec-tivas.

Trabalho em conjunto construiu plano de ações para a instituição

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Plano deDesenvolvimentoInstitucionalfortalece metas

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ADMINISTRAÇÃO

Servidores participam decursos in company

Gestão, fiscalização e reestruturação de obras favorecem os campi

Como parte das ações da pró-reitoria de Adminis-tração e Planejamento (Proap), a realização de cursos no formato in company foi uma das iniciativas estratégicas do ano de 2014. A ação teve como principal objetivo ca-pacitar servidores do Instituto Federal do Ceará (IFCE) atribuídos de atividades de administração e planejamen-to a fim de melhorar a atuação dos campi nesse sentido. A modalidade é voltada para a qualificação dos colabora-dores dentro da própria instituição.

Ao todo, foram oito cursos, favorecendo cerca de 260 servidores. Eles tiveram a oportunidade de partici-par de turmas de formação e aperfeiçoamento de pre-goeiros; gestão integrada de almoxarifado e patrimônio; gestão e fiscalização de contratos; obras e serviços de

Diversas ações têm sido realizadas pela Pró-rei-toria de Administração e Planejamento (Proap) no IFCE. Atuando no trabalho de aperfeiçoamento da infraestru-tura física da instituição, a pró-reitoria tem acompanha-do e gerido a entrega de diversos blocos didáticos em seus campi.

Durante a atual gestão, iniciada em 2013, foram contemplados os municípios de Baturité, Caucaia, Jagua-ribe, Morada Nova, Tabuleiro do Norte, Ubajara e Umi-rim. Ainda, o bloco didático do campus de Tauá, que está em execução. Já foram licitadas também as obras da ter-ceira fase de expansão que compreenderão os campi de Boa Viagem, Horizonte, Maranguape e Paracuru.

Para o professor Marcel Ribeiro Mendonça, do campus de Caucaia, uma das unidades beneficiadas com o bloco didático, esses novos equipamentos represen-tam uma melhoria na medida em que se mostram ex-tremamente estruturadas, com laboratórios e condições modernas de infraestrutura.

“Essas obras melhoram o atendimento aos alunos dos cursos já em andamento e também favorecem a re-cepção de novos cursos, como no caso de Caucaia. Elas são espaços confortáveis e planejados no que diz respei-to à acessibilidade”, observa Marcel.

Ações de construção de campus também fazem parte do métier da Proap, a exemplo da unidade de Ita-pipoca, que teve a obra executada em parceria com o governo do Estado do Ceará, com acompanhamento da execução pelo corpo técnico do setor. Outras atividades de construção de obras, como a licitação para o Centro de Treinamento de Cão-guia – que está sendo construído no campus de Limoeiro do Norte – e o galpão do Arran-jo Produtivo Local do segmento metal/mecânico – em

engenharia; contabilidade pública avançada aplicada ao Siafi; terceirização de serviços de acordo com instruções normativas e suas alterações; bem como curso de plane-jamento estratégico.

De acordo com Cristiane Alencar Lima, assistente da Proap, cursos dessa natureza favorecem expressi-vamente a comunidade acadêmica na medida em que melhoram o desempenho das atividades da instituição, especialmente com a chegada dos novos servidores.

“O momento para a oferta das capacitações é muito oportuno sendo direcionadas para a realidade do IFCE”, afirma Cristiane. Outra vantagem apresentada é a integração dos participantes que passam a trocar expe-riências entre os campi.

construção no campus de Tabuleiro do Norte - estão sen-do acompanhadas pela pró-reitoria.

Mais obras

Em 2014, foram licitadas as obras do campus de Acopiara (que faz parte do processo de expansão III), a conclusão do bloco didático em Tianguá, o bloco didático do campus de Camocim, a construção da sede da reito-ria, assim como a construção do Centro de Inclusão Digi-tal (CID) localizado em Morada Nova, bem como outros serviços para os campi. Estas obras têm início em 2015, com gestão e fiscalização realizadas pelo corpo técnico da Proap.

Vistoria das obras têm contado coma participação dos gestores

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ENSINO

Instituto é bem avaliado pelo MEC em 2014Cursos do IFCEobtêm altapontuação

Deborah Sampaio reitoria

As avaliações dos cursos supe-riores do Instituto Federal do Ceará (IFCE), que ocorreram em 2014, re-sultaram em excelentes pontuações. Dos 20 cursos submetidos à análise pelo Ministério da Educação (MEC), 18 obtiveram nota quatro e os ou-tros dois, nota três. Os números re-presentam uma pontuação conside-rável, visto que a escala vai até cinco pontos.

As três dimensões levadas a efeito nesse processo são organiza-ção didático-pedagógica (analisan-doprojetos de cursos, objetivos, per-fis dos profissionais egressos etc.), corpo docente (envolvimento com pesquisa, experiência no ensino su-perior e demais produções acadêmi-cas) e infraestrutura (acessibilidade, estrutura das salas de aulas e de pro-fessores etc.).

Os campi que tiveram avalia-ções ao longo do ano foram os de Acaraú (curso de Licenciatura em Fí-sica), Baturité (Gastronomia), Canin-dé (Rede de Computadores, Gestão de Turismo), Crateús (Matemática), Crato (Sistema da Informação, Zoo-tecnia), Fortaleza (Turismo, Hotelaria EaD), Iguatu (Química), Jaguaribe (Ci-

ências Biológicas), Juazeiro do Norte (Construção de Edifícios, Matemática, Matemática EaD), Limoeiro do Norte (Agronegócio), Maracanaú (Química), Quixadá (Química), Sobral (Física), Tauá (Telemática) e Tianguá (Física).

As avaliações proferidas pelo MEC foram de reconhecimento, pro-priamente dito, e de renovação de reconhecimento, de acordo com a in-dicação feita pelo campus no sistema do ministério.

Ensino de qualidade

Para o pró-reitor de Ensino do IFCE, Reuber Saraiva de Santiago, os resultados foram satisfatórios, reafir-mando o compromisso da instituição com um ensino inclusivo e de qua-lidade. “Estamos constantemente buscando a melhoria da qualidade e esperamos nas próximas avaliações atingirmos as notas máximas para que resultem em uma elevação do IGC (Índice Geral de Cursos) da insti-tuição”, comenta.

O reconhecimento de curso é condição necessária para a validade nacional dos diplomas da instituição. Para tanto, são cumpridas algumas

etapas, quais sejam: submissão dos cursos ao sistema e-MEC; avaliação in loco; emissão de pareceres par-ciais e final; expedição da portaria. Já a renovação de reconhecimento é um processo realizado de ofício, por indicação do ministério, com a fase de análise seguida do parecer final.

Durante a inspeção in loco para o reconhecimento, a comissão de avaliadores do MEC é recepciona-da pelos dirigentes de cada campus, quando toma conhecimento da es-trutura e dos procedimentos acadê-micos adotados.

A etapa seguinte é avisita às instalações físicas com posterior reunião com os coordenadores dos cursos nas unidades. Após isso, são realizadas as ações pertinentes para o encaminhamento da avaliação e formalização do processo de reco-nhecimento.

O Departamento de Ensino Superior, ligado à Pró-reitoria de En-sino, fica incumbido do acompanha-mento dessas etapas junto às coor-denadorias dos cursos submetidos ao processo de reconhecimento ou à renovação, orientando-as quanto aos procedimentos a ser adotados.

O bacharelado em Turismo foi um dos cursos avaliados

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ENSINO

Criação do Departamento de Educação Física e Esporte é inédita no Brasil

ROD é implementado com precisão de normatizações

A criação de um departamento voltado para o ge-renciamento das atividades desportivasno IFCE foi uma inovação realizada pela Pró-reitoria de Ensino (Proen) em 2014. O Departamento de Educação Física e Esporte atua nas dimensões do ensino e de programas, projetos e eventos, modelo inédito entre os institutos federais.

Para o chefe do departamento, professor Kleber Ribeiro, o novo setor viabilizou a institucionalização de diversas ações, incluindo a estruturação e o desenvol-vimento de atividades voltadas à saúde, ao lazer e ao esporte de alunos e servidores.

Os jogos estudantis e os jogos de servidores mo-bilizam a comunidade acadêmica da instituição em cam-peonatos multicampi e nacionais. De 29 de setembro a 3 de outubro de 2014, ocorreram os V Jogos do IFCE, no campus de Juazeiro do Norte, com 602 alunos de17 cam-pi.

O aluno do campus de Canindé Daniel Braz, que participou do evento, fala dos benefícios ao rendimento acadêmico trazidos pela prática de esportes: “O esporte é educativo e melhora a socialização”.

Também foi destaque o IV Encontro Desportivo de Servidores do IFCE, que contou com 201 participantes de 14 campi, de 26 a 29 de novembro, no campus de Iguatu.

Outra ação de grande relevância é o programa Qualidade de Vida, que envolve servidores e comunida-de externa, ampliando a participação mais efetiva dos professores de educação física nos campi e a participa-ção do departamento na gestão do programa.

Segundo Kleber Ribeiro, um grande diferencial do departamento é a condução das ações do ensino de educação física no IFCE, tanto para o nível médio (inte-grado), quanto para o superior (licenciaturas). “Somos o único IF com esse departamento no Brasil”, ressalta.

O Regulamento de Organização Didática (ROD), importante documento para instrumentalizar as atividades acadêmicas em todos os campi do IFCE, passará em breve por uma reformulação em alguns tópicos. As alterações foram identificadas como necessárias pela equipe da Pró-reitoria de Ensino (Proen).

No segundo semestre de 2013, já na atual gestão, iniciou-se o processo de reestruturação do ROD, que en-volveu todos os campi em funcionamento, a partirda criação de comissões locais para análise do documento. Nessa fase, alunos, professores e demais servidores da área de ensino participaram do processo.

O passo seguinte foi estabelecer cinco comissões regionais, para analisar os documentos. Com a conclusão desses trabalhos, foi formada uma comissão de sistematização pela Proen para o exame final dos encaminhamentos e submissão à Procuradoria do IFCE. O documento definitivo já está em processo de análise jurídica.Uma das inovações que a edição revisada do ROD traz é a definição dos termos previstos no regulamento, tais como “componente curricular”, “calendário acadêmico” e “dia letivo”.

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EaD

Camila Grangeiro eaD

Alunos da EaD recebem certificado com validade igual aos de um

curso presencial

Aprendizado que vai além das fronteiras e da presença física, utili-zando as tecnologias da informação e da comunicação, a Educação a Dis-tância (EaD) ganha espaço no mundo atual como uma revolução no ensi-no. No IFCE, a modalidade é tratada com atenção especial.

A partir deste cenário de de-senvolvimento, em 2007, o IFCE criou a Diretoria de Educação a Distância (DEaD). Na época, com equipe redu-zida, ofertava dois cursos de gradu-ação na modalidade semipresencial, com 400 vagas. Os números, hoje, são bem diferentes.

Atualmente, a EaD do IFCE conta com um grupo de mais de 100 colaboradores, divididos em equipes pedagógica, institucional, financeira, tecnológica e de recursos humanos, que atuam nos núcleos de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Crato, Iguatu, Ma-racanaú e Quixadá.

Oferta vagas nos cursos de graduação em Tecnologia em Hotela-ria, Licenciatura em Matemática e Li-cenciatura em Educação Profissional, Científica e Tecnológica, por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB). Já os cursos técnicos ofertados são: Agronegócio, Automação Industrial, Edificações, Comércio, Eletrotécnica, Informática, Meio Ambiente, Quími-ca, Redes de Computadores, Segu-rança do Trabalho, Infraestrutura Escolar, Secretariado Escolar, Ali-mentação Escolar e Multimeio Didá-ticos, mediante a rede Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec).

A DEaD também conta com cursos de pós-graduação lato senso, como a Especialização em Turismo e Hospitalidade, curso de Aperfeiço-amento em Docência da Educação Profissional nos níveis básico e Téc-nico, Especialização e Aperfeiçoa-mento Proeja, e Especialização em

Elaboração de Projetos em Recursos Hídricos. Todos esses cursos estão divididos em polos em 24 municípios do Ceará.

Os alunos de Educação a Dis-tância do IFCE têm aulas através do ambiente virtual Moodle, Neste am-biente virtual, eles interagem com os professores, tutores e outros alunos.

Também há aulas presenciais aos sábados, nos polos de apoio, onde encontram estruturas adequa-das aos seus estudos. Ao final do cur-so, os aprovados recebem diplomas e certificados com validade igual ao de qualquer curso presencial.

Desde que a DEaD foi criada, em 2007, até hoje, foram ofertadas 2.820 vagas para graduações, 5.710 vagas para cursos técnicos e 1.148 vagas para especializações. Junta-mente com a oferta de formações e capacitações, a DEaD já soma um nú-mero de 12.459 vagas ofertadas.

Cursos técnicos a distânciaA partir deste quadro de crescimento da EaD, o IFCE passou a ofertar cinco novos cursos técnicos em 2014: Agronegócio,

Automação Industrial, Comércio, Química e Multimeios Didáticos. Estes cursos são vinculados à rede e-Tec Brasil, que tem como finalidade desenvolver a Educação Profissional e Tecnológica na modalidade de ensino a distância.

O curso de Multimeios Didáticos faz parte do programa Profuncionário, também da rede e-Tec. Ele tem como objetivo a formação dos servidores das escolas públicas do Estado, focando uma habilitação compatível com a atividade já exercida pelo funcionário.

Segundo o professor Márcio Daniel Santos Damasceno, coordenador geral do e-Tec no IFCE, os cursos técnicos a distância foram implantados no IFCE em 2009, em 17 polos, com apenas quatro cursos. Hoje já são 14 cursos, em 17 polos pelo Ceará.

Para ele, o crescimento ajuda cada vez mais a democratizar o ensino. Mesmo com todas as ofertas de cursos existentes no país, ainda existe parte da população que fica à margem, devido a vários fatores.

“A EaD vem dar oportunidade a estes e a tantos outros que queiram estudar em cursos técnicos e superiores, utilizando as ferramentas tecnológicas com o objetivo de se tornar ativo dentro do mercado de trabalho e para a sociedade”, explica.

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Já foram ofertadas mais de 12 mil vagas

Instituto investe no crescimento do Ensino a Distância

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PRONATEC

Rebeca Cavalcante campus de quixadá

Estudante de 19 anos relata trajetóriaSonho é para ser realizado

O pronatec oferece grande variedade de cursos, abrangendo diferentes áreas

“Para que eu entrasse no cur-so, tive que escolher entre meus pais verdadeiros e o estudo. Escolhi o estudo”. A fala é forte, especialmen-tese dita por uma garota, hoje com 19 anos, mas, na época da decisão, apenas uma menina de 16 anos; no entanto, Najara Veras não tira o riso do tom de voz enquanto conta sua história para entrar na primeira tur-ma do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Prona-tec) no curso Técnico em Comércio.

Ela ainda cursava o ensino médio quando a equipe de divulga-ção do campus de Quixadá chegou à escola falando do novo programa. Najara logo se interessou, mas achou que seria difícil conseguir um lugar, pois eram 40 vagas que seriam pre-enchidas por ordem de chegada. A concorrência era expressiva.

A mãe adotiva a incentivou a tentar. Assim, as duas - junto com o irmão - saíram de casa em um do-mingo, com o objetivo de estar às 15h30, na porta do campus, de mala em punho, envoltas na disposição de pernoitar ali mesmo. A matrícula se-ria apenas na segunda pela manhã.

Quando o segurança disse ao grupo que não era permitido passar a noite no local, ela insistiu. Nova ne-gativa. Não conformada, mas obe-diente, deixou o espaço e voltou às 5h da manhã do dia seguinte. Já ha-

via outros alunos “numa fila danada”, diz Najara.

Finalmente, chegou a sua vez de apresentar os documentos aos avaliadores do processo de seleção. Mas eis que surge um novo empeci-lho: “Eu precisava da assinatura da minha mãe biológica. Ela não ia dar. Foi então que minha mãe de criação se responsabilizou por tudo, mas na época ela não era oficialmente res-ponsável por mim. A partir de então, moro com ela, até hoje”.

Rotina puxada

Foram três anos de rotina pu-xada: “Já trabalhava pela manhã, de-pois cursava o ensino médio à tarde e, à noite, seguia para o Pronatec. Não dava tempo de tomar banho, às vezes, nem de comer. Só chegava de volta perto de 23h”, relata.

Valeu a pena. Em julho de 2014, Najara recebeu o tão lutado diploma e está encaminhada para o próximo. “Na duração do curso, eu me inte-ressei por uma faculdade. Algo que aproveitasse o meu (curso) técnico no (ensino) superior. Achei o de Tec-nologia em Agronegócio, no mesmo IFCE campus de Quixadá, o local onde tudo começou”. Atualmente, cursa o 3º semestre e trabalha com vendas, como consultora de cosméticos, mas sonha em ir além.

Rebeca Casemiroreitoria

Inclusão como pilar para o crescimento

O Pronatec tem se fortale-cido como ação do governo fede-ral para garantir a expansão do número de vagas em cursos de capacitação na área da educação profissional. A novidade em 2014 foi a inclusão do Programa Mulhe-res Mil.

Segundo um dos coorde-nadores adjuntos do Pronatec no IFCE, André Monteiro, os dois pro-gramas têm muito a ganhar com essa união, pois o Mulheres Mil traz a sua história de atendimento a mulheres em vulnerabilidade so-cial ao Pronatec e o Pronatec, em contrapartida, garante a aplicação de recursos em bolsas e materiais de consumo.

“O grande beneficiado é a sociedade, pois a garantia de edu-cação de qualidade para esse pú-blico específico significa a melhoria de vida de inúmeras famílias”, ava-lia.

Até 2014, foram 3.980 bene-ficiados com o programa no IFCE, sendo 1.275 matrículas em cursos técnicos e 2.705 em cursos de For-mação Inicial e Continuada (FIC). A previsão é que, principalmente com a inclusão do Mulheres Mil, mais pessoas possam ser benefi-ciadas.

“Esperamos aumentar con-sideravelmente o número de va-gas, aproveitando a expansão do IFCE e a colaboração dos diretores dos campi do interior, que cada vez mais têm se conscientizado da importância do programa”, conclui André Monteiro.

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EXTENSÃO

Instituto fortalece ações de inclusão socialEdital viabilizou 21 novos projetos

A vertente social sempre es-teve presente no IFCE, como forte marca no DNA das instituições que o antecederam, a exemplo do Cefet-CE e da antiga Escola Técnica. Carecia, sem dúvida, organizar, sistematizar e até mesmo oficializar tantas iniciati-vas que, felizmente, se multiplicaram e continuam se multiplicando por to-dos os campi.

Esse desafio foi também supe-rado pela Pró-reitoria de Extensão em 2014, com o primeiro edital de apoio financeiro a projetos de ex-tensão, num investimento de R$ 300 mil. Como resultado, 21 projetos fo-ram selecionados e executados em 10 campi diferentes.

Sildemberny dos Santos, coor-denador de um dos projetos execu-tados, o de Difusão de Tecnologias para Produção de Alimentos com Base Agroecológica no Baixo Jagua-ribe, conta que a iniciativa desen-

volvida em Limoeiro do Norte passa aos pequenos produtores princípios agroecológicos.

“Tem sido uma excelente opor-tunidade de crescimento tanto para os alunos quanto para os agriculto-res. A preocupação com o controle de pragas e doenças na horta usan-do produtos naturais inseticidas é uma tendência mundial. Não pode-mos deixar nosso homem do campo sem as informações mínimas sobre a questão”, defende ele.

Além dos tradicionais projetos sociais para a comunidade, a Proext vem estruturando o instituto para re-ceber bem os estudantes com algum tipo de deficiência, implementando ações que permitam a permanência deles com o mínimo de condições adequadas para a aprendizagem.

A pró-reitora de Extensão, Zan-dra Dumaresq, destaca que “o foco é dotar todos os campi de uma condi-

ção similar de atendimento inclusi-vo”. Por isso, as unidades receberam equipamentos como máquina de es-crever em braile, lupas eletrônicas, scanner de voz, cadeira de rodas, itens tecnológicos e pedagógicos, além de material de escritório.

Recursos adicionais também foram disponibilizados para capaci-tação de servidores envolvidos com os Núcleos de Acessibilidade para as Pessoas com Necessidades Educa-cionais Específicas (Napnes), sobre as principais técnicas de adaptação dos materiais digitais, totalizando um investimento de R$ 200 mil.

Com essas ações práticas, os referidos núcleos passaram a ser for-talecidos, tendo, inclusive, a implan-tação estimulada nos campi onde ainda não existiam. A promoção do II Encontro dos Napnes, ocorrida no campus de Aracaú, em dezembro de 2014, coroou esse momento.

projeto em Acaraú estimula o artesanato e envolve diretamente a comunidade

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Marlen Danúsia reitoria

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EXTENSÃO

Consolidando a tríade Ensino, Pesquisa e ExtensãoResultado de articulação entre Proext e Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI), a revista científica do IFCE, Conexões,

contou, em 2014, com a sua primeira edição especial, que marcou o delineamento das ações de gênero, tendo como referência principal o programa Mulheres Mil, atualmente vinculado ao Pronatec.

Também na área editorial, a Proext participou de edital, lançado pela PRPI, para seleção de livros escritos por servidores do IFCE. As edições estarão disponíveis ainda em 2015.

Com o Ensino, a Proext articulou a participação de delegação formada por cinco alunos do IFCE na Oficina de Inovação em Saúde, que fez parte da 38ª edição do Reditec. Em parceria com a equipe de discentes do IFRN, o grupo – batizado de Carcará- apresentou cinco produtos, como resposta ao desafio proposto: ‘‘Prevenção à Cegueira’’.

Gestão ganha novosistema

Com a expansão das ações de extensão no IFCE, tornou-se essencial criar mecanismos de gerenciamento e acompanhamento das atividades. A exemplo de outras pró- reitorias, a Extensão também criou o sistema Sigpro-ext, com o apoio de estudantes bolsistas, objetivando a integração das informações lançadas.

É uma ferramenta importante, pois permite um acompanhamento contínuo e uma avaliação das ações, resultando num aprimoramento das atividades em exe-cução, confirma Dumaresq. Além do lançamento do software, a pró-reitoria também fortaleceu a integração entre os gestores, promovendo o I Encontro de Coorde-nadores de Extensão, nos dias 24 e 25 de abril de 2014.

Fechando 2014, editou-se, em parceria com o De-

partamento de Comunicação Social, o catálogo Expres-sões da Extensão, que apresenta 54 projetos de extensão nos eixos de: Comunicação, Cultura, Trabalho, Saúde, Educação, Tecnologia e Produção, Direitos Humanos e Justiça, e Meio Ambiente.

Divulgação

Além de tornar público o cumprimento da respon-sabilidade social do IFCE, o catálogo, a ser lançado neste semestre, foi essencial na divulgação das ações de ex-tensão e um importante instrumento de consolidação de informações, possibilitando um acompanhamento mais eficaz por parte da pró-reitoria.

encontros fortaleceram integração entre extensionistas

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PESQUISA

Mais verba para a pesquisaInstituto investe R$ 1,5 milhão em editais internos

O investimento na publicação de editais de fomento à prática da pesquisa aplicada e da inova-ção tem sido uma das marcas da atual gestão. Em 2014, o valor investido nos programas da institui-ção atingiu R$ 1,5 milhão, beneficiando diretamen-te 368 alunos e cerca de 170 servidores com verbas para capital, custeio e bolsas de iniciação científica.

Os números incluem os programas Pibic, Pi-bic Junior, Pibiti, Proapp e Proinfra, que distribuem bolsas para projetos de pesquisa e recursos para investimentos. Uma das beneficiadas foi a profes-sora Renata Chastinet, com o projeto “Polissacarí-deos como aditivo funcional em patês de pescado”, desenvolvido desde agosto de 2014 no campus de Limoeiro do Norte. O objetivo da iniciativa é dimi-nuir o número de conservantes no patê de peixe e, assim, aumentar o teor de fibras do alimento.

Na opinião dela, esse tipo de ação dissemi-na o gosto pela pesquisa entre os discentes: “Nos editais, o estudante pode dedicar-se integralmen-te a desenvolver pesquisas. Quanto mais tempo o professor e o bolsista dividem juntos, mais os dois aprendem, produzem trabalhos científicos e con-tribuem para o desenvolvimento da região”.

Outro docente que teve projeto aprovado foi Edílson Mineiro Sá Júnior, do campus de Sobral. Em parceria com o professor Rafael Silva, ele desenvol-ve a pesquisa “Motorização de um triciclo para ca-deirante através de um sistema fotovoltaico”, cujo objetivo é captar energia solar para possibilitar a locomoção de deficientes físicos em triciclos.

“O cadeirante vai poder ter mais autonomia e se inserir melhor no setor produtivo, pois o trici-clo possibilitará deslocamentos maiores que os da cadeira de rodas convencional e, assim, a diminui-ção da exclusão social”, explica.

R$ 10,5 milhões em captação externa

O pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, Auzuir Ripardo, destaca que, além dos editais internos, há a captação de recursos exter-nos por meio de parcerias com instituições públi-cas e privadas. No ano passado, o montante che-gou a R$ 10,5 milhões. “ Estes projetos ajudam na composição de infraestrutura para laboratórios e bolsas de pesquisa para alunos e professores”, ressalta. Para 2015, a política de incentivo prevê a liberação dos recursos destinados a programas novos, lançados em 2014, como o Proinfra PPG e o edital de apoio à publicação de livros (colaboraram Luís Carlos de Freitas e Tiago Braga).

Ícaro Joathanreitoria

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Rompendo as fronteiras do conhecimento

Intercâmbio. Até bem pouco tempo atrás, essa palavra parecia um sonho distante dos universitários brasileiros. Além dos altos custos, havia muita burocracia para a obtenção de vistos e matrículas em universidades estrangeiras. Hoje, com a implantação do programa Ciência sem Fronteira, esse sonho já é realidade para 173 alunos do IFCE.

Um desses alunos é Ravi Cavedagne Souza, de 22 anos, do curso de Engenharia Mecatrônica do campus de Fortaleza. Pelo programa, Ravi teve a oportunidade de passar um ano estudando no Shibaura Institute of Technology, universidade localizada em Tóquio, no Japão.

No Oriente, ele desenvolvia um projeto de pesquisa na área de realidade virtual, criando jogos para incentivar o estudo das engenharias. Para Ravi, a experiência foi “rica, tanto na parte acadêmica quanto na parte cultural”.

O IFCE tem dado suporte aos alunos para participarem do programa Ciência sem Fronteira, por meio da Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, da Assessoria de Relações Internacionais e das direções-gerais de campi. É viabilizado apoio na solicitação do passaporte, traduções e encaminhamentos de documentos e processos.

ravi Souza foi ao Japão pelo ciência sem Fronteiras

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Maisinvenções

Em novembro, o IFCE chegou ao núme-ro de 17 patentes depositadas no Insti-tuto Nacional de Propriedade Intelectu-al (INPI), sendo cinco delas apenas em 2014. O número de registros de novos programas de computador concedidos chegou a sete, dos quais três no último ano. Mais 23 processos estão em trâ-mite. As invenções dos pesquisado-res da instituição são acompanha-das e apoiadas pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT).

INOVAÇÃO

De malas prontas para inovarCapacitação docente no exterior é incentivada

Ícaro Joathan reitoria

Rebeca Casemiroreitoria

Oportunidades aproveitadas

Se nem todos os pesquisadores têm a chance de ser selecionados para uma experiência no exterior, no Brasil, a possibilidade de ser agraciado em um edital de inovação só aumenta. Em 2014, nada menos que 45 projetos inscritos por servidores do IFCE foram aprovados nos dois principais editais de inovação lançados pelo CNPq.

Na Chamada Pública nº 17/Setec/CNPq, foram aprovados 38 projetos, o que pôs o IFCE como o terceiro da rede federal com o maior número de apro-vações. Na Chamada Universal nº 14/MCTI/CNPq, mais sete docentes do Ins-tituto foram beneficiados, o segundo melhor resultado entre os institutos de todo o País. A participação dos pesquisadores nos editais conta com o apoio da Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PRPI), que procura divul-gar as oportunidades e oferecer suporte técnico aos servidores. O professor Renato Teixeira Moreira, do campus de Morada Nova, foi um dos aprovados na chamada 17: “É uma oportunidade para aumentar o desenvolvimento da pesquisa, do ensino e da extensão na instituição, assim como, promover cada vez mais as ações do IFCE junto à comunidade” (colaborou Christiano Barbosa).

Pesquisa e troca de ideias são fundamentos essenciais para que a inovação ganhe cada vez mais es-paço nos laboratórios e nas salas de aula. Pensando nisso, a Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inova-ção do IFCE (PRPI) tem estimulado o intercâmbio não só de alunos, mas também de docentes da instituição. Em 2014, nove professores, de vários campi, viajaram ao exterior para ca-pacitação no âmbito da inovação.

Um deles foi Domingos Sávio Felipe, da área de Telemática do cam-pus de Fortaleza. Ele passou um pe-ríodo na Finlândia e relata que a ca-pacitação foi muito proveitosa. “Pude conhecer um modelo eficiente, no qual a educação, a pesquisa aplicada e a integração entre universidades e empresas são usadas como base para a inovação e como fomento para a construção de hubs de inova-ção tecnológica e para a competitivi-dade econômica’’, frisa.

Outro docente da instituição que está realizando capacitação no exterior é José Roberto Bezerra, do campus de Fortaleza. Ele se encontra na Universidade de Brunel, em Lon-dres, desenvolvendo um estudo so-bre o uso da geração distribuída (pe-quenas fontes de energia que podem

ser utilizadas pelo próprio consumi-dor residencial) e seu impacto para a confiabilidade da rede de distribuição energética.

Para ele, este período está sen-do muito valioso para o seu trabalho como docente. “O contato com ou-tros pesquisadores e diferentes re-alidades é fundamental para termos noção exata da grandeza do trabalho que realizamos no nosso País e am-pliarmos nosso senso crítico”, conclui.

Segundo o chefe do Departa-mento de Pesquisa e Inovação da PRPI, Wendell Oliveira, essa possibi-lidade é de grande importância: “Ao enviarmos docentes para participa-rem de capacitação no exterior, abri-mos espaços para a formalização de parcerias no âmbito do ensino, da pesquisa, da inovação e da extensão; atuamos para a promoção da coope-ração em pesquisa aplicada com vis-tas à transferência de conhecimento para as indústrias; e incentivamos a formação de pessoal para intercâm-bio de pesquisadores e estudantes”.

A PRPI, conforme Oliveira, tem buscado incentivar a capacitação de docentes no exterior de várias manei-ras, entre elas a divulgação de oportu-nidades e a destinação de recursos de capacitação de editais.

professor Domingos Sávio participou de capacitação na Finlândia

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PÓS-GRADUAÇÃO

Expandir a pós-graduação é um grande passo para fortalecer a pesquisa. Com esse pensamento a Pró-rei-toria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PRPI), em parceria com os campi, articulou grupos de trabalho para desenvolvimento de propostas de novos programas de pós-graduação. Em 2014, o trabalho resultou na aprova-ção de três cursos de mestrado pela Capes, aumentando em 100% a oferta de cursos nessa modalidade pelo IFCE.

Segundo o chefe do Departamento de Pós-gradua-ção da PRPI, Glendo de Freitas Guimarães, os grupos de trabalho tiveram como objetivo definir as diretrizes, es-tratégias e metas para elaboração dos projetos de mes-trados acadêmicos e profissionais, levando em conside-ração os parâmetros estabelecidos nos documentos de área da Capes.

Ele explica que, para conseguir aprovação, é rea-lizado de forma coordenada e de acordo com os itens que a Capes leva em consideração na avaliação de uma proposta de curso novo.

“Assim, as propostas são definidas de acordo com o potencial de produção dos pesquisadores, doutores, em uma área específica de atuação do IFCE. Além dis-so, são considerados pontos como a estrutura física do campus, espaço para pesquisa, capacidade laboratorial, equipe técnica da unidade, espaço físico para alunos e professores”, comenta.

O mais recente programa de pós-graduação apro-vado pelo IFCE foi o de Ensino de Ciências e Matemática. Segundo o coordenador do curso, Francisco Alves Régis, esse projeto vinha sendo buscado desde 2012, mas, só agora, com o apoio e orientação irrestritos da PRPI, a Ca-

pes aprovou o mestrado acadêmico. “Esse é um mestrado voltado, sobretudo, para os

licenciados que serão formados para a pesquisa em ensi-no de ciências. É o segundo mestrado acadêmico da rede [federal de educação profissional e tecnológica] e é uma grande conquista, numa área importante e com as aulas já previstas para iniciar em julho de 2015”, frisa.

Em 2014, dois desses novos mestrados (Energias Renováveis e Ciência da Computação) iniciaram suas atividades. Jonas Platini Reges, formado em Mecatrôni-ca pelo campus de Limoeiro do Norte, tem 21 anos e já é aluno do mestrado em Energias Renováveis. Como egresso da instituição, ele comemorou a possibilidade de continuar sua formação no IFCE, sendo aluno da primeira turma do curso. Para Jonas, o curso está atendendo as expectativas, principalmente no que diz respeito à área na qual deseja especializar-se.

“Geralmente, quem faz mestrado é porque vai ten-tar a carreira docente. Por ser um tema novo e o único mestrado com essa denominação no Brasil, ter o título de mestre em Energias Renováveis será algo bem pionei-ro e acredito que poderá abrir muitas portas”, avalia.

Além dos mestrados, o IFCE iniciou também um novo curso lato sensu em 2014, o de Especialização em Inovação Tecnológica, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

Segundo o Plano de Desenvolvimento Institucional da PRPI, a expansão da pós-graduação no Instituto não deve parar por aí. A intenção da pró-reitoria é de aprovar mais três novos cursos de mestrado para ser implanta-dos no IFCE, até 2018.

Oferta de cursos aumenta em 100%IFCE chega a seis mestrados em 2014

Rebeca Casemiroreitoria

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RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Marlen Danúsia e Deborah Sampaio reitoria

A força das missõesAproximação internacional semeia formação

As oportunidades de semestres acadêmicos, cursos, treinamentos, cooperações técnicas e outras atividades similares no exterior são precedidas de muito trabalho e articulação. E esse é o “pano de fundo” costurado pela As-sessoria de Relações Internacionais, que continua avançando também nessa frente para garimpar oportunidades acadêmicas valiosas para alunos, professores e técnicos administrativos da instituição.

Um exemplo dessa articulação constante se consagra com a realização das missões internacionais, quando gestores se deslocam para outros países em busca de conhecer de perto ambientes educacionais.

Assim, em 2014, o reitor Virgílio Araripe e outros gestores dedicaram-se também a importantes missões, como a de maio de 2014 a Portugal. Entre as universidades do país, a do Porto destacou-se pela assinatura de acordo de cooperação entre as instituições prevendo mobilidade mútua de alunos, além de pesquisas e eventos acadêmicos conjuntos. O pró-reitor de Ensino, Reuber Saraiva, integrou a comitiva.

Em outubro, fechando o ano, uma comitiva do IFCE visitou diversas instituições da França, Holanda e China, onde ocorreu o Congresso Mundial 2014 da World Federation of Colleges and Polytechnics (WFCP). A comitiva cea-rense era formada pelo reitor, pela pró-reitora de Extensão, Zandra Dumaresq, e pelo assessor de Relações Interna-cionais, Gutenberg Albuquerque.

Deste percurso, o ponto alto foi a visita ao Hotel Universidade na Holanda, estabelecimento quatro estrelas, gerido pelos próprios alunos, e vinculado ao campus de Leeuwarden da Universidade Tecnológica de Stenden. Um dos frutos deste momento é o início dos trâmites legais para a formalização de um acordo de cooperação, que deve-rá consolidar-se com a visita do staff holandês ainda no primeiro semestre de 2015.

Inspiração para Guaramiranga

De acordo com Araripe, sobre a Universidade de Stenden, “a ideia é que comecemos a parceria pela área da hotelaria, considerando a necessidade de organizarmos a gestão do Hotel Escola de Guaramiranga, enquanto a se-gunda fase seria a formatação de ações com foco em TI e Polímeros”. Segundo Gutenberg Albuquerque, a articulação com a instituição holandesa ilustra bem como a assinatura de um convênio ou acordo de cooperação é uma ação de longo prazo, plantada e alimentada por muito tempo antes que ela renda bons frutos.

No início de 2015, a Universidade da Beira Interior, na cidade de Covilhã, em Portugal, tornou-se oficialmente a nova parceira para intercâmbio de servidores e alunos do IFCE. O memorando de entendimento entre as duas instituições foi assinado a partir de iniciativa do campus de Aracati. A parceria será estendida às demais unidades.

Também no começo de 2015, um grupo de gestores visitou a Fundação Fraunhofer Chile Research, na primeira missão internacional da instituição no ano, chefiada pelo reitor. Um dos objetivos foi o de fomentar o intercâmbio de pesquisadores e estudantes entre o IFCE e a Fraunhofer, maior organização de pesquisa aplicada da Europa.

No mundoVinte e dois estudantes foram beneficiados com intercâmbios acadêmicos no exterior por meio de bolsas do programa IFCE Internacional. Foram enviados estudantes da Capital e do interior do Estado, de cursos técnicos e superiores.

Intercâmbio tem beneficiado dezenas de alunos em diferentes países

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GESTÃO DE PESSOAS

A realização de novos concursos públicos no IFCE, ao longo de 2014, concretizou a diretriz da atual gestão de fortalecer a descentralização e a estrutura de pessoal da instituição em todo o Ceará. Conforme o pró-reitor de Gestão de Pessoas, Ivam Holanda, mesmo com todo o conhecimento em realizar grandes seleções, a conclusão de quatro processos seletivos, com nomeação e capacitação, exigiu das equipes envolvidas extrema dedicação.

“Fizemos concursos com 44.500 inscritos, responsabilizando-nos por uma logística que envolveu cerca de 300 servidores na comissão coordenadora e 30 locais de prova. Com certeza, nós nos superamos em todos os aspectos”, relembra o pró-reitor. O resultado do esforço concentrado foi a nomeação de 127 técnicos administrativos e 95 professores, lotados em sua maioria nos campi do IFCE em todo o interior.

O processo de inclusão dessa nova força de trabalho na instituição já pode ser percebido. O campus de Camocim é um exemplo claro. O funcionamento inicial, no segundo semestre de 2013, contava com seis servidores (dois técnicos administrativos e quatro professores) e 80 alunos em três cursos de Formação

Inicial e Continuada (FIC). Em janeiro de 2015, a realidade é diferente. A unidade já oferece dois cursos técnicos subsequentes - Serviços de Restaurante e Bar e Manutenção e Suporte em Informática - e um tecnológico em Processos Ambientais, além dos cursos FIC, que chegaram a nove em 2014. O corpo de servidores conta com 40 colaboradores, para mais de 200 alunos.

Mais qualidade

Com esse novo suporte de recursos humanos, explica o diretor-geral de Camocim, Amilton Nogueira de Vasconcelos, é possível efetivar ações em plenitude, proporcionando um atendimento com mais qualidade à comunidade. Além dos novos cursos ofertados, há ainda previsão para 2015.2 de implantação dos cursos de Licenciatura em Química e em Letras/Inglês.

O pró-reitor Ivam Holanda adianta que a intenção é, em 2015, concluir a composição da força de trabalho dos 23 campi. Ainda neste ano, ocorrerá novo concurso para professor efetivo e substituto e também para cargos técnicos. Ele lembra foi realizado estudo para balizar o número de novos servidores para cada campus.

Estrutura de pessoal fortalecidaNovos concursos estão previstos para 2015

Marlen Danúsia reitoria

O ano de 2014 foi marcado pela chegada e posse de vários servidores

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GESTÃO DE PESSOAS

Reconhecimento de saberese competências é instituído

Benefícios são concedidos a professores

Comissão colabora com carreira técnico-administrativa

Deborah Sampaio e Márlen Danúsia reitoria

O estabelecimento dos critérios para concessão do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) foi aprovado pela gestão do IFCE, em 2014. Enca-rado como prioridade e importante instrumento de valorização do professor, o reconhecimento beneficiará os docentes que cumprirem os requisitos elencados.

O trabalho de formalização do documento foi dirigido pela Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) e contou com o apoio das Comissões Permanentes de Pessoal Docente – CPPD’s locais e central, instituídas segundo as instruções do governo federal.

De acordo com o pró-reitor de Gestão de Pessoas, Ivam Holanda, 114 do-centes já foram beneficiados pelo RSC. O professor de Língua Portuguesa do cam-pus de Juazeiro do Norte, Guilherme Brito de Larceda, entende o benefício como valorização ao docente.

“Como o próprio nome já explicita, é um reconhecimento e, ao mesmo tempo, um incentivo àqueles que, diuturnamente, conferem aos institutos fede-rais reconhecida excelência na educação”, avalia.

Os benefícios concedidos aos professores durante o ano de 2014 resultaram na concessão de 151 retribuições por titulação, 39 por aceleração da promoção e 351 pro-gressões funcionais por desempenho acadêmico. Segundo o pró-reitor de Gestão de Pes-soas, Ivam Holanda, a importância de garantir esses benefícios está em favorecer o dia a dia dos trabalhos realizados, uma vez que gera mais estímulo aos profissionais.

A retribuição por titulação (RT) trata-se de benefício concedido aos integrantes da carreira de ensino básico, técnico e tecnológico, de acordo com a titulação comprovada. A aceleração de promoção possibilita a mudança de classe, considerando a titulação apre-sentada, independente de interstício.

Já a progressão funcional por desempenho acadêmico é a passagem do servidor do magistério para o nível de vencimento imediatamente superior dentro de uma mesma classe. Para os docentes que ingressaram até 28 de fevereiro, o primeiro intervalo para a progressão é de 18 meses, para os que ingressaram a partir de 1º de março de 2013, o interstício é de 24 meses, sendo necessária aprovação em avaliação de desempenho.

A Comissão Interna de Supervisão provisória (CIS) instituída por meio da Portaria nº 1137/GR, de 3 de novembro de 2014, estabeleceu os critérios para o Regulamento da Co-missão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos de Educação do IFCE. Os membros da comissão foram definidos ao longo do ano de 2014 e sua atuação terá início já em 2015.

O objetivo dessa comissão – vinculada à reitoria do IFCE – é acompanhar, orientar, fiscalizar, avaliar e supervisionar a implementação do plano de carreira dos servidorestécnico-administrativos. Além disso, segundo a normativa, a CIS tem ainda a competência de propor à Comissão Nacional de Supervisão as alterações necessárias para aprimoramento de suas funções.

O órgão instituído representa, para os servidores beneficiados, mais segurança nos processos que envolvem suas carreiras, uma vez que, segundo o pró-reitor de Gestão de Pessoas, Ivam Holanda, a comissão terá atuação direta na emissão de pareceres sobre ques-tões como afastamentos, progressões, capacitações, ambiente de trabalho, dentre outras.

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ASSUNTOS ESTUDANTIS

Assistência buscaagilidade e transparênciaSistema já se encontra em fase de teste

Márlen Danúsia e Deborah Sampaioreitoria

A vida dos alunos do IFCE fica mais fácil com o desenvolvimento de mais um sistema informatizado. Ago-ra, é a vez do Sistema da Assistência Estudantil (Sisae) que pretende dar mais celeridade e transparência ao processo de concessão de auxílios aos estudantes. O instrumento já funciona em fase testes no campus de Morada Nova, para avaliar as ne-cessidades mais iminentes, a fim de implantar melhorias para a versão definitiva do sistema.

De acordo com a diretora de Assuntos Estudantis, Elenilce Gomes, o crescimento no quantitativo de alunos e a demanda expressiva por auxílios exigia uma ferramenta in-formatizada de gerenciamento. “São diversos os aspectos considerados para se conceder um dos auxílios. Só a avaliação socioeconômica e fa-miliar já justificaria a demanda pelo sistema, mas a nossa meta é que o Sisae venha a atender todas as áreas profissionais vinculadas à assistência ao educando”, analisa.

No momento, o novo softwa-re contribui com a gestão da área permitindo que todos os aspectos necessários às avaliações para a con-cessão de auxílios estudantis sejam sistematizados e registrados. Docu-mentos que antes precisavam ser entregues fisicamente, podem, com o sistema, ser digitalizados, dando mais rapidez a todo o processo.

Outra grande vantagem é que o próprio software apresenta resulta-dos fundamentais para uma análise mais apurada em curto espaço de tempo e de uma forma mais transpa-rente e democrática. O programa é capaz de gerar, por exemplo, o perfil dos discentes solicitantes e daqueles que atendem, em princípio, aos cri-térios definidos previamente para a autorização dos benefícios.

No processo de desenvolvi-

mento do software, os servidores programadores da DGTI participa-ram de reuniões com os assistentes sociais do instituto para definir um formato adequado às necessidades da diretoria.

Informações sistematizadas

Para os assistentes sociais en-volvidos, a ferramenta é um grande aliado na medida em que os profis-sionais podem visualizar as informa-ções compiladas e sistematizá-las de forma mais objetiva. De acordo com a assistente social do campus de Ca-nindé, Ludimila Façanha Lopes, “a execução do sistema foi muito bem feita”.

Ela conta que o envolvimento da equipe da Diretoria de Tecnolo-gia da Informação conseguiu acolher com exatidão as necessidades a par-

tir do que foi apresentado. “Foi um trabalho em equipe bastante provei-toso que teve muito êxito. Acredito que vamos ter bem mais benefícios com o sistema”, afirma Ludimila.

O sistema foi apresentado ao grupo de assistentes sociais no final de 2014, durante um treinamento no campus de Fortaleza, onde a equi-pe de informática demonstrou seu funcionamento e recebeu sugestões para implementá-lo. Ludimila fala ainda da facilitação na produção do banco de dados, uma vez que tudo será feito de forma digital: a publi-cação de editais e o recebimento de documentos.

“Vai facilitar o próprio acom-panhamento dos auxílios, de forma geral, desde o ingresso dos alunos na instituição. Ainda facilitará a visu-alização e a solução de possíveis pen-dências”, fortalece.

Demanda crescente pela busca do benefício motivou criação de instrumento

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COMUNICAÇÃO

Para melhor comunicarComunicação edita três novos manuais

Ícaro Joathan reitoria

Documentos são direcionados a públicos diversos

Estabelecer padrões e normas é necessá-rio para garantir melhor comunicação interna e externa a qualquer organização. No Instituto Federal do Ceará (IFCE), essa necessidade não é diferente e, de forma a supri-la, o Departamento de Comunicação Social incluiu a edição de vários manuais, sobre os mais diversos assuntos, como uma de suas metas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2014-2018.

No segundo ano da atual gestão, três des-sas publicações ficaram prontas. A primeira foi o Manual de Radiojornalismo, lançado em outu-bro de 2014. O documento compila uma série de orientações sobre como produzir conteúdo ra-diofônico, com destaque para o programa “IFCE no Ar”, veiculado todas as quintas-feiras na Rádio Universitária FM.

Na opinião da jornalista Caroline Brito, do campus de Tianguá, o manual auxiliou seu traba-lho enquanto comunicadora. “Achei importante para relembrar pontos característicos da lingua-gem radiofônica e seguir determinados padrões para que o produto final esteja em conformidade com o que a instituição quer transmitir para a so-ciedade”, relata.

Outra publicação que transformará “a cara” do Instituto é o Manual de Sinalização, que aguar-da apenas revisão técnica da Pró-reitoria de Ad-ministração e Planejamento (Proap). O guia orien-ta a implantação de sinalização de espaços físicos na reitoria e nos campi, bem como define e pa-droniza o layout, os elementos gráficos e textuais que compõem os ambientes do Instituto.

Fortalecendo a marca

Para o diretor-geral do campus de Tianguá, Jackson Vasconcelos, presidente de um grupo de trabalho criado para propor melhorias nos espa-ços físicos do IFCE, o documento fortalece ainda mais a marca institucional. “O manual é completo e abranje desde o uso de sinalização especial de acessibilidade ao uso de tótens em posições es-tratégicas, que possibilitarão a identificação pré-via da localização dos setores nos corredores e blocos da instituição”, destaca.

O terceiro dos documentos a ficar pronto, em fevereiro último, foi o Manual de Relaciona-mento com a Mídia, direcionado a todos os mem-bros da comunidade acadêmica que prestam ou podem vir a prestar informações sobre o IFCE ou sobre o trabalho que desenvolvem na instituição. O material deve ser lançado no decorrer deste primeiro semestre.

Eventos também são normatizadosOutro ponto de atenção do Departamento de Comunicação

Social (DCS) nos últimos 12 meses foram os eventos institucionais. Em junho de 2014, a unidade, juntamente com a Pró-reitoria de Ensino (Proen) e a Diretoria de Assuntos Estudantis publicaram nota técnica com orientações aos campi sobre como realizar a acolhida dos alunos novatos, de forma a apresentar aos ingressantes a proposta peda-gógica, a estrutura, o funcionamento e as oportunidades propiciadas pelo IFCE.

O documento recebeu elogios de profissionais como o rela-ções públicas Pablo Monteiro, um dos organizadores da acolhida no campus de Iguatu. “A nota soma-se às realidades de cada campus para cumprir a missão de estabelecer os primeiros vínculos entre a insti-tuição e os alunos. Suas orientações e sugestões, sem dúvida, contri-buem muito para a acolhida e ambientação dos alunos ao novo espa-ço de aprendizagem, permitindo que tenham uma visão sistêmica e atualizada do que realmente é o IFCE”, afirma.

Outro documento construído ao longo de 2014, com a partici-pação dos relações públicas da reitoria e dos campi, foi a proposta de nota técnica de padronização das solenidades de conclusão de cursos técnicos e de colação de grau. O projeto tem como base o Guia de Eventos, Cerimonial e Protocolo da Rede Federal e, até o fechamento desta edição, aguardava aprovação da Proen para ser publicado.

SeminárioO I Seminário de Comu-nicação IFCE/UFC, realiza-do em maio, teve como palestrante o jornalista e relações públicas Jorge Duarte, atual coordenador de Comunicação em Ciên-cia e Tecnologia da Embra-pa/DF.

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Para os servidores responsáveis pelo atendimento de demandas advindas da Lei de Acesso à Informação (LAI) no IFCE, o segundo ano da atual gestão foi de capacitação. Em outubro de 2014, 58 servidores da instituição, lotados na reitoria e em 22 campi, participaram de minicursos, articulados pela Ouvidoria Geral da União, como parte do “Programa Capacita”. As aulas foram ministradas por analistas de Controle Interno da Controladoria Geral da União (CGU/CE).

Na capacitação, foram ofertados os cursos de Responsabilidade Administrativa, Civil e Penal no Serviço Público Federal; Auditoria Interna e de Introdução ao Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Especificamente para 32 servidores interlocutores nos campi e nas unidades estratégicas da reitoria, houve aulas também sobre aspectos introdutórios da Lei de Acesso à Informação (LAI) e decisões já adotadas pela CGU, a respeito de pedidos amparados por esta Lei.

O Programa Capacita é promovido pela CGU e objetiva melhorar a gestão de recursos públicos por meio de ca-pacitações contínuas a gestores e servidores federais, em áreas relacionadas à área de atuação do controle interno, promovendo o fortalecimento do controle preventivo.

Informações

O IFCE utiliza, desde maio de 2012, para encaminhamento de demandas de acesso à informação, o Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão da CGU (e-SIC/CGU). Há maior frequência de solicitação de informa-ções sobre processos seletivos para cursos e concursos e questões relativas a recursos humanos.

Para solicitar informações, o interessado deve acessar o endereço eletrônico: www.acessoainformacao.gov.br e apresentar a solicitação ou dirigir-se às recepções das unidades do IFCE em funcionamento, inclusive a da reitoria. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. No portal do IFCE (www.ifce.edu.br), o usuário pode acessar as informações exigidas pela Lei de Acesso à Informação em um menu exclusivo.

OUVIDORIA

Lei de Acesso à Informação é foco de treinamento

Adotada instrução normativa

Objetivo é melhorar atendimento ao cidadãoLyndissei Lourenço (colaboradora)

reitoria

Solicitações de informação podem ser feitas pela internet ou presencialmente

Considerando a necessidade de promover a atuação integrada e sistêmica das ouvidorias do Poder Executivo Federal, foi editada a Instrução Normativa nº 1 da Ouvidoria-geral da União/CGU em novembro de 2014.

A Ouvidoria-geral do IFCE observará a norma na elaboração do regimento interno e adotará o sistema eletrôni-co de controle de manifestações direcionadas às ouvidorias (e-Ouv). Essa ferramenta será integrada a outro sistema que está sendo desenvolvido pela Diretoria de Gestão de Tecnologia da Informação (DGTI) para que as demandas endereçadas ao Instituto possam tramitar entre os campi e as unidades estratégicas da reitoria.

A ouvidora do IFCE, Mariângela do Amaral Saboya, destaca a importância dessas melhorias para o Instituto. “Tanto o sistema quanto as orientações da IN vão agilizar a tramitação de demandas” afirma.

Até dezembro de 2014, a Ouvidoria do IFCE encaminhou 111 manifestações recebidas formalmente para o e-mail [email protected] ou diretamente no e-mail da ouvidora-geral, além de uma única manifestação em meio físico, por carta. No âmbito da Lei de Acesso a Informação, 152 solicitações foram atendidas pelo e-SIC/CGU.

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projetos de extensão como o revoada, de Aracati, ganham cada vez mais espaço

Muitos são os avanços no Instituto Federal do Ceará, tanto em estrutura como em pesquisa, ensino e extensão. Os 26 campi, distribuídos pela Capital, região me-tropolitana e interior, vivem momentos de concretização e expansão de ideias, de transformação, de construção de conhecimento e, sempre, de formação com qualidade. Nas próximas páginas, vamos conferir parte do que marcou os últimos 12 meses nas unidades, mostrando que o IFCE não para!

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O campus de Fortaleza buscou resgatar, durante o mês de outubro de 2014, dois importantes e tradicionais eventos do Instituto, ainda da época de Escola Técnica Federal. São eles: os Jogos dos Estudantes da Escola Téc-nica (Jetec) e as Feiras de Ciências.

Os jogos, atualmente conhecidos como Semana Esportiva Cultural (SEC), foram aperfeiçoados, ampliando as áreas de interessepara que se tornassem um evento interdisciplinar e cultural. Já as Feiras de Ciências evolu-íram para a Feira de Pesquisa e Inovação (FIP),voltada para a divulgação das produções científicas e inovadoras dos estudantes e professores do campus.

Dos Jetec, a SEC herdou as competições esportivas e o concurso de belezaque elege o Mister e a Miss dos cursos técnicos, ambos com ampla participação e torcida das turmas. Nesta segunda edição, competiram, entre si, as modalidades masculina e feminina de natação, bas-quete, vôlei, handebol, futsal e xadrez.

Entre as propostas culturais, integrou a programa-ção da semana a JAC – Mostra Interdisciplinar de Juven-tude, Cultura e Arte, assim como também, as Olimpíadas de Física, as Olimpíadas de Matemática, o Concurso de Redação, o Festival de Esquetes, o Salão de Artes Visuais, o IF Games e o Festival de Música.

Já a Feira de Inovação e Pesquisa trouxe como he-rança das feiras de ciências a disseminação de novos co-nhecimentos e tecnologias. O diferencial desta primeira edição da FIP foi favorecer, também, a inserção de proje-tos no mercado. A novidade estimulou a visão empreen-dedora e a criatividade de alunos e docentes.

Trinta e um projetos, expostos no pátio do cam-pus de Fortaleza, concorreram nas categorias: Produto Inovador (abrangendo temáticas como novos materiais, software e componentes); Processo Inovador (contem-

plando novas máquinas, equipamentos ou adaptações que melhorem os processos produtivos); Inovação Social (referente a novas estratégias e conceitos); e Voto Popu-lar (projeto escolhido pelos visitantes da feira).

Lições aprendidas

Durante o tempo de curso, o IFCE se torna uma se-gunda casa para os estudantes. Uma das preocupações da instituição é desenvolver tecnicamente profissionais competentes, sem se descuidar da formação humana. Por isso, historicamente, os eventos esportivos e cultu-rais têm sido importantes nesse processo.

Na visão do diretor de Extensão e Relações Empre-sarias do campus, Gilmar Lopes, a vivência proporciona-da por esses eventos “transforma e diferencia os estu-dantes”, engrandecendo-os pessoal e profissionalmente.

Aprender a competir e celebrar com os colegas de curso,integrando-se na comunidade estudantil, é apenas um dos benefícios ao corpo discente. “Minha turma par-ticipa da Jornada de Arte e Cultura por amor”, resume a aluna Nathalia Marques, do técnico integrado em Teleco-municações e vencedora dessa modalidade.

Para ela, as atividades da Semana Esportiva Cultu-ral são uma oportunidade para mostrar os talentos ar-tísticos e as aptidões esportivas dos estudantes. “É um evento que realmente engloba todos os alunos”, destaca Nathalia que foi eleita Garota SEC 2015.

Um bom exemplo do sucesso desses eventos é a professora Renata Vieira que, quando aluna, viveu a emoção de ser rainha do curso de Eletrotécnica em duas ocasiões, em 1981 e em 1982. Ela participava ativamente dos Jogos do Ensino Técnico (Jetec). Para ela, as competi-ções deixavam “a nossa escola mais viva”.

FORTALEZA

SEC e FIP resgatam tradição histórica em Fortaleza

Jogos e feiras movimentam o campus

Luciana Fonsêca e Manuella NobreCampus de Fortaleza

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eventos têm impactos físicos, intelectuais e ético-morais sobre os discentes

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FORTALEZA

A maior expansão da história do campus de Fortaleza

Rafael Oliveira campus de Fortaleza

A1- Imóvel comprado em dezembro/2014 A2- Imóvel comprado em dezembro/2014B1- Bloco de ensino 2 (em construção)B2- bloco de ensino 1 (em construção)B3- Estacionamento (terreno comprado em outubro/2013)

O ano de 2014 ficará para o campus de Fortaleza como marco de sua maior expansão territorial. Em dezembro, foram adquiridos dois imóveis que totalizam 1,8 mil metros qua-drados, e um investimento de R$ 4,8 milhões. Essa aquisição tem como objetivo ampliar a infraestrutura da unidade.

Os imóveis estão localizados na Avenida 13 de Maio, 1995, e na Avenida dos Expedicio-nários, 3080. Os espaços têm a vantagem de já estarem praticamente prontos pra uso, sendo necessárias poucas intervenções para abrigarem setores administrativos, assim como para servirem de estacionamento.

Mais conforto

O diretor-geral da unidade, Moisés Mota, ressalta a relevância dessa conquista. “É mais um compromisso que conseguimos honrar com a comunidade acadêmica. Como ex-aluno dessa casa, é uma satisfação muito grande saber que podemos oferecer aos alunos e servi-dores mais conforto para o desenvolvimento de suas atividades”, comemora.

Em termos territoriais, a compra dos imóveis marca a maior expansão da sede desde 1952 (data em que passou a funcionar na Avenida 13 de Maio, 2081, no Benfica).

Inicialmente, o novo imóvel da 13 de Maio deve abrigar a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas, e outros setores administrativos do campus de Fortaleza. Já o prédio da Expedi-cionários será utilizado como estacionamento, devendo abrigar também alguns ambientes administrativos.

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Ganhando espaço

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ACARAÚ

Mais investimentos

Edson Costacampus de Acaraú

Aula prática no laboratório de construção naval no campus Acaraú

O campus de Acaraú tem inves-tido na construção, modernização e equipagem de laboratórios para atividades práticas dos seus quatro cursos técnicos subsequentes (Pes-ca, Aquicultura, Construção Naval e Serviços de Restaurante e Bar) e dos dois superiores de licenciatura (Física e Ciências Biológicas).

Em 2014, o campus implantou um galpão didático, que é utilizado nas aulas práticas do curso de Cons-trução Naval. No espaço, há oito sa-las de aula, além de vários equipa-mentos. “Neste ano, o curso avançou expressivamente. Hoje, dispõe de um espaço próprio, necessário para o quesito prático”, comemora o pro-fessor da área de Recursos Pesquei-ros, Márcio Bezerra, chefe do Depar-tamento de Administração.

Segundo o professor de Cons-trução Naval Maurício Oliveira, a es-truturação do laboratório foi projeta-da conjuntamente com os alunos do curso e lhes permite vislumbrar uma série de atividades práticas, essen-ciais à sua formação.

O campus concluiu também o laboratório de Aquicultura Continen-tal, onde têm sido desenvolvidos tra-balhos de pesquisa em piscicultura. Além disso, foram adquiridos apare-lhos para medição da qualidade da água para pesquisas.

O aluno Jander Vagner, de 20 anos, do 4º semestre do curso téc-nico em Aquicultura, ressalta a im-

portância do equipamento: “É uma grande oportunidade para colocar em prática o que vemos na teoria”.

Conforme o técnico em pesca do campus, Alex Castro, além da es-truturação dos espaços físicos, a uni-dade tem investido na aquisição de equipamentos como cartas náuticas e artefatos necessários para a boa formação prática na pesca, sendo essa estruturação fundamental na formação dos futuros técnicos.

No alojamento do campus, fo-ram improvisadas salas para aulas práticas do curso técnico em Serviços de Restaurante e Bar. O estudante José Maria, de 20 anos, do 3º semes-tre do curso técnico em Serviços de Restaurante e Bar, ressalta que, nas aulas práticas, vivenciou a aprendiza-gem da questão de higiene, manipu-lação, preparo e corte de alimentos. “Consegui aprender diversas habi-lidades e consigo, enquanto futuro profissional, colocá-las em prática no mercado”, destaca.

Conforme o professor Márcio Bezerra, o ano de 2014 foi expressi-vamente positivo não só por conta da estrutura física, mas também do ponto de vista organizacional, com a criação de novas coordenações, no-vos núcleos e grupos. “Além de reor-ganizar muita coisa, a gestão precisa atender os anseios da comunidade, o que não é nada fácil. Todavia, com a ajuda e compreensão da maioria, conseguimos avançar”, conclui.

Formalização e informação para

pescadoresA responsabilidade social

é uma das preocupações do IFCE em Acaraú. O campus tem atuado nessa linha por meio do curso de Formação Inicial e Continuada de Pescador Profissional (POP N1). A capacitação tem carga horária de 108 horas/aula, com duração de um mês e os encontros realizados na unidade.

A formação está em sua se-gunda turma, com 23 pescadores, que iniciaram suas aulas em de-zembro do ano passado. A seleção dos alunos é realizada pela Colônia de Pescadores Z-02, de Acaraú. Em maio de 2014, a unidade do IFCE, a primeira no Ceará e a terceira no país a ofertar o curso, formou a pri-meira turma, com 35 concludentes.

Parceria

A formação do pescador pro-fissional compete à Marinha, com possibilidade de delegação, sendo o curso obrigatório para quem so-licita o registro inicial de pescador profissional. O IFCE, por meio de parceria com a Marinha e a Colônia de Pescadores de Acaraú, passou a ofertar periodicamente o POP-N1.

Segundo o professor João Vi-cente Santana, do campus de Aca-raú, que coordenou a implantação do curso na unidade, são inúmeras as vantagens do pescador em par-ticipar da formação, desde a obten-ção de direitos ao desenvolvimen-to profissional.

Para a presidente da Colônia de Pescadores de Acaraú, Maria Luziara da Rocha, essa gama de co-nhecimentos fará diferença no dia a dia do pescador. Segundo ela, a formação poderá auxiliar os profis-sionais inclusive a evitar acidentes no mar.

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A estruturação desponta como diferencial

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CAUCAIA

para laboratórios

Simulador possui um sistema de realidade virtual em 3D

O IFCE, em Caucaia, conta agora com simuladores de soldagem de alta tecnologia para elevar a eficiência da aprendizagem dos alunos do curso de Metalurgia. A novidade foi apresentada na primeira edição da Semana de Ciência e Tecnologia do campus em novembro do ano passado.

Os simuladores atraíram os olhares não só da comunidade acadêmica, mas também do público externo, sen-do uma das principais atrações do evento. Os alunos tiveram a oportunidade de manusear os aparelhos pela primei-ra vez, o que despertou em muitos deles um interesse maior pela área metalúrgica.

Os equipamentos, destinados a processos de soldagem, constituem um sistema de realidade virtual em 3D. Eles permitem a realização de exercícios práticos para a aquisição de experiência e a melhoria da produtividade para a qual o simulador foi projetado, por meio de modelos matemáticos e uma seleção de controles reais.

Como instrumental na formação dos alunos do Instituto, o simulador possui grande importância também, quanto à aquisição de hábitos seguros, como explica o professor Herlânio Pessoa.

Técnica rentável

“Sem a menor dúvida, a simulação constitui uma das técnicas de maior rentabilidade na prevenção de riscos no trabalho. Do ponto de vista preventivo, a formação deve ser integral, não apenas voltada para se obter uma mu-dança na atitude relativa às medidas de prevenção que venham a ser adotadas, mas também a alcançar a desejada mudança de comportamento para desenvolver a competência requerida para determinado trabalho e realizá-lo de modo seguro”, avalia Herlânio.

As vantagens em se ter um aparelho como esse são inúmeras e influenciam tanto alunos como gestores de educação e o próprio campus. Entre elas podemos citar os modelos de aprendizagem por meio de objetos visuais e a análise dos exercícios dirigidos para determinar a precisão das instruções.

Também são consideradas a avaliação dos resultados, levando em conta as variáveis adequadas para o siste-ma em questão, a avaliação de cada participante do grupo, além de razões econômicas, a manutenção preventiva do equipamento usado, a inexistência de riscos e acidentes relativos a possíveis erros cometidos.

Marcelo Paiva (colaborador) campus de caucaia

Técnico integrado é a novidadeEm processo de reestruturação de ensino, o IFCE – campus de Caucaia traz uma importante novidade em 2015: a oferta

do ensino técnico integrado, que deve beneficiar diretamente alunos, município e região. Nessa modalidade, o discente cursa o Ensino Médio regular e o técnico.

Serão oferecidos os cursos de Eletroeletrônica, Metalurgia e Petroquímica, cada um com 35 vagas, totalizando 105 por pro-cesso seletivo. A duração será de seis semestres e o estimado é que, quando o projeto estiver em plena vigência, sejam atendidos cerca de 630 alunos.

Para suprir essa demanda, o campus irá oferecer, além do ensino eficiente que é uma das marcas do IFCE, refeições, aten-dimento social, psicológico, ambulatorial gratuito, atividades esportivas, culturais e acompanhamento didático-pedagógico.

A implantação desse tipo de ensino na instituição caracterizado como profissionalizante, pretende atender às necessida-des de mercado como a busca por de mão de obra especializada no eixo de Controle e Processos Industriais.

Para o diretor de Ensino, Marcel Ribeiro, ao alunos aguardam a oportunidade com grande expectativa. “O projeto pedagó-gico não contempla somente disciplinas profissionalizantes, mas também disciplinas com uma boa base humanística”, acrescenta.

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Espaço virtual contribui para a formação

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ARACATI

O estímulo à produção acadêmica e à pesquisa trouxe vários resultados ao longo de 2014 para o campus de Aracati. Além da parti-cipação em eventos, estudantes de diferentes cursos passaram pela experiência de colaborar na organização da I Semana Interdisciplinar e do II Seminário de Pesquisa e viram algumas de suas ideias ser re-conhecidas e premiadas em encontros realizados em outras cidades.

É esse o caso dos alunos Daniel Victor, Linco Fernandes e Othon Braga, do curso de Bacharelado em Ciência da Computação. Os três venceram uma competição na sétima edição da Campus Par-ty, o maior evento de inovação e tecnologia do país e um dos maio-res do mundo, realizado no mês de julho em Recife (PE).

“Eu aprendi muito, principalmente na área de robótica. Tam-bém pude experimentar tecnologias que só conhecia pela internet, como os óculos de realidade aumentada”, conta Othon, que, junto com os dois colegas, venceu o desafio de programar uma apresenta-ção para o robô Nao. Ele lembra também que o apoio recebido pelo IFCE para a viagem foi decisivo. “Se não fosse o apoio que recebi, com certeza não teria ido”, testemunha .

Outra oportunidade para divulgar o resultado de pesquisas foi o Congresso Brasileiro de Software: Teoria e Prática (CBSoft), que aconteceu entre 28 de setembro e 3 de outubro em Maceió (AL). O evento contou com a participação de alunos dos cursos de Bachare-lado em Ciência da Computação e Técnico em Informática.

A apresentação de trabalhos e a troca de experiências com outros estudantes e pesquisadores também motivou a participação de quatro alunos do campus no Congresso Norte e Nordeste de Pes-quisa e Inovação (Connepi), realizado pelo Instituto Federal do Mara-nhão (IFMA) na cidade de São Luís, em novembro.

Mas foi na realização de eventos próprios que o campus de Aracati incrementou o incentivo à pesquisa. Ainda no primeiro se-mestre, a Semana Interdisciplinar (Semid) mobilizou alunos de todos os cursos, numa programação que uniu encontros das áreas de Ho-telaria, Computação, Eventos, Aquicultura e Informática.

Um dos destaques foi a participação dos alunos do curso In-tegrado em Petroquímica, que fazem o Ensino Médio e a formação profissional do IFCE. Incentivados pela disciplina de português, eles organizaram uma exposição de arte unindo produções em pintura com temas relacionados à petroquímica.

Outro momento importante foi a realização do II Seminário de Pesquisa, em novembro. Com oficinas, palestras, apresentações cul-turais e divulgação de pesquisas, o seminário se consolidou como um dos principais eventos do campus. “Sem dúvida, observamos nes-te ano um amadurecimento dos nossos alunos”, avalia a diretora-geral Maíra Nobre.

Já o coordenador de Pesquisa e Extensão do campus, Marcos Scárdua, destaca o crescimento no número de participantes. “Em re-lação ao primeiro evento, vimos que o interesse dos alunos cresceu muito e isso se reverteu em um número bem maior de trabalhos apresentados”, comemora.

Pesquisa ganha força no campus de AracatiBoas ideias sãodescobertas em eventos

Katharine Magalhãescampus de Aracati

Alunos do curso técnico em Aquicultura participam de oficina

Projetos beneficiam comunidade

Um novo campus

O campus de Aracati contará com um novo espaço em 2015. A unidade está sendo construída em um terreno de quase quatro hectares e conta-rá com blocos didático e administrativo, biblioteca e auditório. O prédio abrigará os cursos técnicos em Eventos e Informática e os cursos superiores em Ciência da Computação e Hotelaria.

A vontade de ajudar alunos de escolas pú-blicas a ingressarem no IFCE motivou a criação do Pré-IF, projeto de extensão que começou a funcio-nar em outubro de 2014 no campus de Aracati. A ideia foi oferecer aulas preparatórias para a sele-ção do curso Integrado em Petroquímica.

“Nós vimos que a maioria dos nossos co-legas vêm de outras cidades ou foram alunos de escolas particulares em Aracati”, conta Sávio Mar-ques, do segundo semestre. “Aí começamos a pen-sar em como ajudar alunos de escolas públicas a entrarem no IFCE também”, completa.

O resultado foi a oferta de aulas até o mês de dezembro, três vezes por semana, dadas por professores do campus de forma voluntária. As 35 vagas oferecidas foram preenchidas em apenas dois dias de inscrição, e um cadastro reserva foi formado com mais 15 interessados.

Em 2015, os sete alunos que elaboraram o projeto, coordenado pela servidora Vera Mônica de Vasconcelos, técnica do laboratório de Quími-ca, querem dar continuidade à iniciativa. “Temos uma demanda muito grande”, justifica Vera.

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Em outubro de 2014, o campus de Baturité implantou o primeiro Núcleo de Estudos e Pesquisas Afrobrasileiros e Indígenas (Neabi) do Instituto Federal do Ceará. O projeto, vinculado à reitoria, é constituído por grupos de ensino, pesquisa e extensão, voltados para o direcionamento de estudos e ações sobre questões étnico-raciais.

Com o objetivo de desenvolver programas e projetos em torno de temas sobre relações étnico-raciais em diversas áreas do conhecimento, o núcleo tem a participação de bolsistas dos cursos de Tecnologia em Hotelaria e Tecnologia em Gastronomia do campus. O Neabi está voltado para ações afirmativas e, em especial, para a área do ensino sobre Africa, Cultura Negra e História do Negro no Brasil.

Ao longo de três meses, os bolsistas visitaram o quilombo da Serra do Evaristo, na região do Maciço de Batu-rité, com a finalidade de capacitar cerca de 50 crianças da escola pública 7 de Novembro. As crianças tiveram aulas sobre cultura negra e cidadania, dentre outros temas.

De acordo com o aluno do campus e bolsista Ezequiel Andrew, a participação no Núcleo amplia o conhecimen-to obtido em sala de aula, por meio de várias disciplinas. “O projeto desperta um lado socioambiental para o desen-volvimento das crianças que participam”, enfatiza.

Coordenado pela docente do campus de Baturité Anna Érika Ferreira Lima, o Neabi surgiu da participação de Anna no Fórum Distrital de Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva, que aconteceu em agosto de 2014 no Ins-tituto Federal de Brasília. “Essa primeira etapa do projeto deve deixar frutos para as próximas crianças beneficiadas. Para 2015, a expectativa é expandir a capacitação para mais escolas públicas”, afirma a coordenadora.

O campus de Baturité desenvolve, desde 2010, projetos em comunidades indígenas da região do Maciço, como o projeto “Vassouras Recicladas e Hospitalidade”, da aldeia de Kanindéde Aratuba, também coordenado pela docen-te Anna Érika.

Os trabalhos do Neabi têm apoio da direção-geral do campus e da Pró-reitoria de Extensão do IFCE. O encer-ramento da primeira etapa das atividades do núcleo deve ocorrer em março de 2015, com apresentação dos resul-tados no auditório do campus.

BATURITE

Baturité desenvolve projeto em comunidades indígenas da regiãoInicialmente, 50 crianças são capacitadas

Inácio Oliveiracampus de Baturité

cidadania e cultura negra são alguns dos temas passados pelo projeto

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CAMOCIM

Meio ambiente é destaque em Camocim

Campus oferta curso na área desde 2014

André Camelo (colaborador) e Edson Costa campus de camocim

Aula de campo mostra a prática dos cuidados ambientais

Rica em paisagens naturais, a cidade de Camocim, no litoral oeste cearense, tem grande demanda de pro-fissionais para atuar em setores ligados ao meio ambien-te. Considerando essa situação e a chegada de novos professores, no ano de 2014, a unidadepassou a ofertar alguns cursos de formação inicial e continuada (FIC) vol-tados para a gestão ambiental.

Durante o segundo semestre de 2014, passaram a ser ofertados gratuitamente os cursos FIC de Agente de Desenvolvimento Socioambiental, Monitor de Uso e Conservação de Recursos Hídricos, Auxiliar de Laborató-rio de Saneamento e Ciências da Natureza e suas Tecno-logias, todos com duração de 160 horas/aula.

As formações dão aos egressos oportunidades de atuação em órgãos públicos e organizações não gover-namentais, capacitando-os para o desenvolvimento de atividades que objetivam a educação e a preservação ambiental.

Conforme o professor Cledeilson Pereira Santos, da área de Engenharia Sanitária, e que ministra o cur-so de Monitor de Uso e Conservação de Recursos Hídri-cos, “a oferta de capacitações na área ambiental sempre apresenta procura e não foi diferente em Camocim, onde se teve uma busca considerável”.

Conforme o docente, em visita aos órgãos ambien-tais da região, foi atestada uma carência de profissionais capacitados a, entre outras ações, realizar procedimen-tos como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA).

“Esperamos que nossos alunos possam dar suporte a es-ses órgãos competentes e que tragam bons frutos para Camocim e região”, defende.

O aluno egresso do cursode Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Antônio José Izidório Junior, ressalta que, ao término do curso, os participantes podem contri-buir para mudanças na realidade ambiental de Camocim, que tem enfrentado problemas, como o descarte irregu-lar de lixo e poluição nas praias.

Sustentabilidade ambiental

Segundo o diretor-geral do campus de Camocim, Amilton Nogueira de Vasconcelos, os cursos ofertados pela unidade têm contribuído muito com a cultura local, levando a pensar a sustentabilidade ambiental.

Além desses cursos FIC, na 31ª reunião extraordi-nária do Conselho Superior do IFCE (Consup), realizada em novembro de 2014, foi aprovado para o campus, o curso superior de Tecnologia em Processos Ambientais, com 30 vagas, já para 2015.

O diretor Amilton Nogueira entende que os cur-sos, tanto técnicos como o superior que começa neste ano, são uma demanda urgente da região. “Por meio da ciência e da tecnologia, nosso campus leva a uma nova forma de pensar o meio ambiente, que passa a ter seus recursos usados de forma sustentável, contribuindo para o desenvolvimento regional como um todo”, argumenta.

Novos prédios e laboratóriosDesde o começo do ano de 2014, o campus de Camocim vem promovendo

ações de adequação e mudanças na infraestrutura do prédio principal. Pintura nas partes externa e interna e pequenas reformas nos laboratórios são execu-tadas para receber equipamentos a ser utilizados nas aulas práticas dos cursos previstos para a instituição.

Além disso, ainda no primeiro semestre de 2015, o campus iniciará a cons-trução de um bloco didático que contará, na etapa inicial, com nove salas de aula, recepção, sanitários e um espaço para realização de eventos e convivência dos estudantes e servidores. A estrutura está sendo projetada também para receber outros dois pavimentos.

Com isso, a estrutura do campus será expandida para um total de 27 salas de aula, em outras etapas da construção. O prazo para conclusão da primeira fase da obra é de 12 meses e terá o acompanhamento de uma equipe de engenheiros da reitoria do IFCE.

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“Nossa expectativa é que esses cursos possam

contribuir para o desenvolvimento regional

como um todo”

AMILTON NOGUEIRADiretor-geral do campus de

Camocim

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CANINDÉ

Incubadora deempresas é lançada

Cláudia Monteirocampus de canindé

Seminário de Tecnologia da Informação movimentou o campus

Beneficiados pelas bolsas de auxílio-formação, os cursos tecnológicos de Redes de Computadores e Gestão de Turismo do campus de Canindé, participam da Incuba-dora de Empresas, lançada em setembro de 2014, duran-te o 1º Simpósio de Empreendedorismo.

Como primeiro produto, a incubadora desenvol-veu um aplicativo encomendado pelo santuário de São Francisco das Chagas com informações sobre a progra-mação religiosa, dicas de lazer, história, comércio e en-tretenimento. A ferramenta foi lançada durante as festas de São Francisco, entre os dias 9 e 19 de outubro.

A atuação da incubadora de empresas conta com a coordenação dos professores Álisson Gomes Linhares e Eduardo Dalle Piagge Filho. Entre suas principais ativi-dades, estão previstas visitas técnicas para conhecer o funcionamento de organizações inovadoras.

Também será desenvolvida bibliografia sobre o assunto para posterior compartilhamento por meio dos portais de conteúdo, além de eventos temáticos, treina-mentos de capacitação e formação, construção do plano de negócio, consultoria, atração de investidores e parcei-ros e reuniões de avaliação e acompanhamento.

Já em janeiro de 2015, a incubadora, por meio do Centro de Aprendizagens Tecnológicas (CAT), iniciou a

oferta dos seus primeiros cursos de capacitação em Re-des de Computadores e Turismo.

O CAT é uma empresa criada pelos alunos dos primeiros semestres da graduação em Rede de Compu-tadores com o objetivo de fornecer cursos de formação inicial.

Carga horária

Com 120 horas, os cursos de Turismo e Redes de Computadores tem duração de quatro meses, sendo mi-nistrados à noite, duas vezes por semana. Destinados às pessoas com o ensino fundamental completo, foram ofertadas 30 vagas para cada curso.

Os alunos que ministram o curso de Redes de Computadores são: Jardel Sousa, Anderson Mathos, Ari-clécio e Emanuel Sousa. O curso de Turismo está sendo ministrado por Ruana Sousa, Thalyssa Colares, Rita de Cássia Cunha e Deiviane Fraga.

Em novembro passado, o campus aprovou um va-lor de R$ 108 mil (na chamada pública do CNPq/MDA/SPM-PR nº 11/2014) para apoiar o Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial, que dá suporte aos mu-nicípios integrantes do Território dos Sertões de Canindé.

Extensão e pesquisa ampliadas

Desde o início do seu funcionamento, em 15 de março de 2010, o campus de Canindé criou e manteve a prática de projetos de extensão e pes-quisa voltados ao público. Em 2014, o diferencial foi a expansão e a diversi-ficação da prática de atividades voltadas para o público externo. Servidores e alunos dos seis cursos participaram direta e indiretamente na promoção dos 49 projetos ativos, sendo 15 de pesquisa e 34 de extensão.

Cursos como Redes de Computadores e Telecomunicações, cuja participação em pesquisa e extensão nos anos anteriores era bem tímida, foram a campo ofertando formações para jovens e adultos. Além disso, o superior em Gestão de Turismo e o técnico em Eventos ampliaram seus projetos em benefício direto dos municípios da microrregião dos Sertões de Canindé.

“Além da chegada de novos professores e técnicos-administrativos, o que colaborou bastante para este up-grade na oferta de cursos de extensão e pesquisa foi o lançamento de editais próprios do campus com 33 bolsas de auxílio-formação”, explica o diretor-geral pro tempore Francisco Antônio Barbosa Vidal.

Em 2014, examinadores do Ministério da Educação (MEC) deram nota 4, numa escala de 0 a 5, aos cursos tecnológicos de Gestão de Turis-mo e Redes de Computadores do campus de Canindé. Dos quatro cursos superiores da unidade, três foram avaliados com nota 4. Licenciatura em Educação Física recebeu a mesma nota ainda em 2012.

Para reconhecer os cursos, o MEC avalia itens como matriz curricular, titulação e regime de trabalho do corpo docente, biblioteca, instalações físi-cas e laboratórios, além das atividades complementares.

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AÇÃO

Aplicativo ganhou logotipo personalizado

Canindé se voltapara a sociedade

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CEDRO

Andressa Souza campus de cedro

Veículo desenvolvido por estudantes de cedro é aprimorado

Projeto de extensão leva filosofia às escolasA filosofia, como mãe de todas as ciências, coloca as indagações como pontos de partida na busca pelo co-

nhecimento. Nesse sentido, o projeto de extensão “Filosofando com Adolescentes”, desenvolvido pelo professor de História do campus de Cedro Givaldo Pereira, buscou promover momentos de estudos que tratassem o ato de filosofar como algo importante no processo educacional e que ultrapassassem os limites da sala de aula.

Executado em duas edições no ano passado, o projeto envolveu estudantes dos cursos técnicos integrados e alunos do Ensino Fundamental de escolas das comunidades no entorno, como Guassussê, Sítio Cascudo e Gran-jeiro. “O projeto busca aproveitar a curiosidade da criança e do adolescente e a sua atitude filosófica desprendida de padrões”, explica Givaldo Pereira.

Por trabalhar com jovens e entender que a temática precisaria de uma abordagem especial para prender a atenção do público-alvo, o “Filosofando com Adolescentes” utilizou a linguagem cinematográfica para tocar as discussões. Ao todo, foram trabalhados seis filmes para contemplar eixos temáticos como protagonismo juvenil, empreendedorismo e ética, educação e sustentabilidade, relações interpessoais e liderança.

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Cedro alcança destaque internacional

Do Centro-sul do Ceará, um município distante cer-ca de 400 km da capital Fortaleza consolida-se como um expoente da tecnologia. O campus de Cedro do IFCE vem, ao longo dos últimos anos, se fortalecendo como centro de desenvolvimento de pesquisas em robótica, obtendo reconhecimento internacional. A vocação despontou em 2012, quando o profes-sor Pedro Henrique Miranda propôs aos alunos do curso de Mecatrônica Industrial, como atividade da disciplina de Eletrônica Analógica, a elaboração de carros seguido-res de linha. O desafio de desenvolver programação e circuitos embutidos em robôs para torná-los capazes de reconhecer e percorrer um trajeto de pista sem interfe-rência manual marca uma virada, uma descoberta.

A cada passo, um estímulo. Vieram as competi-ções, tanto internas quanto externas. O maior destaque veio com a participação na Freescale Cup Brazil – Intelli-gent Car Racing, campeonato nacional de robótica com carros seguidores de linha. Em 2011, quando a primeira equipe de Cedro viajou a São Paulo para competir, o pro-tótipo nem mesmo andou. Nos anos seguintes, os erros impulsionaram o aprendizado e a competitividade.

Os resultados subsequentes mostraram-se expres-sivos. Em 2013, o campus ficou classificado em primeiro e quarto lugares na etapa nacional, ganhando o direito de

representar o Brasil na disputa mundial realizada na Co-reia do Sul. Em 2014, veio o bicampeonato e a segunda colocação no pódio e novamente a credencial para de-fender o país na final internacional que será realizada na Alemanha no próximo ano.

Empenho dia e noite

Weverton Lima, estudante do sétimo semestre de Mecatrônica Industrial, integrou a equipe Decepticons, quarta colocada em 2013, e Urano, campeã em 2014. “A sensação é bastante satisfatória”, descreve. Para ele, a evolução de um ano para o outro se deve ao empenho destinado à tarefa. “A dedicação foi maior, mais tempo de estudo também. A gente entrava no IFCE 7h e às vezes saía 2h da madrugada”, conta.

Para o professor Pedro Henrique Miranda, incenti-vador e atual chefe do Departamento de Extensão, Pes-quisa, Pós-Graduação e Inovação do campus de Cedro, a participação em competições representa um aprendi-zado que completa o ensino das salas de aula e labora-tórios. “Por mais que passe uma semana dando errado, porque eles (estudantes) estão aprendendo, quando chega ao final a felicidade é completa. Depois da com-petição, eles podem dizer ‘eu posso aplicar isso”, explica.

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Eliano é eleito diretor-geral

Sobral elegeu seu diretor-geral em 8 de outubro passado. Candidato único, o professor Eliano Pessoa foi referendado pela comunidade inter-na, obtendo 179 dos 205 votos conta-bilizados (87%). Eliano ingressou como docente do campus de Sobral em 2009.

O professor é graduado em En-genharia de Pesca pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela mesma instituição.

SOBRAL

Tiago Bragacampus de Sobral

Jovens de Sobral mostram orgulho com as conquistas

Campus investe mais de R$ 750 mil em auxílios

robótica no Ceará

Foram meses de dedicação, varando madrugadas no laboratório para montar os robôs. Era a segunda vez que os alunos do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial do campus de Sobral participavam de um cam-peonato. Disputando com times de vários estados do Brasil e de países como Chile, Colômbia, México e Peru, nem sonhavam em voltar para casa vice-campeões da XIII Competição Latino-americana de Robótica, realizada na Universidade de São Paulo (USP), em outubro de 2014.

Hoje, eles sabem que essa pode ser a primeira de muitas vitórias. O grupo voltou de São Paulo mais con-

fiante e fazendo planos para fortalecer a equipe. “Agora, é competir pra ganhar”, conta Ítalo Rodrigues, um dos alunos premiados.

O Grupo de Robótica e Mecatrônica de Sobral (Gro-mes) foi criado pelos próprios alunos após participarem da edição de 2013 da competição latino-americana. Com o apoio da professora Rejane Cavalcante Sá, passaram a se reunir toda semana no laboratório. Muitas vezes, fica-vam até a madrugada, fazendo ajustes e testes. “Esse tipo de competição é um incentivo para os alunos. A robótica motiva o trabalho em grupo”, destaca a docente.

No torneio de 2014, os estudantes competiram com outras 25 equipes. Na categoria em que participa-ram, os robôs eram montados com peças Lego. O torneio tinha fases como em uma Copa do Mundo. Para chegar até a final, os estudantes precisaram ser estratégicos.

“Os robôs das outras equipes eram maiores, co-locavam medo. Tivemos sorte e também estratégia de observar como era o adversário e fazer o jogo na hora”, comenta Ítalo. “Nossa meta era apenas fazer uma boa partida. Chegar em segundo lugar foi um sonho”, acres-centa. “Quando soube que a gente estava na final, cho-rei”, lembra a também estudante Açucena Góis.

Além de Ítalo e Açucena, conquistaram o vice-cam-peonato os alunos Danilo Alves, Demétrius Fernandes, Felipe Moreira, Joniel Bastose Samuel Oliveira. Para o diretor-geral do campus de Sobral, Eliano Pessoa, a con-quista dos estudantes é resultado de um esforço coletivo. “O aluno motivado, seja no interior ou em Fortaleza, é um diferencial”, contextualiza.

Filho de agricultores, Antônio Adriano dos Santos, de 18 anos, teve de se mudar de Itapipoca para Sobral a fim de cursar licenciatura em Física no IFCE. Com pouco dinheiro e sem conhecer ninguém na cida-de, os primeiros momentos foram difíceis. A situação melhorou quando o estudante procurou o apoio do Serviço Social do Instituto e passou a receber auxílios para moradia e alimentação.

“Os auxílios foram muito importantes para eu me manter, porque eu não tinha condições”, lembra Adriano. São R$ 150 para moradia e R$ 130 para alimentação, dinheiro que ajuda o jovem a dividir as contas da casa onde mora com outros estudantes.

“As ações de assistência estudantil são fundamentais, porque proporcionam condições de permanência, bem como minimização das desigualdades sociais e redução dos índices de evasão”, explica Sabri-na Rosa Cavalcante, assistente social do campus de Sobral. Somente em 2014, até outubro, foram concedidos 797 auxílios. O investimento no período foi de R$ 756 mil.

Os auxílios são para alimentação, transporte, moradia, aquisição de óculos, entre outros. Além disso, os alunos contam com serviços de psicologia, nutrição, enfermagem e odontologia.

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Desafios estimulam jovens pesquisadores

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CRATEÚS

Elinaldo Rodrigues campus de crateús

Laboratório da área apoia processo pedagógico

A implantação do curso de Licenciatura em Física no cam-pus de Crateús, cujas atividades letivas se iniciaram no período 2014.2, consolida mais um pas-so no processo de ampliação do ensino público de qualidade na região. Ele atende a uma carência constatada na análise educacional local.

“A demanda surgiu da aná-lise regional, onde foi detectada a quase ausência de professores formados nessa área e, conse-quentemente, o déficit na forma-ção dos que hoje fazem a educa-ção básica nos sertões de Crateús”, explica a professora Paula Cristina Soares Beserra, diretora-geral do campus de Crateús.

Apaixonado por Física, o professor Diego Ximenes é um exemplo na história dos filhos da região que buscavam a formação na área. Na época, a concretiza-ção desse sonho significava ter que sair de sua terra natal. Natu-ral de Crateús, Diego teve de cur-sar Física em Fortaleza”, destaca.

Personagem atuante no projeto de implantação do curso de Física, Diego Ximenes lembra que o processo se iniciou com uma consulta pública, entre 2010 e 2011, junto a órgãos como a Co-ordenaria Regional de Desenvol-vimento da Educação (Crede), a Secretaria Municipal de Educação e escolas particulares.

A licenciatura em Física tem duração de quatro anos e con-templa conhecimentos aprofun-dados da área, como Relatividade

e Física Moderna. São ofertadas 35 vagas anuais, com aulas nos turnos manhã e noite. O ingresso se dá através do Sistema de Sele-ção Unificada (Sisu), como gradu-ado ou como transferido.

Destino

A implantação do curso de Física é fator que poderá contri-buir para a ampliação das trans-formações socioculturais da re-gião. A trajetória e a expectativa do estudante Francisco Ambrósio, que integra a primeira turma do curso de Física, também exempli-fica essas mudanças.

Filho carioca de agricultores que saíram dos sertões de Crate-ús para morar no Rio de Janeiro, em busca de melhores condições de vida, ele retornou com a famí-lia, há pouco mais de nove anos, para residir em Novas Russas, a menos de 70 km do campus.

Agora, na região, onde os pais mantêm a atividade de pe-cuária leiteira em pequeno porte, ele também dispõe das condições de estudo que gerações anterio-res não tiveram.

“Quero fazer um mestrado e lecionar na área de Física em universidade”, conta Francisco. Outro motivo de alegria é lembrar o incentivo dos pais, que “ficaram muito orgulhosos” com o ingres-so dele no curso, e do irmão mais velho, que estuda Química da Universidade Federal do Ceará: “Foram cruciais na concretização dessa conquista”.

Integração ao crescimento

regional Uma série de projetos de pesqui-

sa e de extensão no campus de Crateús vem intensificando a relação do IFCE com o desenvolvimento regional, a partir do estudo e aprimoramento das inovações tecnológicas baseadas no conhecimento da realidade local.

Os projetos abrangem as diversas áreas de interesse dos cursos ofertados pelo campus. São projetos que se des-dobram em dimensões que se comple-mentam: de um lado o desenvolvimento da pesquisa em si; de outro, a extensão que leva as tecnologias até o produtor, mostrando a ele como trabalhar com o conhecimento adquirido.

“São pesquisas cujos resultados não ficam na gaveta, mas que vão a cam-po para serem executadas”, frisa o pro-fessor Joaquim Batista, coordenador de Pesquisa e Extensão do campus.

Incentivo

Do ponto de vista do ensino, ele destaca a importância dos projetos no incentivo à maior dedicação do aluno aos estudos. “Onde se tem a maior concen-tração de pesquisa e extensão, se conse-gue diminuir a evasão escolar”, constata.

Isso ocorre, na avaliação do pro-fessor, “porque o aluno não fica limitado à parte didática, mas, ao se integrar à prática, ele expande o seu conhecimen-to”.

A experiência vivenciada pela estudante Emanoella Karol Saraiva Ota-viano exprime essa dimensão. Aluna de Zootecnia, atua numa pesquisa que in-vestiga a germinação do girassol irrigado com água de alto teor salino. “O trabalho possibilita aprender várias práticas de la-boratório que são importantes para ago-ra e para uma futura pós-graduação que eu venha a fazer”, avalia.

Curso de Física atende carência históricaLicenciatura reforça ensino público

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CRATO

Alaíde Régia (colaboradora) campus de crato

Produção de mandioca fortalecida no CaririCiência ajuda a combater a miséria

Implantar um projeto piloto para distribuição de sementes de mandioca, livre de doenças e com varieda-des adaptadas à região do Cariri é a intenção da parce-ria realizada entre o IFCE (campus de Crato), a Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral), a Embrapa Mandioca e Fru-ticultura (Cruz das Almas/BA) e a Ematerce. O objetivo é aumentar a oferta de mandioca de qualidade para o público do Plano Brasil sem Miséria (PBSM).

Inicialmente, houve a seleção de 120 plantas de mandioca no Sítio Ventura, em Santana do Cariri, no Cea-rá, das quais foram coletadas amostras de folhas e envia-das ao laboratório da Embrapa Mandioca e Fruticultura para indexação de viroses. Com isso, a intenção é reali-zar o desenvolvimento da técnica de propagação e mul-tiplicação rápida, a partir de plantas comprovadamente livres de pragas e doenças.

Para atingir os objetivos propostos, já foi implan-tada na área do campus uma unidade de aprendizagem (UA), instrumento de transferência de tecnologia cons-truída no meio rural. O espaço permite a troca de conhe-cimentos entre pesquisadores, técnicos, alunos e agricul-tores beneficiários do PBSM. A estrutura da unidade é composta por um pátio externo, onde ficam seis câma-ras de propagação para plantação de mandioca.

A unidade conta também com um viveiro telado de uma câmara de enraizamento/crescimento e as mudas

em aclimatação, além de uma área de um hectare com sistema de irrigação por aspersão. Nesta área, após acli-matação, serão plantadas as mudas de mandioca produ-zidas na UA. A previsão é que as seis câmaras produzirão em torno de 160 mil plantas que, quando adultas, forne-cerão sementes para plantio de 6 a 12 hectares.

Como parte do projeto, o campus de Crato sediou, ainda, um curso de capacitação, realizado em dezembro, ministrado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura. “Para a região, essa unidade de multiplicação de semente ins-talada no IFCE Crato vai dar oportunidade para produto-res e técnicos através de cursos e outras metodologias de extensão atualizar e aprimorar os seus conhecimen-tos”, comenta o professor Francisco José de Freitas.

O campus de Crato, com a UA, participará também de um programa de extensão de grande relevância para os produtores de mandioca, e será beneficiado com mais uma ferramenta didático-pedagógica importante para o aprendizado dos(as) estudantes.

No projeto, também serão selecionados oito agri-cultores do PBSM, um por município beneficiado (Santa-na do Cariri, Jardim, Crato, Barbalha, Salitre, Campos Sa-les, Araripe e Assaré). A expectativa é que os agricultores participem em 2015 de uma formação onde se tornem aptos para produzirem as sementes, e sejam multiplica-dores das práticas e dos produtos.

Piscicultura estimula pesquisa

O Brasil possui grande potencial para o desenvolvimento da piscicultura. Reconhecendo essa realidade tam-bém no Ceará, o campus de Crato atua na formação de estudantes e produtores. Para tanto, a unidade conta com um laboratório onde uma de suas linhas de pesquisas é o desenvolvimento de alimentos alternativos para o tipo “tilápia do Nilo”.

A principal finalidade desse laboratório é envolver os estudantes nos trabalhos de pesquisa e extensão. Esse trabalho conta com a participação de professores e alunos do curso superior em Zootecnia e do curso técnico em Agropecuária. Atualmente nove alunos participam da pesquisa.

Entre os resultados do trabalho facilitado pelo professor Francisco Messias Alves Filho encontra-se a recente aprovação de projetos de pesquisa (PIBIC e PIBIC jr). A intenção é utilizar as frutas, descartadas nas feiras livres do município do Crato (tomate e a casca do pequi) e transformá-las em farinhas que serão utilizadas como ingredientes na formulação das rações para os peixes.

Os estudantes iniciarão ainda este ano um projeto de alimentação adequada para peixes intitulado “Substitui-ção do farelo de milho pela farinha de pequi em dietas para alevinos de tilápia do Nilo”.

Laboratório recebe manutenção para novos estudos

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IGUATU

Em plena expansãoIguatu tem avanços em várias áreas

Pablo Monteirocampus de Iguatu

Dois mil e catorze foi um ano de grande expansão para o campus de Iguatu do IFCE. Avanços em tec-nologia e em infraestrutura marcam o esforço da atual gestão para cada vez mais fazer da instituição uma re-ferência para a região Centro-sul e para todo o estado do Ceará.

Investimentos foram realiza-dos para a reforma de diversos es-paços das duas unidades do campus, entre eles a dos setores de agroin-dústria, bovinocultura, suinocultura, oficina, além do alojamento do semi-internato. Aliado a esses avanços, foi realizada a climatização do refeitório da unidade Cajazeiras e está sendo concluída a obra do novo bloco pe-dagógico que dobrará a capacidade de salas de aula desta unidade.

Segundo o diretor de Admi-nistração, Francinildo Lima, para o próximo ano várias obras estão em planejamento. “Estamos preparando nossas unidades rumo ao crescimen-to necessário para continuarmos oferecendo ensino de qualidade, ins-talações de excelência e os avanços

almejados por todos”, afirma.Iniciativas como o Programa

Frota Legal, que mantém toda a frota revisada e em bom estado de conser-vação; a aquisição de equipamentos para os laboratórios de solos, quí-mica e física; e a sistematização das ações de proteção pessoal e patrimo-nial contribuem para o crescimento.

Destaque na extensão

Outro destaque no ano foi o avanço da extensão. Para além do ensino, o campus promoveu uma variedade de eventos voltados ao crescimento pessoal e profissional de seus alunos. Na extensão, são dez projetos em andamento em dife-rentes áreas: meio ambiente, saúde, agricultura, entre outras.

Os projetos de pesquisa e ex-tensão do campus buscam estimular o espírito crítico, reflexivo e a busca criativa de soluções para as questões do desenvolvimento sócio-econômi-co e humano da região.

O incentivo à inovação tecnoló-

gica é outro destaque. Além da aqui-sição de recursos multimídias para as salas de aula, uma das ações des-se ano foi a criação do I Prêmio de Inovação do campus.

O concurso buscou incentivar a comunidade acadêmica à prática da inovação, principalmente na ten-tativa de encontrar soluções reais aos problemas encontrados no dia a dia. Alunos e professores puderam apresentar processos tecnológicos, softwares, produtos e jogos, mos-trando assim todo potencial criativo do Instituto.

“Todos esses investimentos permitiram avanços significativos para a solidez da história do cam-pus de Iguatu enquanto importante instituição para o desenvolvimento do município e do estado do Ceará. Os resultados alcançados mostram que estamos no caminho certo. São muitos os projetos para 2015, sem-pre com o objetivo de oferecer um ensino de qualidade para os nossos jovens e adultos”, afirma o diretor-geral do campus, Dijauma Honório.

Cooperar reciclando, reciclar cooperandoO gerenciamento adequado de resíduos sólidos é condição indispensável para o desenvolvimento sustentável das so-

ciedades. Nessa perspectiva, o campus de Iguatu desenvolve o projeto de extensão “Cooperar reciclando, reciclar cooperando: formação de catadores de resíduos sólidos”.

Coordenado pela professora AnnyKariny Feitosa e em parceria com o Município, o projeto visa promover a qualidade e a sustentabilidade do ambiente de vida, por meio de ações educativas.

Para cumprir com seu objetivo, professores, alunos e colaboradores do projeto vêm desenvolvendo uma série de ações. Vinte catadores passam por uma formação que envolve temas como Direitos Sociais e Cidadania; Saúde Pública; Limpeza Pública e a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Além disso, realizam também a “VisitAÇÃO – termo que traduz um dia de ação do projeto, em visita a cidades, empreendi-mentos, obras, entre outras atividades. O projeto prevê novas ações para 2015.

Para a professora Anny Feitosa, a questão social do resgate do indivíduo como trabalhador autônomo e da questão econô-mica serão o foco da próxima etapa do projeto. “A ideia é tirá-los dessa realidade de trabalho insalubre e, a partir daí, melhorar as condições de vida dessas pessoas”, resume.

novo prédio do campus que abrigará salas de aula, laboratórios e áreas de vivência

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Novodiretor-geral

O campus de Jaguaribe, desde junho de 2014, está com seu novo diretor-geral pro tempore, escolhido pela comunidade – servidores e alu-nos. O professor Izamaro de Araújo, da área de Eletromecânica, foi eleito por meio de consulta democrática, obtendo 90 dos 93 votos contabi-lizados, entre alunos, docentes e técnicos admi-nistrativos. A consulta ocorreu no início de 2014. A escolha dos diretores ouvindo a comunida-

de acadêmica é resultado do compromisso assumido pela reitoria do IFCE.

JAGUARIBE

Educação ambientalvai à EspanhaProjeto ganha destaque internacional

Luís Carlos de Freitascampus de Jaguaribe

Valkiria e nicki (à frente) tiveram o apoio de Juliana e Vitória

Dois alunos do campus de Jaguaribe do Instituto Federal do Ceará (IFCE) receberam o certi-ficado de melhor apresentação na 2ª International Conference-on Innovation, Documentation and Teaching Tecnologies (IN-NODOCT- 2014), realizada em Valência, na Espanha. O trabalho foi agraciado entre pesquisas de vários países.

Os alunos Nicki Rosberg Ferreira Maia e Francisca Valki-ria Gomes de Medeiros, do cur-so de Licenciatura em Ciências Biológicas, expuseram o trabalho intitulado “Promoção da Educa-ção Ambiental através de jogos didáticos”. O prêmio será a publi-cação do artigo em uma revista espanhola de grande circulação, em 2015.

O evento, ocorrido em maio do ano passado, foi orga-nizado pela Universidade Poli-técnica de Valência. Teve como objetivo providenciar um fórum de discussão para representan-tes da academia e profissionais de forma a possibilitar a partilha de ideias, temas e projetos de investigação, resultados e desa-fios sobre novas tecnologias da comunicação e informação, ino-vação e metodologias aplicadas à educação.

Nicki e Valkiria, orientados pelo professor Cícero Cavalcante, submeteramo trabalho, que, em sua elaboração, teve participação das alunas de Ensino Médio da

Escola Raul Barbosa, Juliana Ca-bral e Vitoria Ferreira. “Elas nos auxiliaram na criação e aplicação dos jogos didáticos eletrônicos para a promoção da educação ambiental com a juventude des-sa escola”, resume Valkiria.

Segundo o orientador Cíce-ro Cavalcante, essa premiação é importante, pois, além de moti-var a continuidade do desenvolvi-mento de novas metodologias de ensino, mostra aos nossos estu-dantes que “o trabalho que vem sendo desenvolvido por essa ins-tituição não tem fronteiras”.

Talento cearense

Empolgado com a certifica-ção, Nicki Rosberg enfatiza que os talentos cearenses podem alcan-çar grandes resultados no meio científico. “O reconhecimento dessa pesquisa nos mostrou que podemos ser também capazes de desenvolver as nossas habili-dades e competências intelectu-ais tanto quanto os outros países desenvolvidos”, avalia.

O estudante já projeta no-vas empreitadas na área. “Essa premiação nos motivou e nos deu confiança de que podemos fazer melhor e que podemos al-cançar nossos objetivos ao acre-ditarmos em nós mesmos e en-tendermos que também temos potencial, e podemos fazer a di-ferença”, destaca Nicki (colaborou Higor Rafael).

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JUAZEIRO DO NORTE

A ciência e as soluções para o dia a diaProjetos de Juazeiro investem na prática

Sheyla Graziela campus de Juazeiro do norte

Em 2014, os estudantes do campus de Juazeiro do Norte exercitaram a criatividade procurando na ciência soluções práticas para lidar com os problemas do dia a dia. Algumas das descobertas ganharam projeção inter-nacional.

Os estudantes Cícero Paulo dos Santos, Maria Jés-sica da Silva e Alanna Lucena viajaram para Abu Dhabi, para apresentar em uma feira mundial o projeto sobre a reciclagem de óleo comestível usado na produção de biodiesel, glicerina e sabão.

Na nova etapa desse projeto, eles desenvolveram, sob a orientação de Ricardo da Fonseca, um reator de baixo custo para produção do biodiesel, glicerina e sa-bão. Eles adaptaram um corote, que é um reservatório de água utilizado pelos caminhoneiros, e materiais como vassoura, polia, madeira e garrafa de plástico.

O equipamento custa R$ 80 e não necessita de energia elétrica para funcionar. O projeto foi credencia-do para participar da I-Sweep, uma importante feira de ciências voltada para estudantes do ensino médio, que ocorrerá em Houston, Texas/EUA este ano (2015), e da VIII Mostra Científica Latinoamericana-MCL, que ocorrerá no Peru.

Já os estudantes Júnior Nicácio, Larissa Brenda e Laleska de Oliveira participaram da Milset AMLAT 2014, em Bogotá, na Colômbia. Eles também marcaram pre-sença no quadro “Jovens Inventores”, do programa Cal-deirão do Huck, da Rede Globo, e ganharam o prêmio máximo de R$30 mil.

O projeto intitulado “Agua Renovada” mostrou

como é possível utilizar energia solar, processos de eva-poração e condensação para o reuso de água, a partir da construção de um destilador rústico, de baixo custo, purificador de água.

Durante a V Mostra de Ciência e Tecnologia da Es-cola Açaí-MCTEA, no Pará, o projeto “Dessalinizador ter-mossensível de baixo custo utilizando garrafas PET” foi credenciado a participar da Red Nacional de Actividades Juveniles en Ciencia y Tecnologia, no México, e recebeu a medalha de terceiro lugar na categoria “Engenharias”.

Prêmio nacional

O time Enactus do campus de Juazeiro do Norte participou do Campeonato Nacional da Enactus Brasil, realizado em São Paulo, e ganhou o prêmio “Unilever so-luções para o desperdício” pelo projeto Liberdade para reaproveitar e cultivar, desenvolvido na cadeia pública do Crato. O objetivo desse projeto é diminuir o desper-dício de resíduos gerados na cozinha, reaproveitando os resíduos orgânicos para fazer compostagem e adubar uma horta que foi implantada dentro da cadeia. Todos os trabalhos que envolvem o reaproveitamento dos resídu-os são realizados pelos reeducandos da cadeia pública.

Os estudantes ganharam 3 mil dólares para in-vestir nas atividades do time e o aluno Ivonildo da Silva foi reconhecido como líder estudante do ano, conquista que o conduziu ao Fórum Unilever que aconteceu duran-te a programação do Campeonato Mundial da Enactus (World Cup Enactus), em Pequim, na China.

Alunos e orientador que ganham destaque pelo projeto água

Obras do restaurante acadêmico são finalizadasO restaurante acadêmico do campus de Juazeiro do Norte está prestes a entrar em operação. O espaço ocupa uma área de

452,94m², com um salão de refeições que comporta até 120 usuários. O fluxo será organizado pelo sistema de catracas, que irá liberar o acesso de pessoas até atingir a lotação.

Os estudantes regularmente matriculados foram cadastrados e receberão um cartão de identificação estudantil com chip. O instrumento é utilizado também para acesso ao campus e à biblioteca.

Para a elaboração do cardápio, os alunos, servidores e colaboradores responderam ao questionário on-line elaborado por uma profissional da área de nutrição. Segundo a estudante Gérbia Nunes, a implantação do restaurante representa mais qualida-de de vida, já que permitirá aos discentes consumir uma refeição balanceada a um custo acessível.

A construção possui uma estrutura moderna e conta com diferentes ambientes, como recepção, salão de refeições, sala de administração e vestiários masculino e feminino. O investimento na obra é de R$ 664 mil.

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Eleição

Pela primeira vez, servidores e estudan-tes elegeram democraticamente o diretor-geral do campus de Limoeiro do Norte. José Façanha Gadelha obteve maioria dos votos na consulta em todos os três grupos votan-tes: docentes, técnicos-administrativos e alunos, para o período 2014-2017.

A consulta para diretor-geral respeita a previsão legal do MEC, ao determinar que os campi que completarem a fase de im-plantação - cinco anos - realizem consulta para escolha do gestor máximo.

LIMOEIRO DO NORTE

Pesquisas de Limoeiro ganham o mundoAlunos e docentescolecionam premiações

Luís Carlos de Freitascampus de Limoeiro do norte helyson Lucas, orientado pela professora renata

chastinet, representará o Brasil em feira na Bélgica

Colecionar conquistas por meio de seus alunos e professores tornou-se um fato sempre presente na ro-tina do campus de Limoeiro do Norte do IFCE. Há vários anos, pesquisas e trabalhos desses jovens e seus mestres são destaques em eventos nacionais e internacionais, com reconhecimento acadêmico e da própria sociedade.

Um desses exemplos, em 2014, foi o estudante Helyson Lucas Bezerra Braz, do curso técnico em Meio Ambiente. Depois de se credenciar, em outubro, para a ISEF 2015, maior feira de ciências do mundo que ocorre-rá nos Estados Unidos, ele alcançou mais uma conquista. O jovem também representará o Brasil na MILSET Expo-Sciences International 2015, em julho, na Bélgica.

Com o projeto “Ação Sinergética de Antiviral Na-tural”, em novembro, Helyson participou da V MCTEA - Mostra de Ciência e Tecnologia da Escola Açaí, conside-rada o maior evento científico do Norte brasileiro, que aconteceu na cidade de Abaetetuba, no Pará. A feira con-tou com mais de 140 trabalhos de nove áreas do conhe-cimento, de 12 estados brasileiros e quatro países.

O aluno concorreu na categoria de Ciências da Saúde, conquistando o primeiro lugar. Teve o trabalho mais pontuado da feira, obtendo como prêmio maior a credencial pra MILSET Expo-Sciences International. “Será minha segunda feira mundial. Quero representar o IFCE em mais um evento de alto nível”, comemora.

Um mês antes, Helyson Lucas havia se destacado num evento internacional de inovação e pesquisa. Ele

colecionou conquistas na 29ª Mostratec (Mostra Interna-cional de Ciência e Tecnologia), realizada em Novo Ham-burgo, no Rio Grande do Sul. Ao todo, foram apresen-tados 370 trabalhos de 22 países. O jovem foi um dos cinco agraciados com o Prêmio da Revista Inciência, onde publicará artigo em breve.

Também conquistou o Prêmio Intel de Tecnologia, na categoria “Biologia Celular e Molecular, Microbiolo-gia”, alcançando a credencial para a ISEF 2015, a maior feira de ciências do mundo que será realizada em maio em Pittsburgh, nos Estados Unidos.

Reconhecimento internacional

Para a orientadora Renata Chastinet, o reconhe-cimento internacional de pesquisas de uma unidade de educação no interior do Nordeste prova que o Brasil ain-da tem muito a colaborar em matéria de ciência e ino-vação. Ela revela-se otimista para os próximos anos: “O IFCE tem como sua maior forma o seu material humano. Precisamos de ajuda para facilitar essa jornada, mas es-tamos no caminho certo e vamos conquistar mais”.

Outra pesquisa de bastante destaque em 2014 foi a intitulada “Consumo de macronutrientes e estado nu-tricional de adolescentes”, desenvolvida pelas professo-ras Selmira Lacerda e Juliana Zani. O trabalho obteve o segundo lugar entre os trabalhos da área da Saúde no Congresso Norte/Norte de Pesquisa e Inovação.

Programa IFCE MaisPromover ações que envolvam a comunidade acadêmica em torno dos

eixos da formação, cidadania, conhecimento e cultura é o objetivo do Progra-ma IFCE Mais, um dos destaques do campus de Limoeiro do Norte em 2014. Elaborada pela área de Assistência Estudantil da unidade, a iniciativa já conta-biliza expressivos resultados e aceitação de alunos e servidores. O setor, com-posto por duas assistentes sociais, uma enfermeira, uma nutricionista e uma psicóloga, assegura a atenção ao processo educativo em todos os espaços.

No eixo formação, criou-se um grupo socioeducativo para abordar te-máticas relacionadas ao desenvolvimento pessoal e profissional de discentes vinculados ao Auxílio Formação, com periodicidade mensal.

Na área de cidadania, em parceria com docentes, as ações realizadas foram: Semana de Acolhimento de novos alunos, Comemoração do Dia do Estudante, Educação Nutricional e Oficina Coração o Ritmo da Vida, direcio-nadas para o corpo discente.

Já as campanhas de Doação de Sangue e de Vacinação, a realização de Testes Rápidos contra Hepatites, Mobilização contra Dengue e Outubro Rosa foram direcionadas para a comunidade acadêmica. No eixo conhecimento, foram criados dois Grupos de Trabalho (GT): Orça-mento Participativo da Assistência Estudantil e Educação Inclusiva para dis-cutir assuntos relevantes do cotidiano da instituição. Na cultura, foi realizada a identificação dos talentos artísticos da instituição para organizar oficinas.

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MARACANAÚ

Maracanaú investe em novos cursosMestrados e engenharias são implantados

Saulo Rêgo campus de Maracanaú

Em 2014, o IFCE de Maracanaú disponibilizou para a população dois cursos de engenharia, são eles Engenharia Mecânica e Engenharia de Controle e Automação. Além disso, o campus implantou, em parceria com o IFCE de For-taleza, dois programas de mestrado em Energias Renová-veis e em Ciência da Computação.

O mestrado em Energias Renováveis é uma parce-ria entre os campi de Maracanaú e Fortaleza, com partici-pação do campus de Caucaia. Este programa possui três linhas de pesquisa: Controle e Processamento de Energia; Mecânica Aplicada à Conservação do Meio Ambiente; e Bioquímica e Meio Ambiente.

Já o mestrado em Ciência da Computação também possui três linhas de pesquisa, são elas: Inteligência Arti-ficial; Computação Aplicada e Engenharia de Software. O programa é uma parceria entre os campi de Fortaleza e Maracanaú.

O curso de Engenharia Mecânica iniciou no semes-tre de 2014.1. A primeira turma foi selecionada via proces-so seletivo. Em 2015, as vagas no curso serão disputadas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O pro-fessor Francisco Frederico dos Santos Matos, coordena-dor do curso, destaca o saldo positivo da primeira turma. “Fizemos um trabalho mostrando a relevância da partici-pação nas aulas e nos estudos e alcançamos resultados

Alunos do novo curso de engenharia de controle e Automação assistem aula da disciplina de cálculo I, no campus de Maracanaú

Campus realiza I Semanade Integração Científica

No campus de Maracanaú, em 2014, os eventos cien-tíficos foram reunidos em um só período, entre 15 e 19 de dezembro. Desta iniciativa, surgiu a primeira edição da Se-mana de Integração Científica (SIC).

A SIC reuniu quatro eventos tradicionais do campus: o COMSOLiD, o maior encontro de software livre e inclusão digital do Ceará; a Semana de Engenharia Ambiental e Sani-tária (Seas); a Semana de Química (Semanq) e a Semana de Tecnologia e Aplicações Industriais (Setapi). Também foram realizadas duas feiras: Feira das Profissões e Feira de Exten-são e Tecnologia.

Anderson Matias, aluno do 6º semestre do curso de bacharelado em Ciência da Computação e um dos organiza-dores do COMSOLiD, ressalta que a integração dos eventos favorece a todos os estudantes, que têm a oportunidade de participar tanto das atividades ligadas ao curso deles, como também de outras áreas, o que possibilita uma diversidade de conhecimento ao alcance de todos.

Os números da primeira edição da SIC são anima-dores. De acordo com o professor Francisco Nélio Costa Freitas, chefe do Departamento de Extensão, Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Deppi) do campus de Maracanaú, e também coordenador do evento, a primeira edição teve mais de mil inscrições. O sucesso de público também é con-firmado pela professora Erika Justa, que esteve à frente da Semana de Engenharia Ambiental e Sanitária (Seas).

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eu espero que o mercado de trabalho seja bem amplo. e justo por ser aqui, em Maracanaú, com

polo industrial, eu espero ingressar no mercado de trabalho o mais rápido possível

Ariadne da Costa Gomes, 19 anos, aluna do novo curso de Engenharia de Controle e Automação.Foto: Davi Capistrano (Bolsista)

satisfatórios”, conta.Já o curso de Engenharia de Controle e Automa-

ção iniciou no segundo semestre de 2014, também com 30 vagas e a primeira turma foi selecionada pelo Sisu. A estudante Ariadne da Costa Gomes lembra o que fez despertar nela o interesse pelo curso: “Eu tive a opor-tunidade de trabalhar na indústria, como estagiária de técnica em segurança do trabalho, e vi que a parte de automação e mecânica era o que me interessava mais.”

Tanto o curso de Engenharia Mecânica quanto o de Engenharia de Controle e Automação têm duração de 10 semestres e ofertam, cada um deles, 30 vagas por ano. Ambos contam com 10 laboratórios, o que reme-te ao caráter prático que as duas graduações possuem, que será reforçado com o suporte do Centro de Pesqui-sa e Tecnologia, que começa a funcionar em 2015 no campus.

COMPARTILHANDO

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MORADA NOVA

Interaçãocom a cidadeAções integraminstituição e sociedade

Luís Carlos de Freitas eChristiano Barbosa (colaborador) campus de Morada nova ganhou

destaque no município

Ciência, tecnologia, artes, saúde e esportes estive-ram em evidência no campus de Morada Nova no ano passado, consolidando a integração tanto interna como com a cidade. Em 2014, foram promovidas diversas ati-vidades que, entre os destaques, contaram com grande adesão de alunos, servidores e comunidade externa. Os eventos geraram repercussão bastante positiva na socie-dade e mostraram sua importância como estratégias de complementação da formação acadêmica.

O primeiro destaque vai para os Jogos Internos do IFCE, em sua segunda edição. A competição foi realizada no ginásio municipal de Morada Nova, que reuniu estu-dantes, professores e técnicos administrativos. Foram cinco dias pautados pelo fomento da prática esportiva como instrumento fundamental para a formação inte-gral. Etambém para o estímulo das boas relações inter-pessoais, além de promover a saúde de todos nas di-mensões física, emocional e social.

O Show de Talentos, evento que integrou alunos e servidores, foi outro ponto alto da programação do ano passado. Foi organizado um espaço para que os parti-cipantes demonstrassem suas habilidades artísticas e culturais através das diversas expressões, valorizando a criatividade e potencialidade, utilizando a arte como ins-trumento de promoção social.

Em sua segunda edição, a Semana do Livro e da Biblioteca conseguiu sensibilizar bem para o hábito da leitura. Nela, os participantes puderam perceber que o

livro e outros meios de comunicação escrita são veículos imprescindíveis à formação da cultura e da sociedade. O evento também orientou a comunidade acadêmica a ela-borar referências bibliográficas e disponibilizar acesso à base de dados da produção científica.

Incentivo à saúde

No campo da saúde, o campus de Morada Nova desenvolveu ações para promover o Outubro Rosa e o Novembro Azul. As programações incluíram palestras, exposições, competição entre os alunos e distribuição de informativos sobre o câncer de mama e de próstata.

Ocorreram, em seguida, a Semana da Ciência e Tecnologia e o Sabadão da Informática, atividades que disseminaram os conhecimentos relacionados aos cur-sos de aquicultura e edificações. Diversas práticas envol-veram os alunos na realidade de suas futuras profissões e os aproximaram das tecnologias que tornam sua práti-ca mais eficaz.

O conjunto de ações, somado ao perfil acadêmico da instituição, mostra o constante compromisso assumi-do pela unidade em oferecer formação de alto nível, in-tegrando várias esferas da educação, dentro ou fora da sala de aula. As experiências positivas de 2014 serão po-tencializadas, enquanto novas ações são desenvolvidas a fim de fortalecer o elo entre instituição, alunos, servido-res e sociedade.

Novos cursos previstos para 2015Com seus cursos já consolidados e a formação de

suas primeiras turmas totalizando 102 alunos, o campus de Morada Nova realizou audiência pública na qual foi estabele-cida a escolha de novos cursos.

A partir de então, já se iniciam os preparativos para ofertar, em 2015, os cursos técnicos em Segurança do Tra-balho e em Informática, atendendo a um antigo anseio da comunidade.

O curso técnico em Segurança do Trabalho é voltado para uma crescente demanda por profissionais que atuam na prevenção de acidentes de trabalho de órgãos públicos e empresas privadas, de modo que se faça cumprir a legisla-ção trabalhista pertinente à área.

Quanto ao curso técnico em Informática, este é com-provadamente um dos mais procurados em todo o Estado do Ceará, já que os aparatos tecnológicos são poderosas ferramentas de trabalho e relacionamento. O curso visa a formar profissionais habilitados para desenvolver, especifi-car, testar, manter e evoluir programas de computador para diversos ambientes.

Para Maria Beatriz Claudino, diretora-geral do cam-pus, os novos cursos chegam para suprir uma necessidade expressa pela comunidade. Segundo a diretora, as forma-ções terão um reflexo muito positivo na vida dos alunos, que poderão adquirir conhecimentos que os habilitará a atuar em um mercado carente de mão de obra especializada.

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Rebeca Cavalcantecampus de quixadá

Grupo de alunos incentivados por professores dá vida às ações do projeto

Arte fortalece relação com o conhecimentoProjeto muda cotidiano do campus

QUIXADÁ

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O Instituto Federal do Ceará (IFCE), campus de Quixadá, está em processo de expansão e melhoria de suas estruturas. Em 2014, foi dado inícioà obra de um novo bloco didático. O espaço abrigará 18 salas de aula, seis laboratórios, três salas de in-formática e desenho técnico, que também podem ser usadas para aulas tradicionais, além das salas do diretor-geral e a dos professores.

Os trabalhos estão em execução – com 30% concluídos – e em março de 2015 estarão finalizados. A obra irá concluir o projeto inicial do campus de Quixadá, idea-lizado em 2008, e que previa a construção de dois blocos didáticos para o funciona-mento pleno das atividades acadêmicas.

O professor Alexandre Feitosa, che-fe do Departamento de Ensino da unidade, explica que, quando a implantação dessa unidade foi pensada para o município do sertão cen-tral, estimava-se atender 1.500 alunos. A atual estrutura, porém, com ape-nas um bloco, não tem capacidade de re-ceber esse número. Tal realidade, portan-to, está prestes a ser mudada.

No início do próximo ano, quando o prédio estiver concluído, “haverá condi-ções para que o campus atinja o teto de alunos previstos desde que ele foi pensa-do; atuando na plenitude de nossa capaci-dade”, afirma Feitosa.

Novo bloco elevará oferta de vagas

Diretor-geral é eleito pela comunidade acadêmicaO professor Helder Caldas foi empossado diretor-geral do campus de

Quixadá no dia 17 de outubro de 2014. Escolhido pela comunidade acadê-mica, o professor destaca a importância de convocar todos os servidores e alunos para escolher o dirigente do campus: “Legitima aquele que vai dirigir a instituição”, avalia. Caldas é engenheiro Civil graduado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e, desde 2008, é professor concursado do campus.

A conversa deveria durar de 20 a 30 minutos. Uma entrevista para esta revista. Nada longo demais. Mas, depois de cada aluno se apresen-tar e contar um pouco de suas trajetórias artísticas até ali, começaram a falar ininterruptamente. Até tentavam esperar a vez do próximo para explicitarem a felicidade de integrar o Projeto de Arte e Cultura do cam-pus de Quixadá.

Foi em julho de 2014 que a vontade de alguns alunos e o incentivo dos professores Fabiana Lima e Aterlane Martins foram transformados em um projeto de extensão. Em pouco mais de cinco meses, os meninos já ficaram com o 2º lugar na categoria adulto do X Festival de Esquetes de Quixadá, “competindo com profissionais bem mais experientes”, orgu-lha-se um deles. Também ultrapassaram as divisas do Estado, indo apre-sentar-se em São Luís (MA).

O grupo tem cerca de 25 estudantes. Eles se dividem entre todas as tarefas que tornam possível a execução do espectáculo. Comprome-timento é a palavra que salta do discurso de quase todos. O trabalho é sério, os ensaios são muitos e, para dar conta de tudo isso, junto com as aulas (sempre puxadas) eles têm que exercitar a disciplina.

“O teatro foi nos formando na responsabilidade enos incentiva a estarmos comprometidos com os estudos. Também nos forma no cará-ter”, conta Lucas Carneiro.

Outras expressões

A companhia teatral Curral de Pedras do IFCE Quixadá é o carro-chefe do projeto, mas os estudantes sonham em desenvolver um traba-lho de dança no mesmo nível. Ademais, experiências com saraus literá-rios e mostras fotográficas já foram realizadas e dão mais substância ao repertório de práticas culturais do grupo.

Samuel dos Reis diz que quando chegou ao IFCE achava tudo mui-to difícil, o ritmo de aulas era intenso e o projeto “tornou a vinda para o Instituto mais legal”. Para ele, a vivência com a arte mostrou que a ins-tituição não é um lugar só de sala de aula: “Existem outros horizontes”. Como não morava em Quixadá antes de passar para o curso Integrado de Química, ele teve que se mudar para a cidade; os ensaios e reuniões do teatro preencheram seu tempo e o ajudaram a superar a timidez.

Lara Teixeira concorda que o exercício da cultura e da arte deu leveza à rotina de estudos: “Para me acostumar (com a carga de estudos) não foi fácil, mas veio o teatro e mudou tudo”, conta. Ela revela que, ago-ra, sai de casa “mais feliz” e também orgulhosa de estar levando o nome do IFCE Quixadá para outros municípios e até estados. Mais que isso, eles se orgulham de transmitir a cultura do sertão, de fazer a terra natal ficar conhecida e mostrar que a cidade tem muito potencial para a arte.

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TABULEIRO DO NORTE

Em setembro de 2014, o campus de Tabuleiro do Norte realizou a segunda edição do Encontro Tecnológico, que aconteceu na perspectiva da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Den-tro das atividades programadas, foi promovida a I Mostra de Experimen-tos Científicos e Tecnológicos. Ao todo, dez equipes de alunos foram inscritas e participaram do evento apresentan-do seus experimentos.

Encontro

Longa Vida emTabuleiro do NorteProjeto incentiva hábitos saudáveis

Luís Carlos de Freitas e Jonathan Farias (colaborador) campus de Tabuleiro do norte

Solenidade emocionou os presentes

Diversão e saúde pautam atividades com idosos em Tabuleiro

Formados os primeiros profissionais

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Atualmente, muitos idosos buscam alternativas saudáveis e pra-zerosas para sair da rotina e elevar a dignidade. Nessa perspectiva, o cam-pus de Tabuleiro do Norte desenvol-ve o projeto “Longa Vida - A melhor idade no IFCE” que estimula pesso-as dessa faixa etária a redescobrir o prazer de viver bem.

O projeto oferece aos idosos da comunidade tabuleirense ativi-dades físicas, cognitivas e culturais, proporcionando uma melhor quali-dade de vida. Além disso, busca uma integração entre esse grupo e os es-tudantes dos cursos técnicos.

Esse momento oportuniza aos jovens conviver, trocar experiências e desfrutar da sabedoria e compa-nhia de pessoas idosas de Tabuleiro do Norte, o que permite à mocidade

uma formação integral que engloba os aspectos profissional, social, cul-tural e de cidadania.

Iniciado em novembro de 2014, o grupo de convivência é for-mado por 20 idosos. Os encontros são semanais com duração de duas horas e, neles, são realizadas ativida-des diversificadas.

Atividade variadas

A equipe responsável pelo projeto é composta por professores, técnicos-administrativos e bolsistas. Elissandra Vasconcellos (técnica em Assuntos Educacionais), Milena Frei-tas (assistente social) e Érica Rogério (bolsista do Centro de Inclusão Digi-tal) são as idealizadoras do projeto.

As atividades desenvolvidas

durante esse período incluem curso de inclusão digital, oficinas de artesa-nato, atividades físicas, cine melhor idade, rodas de conversas, ciclo de palestras, excursões, dentre outras.Para a coordenadora Elissandra Vas-concellos, “é um sonho que está se tornando realidade”. Ela conta que “perceber no rosto de cada um dos idosos o sorriso, a vontade de apren-der e a disposição em participar de todas as atividades propostas é mui-to gratificante para qualquer educa-dor”.

Os idosos estão tendo a opor-tunidade de participar de um grupo de convivência com atividades vol-tadas ao seu desenvolvimento tanto físico como social, podendo ainda resgatar sua cidadania, trocar experi-ências, fazer novas amizades.

Tabuleiro do Norte, na região do Vale do Jaguaribe, vivenciou, no dia 26 de setembro de 2014, um momento his-tórico na educação profissional do mu-nicípio: mais de 90 alunos participaram da solenidade de conclusão dos cursos técnicos de Petróleo e Gás e Manuten-ção Automotiva (turmas regulares) e Ele-troeletrônica e Manutenção Automotiva (Pronatec) do campus do IFCE na cidade.

A cerimônia de formatura, a pri-

meira da unidade, foi presidida pelo reitor Virgílio Araripe e reuniu, além de servidores da instituição e dos conclu-dentes, familiares e convidados. O aspec-to histórico e a emoção foram marcas do evento, que lançou, no mercado, novos profissionais, com formação qualificada.

As atividades do então campus avançado de Tabuleiro do Norte foram iniciadas em 2012. Desde lá, o corpo fun-cional local tem se empenhado ao má-ximo para fazer com que a comunidade receba uma educação profissional de ótima qualidade, que corresponda às de-mandas econômicas da região.

Também se evidenciou como fio condutor do evento o ímpeto dos novos técnicos, orgulhosos por compor a pri-meira turma de formandos do campus de Tabuleiro do Norte, que atende, além da cidade-sede, comunidades e municípios circunvizinhos. O clima era de motivação, diante de novos desafios e da real possi-bilidade de superá-los, tornando-se notó-rio o preparo dos formandos.

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Embora seja um ecossistema rico em biodiversidades, o semiá-rido nordestino ainda traz muitas dificuldades para a adaptação e so-brevivência do homem. Por isso, a ciência tem procurado avanços tec-nológicos que facilitem a convivên-cia com a região. Nessa vertente, o campus de Tauá do IFCE está desen-volvendo projetos inovadores que ajudem o sertanejo a continuar com suas raízes no interior.

Uma das grandes dificuldades para o produtor rural do semiárido é conseguir o alimento para o re-banho de gado. Uma solução viável praticada é a utilização de palma forrageira, por ser uma planta que se adapta ao clima e à condição de pouca água.

Mais há o desafio de aumen-tar a área de plantio e produção dessa cultura, que ainda é todo ma-nual. Como solução, foi criada uma máquina que mecaniza o processo.

O coordenador de Pesquisa e Extensão, João Paulo Arcelino, expli-ca que, com a máquina, haverá uma redução de custo no plantio da pal-ma forrageira, principalmente em mão de obra, favorecendo o desen-volvimento e maior disseminação dessa cultura. A inovação está na fase de patente. O projeto está sen-do estudado para que o processo do plantio se torne automatizado.

As tecnologias desenvolvidas para convivência com o semiári-do são iniciativas de uma equipe de pesquisa no campus de Tauá do IFCE. O Grupo de Estudo em Tec-nologias para o Semiárido (Getesa) envolve professores e alunos do

campus e conta também com pes-quisadores colaboradores de outras instituições de ensino superior.

O chefe do Departamento de Ensino, Alan Sombra, destaca que o Getesa surgiu da necessidade de en-volver os estudantes nas atividades de pesquisa e extensão. O professor ressalta que o grupo espera que a iniciativa seja adotada em outros campi e até em outras instituições.

Hora do Sol

Outra inovação desenvolvida foi um heliógrafo digital, equipa-mento utilizado para monitorar o número de horas de incidência da luz solar. O projeto foi criado pela estudante Laís Oliveira, de Tecnolo-gia em Telemática, que automatizou o processo de coleta e armazena-gem dos dados.

“Desenvolvemos um sistema automatizado que capta esses da-dos de forma constante e armazena em um cartão de memória, reduzin-do o trabalho do pesquisador”, diz.

Saber o número de horas que a luz solar incide na superfície ter-restre em determinado dia e local é um dado relevante para diversos campos das ciências, como a mete-orologia, a agropecuária, o turismo, a engenharia elétrica, entre outros.

Para o homem do campo, co-nhecer a quantidade de horas de luz solar é importante para monitorar os cálculos dos graus-dia associados ao crescimento agrícola,o início da primavera climática, o ciclo hidro-lógico, a maturação metabólica de insetos etc.

Diogenilson Aquino campus de Tauá

plantadora mecanizada depalma forrageira

Alunos visitam campus e conhecem a chocadeira elétrica

Inovação a serviço do semiárido

Chocadeirade baixo custo

Tecnologia auxilia a superação de obstáculos

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Muita gente já ouviu falar numa chocadeira elétrica, equipamento usado para maturar ovos de ave, como galinha, pata e codorna. Essa não é uma tecno-logia recente. Ainda requer um investi-mento alto, sobretudo para os peque-nos produtores rurais. Pensando nesse público, foi desenvolvido o projeto de uma chocadeira elétrica de fácil confec-ção e de baixo custo no campus de Tauá.

A fabricação do equipamento re-quer apenas uma caixa de madeira, iso-lante térmico para as paredes internas, algumas lâmpadas e cabos elétricos. O diferencial dessa chocadeira está na re-dução aproximada de 80% do valor do modelo convencional. Isso foi possível por meio do circuito integrado para o sistema de controle de temperatura, de-senvolvido por alunos do curso de tec-nologia em Telemática.

“O circuito desenvolvido pelos estudantes possibilita uma maior auto-mação em funções como circulação de ar, movimento giratório dos ovos, além do controle de temperatura.”, explica o coordenador do curso técnico em Agro-negócio, Ricardo Andrade. Ele ressalta ainda que o equipamento é utilizado nas aulas práticas do curso de Agronegócio.

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Otimismo nas palavras e nos gestos. Esperança no futuro profissional e na vontade de crescer academica-mente. Essas são características marcantes nos jovens formandos da primeira turma do curso de Licenciatura em Física do campus de Tianguá.

O curso apresenta, na grade curricular, disciplinas que formam profissionais para atuarnos níveis de edu-cação básica; em institutos de pesquisa governamentais; na iniciativa privada, com processamento de dados, pes-quisa e desenvolvimento industrial e em setores que en-volvem conhecimentos interdisciplinares.

Para a estudante Milliane Passos, o curso de Físi-ca não foi a primeira opção, porém, ela destaca que, ao longo do tempo, identificou-se com as disciplinas e deci-diucontinuar a fim de seguir na área acadêmica. “Tenho o plano de continuar estudando, penso no mestrado”, explica Milliane.

O estudante Tony Álaffe considera essenciais os exemplos dos professores na formação dos alunos, e enfatiza a importância da iniciação científica na trajetó-ria do futuro profissional de licenciatura. “Quando fui acompanhado por um professor para produzir um artigo científico a partir de uma pesquisa, eu me tornei outro profissional”, conta o estudante, que integrou um grupo de estudos no decorrer do curso.

Formar com excelência todos os alunos constitui um aspecto relevante da instituição federal. O curso de Licenciatura em Física surgiu no segundo semestre de 2010, com a intenção de formar docentes e pesquisa-dores, a fim de suprir uma demanda por professores de educação básica na região da Ibiapaba.

Perspectiva

Dessa forma, desposta uma maior perspectiva de trabalho, uma vez que a região é carente de professores na área da Física. O curso contempla na formação profis-sional tanto o conhecimento científico específicos como os saberes da prática docente no campo didático-peda-gógico.

E também preparar o educador para lidar com de-safios, como o uso de novas tecnologias no ensino e dos conhecimentos da Física na explicação do mundo natu-ral.

Por essa razão, os professores terão competências como o domínio de fundamentos da Física, a capacidade de elaborar projetos de pesquisa, bem como a de pro-mover o desenvolvimento de metodologias e materiais didáticos e a compreensão da relação entre os desenvol-vimentos científico e tecnológico.

Caroline Brito campus de Tianguá A formação de novos professores é

uma demanda regional

Otimismona primeiraturma de FísicaAlunos participamde colação de grau

TIANGUÁ

Laboratório: experimentos e possibilidadesO curso de Licenciatura em Física foi contemplado, ao longo do ano de 2014, com 46 novos equipamentos, totalizando o

investimento de cerca de R$ 74 mil. Destacam-se, dentre os equipamentos, a luz estroboscópica, instrumento capaz de iluminar outros objetos em movimento.

A lâmpada acende e apaga periodicamente, com uma frequência que pode ser variada até que o objeto em estudo, mesmo estando em movimento, pareça estar parado.

Desse modo, conhecendo a frequência da lâmpada, pode-se determinar a frequência e o período do objeto em observa-ção. O recurso é utilizado para visualizarem-se, lentamente, objetos, como as pás da hélice de um helicóptero, por exemplo.

O coordenador do curso de Física, Felipe Moreira, ressalta que divulgar esse e outros equipamentos do laboratório é uma forma de divulgar as pesquisas do curso. Ele destaca que faculta-os às visitas dos estudantes das escolas municipais e estaduais com o intuito de promover uma maior visualidade ao curso.

Para ele, essa relação entre os visitantes e a estrutura da unidade, além de tornar as aulas mais dinâmicas, realiza um en-contro em que a comunidade pode conhecer as atividades, não só do curso, mas também do campus de Tianguá.

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| REVISTA IFCE 54

UBAJARA

Curso de Gastronomiaamplia oportunidadesPotencial da Ibiapaba estimula alunos

Erika Assunção e Jocely Xavier (colaboradores)campus de Ubajara

Primeira turma de técnicos formadaMarco para a história do campus de Ubajara foi a formação da sua

primeira turma do curso técnico em Alimentos, em julho de 2014. Tal mo-mento solene também contou com a participação expressiva de familiares e presença de autoridades, como o reitor do IFCE, Virgílio Araripe, e o prefeito de Ubajara, José Romano do Nascimento.

Os grandes protagonistas do evento, por sua vez, foram os formandos. De acordo com Antonia Laísla Vieira Coutinho, “dever cumprido” foi o senti-mento que a invadiu nesse encerramento de ciclo, uma vez que sua trajetória no curso permaneceu viva em sua memória a cada instante da solenidade.

O professor Agamenon Carneiro, diretor-geral do campus, congratulou todos os 32 formandos e aproveitou para incentivá-los a retornar à institui-ção como acadêmicos do novo curso superior ofertado em Ubajara, tecnolo-gia em Gastronomia.

Para o então coordenador do curso técnico em Alimentos, professor Carlos Eliardo Cavalcante, o discurso do orador das turmas, Heldon Soares, foi o ápice da celebração. O concludente frisou, com entusiasmo, vivências marcantes e desafios que foram vencidos com esforço, o que comoveu o público presente.

Para o diretor de Ensino, Ulisses Costa, dentre tantas experiências gra-tificantes, a maior satisfação foi ver o campus“ colocando profissionais quali-ficados no mercado”, capazes de atender a diversas demandas da região da Ibiapaba. Mais de 30 alunos concluíram o

curso técnico de Alimentos

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O campus de Ubajara passou a ofertar seu primei-ro curso superior, Tecnologia em Gastronomia. O pro-cesso seletivo inaugural ocorreu em novembro do ano passado. A implantação do curso contou com a participa-ção popular, no contexto da região da Ibiapaba, e com a aprovação do Conselho Superior do IFCE (Consup).

A fim de dar condições à execução das aulas, o go-verno federal investiu mais de R$ 3 milhões em concurso público para docente, construção de novo bloco e labora-tórios, compra de equipamentos e acervo bibliotecário. Todo esse investimento pretende transformar a Serra da Ibiapaba. Isso é o que o coordenador do curso, Renato Cunha, faz questão de destacar, ao dizer que a gastrono-mia é um ramo que tem largo potencial de crescimento.

O coordenador, que também é docente do curso, chama atenção para o valor turístico regional a ser ex-plorado, uma vez que a Ibiapaba é rica em cachoeiras, grutas, trilhas, mirantes e, portanto, atrativa para turistas que buscam conhecer a identidade gastronômica local.

Conforme explica o professor, “o apelo turístico depende do serviço”, e o curso trabalhará esse “profis-sional que vai dar subsídio para que esse serviço venha a conseguir a excelência”. O cenário favorável motiva a comunidade a procurar essa graduação, o que foi cons-tatado no expressivo número de inscritos no vestibular.

Para o aluno Francisco Clésio Ferreira de Paulo, a

aprovação no curso foi “um sonho de vida”. O recém-in-gresso, que soube do processo seletivo pelas redes so-ciais e não hesitou em se inscrever, já vislumbra ir mais longe, fazer um mestrado também em Gastronomia. Conforme expressa o estudante, a oferta da graduação era algo bastante esperado.

Benefício para a população

Isso evidencia um notável benefício à população, o fato de não haver cursos de nível superior públicos e gratuitos na cidade. Nesse sentido, os alunos não terão mais de locomover-se a outros municípios, o que termi-na por concentrar gastos na própria serra e nas unidades circunvizinhas e por impulsionar o mercado local.

O curso superior é de regime integral, mescla aulas teóricas e práticas e agrega, ao seu conteúdo programáti-co, técnicas que vão desde elementos básicos de cozinha até aspectos de culinária regional e internacional. Dessa forma, o concludente será apto a gerenciar e assessorar estabelecimentos gastronômicos diversos.

Além disso, dentro do conjunto de disciplinas, há a preocupação com acessibilidade e inclusão social. Viu-se, assim, a necessidade de estabelecer a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como uma matéria obrigatória na grade curricular, o que é um diferencial importante do curso.

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REVISTA IFCE | 55

UMIRIM

Atividades educativasaproximama comunidadeEvento de tecnologiadesperta curiosidade

Anderson Ibsen (colaborador)campus de Umirim

Tecnologia aplicada ao dia a dia é um dos destaques em Umirim

O campus de Umirim desenvolveu, ao longo do ano de 2014, ações científico-tecnológicas e de desen-volvimento regional, por meio de atividades educativas voltadas à integração de alunos e população local. En-tre os objetivos, a promoção e a divulgação de cultura, ciência e tecnologia aplicáveis às comunidades do Vale do Curu e Aracatiaçu, através de eventos culturais e técnicos executados por docentes, discentes e técnicos administrativos.

Dentre os eventos organizados no ano, os quais contaram com apresentações de trabalhos científicos e culturais, destacam-se: Semana do Meio Ambiente (maio de 2014), Semana Cultural (agosto de 2014) e Semana Tecnológica (outubro de 2014), cada evento apresentando características distintas e tendo sua im-portância específica na formação técnica e intelectual dos estudantes.

É o que relata a aluna Maria Gabriela Cipriano Campos, do 2º ano do curso técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio. “Os eventos realizados em nosso campus nos beneficiam muito, servindo para conscientizar os alunos a preservar o meio ambiente, a escola e a cidade onde vivemos. Na Semana Tecno-lógica de 2014, fiz o minicurso de fruticultura orgâni-ca, onde pude ter uma prévia do que é trabalhar com a produção de alimentos saudáveis e não-poluentes”,

destaca. Além de permitirem a divulgação dos resultados

das pesquisas dos bolsistas de iniciação científica e de servidores do campus, os eventos realizados também viabilizaram a participação de pesquisadores de outras instituições, que palestraram e ministraram oficinas para os discentes, produtores locais e membros da co-munidade de uma forma em geral.

Para o diretor geral do campus, o professor An-derson Ibsen, “uma vez que a escola encontra-se inse-rida na sociedade, ela necessita do apoio e da partici-pação da comunidade em seus eventos e discussões”.

Na opinião dele, “é justamente por entendermos o papel da escola enquanto espaço de reflexão e de divulgação do saber, que o IFCE de Umirim busca a pro-moção de atividades sistematizadas que possibilitem o desenvolvimento de ações concretas junto à população local”.

Além de oportunizarem a mobilidade de conheci-mentos e técnicas aplicados às áreas de atuação do re-ferido campus (agropecuária e informática), tais ações viabilizaram a atuação dos alunos como multiplicado-res do conhecimento técnico-científico, proporcionan-do o desenvolvimento pessoal e profissional dos dis-centes por meio da articulação entre ensino, pesquisa e extensão.

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A educação no município de Itapipoca, a cerca de 140km de For-taleza, vivencia uma nova realidade. O marco histórico para esse mo-mento deu-se com a inauguração do campus do IFCE na cidade, em janei-ro de 2015.

Assim, a cidade ganhou um equipamento moderno, com ampla estrutura, que atenderá também a municípios do litoral oeste do Esta-do. A unidade foi construída para ofertar cursos técnicos e superiores, definidos após consulta e amplo de-bate com a comunidade local.

O campus de Itapipoca pos-sui área construída de 4.442 metros quadrados. A estrutura da nova uni-dade do IFCE conta com bloco didáti-co com dois pavimentos, abrigando 10 laboratórios e 20 salas de aula. Inclui também bloco administrativo que abrigará todos os serviços a se-rem oferecidos à comunidade, além de auditório, biblioteca e sala de vi-deoconferência.

A estrutura do campus abran-ge ainda um segundo bloco didático para cursos da área industrial, com mais seis laboratórios, sala de aula e oficina de manutenção, bem como um ginásio poliesportivo coberto.

Com a inauguração da uni-dade de Itapipoca, o IFCE chega a 26 campi no início de 2015, sendo 24 unidades convencionais e duas avançadas. Com mais sete campi em implantação, a instituição deve che-gar, até o início de 2016, a 33 sedes.

Como forma de antecipar as

atividades do novo campus, o IFCE já oferta os cursos de Operador de Computador e Cuidador de Idoso para 50 alunas atendidas pelo Pro-grama Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

As aulas, que também fazem parte do programa Mulheres Mil, vi-nham ocorrendo desde dezembro de 2014, de forma temporária, no Centro Social Urbano do município. Hoje, já contam com a estrutura da nova unidade.

Oferta regular

Já a oferta de cursos regula-res pelo IFCE em Itapipoca começa-rá ainda no primeiro semestre de 2015, por meio das formações téc-nicas em Edificações e Mecânica. A definição dos cursos a serem oferta-dos se deu por meio de encontros e audiência pública no município.

O processo de consulta po-pular resultou na indicação de oito cursos técnicos e cinco superiores. Os técnicos são: Edificações (início em 2015); Mecânica (início em 2015); Sistemas de Energias Renováveis; Meio Ambiente; Desenho de Cons-trução Civil; Multimeios Didáticos; Tradução e Interpretação de Libras; Nutrição e Dietética.

Já os superiores escolhidos fo-ram: Mecatrônica Industrial (tecno-lógico); Agrimensura (tecnológico); Saneamento Ambiental (tecnológi-co); Fisica (licenciatura) e Teatro (li-cenciatura).

Luís Carlos de Freitas / Ícaro Joathanreitoria

novo campus tem bloco didático com 2 pavimentos, 10 laboratórios e 20 salas de aula

Campus de Itapipoca muda realidade do município

Ministro inaugura nova unidade

Espaço surge com grande estrutura

NOVOS CAMPI

A solenidade de inauguração do campus de Itapipoca do IFCE foi a primei-ra visita oficial do ministro Cid Gomes após tomar posse à frente do Ministério da Educação (MEC). O evento, que teve o reitor Virgílio Araripe como anfitrião, foi prestigiado por várias autoridades além do ministro, como o governador do Esta-do, Camilo Santana, e o prefeito de Itapi-poca, Dagmauro Moreira.

A expansão da rede foi um dos as-suntos tocados pelo ministro. Até 2016, serão entregues mais sete campi no Ce-ará, estado que, segundo Cid Gomes, tem potencial para seguir o processo de ampliação. O assunto, adiantou, será le-vado para a presidente Dilma Rousseff. O governador Camilo Santana reforçou o discurso de Cid: “Precisamos garantir que nossos jovens possam ter equipamentos como esse do IFCE de Itapipoca”.

Já o reitor do IFCE destacou o com-promisso assumido e cumprido com a cidade de Itapipoca e com municípios vi-zinhos, que também serão beneficiados. “Temos muito a fazer ainda pela educa-ção, que deve ser sempre prioridade”, re-forçou Virgílio Araripe.

Felicidade

Uma das futuras beneficiadas será a estudante Edilene Rodrigues Matoso, que comemorou a inauguração do novo campus. “Estou super feliz com essa cele-bração, pois sou filha da antiga realidade de Itapipoca e me alegro por perceber que muitos alunos não precisarão passar pelo que eu passei. Deixei meus pais há quase cinco anos e fui fazer graduação em Fortaleza”, celebrou.

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Localizado no Maciço de Baturité, o município de Guara-miranga caracteriza-se pelo cli-ma ameno da serra com tempe-ratura variando entre 12º e 26º C, sendo um dos destinos mais pro-curados no Estado. Vocacionada para o turismo, a cidade recebeu um importante aliado para o de-senvolvimento desse potencial: um campus avançado do Institu-to Federal do Ceará (IFCE).

Na perspectiva de ampliar os arranjos produtivos, princi-palmente nas áreas de comércio e prestação de serviço, o IFCE implantou, no prédio do Hotel Escola de Guaramiranga, uma de suas unidades de ensino. O campus de Guaramiranga está em funcionamento desde 2013, por meio da oferta de cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pro-natec), como os de Organizador de Eventos, Cuidador de Idosos, Inglês e Espanhol Intermediários.

Celiana Rodrigues Fran-co de Sousa, aluna do curso de Cuidador de Idoso, fala que a chegada do IFCE abriu novas oportunidades de requalificação profissional. Ela, que já é egressa da primeira turma de Organiza-ção de Eventos, não tinha con-dições de sair de Guaramiranga para estudar. “Estamos muito sa-tisfeitos. A gente aqui faz um cur-so de qualidade, perto de casa e

ainda gratuito”, destaca. Não é em vão que Celiana

fala sempre na 1ª pessoa do plu-ral. A sua filha, Clara Rodrigues Franco de Sousa, também é alu-na do IFCE e já concluiu o curso de Inglês Intermediário. Agora, senta ao lado da mãe na sala da turma de Cuidador de Idosos: “É uma alegria”, define a mãe.

Em breve, o campus deve iniciar a oferta de cursos técnicos regulares. Após pesquisa com a comunidade e uma audiência pública, foram indicadas as for-mações em Instrumento Musical, Arte Dramática, Eventos e Guia de Turismo.

Além de se consolidar como unidade de ensino, a es-trutura física do campus também será utilizada para hospedagens e realização de eventos, abrindo espaço também para práticas la-boratoriais nas áreas de gastro-nomia, teatro, música, turismo, eventos e de gestão.

“A nossa principal missão em Guaramiranga é formar pro-fissionais aptos a superar as ex-pectativas do mercado de traba-lho. O Hotel Escola constitui um laboratório vivo para o ensino e, ao mesmo tempo, uma forma de aproximação da sociedade com o IFCE, por meio da prestação do serviço de hospedagem”, afirma Ione Chaves, diretora do campus avançado de Guaramiranga.

Antonio Alencarreitoria Alunas do pronatec têm

aulas no hotel

Guaramiranga alia profissionalização à prestação de serviço

Jaguaruanafortalece a cidadania

Potencial econômico da região é o foco

NOVOS CAMPI

Uma das mais novas unidades do IFCE, o campus avançado de Jaguaruana, que entrou em funcionamento no final de 2014, nasceu com a missão de colaborar com a melhoria da qualidade de vida da comunidade, por meio da educação. Ao disponibilizar à sociedade cursos técnicos e superiores em respeito às vocações locais, a unidade provocará, a médio e longo prazos, mudanças substanciais no cotidiano local.

Para o diretor do campus, Francisco Evandro de Melo, Jaguaruana e toda a região do vale do Jaguaribe terão um novo marco de desenvolvimento com a chegada do IFCE. “Não só pela movimentação social e econômica, mas, principalmente, pela formação profissional que oferece”, afirma.

Pronatec

As atividades do campus foram iniciadas com os cursos de formação inicial e continuada (FIC) de Inglês Básico e de Operador de Com-putador, do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Ainda em 2015, deverão começar a funcionar os cursos técnicos em Eletrotécnica, Mecânica, Computa-ção Gráfica e Informática, escolhidos após con-sulta à comunidade.

“Estou muito feliz. Pretendo concluir meu curso e futuramente fazer mais outros, principalmente na área de administração e de gestão financeira, além de aprofundar os co-nhecimentos em Inglês”, declara Lidiane Coelho da Silva, aluna de Inglês Básico.

A presença do IFCE em Jaguaruana en-dossa uma das diretrizes da política de expan-são da Rede Federal de Educação Tecnológica que é a de qualificar e fixar o cidadão no local onde mora.

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EXPEDIENTE

Reitor

Virgilio Augusto Sales Araripe

Pró-reitor de Ensino

Reuber Saraiva de Santiago

Pró-reitor de Administração e Planejamento

Tássio Francisco Lofti Matos

Pró-reitor de Gestão de Pessoas

Ivam Holanda de Souza

Pró-reitora de Extensão

Zandra Maria Ribeiro Mendes Dumaresq

Pró-reitor de Pesquisa, pós-graduação e Inovação

Auzuir Ripardo de Alexandria

Chefe de Gabinete

Alexandre Paiva Damasceno

Chefe do Departamento Comunicação Social

Ícaro Joathan

Reitoria

Avenida Rui Barbosa, 2847, Joaquim Távora,

Fortaleza-CE, CEP 60115-222

Telefone

(85) 3401-2500

Portal

www.ifce.edu.br

E-mail

[email protected]

Revista IFCE 2014/2015

Coordenação editorial

Ícaro Joathan

Projeto gráfico

Elias Figueiroa

Edição final

Ícaro Joathan

Luís Carlos de Freitas

Edição

Deborah Susane Sampaio Sousa

Luís Carlos de Freitas

Rebeca Casemiro

Edição de imagens

Arnaldo Mota

Bruno Leonardo

Elias Figueiroa

Artes e infográficos

Arnaldo Mota

Elias Figueiroa

Júlia Gonçalves Brito

Diagramação

Elias Figueiroa

Gráfica e Editora Ronda

Foto da capa

Bruno Leonardo

expedienteTextos

Andressa Souza - CE3220JPAntônio Alencar - 1758 CONRERP 5ªRCamila Ribeiro Grangeiro - CE3159JP

Caroline Brito - CE 3216JPCláudia Monteiro - CE1071JP

Deborah Susane Sampaio Sousa - CE1833JPDiogenilson Aquino - JP2510CE

Edson Costa - CE2112JPElinaldo Rodrigues - PB1028JP

Ícaro Joathan - CE2176JPInácio Oliveira - CE2657JP

Katharinne Magalhães - CE1828JPLuciana Fonseca - 1749 CONRERP 5ªR

Luís Carlos de Freitas - CE1642JPLyndissei Lourenço - (estagiária)

Manuella Nobre - CE2087JPMarcelo Paulo de Paiva - (estagiário)

Márlen Danúsia - CE0843JPPablo Monteiro - 987 CONRERP 6ªR

Rafael Oliveira - CE2235JPRebeca Cavalcante - CE1852JP

Rebeca Casemiro - PB2869JPSaulo Rêgo da Silva - CE1876JP

Sheyla Graziela - CE1869JPTiago Braga - CE1913JP

Colaboração

Alaíde RégiaAnderson Ibsen

André CameloChristiano Barbosa Porto Lima

Erika Assunção dos SantosFrancisco Jocely Xavier

Higor DiógenesJonathan Farias e Silva

Revisão

Hugo MagalhãesMaíra Nobre

Manuela Pinheiro de Andrade GuedesMaria do Socorro Cardoso de Abreu

Maria Gorete Oliveira de Sousa

Revisão Final

Manoel Crisóstomo do ValeLílian de Freitas Coelho

Maria Gorete Oliveira de Sousa

Tiragem

2.000

Impressão

Gráfica e editora Ronda

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