Revista Inspirar

24
Design Engajado A importância do design em prol da sociedade mais: entrevista com Nando Costa, designer de prestígio no Brasil e no exterior * objetos que imitam a natureza * posters de filmes famosos * tipografia e sua história * tudo sobre pré-impressão * o futuro digital R$ 12,00 www.inspirar.com.br Ano I | Outubro 2009

description

Projeto gráfico e diagramação: Poliana Gonçalves. Direção de arte: Rangel Sales. Trabalho de conclusão da disciplina Diagramação. Senai Cecoteg - BH - MG - Brasil

Transcript of Revista Inspirar

Page 1: Revista Inspirar

mais: entrevista com Nando Costa, design de prestígio no Brasil e no exterior * objetos que imitam a natureza * posters de filmes famosos * tipografia e sua história * tudo sobre pré-impressão

Design EngajadoA importância do design em prol da sociedade

mais: entrevista com Nando Costa, designer de prestígio no Brasil e no exterior * objetos que imitam a natureza * posters de filmes famosos * tipografia e sua história * tudo sobre pré-impressão * o futuro digital

R$ 12,00

www.inspirar.com.br Ano I | Outubro 2009

Page 2: Revista Inspirar
Page 3: Revista Inspirar

4 Mercado de trabalho

5 Tipografia como forma

6 Pré-impressão

8 Offset

10 Corte especial

11 Portfólio

14 Design Engajado

15 Natureza: inspiração

16 As maravilhas da macro

18 Ilustrações de Struzan

20 Embalagem é tudo!

22 O futuro digital

5

12

14

Projeto Gráfico: Cristina Lima

Diagramação: Cristina Lima

Revisão: Cristina Lima

Coordenação: Rangel Sales

Supervisão: Rangel Sales

Tiragem: Única

Papel: Couchê fosco

Capa: 230g\m2| Miolo: 145g\m2

Impressão: Futura Express

Page 4: Revista Inspirar

4 | Inspirar

Hoje em dia, a computação grá-

fica está presente em quase todos

os setores da economia. Per-

cebemos como parte de nosso

cotidiano o uso desta tecnologia

para produções em cinemas, te-

levisão, videogames, Internet,

venda de imóveis ou design de

produtos e marcas.

Devido aos fantásticos resultados

de bilheteria obtidos por diversas

produções que usaram intensiva-

mente a computação gráfica, o

mercado tem se expandido rapi-

damente. O Brasil tem demons-

trado seu grande potencial, aten-

dendo a demanda de produtos do

mercado interno e externo, com

índice de desemprego próximo

a zero. Se olharmos o uso mas-

sivo desta tecnologia no exterior,

veremos ainda que somente nos

últimos anos as empresas brasi-

leiras de propaganda perceberam

o enorme retorno que pode ser

obtido em campanhas publicitá-

rias com animações e imagens

geradas por computador.

Com foco essencialmente prá-

tico, os cursos que são da área

de Design Gráfico - Ilustração,

Animação e Modelagem Digital

3D têm o objetivo de fornecer

domínio completo sobre as di-

versas atividades envolvidas no

desenvolvimento de imagens e

animações digitais, abordando

desde a criação de story boards

e ilustração digital, até a con-

cepção, modelagem e animação

de personagens e cenários 3D,

cobrindo também atividades de

pós-produção e áudio.

O mercado de trabalho desta área

está em franco crescimento.

Page 5: Revista Inspirar

Inspirar | 5

O desenho das letras é algo

com tantos fundamentos, mas

ao mesmo tempo presente com

tanta simplicidade em nosso

cotidiano, que pode causar fas-

cínio e ao mesmo tempo frustrar

muitos de nós.

As letras possuem uma caracte-

rística particular, por sua origem

relacionada a gestos corporais.

As primeiras fontes tiveram seu

início com base na escrita ca-

ligráfica. Mas com o passar do

tempo e com a necessidade de

se imprimir de maneira repetida,

houve uma transição do manual

para o maquinário.

O ponto mais importante nessa

transição é o surgimento dos ti-

pos-móveis inventados por Gu-

tenberg no início do século XV.

Somente a partir desse momen-

to é que documentos e livros

fabricados à mão puderam ser

produzidos em massa.

Conforme o desenvolvimento

da escrita e da tipografia na his-

tória, percebemos nitidamente

que as mudanças que ocorrem

nos estilos tipográficos podem

acompanhar as características

relacionadas aos gestos corpo-

rais transmitidos pelas letras

(elegância, misticidade) que

cada vez podem passar outro

tipo de movimento ou até mes-

mo outras sensações.

Se a proposta de um projeto for

bem desenvolvida e estudada,

será aplicada uma fonte que irá

tornar o conteúdo mais agradá-

vel aos olhos de quem o lê.

Isso não somente para “textos

corridos”, mas também para

cartazes, folhetos, quadrinhos,

logotipos e outros projetos.

Quanto mais fácil for a leitura

do objeto, maior será seu grau

de pregnância.

Fica muito interessante se pen-

sar nisso e tentarmos imaginar

a tipografia e a diagramação em

sua forma e contra-forma, que

seriam os espaços em branco

que ficam em volta do objeto.

A partir do momento que a ti-

pografia não é mais vista como

algo único, mas sim como um

todo, uma “mancha” de texto

que forma um objeto, fica mais

claro o surgimento das caracte-

rísticas que compõem a forma.

Estudar esses conceitos e aplicá-

los de maneira adequada não é

nada simples, e não responde o

porque estudar.

Mas basta se olhar um objeto

e reconhecer todas essas carac-

terísticas, que um designer vai

saber se realmente deve estar

envolvido com isso ou não.

Page 6: Revista Inspirar

A pré-impressão é uma fase

importantíssima no proces-

so de produção gráfica e pode

ser compreendida como todo

o conjunto de procedimentos

e cuidados a serem adotados

depois de finalizada a arte a

ser impressa e antes do proces-

so de impressão propriamente

dito, ou seja, a reprodução do

grafismo em seu suporte final.

Os processos de pré-impressão

consistem, então, na prepara-

ção de um arquivo finalizado

para a obtenção de uma matriz

de impressão.

Durante muito tempo, quando

a tecnologia ainda não apresen-

tava tantas evoluções e o uso

do computador ainda não era

tão difundido, esses processos

eram realizados pelo método

que hoje chamamos de conven-

cional ou mecânico. Mas como

hoje em dia praticamente todos

os trabalhos são finalizados por

meio digital, iremos focar nos-

sa abordagem nos processos

eletrônicos de pré-impressão.

O cuidado na pré-impressão é

fundamental. Da mesma forma

que uma pré-impressão mal fei-

ta pode arruinar uma boa idéia,

tranformando um bom arquivo

num impresso medíocre ou até

defeituoso, uma pré-impressão

cuidadosa pode até corrigir

eventuais falhas no arquivo ori-

ginal e proporcionar uma im-

pressão de qualidade superior.

6 | Inspirar

Pré-Impressão é todo o processo envolvido antes da impressão de um produto gráfico, consiste na adequa-ção do arquivo digital para a impressão e na geração de fotolito, através de Imagesetter ou diretamente de matrizes para a impressão.

Page 7: Revista Inspirar

Inspirar | 7

Alguns dos processos de pré-impressão são:

Imposição de páginas : fazer a imposição das pá-

ginas é ajustar a montagem do impresso de forma

a agilizar as impressões frente/verso e montagem

do material.

Gerenciamento de cores : um sistema de geren-

ciamento de cores (CMS, color management sys-

tem) reconcilia diferenças de cores entre dispositi-

vos para que você possa estar bem certo das cores

que seu sistema finalmente produzirá. Visualizan-

do cores com precisão, você pode tomar decisões

seguras sobre cores em todo o fluxo de trabalho, da

captura digital à impressão final. O gerenciamento

de cores também permite a criação de impressões

com base nos padrões de produção de impressão

ISO, SWOP e Japan Color.

Retícula : fundamental para a maioria dos proces-

sos de impressão, a retícula nada mais é do que a

decomposição da imagem em pontos. O processo

de reticular tem conseqüências. Imagine uma ima-

gem em preto e branco - ao “reticularmos” essa

imagem, apagam-se as informações, o que resulta

na perda de detalhes e nitidez. Para amenizar esta

perda, aumentamos a lineatura, ou seja, a quanti-

dade de linhas por polegada (lpi), diminuindo o

espaço entre os pontos. Por exemplo: do tradicio-

nal 150 lpi aumentamos para 175 lpi. Conclui-se,

então, que quanto maior o a lineatura maior o deta-

lhamento que obteremos no impresso.

Overprint: quando temos uma sobreposição de

um objeto em relação a outro, damos o nome de

overprint. Essa técnica é utilizada largamente por

ser de grande valia para os impressores, pois auxi-

liam nos incovenientes e esforços para registro de

determinadas cores.

Trapping: muitas vezes, deparamo-nos com pro-

blemas de filetes brancos em materiais impressos,

denominados registros de impressão. Hoje, todos

os programas possuem recursos para corrigir esse

problema de encaixe.

Quando realizados, estes processos garantem tran-

quilidade na hora de conferir o impresso.

Page 8: Revista Inspirar

8 | Inspirar

A impressão offset (no Brasil chamado

também de ofset) é um processo planográfico

cuja essência consiste em repulsão entre água e

gordura (tinta gordurosa). O nome off-set - fora do

lugar - vem do fato da impressão ser indireta, ou

seja, a tinta passa por um cilindro intermediário,

antes de atingir a superfície. Este método tornou-

se principal na impressão de grandes tiragens (a

partir de 1.000); para menores volumes, porém,

sua utilização não compensa, já que o custo inicial

da produção torna-a proibitiva.

Page 9: Revista Inspirar

Inspirar | 9

O ProcessoGravação da chapa: uma chapa metálica é preparada de

forma a se tornar foto-sensível. As áreas que são protegi-

das da luz tornam-se, após uma reação quimica, lipófilas,

atraindo gordura (Grafismo), enquanto que as demais re-

giões se mantêm hidrófilas, atraindo água (contra-Grafis-

mo). A cópia de chapa pode ser analógica (CtF - Computer

to Film) ou digital (CtP - Computer to Plate).

Montagem: a chapa, flexível, é montada na impressora

em um cilindro. Cada chapa é usada para transferir uma

cor. Para impressos em várias cores é necessário o uso de

várias chapas, uma para cada cor (basicamente 4 cores,

CMYK Cyan / Magenta / Amarelo / Preto, que proporcio-

nam a mistura por pontos) só sendo necessário o uso de

mais chapas para cores especiais. Como o prata, o ouro

e as cores Pantone. A impressora precisa também estar

preparada para imprimir em série o numero de cores ne-

cessárias. Isto é importante para manter o registro entre as

diferentes tintas.

Impressão: o sistema funciona de maneira rotativa. Uma

série de cilindros conduzem tanto a tinta quanto o papel.

A impressão é feita de forma indireta, o cilindro onde a

matriz foi montada é mantido úmido por cilindros umi-

dificadores. A tinta também é transferida para este cilin-

dro, como ela é de base gordurosa se concentra nas áreas

lipófilas e é ao mesmo tempo repelida pela água que se

concentrou nas áreas hidrófilas do cilindro. A tinta então

é transferida para um cilindro de borracha, chamado de

blanqueta, que serve de intermediário para a impressão.

Ele por sua vez passa todas as informações para o papel.

Page 10: Revista Inspirar

10 | Inspirar

Corte especial é um acabamento feito a partir de

uma faca. Faca de corte é um instrumento usado

para fazer um corte especial numa peça gráfica.

É composta por uma base de madeira onde são

fixadas lâminas de corte e, se for o caso, de vinco.

O resultado é uma peça pronta para montagem.

São infinitas as possibilidades de corte. Podem

ser redondos, retangulares com cantos arredon-

dados, etc.

Para personalizar sua faca basta fornecer os con-

tornos do corte, em vetor, juntamente com o ar-

quivo da peça gráfica. Lembre-se: você deve con-

siderar a sangria de 3mm a 5mm.

10 | Inspirar

Page 11: Revista Inspirar

Inspirar | 11

Carlos Fernando Faria CostaNando Costa_Designer GráficoRio de JaneiroIdade: 26 anos

Sites:http://www.hungryfordesign.comhttp://www.brasilinspired.comhttp://www.lardandjoy.com

Page 12: Revista Inspirar

12 | Inspirar

O profissional Nando Costa é reconhecidamente um dos mais

importantes nomes do design do Brasil e do Mundo atualmente.

Quem é Nando Costa segundo você mesmo?

Não acho que isso seja totalmente verdade, mas obrigado. Para falar

a verdade, acho que tenho trabalhado tanto nos últimos anos que

quase sinto que perdi um pouco da minha identidade. Parece até es-

tranho, mas é algo importante para mim e que estou tentando mudar.

Felizmente tenho a minha esposa, que me acompanha nas minhas

longas jornadas de trabalho. Sem ela estaria realmente perdido.

Conte um pouco sobre suas raízes artísticas e os rumos que to-

mou sua carreira.

Desde pequeno sempre desenhei e pintei muito. Minha mãe era

escultora e por isso também despertei um pequeno interesse nesta

área, o que me rendeu algumas experiências interessantes com pro-

jetos tridimensionais. Por três anos também estudei na Escola de

Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Foi uma fase de

boas amizades e muita inspiração.

Na época em que tive que escolher minha profissão, um dos meus

irmãos mais velhos estava cursando Design Gráfico e foi isso que

abriu meus olhos pra esta profissão nova. Logo quando entrei para

a faculdade, tive a sorte de conseguir um estágio em uma pequena

agência de design, que depois me contratou. Fiquei lá por dois anos

e depois larguei a faculdade e o emprego para me mudar pros Esta-

dos Unidos para trabalhar na mesma área.

Já essa parte da história imagino que não seja muito nova pra vocês,

mas, simplificando, trabalhei em muitos lugares, mudando de uma

cidade para a outra e também de uma área de design para a outra.

Page 13: Revista Inspirar

Inspirar | 13

Impressos para web, para impressos novamente e

web, para depois ir para animação. Foi então que

acabei por me mudar novamente para o Brasil,

onde criei a Nakd juntamente com minha esposa

e um sócio dos EUA. É onde termina a história.

No momento estamos com outros planos, mas

isso tudo ainda está um pouco indefinido.

Você é um designer do tipo “multimídia”. A

que se deve isso?

Esta sua pergunta é uma grande coincidência,

porque estou novamente me mudando para os

Estados Unidos para trabalhar como Diretor de

Criação do departamento de multimídia de uma

agência de propaganda. Acho que isso tudo vem

do fato de eu não ter ficado satisfeito de trabalhar

somente com impressos, já no início da minha

carreira. Depois de dois anos aprendendo o bá-

sico desta área, eu imediatamente pulei pra cena

de design para web, que pra mim ainda é a mais

interessante, a que mais me atrai.

Quando você percebeu a sua inclinação para o

design e a animação?

Para o design simplesmente eu cheguei à con-

clusão de que esta era a minha profissão quando

percebi que trabalhando somente como artista,

pintando e fazendo esculturas eu provavelmente

morreria de fome. Acho que o design gráfico foi

não só uma solução para o problema, mas tam-

bém uma escolha ainda mais feliz do que simples-

mente artes. Acho a comunidade de artistas muito

fechada, a interatividade que tenho com outros

designers tem sempre sido muito importante pro

meu desenvolvimento como um profissional.

Já em relação à animação, eu comecei a me inte-

ressar nesta área depois que iniciei o uso do Flash

3, há alguns anos atrás, como ferramenta. Depois

disso After Effects tem sido o que uso mais roti-

neiramente pra realizar meus projetos.

Qual conselho você daria aos jovens que preten-

dem ser profissionais de design e animação e é

possível revelar algo sobre seus novos projetos?

Durmam o quanto puderem agora! Sim, é verda-

de, motion graphics é uma das áreas mais ingra-

tas em relação ao quanto se trabalha e o quanto

tempo livre se tem para fazer outras coisas. Mas

muitos se adaptam extremamente bem e amam

a profissão. Eu acho que trabalhar com internet

ainda é mais prazeroso e provavelmente vou fi-

car neste nicho por um bom tempo. Um projeto

interessante que estou fazendo no momento é o

Hugryfordesign.org. Este site será uma fonte de

informação histórica do design gráfico. Torço

para que se concretize da maneira que espero.

Inspirar | 13

Page 14: Revista Inspirar

Uma questão importante quan-

do se cria designs por uma boa

causa é quanto cobrar. É reco-

mendado praticar um preço um

pouco menor do que o divul-

gado, pois ao cobrar uma taxa

menor, você agrega valor ao

design e mostra seu prestígio

para com a instituição.

Como muitos podem pensar, o

dinheiro não é a única recom-

pensa. Muitas vezes, você pode

se beneficiar tanto ou mais do

que a causa que estará ajudan-

do, tanto pessoal quanto pro-

fissionalmente: as campanhas

voltadas para projetos sociais

são as favoritas pelas premia-

ções, o artista usa sua sensibi-

lidade para defender as causas

que acredita e a sociedade rece-

be sua contribuição.

Hoje em dia, diversos países

possuem sérios problemas so-

ciais e ecológicos. Recursos

naturais se esgotando e lugares

repletos de violência, drogas,

fome e doenças.

Segundo Tommaso Minnetti e

Pasquale Volpe, dois designers

gráficos italianos, a comunida-

de criativa tem o dever de usar

suas habilidades para mudar

a sociedade. “A indústria da

comunicação é a melhor do

mundo em chamar a atenção e

fazê-la agir” diz a dupla. Para

o editor da revista Adbusters,

o design precisa se libertar

parcialmente de trabalhos es-

sencialmente comerciais e se

engajar em uma estética não-

comercial ao protestar contra

guerras civis, por exemplo.

14 | Inspirar

Page 15: Revista Inspirar

Inspirar | 15

Ultimamente cientistas e engenheiros têm usado

a natureza como fonte de inspiração na criação de

objetos, são as aplicações do Biomimetismo.

O objetivo da ciência da biomimética é produzir

materiais e máquinas mais complexos imitando a

natureza. Os produtos da natureza em geral são

flexíveis e leves, mas incrivelmente fortes, e são

fabricados sem produzir poluição.

Algumas das aplicações do biomimetismo são: o

velcro, que foi inventado em 1941 por Georges

de Mestral, um engenheiro suíço, inspirado nas

sementes de Articum que grudavam constante-

mente em sua roupa durante suas caminhadas

diárias pelos Alpes; outra é o Bionic Car da Mer-

cedes Benz, que foi inspirado no peixe-cofre que

é um animal aerodinâmico. (A aerodinâmica é

o estudo do movimento de fluidos gasosos que

só passou a ganhar importância industrial com o

surgimento dos aviões e dos automóveis, pois es-

tes precisavam se locomover tendo o menor atrito

possível com o ar, pois assim seriam mais rápidos

e gastariam menos combustível).

O design hoje, mais do que nunca, precisa tam-

bém se inspirar na Mãe Natureza, que por bilhões

de anos buscou a perfeição. Exemplos também

aparecem no design: o tapete que imita pedras e a

cadeira inspirada no corpo de uma lagosta.

O biomimetismo, que procura tirar lições da na-

tureza para desenvolver novas tecnologias, poderá

levar o mundo a uma economia verde, mais eficaz

e promover a preservação da natureza para que

seja nossa eterna fonte de inspiração.

Page 16: Revista Inspirar

16 | Inspirar

Page 17: Revista Inspirar

Inspirar | 17

Ao iniciar o assunto sobre ma-

crofotografia torna-se necessá-

rio salientar um termo técnico

utilizado neste ramo da fotogra-

fia. Diferente do que costuma

ser dito, apenas se aproximar

e fotografar um objeto de perto

não é macrofotografia. Amplia-

ção é um termo muito utilizado

pelos profissionais.

A ampliação é uma relação nu-

mérica entre o tamanho origi-

nal do assunto a ser fotografa-

do, seja ele um inseto, um selo,

uma folha etc. e o tamanho que

o mesmo aparecerá no filme, e

não no papel.

O tipo de câmera fotográfica

mais utilizado em macrofoto-

grafia é a câmera 35 mm reflex.

Este tipo de câmera permite

que você veja através do visor

exatamente o que aparecerá na

fotografia, o que certamente

irá facilitar o trabalho.

Existem objetivas específicas

para macrofotografia, as lentes

macro, que permitem grandes

ampliações e possuem uma

excelente qualidade ótica. O

maior inconveniente dessas

lentes é preço, sempre elevado.

Para sanar este problema, já que

não são todos que podem ad-

quirir uma lente macro, existem

alguns acessórios que permitem

um maior ampliação com o uso

de lentes normais. O acessório

mais popular de todos, o mais

encontrado é o filtro Close-up,

que como o próprio nome diz,

permite que você chegue mais

perto do assunto a ser fotogra-

fado, proporcionando assim

uma maior ampliação.

Não é fácil tirar macrofotogra-

fias, muitas vezes temos que

ser pacientes, rápidos, e habi-

lidosos para não perder aquele

click mágico, que faz qualquer

fotógrafo profissional ou ama-

dor se apaixonar.

Page 18: Revista Inspirar

18 | Inspirar

Com um estilo inconfundível, Drew Struzan nas-

ceu em 1947 e é famoso pelo mundo não apenas

pelos seus trabalhos com os filmes dos anos 80

mas também por trabalhos muito mais recentes,

como a série Harry Potter, Star Wars (os originais

e os novos), Hellboy e outros.

Recomendo aqueles, com menos de 20 anos, a

verem esses filmes caso ainda não tenham visto,

com certeza irão se divertir. E aos que se interes-

saram, a conhecer o portfólio de Mr. Drew Stru-

zan: www.drewstruzan.com, para ver uma quan-

tidade enorme de maravilhosos trabalhos, com a

possibilidade de comprar as peças originais.

Se você tem 20 anos ou mais, provavelmente já viu filmes como Um Príncipe em Nova York, De Volta Para o Fu-turo ,E.T. O estraterrestre, entre muitos, muitos outros. Agora, você precisa conhecer o trabalho do homem que fez os posters desses filmes.

Um Príncipe em Nova Yok

18 | Inspirar

Page 19: Revista Inspirar

Inspirar | 19

Harry Potter

E.T. O Extraterrestre De volta para o Futuro

Rambo

Inspirar | 19

Page 20: Revista Inspirar

20 | Inspirar

Ao escolher um produto em detrimento de outro, o design da emba-

lagem, provavelmente, influencia a sua decisão muito mais do que

você imagina.

Design de embalagem rompe efetivamente com as regras e conven-

ções que estamos acostumados, dando ao produto uma vantagem

única, se destacar dos demais.

A embalagem deve apelar para o seu mercado alvo. Também é vital

garantir que esteja transmitindo as informações necessárias sobre o

conteúdo e a qualidade do produto, ao provocar a emoção desejada

em seu cliente.

Page 21: Revista Inspirar

Inspirar | 21

Ninguém duvida que a embalagem ocupa um papel importante em

nossas vidas, pois estamos o tempo todo em contato com ela. Quan-

do abrimos o armário da despensa, elas estão lá, na geladeira, nos

bares e restaurantes onde entramos, nas farmácias e no supermer-

cado, então...

Os sociólogos e os artistas da pop-art olharam para ela com os ou-

tros olhos, uns viram na embalagem uma importante referência para

avaliar o estágio de desenvolvimento da cultura material de uma

determinada sociedade e os outros viram nela uma manifestação da

própria cultura.

Os profissionais de marketing fizeram dela uma ferramenta funda-

mental para conduzir os produtos de consumo ao sucesso num ce-

nário competitivo cada vez mais complexo e congestionado, como

o que vemos hoje em tempos de globalização.

Os economistas encontram na produção e consumo de embalagens

um importante termômetro para avaliar o nível da atividade econô-

mica no país.

E o meio ambiente agradece toda vez que os índices de reciclagem,

reutilização e degradabilidade das embalagens aumentam.

Os consumidores, que são a verdadeira razão de ser da embalagem,

consideram-na algo muitíssimo importante em suas vidas, chegan-

do a ponto de não distinguir ou separá-la do produto. Para eles, a

embalagem e o produto são uma coisa só, constituem uma entidade

indivisível. Um item que é, segundo eles, cada vez mais relevante

no processo de escolha dos produtos.

Segundo superrmercadistas a “embalagem é tudo”,é ela que faz o

“show” no ponto-de-venda, e o design, a “atratividade”, sendo o

ponto fundamental de uma boa embalagem.

Page 22: Revista Inspirar

22 | Inspirar

A produção digital em várias

áreas vem avançando a pas-

sos largos. A impressão digi-

tal continua aumentando sua

participação de mercado na

indústria gráfica a uma taxa de

crescimento bastante acelera-

da, criando novas aplicações e

conquistando receitas que antes

eram oriundas de outras tecno-

logias principalmente offset.

Hoje esta tecnologia já está bas-

tante difundida, na produção de

livros, revistas, impressos pro-

mocionais de baixa tiragem,

bem como na área de dados

variáveis, também em embala-

gens como cartuchos, rótulos

auto-adesivos, e outros produ-

tos impressos. Cada vez mais,

as gráficas tradicionais que mi-

litam nestes setores agregam

às suas máquinas tradicionais,

equipamento digital.

Não só na impressão, mas

principalmente na criação de

impressos e na pré-impressão,

a tecnologia digital hoje do-

mina o mercado. Certamente

teremos mudanças tecnológi-

cas de substratos e sistemas de

impressão, visando principal-

mente a saúde do meio ambien-

te e consequentemente a nossa

saúde. De qualquer forma, po-

demos afirmar, que também nas

gráficas, o futuro é digital.

22 | Inspirar

Page 23: Revista Inspirar
Page 24: Revista Inspirar