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    INTRODUÇÃO 

    A gordura localizada, lipodistrofia ginóide (celulite), estrias e flacidez

    representam importante problema social. A exigência de silhueta corporal dentro dos

    padrões de beleza vigentes vem aumentando com o passar dos anos. omens e

    mulheres, ao dese!ar um corpo livre de imperfei"ões, fre#uentemente cometem

    excessos, cabendo ao profissional da $rea da est%tica a correta e sensata elucida"&o

    das reais possibilidades terapêuticas e a elabora"&o de programas de tratamento com

    os diversos m%todos dispon'veis na atualidade.

    sucesso do tratamento de #ual#uer patologia depende essencialmente do

    seu pleno conhecimento. uando n&o se consegue estabelecer com clareza suas

    caracter'sticas, conceitos amplos sempre ser&o usados para defini*las.

    A pele % o manto de revestimento do organismo, isola os componentes

    org+nicos do meio exterior. onstitui*se em uma complexa estrutura de tecidos inter*

    relacionados. A pele % como um todo e faz parte do sistema neuro*sensorial, pois

    deriva, como este, do folheto germinativo e % portadora de extensas percep"ões

    sensoriais. A pele % composta de epiderme, derme e hipoderme, sendo #ue esta n&o

    faz parte da pele, mas serve de apoio e permite a mobilidade da pele em rela"&o aosórg&os sub!acentes. As principais fun"ões da pele s&o a prote"&o, termorregula"&o,

    percep"&o e secre"&o.

    A fisioterapia est%tica, recentemente renomeada como fisioterapia dermato*

    funcional, est$ cada vez mais em evidência. fisioterapeuta pode atuar com o

    fibroedema gelóide (celulite), estrias, linfedema, no pr% e pós*operatório de cirurgia

    pl$stica, #ueimaduras, cicatrizes hipertróficas e #uelóides, flacidez, obesidade e

    lipodistrofia localizada. Apresentam*se tamb%m os recursos #ue podem ser utilizados

    para tratamento e preven"&o dessas patologias, sendo muitos deles !$ de uso rotineiro

    na fisioterapia. -endo esse campo recente, ainda h$ muito a ser explorado e novas

    pes#uisas devem ser realizadas na busca de evidências cient'ficas para o melhor

    embasamento dos recursos e t%cnicas dispon'veis ao fisioterapeuta, possibilitando

    assim a articula"&o dessa $rea com as demais da fisioterapia, como a ortopedia,

    respiratória, entre outras.

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    /ecentemente a especialidade fisioterapia est%tica teve a denomina"&o

    substitu'da por fisioterapia dermatofuncional, em uma tentativa de ampliar a $rea,

    conferindo*lhe a conota"&o de restaura"&o de fun"&o, al%m da anteriormente

    sugerida, #ue era apenas de melhorar ou restaurar a aparência. 0o Guide to physical  therapist practice, publicado pela Associa"&o 0orte*americana de 1isioterapia (A3A)

    em 2456, essa $rea % referida como respons$vel pela manuten"&o da integridade do

    sistema tegumentar como um todo, incluindo as altera"ões superficiais da pele. ara a

    A3A, a responsabilidade do fisioterapeuta est$ n&o somente em manter e promover a

    ótima fun"&o f'sica, mas tamb%m o bem estar e a #ualidade de vida.

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    1.  SISTEMA TEGUMENTAR

    sistema tegumentar % constitu'do pela pele e tela subcut+nea, unidos com os

    anexos subcut+neos. A pele representa 527 do peso seco total corporal, com peso deaproximadamente 6,8 #uilos, sendo considerado o maior sistema de órg&os expostos

    externamente (9:;//< 9:;//, 2442). A pele exerce um componente de

    identifica"&o de um indiv'duo (=11A3< A//;-, 244>).

    Anexos epid%rmicos provêm fun"ões sensoriais especiais e de prote"&o. Al%m

    disso, os contornos do corpo, a aparência de idade e os dist?rbios act'nicos s&o

    influenciados pela derme, epiderme e hipoderme (@11 et al., 2455).

    -egundo @olff et al. (2455), a pele % considerada um órg&o, de estrutura

    complexa, #ue tem por fun"ões a prote"&o do corpo do ambiente em #ue ele vive, ao

    mesmo tempo em #ue permite a intera"&o entre eles. B um con!unto completo e

    integrado de c%lulas, tecidos e elemento matriz #ue possuem diversas fun"ões, #ue

    s&o mediadas por suas subunidades, interdependentes entre siC Dpiderme, Eerme e

    ipoderme esta deixou de ser classificada como camada da pele. B ho!e considerada

    um tecido ad!acente F pele, tamb%m chamada de tecido celular subcut+neo ou tela

    subcut+nea ou pan'culo adiposo.

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    5.5 D;ED/=D

    A epiderme % a camada mais superficial e externa da pele, possui os chamados

    anexos derivados da epiderme (unidades piloceb$ceas, unhas e gl+ndulas sudor'paras).

    romove a maior parte da barreira f'sica contra amea"as externas, como bact%rias.

    0ela encontram*se os melanócitos e as c%lulas de angerhans, componentes

    microscópicos. s melanócitos sintetizam e liberam melanina, pigmento encontrado

    na pele. As c%lulas de angerhans s&o c%lulas imunológicas, encontradas em toda a

    epiderme, #ue entram em a"&o caso a pele sofra uma ruptura, atuando como

    instrumento de defesa contra o meio externo (=11A3< A//;-, 244>, @11 et al.,

    2455).

    B avascular, ou se!a, n&o possui vasos. As c%lulas mais importantes desta

    camada vivem em constante renova"&o e s&o chamadas #ueratinócitos, respons$veis

    inclusive pela impermeabiliza"&o da pele. s #ueratinócitos est&o !ustapostos ao longo

    da epiderme, com pouca subst+ncia intercelular, unidas entre si pelo cimento

    intercelular (ou gicoc$lice) #ue permite passagem de subst+ncias hidrossol?veis e

    pelos desmossomos (placas de prote'nas).

    s #ueratinócitos variam de forma de acordo com a sua localiza"&o naepiderme. Dles migram da por"&o mais profunda da epiderme (camada basal) at% a

    superf'cie (camada córnea), onde ser&o eliminadas após sofrerem processo de

    #ueratiniza"&o (ac?mulo de #ueratina no interior da c%lula e morte). Dste processo

    permite uma constante renova"&o celular da epiderme. As camadas por onde as

    c%lulas sofrem processo de #ueratiniza"&o e formam a epiderme s&oC

    a.  amada basalC B a por"&o mais profunda da epiderme< apresenta uma ?nica

    camada de c%lulas. B formada por c%lulas !ovens, colunares (em formato de

    colunas verticais), dispostas lado a lado. -&o c%lulas germinativas, ou se!a,

    c%lulas #ue sofrem intensa divis&o celular multiplicam*se para formar todos os

    #ueratinócitos da epiderme. Dstas c%lulas formadas v&o se orientando no

    sentido da exterioriza"&o sofrendo modifica"ões morfológicas para formar as

    outras camadas da epiderme. 0esta camada encontram*se ainda, os

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    G

    melanócitos, c%lulas respons$veis pela produ"&o de melanina, #ue % o

    pigmento #ue d$ cor F pele.

    b.  amada espinhosa ou de =alpighiC ocalizada acima da camada basal,

    apresenta v$rias camadas de #ueratinócitos, #ue agora est&o modificando seuformato e se tornando poli%dricos, semelhantes a espinhos, #ue migram em

    dire"&o ao exterior da epiderme. H medida #ue ficam mais superficiais, as

    c%lulas desta camada achatam*se e iniciam o armazenamento de #ueratina no

    seu interior.

    c.  amada granulosaC ocalizada logo acima da camada espinhosa, esta camada

    possui c%lulas achatadas, contendo grande n?mero de gr+nulos de #ueratina

    no seu interior. Dsta camada tem importante fun"&o de barreira, impedindo a

    perda de $gua da pele e impede a entrada de subst+ncias exógenas.

    d.  amada ?cidaC onstitu'da de v$rias camadas de c%lulas achatadas, com ou

    sem n?cleo. B encontrada apenas na regi&o da palma das m&os e planta dos

    p%s. 0&o % observada com facilidade. uando vis'vel, tem o aspecto de uma

    linha clara, brilhante e homogênea.

    e.  amada córneaC B a camada mais externa da epiderme, constitu'da de c%lulas

    mortas, cheias de #ueratina, formando verdadeiras l+minas de #ueratina. A sua

    espessura varia de acordo com a regi&o do corpo, sendo mais espessas nas

    plantas dos p%s e palma das m&os. B hidrófila (a!uda a reter $gua), e exerce

    fun"&o protetora contra as agressões f'sicas, #u'micas e biológicas.

    A epiderme est$ separada da derme pela l+mina basal, constitu'da F base de

    col$geno. ocalizadas entre os #ueratinócitos est&o Fs c%lulas de angerhans,

    respons$veis pela defesa da epiderme.

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    5.2 ED/=D

    A derme % uma espessa camada do tecido con!untivo abaixo da epiderme, #ue

    possui comunica"&o com a hipoderme. omposta de elementos fibrosos e celulares

    #ue acomodam nervos e vasos sangu'neos e linf$ticos, anexos derivados da epiderme

    e contêm muitos tipos de c%lulas residentes, #ue incluiC macrófagos, linfócitos,

    mastócitos e c%lulas circulantes do sistema imune. ompõe a maior parte da pele,

    sendo #ue sua espessura m%dia % de aproximadamente de 2 mm, e caracteriza sua

    flexibilidade, elasticidade e for"a de tens&o. ferece prote"&o contra ferimentos

    mec+nicos, % uma barreira para $gua, auxilia na termorregula"&o e possui receptores

    sensitivos. (@1, et al., 2455, 9:;//< 9:;//, 2442)

    3ermina"ões nervosas sensitivas e motorasC s&o as termina"ões nervosas respons$veis

    pela dor, tato, temperatura e a inerva"&o do m?sculo eretor do pêlo.

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    I

    onstitu'da de subst+ncia fundamental, fibras el$sticas, fibras col$genas, fibras

    reticulares, vasos e nervos. ossuem ainda no seu interior os anexos cut+neosC

    gl+ndulas sudor'paras, gl+ndulas seb$ceas, pelos e unhas.

    A derme % constitu'da em >8 a J87 de fibras col$genas e de subst+nciafundamental, um gel rico em mucopolissacar'deos (por exC $cido hialurKnico). A fun"&o

    da subst+ncia fundamental % de fornecer resistência mec+nica Fs compressões e

    estiramentos da pele. As fibras el$sticas existem em menor n?mero #ue as col$genas,

    s&o mais finas do #ue elas e menos resistentes ao estiramento.

    s fibroblastos s&o c%lulas presentes na derme, na #ual a fun"&o % a produ"&o

    das fibras.

    5. ;ED/=D

    A hipoderme, tamb%m conhecida como tecido subcut+neo sustenta as outras

    duas estruturas. onsiste no tecido adiposo, tecido conectivo e tecido el$stico. 3em

    fun"&o de amortecedor e isolante para as outras estruturas do corpo, al%m de modelar

    a superf'cie corporal. -eu tamanho depender$ do grau de nutri"&o do organismo, ou

    se!a, em pessoas obesas ser$ maior #ue em pessoas delgadas. A s'ntese e oarmazenamento de gordura v&o ocorrendo ao longo da vida atrav%s do ac?mulo de

    lip'dios dentro das c%lulas de gordura, prolifera"&o de adipócitos existentes ou

    recrutamento de novas c%lulas (=11A3< A//;-, 244>, @11 et al., 2455, 9:;//<

    9:;//, 2442).

    tecido adiposo % o principal reservatório energ%tico do organismo. s

    adipócitos s&o c%lulas exclusivas para o armazenamento de lip'dios na forma de

    triacilglicerol (3A9) em seu interior, sem #ue isto se!a pre!udicial para sua

    funcionalidade. Dssas c%lulas possuem enzimas e prote'nas reguladoras necess$rias

    para sintetizar $cidos graxos (lipogênese) e estocar 3A9 em per'odos em #ue a oferta

    de energia % abundante, e para coloc$*los em a"&o, atrav%s da lipólise, #uando h$

    restri"&o calórica. Dstes processos ocorrem por meio de nutrientes e sinais aferentes

    dos sistemas nervosos e hormonais, e depende das necessidades energ%ticas de cada

    indiv'duo. eptina % o hormKnio #ue age na regula"&o do armazenamento, e#uil'brio e

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    J

    uso de energia pelo organismo (@11 et al., 2455, 10-DA*AA0;L et al., 244G,

    0D9/A< ;;0;, 2444).

    sistema nervoso autKnomo (-0A) controla diretamente o tecido adiposo

    atrav%s de seus componentes simp$tico e parassimp$tico. A inerva"&o simp$ticaparticipa nas a"ões catabólicas, tais como a lipólise. M$ o sistema nervoso

    parassimp$tico tem a"&o na execu"&o de efeitos anabólicos sobre os depósitos

    adiposos, como a absor"&o de glicose e de $cidos graxos incitados pela insulina

    (10-DA*AA0;L et al., 244G).

    2.  FISIOLOGIA DOS TECIDOS ACOMETIDOS NA FISIOTERAPIA DERMATO

    FUNCIONAL

    =orfologicamente, o tecido con!untivo caracteriza*se por apresentar diversos

    tipos celulares separados por abundante material intercelular (-1A N subst+ncia

    fundamental amorfa). s v$rios tipos de tecido con!untivo desempenham fun"ões

    como sustenta"&o, preenchimento, defesa, nutri"&o e reserva energ%tica.

    lassifica"&o do tecido con!untivoC

    •  3ecido con!untivo propriamente dito

    •  3ecido adiposo

    •  3ecido muscular

    •  3ecido cartilaginoso

    •  3ecido ósseo

    •  3ecido nervoso

    •  3ecidos especiais

    0este estudo ser&o abordados apenas os três primeiros tecidos, !$ #ue

    estes s&o acometidos nas disfun"ões est%ticas.

    2.5 3D;E 0M:03;O /P/;

    B constitu'do por v$rios tipos de c%lulas #ue se encontram imersas em uma

    subst+ncia intercelular, tamb%m chamada de matriz extracelular.

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    2.5.5  =atriz Dxtracelular

    A matriz extracelular % produzida pela maioria das c%lulas, sendo constitu'da

    pelos seguintes elementosC

    * glicosaminoglicanas (consistência em gel)

    * prote'nas fibrilares (rede de sustenta"&o das c%lulas e preenchimento N

    col$geno, elastina e reticulina)

    * 'ons

    * $gua

    s elementos fibrosos do tecido con!untivo s&o representados pelas fibras

    col$genas, fibras reticulares e fibras el$sticas.

    2.5.2  %lulas

    A divis&o de trabalho entre as c%lulas do con!untivo determina o aparecimento

    de v$rios tipos celulares com caracter'sticas morfológicas e funcionais próprias.

    Algumas destas c%lulas est&o constantemente presentes em n?mero padr&o

    relativamente fixo em certos tipos de tecido con!untivo maduro, sendo denominadas

    como c%lulas residentesC

    * fibroblastos (s'ntese de col$geno e elastina)

    * macrófagos

    * mastócitos

    * plasmócitos

    * c%lula adiposa (reserva energ%tica)

    Dm contraste com as c%lulas residentes, encontram*se as c%lulas migratórias

    #ue, em geral, aparecem transitoriamente nos tecidos con!untivos como parte da

    rea"&o inflamatória F les&o celularC

    * neutrófilos

    * eosinófilos

    * basófilos

    * linfócitos

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    * monócitos

    2.2 3D;E AE;-

    onstitui a tela subcut+nea ou hipoderme. tecido adiposo % um tipo especial

    de tecido con!untivo #ue se caracteriza pela presen"a de c%lulas especializadas em

    armazenar lip'dios, conhecidas como adipócitos. s lip'dios funcionam como reservas

    energ%ticas e calóricas sendo utilizadas paulatinamente entre as refei"ões. Al%m desta

    importante fun"&o, os adipócitos auxiliam na manuten"&o da temperatura corpórea,

    na forma"&o dos coxins adiposos, al%m de apresentarem distribui"&o diferenciadas no

    corpo do homem e no corpo da mulher, ligadas as caracter'sticas sexuais secund$rias

    (hormKnios).

    tecido adiposo % uma forma especializada de tecido con!untivo frouxo,

    formado por c%lulas chamadas adipócitos. odem ser encontrados de forma isolada ou

    em pe#uenos grupos no tecido con!untivo ou ainda em grandes $reas do corpo, como

    no tecido subcut+neo.

    or%m, os adipócitos se diferem em dois tiposC tecido adiposo branco, amareloou unilocular e tecido adiposo pardo, marrom ou multilocular, os #uais se diferenciam

    pela cor, #uantidade, vasculariza"&o, atividade metabólica, n?mero de organelas e

    distribui"&o no organismo. (:/;, 2442).

    s adipócitos uniloculares (branco) e maduros têm em sua principal fun"&o o

    armazenamento e balan"o energ%tico do indiv'duo (armazena a energia produzida em

    forma de A3), pois esses desempenham fun"ões em resposta imunit$ria, em doen"as

    vasculares e na regula"&o do apetite. (:/;, 2442). adipócito branco maduro

    armazena triglicer'deos em uma ?nica e grande gota lip'dica, #ue ocupa a por"&o

    central da c%lula, correspondendo I8 N J47 da massa celular, e desloca citoplasma,

    n?cleo e demais organelas para a periferia, onde se acomodam dentro de uma fina

    camada de citosol. Dmbora tenham volume vari$vel, os adipócitos brancos e maduros

    s&o c%lulas grandes e podem alterar acentuadamente seu tamanho conforme

    #uantidade de triglicer'deos acumulada.

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    tecido adiposo multilocular (marrom) tem como fun"&o especial regular a

    temperatura em rec%m*nascidos, pois este tecido % rico em mitocKndrias e dissipa a

    energia produzida em forma de calor. Dste tecido est$ presente durante o

    desenvolvimento fetal, mas na sua #uantidade diminui a partir do nascimento,permanecendo, em adultos, apenas em torno dos rins, aorta e regiões do pesco"o e

    mediastino.

    corpo humano possui capacidade limitada para armazenar carboidratos e

    prote'nas, e a gordura contida no interior dos adipócitos representa o armazenamento

    de calorias nutricionais #ue excedem a utiliza"&o. Eesta forma, o tecido adiposo

    representa um reservatório de energia, principalmente em per'odos de !e!um

    prolongado, prote"&o contra o frio ou #uando o organismo est$ su!eito F atividade

    f'sica intensa.

    A gordura branca % amplamente distribu'da no tecido subcut+neo, mas #uanto

    F #uantidade, apresenta diferen"as regionais influenciadas pelo sexo, e pela idade.

    As mulheres s&o as #ue mais procuram tratamentos est%ticos, provavelmente

    por#ue as altera"ões hormonais e ponderais podem provocar aumento de peso, volu*

    me e altera"ões do contorno corporal.

    A hereditariedade e o biotipo tornam as mulheres propensas ao depósito de

    c%lulas adiposas nas regiões fêmuro*gl?teas, por#ue os adipócitos dessas regiões

    respondem melhor ao estrógeno, sendo menos sens'veis aos hormKnios lipol'ticos,

    al%m de deterem mais receptores Q*adren%rgicos, respons$veis pela inibi"&o da

    lipólise. Dsses fatores induzem ao aumento do tamanho das c%lulas e, como

    conse#uência aumenta a espessura da tela subcut+nea, favorecendo a infiltra"&o

    edematosa.

    s adipócitos s&o as ?nicas c%lulas especializadas e perfeitamente adaptadas

    para armazenar lip'deos sem #ue isso comprometa a sua integridade funcional.

    ossuem a ma#uinaria enzim$tica necess$ria para sintetizar $cidos graxos (processo

    denominado de lipogênese) e estocar 3A9 em per'odos de oferta abundante de

    energia e para mobiliz$*los pela lipólise #uando h$ d%ficit calórico (lipólise). sistema

    nervoso central participa da regula"&o desses dois processos mediante a"ões neurais

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    diretas ou indiretas (por exemplo, emitindo comportamentos de busca e ingest&o

    alimentar). utros sistemas reguladores (digestório e endócrino) participam mediante

    os nutrientes e hormKnios de acordo com as necessidades do momento.

    Atrav%s das suas divisões, simp$tico e parassimp$tico, o sistema nervosoautKnomo atua diretamente sobre o tecido adiposo. simp$tico promove a"ões

    catabólicas (lipólise), via estimula"&o R*adren%rgica #ue ativa a enzima lipase

    hormKniosens'vel (-). parassimp$tico organiza as a"ões anabólicas por

    incrementar a secre"&o de insulina, aumentando a capta"&o de glicose e de $cidos

    graxos.

    A lipogênese inicia*se antes do nascimento. A cronologia do aparecimento do

    tecido adiposo depende da esp%cie e do depósito adiposo sob considera"&o. Após o

    nascimento, ocorre r$pida expans&o do tecido adiposo, como resultado do aumento

    do tamanho e do n?mero celular. potencial de gerar novos adipócitos persiste

    mesmo na fase adulta. 1atores diet%ticos influenciam este processo, pois ratos

    alimentados com dieta rica em carboidratos ou lip'deos exibem hiperplasia de

    adipócitos.

    2. 3D;E =:-:A/

    tecido muscular tem origem mesod%rmica, % geralmente dividido em três

    tiposC es#uel%tico, card'aco e liso. m?sculo es#uel%tico constitui a grande massa da

    musculatura som$tica, geralmente ele n&o se contrai na ausência de estimula"&o

    nervosa e, em geral, est$ sob o controle volunt$rio. m?sculo card'aco %

    funcionalmente sincicial e contrai*se ritmicamente, na ausência de estimula"&o

    nervosa. D o m?sculo liso % involunt$rio e o est'mulo para a contra"&o do mesmo %

    controlado pelo sistema nervoso vegetativo.

    A maioria dos m?sculos es#uel%ticos se inicia e termina em tendões e as fibras

    musculares est&o dispostas em paralelo entre as termina"ões tendinosas, de modo

    #ue a for"a de contra"&o das unidades % aditiva. As fibras musculares se diferenciam

    estruturalmente, histo#uimicamente e metabolicamente, e assim podem ser

    classificados em duas categorias principaisC as fibras tipo ; (fibras de contra"&o lenta) eas fibras tipo ;; (fibras de contra"&o r$pida). A maioria dos grupos musculares dispõe

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    de uma combina"&o igual de fibras tipo ; e tipo ;;, embora alguns grupos predominem

    as fibras de contra"&o lenta ou fibras de contra"&o r$pida. O$rios fatores podem

    influenciar a #uantidade do tipo de fibra existente, dentre eles a gen%tica, n'veis

    hormonais no sangue e pr$tica de exerc'cios. sistema muscular % o principal respons$vel pelos movimentos do corpo

    humano. Dste % constitu'do por c%lulas alongadas #ue contêm grande #uantidade de

    falimentos citoplasm$ticos, respons$veis pela contra"&o. As c%lulas musculares têm

    origem mesod%rmica e sua diferencia"&o ocorre principalmente devido a um

    alongamento gradativo, com simult+nea s'ntese de prote'nas filamentosas. corpo

    humano cont%m mais de #uatrocentos m?sculos es#uel%ticos volunt$rios, os #uais

    representam entre 64 a 847 do peso corporal total. m?sculo es#uel%tico tem três

    fun"ões principaisC produ"&o de for"a para a locomo"&o e respira"&o< produ"&o de

    for"a para a sustenta"&o postural< e produ"&o de calor durante a exposi"&o ao frio.

    :m m?sculo individual possui uma regi&o central mais espessa denominada

    ventre muscular e, revestindo a parte externa do m?sculo, respons$vel pela

    transferência de tens&o muscular para o osso, existe um tecido fibroso chamado

    epim'sio. ada m?sculo pode conter de milhares de fibras musculares, organizadas em

    compartimentos dentro do próprio m?sculo. s feixes de fibras s&o chamados

    fasc'culos e cada um pode conter at% 244 fibras musculares.

    2..5  Dstrutura D 1un"&o Eas 1ibras =usculares

    ropriedades fundamentais dos m?sculosC 

    * excitabilidade N capacidade de responder a um est'mulo<

    * condutibilidade N capacidade de transmitir o estado de excita"&o<

    * contratilidade N capacidade de se encurtar em certa dimens&o<

    * elasticidade N capacidade de recuperar a forma.

    1ibras vermelhasC s&o as fibras f$sicas, com fun"&o postural (est$tica), s&o menores e

    localizam*se na regi&o profunda do sistema es#uel%tico. ermanecem em contra"&o

    involunt$ria por v$rias horas para o controle da postura e refinamento dos

    movimentos. 3endem ao encurtamento e hipertonia na presen"a de doen"asneuromusculares, envelhecimento e sedentarismo. Assim, os v'cios posturais e tensões

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    musculares exacerbadas podem alterar o limiar de excita"&o e acrescentar ao sistema

    muscular as nodosidades (trigger points), encurtamentos e dor.

    1ibras brancasC s&o as fibras din+micas ou tKnicas, de contra"&o r$pida, menos ativadana maioria dos movimentos das situa"ões di$rias, fadigam*se mais rapidamente num

    esfor"o de longa dura"&o.

    s m?sculos da din+mica, com fun"&o de controle dos movimentos, tendem F

    hipotonia e F fra#ueza (flacidez) com o envelhecimento, com o sedentarismo e #uando

    acometidos por doen"as neuromusculares. /ecomenda*se o treino de for"a para esses

    m?sculos.

    e#uil'brio entre a for"a e a flexibilidade do sistema muscular postural e

    din+mico proporciona estabilidade aos segmentos corporais e harmonia nos

    movimentos. B uma das metas a ser alcan"ada em #ual#uer programa de exerc'cio

    f'sico.

    3.  ELETROTERMOTERAPIA

    A associa"&o de tecnologias numa mesma aplica"&o % um novo tratamento n&o

    invasivo, moderno e seguro para o tratamento das afec"ões est%ticas.

    .5 :3/A--=

    Ee acordo com Sorges (244G), o ultrassom % gerado por um transdutor, #ue

    corresponde a um dispositivo #ue transforma a energia el%trica em energia mec+nica,

    devido ao cristal piezoel%trico #ue se encontra no transdutor.

    9uirro e 9uirro (2442) ressaltam #ue as ondas ultrassKnicas dependem de uma

    variedade de fatores para atingir a regi&o determinada, tais comoC intensidade,

    fre#uência, regime de pulso, $rea do transdutor, tempo de aplica"&o, t%cnica de

    aplica"&o e agente de acoplamento.

    Ee acordo com 1uirini e ongo (5JJG), os fatores #ue envolvem a f'sica do :-

    apresentam*se comoC

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    5G

    a) ndasC o :- % uma forma de energia mec+nica #ue consiste de vibra"ões de alta

    fre#uência. As ondas ultrassKnicas s&o ondas longitudinais e provocam oscila"ões nas

    part'culas do meio onde se propagam.

    b) rodu"&o de ondasC na produ"&o do :-, ho!e, s&o utilizados cristais cer+micossint%ticos. A liga entre chumbo, zircKnio e tit+nio s&o um excelente sint%tico pela sua

    durabilidade e eficiência em converter corrente el%trica em vibra"ões mec+nicas. A

    vibra"&o aciona as part'culas do meio, produzindo ondas por compress&o e

    descompress&o.

    A fre#uência % medida em ertz * L e % determinada pelas dimensões f'sicas

    do cristal. 0o sistema de unidades observamos #ue 5z e#uivale a 5 cicloTs< 5Uz a

    5444 ciclosTs e 5=z a 5444444 ciclosTs (1:;/;0; e 09, 5JJG).

    :- pode ser cont'nuo ou pulsado, cu!as caracter'sticas no modo cont'nuo

    apresentam ondas sKnicas cont'nuas, n&o apresentam modula"&o, tem efeito t%rmico,

    altera"&o da press&o e micro massagem (diatermia). M$ no modo pulsado encontramos

    ondas sKnicas pulsadas, modula"&o de amplitude com fre#uências de 5Gz a 544z, os

    efeitos t%rmicos s&o minimizados, h$ altera"&o da press&o e efeitos n&o t%rmicos.

    :- pulsado % mais bem indicado #uando o calor produzir dores< houver

    necessidade de redu"&o de velocidade da condu"&o em fibras nervosas, ra'zes

    nervosas ou g+nglios< houver necessidade de regenera"&o do tecido< a aplica"&o for

    feita em processos inflamatórios e houver necessidade de efeitos n&o t%rmicos. M$ o :-

    cont'nuo ser$ necess$rio #uando ambos efeitos t%rmicos e n&o t%rmicos forem

    necess$rios. grau dos efeitos t%rmicos % determinado pelos controles de intensidade

    do aparelho (1:;/;0; e 09, 5JJG).

    .5.5 Dfeitos do :-

    Ee acordo com Voung (244), #uando o :- entra no corpo, pode ocorrer um

    efeito nas c%lulas e tecidos por dois mecanismos f'sicosC t%rmico e n&o*t%rmico.

    a) Dfeitos t%rmicosC #uando o :- percorre o tecido, uma porcentagem dele %

    absorvida, e isso leva F gera"&o de calor dentro da#uele tecido. A #uantidade de

    absor"&o depende da natureza do tecido, seu grau de vasculariza"&o e a fre#uência do

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    5>

    :-. efeito t%rmico do :- % considerado de grande import+ncia. :- atenua*se a

    medida #ue atravessa um meio ou diminui sua intensidade durante este tra!eto.

    b) Dfeitos n&o t%rmicosC existem muitas situa"ões em #ue o :- produz efeitos

    biológicos sem, contudo envolver mudan"as significativas na temperatura. smecanismos f'sicos #ue parecem estar envolvidos na produ"&o desses efeitos n&o

    t%rmicos s&o um ou mais dentre estesC cavita"&o, correntes ac?sticas e ondas

    estacion$rias.

    Dm virtude dos efeitos mec+nicos, t%rmicos e #u'micos, o ultrassom produz

    uma s%rie de efeitos terapêuticosC

    •  Acelera processo de repara"&o N cavita"&o % a propriedade pelo #ual o

    ultrassom forma cavidades ou bolhas no meio l'#uido, contendo vari$veis de

    g$s ou vapor. ode ser visualizada nas intensidades a partir de 4,5 WTcmX, no

    modo cont'nuo<

    •  Dfeito fibrol'tico N diminuem a esclerose tecidual com as fric"ões moleculares.

    roduz*se uma despolimeriza"&o ou fragmenta"&o das mol%culas grandes, de

    modo a diminuir a viscosidade do meio<

    •  Dfeito tixotrópico N capacidade de transformar colóide gel em sol. :ltrassom

    capaz de YamolecerZ (transformar em Yestado gelatinosoZ) subst+ncias em

    estado de maior consistência. Dsse efeito permite o aumento da elasticidade

    tecidual e diminui"&o da consistência tecidual fibrótica, principalmente nos

    casos de 1D9, fibrose pós*lipoaspira"&o, cicatrizes aderentes, dentre outros.

    (S/9D-, 244G)

    •  0eovasculariza"&o pelo aumento da circula"&o<

    •  /earran!o e aumento da extensibilidade das fibras col$genas<

    •  1onoforese emprego de produtos cosm%ticos e n&o precisa ser polarizado, pois

    o ultrassom n&o precisa de corrente el%trica para permea"&o.

    .5.2 ;ndica"ões

      pós*operatório imediato (modo pulsado)<

      fibroses pós*operatórias

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    5I

      transtornos circulatórios (edema)<

      tecidos em cicatriza"&o<

      celulite<

      gordura localizada<

      fonoforese corporal.

    .5. ontra indica"ões

     [reas com insuficiência vascular (tromboflebites T varizes)<

      Aplica"&o facial, exceto A3=<

      [rea card'aca<

      istória de tumores<

      Dp'fises de crescimento<

      3est'culos e gKnadas<

      ;nflama"&o s%ptica<

      Eiabetes mellitus<  =arca*passo<

      róteses met$licas.

    4 ELETROLIPÓLISE

    A eletrolipólise consiste na aplica"&o de v$rios pares de agulhas finas (4,28mm) e

    longas (58 a G8 cm), ligadas a correntes de baixa intensidade, criando um campo

    el%trico entre elas. Atribui*se ao tratamento uma modifica"&o do meio intersticial, #ue

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    5J

    favorece trocas metabólicas, e ainda YlipóliseZ. A ind?stria de e#uipamentos est%ticos

    criou a Dletrolipoforese com placas, na tentativa de aumentar o mercado de vendas.

    A eletrolipólise terapêutica atua sobre o tecido adiposo destruindo*o e

    eliminando*o. campo el%trico #ue se origina entre os eletrodos ou agulhas provoca

    no local, uma s%rie de modifica"ões fisiológicas #ue s&o respons$veis pelo fenKmeno

    da eletrolipólise.

    fluxo da corrente el%trica atrav%s do tecido con!untivo desenvolve uma

    diferen"a de potencial de a"&o entre os eletrodos #ue s&o proporcionais F resistência

    el%trica do tecido. Dsta diferen"a de potencial altera a permeabilidade da membrana

    celular, por meio da altera"&o da sua polariza"&o. A passagem da corrente el%trica

    entre os tecidos provoca calor localizado (hiperemia), o #ue causa uma rea"&o anti*

    inflamatória e vasodilatadora< com o incremento da circula"&o, s&o intensificadas as

    trocas celulares, a nutri"&o, a elimina"&o de toxinas e produtos da degrada"&o de

    gordura. est'mulo el%trico da corrente de baixa fre#uência promove o est'mulo de

    fibrilas do tecido con!untivo, o #ue resulta na melhora da tonicidade da pele

    (ALDODE, 244I).

    s principais efeitos fisiológicos s&o o efeito de vasodilata"&o, a a"&ohidrolipol'tica caracterizada pelo est'mulo el%trico das termina"ões do sistema

    neurovegetativo simp$tico, desencadeando a libera"&o de adenosina monofosfato

    c'clico (A=) intra*adipocit$rio #ue estimulam a degrada"&o dos triglicer'deos em

    $cidos graxos e glicerol e a a"&o eletrol'tica atrav%s do campo el%trico gerado pela

    corrente #ue induz a uma modifica"&o na polaridade da membrana celular, e a c%lula

    ao tentar manter seu potencial de membrana normal, consome energia.

    6.5 ;0E;A\]D- 

    •  ipodistrofia localizada<

    •  ós*lipoaspira"&o, como complemento da cirurgia<

    •  omplica"ões de Yplacas onduladasZ após a lipoaspira"&o<

    •  tose abdominal e de n$degas.

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    6.2 03/A;0E;A\]D-C

    •  3ranstornos card'acos<

    •  róteses met$licas<•  =arca*passo<

    •  9esta"&o<

    •  ;nsuficiência renal<

    •  3rombose venosa profunda<

    •  atologias ginecológicas<

    •  :tiliza"&o de corticoides, anticoagulantes e progesterona<

    •  0eoplasias<

    •  Altera"ões dermatológicas na $rea a tratar<

    •  Dpilepsia.

    5 CORRENTE GALVÂNICA / POLARIZADA

    B uma corrente unidirecional, ou se!a, a#uela em #ue os el%trons se

    movimentam sempre no mesmo sentido e permanece constante. Dm fisioterapia

    est%tica essa corrente % aplicada em desincrusta"&o, iontoforese T ioniza"&o,

    eletrolifting e eletrólise.

    A aplica"&o das correntes polarizadas para tratamento de diversas patologias %

    utilizada desde a descoberta da eletricidade. -abe*se #ue a polaridade fixa nas

    correntes pode trazer in?meros benef'cios como hidrata"&o, aumento do aporte

    circulatório no polo negativo, bem como vasoconstri"&o e analgesia no polo positivo.M$ a iontoforese aproveita as correntes polarizadas para a penetra"&o de cosm%ticos

    #ue possuem subst+ncias polares. As correntes galv+nicas e diadin+micas s&o

    utilizadas para realizar a iontoforese.

    M$ existem v$rios estudos comprovando #ue a corrente polarizada pode auxiliar

    na penetra"&o de produtos ionizados. ;sso traz in?meros benef'cios ao paciente como

    aplica"&o localizada, diminui"&o da a"&o sistêmica do medicamento e diminui"&o de

    problemas gastrointestinais.

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    0a $rea da fisioterapia dermatofuncional, a iontoforese com cosm%ticos %

    usada como coad!uvante no tratamento da gordura localizada, lipodistrofia ginóide,

    cicatrizes hipertróficas e #ueloides.

    8.5 ;0E;A\]D-C

    •  idrata"&o profunda da pele<

    •  enetra"&o de subst+ncias com propriedades espec'ficas (iontos ou s%runs)<

    •  /edu"&o do tecido adiposo<

    •  Ativa"&o da circula"&o venosa e linf$tica<

    •  Aumento da elimina"&o de l'#uidos.

    8.2 03/A;0E;A\]D-C

    •  -obre feridas<

    •  róteses met$licas<

    •  =arca*passo<

    •  9ravidez<

    •  ardiopatias<

    •  Dpilepsia<

    •  +ncer<

    •  ;nfec"ões dermatológicas.

    De!"#$%&'()* + % o procedimento de emulsionar e retirar superficialmente o excesso

    de sebo incrustado na pele, atrav%s de corrente galv+nica, transformando*o em sab&o

    atrav%s do produto. B usada em limpeza de pele e prepara"&o para introdu"&o por

    iontoforese de subst+ncias ativas.I*"&*,*$ee / I*"!-'()* +  % o processo pelo #ual fazemos penetrar rapidamente

    subst+ncias hidrossol?veis, ativas e eletricamente carregadas, atrav%s da pele,

    formando um circuito #ue se fechaC cliente e produtos de tratamento.

    Ee&$*!,&!" +  designa um tratamento #ue tem como finalidade produzir um

    levantamento da pele e estruturas ad!acentes para prevenir rugas, flacidez e

    envelhecimento cut+neo. 3amb%m chamado de galvanopuntura ou microgalv+nica.

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    Ee&$0!e +  (dissocia"&o) fenKmeno pelo #ual as mol%culas se dividem em seus

    diferentes componentes #u'micos, pelo fato de #ue cada um deles leva consigo uma

    carga el%trica diferente.

    ELETROESTIMULAÇÃO/CORRENTE RUSSA

    A flacidez propriamente dita % provocada pela perda de elementos do tecido

    con!untivo, como fibroblastos, elastina e col$geno. Dsta perda faz com #ue a rede de

    elementos se torne menos densa, tirando a firmeza entre as c%lulas. problema da

    flacidez muscular e dos tecidos gera pontos antissim%tricos. s tecidos se afrouxam,

    caem e sofrem envelhecimento precoce.

    Al%m dos exerc'cios f'sicos, outro recurso utilizado para o aumento da massa

    muscular % a eletroestimula"&o neuromuscular, atrav%s da corrente russa #ue vem

    ampliando seus estudos em rela"&o F fisioterapia dermatofuncional, mostrando

    resultados favor$veis no tratamento da flacidez muscular.

    Dxistem v$rios relatos na literatura, #ue incluem resultados satisfatórios do uso

    da eletroestimula"&o para melhora da #ualidade da fun"&o muscular. s ob!etivos da

    t%cnica incluemC manter a #ualidade e #uantidade do tecido muscular, recuperar a

    sensa"&o de tens&o muscular, aumentar ou manter for"a muscular, e estimular o fluxo

    de sangue no m?sculo. aumento da for"a muscular com eletroestimula"&o pode ser

    alcan"ado em pouco tempo e este fortalecimento se d$ artificialmente (amargo et al,

    5JJI< oogland, 5JII)

    -egundo /obinson ^ -n_der*=ac`ler (2445), atualmente a corrente russa pode

    ser definida com uma corrente alternada de m%dia fre#uência, #ue pode ser modulada

    por Yra!adasZ (bursts) e % utilizada com fins excitomotores.

    orrentes alternadas com fre#uências entre 2444 e 6444 z, onde est$

    en#uadrada a corrente russa, s&o utilizadas por serem relativamente agrad$veis,

    dificilmente ferem a pele, e causam uma tens&o m$xima no m?sculo #uando usadas

    com intensidade suficiente.

    -egundo -ivini ^ ucena (5JJJ), a estimula"&o el%trica constitui um m%todo

    eficaz no fortalecimento muscular tanto em pacientes saud$veis como em pacientesno pós*operatório. roduz melhores resultados do #ue um trabalho constitu'do apenas

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    2

    por exerc'cios. ombinada com a contra"&o muscular ativa, o uso da eletroestimula"&o

    provê resultados muito superiores aos exerc'cios isolados.

    G.5 ;0E;A\]D-C

    •  1ortalecimento de m?sculos fl$cidos (hipotKnicos), visando seu enri!ecimento<

    •  /elaxamento de m?sculos tensos (hipertKnicos)<

    •  =odelagem do volume muscular<

    •  =anuten"&o da normalidade da pele e m?sculos (trofismo e tKnus)<

    •  3ratamentos para re!uvenescimento e preven"&o de flacidez epicut+nea<

    •  /ecupera"&o pós*operatória tardia.

    G.2 03/A;0E;A\]D-

    •  Dxtremos de idade<

    •  Dstados febris<

    •  eles com inflama"&o<

    •  eles hipersens'veis<

    •  roblemas circulatórios<

    •  ardiopatias<

    •  ipertens&o arterial<

    •  Dpil%pticos<

    •  9estantes<

    •  rótese met$lica<

    •  /egi&o glandular e precordial<

    •  Ad!acente a feridas.

    MICROCORRENTE

    A microcorrente % uma corrente polarizada #ue utiliza baix'ssima amperagem,

    acelerando em at% 8447 a produ"&o do trifosfato de adenosina (A3), sendo essa

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    mol%cula a grande respons$vel pela s'ntese prot%ica e regenera"&o tecidual devido a sua

    participa"&o em todos os processos energ%ticos da c%lula. Dm teoria, o tecido saud$vel % o

    resultado do fluxo direto de correntes el%tricas pelo organismo. uando o tecido %

    lesionado, esse fluxo % alterado no local, sendo assim a corrente el%trica pode estimular a

    repara"&o tecidual. uso da terapia com microcorrentes, sobre lesões cut+neas, tem o

    ob!etivo de normalizar o fluxo de correntes, ob!etivando o reparo e minimizando a dor.

    A estimula"&o de c%lulas vivas, por correntes el%tricas de baixa intensidade

    (Estimulação Neuromuscular por Microcorrente Elétrica, =D0- da sigla inglesa) afeta

    diretamente os potenciais de membranas #ue est&o associados ao gradiente de

    concentra"&o de 'ons na membrana celular. Oerificou*se ainda #ue a aplica"&o de

    microcorrentes possui um efeito biológico similar Fs mudan"as no gradiente de

    concentra"&o de 'ons #ue levam ao aumento da s'ntese de A3 num primeiro momento,

    seguido do aumento na s'ntese de prote'nas (D09 et al., 5JI2< -A03- et al., 2446). 0a

    literatura, evidências cl'nicas mostram #ue a restaura"&o de tecidos conectivos d%rmicos e

    subd%rmicos podem ser aceleradas por interm%dio da aplica"&o externa de uma corrente

    el%trica de baixa intensidade (0D-0 et al., 244).

    RADIOFREUNCIA

    Figuras 2 e 3: Desenho esquemático mostrando a modalidade multipolarda radiofrequência: três ou mais eletrodos trabalhando centrados entre sicom alternância de polaridade entre eles, resultados num aquecimentohomogêneo em diferentes camadas da pele. 

    A radiofre#uência % um tipo de corrente de alta fre#uência #ue gera calor por

    convers&o, atingindo profundamente as camadas tissulares promovendo a oxigena"&o,

    nutri"&o e vasodilata"&o dos tecidos. A convers&o se refere F passagem da

    radiofre#uência com comprimento de onda m%trica e centim%trica pelo tecido do

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    indiv'duo #ue se converte em outra radia"&o, calor, cu!o comprimento de onda est$ na

    ordem nanKmetro.

    A radiofre#uência % um radia"&o no espectro eletromagn%tico #ue gera calor

    compreendida entre 4 Uz e 44 =z. Dsse tipo de calor alcan"a os tecidos maisprofundos gerando energia e forte calor sobre as camadas mais profundas da pele,

    mantendo a superf'cie resfriada e protegida, ocasionando a contra"&o das fibras

    col$genas existentes e estimulando a forma"&o de novas fibras, tornando*as mais

    eficientes na sustenta"&o da pele.

    A radiofre#uência % indicada em todos os processos degenerativos #ue

    impli#uem na diminui"&o ou retardo do metabolismo, irriga"&o e nutri"&o, sendo em

    geral em patologias crKnicas. 3amb%m % indicado por provocar aumento da

    vasodilata"&o e irriga"&o abaixo da zona tratada, al%m da oxigena"&o e nutri"&o dos

    tecidos.

    s efeitos t%rmicos da radiofre#uência provocam a desnatura"&o do col$geno

    promovendo imediata e efetiva contra"&o de suas fibras, ativando fibroblastos

    ocorrendo a neocolageniza"&o alterada em di+metro, espessura e periodicidade,

    levando a reorganiza"&o das fibras col$genas e subse#uente remodelamento do

    tecido.

    -egundo oW e /eed (2445) e /onzio (244J), a passagem de uma

    radiofre#uência pelo tecido pode produzir uma s%rie de fenKmenos #ue derivam do

    aumento de temperatura, estes s&o trêsC vibra"&o iKnicaC os 'ons est&o presentes em

    todos os tecidos, ao serem submetidos a uma radiofre#uência vibram F fre#uência da

    mesma gerando fric"&o e colis&o entre os tecidos ad!acentes produzindo um aumento

    de temperatura, esta % a forma mais eficiente de transformar energia el%trica em calor

    rota"&o das mol%culas dipolares.

    A energia penetra em n'vel celular em epiderme, derme e hipoderme e alcan"a

    inclusive as c%lulas musculares. uando passa pelos tecidos, a corrente gera uma

    ligeira fric"&o ou resistência dos tecidos com passagem da radiofre#uência, produzindo

    uma eleva"&o t%rmica da temperatura tissular. 0o momento #ue o organismo detecta

    uma maior temperatura #ue o fisiológico, aumenta a vasodilata"&o com abertura dos

    capilares, o #ue melhora o trofismo tissular, a reabsor"&o dos l'#uidos intercelularesexcessivos e o aumento da circula"&o. om isso, ocorre um ganho nutricional de

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    2G

    oxigênio, nutrientes e oligoelementos para o tecido, influenciado pela radiofre#uência,

    com uma melhora no sistema de drenagem dos res'duos celulares (toxinas e radicais

    livres). Dstes efeitos proporcionam a possibilidade de fortalecer a #ualidade dos

    adipócitos, provocando lipólise homeost$tica e produ"&o de fibras el$sticas de melhor#ualidade, atuando nos fibroblastos e em outras c%lulas.

    efeito Moule % o principal efeito t%rmico da radiofre#uência ao atravessar o

    organismo efetuando a produ"&o de calor. Eo efeito t%rmico ocorre outro efeito #ue %

    a vasodilata"&o perif%rica local. Eevido ao calor gerado, consegue*se um aumento do

    fluxo sangu'neo e, portanto se produz uma melhora do trofismo, da oxigena"&o e do

    metabolismo celular.

    B contraindicado o uso da radiofre#uência em indiv'duos com transtorno de

    sensibilidade, com o uso de metais intraorg+nicos, osteoss'nteses, implantes el%tricos,

    marcapasso, sobre gl+ndulas #ue provo#uem aumento de hormKnio, gr$vidas, em

    focos infecciosos, pacientes #ue este!am ingerindo vasodilatadores ou anticoagulante,

    hemof'licos e em indiv'duos com processos febris. B recomendado n&o aplicar

    simultaneamente com outros aparelhos de eletroterapia e tamb%m retirar correntes,

    aparelhos eletrKnicos e elementos met$licos de perto do aparelho.

    A radiofre#uência de forma n&o ablativa, promove o aumento da elasticidade

    de tecidos ricos em col$geno, pois aumentos leves de temperatura, a partir de 8 a G

    da temperatura da pele, aumenta a extensibilidade e reduz a densidade do col$geno,

    melhorando patologias como o fibroedema geloide e fibroses pós*cirurgia pl$stica,

    entretanto, aumentos maiores de temperatura e manuten"&o em 64 durante todo o

    per'odo de aplica"&o diminuem a extensibilidade e aumenta a densidade do col$geno,

    conseguindo assim melhorar a flacidez da pele, promovendo a diminui"&o da

    elasticidade em tecidos ricos em col$geno. Dste efeito % denominado lifting pela

    radiofre#uência.

    I.5 A--;1;A\

    A radiofre#uência pode ser classificada #uanto F #uantidade de eletrodos e

    #uanto F forma de radia"&o transmitida.

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    2>

    I.5.5 uantidade de eletrodo

    a)  =ono ou unipolaresC somente um eletrodo se insere no circuito com o

    e#uipamento e com o paciente funcionando como terra. -&o menos fre#uentes

    no mercado.

    :nipolar =onopolar

    b)  SipolaresC s&o usados 2 eletrodos, um como dispersivo (maior) e outro como

    ativo (menor). Dstes podem estar separados ou contidos numa ?nica manopla.

    modelo com eletrodo dispersivoC a manopla bipolar % acompanhada de uma placarepresentando o eletrodo dispersivo.

    Eebaixo do eletrodo dispersivo n&o h$ aumento de temperatura, mas esse fato n&o

    implica ausência de efeitos biológicos at%rmicos.

    c)  3ri*tetra*hexa*multipolarC varia a #uantidade de eletrodos no cabe"ote, os

    #uais est&o dispostos coplanarmente.

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    2I

    I.5.2  uanto A 1orma Ee /adia"&o 3ransmitida

    a)  ;ndutivaC % considerada bastante ultrapassada e n&o % usada nos aparelhos

    atuais de radiofre#uência em dermato*funcional.

    b)  apacitivaC maioria dos e#uipamentos com aplicadores bipolar sendo o

    eletrodo ativo isolado mediante um diel%trico, formando um capacitor.

    capacitor tem a fun"&o de armazenar cargas para liber$*las #uando o

    ac?mulo de voltagem superar a capacidade do isolante utilizado.

    c)  /esistivaC o eletrodo ativo % um condutor met$lico, formando assim uma

    resistência e n&o um capacitor. onsegue*se um aumento da temperatura

    com facilidade mesmo em tecidos com baixa hidrata"&o por causa docondutor presente

    I.2 =DA0;-=- ED A\ EA /1 0- 3D;E- :=A0-

    modelo de a"&o da radiofre#uência % de um condensadorC 2 placas

    condutoras e entre estas 2 placas existe um isolante el%trico, formando um

    diel%trico entre as placas pela passagem da corrente el%trica alternada de alta

    fre#uência.

    corpo humano % um condutor de segunda classe, a#uele em #ue o

    transporte da corrente em duplo sentido se produz pelo deslocamento f'sico

    dos 'ons atrav%s de um l'#uido intra e extracelular. D o corpo humano tamb%m

    funciona como um condensador, cada c%lula % o exemplo mais comum de

    condensador, pois % constitu'da por um isolante el%trico (membrana plasm$tica

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    2J

    fosfolip'dica) e dois meios condutores (citoplasma e l'#uido extracelular), sendo

    os dois condutivos ricos em l'#uidos e 'ons.

    Dnt&o a radiofre#uência funciona pela aplica"&o de um condensador

    externo (cabe"ote aplicadorTmanopla do e#uipamento) #ue emite correnteel%trica alternada de alta fre#uência formando um campo eletromagn%tico #ue

    gera calor em contato com os condensadores internos (c%lulas e meio

    extracelular). A convers&o da corrente em calor se d$ pelo movimento de

    atra"&o e repuls&o entre os 'ons ou cargas, com a vantagem de conseguir maior

    penetra"&o nos tecidos, com efeitos mais profundos e respostas fisiológicas

    mais eficazes do #ue outras formas de calor N condu"&o e convec"&o.

    As oscila"ões criadas agitam as mol%culas e exercem efeitos sobre os

    componentes alterados do tecido N microcircula"&o arterial, venosa e linf$tica,

    membrana celular e col$geno espec'fico N por #ue ree#uilibram eletricamente o meio

    intra e extracelular. A atividade biológica da corrente alterna el%trica de alta

    fre#uência e seu campo eletromagn%tico se manifesta pelo efeito energ%tico e efeito

    t%rmico. efeito de implemento de energia nas c%lulas facilita as rea"ões #u'micas,

    aumenta a troca de 'ons e transforma AE em A3 (energia dispon'vel). efeito

    t%rmico pelo cho#ue de 'ons no meio diel%trico #ue se forma gera a hipertermia local

    com aumento na microcircula"&o arterial, aumento no aporte de oxigênio e nutrientes,

    aumento na reabsor"&o de catabólitos pela drenagem venosa e linf$tica e

    reorganiza"&o estrutural das fibras con!untivas, principalmente o col$geno.

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    4

    A radiofre#uência a#uece a derme e o tecido adiposo sem a#uecer a epiderme.

    efeito t%rmico varia em rela"&o F superf'cie do eletrodo ativo, tempo de exposi"&o F

    radiofre#uência, concentra"&o de eletrólitos, grau de hidrata"&o (lembrar #ue a $gua %

    o melhor meio de condu"&o), p e imped+ncia do tecido a ser tratado. Aspropriedades t%rmicas e el%tricas do tecido podem variar de um indiv'duo a outro e de

    uma regi&o para outra, dependendo da esp%cie, da idade, p, concentra"&o de

    eletrólitos endógena e atmosf%rica, concentra"&o e orienta"&o das fibras con!untivas e

    grau de hidrata"&o. onse#uentemente vai variar a temperatura m$xima atingida no

    tecido e o tempo para alcan"ar esta temperatura, assim como tamb%m vai variar a

    #uantidade de contra"&o do tecido pela combina"&o dos efeitos fisiológicos, do calor

    local e do estresse mec+nico da manopla durante a aplica"&o (deslizamento com

    press&o).

    A aplica"&o da radiofre#uência, levando em conta as propriedades

    termoel%tricas dos tecidos e o a#uecimento, gera maior ou menor agita"&o molecular

    entre os dipolos, com deslocamento de part'culas carregadas, oscila"&o em alta

    velocidade de mol%culas, dese#uil'brio el%trico das membranas plasm$ticas, rota"&o

    das mol%culas de $gua e uma onda de condutividade da energia t%rmica #ue seespalha pelos tecidos ad!acentes. 0este n'vel de rea"ões % produzida uma les&o

    t%rmica controlada, tamb%m chamada termólise seletiva #ue pode levar a uma

    retra"&o do tecido pela #uebra de estrutura terci$ria do col$geno, #uebra da fibrose

    ou septos fibrosos e libera"&o de triglic%rides. -eguidamente, h$ uma resposta

    inflamatória com hiperemia (aumento da microcircula"&o arterial), migra"&o de

    fibroblastos para a $rea para a neocolagênese (forma"&o de novo col$geno), refor"o

    do col$geno pr%*existente, capta"&o de catabólitos e est'mulo F drenagem linf$tica

    para reabsor"&o do edema reflexo F vasodilata"&o pelo calor.

    A desnatura"&o da fibrose e a lise de adipócitos, somadas ao estresse mec+nico

    do deslizamento da manopla e a"&o de drenagem linf$tica, melhoram as protusões,

    retra"ões e ptoses subdermais #ue caracterizam a gordura localizada, a flacidez e a

    celulite por#ue descomprimem os tecidos. A $rea tratada recupera a sua integridade

    estrutural e normaliza"&o do relevo pelo depósito de um tecido con!untivo ou novo

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    col$geno mais alinhado, el$stico, denso e mais hidratado. Dsta % a etapa de repara"&o

    e cicatriza"&o seguidas F inflama"&o terapeuticamente induzida pelo calor.

    osteriormente, adv%m o per'odo de matura"&o do novo col$geno, provocando

    uma contra"&o e alinhamento dos novos tecidos cada vez mais duradoura e eficaz.

    resultado torna*se de imediato (efeito YinderelaZ) para duradouro e mais

    permanente (efeito lifting, re!uvenescimento). ;sso !ustifica os efeitos na celulite,

    fibroses, aderências teciduais, cicatrizes e flacidez de pele. Dssa nova matriz de tecido

    con!untivo refor"a a camada fibrosa natural entre a por"&o profunda da derme e o

    tecido subcut+neo, oferecendo sustenta"&o e firmeza aos tecidos fl$cidos. $

    libera"&o de triglic%rides pelos adipócitos com diminui"&o volum%trica nestes,

    favorecendo o contorno corporal pela diminui"&o de medidas localizadas. A rupturados septos fibrosos da D1D (YceluliteZ) favorece o nivelamento do relevo e melhora a

    textura da pele. s adipócitos s&o altamente termol$beis e o supera#uecimento

    favorece a libera"&o de triglic%rides.

    I. D1D;3- S;1-;- T 1;-;P9;-

    3D/=;A=D03D ;0E:L;E- DA /AE;1/D:0;A

    -&o 2 tipos de efeitos sobre o col$genoC

    '6 E,e!&* 7$!89$!*: termocontração do colágeno

    * uma contra"&o imediata pela modifica"&o na conforma"&o da estrutura terci$ria

    (tridimensional) para estrutura secund$ria (linear) N realinha o col$geno.

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    A capacidade de retra"&o do col$geno com a energia t%rmica n&o % um

    conceito novo na $rea m%dica. As fibras de col$geno s&o constitu'das por uma tripla

    h%lice de prote'na com pontes de hidrogênio entre as cadeias.

    Dstudos indicam #ue as fibrilas de col$geno, #uando a#uecidas a uma

    temperatura correta por um determinado tempo, #uebram as pontes de hidrogênio

    intramolecular, o #ue induz a uma imediata contra"&o do tecido e seu espessamento.

    A temperatura profunda entre 8>*G5 % fre#uentemente citada como a

    temperatura de retra"&o do col$geno. Dste conceito % extremamente atraente se

    puder ocorrer com m'nimo ou mesmo sem nenhum dano epid%rmico. A contra"&o

    imediata do col$geno pode ser induzida por razões est%ticas como re!uvenescimento,

    tratamento de flacidez de pele ou outros sinais de envelhecimento no rosto ou corpo.

    sucesso do tratamento ocorre #uando a temperatura na superf'cie da pele %

    uniforme e em torno de 64 a 62, reproduzindo por concentra"&o de energia uma

    temperatura mais alta na profundidade onde est$ o col$geno na derme.

    ;6 E,e!&* e#%"

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    :ma les&o t%rmica controlada pode resultar numa retra"&o tecidual seguida

    por uma resposta inflamatória acompanhada pela migra"&o de macrófagos e

    fibroblastos para o local tratado com conse#uente remodelagem tecidual.

    tratamento com a radiofre#uência promove o disparo de uma cascata de sinaliza"&oenvolvendo mediadores do processo de reparo e regenera"&o tecidual #ue envolve a

    produ"&o de fatores de crescimento e outras prote'nas estruturais. A ativa"&o de

    fibroblastos induz a s'ntese natural de novas fibras de col$geno (neocolanogênese) e

    de fibras el$sticas (neoelastogênese). Dsse processo de cicatriza"&o secund$ria envolve

    a deposi"&o e remodela"&o do col$geno assim como da elastina e pode perdurar por

    meses.

    A neocolagênese % conse#uência da indu"&o, pelo calor, da libera"&o das eat

    -hoc` roteins (-) N prote'nas de cho#ue t%rmico. A fun"&o das -s, prote'nas

    comuns Fs c%lulas, % preservar ou degradar as prote'nas #ue s&o desnaturadas pelo

    efeito de uma situa"&o de estresse ao tecido, como o calor. As -s s&o agregadas Fs

    prote'nas alteradas pelo calor para evitar a reorganiza"&o anKmala dos amino$cidos

    #ue se desprenderam e desta forma d$ manuten"&o Fs cadeias pept'dicas para #ue,

    cessado o estresse, esses amino$cidos possam retornar F sua integridade normal erecuperar suas propriedades, reorganizando*se nas cadeias pept'dicas originais e

    realinhadas. As -s tamb%m podem marcar os amino$cidos degenerados para

    posterior destrui"&o.

    -&o as -s #ue iniciam, ent&o, o processo de repara"&o do tecido con!untivo,

    pois a -*6> % uma prote'na precursora para forma"&o do col$geno. elo calor na

    aplica"&o da radiofre#uência, % induzida a libera"&o da -*6> pelo ret'culoendoplasm$tico e desta prote'na depende a forma"&o da tripla h%lice do col$geno. Ao

    ser liberada a -*6> pelo calor os fibroblastos a reconhecem como um acelerador da

    produ"&o de matriz extracelular e inicia a s'ntese do novo col$geno.

    I.6 A/A3D/-3;A- E- D:;A=D03- ED /AE;1/D:0;A

    ;ndependente do modelo da manopla do e#uipamento, existem sempre 2

    eletrodos ou 2 pólos (positivo e negativo) fechando o circuito el%trico para permitir a

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    passagem da corrente, transferindo tensões el%tricas na $rea do corpo onde a

    manopla % deslizada.

      om eletrodos met$licosC acoplamento direto do metal ao corpo do cliente N

    radiofre#ência tipo resistiva =e$&!> ?@LD6 L!8!"e ?=TM6 

      om eletrodos met$licos isoladosC o metal est$ isolado por camada de silicone

    n&o ocorrendo acoplamento direto do metal ao corpo do cliente N

    radiofre#uência tipo capacitiva eTou indutiva B =**e ?IRAMED6

    uso do 3D/==D3/ % o principal referencial se a potência selecionada % a

    ideal ou n&o, al%m, % claro, das informa"ões sensoriais do paciente e da hiperemia

    estimulada (vis'vel). A aferi"&o constantemente repetida da temperatura superficial da

    pele % essencial para a aplica"&o com seguran"a da terapia por radiofre#uência. A

    dist+ncia ideal de leitura varia entre 8 e 54 cm de dist+ncia da pele no modo YsurfaceZ.

    I.8 ;0E;A\]D- 0;A-C

    •  /e!uvenescimento e tensionamento da pele fl$cida

    •  /edu"&o da celulite

    •  /edu"&o de gordura localizada

    •  =elhora na aparência das cicatrizes e aderências

    •  3ratamento da flacidez de pele e flacidez pós*lipoaspira"&o•  3ratamento de cicatrizes de acne

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    •  3ratamento de estrias

    •  3ratamento de fibroses pós*operatórias

    I.G 03/A ;0E;A\]D- AS-:3A-

    •  3umores malignos (neoplasias T c+nceres ou met$stases)

    •  Eispositivo eletrKnico implantado

    •  Aparelhos auditivos

    •  9ravidez

    0otaC As pessoas portadoras de marcapasso, aparelhos auditivos, implantes

    eletrKnicos em geral e gestantes, portanto, n&o devem permanecer nas vizinhan"as doe#uipamento de radiofre#uência #uando ligado.

    •  3uberculose

    •  1ebre

    •  Artrite reumatoide

    •  :so recente de isotretino'na (inferior a um ano)

    •  -obre materiais preenchedores da derme ou aplica"&o de toxina botul'nica

    •  ele irritada por acne, f'stula ou outra condi"&o adversa e doen"as

    dermatológicas T dermatites

    •  acientes ;munodepressivos

    •  =enores de 5I anos

    •  -obre $rea card'aca

    •  rocedimentos cir?rgicos sem completa cicatriza"&o ou #ueloides

    I.> 03/A ;0E;A\]D- /DA3;OA-

    •  =etais implantados (próteses met$licas T endopróteses T inclusive dent$rios)

    •  Eoen"as crKnicas sistêmicas

    •  Altera"ões de sensibilidadeT neuropatias

    •  /emo"&o de lentes de contato

    •  3ecidos is#uêmicos

    •  Eist?rbios circulatórios ou doen"as vasculares

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    >

    REFERNCIAS ILIOGRFICAS

    5.  9uirro D, 9uirro //M. F!!*&e$'7!' De$8'&*F%"#!*"': ,%"

    .  /amalho A3, urvelo -. S%;&J"#!' #*8e&**!#'8e"&e '#&!K' C'$'#&e$!-'()*I"

    6.  S/9D-, 1abio dos -antos. M*

    >.  -3DD0-0, /ebecca 9< 00/, inda M. F!!*&e$'7!' A7!#'

    54.  SD0DED33;, 3. /. S.< ;0, /. A.< /A=-, O. =. D*;$' C%&J"e'. ;nC D3/-U;, D.. A"&$*7*8e&$!': 3%cnicas e adroniza"ões. orto AlegreC alloti, cap , p. 8*8>,5JJJ.

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    I

    55.  S/D;, -. -.< DD9/;0, E. 9.< =AD;, A. S. A7e#&* Ge$'!

    3ecnologia (:0;=D), Apostila, 5JJ2.

    5.  ;/U;0, .< A-A . . . A&%'!-'()* Te$'7%&!#' e F!!*7'&*"!#'

    5G.  1A/;A-, A. =. -. 3. Pee e A"e>*. ;nC =A;, =. T$'&'

    auloC /oca, O. 5., cap 55, p. 25J*22, 2446.

    2.  =A/3;0-, =, .< D-, =. A. Pe$8e&$*. ;nC D3/-U;, D. . A"&$*7*8e&$!':3%cnicas e adroniza"ões. orto AlegreC alloti, cap 6, p. GJ*IG, 5JJJ. 

    26.  =cA/ED, @. E.< UA3. 1. ;.< UA3, O. . F!!**!' e$##!*: Dnergia,0utri"&o e Eesempenho umano. 6.ed. /io de ManeiroC 9uanabaraTUoogan,5JJI.

    28.  /A3D-, 0. D. O. S.< /A3D- 1;, M. .< /A3D-, M. . Te#!

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    J

    2G.  -E/B, . 3.< AL:AV, E. /.< AL:AV, /. E. A Pee + E&$%&%$' F!!**!' eE8;$!**!'. ;nC AL:AV, /. E.< AL:AV, E. /. De$8'&**!'. .ed. /io de ManeiroC9uanabaraTUoogan, cap 5, p. 5*56, 2446. 

    2>.  -/;A0, =. . E.< S:-:D3-, M. . O. M*"*$9,!#* *;$e Ce%!&!. Sarcelona,Dspanha, 5JJ4.

    2I.  V:09, -.Te$'7!' #*8 %&$'*8. ;nC U;3D0, -. Ee&$*&e$'7!'C r$tica baseadaem evidências. 55.ed.< -&o auloC =anole, 244. ap. 56, p$g. 255 N 22J.

    2J.  @, Mohn< /DDE, Ann. Ee&$*&e$'7!' e>7!#'

    .  O;, Adriana Aparecida Apolari et al. A"9!e

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    G.  M0-0, E..< 3/:/-30, .^ A-/13, .M. 5J>>. Te $%!'" &e#"!%e *,,'$'

    e"