Revista PlásticoSul #90

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Ed. 90 da Revista Plástico Sul, a melhor revista técnica sobre plástico do Sul do Brasil. Artigos, reportagens e entrevistas técnicas sobre as maiores empresas do ramo petroquímico

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a série das entrevistas exclusivas a revista Plás-

tico Sul apresenta mais um peso pesado do se-

tor petroquímico: Augusto Di Donfrancesco. Pri-

meiro foi Vítor Mallman, da Quattor, depois José Carlos

Grubisich, da ETH e agora a repórter Melina Gonçalves

desvenda os segredos da Solvay Indupa em uma conver-

sa interessante com o CEO da empresa. Ele abre o jogo

sobre a Solvay, uma companhia de 145 anos de atuação com os olhos sempre

voltados ao futuro, focado na produção sustentável.

O Grupo está por trás da Solvay Indupa, empresa líder na produção de

PVC e soda cáustica no Mercosul, que anunciou este ano grandes investi-

mentos em expansões e ações voltadas à sustentabilidade. São US$ 135

milhões destinados à ampliação da capacidade de produção das plantas de

PVC, VCM e Soda Cáustica. Outro passo importante será uma planta de etileno

via etanol, produzido a partir da cana-de-açúcar, integrada à Unidade de

VCM e permitirá a produção do PVC Verde.

A edição também apresenta uma interessante abordagem sobre a

preocupação com o meio ambiente e a reciclagem, em busca de uma

produção “limpa”. Também merecem destaque a prévia da Feiplar & Feipur,

a inauguração do Centro de Distribuição da Deb’Maq em Camanducaia

(MG), o anúncio do investimento da Lanxess na usina de energia que

usará bagaço de cana-de-açúcar, além do novo lançamento da Solid Works.

Mais novidades sobre a Plastech Brasil e Tecnoplast e notícias do setor

na coluna Plástikos e Bloco de Notas. Nota: por questões técnicas a re-

portagem sobre o Plástico na Indústria de Cosméticos e Produtos de

Higiene e Beleza, sairá na próxima edição.

Julio Sortica - Editor

Solvay, meio ambiente ereciclagem: temas essenciaisN

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///Carta ao leitor

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pertinentes à área, entidades representati-

vas, eventos, seminários, congressos,

fóruns, exposições e imprensa em geral.

Opiniões expressas em artigos assinados

não correspondem necessariamente àquelas

adotadas pela revista Plástico Sul. É

permitida a reprodução de matérias

publicadas desde que citada a fonte.

Tiragem: 8.000 exemplares.

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das Editoras de Publicações Técnicas,

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Plástico SulConceitual Press

www.plasticosul.com.brAv. Protásio Alves , 3032 / 303

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Plástico Sul é uma publicação da editora

Conceitual Press, destinada às indústrias

produtoras de material plástico

de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos

Estados da Região Sul e no Brasil,

formadores de opinião, órgãos públicos

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ANATECPUBLICAÇÕES SEGMENTADAS

Elle

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0604 Editorial

/// Carta ao Leitor

06 EntrevistaAugusto Di Donfrancesco,

CEO da Solvay Indupa

20 Destaque/// Meio Ambiente

e Reciclagem

Um tema que em alta

34 EventosFeiplar Composites

& Feipur 2008

Plastech 2009

confirma crescimento

Tecnoplast 2009 terá

rodada de negócios

44 MercadoDeb’Maq inaugura

CD em Minas Gerais

Lanxess investe em

usina sustentável

48 TecnologiaSai a versão Solid

Works 2009 Premium

49 Bloco de NotasNovidades do setor

50 Coluna PlástikosPor Júlio Sortica

/// Plástico Sul # 90 - Setembro de 2008/// Plástico Sul # 90 - Setembro de 2008

São Paulo: Augusto Di Donfrancesco, CEO da Solvay Indupa, concedeu entrevista exclusiva à jornalista Melina Gonçalves

Capa desta edição: além da foto de

Augusto Di Donfrancesco, obra de EllenZurita, temos uma imagem do novo

centro de distribuição da Deb’Maq,gentilmente cedida pela empresa.

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///Augusto Di Donfrancesco///Augusto Di Donfrancesco

Solvay,

Uma empresa de 145 anos de atuação com os olhos sempre volta-

dos ao futuro. Essa é a visão do Grupo Solvay, uma Companhia

dedicada a produtos farmacêuticos, químicos e plásticos. O Grupo

está por trás da Solvay Indupa, empresa líder na produção de PVC e

soda cáustica na Região Mercosul, que anunciou este ano grandes

investimentos em expansões e ações voltadas à sustentabilidade

com o objetivo de consolidar sua competitividade em um mercado

regional e internacional crescente. Até 2010 serão investidos, ao

todo, US$ 300 milhões em ampliações de PVC, VCM e soda cáustica.

Outro passo importante será a instalação de uma planta de etileno

via etanol, produzido a partir da cana-de-açúcar, que será integra-

da à Unidade de VCM e permitirá a produção do PVC Verde.

om escritórios em Buenos

Aires (Argentina) e São Paulo

(Brasil) e dois complexos in-

dustriais, um no Pólo Petroquímico de

Bahía Blanca (ARG) e outro em Santo

André (BRA), a Solvay Indupa empre-

ga mais de 700 pessoas de forma dire-

ta e gerando cerca de 800 empregos

indiretos. É cotada na Bolsa de Comér-

cio de Buenos Aires desde 1961 e tem

listagem autorizada na Bolsa de Valo-

res de São Paulo para oferta pública de

Brazilian Depositary Receipts (BDR’s).

A empresa pertence ao Grupo Solvay,

com sede em Bruxelas (Bélgica), que

está entre os quatro maiores fabrican-

tes mundiais de PVC e é o segundo da

Europa. No mercado de soda cáustica

ocupa o terceiro lugar no ranking mun-

dial e é o primeiro produtor europeu.

No escritório da empresa em São

Paulo (SP), o CEO da Companhia, Au-

gusto Di Donfrancesco, abre o jogo

e relata com detalhes as inúmeras

ações da empresa em prol de um fu-

turo mais sustentável ao planeta e

explica: mais que investimentos, es-

sas ações fazem parte de uma filoso-

fia da Solvay onde a preocupação com

o amanhã é constante. Italiano de

nacionalidade e engenheiro químico

de formação, Di Donfrancesco tem

embasamento quando fala de Solvay.

O executivo está na companhia desde

1987, o que significa que são 21 anos

de experiência dentro deste setor.

Alvo de críticas no passado,

hoje o PVC parece viver em paz com

o meio ambiente, graças a uma ini-

ciativa forte de empresas como a

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por um futuro sustentávelSolvay em desmitificar com embasa-

mentos científicos diversos precon-

ceitos existentes. Na entrevista ex-

clusiva à repórter Melina Gonçalves,

da Plástico Sul, o leitor poderá con-

ferir os investimentos, planos de ex-

pansão, preocupação ambiental, e

outras questões que fazem da Solvay

Indupa uma Companhia que não só

produz PVC, mas fabrica idéias para

tornar o mundo mais sustentável.

Plástico Sul - Além de PVC, quais sãoos outros produtos que a SolvayIndupa oferece ao mercado?Augusto Di Donfrancesco - Essenci-

almente são três: PVC, Soda Cáustica e

Polietileno (PE). A predominância está

no PVC e Soda Cáustica. A escala de PE

hoje está por volta de 80 mil tonela-

das como capacidade, mas estamos

aproveitando entre 30 e 40 mil para

um nicho de clientes muito específi-

co. A marca de polietilenos Solvay está

direcionada a um nicho de mercado

tecnologicamente avançado.

PS - Qual o faturamento da SolvayIndupa Brasil e Argentina?Di Donfrancesco - O faturamento glo-

bal em 2007 é ao redor de US$ 750

milhões, onde 70% está no Brasil e

30% na Argentina e Mercosul. Para

contextualizar é importante dizer que

o Grupo Solvay tem três áreas de ati-

vidade: plásticos, químicos e farma-

cêuticos. A Solvay Indupa está den-

tro da área de plásticos. O Grupo fa-

brica fármacos, peróxidos em Curitiba,

compostos de PVC através da Dacarto

Benvic, polímeros especiais que uma

parte vem de fora do Brasil e revende

aqui através da Solvay Química, e tem

a Energic que faz tanques de com-

bustíveis e outras partes. Então há

uma holding que é a Solvay do Brasil

e várias empresas embaixo do Grupo

Solvay: Solvay Indupa, Solvay Quími-

ca, Dacarto Benvic, Peróxidos do Bra-

sil e Solvay Farma. A maior do Grupo

é a Solvay Indupa.

PS - Qual a importância da SolvayIndupa dentro do Grupo Solvay?Di Donfrancesco - O Grupo Solvay

fatura mundialmente 10 bilhões de

euros. A região sul americana repre-

senta 10% do faturamento, e 80%

da região é da Solvay Indupa. É uma

sociedade que tem um crescimento

muito importante. Em dezembro de

2003 a Solvay Indupa faturava US$

350 milhões, terminamos 2007 com

US$ 750 milhões. Claro que quando

uma Companhia cresce, investe mui-

to. Estamos com um Ebtida de 20%,

o que para uma empresa como a nos-

sa é muito bom.

PS - Qual a capacidade de produçãoda Solvay?Di Donfrancesco - Globalmente temos

mais ou menos 300 mil toneladas de

soda cáustica nos dois países. São 120

mil toneladas produzidas no Brasil e

185 mil toneladas do outro lado. De

PVC são 245 mil em Santo André em

PVC suspensão e emulsão, e em Bahia

Blanca 220 mil de PVC suspensão. Esta

é a situação de hoje.

Por Melina Gonçalves - Especial, de São Paulo - Fotos de Ellen Zurita

“A maior do grupo é a

Solvay Indupa... Em

dezembro de 2003 a Solvay

Indupa faturava US$ 350

milhões, terminamos 2007

com US$ 750 milhões.”

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PS - Quais são os planos de expansãoda Companhia?Di Donfrancesco - A expansão vai

somar 50 mil toneladas a mais de so-

da cáustica no Brasil, passando para

170 mil e aumentar 55 mil tonela-

das de PVC passando de 245 mil para

300 mil toneladas. Estamos gastan-

do nessa primeira fase US$ 165 mi-

lhões em Santo André. Na segunda

fase, prevista para terminar em final

de 2010, vamos passar para 235 mil

toneladas de soda cáustica, 360 mil

de VCM e 350 mil de PVC. Ou seja,

com as duas expansões, até 2010,

Santo André vai ter 105 mil tonela-

das a mais de PVC e 115 mil tonela-

das a mais de soda cáustica. Nessa

segunda fase serão US$ 135 milhões

em investimentos.

PS – Esse processo está inserido den-tro de uma filosofia mais ampla daempresa?Di Donfrancesco - Gostaria de dizer

que não é somente um aumento de

capacidade, mas tem outro sentido.

Existem três pilares para realizar o que

chamamos de crescimento sustentável:

expansão para aumentar a produtivi-

dade; trabalho integrado ou seja, ter

que trabalhar nossa planta de forma

integrada, tendo monômero produzi-

do na mesma planta que se produz PVC,

associando os insumos básicos que na

nossa produção são essencialmente três:

sal, etileno e energia elétrica. Por isso

nosso plano de expansão soma tonela-

das de PVC e soda cáustica, mas ex-

pandindo a produção de VCM, diversi-

ficando os recursos de etileno, princi-

palmente os da central petroquímica.

Na segunda fase de expansão estamos

fazendo uma linha de produção de

etileno a partir da cana-de-açúcar. Se-

rão 60 mil toneladas de bio-etileno,

que produzirão 120 mil toneladas de

PVC verde, composto de sal e açúcar.

PS - Quais os planos da empresa emrelação a energia elétrica?Di Donfrancesco - Outra questão

que estamos agilizando é integrar

uma usina de eletricidade. Desen-

volvemos um projeto de construção

de uma central de geração de ener-

gia elétrica na Argentina, na nossa

planta de Bahia Blanca, com 165 MW,

quer dizer, muito mais energia do

que necessitamos. Essa central atua

em joint venture com uma empreen-

dedora argentina e teremos 58%

dessa sociedade. O restante será ven-

dido ao mercado. Então esse é um

projeto da Argentina, mas estamos

estudando também de participar de

projetos de central hidráulica e

biomassa no Brasil.

PS – E o terceiro pilar, qual o signifi-cado?Di Donfrancesco - O terceiro pilar é

operação sustentável: a verdade é que

cada um tem que fazer a sua parte. Nós

trabalhamos nesse sentido e, toda vez

que fazemos ampliação de capacidade

e up grade tecnológico, vamos nos aten-

tar para uma operação mais “verde”.

Poderíamos ter expandido nossa capa-

cidade com etileno fóssil, mas não, fi-

zemos uma planta que terá custos, mas

abrimos uma segunda via, uma via

agroquímica, de bio-etileno. Podería-

mos continuar expandindo a produ-

ção de soda cáustica através do mer-

cúrio, mas decidimos converter toda a

produção à membrana.

A partir do final desse ano não haverá

mais produção de soda cáustica de

mercúrio, e sim de membrana. A nós

parece importante dizer que não é sim-

plesmente uma expansão de capacida-

de mas uma troca filosófica importan-

te de visão industrial.

PS - O PVC verde é uma ação pioneirano mundo?Di Donfrancesco - O etileno a partir

da cana-de-açúcar para a Solvay é uma

volta ao passado. Estamos construin-

do essa planta de 60 mil toneladas por

ano de etileno, mas em 1962, no mes-

mo lugar, a Solvay inaugurou a primei-

ra planta de etileno a partir do etanol.

Nos anos 80 abandonou-se a produ-

ção do PE verde porque o barril do

petróleo estava mais acessível. Resu-

mindo: temos mais de 40 anos de co-

nhecimento desta tecnologia.

Agora vamos ter um conceito novo es-

pecifico por VCM, uma nova tecnolo-

“Existem três pilares para

realizar o que chamamos

de crescimento

sustentável: expansão...

trabalho integrado e

operação sustentável.”

“Outra questão que agilizamos é

integrar uma usina de eletricidade”

///Augusto Di Donfrancesco

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gia a ser integrada à unidade. Será a

primeira unidade da região, mas não

do mundo, pois já tem uma tecnolo-

gia semelhante na Índia. Não chega a

ter PVC verde porque tem uma produ-

ção muito limitada. Mas o etileno ver-

de hoje está sendo produzido nessa

pequena unidade indiana. Entretanto,

na realidade, o primeiro polietileno

verde foi realizado em 1962. A petro-

química base petróleo em São Paulo

chegou em 1972, e já fazíamos plásti-

cos há 10 anos quando a PQU foi cria-

da, tornando-se a primeira central

petroquímica no Brasil. Nós tínhamos

plásticos a partir do etanol há 10 anos.

PS - Porque esse produto é interes-sante?Di Donfrancesco - Para fazer o PVC é

necessário o petróleo, sal marinho e

energia elétrica. O que estamos fazen-

do é produzir o PVC a partir da cana-

de-açúcar, permitindo economizar

energia. Pois ao não utilizar a maté-

ria-prima do petróleo, mas da cana-de-

açúcar, o processo permite economi-

zar 300 mil toneladas por ano de gás

carbônico.

De toda a maneira o Brasil está limi-

tado na capacidade de etileno na

petroquímica, então fontes renová-

veis serão uma via obrigatória para

continuar o crescimento. Há uma ten-

dência mundial de realizar produtos

acabados com matéria-prima de ori-

gem natural. Então também seguimos

essa linha mundial, valorizando co-

mercialmente um produto conheci-

do no mercado que tem valências

como versatilidade e economia, o que

vai ser fundamental para o crescimen-

to de países emergentes, onde fal-

tam esgotos e casas.

PS - De quanto será o investimentopara a produção de PVC verde?Di Donfrancesco - Essa é uma infor-

“...não é simplesmente

uma expansão

de capacidade, mas

uma troca filosófica

importante

de visão industrial.”

Uma mostra de encanamento

feito com Solvin, da Solvay

Div

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ção/

PS///Augusto Di Donfrancesco

Créditos de carbono: mais umpasso rumo à sustentabilidade

As ações da Solvay Indupa do

Brasil para preservar o meio ambiente

são mais amplas. A empresa recebeu

recentemente US$ 1,4 milhões prove-

nientes da primeira venda de créditos

de carbono originados na unidade

industrial de Santo André (SP/Brasil).

Os créditos de carbono são

oriundos da redução média de 42 mil

toneladas anuais de gases geradores

de efeito estufa. A obtenção dos cré-

ditos só foi possível graças à substi-

tuição de óleo combustível por gás

na alimentação das caldeiras e dos

fornos de pirólise na fábrica de Santo

André.

A Solvay Indupa (signatária do

Programa de Atuação Responsáve l-

Responsible Care) é a primeira empre-

sa do Pólo Petroquímico do Grande

ABC (São Paulo, Brasil) a obter crédi-

tos de carbono no âmbito do Proto-

colo de Kyoto.

“Estamos implementando nossa

estratégia de crescimento sustentá-

vel por meio de um conjunto de in-

vestimentos e ações focadas na efici-

ência tecnológica e na implantação

de processos inovadores. O objetivo

é garantir a sustentabilidade do nos-

so negócio e do meio ambiente da

forma mais ampla possível”, ressalta

Augusto Di Donfrancesco, CEO da

Solvay Indupa.

O projeto da planta de etileno,

baseado em etanol, fabricado a partir

da cana-de-açúcar, o que permitirá

produzir o primeiro PVC “verde” na

região, previsto para a segunda me-

tade de 2010, também credencia a

empresa a requerer novos créditos de

carbono num futuro próximo.

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mação reservada, mas posso dizer que

a segunda fase de expansão, que con-

tém a construção de 60 mil toneladas

de etileno, a expansão de PVC e a ex-

pansão de soda, compreende em US$

135 milhões.

PS - Existe a intenção de, no futuro,realizar a substituição total do PVCdo petróleo para o PVC verde?Di Donfrancesco - Isso será progres-

sivo e vai depender de como e quanto

cresce o mercado e como ele irá rece-

ber essa novidade. O Brasil consome

por ano aproximadamente 1 milhão de

toneladas de PVC. Para nós está claro

que todas a novas expansões de capa-

cidade serão de PVC verde.

Quando vamos passar toda a capaci-

dade de produção para bio-etileno vai

depender da oportunidade, da dispo-

nibilidade de etanol, e outros fatores.

É certo que onde pudermos substituir

a matéria–prima fóssil pela renovável

sempre optaremos pela renovável.

PS - Qual será o consumo aparentede PVC para 2008?Di Donfrancesco - O ano de 2008 es-

tava muito forte, eu acreditava num

aumento em torno de 20% em relação

a 2007. Entretanto, nenhum lugar do

mundo está imune à crise global que

está acontecendo e nada pode ser pre-

visto. Atualmente, arriscaria que o ano

vai terminar com pelo menos 10% a

mais do que 2007.

PS - Qual o market share da SolvayIndupa?Di Donfrancesco - Estamos entre 30 e

40% no Brasil e entre 60 e 80% na

Argentina.

PS - Como funciona o processo co-mercial e de distribuição da SolvayIndupa?Di Donfrancesco - Trabalhamos de for-

ma direta. Temos um único distribui-

dor oficial no Brasil e o restante ven-

demos direto. Temos nossa equipe co-

mercial no Brasil e Argentina.

Bahia Blanca exporta 40% da sua pro-

dução e seu destino é Brasil, Uruguai,

Paraguai, Bolívia e Chile. Já a produ-

ção de PVC de Santo André (SP) é toda

destinada ao mercado interno.

PS - Qual a matéria-prima que maiscompete com PVC?Di Donfrancesco - A maior parte da

produção de PVC é destinada ao setor

de construção. Nesse segmento, os

outros materiais utilizados que com-

petem são o alumínio e polietileno. Nas

janelas, principalmente, o PVC tem

conquistado cada vez mais espaço, pois

é um material econômico e que tem

apelo ambiental. Se compararmos ao

polietileno, este é constituído de

100% de petróleo. Além disso, é um

material muito caro se comparado ao

PVC, porque o PVC é inorgânico, é sal

e por isso o custo é mais baixo. Tanto

que muitos transformadores que, quan-

do o barril de petróleo era muito bara-

to, trocaram o PVC pelo PP e PE agora

estão voltando ao PVC. O produto está

vivendo uma segunda adolescência.

O que vemos é que alguns produtos

como o vidro perdem terreno, en-

quanto outros como o PET só cres-

cem. Somente o PET ganha do PVC,

que está crescendo como o PP e mais

que o PE. Isso no período 2002 a

2007, numa esfera mundial.

PS - Quais são os principais mer-cados e tendências para aplicação?Di Donfrancesco - Cerca de 40% está

em tubos e conexões e 18% em janelas

e perfis. De 35 milhões de toneladas,

10 milhões estão na China. A tendên-

cia é que o PVC continue tendo muito

mais expansão em produtos destina-

dos a construção, como perfis, que

crescem muito forte. Na região sul ame-

ricana, 120 milhões de pessoas não tem

acesso a esgotos e água potável. Ou-

tro dado importante é que em países

desenvolvidos como EUA e Europa são

consumidos16 quilos de PVC por pes-

soa e na nossa região estamos consu-

mindo 4 quilos. O potencial é que haja

um aumento de pelo menos 2 ou 3

vezes no futuro. A tendência será o

PVC se especializar na construção e

também tomar posicionamento no

setor automotivo.

No caso das janelas de PVC, que é um

“O Brasil consome por ano

aproximadamente 1 milhão de

toneladas de PVC. Para nós

está claro que todas a novas

expansões de capacidade

serão de PVC verde.”

Principais mercados do PVC:

tubos, conexões, janelas e perfis

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dos mercados mais potenciais, elas es-

tão ganhando muito espaço nos con-

domínios horizontais onde o consu-

midor agrega valor ao item janela. Já

quando se compra um apartamento, o

consumidor não tem poder nenhum

sobre a decisão sobre o tipo da janela

que vai ser colocada. Então o avanço

nos condomínios verticais é mais len-

to, mas já está acontecendo.

PS – Isso se aplica também à redehoteleira? Porquê?Di Donfrancesco – Sim, por exemplo,

toda a rede de hotéis Íbis, Fórmula 1 e

Accor, só usam PVC nos seus hotéis. O

conforto térmico, acústico da janela

de PVC é imbatível. Ou seja, você pode

ficar num hotel de frente para a Aveni-

da Paulista, que você consome muito

menos energia e dorme virado para a

Avenida Paulista, sem barulho.

PS - O Plano de Aceleração do Cres-cimento já influenciou no consumode PVC em 2008 ou os resultados ain-da são pequenos?Di Donfrancesco - Já influenciou bas-

tante. A Solvay através do Instituto Trata

Brasil, entidade criada por empresas e

ONGs para conscientizar o brasileiro da

importância do saneamento básico, fez

um convênio com a Fundação Getúlio

Vargas que está estudando o impacto

da falta de esgoto/ saneamento na saú-

de. Hoje o cidadão não associa doen-

ça com presença de esgoto a céu aber-

to. A Fundação mostrou que há um

impacto direto nas comunidades onde

o esgoto ainda é um problema. A falta

de coleta e tratamento de esgoto é

muito maior do que se imaginava an-

tes do Trata Brasil, que trouxe a luz da

imprensa esses impactos que ninguém

conhecia: o impacto da falta de sane-

amento e esgoto no turismo, na saú-

de, educação e no trabalho. Através

da imprensa a idéia é mobilizar a po-

pulação para cobrar dos políticos.

Observamos que com o PAC houve uma

melhora no setor, todavia no ano de

2008 o melhor resultado vem da cons-

trução privada, que ainda é superior à

obra pública. Mas esse ano teve um

efeito sinérgico de obras públicas in-

fluenciadas pelo PAC e do outro lado a

construção civil.

PS - A casa de PVC teve resultadospositivos?Di Donfrancesco - Existem alguns pro-

jetos de casa de PVC. No Brasil há uma

liderada pela Vipal, que é um trabalho

próprio. Na Argentina tem um grande

produtor que desenvolve isso através

da matriz no Canadá há muitos anos. O

que observamos é que o PVC é um ma-

terial de longa duração. Mas pelas in-

formações que temos é difícil você ven-

cer o bloqueio de uma casa de plásti-

co. O latino tem a visão de que casa

tem que durar uma eternidade, dife-

rente do americano, onde a casa é algo

que muda muito. E quando se fala em

casa de plástico ainda existe resistên-

cia. Mas há lugares onde se está cres-

cendo muito, como na Venezuela, por

exemplo, onde a casa de PVC está em

ascensão e existem parcerias com em-

presas do próprio governo para esse

investimento. Na Argentina existem

vários condomínios de casa de PVC,

e no Brasil esse movimento está co-

meçando agora. Achamos que é uma

tendência, mas que ainda vai demo-

rar um tempo, é preciso fazer um

marketing mais agressivo para que

isso comece a acontecer.

PS - A crise mundial afetou os negó-cios da Solvay Indupa?Di Donfrancesco - A Solvay Indupa

passou pela crise de 1999 e pela crise

de 2001 que foi muito dura na Argen-

tina. A empresa saiu cada vez mais for-

te desses momentos, o que significa

que a crise pode ser também uma opor-

tunidade de fortalecimento e busca de

alianças. Pode haver não só problemas,

mas muitas oportunidades.

PS - Qual o desempenho da SolvayIndupa no Sul do Brasil?Di Donfrancesco - O Sul do Brasil está

se desenvolvendo muito. Creio que 15%

da economia global brasileira está lo-

calizada na parte sul. Os grandes trans-

formadores de PVC estão na região.

Estamos cuidando muito dessa parte

do Brasil, pois fica entre nossa planta

“...a crise pode ser

também uma oportunidade

de fortalecimento e busca

de alianças. Pode haver

não só problemas, mas

muitas oportunidades.”

PVC verde: um produto que é

ecológico e de fonte renovável

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de Bahia Blanca e da planta de Santo

André. O Sul se desenvolve por uma base

industrial forte, enquanto que o Norte

está fornecendo muito incentivo fis-

cal, o que também é uma forma de au-

xiliar no desenvolvimento. São duas

regiões que estão buscando uma filo-

sofia diferente de desenvolvimento.

Para nós, o Sul é o segundo lugar mais

importante depois de São Paulo. É mais

importante que Buenos Aires. Tanto que

possuímos uma filial em Itajaí (SC),

onde temos um armazém. Estamos in-

vestindo muito nessa região. Em ter-

mos de PVC o Sul sempre esteve muito

forte em tubos e conexões. Os dois

maiores fabricantes de tubos e vários

de porte médio estão na Região Sul.

Se situarmos entre o norte de Paraná e

Porto Alegre encontra-se um grande

“Houve uma série de

ataques dos quais a

indústria do PVC foi se

defendendo cientificamente,

porque só quem pode

decidir isso é a ciência.”

Nos projetos atuais de carros

novos, todos prevêem PVC

///Augusto Di Donfrancesco

volume de produção de tubos que é o

carro chefe do consumo de PVC.

Mas a região também é importante

para o PVC na parte de calçados, prin-

cipalmente de Novo Hamburgo (RS)

a Caxias do Sul (RS), onde é uma área

industrial muito importante para o

PVC. O produto está entrando muito

nesse mercado de calçados, tênis de

alta performance e roupas. Existe tam-

bém na região do Paraná e Santa

Catarina um pólo de produção de mol-

des e máquinas muito forte, o que é

importante. O sul estrategicamente

para o PVC sempre foi uma região

muito importante.

PS - O PVC sofre ataque de ambien-talistas?Di Donfrancesco - Hoje sofre menos,

mas já sofreu muito. Os ataques sem-

pre visavam o cloro, que é uma das

matérias-primas utilizadas na produ-

ção do PVC. Entretanto, o uso do cloro

está em vários setores, como por exem-

plo, água potável. Ainda está presen-

te em tratamento de alimentos, ferti-

lizantes, defensivos agrícolas, fabri-

cação de espumas, fabricação de soda

e papel. No final dos anos 1970

ambientalistas escolheram o cloro

como um alvo de ataque e fizeram uma

campanha ampla.

Como de todos os produtos de cloro o

mais visível é o PVC essa campanha

migrou para o produto. Houve uma

série de ataques dos quais a indústria

do PVC foi se defendendo cientifica-

mente, porque só quem pode decidir

isso é a ciência. Por isso, o PVC inves-

tiu forte nas universidades e em estu-

dos científicos para rebater todas es-

sas alegações. Eu diria que nos últimos

dez anos nós estamos vivendo um mo-

mento quase sem ataques ao PVC por-

que a própria ciência começou a mos-

trar que essas críticas não tinham sen-

tido do ponto de vista técnico. Nós

tivemos ataques muito fortes na área

de automóveis e hoje todas as auto-

motivas voltaram ao PVC, principalmen-

te porque é um plástico com custo

beneficio muito bom.

PS – E porque a indústria automotivavoltou ao PVC? Outras áreas reagi-ram?Di Donfrancesco - Houve a tentati-

va de substituir aplicações do PVC

por produtos mais caros e que tecni-

camente não conseguiam responder

as necessidades que o PVC respondia

a um custo muito mais barato. Os pro-

jetos atuais de carros novos todos

prevêem PVC. Outra área atacada no

passado foi a de brinquedos, e hoje

nunca se usou tanto.

Quando essas críticas começaram nos

anos 80 tínhamos uma produção mun-

dial em torno de 15 milhões de tonela-

das, hoje nós estamos em 35 milhões.

Desde que começaram esses ataques até

hoje o PVC cresceu muito. Isso signi-

fica que se alguém parou de usar no

passado, perdeu uma grande possibi-

lidade de crescer. O Grupo Solvay nas-

ceu há 145 anos. Em 145 anos essa

empresa trabalhou com a idéia de de-

senvolver os próximos 145 anos. Te-

nho orgulho de trabalhar para essa

companhia.

PS - Quais as ações sócio-ambientaisda Solvay?Di Donfrancesco - Temos muitas

ações no entorno de nossas fábricas,

tanto em Santo André quanto em

Bahia Blanca, mas também estamos

fora do entorno. Desenvolvemos uma

ação no Nordeste de construção de

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cisternas para famílias do semi-ári-

do. É muito bonito do ponto de vis-

ta social, porque é um projeto de

convivência com a seca.

A Solvay viabiliza a construção dessas

cisternas, porém mais do que a cons-

trução é a conscientização da família,

onde junto nesse mesmo “pacote” vai

o ensino sobre diversos temas como o

controle de natalidade para que a fa-

mília não tenha muitos filhos e a reti-

rada da criança do trabalho semi-es-

cravo do Nordeste.

Outra ação que é no entorno da nossa

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fábrica em Santo André, onde existe

um projeto que é o Química e Natureza,

que trata sobre meio ambiente desde

1992. Temos recursos de US$ 5 a 10

milhões por ano para investir, entre as

duas plantas, exclusivamente em ações

para melhora ambiental. P S

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Novas ações em buscada produção limpaParece que, de repente, o universo industrial “acordou” para assumir de vez a sua parte na responsabilidade pela

preservação do meio ambiente por meio de ações em busca da sustentabilidade, seja na produção, uso e reciclagem

de produtos. Desta forma, os investimentos em fontes energéticas renováveis, ecologicamente corretas, na

produção de resinas com baixos índices de degradação no descarte e iniciativas na prevenção de danos à natureza,

já foram incorporados ao planejamento estratégico das empresas. Não se trata de modismo, mas de consciência

profissional e ambiental. Confira o que algumas das principais empresas da cadeia petroquímica-plástica estão

fazendo para não castigar o planeta. A natureza e, certamente a população mundial, agradecem.

Sabic espalha novas idéiasA Sabic Innovative Plastics tem

demonstrado preocupação com o

meio ambiente e desenvolve uma sé-

rie de ações nessa área. Com a tec-

nologia sustentável comprovada das

resinas Valox iQ* e Xenoy iQ*, a em-

presa está espalhando novas idéias

para aumentar a conformidade dos

fabricantes de produtos eletrônicos

com relação à preservação do meio

ambiente. Este material, fabricado

parcialmente com resíduos de plás-

tico pós-consumo, foi aprovado para

uso em vários componentes impor-

tantes de computadores, como ven-

tiladores internos de resfriamento,

envoltórios de dissipadores de ca-

lor, conectores e tampas de guarni-

ções externas.

Além disso, as resinas Flexible

Noryl* para fiação eletrônica tam-

bém podem aumentar a responsabi-

lidade ecológica por meio do uso de

um retardante de chamas livre de

halogênio. O investimento da Sabic

Innovative Plastics em soluções

com responsabilidade ecológica ofe-

rece aos consumidores de produtos

eletrônicos novas opções de mate-

riais. A empresa investe, mundial-

mente, por volta de US$ 200 mi-

lhões por ano em inovações. Parte

deste investimento é relativo ao de-

senvolvimento de resinas e soluções

que visam minimizar o impacto ao

meio ambiente.

“As resinas Valox iQ não são ape-

nas boas possibilidades para produ-

tos eletrônicos mais ambientalmente

corretos – elas já são usadas comer-

cialmente nos ventiladores de resfria-

mento de computadores’, disse

Hiroshi Yoshida, diretor global do

mercado de produtos eletrônicos da

Sabic Innovative Plastics. “Além dis-

so, estamos ampliando o portfólio da

iQ para incluir outros produtos com

responsabilidade ecológica, como as

blendas Xenoy iQ*, que combinam

Tecnologias Verdes: produtos da Sabic no carro-conceito Lincoln MKT

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policarbonato amorfo e resinas

semicristalinas PBT, uma boa opção

para gabinetes e guarnições. Como

pioneira em soluções com materiais

avançados, a Sabic Innovative Plas-

tics acredita que produtos inovado-

res como as resinas iQ e Flexible Noryl

podem auxiliar os fabricantes de pro-

dutos eletrônicos a alcançar o suces-

so nos negócios.”

[Reciclagem] - As resinas

Valox iQ de politereftalato de butileno

(PBT) atendem aos requisitos de peças

livres de halogênio por meio do uso de

uma tecnologia exclusiva de retardante

à chama. Além disso, são parcialmente

derivadas de resíduos de plástico pós-

consumo, incluindo garrafas plásticas

de politereftalato de etileno (PET), o

que reduz o uso de combustíveis fós-

seis. Elas também reduzem a energia

de processamento e as emissões de CO2

da fabricação de plásticos em mais de

50% em comparação com outros plás-

ticos presentes no mercado atual.

Além de auxiliar os fabricantes

de produtos eletrônicos a atenderem

a requisitos ambientais como a

diretiva WEEE da União Européia

(Waste Electrical and Electronic

Equipment - Descarte de Equipamentos

Elétricos e Eletrônicos), as resinas Valox

iQ podem atender aos requisitos

opcionais de seleção de materiais da

Ferramenta de Avaliação Ambiental de

Produtos Eletrônicos (EPEAT - Electro-

nic Product Environmental Assessment

Tool), o que pode ajudar os fabrican-

tes originais de equipamentos a ob-

terem a certificação ouro.

Os computadores atuais podem

obter benefícios ecológicos importan-

tes ao usarem na fiação eletrônica as

resinas Flexible Noryl, sem halogênios

e com retardante de chamas. As resi-

nas Noryl de éter de polifenileno (PPE)

modificado oferecem a flexibilidade e

o desempenho de processamento do

policloreto de vinila (PVC), além das

vantagens do retardante de chamas

livre de halogênio, da baixa gravida-

de específica e de uma melhor resis-

tência à abrasão. As resinas Flexible

Noryl podem substituir o PVC em vári-

as aplicações, como cabos de alimen-

tação elétrica, cabos SATA e cabos DC.

Além de atender às regulamentações

existentes, como RoHS e WEEE, os ma-

teriais são certificados conforme as

especificações UL1581 para 80 C, 90

C e 105 C e são usados comercial-

mente em várias configurações de

cabos em todo o mundo.

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[Inovação] - Outro exemplo de

inovação da Sabic Innovative Plastics

é o desenvolvimento de um filme de

policarbonato Lexan* aprimorada com

tecnologia anti-embaçamento que

pode ser aplicada às portas de vidro

dos painéis de exibição de alimentos

congelados em supermercados, econo-

mizando energia e reduzindo o impac-

to do funcionamento desses exibi-

dores. A aplicação desta película feita

de resina Lexan permite ao proprietá-

rio da loja desligar os aquecedores que

evitam que as portas fiquem embaça-

das quando os clientes as abrem ao

comprar. Os benefícios de desligar os

aquecedores e economizar eletricida-

de têm muito mais valor do que eco-

nomizar a energia utilizada para fabri-

car, distribuir e instalar a película.

A redução no consumo de eletri-

cidade, além de economizar dinheiro,

também reduz o impacto sobre o meio-

ambiente, pois cada kWh de eletrici-

dade conservado pode reduzir a mes-

ma quantidade de toneladas de gases

que produzem o efeito-estufa que são

emitidos, dependendo de como a ener-

gia local é gerada.

Outra linha de trabalho relacio-

nada à sustentabilidade do planeta são

as chapas de policarbonato Lexan* IR

Solar Control com tecnologia de blo-

queio de infravermelho para reduzir a

quantidade de calor do sol que entra

no prédio durante o dia. Ao utilizar

essa tecnologia, por exemplo, um ho-

tel em Cancun espera reduzir a trans-

missão de raios solares em 35%. Du-

rante o verão, quando as temperaturas

facilmente atingem os 35 ºC, esta

melhoria pode contribuir para o con-

forto de hóspedes e funcionários, eco-

nomizar dinheiro com a redução nos

custos de resfriamento, ao mesmo tem-

po em que reduz os custos ambientais

resultantes da produção de eletricida-

de nas usinas.

Esses dois últimos exemplos ilus-

tram como a tecnologia pode ser uti-

lizada na infra-estrutura e no proje-

to de produtos para aumentar signi-

ficativamente a eficiência da ener-

gia e diminuir a carga ambiental du-

rante a fase de utilização do ciclo de

vida útil da produto.

Rhodia Automotivo reduzemissão de C0

2 dos carros

Ligado ao desenvolvimento sus-

tentável, o combate ao aquecimento

global é uma das preocupações prio-

ritárias da Rhodia. Além de todos os

avanços que podem ser trazidos pelos

próprios motores dos carros, os prin-

cipais eixos de melhoria visando à re-

dução da emissão de C02 encontram-

se em diminuir a resistência ao rola-

mento, realçar a aerodinâmica e redu-

zir o peso do carro.

Assim, a Rhodia aproveitou a

feira K 2007 para informar que suas

tecnologias aplicadas ao mercado

automotivo e de transportes contri-

buem para reduzir em mais de 20g/

quilômetro a emissão de C02 dos car-

ros. Parceira dos maiores produto-

res de veículos, a Rhodia desenvol-

veu uma oferta automotiva global

para atender os três principais pro-

blemas relacionados ao meio ambi-

ente: ar limpo, economia de energia

e redução da emissão de C02.

“Até 2012, o objetivo imposto

aos produtores de veículos é abaixar

para 120 g de C02 por quilômetro, o

que representa na media uma redução

de 40g extra a ser obtida por veícu-

lo”, explica Jean-Claude Steinmetz,

vice-presidente do grupo Rhodia´, res-

ponsável pelos Mercados Automotivo

e de Transporte. “A Rhodia tem co-

nhecimentos para oferecer novas tec-

nologias aos produtores de veículos e

ajudá-los a alcançar seus objetivos,

que vão além dos objetivos técnicos

impostos no powertrain”, afirma.

[Produtos corretos] – A

empresa desenvolveu, por exemplo,

A Rhodia desenvolve resinas para fabricar produtos automotivos especiais

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uma sílica de alta performance, in-

grediente chave na produção de

pneus com alta eficiência energética

que visam à redução em até 25% na

resistência ao rolamento e em 5% nas

emissões de C02, gerando um ganho

médio de 10g/km.

Os plásticos de engenharia em

poliamida são utilizados em peças de

carroceria, peças estruturais e aplica-

ções sob o capô dos automóveis e po-

dem substituir tradicionais peças fei-

tas em metal. A diminuição de peso

potencial é significativa, uma vez que

aproximadamente 100 kg de plástico

equivalem a 300 kg de metal.

Devido à inovação tecnológica

aplicada a esses materiais, eles ofere-

cem aos produtores de veículos a pos-

sibilidade de reduzir o peso do carro

em 10%, o que se traduz em uma re-

dução de10g adicionais de emissão

de C02 por quilômetro. Além disso, a

flexibilidade de design que o plástico

confere aos projetos de peças exter-

nas dos carros, podem permitir a

otimização da aerodinâmica, o que

contribui com mais de 30% do total

de emissões de C02 do veículo.

Os materiais catalíticos da

Rhodia são desenvolvidos não somen-

te para ajudar a eliminar os pricipais

poluentes, mas também minimizar o

impacto das emissões de C02. Um

exemplo é o Rhodia Eolys™ , sistema

de eliminação de partículas emitidas

por veículos na atmosfera.

Para melhor atender os atuais e

futuros desafios da mobilidade susten-

tável, a Rhodia definiu seu “time auto-

motivo”. Com base em Lyon, essa orga-

nização fornece o suporte necessário

para a sílica de alta performance, plás-

ticos de engenharia e materiais

catalíticos, negócios em que o grupo

tem posições de liderança.

[Solventes Eco-friendly] -A Rhodia está lançando a produção

de Rhodiasolv® IRIS, um solvente ino-

vador com excelentes propriedades

eco-friendly, em uma nova unidade lo-

calizada no conjunto industrial da em-

presa em Santo André (SP). Rhodiasolv®

IRIS é não-tóxico, biodegradável,

não-inflamável e de baixo VOC (com-

posto orgânico volátil). É destinado

a aplicações em limpeza industrial,

resinas de fundição, tintas e formula-

ções para revestimentos.

“Este novo solvente eco-friendly

foi desenvolvido pela plataforma de

inovação internacional dos centros de

pesquisas no Brasil, França, Estados

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Unidos e China. Visa a atender as ten-

dências do mercado mundial que

priorizam o Desenvolvimento Susten-

tável”, disse Jean-Pierre Clamadieu, CEO

e Chairman da Rhodia. “A Rhodia já

obtém 30% de suas vendas com solu-

ções, tecnologias e produtos ligados

aos conceitos de Meio Ambiente. Nós

vemos estas tendências como chave

para o crescimento da Rhodia nos pró-

ximos anos”, acrescentou Clamadieu.

Troféu do GP Brasil de F1 feitocom plástico verde da Braskem

A taça entregue a Felipe Massa,

vencedor do GP Brasil de F1 este ano,

em São Paulo é diferente: pela pri-

meira vez na história das competições

da F1 o troféu foi confeccionado com

um polímero de origem vegetal, 100%

renovável, feito a partir do etanol da

cana de açúcar. Trata-se do plástico

verde, desenvolvido pela Braskem. O

troféu foi desenhado por Oscar

Niemeyer, que se inspirou nas colunas

do Palácio da Alvorada.

Com essa iniciativa, a Braskem

confirma seu compromisso com o de-

senvolvimento sustentável. “A Braskem

se associa à criatividade do maior ar-

quiteto brasileiro, Oscar Niemeyer, e à

vanguarda tecnológica da Fórmula-1.

Clientes comprometidos com a

sustentabilidade em todo o mundo

demandam soluções tecnológicas e

econômicas da indústria petroquímica.

Estivemos na Bio Plastic, no Japão, e

confirmamos este interesse, principal-

mente no mercado asiático. Firmamos

parcerias com empresas renomadas,

como a indústria de cosméticos

Shiseido”, disse Bernardo Gradin, pre-

sidente da Braskem.

A Braskem, única petroquímica a

produzir mundialmente o plástico ver-

de, tem obtido conquistas com massivo

investimento em pesquisas tecnológi-

cas. Ao longo de seus seis anos de exis-

tência, a empresa registrou mais de

200 patentes no Brasil e no mundo. O

plástico verde, desenvolvido no Cen-

tro de Tecnologia e Inovação Braskem,

em Triunfo (RS) é uma delas. O primei-

ro plástico certificado 100% renovável

recebeu, em 2007, na Europa, um dos

mais importantes prêmios internacio-

nais do setor, o Bio Plastic Awards.

“Inovação e sustentabilidade

são pilares da nossa filosofia empre-

sarial. É um orgulho para a Braskem,

uma empresa brasileira, apresentar,

num evento mundial como a Fórmula

1, o resultado de constantes inves-

timentos em alta tecnologia.”, disse

Marcelo Lyra, vice-presidente de Re-

lações Institucionais da Braskem.

Bayer: foco naproteção climática

O Grupo Bayer é referência mun-

dial em iniciativas que visam ajudar

na preservação do meio ambiente.

Segundo Eckart Michael Pohl, Dire-

tor de Comunicação Corporativa da

Bayer todos os seus projetos são ela-

borados e implementados de acordo

com sólidos valores corporativos, que

visam sempre o desenvolvimento sus-

tentável e o respeito pelas pessoas e

pela natureza. “O resultado das ações

da empresa é o reconhecimento mun-

dial de importantes organismos in-

ternacionais, como o Dow Jones

Sustainability World Index, que, em

2007, premiou novamente o Grupo

Bayer com o título “Best In Class” e a

incluiu mais uma vez no Climate

Leadership Index , primeiro índice

mundial de proteção climática esta-

belecido por investidores do Carbon

Disclosure Project em 2002”, ressalta.

O Programa Bayer de Clima é uma

das ações mais importantes da empre-

sa, diz o executivo. “O projeto, que

tem escopo global, foi lançado em

2007 e tem como foco a proteção cli-

mática. A proposta é, por meio de

pesquisa e desenvolvimento de ações,

reduzir cada vez mais a emissão de

gases causadores do efeito estufa e

criar soluções para aumentar a prote-

ção do clima”, revela. A iniciativa está

alinhada com o comprometimento

ambiental da Bayer, que, desde 1990,

conseguiu reduzir em 30% as suas

emissões diretas e indiretas de gases

causadores do efeito estufa.

O Programa tem três

projetos de destaque:

{Edifícios EcoComerciais}Prédios comerciais com emissão-

zero de gases causadores do efeito es-

tufa. Este tipo de construção, que uti-

liza produtos Bayer para o isolamento

térmico e recursos próprios para a ge-

ração de energia renovável, consegue

preencher por si só as suas necessida-

des energéticas. A primeira iniciativa

Braskem patrocinou troféu

do GP do Brasil de Fórmula 1

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neste sentido é um novo prédio da Bayer

próximo à Nova Deli, na Índia. Já ini-

ciado, o projeto deve ser concluído em

meados de 2009.

{Agricultura Sustentável}Projeto liderado pela Bayer

CropScience, tem como objetivos tor-

nar plantas mais resistentes às condi-

ções climáticas adversas, como a seca,

e desenvolver matérias-primas agríco-

las voltadas para a elaboração de

biocombustíveis. Um exemplo é o

InVigor®, uma variedade de canola de

alta produtividade desenvolvida pelos

pesquisadores da Bayer Cropscience e

cultivada no Canadá. Por meio desta

variedade conseguiu-se uma produção

20% maior de biodiesel, em compara-

ções com outras sementes.

{Bayer Climate Check}Este projeto avaliará o impacto

dos processos de produção da Bayer

no clima mundial. A primeira etapa con-

siste na análise das cem unidades de

produção do Grupo, para identificar

seus níveis de emissão de gases do efei-

to estufa. Em seguida, diversas medi-

das serão adotadas para reduzir as emis-

sões e aprimorar a eficiência energética.

A Bayer irá oferecer esta ferramenta ino-

vadora no mercado, para que outras

empresas possam também minimizar seu

impacto no meio ambiente.

[Juventude] - Outra inici-

ativa da Bayer que tem abrangência

mundial é o Programa Bayer Jovens

Embaixadores Ambientais. Criado na

Tailândia, em 1998, é o carro-chefe

da parceria global que a Bayer man-

tém com o Programa das Nações Uni-

das para o Meio Ambiente (PNUMA).

O objetivo do projeto é identificar

lideranças jovens de 18 a 25 anos

nas áreas de preservação ambiental

e desenvolvimento sustentável.

Eckart Pohl, diz que a seleção dos

Jovens Embaixadores Ambientais acon-

tece em 17 países, por meio da avalia-

ção de diversos projetos inscritos. O

Programa existe no Brasil desde 2004

e, em 2008, teve 67 projetos inscritos

em todo o país. “Os jovens vencedores

embarcam em uma viagem para a Ale-

manha, onde participam de um encon-

Bayer Climate Program: olhando o mundo com o olhar de crianças e jovens

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tro mundial com os vencedores de to-

dos os países. A programação inclui

visitas às instalações ambientais da

Bayer, órgãos do Governo relacionados

ao meio ambiente, universidades e

museus científicos em Leverkusen, sede

mundial da empresa, Colônia e Berlim”,

explica. Um dia é reservado para que

os jovens apresentem seus projetos

para os vencedores de outros países e

tenham a oportunidade de discutir as

diferenças nas questões ambientais

entre os países e encontrar soluções

para problemas comuns.

No âmbito regional (Brasil), a

Bayer também têm diversas iniciativas

em prol da proteção ambiental. Em

Belford Roxo (Rio de Janeiro), onde

fica o maior parque industrial da Bayer

no Brasil, a empresa criou a Escola Ver-

de. Uma iniciativa que tem como ob-

jetivo promover a conscientização

ambiental dos estudantes e professo-

res da rede pública, oferecendo infor-

mações sobre assuntos como recicla-

gem e proteção ambiental. Três vezes

por semana, dois grupos de 50 alunos

do ensino fundamental visitam a Es-

cola Verde. Em 2007, 7 mil crianças

participaram do projeto.

O projeto Mandalla é outra ação

da Bayer, no Brasil. A iniciativa é o

resultado da parceria entre a Bayer

CropScience e a Agência Mandalla (uma

ONG de João Pessoa/PB) e tem como

objetivo viabilizar a produção de ali-

mentos para o sustento familiar de

pequenos agricultores de assentamen-

tos rurais de regiões carentes. A

metodologia da ação tem foco em três

pontos básicos: garantia de qualidade

de vida, produtividade econômica e

equilíbrio ambiental.

Através de uma tecnologia sim-

ples, com a construção de canteiros

ao redor de tanques circulares chama-

dos mandalas, o sistema de irrigação

possibilita o cultivo de hortaliças, le-

gumes e frutas. Além disso, a água do

tanque também é utilizada para a cria-

ção de peixes e aves. A produção ex-

cedente é comercializada nas feiras e

mercados nas cidades próximas, o que

ajuda as famílias da região. Em 2005,

foi criado o Unicenter Mandalla (Cen-

tro Nacional de Difusão de Tecnologias

Sociais), em Cuité (PB), para capacitar

jovens e adultos para ensinarem a tec-

nologia do projeto do Mandalla.

Ações da Basf com EcobrasTM

O envolvimento da Basf em rela-

ção ao meio ambiente se desenvolve

desde a pesquisa de produtos até par-

ticipação em ações concretas, como

ocorreu no Limpando & Reciclando

2008 em comemoração ao Dia Mundial

do Meio Ambiente, em 7 de junho.

Foram 10 mil sacolas produzidas com

o plástico biodegradável e compos-

tável. O Projeto Limpeza Na Praia - IEA

comemora a sua quinta edição do Lim-

pando & Reciclando / Dia Mundial do

Meio Ambiente em alta escala. A ação,

realizada pelo Instituto Aqualung, faz

parte do projeto mundial Clean up the

World em 125 países.

A grande novidade deste ano foi

as sacolas plásticas serem feitas com

o EcobrasTM, que é um combinado de

Ecoflex® (plástico biodegradável e

compostável da Basf) e polímero ve-

getal a base de milho. O produto pio-

neiro alia a tradição da empresa com

os plásticos à competência da filial

brasileira da Corn Products International

Inc. no processamento de matérias-

primas vegetais.

O lixo foi coletado em duplas,

sendo este catalogado e, ao término

da ação, reaproveitado por cooperati-

vas e instituições de reciclagem, ser-

vindo como exemplo para as demais

ações e campanhas ecológicas. “Deci-

dimos apoiar a ação porque visa a pre-

servação do meio ambiente e a melhoria

na qualidade de vida das pessoas. Com

o recolhimento manual do microlixo

(canudos, palitos, bitucas) descarta-

A Basf pesquisa novos produtos para melhorar a sustentabilidade no setor

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do inadequadamente, estamos ajudan-

do a preservar a natureza e os animais,

principalmente os marinhos, que ao in-

gerirem os detritos acabam morrendo

devido à intoxicação ou asfixia”, co-

mentou Letícia Mendonça, gerente de

Especialidades Plásticas da Basf.

Por ter em sua composição mais

de 50% de matéria-prima de fonte

renovável, o EcobrasTM ajuda a balance-

ar o ciclo de carbono ao equilibrar o

tempo de produção do plástico ao seu

consumo e decomposição. O Ecoflex®,

produzido pela Basf, se decompõe em

poucas semanas em ambientes propí-

cios como centrais de compostagem.

Durante o processo de decomposição,

o EcobrasTM comporta-se como um com-

posto orgânico normal. Versátil, o plás-

tico pode ser aplicado em embalagens

injetadas, filmes para a produção de

tubetes para reflorestamento, sacolas

plásticas, embalagens para cosméticos,

entre outras alternativas.

Além de incorporar recursos

renováveis, o EcobrasTM oferece vanta-

gens adicionais. Ele pode ser proces-

sado em equipamentos tradicionais de

transformação e aditivado com pigmen-

tos, anti-derrapante, anti-fog e anti-

blocking. A Basf tem um porfólio de pig-

mentos orgânicos e conta com parcei-

ros para a produção de Masterbatches.

A combinação da tradição da Basf com

a especilidade da Corn Products

International Inc. em processar maté-

rias-primas vegetais fazem do EcobrasTM

uma solução diferenciada e inovadora

para o mercado.

Solvay: tecnologias limpasA gestão do Desenvolvimento

Ambiental Sustentado da Solvay

Indupa enfoca as melhorias para as

atividades da empresa, seja a curto,

médio ou longo prazos. Segundo

Edilberto Bannwart, Gerente de Saú-

de, Segurança e Meio Ambiente, os

estudos e desenvolvimentos tecnoló-

gicos, suportados pela matriz em Bru-

xelas, na Bélgica, orientam os avan-

ços ambientais, através de:

• Mudanças tecnológicas através

de tecnologias ambientalmente mais

limpas e seguras;

• Reuso e reciclagem de águas e

efluentes; Minimização de resíduos e

emissões; Otimização do consumo de

recursos naturais e matérias-primas;

Redução do consumo de recursos na-

turais não renováveis.

Dentro destes princípios do de-

senvolvimento ambiental, a Solvay

Indupa, somente nos últimos 3 anos

implantou, está implantando melhorias

importantes como: Mudança da matriz

energética: de óleo combustível, utili-

zado no passado nas caldeiras e for-

nos, para gás natural e hidrogênio no

presente. Bannwart diz que com a im-

plantação deste projeto houve impor-

tantes ganhos ambientais:

- Redução de cerca de 99,9 % das

emissões de SOx para a atmosfera

- Redução de cerca de 80% das

emissões de NOx para a atmosfera

- Redução quase 100 %

das emissões de Material

Particulado para a atmosfera

- Redução de 25% das emissões

de CO2 para a atmosfera

Por ser um projeto que reduz

as emissões CO2 e conseqüentemen-

te contribui para a diminuição do

efeito estufa (aquecimento global),

foi classificado como um projeto

MDL - Mecanismo de Desenvolvimen-

to Limpo, conforme previsto pelo

Protocolo de Kyoto e, gerou crédi-

tos de carbono.

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Segundo o executivo, a substi-

tuição em curso da tecnologia de pro-

dução de cloro-soda, a mercúrio para

membrana, possibilita a redução dos

riscos ambientais e ocupacionais,

bem como a redução específica do

consumo de energia elétrica e o pro-

jeto de produção de etileno, maté-

ria-prima para produção de PVC, atu-

almente somente de origem petroquí-

mico (fóssil/não renovável), será tro-

cado por “bioetileno”, ou seja, a par-

tir do álcool de cana de açúcar (re-

curso natural renovável).

Ainda segundo Bannwart, outros

projetos de reciclagem e reuso de

efluentes estão em desenvolvimento,

de forma cada vez mais otimizar o con-

sumo de água captada dos mananci-

ais. “Os resultados das ações, que vem

sendo implementadas, e medidas como

“Performance Ambiental” de emissões

ambientais e consumos de água (por

tonelada de produtos produzidos) en-

tre os períodos de 2000 a 2006, obti-

vemos as seguintes reduções”:

· Emissão dos gases do efeito

estufa (CO2+Metano): - 46%

· Emissões atmosféricas: - 57%

· Emissões líquidas: - 61%

· Resíduos perigosos: - 47%

· Captação de água: - 27%

Os investimentos na proteção

do homem e meio ambiente nos últi-

mos 7 anos totalizam R$ 90 milhões,

revela Bannwart. Mais especificamen-

te, estes projetos estão ligados:

Segurança e Higiene Ocupacional:

R$ 22 milhões foram aplicados nas

melhorias das instalações industriais

e condições de trabalho com foco na

prevenção de acidentes e proteção à

saúde dos trabalhadores.

Meio Ambiente: R$ 68 milhões de

Reais foram aplicados em ações para

recuperação da qualidade ambietal,

melhorias nos controles e prevenção.

Cromex tem linha“Amigos do Meio Ambiente”

A Cromex conta com laboratóri-

os próprios para o desenvolvimento

de soluções adequadas às necessida-

des de seus clientes. Desde novas ga-

mas de cores, até especialidades es-

pecíficas para setores importantes da

economia, como o agrícola, de cons-

trução e automotivo, por exemplo,

todo desenvolvimento passa pelos la-

boratórios da companhia.

A variedade de cores cataloga-

das de feitos especiais e os novos de-

senvolvimentos atendem a tendênci-

as globais, especialmente no que se

refere a cores que não levam metais

pesados em sua composição. A com-

panhia também atua fortemente no

desenvolvimento de produtos “amigá-

veis” à natureza. Em março a Cromex

lançou uma linha de master e aditivos

“amigos do meio ambiente”. Os pro-

dutos, desenvolvidos com o objetivo

de prevenção no impacto ambiental,

são materiais diferenciados que de-

sempenham papel importante no ci-

clo de vida do produto final.

Por isso não levam metais pesa-

dos em sua composição. Em muitos

de seus produtos, o pigmento é de

origem orgânica, como o urucum.

Para 2009, a empresa estuda desen-

volver masterbatches biodegradáveis.

A Cromex trabalha para agregar tec-

nologia aos seus desenvolvimentos e

em melhorar as soluções destinadas

a mercados como o agrícola, automo-

tivo, cosmético, de brinquedos, da

construção, entre outros.

Ecotech, a bolaecologicamente correta

A criatividade aliada à ecologia

resultou em um produto inédito na

indústria gaúcha de materiais esporti-

vos. A Dalponte acaba de fabricar as

primeiras bolas ecologicamente corre-

tas do mundo, com tecnologia Ecotech.

Dalponte lança na Couromoda a bola ecologicamente correta, feita em PU

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Trata-se da inovação do sistema de con-

fecção dos gomos das bolas, que já são

moldados na curvatura ideal, diminu-

indo quase a zero o resíduo industrial.

Outro grande diferencial é a utilização

do processo Cold Fusion de derrama-

mento e revestimento de poliuretano

(PU) desenvolvido pela indústria gaú-

cha, que utiliza menos energia e me-

nos cola. Essa junção de fatores é que

torna as bolas Ecotech ecologicamente

corretas, já que o PU é totalmente

biodegradável.

Com esse método único de fa-

bricação de bolas em PU, patenteado

pela Dalponte, a indústria gaúcha pre-

tende inserir o novo lançamento no

mercado em janeiro, na Couromoda, e

em todas as lojas de materiais espor-

tivos do país. “Comercialmente falan-

do, saímos na frente com um produto

inovador e altamente tecnológico. Isso

nos trará grandes frutos, pois servire-

mos de referência para os concorren-

tes”, afirma Thiago Amaral, diretor de

marketing da empresa.

As bolas Ecotech estão dentro das

normas oficiais para a prática das mo-

dalidades de vôlei, futebol de campo,

futebol society e futsal.

[Vantagens] - Baixíssimo

impacto ao meio-ambiente, pois

todo seu material é biodegradável;

confeccionada com materiais de alta

qualidade; dentro das normas ofici-

ais para a prática da modalidade;

design inovador; material extrema-

mente durável; com gomos fabrica-

dos na curvatura da bola (conforme

ilustração) que deixa a bola mais ágil;

menor absorção de água e maior du-

rabilidade e menor deformação.

Ecopol e o PU ecológico:econômico e legal

Com sede em Farroupilha (RS), a

Ecopol – Reciclagem de Polímeros, atua

no mercado com a inédita tecnologia

de reciclagem de poliuretano (PU). É a

primeira empresa brasileira a reciclar

comercialmente estes resíduos, que até

então tinham como destino a queima

indiscriminada e os aterros industri-

ais, onde levam milhares de anos para

se decompor, gerando um grave pro-

blema ao meio ambiente.

Recentemente, a Ecopol desen-

volveu o poliol ecológico de base ve-

getal. É importante ressaltar que este

produto é 30% mais barato que o poliol

virgem de base mineral e pode ser uti-

lizado pela indústria da mesma forma

que o poliol tradicional. O poliuretano

faz parte de vários aspectos do cotidi-

ano, com aplicações na construção ci-

vil, refrigeração, isolamento acústico

e térmico, indústrias moveleira e

automotiva, espumas em geral e sola-

dos de PU. A novidade surge como al-

ternativa mais saudável para o meio

ambiente, além de suprir a demanda

emergente dos diversos setores que

utilizam o poliuretano e a possível es-

cassez da base de petróleo.

E os números crescem a cada se-

mestre. Em 2007 a Ecopol reciclava 40

toneladas/mês, sendo que neste iní-

cio de ano aumentou sua capacidade

produtiva para 150 toneladas/mês. O

faturamento de 2007 foi de aproxima-

damente R$ 2,5 milhões. O faturamento

projetado para 2008 é de R$ 18 mi-

lhões, através da unidade matriz e das

controladas e para 2009 a Ecopol pro-

jeta um faturamento de R$ 42 milhões.

Atualmente o Brasil produz cerca de

335 mil toneladas de poliuretano. Até

2012 este número deverá chegar a 441

mil toneladas com uma evolução mé-

dia de 4,7% ao ano.P S

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Setor do plástico caminhapara a sustentabilidade

{Artigo/Plastivida}

Francisco de Assis Esmeraldo (*)

oje é impossível pensar a vida

humana no planeta sem os

plásticos. Desde as embalagens

que conservam os alimentos por mais

tempo até os materiais hospitalares

descartáveis, que contribuem para evi-

tar a propagação de doenças, são

incontáveis os benefícios que o plás-

tico trouxe e continua trazendo à hu-

manidade. Com os plásticos, tudo fi-

cou mais barato, mais fácil para trans-

portar e mais prático de armazenar. Com

eles, a vida ficou mais fácil.

É certo, no entanto, que algo pre-

cisa ser feito para evitar que o plástico

¿ assim como outros produtos ¿ polua

o meio ambiente. Para a indústria,

mudar essa situação significa caminhar

na direção da sustentabilidade, ou seja,

praticar os chamados 3R¿s: Reduzir,

Reutilizar e Reciclar.

[Consumo responsável] -Pautada por esse tripé, a cadeia pro-

dutiva dos plásticos vem reduzindo o

consumo excessivo, estimulando a

reutilização e promovendo a reciclagem

mecânica e a energética (solução esta

adotada por vários países para resolver

o problema do lixo nas cidades).

Uma das iniciativas nesse senti-

do é o Programa de Qualidade e Con-

sumo Responsável de Sacolas Plásticas.

Lançado em maio passado numa par-

ceria entre entidades da indústria do

plástico, a Associação Brasileira de

Supermercados (Abras) e a Associação

Paulista de Supermercados, ele prevê a

substituição das atuais sacolinhas dis-

tribuídas pelos supermercados por ou-

tras mais resistentes, capazes de dimi-

nuir o seu consumo em cerca de 30%

no período de 12 meses a contar da

data de implementação do programa.

[Preocupação] - O projeto

piloto foi testado em supermercados

da Grande São Paulo durante o mês

de junho. O resultado foi surpreen-

dente. Trinta dias depois da sua im-

plantação, o consumo das sacolas

plásticas nos pontos de venda dos

supermercados que aderiram ao pro-

grama caiu 12%. Em 30 dias, 40% da

meta anual foi atingida!

A indústria do plástico partilha

da preocupação de toda a sociedade

com o meio ambiente e acredita na força

da educação para incentivar as boas

práticas, razão pela qual o programa

contempla, além da produção e con-

fecção de sacolas mais resistentes, que

dispensam a sobreposição (uso em

duplicidade) e permitem também o uso

da sua capacidade total (atualmente

só utilizam a metade), ações para

conscientizar o consumidor a evitar o

desperdício de embalagens.

Um outro aspecto a se conside-

rar seriamente se refere ao plástico pro-

veniente da coleta seletiva, que é ma-

téria-prima para a produção de outros

produtos plásticos. É a chamada

reciclagem mecânica, que permite esse

reaproveitamento. No Brasil, o proces-

so cresce à ordem de 12% ao ano.

O material que por qualquer ra-

zão não pode ser destinado à

reciclagem mecânica também tem

como ser reaproveitado, uma vez que

os plásticos têm o mesmo conteúdo

energético do óleo diesel. O Brasil já

dispõe da tecnologia para o tratamen-

to térmico de lixo que soluciona esse

problema. É a chamada reciclagem

energética, considerada uma das so-

luções para a necessidade de substi-

tuir os combustíveis fósseis por fon-

tes alternativas de energia.

[Geração de energia] - Omodelo, adotado largamente em paí-

ses como EUA, China, Japão, Itália,

França e Suíça, entre outros, trans-

forma lixo urbano em energia elétri-

ca e térmica usando como combustí-

vel todo tipo de plástico (sacolinhas

inclusive) que, por qualquer razão,

não possa ser destinado à reciclagem

mecânica. O processo permitiu à Ale-

manha, por exemplo, abolir os ater-

ros sanitários do país.

Atualmente cerca de 150 mi-

lhões de toneladas/ano de lixo urba-

no são destinadas a mais de 750 ins-

talações para usinas de geração de

energia elétrica ou térmica espalha-

das por todo o mundo, todas perfei-

tamente adequadas às mais rígidas

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normas ambientais. Só o Japão pos-

sui 190 unidades.

Plástico não é lixo. Ainda assim,

a agressão provocada pelo descarte

indiscriminado de resíduos plásticos no

meio ambiente prossegue. A indústria

está empenhada em tornar a reciclagem

economicamente atrativa e em promo-

ver a educação ambiental em todo o

País. Universalizar a coleta seletiva e

penalizar os que descartam resíduos no

meio ambiente, no entanto, ainda são

desafios que se impõem a todos os que

se preocupam com o futuro desta e das

próximas gerações.

(*) Francisco de Assis Esmeraldo,67 anos, é engenheiro químico,

presidente da Plastivida Instituto

Sócio-Ambiental dos Plásticos

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Plasmaq lança marcaMáquinas Premiata

Com grande experiência no mer-

cado de reciclagem, a Plasmaq, com

sede em Farroupilha, passa por um pe-

ríodo de transformações e o diretor

Rafael Rosanelli está otimista com o

futuro neste segmento, inclusive para

competir com os importados. “Poderia

dizer que o setor está a pleno. A nível

de tecnologia por exemplo, estamos

preparados para competir a altura com

países de primeiro mundo. Hoje temos

acesso a diversos recursos, porém in-

felizmente ainda com custos um pou-

co elevados”, lamenta.

As mudanças prometem tornar a

Plasmaq mais forte no segmento, e

Rosanelli comenta sobre a linha de pro-

dutos. “Durante 11 anos, a Plasmaq

disponibilizou projetos e idéias para

serem fabricados por uma segunda

empresa, ficando apenas com a parte

de comercialização destes equipamen-

tos. Agora, a Plasmaq se estabelece no

mercado de reciclagem, como fabrican-

te destes projetos, inclusive com a pos-

sibilidade de executar as melhorias ca-

bíveis, com mais liberdade que antes

nos era limitada”, diz. Dentro da linha

de fabricação estarão: misturadores,

secadores, linhas de reciclagem para

pe/pp/pvc/pet, além de aglutina-

dores, prensas enfardadeiras e extru-

soras para granulação. “Seus equipa-

mentos terão como marca o nome Má-

quinas Premiata”, revela.

O mercado para estes equipa-

mentos está ótimo, ressalta o empre-

sário. “Cito por exemplo, a Mecanofar

que fabrica moinhos de alta qualida-

de e produtividade e que fornece es-

tes equipamentos de grande porte

que complementam as nossas linhas

Rafael Rosanelli, diretor

da Plasmaq, investe no setor

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de reciclagem, empresa com a qual,

temos uma parceria sólida de repre-

sentação”, avisa.

Quanto a melhorar o sistema de

reciclagem no Brasil, Rosanelli diz que

“a solução seria nos unirmos (fabri-

cantes de máquinas e recicladores),

para buscarmos conscientizar os

governantes da importância da

reciclagem, no que tange a preserva-

ção do meio ambiente efetivamente e

não somente para promoção política

como se tem constatado”.

Rosanelli diz que poderia ter mais

geração de emprego e renda no setor e

empreendimentos mais viáveis e está-

veis, se a “novela dos altos impostos”

não freasse este segmento também.

Sobre o mercado em 2007 e as expec-

tativas para 2008, foi claro: “O merca-

do foi excelente, depois do sufoco de

2005 e 2006, parece que a reciclagem

voltou a se estabilizar em 2007 e tem

se mantido. A expectativa para 2008,

é fecharmos o ano com chave de ouro,

principalmente devido às novidades da

Plasmaq”, completa.

Seibt tem forte presença no setor

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E ///Meio Ambiente & Reciclagem

A Seibt, com sede em Nova Petró-

polis (RS), além de fornecer soluções

para recuperação de aparas e sobras do

processo de transformação (pós-indus-

trial), tem marcado forte presença na

reciclagem de plásticos pós-consumo

provindos de coleta seletiva. Segundo

Adão Braga Pinto, do Departamento

Comercial, a empresa produz linhas

completas para reciclagem de plásti-

cos como PE, PP e PET, envolvendo os

processos de moagem, lavagem e seca-

gem, inclusive tendo desenvolvido tec-

nologia para super lavagem com água

quente através de reatores.

Recentemente a Seibt lançou na

Interplast em Joinville-SC, o moinho

triturador de galhos TGS 300 que tem

sistema de corte por fresa e rotação de

30 r.p.m. com redutor, que permite uma

redução considerável no consumo de

energia, nível reduzido de pó e baixo

ruído. “Lançamos também o triturador

TPS 800, um equipamento de grande

porte para triturar borras, peças de

grande volume e espessura elevada”,

destaca o diretor.

Quanto ao mercado, Adão Braga

Pinto diz que os moinhos são o carro-

chefe de vendas da Seibt. “Dispomos

de modelos de máquinas para as mais

diversas aplicações, desde moinhos de

baixa rotação para pequenos galhos de

injeção até moinhos e trituradores de

grande porte para peças de grande

volume e espessuras. Esta diversidade

de soluções, aliada ao conceito de qua-

lidade contido em nossos produtos tem

proporcionado excelentes resultados

para a Seibt”, acrescenta. Sobre alter-

nativas para tornar a reciclagem mais

efetiva no Brasil, a Seibt destaca que

aprimorar e ampliar o sistema de cole-

ta seletiva de resíduos sólidos urbanos

é o grande desafio. Grande parte das

empresas de reciclagem trabalham com

capacidade ociosa por falta de maté-

ria-prima. “Além de leis, faltam ajustes

tributários e incentivos para impulsi-

onar atividades de reaproveitamento

das embalagens pós-consumo e com

isso proporcionar maior viabilidade co-

mercial”, finaliza o executivo.

Moynofac: mais linhas de crédito para máquinasTradicional empresa fabricante de moinhos granuladores, lavadoras, secadoras, aglutinadores, exaustores, silos,

facas industriais, peneiras e acessórios, a Moyonofac Ind. e Com. De Máquinas e Equipamentos para o setor plásitco, diz

que o mercado se mantém estável, mas que no momento, segundo o diretor comercial Nillton Sérgio Ulsan, não há

nenhum lançamento previsto.

O executivo ressalta que “seria interessante se houvesse mais linhas de crédito para aquisição de máquinas e

euipamentos, facilitando o acesso das empresas interessadas”. Ulsan diz que 2008 foi um bom ano. “Notamos um leve

crescimento geral, porém 2009 não está nos propiciando estimativas pois, a crise chegou e ainda é uma incognita”.

Seibt lançou um novo moinho

triturador na Interplast 2008

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Cresce a reciclagem de PVC no Brasilma pesquisa recente sobre o

índice de reciclagem de PVC no

Brasil mostra que houve avan-

ço: de 13,7% (2005) para 17% (2007).

Os dados referem-se ao PVC descarta-

do no pós-consumo. A pesquisa tam-

bém indica que o faturamento da in-

dústria brasileira de PVC cresceu 30,3%,

de R$ 90 milhões em 2005, para R$

124 milhões em 2007.

Atualmente a indústria de reci-

clagem do PVC no Brasil conta com

136 empresas que empregam 1.365

pessoas. Com uma capacidade insta-

lada em torno de 70 mil toneladas anu-

ais. Conforme a pesquisa, a indústria

opera com somente 75% da capaci-

dade, indicando claramente o poten-

cial de crescimento do setor. Po-

rém,“este desenvolvimento está atre-

lado à intensificação da quantidade

de sistemas de coleta seletiva de resí-

duos pós-consumo”, diz Miguel

Bahiense, diretor executivo do Insti-

tuto do PVC. O Brasil tem mais de

5.500 municípios e cerca de 350 têm

algum sistema de coleta seletiva.

A pesquisa também aponta ca-

racterísticas regionais da indústria de

reciclagem do PVC. Do total reciclado

em 2007, cerca de 25.122 toneladas,

a Região Sudeste respondeu por

10.853 ton; seguida pela Região Sul,

com 10.851 ton, sendo as outras 3

regiões responsáveis pelo restante.

Uma característica interessante re-

velada é que a reciclagem de resídu-

os pós-consumo é muito mais inten-

sa se comparada à reciclagem indus-

trial. Esta responde por apenas

13,7% das 25.122 toneladas, en-

quanto que 21.680, ou 86,3% do

PVC reciclado no Brasil tem origem

no pós-consumo.

[Vida longa] - Apesar de es-

tar entre os três plásticos mais pro-

duzidos no mundo, ainda assim, o PVC

é o que menos aparece no lixo urba-

no, pois 64% do PVC são usados em

aplicações de longa duração - vida útil

superior a 15 anos, como tubos e co-

nexões, pisos, esquadrias, janelas, en-

tre outras, muitos dos produtos ul-

trapassando os 50 anos de uso.

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Cerca de 220 expositores nacionais e internacionais participam, de 11 a 13

de novembro de 2008, da quinta edição da Feiplar Composites & Feipur -

Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de

Engenharia. O evento ocorre no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte,

em São Paulo, SP. São aguardados mais de 13 mil visitantes. A entrada é

gratuita para a exposição e todos os eventos são simultâneos. A feira

mostrará novidades em produtos acabados, matérias-primas e

equipamentos para a fabricação de peças em Composites/Plástico

Reforçado, Plástico de Engenharia e Poliuretano.

Além das novidades dos expositores, os visitantes podem participar

do Congresso Internacional de Composites, Congresso Internacional de

Plásticos de Engenharia e do Congresso Internacional de Poliuretano,

realizados em paralelo ao evento e que contam com, aproximadamente, 50

palestras. É o grande momento do plástico reforçado, dos compósitos,

resinas termofixas conjugadas com fibras de vidro que dão origem a mais

de 40.000 tipos de produtos, de barcos e caixas d´água a tubos e piscinas.

Confira também novidades como o posto policial da MVC/Artecola/

Marcopolo, e a família de produtos à base de soja Enrivez®, fabricado com

um glicol de fonte renovável. A solenidade de abertura contou com as

presenças de lideranças de vários setores, como Simone Martins Souza,

diretora executiva do evento, Merheg Cachum, diretor de Relações

Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp e presidente da Abiplast, Gilmar

Lima, presidente da Abmaco, Luiz Gustavo Franco Pires de Campos (GM do

Brasil) e Otávio Lamas (Petrobras).

Posto policial édestaque na feira

Um posto policial modular, que

pode ser montado em apenas cinco

(5) horas, é um dos destaques da

Feiplar Composites & Feipur 2008,

maior feira latino-americana em plás-

ticos de alto desempenho. O posto,

feito com tecnologia exclusiva da MVC

Artecola/Marcopolo (estande H12),

onde estará sendo exibido, vem sendo

adotado em todo o Distrito Federal,

em encomendas de 300 módulos até

final de 2009. O posto usa em sua cons-

trução perfis metálicos, revestimentos

externos em compósitos (plástico re-

forçado com fibra de vidro) com núcleo

de isopor e paredes internas também

de acordo com as normas de constru-

ção adotadas pela Caixa Econômica Fe-

deral para financiamento de imóveis.

Ashland lança resinade fonte renovável

Com o objetivo de fortalecer cada

vez mais a sua presença no mercado

global, a fabricante de resinas termo-

fixas Ashland Performance Materials, di-

visão do grupo norte-americano Ash-

land Inc, participa da quinta edição

da Feiplar. No Brasil, a Ashland é par-

ceria da Ara Química desde 1999,

quando se associou à empresa funda-

da em 1996 na cidade de Araçariguama

(SP) – passou a se chamar Ara Ashland.

Conforme o acordo, dez anos depois

do início da joint venture o controle

da companhia passará para a Ashland.

“A Feiplar é uma boa oportunidade

para anunciarmos ao mercado a pro-

ximidade da conclusão do processo

Um salto de qualidade emD

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compósitosde transição e, mais do que isso, de-

talharmos as intenções da Ashland em

termos de investimentos e inovações”,

comenta Angelo Marsola Filho, presi-

dente da Ara Ashland.

Entre as principais novidades re-

servadas para a feira, destaque à apre-

sentação da família de produtos à base

de soja Enrivez®. Primeira fabricante de

resinas termofixas do mundo a utilizar

matérias-primas de fontes renováveis,

a Ashland desenvolveu uma tecnolo-

gia que permite a substituição do glicol

derivado do petróleo pelo glicol obti-

do a partir do processamento da soja.

“A resina Enrivez® está sendo testada

há alguns anos nos EUA pela John

Deere, fabricante de máquinas agríco-

las. Em função dos excelentes resulta-

dos, a Ashland decidiu iniciar a pro-

dução em escala comercial desse pro-

duto”, detalha Rodrigo Oliveira, geren-

te comercial da Ara Ashland.

[Especial] - A Feiplar também

serve de base para o lançamento da

resina fenólica líquida Arofene®. Pro-

duzida em Campinas (SP) pela Ashland

Resinas, subsidiária da Ashland Inc.

voltada à indústria da fundição, foi

especialmente desenvolvida para apli-

cações de compósitos em ambientes

agressivos. “É um excelente produto

para a fabricação de grades de piso e

leitos para cabo instalados em plata-

formas on e off shore de extração de

petróleo”, exemplifica Oliveira. Outros

produtos que seguem a mesma linha

são a resina base acrílica Modar®. “Ca-

racteriza-se pelas propriedades de

retardância à chama e reduzido índice

de toxicidade”, ele ressalta. A Modar®

BR 8400, por exemplo, serviu de ma-

téria-prima para a empresa brasileira

Fênix produzir peças do metrô de Nova

York. A Ashland também lança oficial-

mente a resina Arotool®.

Além de fabricar dezenas de ti-

pos de resinas e aditivos, a Ashland é

uma das principais fornecedoras mun-

diais de gelcoat, combinação de resi-

nas e pigmentos usada no acabamen-

to de peças de compósitos. A partir

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de 2010, a empresa fornecerá no Bra-

sil um pacote formado por produtos –

resina base e formulados – e serviços

para os consumidores de gelcoat de-

nominado Instint®.

[Pranchas inéditas] - Pran-

chas especiais em fibra de aramida,

fibra de carbono e isopor-aramida-

epóxi são alguns dos destaques na

maior feira latino-americana em plás-

ticos de alto desempenho. As pran-

chas de surfe tradicionais, feitas em

fibra de vidro, podem possuir desem-

penho ainda melhor com fibras dife-

renciadas de carbono, aramida e com-

binações de materiais. As pranchas em

aramida, carbono e isopor estarão no

estande da Texiglass (Vinhedo, SP),

fabricante de tecidos e soluções para

o mercado de surfe.

Polinox enfatizaparceria com a Syrgis

A Polinox, maior fabricante bra-

sileira de peróxidos orgânicos e ceras

desmoldantes – matérias-primas consu-

midas pelos transformadores de compó-

sitos – participa mais uma vez da

Feiplar. A empresa aproveita o caráter

institucional da feira para reforçar a

divulgação da sua parceria com a

Syrgis, líder do mercado norte-ameri-

cano de peróxidos e segunda coloca-

da do ranking europeu, bem como para

mostrar a extensa gama de produtos

que fabrica em Itupeva (SP).

O acordo com a Syrgis foi assina-

do em junho e, desde então, a Polinox

passou a representar e distribuir ofici-

almente a empresa em toda a América

do Sul. “Agregamos ao nosso portfólio

uma série de especialidades, o que está

sendo bastante benéfico ao mercado”,

avalia o diretor Roberto Pontifex. Com

capacidade para produzir 210 tone-

ladas/mês de peróxidos orgânicos, a

Polinox comercializa cerca de 20 to-

neladas/mês de produtos da Syrgis.

“São peróxidos voltados aos proces-

sos mais sofisticados de transforma-

ção, a exemplo da infusão, RTM, BMC

e SMC”, comenta.

A relação de produtos da Syrgis

ainda é formada por uma série de

blendas, isto é, misturas de diferentes

tipos de peróxidos que, juntos, garan-

tem resultados excepcionais. “Um dos

exemplos clássicos é a possibilidade de

se reduzir a contração da massa

polimerizada, sobretudo em peças de

espessuras elevadas como tubos e

flanges, o que elimina a incidência de

rachaduras”, explica Pontifex. Ao lado

da tradicional família de produtos

próprios – denominados Brasnox®,

Perbenzox® e TecnoxSuper® – a

Rodrigo de Oliveira, gerente comercial da Ara Ashland, está animado

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Roberto Pontfex, diretor da Polinox, destaca os avanços no setor

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Polinox passou a contar com mais

onze opções após o acordo com a

Syrgis. “Os transformadores sul-ame-

ricanos agora têm pleno acesso às

especialidades consumidas na Euro-

pa e nos EUA”, observa.

Lord e a versatilidadedos adesivos estruturais

A Lord, uma das principais fa-

bricantes brasileiras de adesivos e

coatings, mostra na Feiplar as diver-

sas vantagens que os adesivos ofere-

cem frente aos métodos de fixação me-

cânica, seja em termos de desempe-

nho estrutural, melhorias de processo

ou ganhos estéticos no produto fi-

nal. “Ao lado de nítidos benefícios

visuais, os adesivos aumentam a re-

sistência ao impacto, fadiga e vibra-

ção, além de funcionarem como

selantes, pois evitam a entrada de

poeira e umidade”, descreve Julio Cesar

Perez, presidente da Lord.

No caso específico do setor de

compósitos, os adesivos podem ser

utilizados em todas as etapas produ-

tivas, desde a confecção dos moldes

até a união das peças a qualquer tipo

de substrato (metal e termoplástico,

por exemplo), passando por repara-

ção de pára-choques e fabricação de

faróis. “Boa parte dos novos proje-

tos compreende a utilização de ade-

sivos”, ressalta Perez.

E cita como exemplo, o caso do

jipe Stark, lançado em 2007 pela

montadora catarinense TAC. Ainda que

tenha surgido para vencer trilhas bar-

rentas e sinuosas, o veículo não deve

incomodar o motorista com ruídos e

vibrações enquanto acelera. Para isso,

Leandro Correia, engenheiro da TAC,

descreve que todas as peças de

compósitos que compõem a carroceria

são unidas com adesivos. “Eles ainda

aprimoram o visual do carro, pois evi-

tam o uso de parafusos e rebites”, ex-

plica. A TAC utiliza o adesivo Lord Fusor®

2001/2002, que apresenta rápido tem-

po de cura e, por conta disso, garante

mais agilidade durante a produção.

O segmento náutico também vem

percebendo os benefícios inerentes à

aplicação de adesivos. Em 2008, um

importante estaleiro brasileiro passou

a aplicar o adesivo base acrílico Lord®

LA 031/19F. Indicado para a colagem

de peças de compósitos presentes nos

cascos – a exemplo do chassi e de itens

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de acabamento – o Lord® LA 031/19F

substituiu o processo de laminação uti-

lizado pelo estaleiro. “Esse adesivo se

destaca por garantir maior tempo de

trabalho, entre 40 e 60 minutos, o que

é fundamental quando se adesiva pe-

ças grandes, comuns em embarcações

de 30 a 50 pés”, explica Giuliana.

Redelease preparacinco lançamentos

A distribuidora Redelease, deten-

tora de um portfólio formado por mais

de 300 produtos, participa mais uma

vez da Feiplar & Feipur, disposta a

mostrar as diversas alternativas que

oferece aos transformadores de plásti-

co reforçado com fibras de vidro (PRFV)

e poliuretano (PU). “É uma excelente

oportunidade para reforçarmos o nos-

so perfil de provedor de soluções”, co-

menta o diretor Roberto Iacovella.

Para os transformadores de PRFV,

a empresa reservou três novidades. O

desmoldante semipermanente Chem-

lease1 258-R, produzido pela norte-

americana Chemtrend e distribuído pela

Redelease com exclusividade no Brasil,

destina-se à desmoldagem de tubos

fabricados pelo processo de enrola-

mento filamentar. “Trata-se de um pro-

duto ecológico, pois elimina a neces-

sidade de utilização de filmes plásti-

cos entre o tubo e o molde, reduzindo

sensivelmente a geração de resíduos”,

explica Rui Figueira, gerente de espe-

cialidades Redelease.

Ao lado dos benefícios ao meio

ambiente, o desmoldante Chemlease1

258-R melhora a produtividade, uma

vez que o transformador não precisa

destacar um funcionário para retirar os

resíduos de filmes plásticos presentes

na face interna do tubo. “Também di-

minui consideravelmente a força de

tração exercida para o desmolde”, res-

salta Figueira, informando que o de-

sempenho da tubulação ainda é apri-

morado, já que não ocorre a formação

de incrustações internas comuns quan-

do se utiliza filmes plásticos. “Esses

resíduos de materiais que acabam fi-

cando no interior do tubo levam à re-

dução da vazão de todo o sistema”.

[Não-tecido Inacor Te] -Outra atração da Redelease voltada ao

mercado de PRFV é o não-tecido Inacor

Te. Material híbrido de fibras de poli-

éster e microesferas, é indicado à apli-

cação na parte central de laminados

de compósitos feitos em estrutura san-

duíche. “O Inacor Te é muito consumi-

do lá fora pelos setores náutico e

automotivo”, ilustra Iacovella. Entre as

principais vantagens proporcionadas,

o diretor da Redelease aponta para a

diminuição do peso da peça, combi-

nada com o sensível aumento da resis-

tência mecânica – duas vezes maior do

que os índices obtidos com mantas con-

vencionais de fibras de vidro. “Além de

pesar menos que as mantas, o não-te-

cido Inacor Te consome menor quanti-

dade de resina, o que acaba reduzindo

o peso de todo o laminado”, explica.

A superfície de Inacor Te facilita

a absorção da resina, ou seja, propicia

maior molhabilidade. “Para se obter um

laminado de 6 mm, o transformador

precisa efetuar quatro laminações con-

secutivas. Ao utilizar o Inacor Te, esse

número cai pela metade”, detalha

Iacovella. O acabamento e a estabili-

dade dimensional dos laminados tam-

bém melhoram bastante. “São atribu-

tos muito bem-vindos quando se fa-

brica peças como cascos de embarca-

ções ou pára-choques de ônibus”. Fa-

bricado pela mexicana Milyon, o Inacor

Te é distribuído no Brasil exclusivamen-

te pela Redelease.

Durante a Feiplar, a distribuidora

também lançará o fixador de brilho de

peças de compósitos Polynew 50. À base

de água, o produto – fabricado pela

própria Redelease – supre uma carên-

cia crônica da indústria brasileira de

Redelease: Inacor Te (foto) entre as novidades apresentadas na Feiplar & Feipur

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PRFV: a falta de brilho das peças re-

cém-produzidas. “Com o passar do tem-

po, o ferramental perde o brilho, o que

acaba prejudicando o acabamento do

produto final. Ao aplicar uma demão

de Polynew 50 na peça, o transforma-

dor consegue restabelecer os padrões

estéticos que obtinha quando o molde

era novo”, explica Rui Figueira, geren-

te de especialidades da Redelease. Di-

ferente dos abrilhantadores conven-

cionais, o Polynew 50 – além da fácil

aplicação – proporciona uma película

seca sobre a peça, sem a necessidade

de polimento para realçar o brilho.

MVC, destaque em Wall SystemA MVC, de São José dos Pinhais

(PR), empresa do grupo Marcopolo

e que participa da feira, concluiu a

construção do maior projeto em Wall

System já realizado no Brasil, para o

CPTE (Clube Paranaense de Tiro Es-

portivo). Com 1266m² de área to-

tal, o complexo do clube, localizado

em Curitiba, possui sede, depósito

de equipamentos e área administra-

tiva em um único prédio construído

todo em Wall System.

A grande novidade deste projeto

é que foi o primeiro no Brasil com a

aplicação da tecnologia Wall System em

construção deste porte. De linhas com-

plexas e arquitetura de vanguarda, a

tecnologia desenvolvida pela MVC per-

mitiu realizar a obra, e manter o con-

ceito e a essência do projeto original,

não influenciando na estética do pro-

duto final. “Quebramos paradigmas e

ampliamos as possibilidades do nosso

produto”, explica Gilmar Lima, diretor-

geral da MVC. Segundo o executivo,

outras diferenças que levaram o clien-

te a optar pela MVC foram a velocidade

de execução, a flexibilidade do siste-

ma construtivo, a acústica, a alta du-

rabilidade e a baixa manutenção.

Novidades da Laader BergA Laader Berg, da Noruega, de-

tentora da patente Maxfoam, especi-

alizada na fabricação de máquinas de

espuma de poliuretano contínua

(slabstock), apresenta suas novas tec-

nologias durante a feira: máquinas de

espuma slabstock baixa pressão

Maxfoam F-8 2010, 2020 e 2030; má-

quinas de alta e baixa pressões combi-

nadas Multimax e sistema NovaFlex CO2

licenciado pela Hennecke.P S

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///Plastech 2009

Simplás reafirmaconceito de grande feiraO Simplás fez o lançamento oficial da Plastech 2009 em outubro, em Caxias do Sul, otimista com a procura por espaços

oi lançada oficialmente no dia

15 de outubro, no Personal Ho-

tel, em Caxias do Sul, a Plastech

Brasil 2009 - 2ª edição da Feira de Tec-

nologias para Termoplásticos e Termofixos,

Moldes e Equipamentos, que acontecerá

de 28 a 31 de julho de 2009, nos Pa-

vilhões da Festa da Uva, em Caxias do

Sul. O evento é organizado pelo Sindi-

cato das Indústrias de Material Plásti-

co do Nordeste Gaúcho (Simplás). Com

o apoio especial dos dois sindicatos

gaúchos da categoria (Sinplast/RS e

Simplavi), além de outras entidades

como Abiplast, Abief, Abmaco, Abimaq,

Siresp, INP e também da FIERGS, CIC

Caxias e Prefeitura de Caxias do Sul.

O presidente do Simplás,

Orlando Marin, disse que para 2009,

o espaço de exposição será amplia-

do, ocupando o mezanino e térreo do

Centro de Feira e Eventos, além do

Pavilhão 1. Para a próxima edição, a

feira espera mais de 250 expositores,

com mais de 400 marcas nacionais e

internacionais e público visitante em

torno de 20 mil pessoas.

“A Plastech Brasil, apesar da se-

gunda edição, está se consolidando

como um importante evento do plás-

tico na América Latina, sendo uma

grande oportunidade de integrar a ca-

deia produtiva, com o objetivo de

mostrar aos potenciais clientes e for-

necedores o excelente nível tecnoló-

gico das empresas locais, nacionais e

internacionais, pesquisas e aperfeiço-

amento mercadológico”, disse o presi-

dente do Simplás, Orlando Marin.

O dirigente destaca que para 2009

o espaço dos expositores está sendo

ampliado em 60% com o novo Centro

de Eventos. A cadeia do plástico res-

ponde por 9% do PIB da região nor-

deste do Estado (450 empresas) dos

municípios abrangentes como Caxias,

Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi,

Ipê, São Marcos, entre outros.

[Pólo industrial] - Marin

enfatizou que, “faltando mais de oito

meses para a próxima edição da

Plastech Brasil 2009, já está confirma-

da a presença de importantes e desta-

cadas empresas ligadas ao setor plásti-

co nacional e internacional. Um dos

destaques em 2009 será a participa-

ção de um número maior de matrizarias,

entre elas algumas das mais importan-

tes do país, o que também credencia a

Plastech Brasil como uma das mais res-

peitáveis feiras técnicas da América

Latina.

Sua realização em Caxias do Sul

(RS) cidade que conta com ampla e

moderna rede de serviços para eventos

favorece a grandiosidade da feira. A

Serra Gaúcha é um reconhecido pólo

industrial do país e onde estão locali-

zadas mais de 450 indústrias de trans-

formação do plástico, que aguardam

as novidades tecnológicas para tor-

nar o setor mais competitivo.

Marin: presidente do Simplás apresentou as últimas novidades da Plastech 2009

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///Tecnoplast 2009

FCEM planejarodada denegóciosO evento acontece em novembro

de 2009 no Centro de Eventos da

Fiergs, em Porto Alegre (RS)

ndústrias e empresas nacionais e

internacionais que estiverem dis-

postas à negociar a compra e ven-

da de produtos e serviços, poderão

participar de uma ação inovadora

promovida pelo grupo Fcem. Cuida-

dosamente planejada para ocorrer du-

rante a Tecnoplast

2009, a Rodada

de Negócios será

uma das atividades

centrais dentro da que é hoje

considerada uma das gran-

des feiras do segmento plás-

tico, devendo receber mais de 300

marcas de 10 a 13 de novembro

de 2009 na Fiergs, em Porto Ale-

gre (RS). “Já estivemos reunidos com

entidades e empresários que hoje são

grandes compradores e vendedores

do setor plástico em âmbito nacio-

nal. Apresentamos a proposta de or-

ganizar uma rodada de negócios aqui

no Rio Grande do Sul, dentro da

Tecnoplast. Ela foi tão bem recebida

que estamos buscando viabilizá-la já

para a próxima edição”, adianta

Hélvio Roberto Pompeo Madeira, di-

retor-presidente do grupo Fcem.

Ainda de acordo com o empre-

sário, “o importante desta proposta

é justamente o fato de poder envol-

ver ainda mais os empresários e pro-

fissionais ali representados, revelan-

do as diferentes necessidades das em-

presas participantes deste grande

evento, além de formatar, a partir da

ação, novos contatos comerciais que

não se restringem somente àqueles

que serão feitos nas mesas de roda-

das”, projeta Madeira.

A empresa gaúcha já vem esta-

belecendo parcerias e contatos com

entidades que realizam ações seme-

lhantes em eventos no sudeste bra-

sileiro para melhor organização e pla-

nejamento da atividade. Outras in-

formações:

www.feiratecnoplast.com.br

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///Logística

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Deb’Maq inaugura modernocentro de distribuição

O complexo em Camanducaia (MG), que faz parte de um projeto único e

arquitetura inovadora, custou cerca de R$ 40 milhões e será utilizado para

armazenamento e teste das máquinas comercializadas pela empresa além

de assistência técnica e treinamento, benefício oferecido aos clientes.

O prédio amplo abriga a área de armazenagem e assistência, masMauro Trevisan (detalhe) revela que o complexo tem uma

área administrativa e de lazer em meio àpaisagem da serra , em Minas

omo reflexo do seu crescimen-

to, a Deb’Maq precisava de

mais espaço para acomodar

seu portfólio e oferecer serviços de

apoio aos clientes. Referência no mer-

cado nacional de máquinas-ferramen-

ta, injetoras de plástico e máquinas

para corte e conformação, a empresa

inaugurou em 9 de outubro um mo-

derno centro de distribuição na cida-

de de Camanducaia (MG). Com 23 mil

m² de área construída, a obra levou

cerca de três anos para ser concluída

e demandou investimentos na ordem

de R$ 40 milhões.

“Além de armazenar máquinas,

acessórios e peças para reposição, no

local também serão realizados monta-

gem e testes das máquinas importa-

das pela distribuidora, vindas da

Bulgária, Taiwan, China e Japão, que

aqui recebem garantia e assistência

técnica da Deb’Maq”, ressalta o geren-

te de marketing Mauro Trevisan. “As-

sim como as máquinas nacionais

fabricadas pelas Indústrias Nardini,

também comercializadas pela empre-

sa”, complementa. A diretoria foi re-

presentada na cerimônia por Débora

Viáro, Edson Marinho, Américo

Amadeu Filho e Roseli Franchi, além

de outros executivos e autoridades de

Camanducaia e Cambuí.

O executivo destaca que o pré-

dio possui ainda área de assistência

técnica e sala de treinamento para cli-

entes, com orientação teórica e prá-

tica sobre o manuseio das máquinas,

e espaço para eventos e workshops com

800 m². O centro de distribuição fun-

cionará inicialmente com 42 funcio-

nários, mas a previsão é chegar aos

150, segundo Mauro Trevisan. “Para

um futuro próximo, estamos estudan-

do instalar uma fábrica no local”, co-

menta o executivo. Atualmente, a

Deb’Maq conta com 12 vendedores

diretos e mais 40 representantes es-

palhados pelo Brasil.

[Destaque] - O projeto

arquitetônico se destaca pela beleza e

modernidade, com espaços amplos cui-

dadosamente estruturados para recep-

ção dos clientes e conforto dos funci-

onários. No terraço do prédio admi-

nistrativo, há um aconchegante espa-

ço para eventos com jardim ao ar livre.

O acesso se dá por meio de um eleva-

dor decorado com aquário de peixes

ornamentais. Há ainda um auditório

para palestras e equipamento para vídeo

conferência. Para os funcionários, tam-

bém foi planejada toda uma estrutura

com cozinha industrial, vestiários com

duchas e academia de ginástica, um

complexo que faz jus ao investimento.

A Deb’Maq do Brasil Ltda, funda-

da em 1997, iniciou suas atividades

focada no setor metal mecânico, em

princípio comercializando peças de

reposição e prestando serviços de trei-

namento, assessoria e assistência téc-

nica. Mais tarde, incorporou também

ao seu trade a comercialização de má-

quinas, desenvolvendo em 1999 uma

marca própria, a Diplomat, conhecida

pela tecnologia avançada e alta quali-

dade, atestada primeiramente com a

certificação ISO 9002 obtida pela em-

presa em 2000, e depois com a ISO

9001:2000 conquistada em 2003.

Com o crescimento, ainda em

2003, a Deb’Maq resolveu ampliar seu

share de negócios, iniciando suas ati-

vidades na Divisão de Plásticos.

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Lanxess investe em usinae reduz emissões de CO2A empresa aplica R$ 18,5 milhões na unidade que usará do bagaço de cana-de-açúcar e entrará em operação no

início de 2010, garantindo 100% da energia elétrica e do vapor para o funcionamento da fábrica em Porto Feliz.

m tempos de

sustentabili-

dade e preocu-

pação com o meio am-

biente, a multinacio-

nal de especialidades

químicas alemã Lanxess

anunciou no início de

outubro, um investi-

mento de 7 milhões de

euros (R$ 18,5 mi-

lhões) na construção

de uma usina de co-

geração de energia

com combustível reno-

vável. Com capacidade

de 4,5 megawatts

(MW), a unidade irá

operar a partir do uso

do bagaço de cana-

de-açúcar e entrará em

operação no início de 2010, garan-

tindo 100% da energia elétrica e do

vapor necessários para o funciona-

mento da fábrica de pigmento de óxi-

do de ferro em Porto Feliz, no interi-

or de São Paulo, considerada uma das

maiores do mundo.

De acordo com o CEO da Lanxess

no Brasil, Marcelo Lacerda, a maior par-

te do valor a ser investido, ou 80%

dele, será financiado pelo Banco Naci-

onal de Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES). “Os 20% restantes se-

rão recursos próprios da empresa”, re-

velou. A partir de 2010 as emissões de

CO2 serão reduzidas em 44 mil tonela-

das anuais. O refinanciamento do in-

vestimento deverá ser realizado parci-

almente por meio da venda de crédi-

tos de carbono. A utilização da cana-

de-açúcar, combustível renovável e

ecológico, permitirá que a produção

seja totalmente neutra de CO2, pois a

quantidade de gás emitida será a mes-

ma que as plantas consumirão mais tar-

de, no processo de crescimento.

[Processo] – Como mostra a

figura, o processo funcionará como uma

grande panela de pressão. O bagaço da

cana é queimado gerando calor e es-

quentando a água armazenada. Essa

água vira um vapor com alta pressão

que aciona as turbinas, gerando, as-

sim, energia. O vapor é utilizado no

processo de produção que retorna

como água novamente, sendo reapro-

veitada. Assim, além de o processo ser

totalmente limpo e com resíduo quase

zero (as cinzas do bagaço são excelen-

tes adubos naturais), possibilitará tam-

bém a geração de créditos de carbo-

no, cuja venda é fator imprescindível

para a sustentabilidade do projeto que

visa a promoção de um crescimento lim-

po e competitivo.

Marcelo Lacerda (no detalhe), CEO da Lanxess do Brasil, destaca o processo de geração de energia

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Sai a versãoSolidWorks2009 PremiumCom 260 aprimoramentos indicados por clientes e usuários e 65% mais

rápido que software anterior, a nova versão aperfeiçoa todo o projeto.

íder mundial no fornecimento

de tecnologia para CAD 3D, a

Dassault Systèmes SolidWorks

Corp. anuncia o lançamento do Solid-

Works 2009 Premium . A mais recente

versão do software de CAD 3D mais di-

fundido no mercado é até 65% mais

rápida em relação ao SolidWorks 2008

e reflete o intenso esforço da área de

P&D voltado diretamente para o de-

sempenho, a característica mais valo-

rizada por engenheiros e projetistas em

softwares de CAD, segundo pesquisas

realizadas pela empresa.

Oscar Siqueira, country manager

da DS SolidWorks Brasil ressalta que

“nenhum outro software de CAD 3D é

mais rápido ou mais fácil de usar para

ajudar a transformar as idéias inova-

doras dos usuários em modelos 3D in-

teligentes, prontos para serem fabri-

cados”. O destacado ganho de produ-

tividade da nova versão foi documen-

tado e medido com base na criação e

modificação de grandes montagens

usando fluxos de trabalho adaptados

a partir de ambientes e dados de cli-

entes reais. Os ganhos de desempenho

nessas simulações foram obtidos sem

novos recursos e funções, significan-

do que os usuários não têm necessida-

de de aprender novas técnicas, confi-

gurações ou recursos para aproveitar a

capacidade do SolidWorks 2009.

Melhoramentos no desempenho

representam apenas um dos mais de

260 aprimoramentos do SolidWorks

2009, quase todos atendendo às soli-

citações de clientes enviadas através

de pesquisas, grupos de usuários, vi-

sitas a clientes e estudos sobre usuá-

rios atuais e em potencial. O modelo

oferece integração totalmente

associativa, em uma só janela, com

todos os softwares da DS SolidWorks,

incluindo simulação, gerenciamento

de dados e colaboração em conteúdo

3D, e está disponível em 13 idiomas,

inclusive o português.

[Análises integradas] -Além dos avanços de desempenho e

velocidade apresentados, o SolidWorks

2009 traz o SpeedPak, uma nova abor-

dagem para manipulação de grandes

montagens que reduz notavelmente a

quantidade de memória necessária para

o computador, mantendo todos os de-

talhes gráficos e a capacidade de as-

sociação. Outro importante aspecto

aperfeiçoado na versão 2009 é o re-

curso de verificação. Com o novo “Con-

sultor do Simulation”, é possível ana-

lisar projetos à procura de problemas

ocultos, orientando o usuário através

de cada estágio da simulação.

Ao aproveitar a integração dos

softwares SolidWorks e SolidWorks

Simulation, novos sensores do Si-

mulation alertam quando peças e mon-

tagens se desviam dos limites defini-

dos pelo usuário.

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Simpep: crise mundialafeta o setor plásticoNenhum setor econômico passou

incólume pela crise mundial. Em

decorrência disso, o setor plástico

está vivendo um período de turbu-

lência e grande dificuldade junto ao

mercado, que já passava por aumen-

tos no preço das matérias-primas e

sofria com a guerra fiscal. O Simpep

(Sindicato da Indústria de Material

Plástico no Estado do Paraná), para

contribuir com os empresários,

isentou as empresas da taxa federati-

va neste ano, como forma de

amenizar um pouco os custos que já

são insustentáveis.

Segundo o Sindicato, o setor deve

passar por três meses de turbulências,

onde muitas empresas vão sofrer os

efeitos da crise, com adiamento de

compras de seus clientes e cancela-

mentos de programações colocadas.

Dirceu Galléas, presidente do Simpep,

disse: “Estamos vendo os governos

tentarem solucionar os problemas na

ponta, esquecendo que o mais

importante são as causas na base. Os

preços de matérias-primas no

mercado interno permanecem em

patamar elevado comparado aos

preços internacionais. Mesmo com a

queda no preço do petróleo, a

desvalorização do real está provocan-

do anúncio por parte do setor

petroquímico de nova alta no início

de novembro, onde teremos o

polietileno mais caro do mundo”.

O dirigente arrisca um conselho.

“Para superar este período de

turbulência é preciso ter cautela e

estudos de mercado para encontrar a

melhor saída, trabalhando com

estoques reduzidos. Os clientes do

setor já sinalizam diminuição de

estoques e compras para os próximos

meses, ao contrário dos últimos anos

que o mês de outubro era o de

colocação de programações para o

final de ano, em que devido ao

aumento do consumo o setor já

estaria com a venda anual fechada,

mas em decorrência da crise isto não

ocorreu e é provável que não ocorra,

causando uma grande ociosidade”,

acrescenta.

Antes da crise mundial, ocorreram

diversos aumentos no preço das

matérias-primas, superando o índice

de 20% em menos de dois meses.

Com a valorização do dólar, a

importação que antes era uma forma

para driblar os constantes aumentos,

agora se torna perigosa diante da

incerteza do atual cenário. Para o

sindicato a esperança é que o

governo baseie-se em dados e

promessas oficiais e, ao invés de criar

fundos para socorrer bancos, crie

condições para a indústria não ser

penalizada por crescer, gerar empre-

gos e impostos.

De acordo com Galléas, caso não

ocorresse uma guerra fiscal desleal, o

setor poderia estar em melhor

condição para enfrentar a atual crise

econômica. As indústrias do Paraná e

de outros estados reconhecem que os

benefícios concedidos são um crime

fiscal legalizando uma fábrica de

ilusão, onde os beneficiados têm

como lucro os impostos que não

pagam, ocasionando uma concorrên-

cia desleal, que poderia ser vista

como forma de informalidade, só que

está com amparo legal beneficiando

poucos e prejudicando o país como

um todo.

O dirigente é enfático. “Chegou a

hora do governo parar, pensar e ver

que a demora de ações junto a

impostos, principalmente o IPI,

equivocadamente mal distribuído na

cadeia do plástico, e a guerra fiscal

estão levando as indústrias a um

caos, bastaria uma MP ou Portaria do

MF para resolver de imediato a

situação, que traria maior arrecada-

ção aos cofres públicos e regulariza-

ria o setor, acabando com o dumping

atual”, completa Galléas.

A indústria de transformação do

plástico possui 600 empresas no

Paraná, uma receita de R$ 3,2

bilhões por ano, gerando 18 mil

empregos formais.

Embalagens flexíveissão as mais usadasO dado é incrível: dos 2.870

produtos lançados em todo o

mundo em junho deste ano, 53%

deles utilizaram embalagens

plásticas, principalmente as

flexíveis. Este tipo já ultrapassou

os frascos plásticos em participação

no lançamento de produtos; até

2005 os frascos eram líderes. Hoje,

em terceiro lugar nos lançamentos,

figuram as embalagens de cartão.

Estima-se que mensalmente sejam

lançados 22.500 produtos em todo

o mundo com uma taxa de aumento

anual na casa de 17%.

Os números foram apresentados

por Fábio Mestriner, Coordenador

do Núcleo de Estudos da Embala-

gem da ESPM, no Café da Manhã

da ABIEF (Associação Brasileira da

Indústria de Embalagens Plásticas

Flexíveis) realizado no dia 21 de

outubro, na sede da Abiplast, em

São Paulo com o patrocínio da

Braskem, Fispal Tecnologia, Lord,

Pincelli, Embala e Res.

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Activas # Pág. 05

Airus # Pág. 21

Albag # Pág. 37

AWS # Pág. 31

AX Plásticos # Pág. 39

Brasilplast # Pág. 13

By Engenharia # Pág. 45

Cermag # Pág. 45

Dannaplas # Pág. 47

Deb’Maq # Pág. 09

Feiplar # Pág. 15

Femat # Pág. 35

JMB Zeppellin # Pág. 27

Jornal do Plástico # Pág. 47

Mainard # Pág. 45

Maq. Premiata # Pág. 47

Marian Hotel # Págs. 40 e 41

Mecanofar # Pág. 45

Mercure Hotel # Pág. 43

Met. Wagner # Pág. 45

Milacron # Pág. 29

Minematsu # Pág. 47

Momesso # Pág. 33

Moynofac # Pág. 45

Multi União # Pág. 33

Nazkon # Pág. 45

Nicoplas # Pág. 35

NZ Cooperpolymer # Pág. 37

NZ Philpolymer # Pág. 37

Plást. Ven. Aires # Pág. 45

Plastech # Pág. 17

Previsão # Pág. 52

R. Pieroni # Pág. 25

Resinet # Pág. 11

Rone # Pág. 39

Rulli # Pág. 23

Seibt # Pág. 47

Simpesc # Pág. 51

Solvay # Pág. 02

Tecnoplast # Pág. 19

Para anunciar, ligue 51 3062.4569Plá

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PLÁSTIKOS Por Julio Sortica

Lanxess resgataações da PetroflexNo final do ano passado a Lanxess ad-

quiriu o controle da Petroflex por R$

526,7 milhões e em Assembléia Geral

Extradordinária na primeira semana de

novembro anunciou o resgate da to-

talidade das ações da companhia após

a Oferta Pública de Aquisição de Ações

Ordinárias e Preferenciais.

O valor do resgate da ação ficou deter-

minado em R$ 19,68 e o depósito de-

verá ser feito a partir do dia 12 de

novembro para as pessoas físicas ou

jurídicas que figurarem como titulares

dessas ações. Com isso, a Petroflex pas-

sa a ser uma companhia fechada, per-

tencente em sua totalidade ao Grupo

Lanxesss, que está sob o comando,

desde abril, do Sr.Jörg Schneider.

Plasmaq vaifabricar máquinasA Plasmaq apresenta ao mercado plás-

tico grandes novidades. O diretor Rafael

Rosanelli confidenciou que, “aprovei-

tando a confiabilidade, o atendimen-

to diferenciado e a experiência de mais

de 15 anos na área de projetos de má-

quinas, sendo 11 deles focados na área

comercial, a Plasmaq fortalece a sua

atuação no setor e expande seu negó-

cio, lançando sua própria linha de fa-

bricação de máquinas”.

A nova empresa chama-se “Máquinas

Premiata” que irá fabricar e comercializar

a nível nacional, misturadores, seca-

dores, linhas para reciclagem, aglutina-

dores e extrusoras para granulação.

Nota de falecimento:Ronald Lopes CanteiroO presidente da Abief, Rogério Mani,

distribuiu comunicado na semana pas-

sada, desta vez com uma nota triste:

“o falecimento do querido amigo, com-

panheiro de diretoria, o empresá-

rio Ronaldo Lopes Canteiro, 57 anos,

devido a acidente de avião ocorrido

em 5 de novembro”. Canteiro era asso-

ciado da ABIEF através da empresa

Embaquim e ocupava o cargo de Dire-

tor Tesoureiro do Conselho de Admi-

nistração da ABIEF.

Recentemente, Canteiro publicou um

artigo sobre Embalagens para Alimen-

tos na edição 88 da revista Plástico

Sul. Manifestações de condolências

poderão ser enviadas à família pelo e-

mail: [email protected].

Simplás realiza seminárioO Simplás promove em 25 de novem-

bro o “Seminário Internacional sobre Com-

petência Global em Compostos de Madei-

ra e Plástico”, que tem como objetivo

reunir as competências das indústrias

de madeira/florestas com as indústrias

de plásticos. É uma versão do evento

realizado em outubro em Viena (Áus-

tria), o Wood-Plastics Composites 2008

e será realizado no Royal Personal Ho-

tel, em Caxias do Sul.

Encontro Nacional do PlásticoEste ano, as mais importantes e ex-

pressivas entidades do setor de trans-

formação do plástico (Abief, Abiplast,

Abrafilme, Abraflex e Afipol), decidi-

ram unir-se em uma única festa de

confraternização, em 5 de dezembro,

na Mansão França (SP) “Esta inicia-

tiva vem coroar as realizações con-

juntas que marcaram a atuação inte-

grada dessas entidades durante todo

o ano”, ressalta o presidente da Abie,

Rogério Mani.

///Anunciantes da Edição

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