Revista Portuaria - Economia e Negócios - Outubro 2014

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Revista Portuaria - Economia e Negócios - Outubro 2014

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4 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

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46 Inaugurada a primeira usina de gás de Santa Catarina

58 Garantidas obras dos novos acessos e bacia de evolução do Complexo Portuário do Itajaí

ELES ESTÃOVOLTANDO

Uma nova oportunidade

Empresas investem em fábricas montadas na Penitenciária da Canhanduba, em Itajaí,

ressocializando os detentos através do trabalho

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 5

Editora BittencourtRua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88302-130 Fone: 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt [email protected]

Jornalista responsável: Anderson Silva - DRT SC 2208 [email protected]

Diagramação:Solange Alves [email protected]

Contato ComercialRosane Piardi - 47 8405.8776 [email protected]

Contato Comercial (agências)Junior Zaguini - 47 [email protected]

Capa: Direção de ArteDaniel Viecili - Agência Tatticas

ImpressãoImpressul Indústria GráficaTiragem: 10 mil exemplares

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ANO 15 EDIÇÃO Nº 176 OUTUBRO 2014

EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

Uma nova oportunidade

Oferecer uma oportunidade de trabalho para um detento ou egresso do sistema penitenciário

pode representar um ganho social e le-var à redução de índices de reincidência criminal. Atualmente várias empresas investem em fábricas montadas na Pe-nitenciária da Canhanduba, em Itajaí, e apostam na rentabilidade mão de obra dos detentos.

No local, 285 presos desenvolvem algum tipo de trabalho em uma das 10 empresas que possuem convênio e estão instaladas na penitenciária. Para que pos-sam trabalhar, os presos têm que cumprir uma série de exigências, como bom com-portamento, e passar pela avaliação de uma Comissão Técnica de Classificação. A cada três dias de trabalho, o preso tem descontado um dia na sua pena. Eles re-cebem em média um salário mínimo, que é depositado em uma conta bancária e fica à disposição da família ou do preso, depois que ele deixa a cadeia

Na reportagem especial, a Revista Portuária – Economia & Negócios ex-põe um resumo sobre o impacto efetivo da educação e do trabalho na reinserção social dos detentos, partindo das premis-sas de educação e profissionalização do apenado como possíveis condições para o seu reingresso no mundo do trabalho.

Sair da cadeia e continuar fora dela não é uma tarefa fácil para muitos

ex-detentos. Embora o trabalho e o es-tudo sejam algumas das chaves da res-socialização bem-sucedida, apenas 20% dos cerca de 574 mil presos no país tra-balham e 8,6% estudam.

Além da reportagem sobre o in-vestimento dos empresários na mão de obra dos detentos, esta edição da revis-ta destaca a partida dos sete barcos de Alicante, na Espanha que já coloca Santa Catarina na contagem regressiva para receber mais uma edição da Volvo Ocean Race. O Estado está na lista das paradas da corrida mundial dos mares. Itajaí será o porto de parada dos aventureiros e a Vila da Regata será aberta em 4 de abril de 2015, permanecendo com atrações e aguardando a chegada dos barcos até o dia 19 do mesmo mês quando os barcos partem em direção à próxima etapa da Volvo, em Newport, nos Estados Unidos.

Falamos também sobre a Portona-ve que completa sete anos de operação. Na sua história o Terminal Portuário de Navegantes já movimentou cerca de 3,5 milhões de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) e recebeu 3,3 mil escalas de navios.

Essas e outras informações, bem como as tradicionais secções Portos do Brasil e Coluna Mercado, nas páginas seguintes da sua revista.

Boa leitura!

6 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

A Portonave completa no dia 21 de outubro sete anos de operação. Na sua história, o Terminal Portuário de Navegantes já movimentou cerca

de 3,5 milhões de TEUs (unidade de medida equivalen-te a um contêiner de 20 pés) e recebeu 3,3 mil escalas de navios.

Líder de mercado, a companhia responde por 45% da movimentação de cargas em contêineres de Santa Catarina e recentemente foi considerada a segun-da maior empresa do Sul do País no setor de transporte e logística, considerando a receita bruta, de acordo com o ranking realizado pela PwC – PricewaterhouseCoo-pers. A empresa é o porto mais bem colocado na lista.

A pesquisa apontou as 500 maiores empresas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Na classifi-cação geral, o terminal portuário ocupa o 19º lugar en-

tra as 100 maiores empresas do Estado e a 92ª posição entre as 500 maiores do Sul.

Atualmente a Portonave é responsável por mais de 1.000 empregos diretos e recolheu, entre janeiro e julho desse ano, mais de R$ 5,9 milhões em impostos (ISS) – o que representa 48% de tudo o que foi arreca-dado pela prefeitura do município de Navegantes em 2014.

Em entrevista à Revista Portuária – Economia & Negócios, Osmari de Castilho Ribas, diretor-superinten-dente administrativo da Portonave, faz um balanço das atividades da empresa durante estes sete anos, aborda os planos do terminal portuário de se manter competi-tivo a médio e em longo prazo e ressalta a importância da companhia para o desenvolvimento econômico do município de Navegantes.

Portonave/Divulgação

Portonave completa sete anos de operação

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Revista Portuária - Em outubro, a Portonave celebra o sétimo ano de operação do terminal portuário. Qual a avaliação da trajetória da empresa até aqui?

Osmari de Castilho Ribas – A avaliação é positiva. Nós tivemos um início complicado, dentro de uma ques-tão regulatória da época referente à discussão sobre os terminais privativos. Enfrentamos também no primeiro ano de operação uma enchente que gerou uma condição muito complicada em toda a nossa região. Daí para frente, conseguimos ajustar esse crescimento e estamos fechando o nosso sétimo ano positivamente. Neste período nos firmamos como o maior movimentador de contêineres de Santa Catarina, com aproximadamente 45% deste mercado. Isso é muito importante, pois no Estado temos cinco terminais movimentando contêineres e isso gera uma competi-ção intensa. Já nos destacamos entre as maiores empresas catarinenses e entre as maiores do Sul do País. Dentro deste processo, além da avaliação positiva, isso já indica que podemos continuar crescendo e por isso estamos investindo na ampliação do terminal, já prevendo também o crescimento da demanda.

Portuária – Quais são os planos estabelecidos pela direção da Portona-ve para o terminal portuário se manter competitivo a médio e em longo prazo?

Castilho – No ano passado in-vestimos em novos equipamentos para nos adequar, e atualmente temos seis portêineres e 18 transtêineres. Além disso, vamos nos adequar em relação a nossa área, que vai dobrar a capacida-de estática para o próximo ano. Dessa forma, teremos uma condição que deve melhorar a nossa produtividade, pois vamos ter celeridade de berço e condi-ção para suportar isso na retroárea. Es-peramos que as obras de infraestrutura necessárias para o Complexo Portuário caminhem, no caso específico da Bacia de Evolução, pois com os investimentos feitos pelo terminal estamos prepara-

dos para atender navios maiores, mas ainda não temos esse acesso. Além disso, aguardamos também pela dupli-cação da BR-470, ou seja, que nós não tenhamos as limitações de acesso im-pactando na produtividade do terminal. Continuaremos, portanto, com o nosso processo de investimento para os pró-ximos anos.

Portuária – Finalmente foi reali-zado no mês de setembro o lançamento do edital para a primeira fase das obras dos novos acessos e bacia de evolução do Complexo Portuário do Itajaí. Essa pode ser considerada a notícia mais im-portante do setor portuário catarinense neste ano?

Castilho – Acredito que sim. Os portos precisam dessa infraestrutu-ra, e se não a tivermos isso vai limitar o acesso mais do que já limita hoje, pois estamos movimentando navios de 306 metros e essas obras vão nos dar condições de manobrar navios de 366 metros. Isso também mostra o interesse do Governo do Estado e do Governo Fe-deral em continuar investindo em uma região de alto potencial de crescimento, então toda a comunidade portuária da região está muito satisfeita.

Portuária - A agilidade da atu-ação do poder público nas obras de infraestutura em relação aos portos é satisfatória na sua opinião?

Castilho – Penso que nós temos alguns processos que poderiam ser mais céleres, embora a gente entenda todo o cuidado que é necessário no processo licitatório e com os projetos de infraestrutura. Aqui, no caso de Ita-jaí e Navegantes, os terminais privados (APM Terminals e Portonave) participa-ram do desenvolvimento deste projeto até a obtenção da Licença Ambiental que permitiu a licitação. Esse esforço conjunto está mostrando resultado, mas nós temos preocupação, por exem-plo, com a duplicação da BR-470 que, embora já tenha sida anunciada, está em ritmo lento. Os terminais precisam dessa infraestrutura de acesso para não ficarem limitados na sua produção.

Portuária - A Portonave teve de-sempenho 13,8% superior a 2012 na movimentação de contêineres em 2013 e manteve a liderança na operação de cargas conteinerizadas em Santa Catari-na. Qual a previsão para 2014?

Castilho – Neste ano nós tivemos algumas dificuldades climáticas. Nos meses de junho e julho a barra esteve fechada e isso prejudicou o nosso de-sempenho e o próprio desenvolvimento da economia em 2014. Estamos mais ou menos em linha com o que opera-mos no ano passado, mas esperamos um crescimento para este fechamento em relação ao ano anterior.

Portuária – Recentemente a Por-tonave conquistou o Prêmio Empresa Cidadã ADVB/SC 2014 sendo uma das vencedoras na categoria Desenvolvi-mento Cultural com o case “Um con-têiner e muito mais cultura – Conheça o Programa Contém Cultura”. O que diferencia a Portonave de outros termi-nais, fazendo com que receba prêmios de reconhecimento?

Castilho – A Portonave tem uma integração muito grande com a comuni-dade e tem um processo de desenvol-vimento sustentável. Nós temos publi-cado já há alguns anos um relatório de sustentabilidade mostrando as nossas

"Somos hoje o maior contribuinte do ISS

praticamente 50% do imposto é gerado pela

atividade portuária. Além disso, temos mais de 1.000 funcionários diretos e um número

muito grande de trabalhadores indiretos. Então, contribuímos para

o desenvolvimento de Navegantes."

Portonave

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ações e deixando transparente para a comunidade de usuários e para a comunidade local todas as nossas atividades. Além disso, temos feito investimentos que se reportem e atendam a comu-nidade, principalmente de Navegantes e região. Um exemplo é o Contém Cultura, que já é desenvolvido pelo terceiro ano. Procuramos ações junto à comunidade que além de trazer bene-fícios econômicos, motivados pelo investimento e por atividades como geração de empregos e maior arrecadação de impostos, também contribuam com o desenvolvimento sociocultural de toda a região.

Portuária – Qual a sua avaliação em relação à qualidade da mão de obra na região e até que ponto isso influência nos resultados do terminal?

Castilho – As empresas têm tido a preocupação, e nós nos incluímos nisso, de desenvolver a sua própria mão de obra. Temos intensivamente feito essa qualificação, pois a atividade portuária cresceu bastante e nós temos uma característica di-ferente que é a de ter a mão de obra vinculada, ou seja, não usamos o trabalhador portuário avulso no sentido da rotativida-de, por uma questão de gestão, e fixamos esse trabalhador ao terminal. Por isso desenvolvemos um processo de treinamento, pois muitas vezes esse trabalhador vem de fora do processo portuário e precisa de uma adaptação. Temos visto o mercado aquecido neste ano e consequentemente em algumas funções específicas encontramos uma dificuldade maior de contratação. No entanto, de uma maneira geral, temos universidades aqui que formam mão de obra de boa qualidade mas que precisam de uma complementação, que a Portonave tem feito interna-mente.

Portuária – Qual a sua avaliação do setor portuário cata-

rinense no cenário nacional?Castilho – Santa Catarina se destaca

pelo setor portuário que tem e pela competiti-vidade. Nós temos hoje cinco terminais, sendo três portos organizados (São Francisco, Imbitu-ba e Itajaí) e dois terminais com investimento privado (Porto Itapoá e Portonave). Além de ser o segundo maior movimentador de contêineres do País, o Complexo Portuário de Itajaí, soma-se a todo o Estado e por isso cresce ainda mais. Vejo também boas condições de Santa Catarina continuar se desenvolvendo neste setor com o processo que está ocorrendo agora de conces-são para o Estado, tanto de Imbituba quanto de São Francisco, e que solidifica essa condição. Com Itajaí fazendo investimentos na adequa-ção de berços, com o crescimento que Imbituba passa a ter e com o investimento que São Fran-cisco está anunciando com novos terminais, acredito que Santa Catarina tem destaque no

cenário nacional. O Governo do Estado e a comunidade têm demonstrado bastante interesse no segmento portu-ário.

Portuária – Recentemente uma pesquisa realizada pelo Instituto Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain) apontou o Porto Itapoá como o terminal portuário com o melhor desempenho do Brasil, já a Portonave ficou na terceira colocação. Qual a sua avaliação referente a essa pesquisa?

Castilho - Essa pesquisa abordou a percepção dos usuários como conjunto, e talvez as limitações que nós ti-vemos de acesso tenham algum impacto em relação a isso. Mas de qualquer maneira, Navegantes teve uma boa ava-liação e nós estamos analisando o que podemos melhorar para disponibilizar uma condição melhor para o usuário e para que ele perceba essas alterações.

Portuária – Essa afirmação do Porto Itapoá no ce-nário nacional em apenas três anos de operação preocupa a Portonave?

Castilho – Isso é bom para o País, pois é bom que tenhamos concorrentes e a nova legislação veio para tra-zer uma maior concorrência, de maneira que os terminais sejam cada vez mais produtivos. Com isso, nós passamos a ter uma concorrência intensa e Navegantes tem hoje a maior operação entre os terminais de Santa Catarina, ten-do sido em 2013 considerado pela Lloyd’s List o operador portuário do ano. Então, nós nos posicionamos entre os melhores terminais em operação no País.

Portuária – A relação entre os portos de Itajaí e Na-

Portonave

Portonave/Divulgação

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vegantes é de cooperação ou concor-rência?

Castilho – Ela é complementar, embora concorrente em algumas situ-ações. Prova disso são as ações que temos tomado em conjunto. A auto-ridade portuária tem facilitado muito isso, então participamos das discus-sões tanto no âmbito do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) como das melhorias que precisam ser feitas de infraestrutura e que são comuns a ambos. Esse grande crescimento de movimentação de cargas no Comple-xo Portuário foi em função dessa com-plementaridade. Somos competidores, sem dúvida, em algumas coisas, mas por outro lado nos complementamos no sentido de criar um Complexo Portuário mais forte.

Portuária - Como é feito o trabalho de atração de clientes para um porto?

Castilho – É realizado um trabalho junto à grande concentração de armadores que por vezes são concorren-tes, mas em algumas atividades trabalham de forma con-junta. Procuramos oferecer aos armadores boas condições, através de um trabalho comercial direcionado aos mesmos. Este trabalhado também é realizado junto aos importadores e exportadores para garantir boas condições nas atividades de retroárea. Existe sempre uma movimentação comercial bastante intensa, em função da concorrência hoje, pois o usuário tem várias opções muito próximas, desde Parana-guá até Rio Grande. Sendo assim, os comerciais precisam ser bastante ativos.

Portuária - Na sua opinião os portos privados levam vantagem em relação aos públicos pela sua forma de ges-tão?

Castilho – Não. Acho que são modelos com vanta-gens e desvantagens para cada um dos lados. Os terminais dentro de uma concessão nascem com um mercado já criado e com investimento já efetuado. Por outro lado, os termi-nais privados precisam fazer todos os investimentos e têm um tempo de maturação para isso. São condições diferentes de atuação e, na minha visão, isso se equilibra ao longo da operação. Os dois têm características diferentes, vantagens e desvantagens, mas ambos conseguem competir.

Portuária - A modernização dos portos coloca em ris-co a continuidade da atividade de portuário?

Castilho – Não, muito pelo contrário, abre muito

mais perspectivas de trabalhos e de ne-gócios. O que se precisa efetivamente é que todos participem deste processo, de aumentar a produtividade, em um senti-do amplo. Nós precisamos ter produtivi-dade de mão de obra, de equipamento, para que tenhamos custos competitivos. O País ainda precisa crescer muito, prin-cipalmente nesta área de contêineres. O potencial de crescimento do setor é muito grande e abrem-se novas perspec-tivas, mas certamente é um novo modelo de gestão, de um trabalhador portuário cada vez mais eficiente.

Portuária – Recentemente a Asso-ciação Brasileira dos Terminais Portuários

(ABTP) lançou um documento com sugestões aos candidatos a Presidente da República para a evolução do setor portuá-rio. Na sua opinião quais são os principais desafios do próxi-mo presidente nesta questão?

Castilho – O principal desafio é deixar as regras muito claras, pois ainda existem dúvidas. Por exemplo, a linha do porto organizado, como isso deve se estruturar, a forma de ampliação, a atuação do CAP que hoje não é mais delibera-tivo e sim consultivo, o funcionamento do CAP, a expansão destes terminais, a própria contratação de mão de obra e o equilíbrio dessa condição entre as relações de capital e trabalho. Então, o desafio do próximo governo está em con-solidar essas situações e tirar algumas amarras para que o setor continue se desenvolvendo.

Portuária – Qual a importância da Portonave para o desenvolvimento econômico do município de Navegantes?

Castilho – Navegantes foi uma das cidades que mais cresceu em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), desen-volvendo também os seus indicadores. A sua população já passa de 70 mil habitantes, o município atraiu para cá novas empresas, abriu um novo mercado de consumo e criou no-vos postos de trabalho. A Portonave tem a sua responsabi-lidade neste sentido, pois foi um investimento forte feito no município e que transformou uma área da cidade, antes sem produção, sem atividade e que vivia ao lado de Itajaí. Hoje participa efetivamente do desenvolvimento da cidade e tem um terminal que é líder em movimentação. Somos hoje o maior contribuinte do ISS e praticamente 50% do imposto é gerado pela atividade portuária. Temos mais de 1.000 fun-cionários diretos e um número muito grande de trabalhado-res indiretos. Com tudo isso, podemos dizer que a Portonave tem uma parcela de contribuição bastante relevante para o desenvolvimento de Navegantes. •

Portonave"Procuramos ações junto à comunidade

que tragam além dos benefícios

econômicos gerados pelo investimento e pela atividade como

geração de empregos e maior arrecadação

de impostos, que também contribuam

com o desenvolvimento sócio cultural de toda a

região."

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A partida dos sete barcos de Alicante, na Espanha já co-loca Santa Catarina na contagem regressiva para rece-ber mais uma edição da Volvo Ocean Race. O Estado está na lista das 11 paradas da corrida mundial dos

mares. Itajaí será o porto de parada dos aventureiros. Uma comi-tiva itajaiense formada por membros da comissão organizadora, empresários e jornalistas esteve na Espanha para acompanhar o início da competição.

Em Itajai a Vila da Regata será aberta em 4 de abril de 2015, permanecendo com atrações e aguardando a chegada dos barcos até o dia 19 do mesmo mês, quando os barcos partem em direção à próxima etapa da Volvo, em Newport, nos Estados Unidos.

Serão 15 dias de atividades e de uma população orgulhosa em receber tão importante evento internacional. Neste período o espaço, montado junto ao Centreventos de Itajaí, receberá o público das 14h às 23h de segunda a sexta-feira e das 10h às 23h nos sábados e domingos. Assim, como na edição anterior o público poderá entrar e usufruir das atrações gratuitamente.

Na primeira edição em que Itajaí foi sede, entre 2011/2012 mais de 282 mil pessoas mil pessoas visitaram o espaço e de-

ELES ESTÃOBarcos da Volvo Ocean Race

partem de Alicante, na Espanha e em abril de 2015

aportam em Itajaí

Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 11

ram as boas-vindas aos atletas. E o público impressionou a organização e os patrocinadores. O retorno de mídia, por exemplo, foi de mais de 4 mil reportagens veiculando o nome de Itajaí, quase 130 horas de conteúdo televisivo e 445 imagens da cidade exibidas em jornais e revistas no Brasil e no exterior.

Além do clima de festa e de superação, afinal são dias e mais dias a bordo de barcos cruzando os mares, a Volvo Ocean Race também reflete na economia de Itajaí e região. Dados da consultoria Price Waterhouse Coopers (PwC), apresentam sucesso em dois importantes aspectos: o impacto gerado pelos investimentos dos envolvidos com o evento (organização, equipes, patrocinadores, etc) e o impacto gerado por gastos privados, individuais, realiza-dos por pessoas que visitaram a cidade e o evento.

O estudo aponta que a primeira edição atraiu um grande número de visitantes de fora do Estado e do país, com permanência média dos visitantes 3,4 noites para bra-sileiros e 7,2 para estrangeiros. “O gasto direto estimado destes visitantes foi de R$ 8,58 milhões no Estado, com a contrapartida da organização e equipes na casa dos R$ 7,65 milhões”, revela o diretor da Secretaria de Turismo de Itajaí, Darlan Haussen Martins Júnior. “Considerando to-dos os gastos, temos um impacto direto e indireto total de R$ 43,75 milhões na economia catarinense”, reforça.

Martins Júnior comenta que um exemplo claro do reflexo positivo está na ocupação hoteleira e no gasto com transporte local, como serviços de viagem e turismo. Isso gera ISS ao município. Se levarmos em conta a taxa ocupação de abril de 2012, que chegou a 74% das 1.066

VOLTANDO

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unidades habitacionais, com média diária é de R$ 93, foram arrecadados R$ 44 mil de imposto somente com essa movi-mentação. “Fora da temporada ou deste período de eventos, a taxa média de ocupação é de 42%, o que gera o equivalente a R$ 25 mil mensais de ISS”, considera.

PercursoOs barcos partiram de Alicante para Cidade do Cabo, na

África do Sul. Todo o percurso terá 38.739 milhas náuticas ou 71.745 quilômetros. A aventura depois passará por Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), Sanya (China), Auckland (Nova Ze-

lândia), Itajaí (Brasil), Newport (EUA), Lisboa (Portugal), Lorient (França), Haia (Holanda) – pit stop apenas para manutenção dos barcos - e Gotemburgo (Suécia), onde a competição será encerrada com a prova final no dia 27 de junho de 2015.

ParticipantesSete equipes participam na edição de 2014-15 até ago-

ra: Team SCA (Suécia), Abu Dhabi Ocean Racing (Emirados Árabes Unidos), Dongfeng Race Team (China), Brunel Team (Holanda), Team Alvimedica (EUA/Turquia), Team Mapfre (Es-panha) e Team Vestas Wind (Dinamarca). •

Carmen Hidalgo - Volvo O

cean Race

Ainhoa Sanchez - Volvo Ocean Race

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A Receita Federal trabalha para implementar duas me-didas que podem facilitar a vida das empresas que operam no comércio exterior. Até o final do ano, o

órgão quer fechar o modelo brasileiro de Operador Econômi-co Autorizado (OEA) e dar início ao processo de simplificação do Recof - Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado. As medidas fazem parte do pacote anunciado, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o setor exportador.

Segundo o subsecretário substituto de Aduana da Re-ceita, Luís Felipe Reche, o foco das medidas é propiciar uma agilização do fluxo dos grandes exportadores e simplificar para permitir o acesso de pequenas e médias empresas que não exportam de maneira rotineira. "O principal desafio é ser ágil e ao mesmo tempo ser eficaz no combate aos desvios", afirmou.

Hoje há uma concentração muito forte no comércio ex-terior brasileiro. Cerca de 40 empresas são responsáveis por 50% do valor das exportações. "Essas propostas vão permitir dar fluidez para o operador atual e simplificar para que outras empresas possam operar", explicou.

RecofA Receita iniciará ainda em 2014 a modernização do

Recof, um regime que permite a importação de insumos com suspensão tributária para a produção de bens a serem expor-tados. As empresas habilitadas também recebem outras faci-lidades como operar na chamada linha azul da Receita, que garante o despacho aduaneiro mais rápido das importações porque não há checagem da carga no local.

O problema é que há exigências para participarem do regime como um valor mínimo de exportação por ano. O re-

Receita elabora medidas para facilitar comércio exterior

Divulgação

14 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

sultado é que apenas grandes exportadores conseguem se habilitar. A Receita quer reduzir o compromisso de exportação e simplificar o controle. "Vamos em um primeiro momento mu-dar o critério contábil e num segundo momento trabalhar no modelo de controle para simplificar", afirmou o subsecretário. "Esse ano, começa uma simplificação, mas a mudança do mo-delo em si será em 2015", completou.

OEAO processo de instalação do OEA também terá início

este ano, mas a implementação completa só ocorrerá no final de 2016. A programação também inclui a revisão do processo de habilitação da linha azul para ampliar o número de empre-sas que usam esse canal. Em um segundo momento, a linha azul será incorporada ao OEA.

O Operador Econômico Autorizado é um conceito mun-dial que permite identificar, baseado num conjunto de critérios, operadores considerados de baixo risco. Eles têm direito a um tratamento aduaneiro ágil, reduzindo ao máximo a interven-ção da aduana. Também permite que o país assine convênios de reconhecimento mútuo com outras nações, garantindo que as exportações brasileiras recebam tratamento agilizado no país de destino. "Esse é um grande ganho do OEA", defendeu Reche. Países como Estados Unidos e Uruguai já manifestaram o interesse de assinar o acordo de reconhecimento mútuo com o Brasil.

O primeiro passo, que será dado neste ano, é definir o modelo brasileiro de OEA para permitir as primeiras habilita-ções. Serão empresas que já participam de um projeto piloto com a aduana dos Estados Unidos. Esses operadores certifi-cados devem atender requisitos de segurança, como a não manipulação da carga.

"Em 2015, queremos ter mais de 20% das operações de exportações com operadores do OEA", informou o subse-cretário. Podem ser habilitados transportadores, exportadores, importadores e outros operadores do comércio exterior que atendam o princípio da segurança da cadeia. Na última fase, em 2016, a Receita pretende incorporar ao sistema outros ór-gãos do governo, como a Anvisa, que também são anuentes das operações de comércio exterior.

Protocolo de KyotoEntre as medidas anunciadas pelo ministro Mantega

também está a implementação do protocolo de Kyoto no que diz respeito às melhorias dos procedimentos aduaneiros. "Na prática, o Brasil já atende mais de 95% do que está recomen-dado na convenção de Kyoto. Só que o Brasil nunca formali-zou. Vamos mostrar para o mundo que o país segue os padrões internacionais", disse Reche. O Brasil assinou o protocolo, mas não concluiu processo de internacionalização. O documento precisa ser aprovado no Congresso e depois internalizado por ato do poder Executivo. •

Ministro da Fazenda, Guido Mantega

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Oferecer uma oportunidade de trabalho para um detento ou egresso do sistema penitenciário pode representar um ganho social e levar à redução de índices de rein-

cidência criminal. Atualmente várias empresas investem em fábricas montadas na Penitenciária da Canhanduba, em Itajaí, e apostam na rentabilidade mão de obra dos detentos. O local tem gestão compartilhada, diretores e gerentes são do Depar-

Uma nova oportunidadeEmpresas investem em fábricas montadas na Penitenciária da

Canhanduba, em Itajaí, ressocializando os detentos através do trabalho

tamento de Administração Prisional (Deap) e os vigilantes e funcionários administrativos trabalham para a empresa Montesinos.

Atualmente 285 presos desenvolvem algum tipo de trabalho em uma das 10 empresas que possuem convênio e estão instaladas na penitenciária. Para que possam tra-balhar, os presos têm que cumprir uma série de exigências, como bom comportamento, e passar pela avaliação de uma Comissão Técnica de Classificação. A cada três dias de trabalho, o preso tem descontado um dia na sua pena. Eles recebem em média um salário mínimo, que é depositado em uma conta bancária e fica à disposição da família ou do preso, depois que ele deixa a cadeia

No entanto, segundo o gerente de laboral do Com-plexo Penitenciário do Vale do Itajaí (CPVI), José Sálvio Goulart, no início do projeto havia muito receio do empre-sariado. “Enfrentamos uma resistência enorme dos empre-sários de Itajaí e região, mas como o diretor industrial da Irmãos Fischer, Norival Fischer, conhecia o nosso trabalho em Brusque, ele foi o primeiro a confiar nesse projeto. Com a vinda da Fischer os empresários passaram a apostar e investir também. Temos empresa hoje aqui que já investiu cerca de R$ 600 mil para montar a sua linha de produção

CAPA

Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

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na Penitenciária ”, explica.Além do trabalho na Fischer, há detentos trabalhando

com metalurgia, reciclagem de plásticos, confecção de saco-las de papelão, na manutenção da unidade, na cozinha e na confecção de redes esportivas e pijamas, entre outras.

“Para se ter ideia a secadora da Fischer que é vendida no Brasil todo e até em países do Mercosul é produzida 100% aqui na penitenciária. A metalúrgica Açoforte trabalha apenas com dois clientes: a construtora FG e a Petrobras. Quando fir-mamos o convênio com a Petrobras a empresa exigiu que os presos fossem qualificado através de cursos de solda e agora devemos iniciar um curso de tubulação naval”, ressalta.

Sair da cadeia e continuar fora dela não é uma tarefa fácil para muitos ex-detentos. Embora o trabalho e o estudo sejam algumas das chaves da ressocialização bem-sucedida, apenas 20% dos cerca de 574 mil presos no país trabalham e 8,6% estudam.

“Essa parte de ressocialização é fundamental para a harmonia da penitenciária, pois trabalhar em um local onde o preso fica muito tempo ocioso não é fácil. E nesse projeto todo mundo sai ganhando. O empresário tem uma mão de obra de qualidade por um preço acessível, o preso a diminui-ção da pena e uma renda para a família, e a sociedade com essa ressocialização”, ressalta o diretor do Complexo Peni-tenciário do Vale do Itajaí (CPVI), Juliano Stoeberl.

O case das empresas Irmãos Fischer, já foi apresenta-do durante reunião na Associação Empresarial de Rio do Sul (Acircs). Na ocasião o diretor industrial da empresa, Norival Fischer, afirmou que o projeto implantado pela empresa não é mérito de ninguém. “Precisamos nos conscientizar que é pre-ciso fazer algo. Santa Catarina tem mais de 17 mil presos, o Brasil tem 500 mil, e o que nós estamos fazendo efetivamente para eles voltarem à sociedade? Se não houver reinserção es-ses números só irão aumentar”.

CAPAFotos: Arquivo/CPVI

18 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

A ocupação com o trabalho tem dado esperanças de vida melhor para detentos como Diego Paulo dos Santos, de 26 anos. Natural de Nova Aurora

(PR) ele trabalha na linha de produção da Açoforte e está preso há quatro anos e cinco meses. O apenado descobriu muito mais benefícios nas atividades de-senvolvidas do que apenas a redução de pena. Diego acredita que na região a área metalúrgica é muito for-te, com mais de 60% das vagas de empregos voltadas para o setor portuário e da construção naval.

“O trabalho é muito importante para levantar a nossa autoestima, pois apesar de estar preso, a gen-te tem um valor, muita qualidade e isso só precisa ser lapidado. Essas empresas são fundamentais para nos dar confiança e retornar para a sociedade com o pensa-mento de vencer na vida com o nosso suor e não com o sofrimento das outras pessoas”, afirma.

Já Osmar Alfredo Souza, de 24 anos, natural de Joinville está preso há três anos e seis meses e trabalha na parte de logística da Irmãos Fischer. “Essa ressociali-zação é importante, pois tem muitas pessoas aqui den-tro que querem mudar e se dedicam ao serviço. Na área

de serviço o tempo passa mais rápido e nos sentimos como se estivéssemos lá fora”

Natural de Lages, Everton de Lima, de 26 anos, trabalhou nove anos como eletricista profissional e também trabalha na linha de produção da Açoforte. Preso há dois anos e seis meses ele já fez cursos de soldador e logística na penitenciária. “Aqui passamos por uma profissionalização e isso é fundamental e um grande incentivo para quem quer sair daqui e voltar a ter uma vida normal dedicada ao trabalho. Além disso, para o empresariado é uma mão de obra muito viável e que acaba sendo melhor, mais rentável e produtiva pelo fato de estar exclusivamente focado no trabalho”, afirma.

Preso há dois anos, Cleudson da Luz Cândido, é natural de Itupiranga no Pará, e presta serviço na cozi-nha para a empresa Montesinos. “Acredito que o traba-lho e o estudo são as melhores formas de reintegração a sociedade. Através disso, podemos pagar o tempo determinado pela justiça com dignidade e retornar à sociedade e aos nossos familiares da melhor forma pos-sível”, finaliza. •

Detentos acreditam que o trabalho é o caminho para a recuperação

CAPA

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 19

Fone: 47 3029-3484 Engº Richard Förster Bayer

As empresas parceiras do projeto:

Irmãos Fischer (Brusque)

Açoforte (Itajaí)

Printbag (Camboriú)

RC Conti/ Mensageiro

dos Sonhos (Brusque)

Fortplast (Itajaí)

Adília (São Paulo)

Montesinos (Florianópolis)

Ondrepsb (Florianópolis)

Redesport (Itajaí)

Rovitex (Luís Alves)

CAPA

22 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

O segmento de turismo de negócios e eventos tem movimentado a econo-mia de Santa Catarina, principalmente

em Florianópolis, e colocado a região Sul do Brasil em destaque. De acordo com a Associa-ção Internacional de Congressos e Convenções (ICCA), a capital catarinense já ocupa a 4ª posi-ção no país em números de eventos nacionais e internacionais, e o Brasil está na 9ª posição entre os principais receptores de eventos inter-nacionais.

Por sua proximidade com os países do Mercocul, a capital catarinense tem apresenta-do forte crescimento da demanda de congressos de negócios. O fato de Santa Catarina ser des-taque no ranking nacional do desenvolvimento humano e econômico, desenvolvido pelo Insti-

tuto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), tem contribuído para que seja escolhida como sede de importantes eventos.

O mercado é itinerante, sendo que a captação do evento depende, basicamente, do destino e das facilidades que a cidade oferece, entre elas, infraestrutura receptiva, mobilidade, segurança e atrativos turísticos.

De acordo com a representante da Asso-ciação Brasileira de Centros de Convenções e Feiras (Abraccef) no Estado, Cristiane Martins Reitz, o segmento de turismo de negócios e eventos em Santa Catarina pode ser dividido em dois importantes momentos: antes e após a criação dos centros de convenções. “Em espe-cial o CentroSul, localizado em Florianópolis, é um catalisador de oportunidades, pois muitas

Divulgação

A capital catarinense

já ocupa a 4ª posição no país em números de

eventos nacionais e internacionais.

Turismo de negócios alavanca economia de Santa Catarina

24 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

empresas e profissionais trabalham neste segmento em função da rotatividade de eventos sediados no espaço”, explica a em-presária, que é também gerente geral do Centro de Convenções da capital.

Idealizados para abrigar eventos de grande porte, o Cen-tro de Eventos e Turismo Costão do Santinho, também localizado na capital catarinense, o Centreventos Cau Hansen, em Joinville e o Parque Vila Germânica, em Blumenau, também estão entre os demais centros de convenções mais procurados no Estado.

Uma boa localização, identificação da demanda do mer-cado, ações de marketing bem definidas, personalização de serviço, excelente atendimento e criatividade são fatores que influenciam na consolidação de um novo valor para os grandes centros de convenções. De acordo com pesquisa realizada em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (IGPM 2014), o custo médio de um turista de negócios que visita a capital catarinese é de três vezes mais que o de temporada. Cada um gasta em média R$ 318,06 por dia, sendo que neste valor estão incluídos gastos com hospedagem, alimentação, lazer e artigos turísticos, injetando uma média de R$ 38 milhões em apenas um semes-tre.

Outro fator que tem contribuído na captação de novos ne-gócios de eventos e turismo em Florianópolis é, sem sombra de

dúvidas, a redução da alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS), agora de 2%, que tem tornado esse segmento mais competitivo. “A redução de ISS é uma luta antiga do setor em busca da equiparação com outros importantes destinos de turismo de eventos no País. Com esta redução, Florianó-polis se tornou mais competitiva, podendo captar e atrair um maior número de eventos para cidade, beneficiando todo o Estado.”, opina Cristiane Reitz.

O turismo em Santa Catarina representa em torno de 12,5% do PIB do Estado, conforme dados do Floripa Convention & Visitors Bureau. Deste total, o segmento de Negócios e Eventos tem proporcionado um aumento real fora da alta temporada. •

Centro de Eventos e Turismo

Costão do Santinho, também localizado na

capital catarinense, está entre os mais

procurados no Estado.

Divulgação

Economia&Negócios • Setembro 2014 • 25

26 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

Após dois anos de pesquisas e debates com industriais e espe-cialistas, o Programa de Desen-

volvimento Industrial Catarinense (PDIC 2022), desenvolvido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) entra agora em fase decisiva. A partir deste mês, a Federação começa a apresentar as 16 rotas de crescimento setorial que

irão compor o Masterplan do setor pro-dutivo do Estado até 2022.

Quando finalizado, o programa irá potencializar o desenvolvimento da in-dústria estadual, numa articulação entre empresas, governo, terceiro setor e ins-tituições de ensino. Essa articulação irá possibilitar que as oportunidades sejam absorvidas pelo setor industrial para po-

Planejamento do futuro da indústria de Santa Catarina entra em fase decisiva

Fiesc vai começar a apresentar as 16 rotas de crescimento setorial que

irão compor o Masterplan do setor produtivo do

Estado até 2022

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 27

sicionar Santa Catarina de maneira compe-titiva em âmbito nacional e internacional.

"São mais de 70 profissionais, entre doutores, mestres e especialistas, que es-tão trabalhando conosco neste programa. O objetivo é formular uma agenda de de-senvolvimento sustentável para a indústria catarinense, com impacto em toda a nossa economia", afirma Glauco José Côrte, pre-sidente da Fiesc.

A agenda de lançamento das rotas tem início em Joinville, com as propostas para os setores metalmecânico e de me-talurgia. O material, com 44 páginas, é resultado de estudos socioeconômico e de tendências para o setor no Estado. Este material foi validado em um painel com especialistas e industriais, que conheceram os estudos e definiram as visões de futuro, os principais entraves para o crescimento dos segmentos em Santa Catarina e as ações necessárias no curto, médio e longo prazos.

O mesmo trabalho está sendo realizado em outros 15 setores produtivos catarinenses: agroalimentar, bens de capi-tal, celulose e papel, cerâmica, construção civil, economia do mar, energia, indústrias emergentes, meio ambiente, móveis e ma-deira, produtos químicos e plástico, saúde, tecnologia da informação e comunicação, têxtil e confecção e turismo.

Os estudos e painéis revelaram al-guns empecilhos comuns aos diversos segmentos, como as deficiências da infra-estrutura de logística, a alta e complexa carga tributária, o elevado custo da ener-

gia, a dificuldade na contratação de força de trabalho qualificada e a morosidade na emissão de licenças para novas instalações e ampliações. Já entre as visões de futu-ro aparecem para os setores classificações como "referência em pesquisa e desenvol-vimento", "fortemente exportador" e "sus-tentável".

Os estudos começam a se refletir nas ações da Federação. "Todo o planejamento estratégico que estamos fazendo para a FIESC está focado nas pautas levantadas pelo PDIC", diz Carlos Henrique Ramos da Fonseca, diretor da entidade. Um esforço institucional será feito na sequência para garantir o envolvimento de empresas, go-verno, terceiro setor e instituições de ensi-no com as pautas e demandas levantadas pelo documento.

HistóricoLançado em 2012, o PDIC teve como

primeira etapa a realização de estudos que apontaram os setores produtivos mais pro-missores de Santa Catarina. Foram aponta-dos, com base em pesquisas, 16 segmentos "portadores de futuro" em todas as regiões do Estado. Na sequência, em associação com universidades e instituições de pes-quisas, foram realizados estudos e painéis relativos a todos os setores, com atividades em Balneário Camboriú, Blumenau, Chape-có, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Joinville, Lages e São Bento do Sul. E agora, com o lançamento das rotas estratégias que com-porão o Masterplan, tem início a terceira etapa do PDIC 2022. •

28 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

Infraestrutura, Ambiente Macroeconômico, Saúde e Educação Fundamental – possuem notas baixas para o Brasil, o que compromete o desenvolvimento da economia no longo prazo e o aumento da competitividade.

O sobe-e-desce da competitividade brasileira é fruto da falta de implementação de medidas emergenciais de eficiência e produtividade, tais como a simplificação do marco regulatório, da legislação trabalhista, do sistema tributário e, claro, da falta de implementação, na sua to-talidade, e dentro dos custos originalmente previstos, dos planos públicos e privados de investimentos em infraestru-tura, tecnologia, educação e saúde.

“Esse diagnóstico foi feito em 2007, quando o Bra-sil ocupou a sua pior posição no relatório, e se mantém o mesmo até hoje”, comenta Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação e Competitividade da Fundação Dom Cabral e responsável pelos dados do Brasil que compõem o ranking. •

Brasil perde uma posição no Ranking Global de Competitividade 2014

Ranking traz a Suíça em primeiro lugar, seguida de Cingapura e EUA

O Brasil perdeu uma posição no Ranking Global de Com-petitividade, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) que, no Brasil, conta com a parceria da Fundação

Dom Cabral, responsável pela coleta e análise dos dados do país. O Brasil ocupa agora a 57ª posição; em 2012, estava na 48ª e é um dos países que mais perderam competitividade nos últimos anos.

O Fórum Econômico Mundial (WEF) lança anualmente o estudo Global Competitiviness Report, que está em sua 35ª edi-ção. As notas e os rankings são calculados a partir de dados estatísticos, econômicos e as opiniões de executivos dos 144 países, cobrindo 12 pilares multitemáticos, dentro dos quais são avaliados vários fatores de competitividade.

O WEF ouviu a opinião de mais de 14 mil empresários. Na edição de 2014, as nações mais competitivas do mundo conti-nuam a ser lideradas pela Suíça pelo 6º ano consecutivo, com Cingapura em 2º lugar. É importante destacar o bom desempe-nho dos Estados Unidos e do Japão, que aumentaram duas e três posições respectivamente.

Os Estados Unidos apresentam avanços significativos, es-pecialmente nos fatores associados aos aspectos institucionais que, na opinião dos entrevistados, fizeram com que a economia americana nestes últimos dois anos se tornasse ainda mais con-fiável.

Entre as economias emergentes, os BRICs e N-11, que englobam Brasil, Rússia, Índia e China e Bangladesh, Egito, In-donésia, Irã, Coreia do Sul, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Turquia e Vietnã, os destaques são a Coreia do Sul (26ª posição), China (28ª) e Indonésia (34ª). No entanto, todos esses países, com exceção da Coreia do Sul, apresentam deficiências significa-tivas no sistema institucional e regulatório. A China está somen-te na 86ª posição em indicadores de eficiência de mercado.

Brasil: deficiências que inibem o desenvolvimento no longo prazoEm 2014, o Brasil perdeu mais uma posição no ranking

geral. O país é, agora, a 57ª economia mais competitiva do mundo. Os pilares básicos para a competitividade de uma nação – Instituições,

As 10 economias mais competitivas

País Posição 2014 Posição 2013 Movimento

Suíça 1 1 0

Cingapura 2 2 0

EUA 3 5 +2

Finlândia 4 3 -1

Alemanha 5 4 -1

Japão 6 9 +3

Hong-Kong 7 7 0

Holanda 8 8 0

Reino Unido 9 10 +1

Suécia 10 6 -4

Um projeto moderno e inovador que sugere um novo plano arquitetônico para o centro urbano de Itajaí foi selecionado para o Prêmio Archiprix Internacio-

nal Madrid 2015. O trabalho, apresentado na conclusão de curso do arquiteto Arnon Rodrigues, com orientação da professora Lisete Assen de Oliveira, na Universidade do Vale do Itajaí (Univali), fará parte de uma exposição e será ava-liado por um júri internacional. A cerimônia de premiação será em maio do ano que vem, em Madri, na Espanha.

O prêmio, que acontece a cada dois anos, é um dos mais reconhecidos entre os arquitetos recém-graduados. Todos os participantes indicados participarão de oficinas das Archiprix internacionais, com designers de destaque, e irão abordar temas relevantes para a arquitetura, urba-nismo e paisagismo no século 21. Os finalistas, ainda terão suas produções publicadas em um livro, que será editado pela Archiprix Internacional de Rotterdam.

“Para quem está começando na carreira, como eu, ser selecionado para um prêmio como este é muito bom. É a possibilidade de sair com um portifólio importante e mostrar a minha capacidade”, comenta Arnon Rodrigues.

Conheça o projetoO projeto urbano “Nova Centralidade em Itajaí – SC”

propõe para Itajaí a implantação de um plano arquitetônico moderno, em uma área subutilizada dentro da cidade. O espaço público é o elemento que conecta o projeto, que conta com núcleos de produção e de disseminação de cul-tura, para fomentar e atrair mão de obra criativa e inova-dora.

No ano passado, o mesmo projeto venceu o 1º Prê-mio para Estudantes Graduandos em Arquitetura e Urbanis-mo do Estado de Santa Catarina, promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, de Santa Catarina (IAB/SC). •

Projeto de Itajaí é indicado a prêmio internacional de arquiteturaDistinção é uma das mais reconhecidas do mundo entre arquitetos recém-graduados

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 29

30 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

O Bndes (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) possui 178 projetos em carteira na área de logística. Segundo o Engenheiro de Transporte e Logís-

tica do Bndes, Edson Dalto, isso significa um investimento de R$ 130 milhões, proveniente apenas do banco. A expectativa é que até 2017 o setor totalize investimentos de R$ 165 milhões.

Segundo o engenheiro, entre 138 países, o Brasil se encontra em 102º lugar no quesito logística. “A infraestrutura logística no Brasil é incompatível com a atual situação econô-mica”.

O gasto financeiro com logística representa 11,5% do PIB brasileiro. Enquanto, nos Estados Unidos, representa 8,7% do PIB. Fila de espera de navios e ruins acessos portuários são obstáculos que a logística enfrente no Brasil. Para ele, a avaliação é que as ferrovias apresentam uma velocidade média muito baixa, apenas 15km/h. Dalton garante ainda que serão adicionados 12 trechos (11.000 km) de ferrovias no Brasil.

“O setor de ferrovia é prioridade, mas, o investimento é muito alto e apresenta riscos elevados. O Bndes não dá conta sozinho dos desafios no financiamento à infraestrutura em todo o país, são necessários outros capitais”, finalizou.

Logística ganha investimentos de R$ 130 milhões

EstimativaPara conseguir tornar a logística brasileira compe-

titiva, reduzindo em no mínimo 30% os custos para os seus usuários, o país precisa investir R$ 1 trilhão até 2030 em ferrovias, rodovias, hidrovias, aeroportos e portos. A estimativa é de um estudo da Universidade de São Paulo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT) apre-sentado pelo presidente executivo da Associação Nacional dos Usuários de Carga (Anut), Luís Baldez, durante o "III Seminário de Logística - Panorama e tendências para o transporte marítimo de cargas".

Segundo o estudo, a maioria desse montante deve-ria ser aplicada em ferrovias (R$ 448,8 bilhões) e rodovias (R$ 361 bilhões). Do total, R$ 160 bilhões seriam destina-dos ao Nordeste.

No Brasil gasta-se quase o dobro com custos logísticos que em outros países, a exemplo dos EUA, o que reduz a competitividade brasileira. "Esse custo é

equivalente a 5% do produto Interno Bruto (PIB), ou seja,

US$ 100 bilhões por ano. Isso se reflete na indústria e na gôndola do super-mercado. Ano após ano

não se consegue avançar nisso", criticou Baldez. •

32 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

Foram mais de 1800 dias de muito planejamento, mais de 43 mil horas de preparação para uma nova volta ao mun-do. Nesses cinco anos, um novo propósito para percorrer

29 países, cinco continentes e 30 mil milhas náuticas: teriam os chineses descoberto a América, 71 anos antes de Colombo? No final de setembro, o primeiro dos cerca de 50 portos foram risca-dos da lista da Família Schurmann. O veleiro Kat partiu de Itajaí com 12 tripulantes. A Vila da Regata ficou lotada de espectado-res, que foram até o local desejar uma ótima viagem. Esta é a terceira volta ao mundo dos comandados de Vilfredo Schurmann. A “Expedição Oriente” deve durar dois anos e três meses. Foi a primeira vez que a Família Schurmann partiu de Itajaí.

“Itajaí está se consolidando cada vez mais como um pólo náutico no Brasil. A escolha da cidade apenas reforça o que o mu-nicípio representa nesse cenário. Ser escolhido para a largada da “Expedição Oriente” é muito gratificante para todos nós. Desejo a Família Schurmann uma ótima viagem”, comentou o prefeito Jandir Bellini.

O trajeto desta nova volta ao mundo foi inspirado no livro “A Teoria 1421”, do autor inglês Gavin Menzies, que defende que uma expedição chinesa comandada pelo almirante Zheng He, a mando do Imperador Zhu Di, da Dinastia Ming, teria sido a pri-meira a chegar a América em 1421. Em busca da verdade por trás desta teoria, o veleiro Kat vai procurar por respostas que podem estar escondidas no Oriente há quase 600 anos. Depois

de 30 anos da primeira volta ao mundo da família a bordo de um veleiro, eles retornam ao mar para mais uma aventura, mas desta vez será a primeira que eles chegarão à Antártica e à República Popular da China, que fica a aproximadamente 17 mil quilôme-tros de distância do Brasil. A previsão é de que os Schürmann tenham a primeira parada após uma semana, em Punta Del Este, no Uruguai.

“Devemos percorrer de 180 a 200 milhas náuticas por dia. Estudamos muito bem cada local, pois em determinados lugares do planeta temos que passar quando é inverno ou quando é ve-rão, por causa das condições dos mares e do tempo”, esclareceu o comandante Vilfredo Schurmann.

“Estamos muito confiantes com essa teoria e acreditamos que podemos encontrar evidências físicas que comprovem a his-tória do comandante Zheng He. Desta vez vamos viajar com mui-to mais tecnologia, eu por exemplo vou ficar em terra, junto com uma equipe de 30 pessoas. Acho que vamos ter histórias muito boas para contar”, explicou David Schurmann.

Partindo de Itajaí, Santa Catarina em setembro de 2014, a expedição passará por países como Argentina, Chile e Uruguai, na América do Sul; Austrália, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné, na Oceania; China, Indonésia, Japão, Singapura e Vietnã, na Ásia; e África do Sul, Madagascar e Maurício, na África, além de passar pela Antártica e dezenas de outras localidades, antes de seu re-torno ao Brasil, programado para dezembro de 2016. •

Família Schurmann se despede de Itajaí e parte para volta ao mundo

“Expedição Oriente” vai passar por 29 países e cinco continentes e deve durar dois anos e três meses

:: Destino1ª parte da viagem será pela América do sul e Antártica:Punta Del Este - UruguaiBuenos Aires - ArgentinaMar de Plata - ArgentinaPuerto Madryn - ArgentinaUshia - ArgentinaAntárticaPuerto Willians - ChilePuerto Mont - ChileIlha de Juan Fernandez - ChileIlha de Páscoa - Chile

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 37

O Conselho de Autoridade Portuária de Itajaí tem nova presidente. Leila Cristina Miateli Pires tomou posse, indicada pelo Governo Federal, e substitui o engenheiro de carreira do Porto de Itajaí, Marcelo Werner Salles.

Leila é formada em Engenharia Civil pela Universidade de Brasília, com MBA em gestão de Empreendimentos e Ges-tão Estratégica de Custos pela Universidade do Rio de Janei-ro. Serviu o Exército como oficial de Engenharia responsável

pela orçamentação de projetos de portos fluviais e atuou como analista de infraestrutura no Ministério do Planejamento, na área de projetos ferroviários do Ministério dos Transportes.

Desde o início deste ano, atua como assistente na Direto-ria de Portos Fluviais e Lacus-tres, na Secretaria de Portos da Presidência da República. •

O governo brasileiro já definiu a indicação do ex-ministro da Secretaria de Portos Antonio Henrique Silveira como novo representante do país no Banco

Mundial. Ele substituirá Rogério Studart, que completa oito anos no cargo e que deve voltar ao Brasil.

Silveira, professor licenciado da Universidade Fe-deral da Bahia, ex-secretário de Assuntos Econômicos do Ministério da Fazenda e atual secretário-executivo da Se-cretaria de Portos, foi indicado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e será confirmado no cargo em outubro. A transferência para o Bird vinha sendo negociada desde junho, quando o economista deixou o cargo de ministro.

A cadeira do Brasil no Banco Mundial reúne a Co-lômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Fi-lipinas, Suriname e Trinidad e Tobago. Reunidos, os países têm 3,3% do poder de voto no Banco Mundial. Atualmen-te, o diretor-executivo que representa os governos é o fili-pino Roberto Tan. Os diretores-executivos tocam o dia a dia do Banco Mundial e têm que decidir, por exemplo, sobre os empréstimos e garantias dados pela instituição.

Antonio Henrique, como o economista é mais conhe-cido no governo, foi nomeado ministro dos Portos quando o PSB, do então governador de Pernambuco Eduardo Cam-pos, deixou a base aliada. A legenda comandava a Secre-taria de Portos desde sua criação no governo Lula. A nome-ação do economista foi não só a solução encontrada pela presidente Dilma Rousseff para preencher interinamente a vaga e promover um auxiliar próximo, mas também uma forma de dar um caráter mais técnico à pasta. A decisão do governo de avançar na concessão dos portos continua travada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Silveira deixou o cargo em junho, substituído por César Borges (PR-BA) para que Dilma pudesse acalmar o PR, insatisfeito com a atuação de Borges no Ministério dos Transportes. O partido da base aliada indicou Paulo Sérgio Passos para os Transportes e a presidente decidiu manter Borges no governo. Para acomodar todos os nomes do xa-drez político, Antonio Henrique deixou o cargo.

Ex-ministro dos Portos é indicado para o Bird

Doutor em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Antonio Henrique está no governo petista desde 2005, quando foi chefe-adjunto da Assessoria Econômica do Ministé-rio do Planejamento. •

CAP de Itajaí tem nova presidente

Divulgação

Anderson Silva

Confira o resultado da votação para governo do Estado de Santa Catarina: Raimundo Colombo (PSD): 51,36% (1.763.735 votos) Paulo Bauer (PSDB): 29,90% (1.026.722) Claudio Vignatti (PT): 15,56% (534.196) Afrânio Boppré (PSOL): 1,80% (61.814) Janaina Deitos (PPL): 0,80% (27.437) Elpídio Neves (PRP): 0,25% (8.510) Gilmar Salgado (PSTU): 0,22% (7.420) Marlene Soccas (PCB): 0,11% (3.927)

38 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

O candidato à reeleição Raimundo Colombo (PSD) venceu a disputa para o governo de Santa Catarina, com 1.763.735 votos, o que corresponde a 51,36% dos votos válidos. O segundo colocado, Paulo Bauer (PSDB),

recebeu 1.026.722 votos, totalizando 29,90%. Confira a apuração completa.No total, o cargo de governador de Santa Catarina foi disputado por oito

candidatos: Afrânio Boppré (PSOL), Claudio Vignatti (PT), Elpídio Neves (PRP), Gilmar Salgado (PSTU), Janaina Deitos (PPL), Marlene Soccas (PCB), Paulo Bauer

(PSDB) e Raimundo Colombo (PSD).Raimundo Colombo elegeu-se pela coligação formada pelo PSD, PMDB, PR,

PTB, PSC, PSDC, PROS, PV, PRB, PCdoB, PDT e DEM. Ele terá como vice-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB). Colombo nasceu em Lages, cidade da Serra Cata-

rinense.Ele começou a carreira política como deputado estadual em 1986.

Foi eleito prefeito de Lages em 1988. Elegeu-se deputado federal em 1998. Voltou a disputar a prefeitura de Lages e venceu a eleição em 2000, sendo reeleito em 2004. Em 2006, Colombo elegeu-se senador. Em 2010, disputou e venceu a eleição para o governo do estado, com mais de 1,8 milhão de votos. •

Eleições 2014Raimundo Colombo é reeleito em primeiro turno em Santa Catarina

40 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

Santa Catarina, que já recebeu inves-timentos de empresas alemãs como BMW, Hamburg Süd, Hengst, Netzs-

ch e Bosch, pretende ampliar as parcerias com o país europeu, aproveitando a edi-ção do próximo ano do Encontro Econô-mico Brasil – Alemanha (EEBA), que será realizado em Joinville no mês de setembro de 2015. Por isso, lideranças políticas e empresariais participaram recentemente, de seminário promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) em Frankfurt. Cerca de 70 empresários

alemães estiveram presentes, incluin-do representantes de companhias como Commerzbank, Allianz e Deutsche Bank.

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, destacou diferencias do mercado brasileiro, que podem ser explorados a partir de Santa Catarina, como uma classe média crescente, políticas governamentais de incentivo, oportunidades no campo da infraestrutura e em segmentos como o do petróleo. Ao mesmo tempo em que tem um parque industrial de destaque no ce-nário nacional e um complexo portuário

Elmar M

eurer/Divulgação

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, elencou os diferenciais

catarinenses em Frankfurt.

Parceria internacional

Santa Catarina pretende receber maisinvestimentos de empresas alemãsEm pesquisa

recente realizada pelo Financial

Times, a respeito de investimentos

estrangeiros diretos, Santa

Catarina posicionou-se

na 17ª posição geral dentre 237 Estados

pesquisados na América do Sul

diferenciado, informou Côrte, Santa Catarina possui a maior expectativa de vida do Brasil e é o segundo Estado do país em educação e tem o terceiro maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Markus Blumenschein, diretor da T-Systems, empresa do segmento de tecnologia da informação do grupo alemão Deutsche Telekom, encorajou os investimentos em Santa Cata-rina, destacando a qualificação dos profissionais em seu seg-mento e a facilidade de comunicação em função do idioma. A empresa tem 50 mil funcionários e escritórios em 20 países. Desde 2006 possui unidade em Blumenau, que hoje emprega 400 pessoas. “Além da língua alemã e da herança cultural, em Santa Catarina temos custos de produção competitivos, estabilidade social maior do que em outras regiões do Brasil, conhecimento específico em tecnologia da informação devido às universidades da região, suporte e programas de apoio das autoridades, além de uma forte rede empresarial”, disse.

Em pesquisa recente realizada pelo Financial Times, a respeito de investimentos estrangeiros diretos, Santa Catarina posicionou-se na 17ª posição geral dentre 237 Estados pes-quisados na América do Sul. Além disto, ocupou a 10ª coloca-

ção em três das cinco categorias avaliadas quantitativamente: potencial econômico, capital humano e eficiência em custos.

“Santa Catarina é o Estado mais desenvolvido do Brasil. Tem oportunidades fantásticas de negócios e de intercâmbio econômico e cultural com a Alemanha”, disse o senador Luiz Henrique da Silveira. Junto com o senador Jorge Viana, do Acre, Silveira também abordou a questão ambiental. Afirmou que há desinformação sobre o assunto no exterior, que hoje a população tem consciência sobre a questão, que o Código Florestal Brasileiro passou a dar mais valor à “árvore em pé do que à serrada” e que o País está recuperando parte dos recursos naturais que deixou de preservar no passado.

Para Côrte, o seminário realizado em Frankfurt, a par-ticipação catarinense no EEBA de 2013 e a conquista da próxima edição do evento pelo Estado poderão intensificar o intercâmbio com a Alemanha. Para ele, representam uma oportunidade especialmente para o desenvolvimento das pe-quenas empresas e para a inserção delas no mercado exter-no. Nos últimos cinco anos, a corrente de comércio de Santa Catarina com a Alemanha foi de aproximadamente US$ 918 milhões anuais. •

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 41

mercadomercadocoluna coluna

Referência em eficiência, agilidade e segurança, o Porto Itapoá tem participado dos mais importantes eventos do setor logístico e por-tuário do País. No 5º Encontro do Conselho do WTC (World Trade

Center), em Joinville (SC), o presidente do Porto Itapoá, Patricio Junior foi um dos debatedores convidados junto a outros grandes nomes da região.

Com o tema “Desafios e gargalos na logística e infraestrutura”, o CEO destacou a importância do investimento em infraestrutura na logísti-ca portuária brasileira. Ainda em setembro, o gerente Comercial do Porto Itapoá, Ricardo Trotti, palestrou no evento “A Hora da Cabotagem” que ocorreu em São Paulo e uniu diversos empresários do segmento marítimo. Cases de sucesso, análises e soluções facilitadoras de integração com ou-tros modais foram apresentados no principal fórum anual do setor. •

Porto Itapoá marca presença nos eventos mais relevantes do setor portuário

Mari Braunn Fotografia

42 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

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Prestes a completar 88 anos de história, a rede Brei-thaupt, sinônimo de tradição no varejo catarinense, passou por grandes mudanças no último ano. A em-

presa reposicionou a própria marca no mercado, focando exclusivamente em lojas e home centers e direcionando seus negócios para o comércio de materiais de construção, máquinas, ferramentas, móveis, eletro e eletrônicos, além de itens do setor automotivo.

Um ano após a mudança, a empresa avalia como positivos os resultados obtidos com o reposicionamento e, hoje, celebra o crescimento na região e no Estado. A estra-tégia incluiu a ampliação e reforma de lojas, o incremento no mix de produtos, a reformulação dos layouts das unida-des, além da reestruturação da comunicação com clientes e colaboradores, prezando pela transparência e valorização dos públicos.

Um dos destaques, em termos de crescimento, foi o segmento de home centers, que comercializa um variado mix de produtos para o lar. O setor está aquecido, impulsio-nando novos negócios.

Para este ano, a empresa projeta crescimento de dois dígitos, índice expressivo, já que o setor da construção ci-vil, em geral, segue na contramão e deve fechar 2014 com

números abaixo do esperado, na casa dos 3,5%, de acor-do com a Anamaco (Associação Nacional de Materiais de Construção). Isso significa que a construção vive uma fase de desaceleração, mas, por outro lado, pesquisas apontam que o brasileiro se prepara para investir mais em reformas e móveis, priorizando o conforto e o bem estar da família, o que fomenta as vendas de itens para o lar. Outro marco dessa transição foi a recém-inaugurada loja do bairro Barra do Rio Cerro, em Jaraguá do Sul, que está em novo ende-reço e oferece estrutura adequada, estacionamento amplo e atende aos novos padrões adotados pela Breithaupt. As mudanças foram realizadas com o intuito de proporcionar uma melhor experiência de compra aos clientes.

A marca Breithaupt teve início em 1926. Atualmente, a rede conta com quatro homecenters, localizados em Join-ville, Jaraguá do Sul, Brusque e Balneário Camboriú e outras quatro lojas nas cidades de Guaramirim, Mafra, Canoinhas e São Bento do Sul. A rede possui duas lojas de máquinas e ferramentas, em Itajaí e Jaraguá do Sul, e duas unidades no ramo de auto center, em Jaraguá do Sul e Canoinhas. O Jaraguá do Sul Park Shopping, empreendimento que está passando por obras de ampliação, também pertence ao grupo. •

Negócios

Breithaupt cresce com reposicionamento de marcaAtualmente, a rede conta com quatro homecenters, localizados em Joinville,

Jaraguá do Sul, Brusque e Balneário Camboriú e outras quatro lojas nas cidades de Guaramirim, Mafra, Canoinhas e São Bento do Sul

Divulgação

44 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna Decisão do STF é importante para a redução

da carga tributária das empresas, diz Fecomércio

A Fecomércio Santa Catarina considerou positiva a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Servi-

ços (ICMS) não deve incidir sobre operações de importação feitas por meio de arrendamento mercantil (leasing). Para a entidade, a decisão da maioria dos ministros representa importante precedente para a redução da carga tributária das empresas, uma vez que os percentuais deste imposto podem variar entre 4% e 25%, dependendo do tipo de bem importado.

A decisão demonstra o reconhecimento da impossibi-lidade de tributação do ICMS em operações comerciais da mesma pessoa jurídica, contrariamente ao entendimento até então seguido pelos fiscos estaduais. O Judiciário, em-bora não de forma unânime, vem reconhecendo, também, a não incidência do IPI sobre as importações de mercadorias e bens de capital, quando houver a venda em etapa posterior ao desembaraço aduaneiro. Desta forma, reduzindo-se os custos da importação destes produtos, a tendência é haver reflexos em toda a cadeia produtiva, trazendo benefícios aos empresários e também aos consumidores finais.

SupremoA decisão do STF foi proferida no Recurso Extraor-

dinário (RE) 540829, com repercussão geral reconhecida,

na qual o Estado de São Paulo questionava uma operação realizada por uma empresa do ramo metalúrgico. Na sessão plenária, o recurso foi desprovido por maioria de votos, ven-cidos o relator, ministro Gilmar Mendes, e o ministro Teori Zavascki. Segundo o presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, o julgamento significa a solução de, pelo me-nos, 406 processos que estavam sobrestados nas demais instâncias, em virtude do instituto da repercussão geral.

O julgamento estava suspenso aguardando voto-vista do ministro Teori, que se manifestou pelo provimento do re-curso. O ministro aderiu ao voto do relator, alinhando-se ao entendimento de que o fato gerador do tributo se configura com a entrada do bem importado no Brasil, não importando a natureza do contrato celebrado no exterior.

Em seguida, o ministro Luís Roberto Barroso, ao se-guir a divergência aberta pelo ministro Luiz Fux, votou pelo provimento do recurso e citou doutrina segundo a qual não há circulação de mercadoria, para fim de incidência do im-posto, nos casos em que não há mudança de titularidade da mercadoria. "Não incide o ICMS importação na operação de arrendamento internacional, salvo na antecipação da opção de compra, dado que a operação não implica a transferência da titularidade do bem", afirmou Barroso. Também votaram pelo desprovimento do RE a ministra Rosa Weber e os mi-nistros Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski. •

"O julgamento

significa a solução

de, pelo menos,

406 processos que

estavam sobrestados

nas demais instâncias,

em virtude do instituto

da repercussão geral."

Presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 45

mercadomercadocoluna coluna

Quem curte as emoções da navegação em breve terá uma nova opção no mercado náutico, a lancha F 400 Gran Coupé, a primeira da Linha Yacht, do esta-

leiro itajaiense Fibrafort. Com fabricação programada para janeiro de 2015 o F 400 Gran Coupé será uma lancha com-pleta com: teto solar, ar condicionado, gerador, TV, espaço gourmet com churrasqueira elétrica, cozinha e inúmeros itens que compõe o seu pacote Comfort capazes de con-ferir exclusividade, socialização e muita descontração aos passeios.

O amplo espaço de popa facilita a circulação e gera comodidade, a lancha abrigará dois camarotes, um de proa fechado e um a meio nau, que de modo customizado pode-rá ser fechado ou aberto, dependendo apenas do interesse

dos futuros proprietários. Com capacidade para até 14 pas-sageiros/dia e de seis para as pernoites. O modelo é equipa-do com motorização a gasolina de 2X300 à 380 HP ou ainda diesel 2X300 à 370 HP o novo lançamento vai estimular os apaixonados pela navegação no imenso litoral brasileiro.

Com sede em Itajaí (SC) a Fibrafort é a maior fabri-cante de lanchas da América Latina com mais de 13.800 embarcações navegando em águas do Brasil e do exterior (marca presente em 42 países). Desde 2012 o estaleiro Fi-brafort conta com o serviço da Porsche Consulting. Todos os processos de gestão, design e produção são analisados, avaliados e recebem as devidas reformulações, tudo para aprimorar a assinatura da Linha Focker e da Linha Yatchs, com barcos de 16 à 40 pés. •

Mercado Náutico

Fibrafort vai fabricar novo modelo de lancha em Itajaí a partir de 2015

F 400 Gran Coupé será uma lancha completa com: teto solar, ar condicionado, gerador, TV, espaço gourmet com churrasqueira elétrica e cozinha

46 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

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Uma parceria entre as empresas catarinenses Brasil Cle-an Energy, de Balneário Camboriú, e Eco Conceitos, de Pomerode, susbsidiária no Brasil da empresa alemã

de tecnologia em biogás Archea, deu origem ao projeto da primeira usina de biometano do Estado. A unidade, instalada próxima de uma granja de suínos de médio porte em Pomero-de, aproveitará os gases resultantes da biodigestão de deje-tos dos animais através de tecnologia de origem alemã.

Após coletado, o gás passará por um processo de be-neficiamento para adequação de sua composição química ao padrão do biometano, similar ao gás natural de origem fóssil atualmente distribuído em Santa Catarina. A comercialização

dos cerca de 2.500 m³/dia de gás renovável esperados será intermediada pela SCGÁS (Companhia de Gás de Santa Ca-tarina), que deve iniciar a venda do insumo comprimido em cilindros.

A cerimônia de inauguração, na sede da biorrefinaria, contou com cerca de 150 convidados. Entre autoridades políti-cas, representantes de outras distribuidoras de gás brasileiras, como a Compagás, do Paraná, a Cebgás, do Distrito Federal, e a Cegás, do Ceará, e lideranças de diversas empresas privadas interessadas na aplicação da tecnologia ou compra do gás renovável, como BRF, Aurora, Tetrapak e Scania.

“A parceria entre a SCGÁS e a biorrefinaria é uma im-

Inaugurada a primeira usina de gás de Santa Catarina

Empresas como BRF, Aurora, Tetrapak e Scania, já estão interessadas na aplicação da tecnologia ou compra do gás renovável

portante conquista, pois garante que este valioso insumo extraído e purificado em Santa Catarina seja utilizado aqui”, diz o presidente da SCGÁS, Cósme Polêse. “O desenvolvimen-to de projetos como este demonstra que sabemos enxergar oportunidades. Ele resolve tanto o passivo ambiental resul-tante da destinação dos dejetos da suinocultura quanto o pro-blema de baixa oferta de insumo de gás que atravessamos hoje”, avalia.

O gerente de Tecnologia de Gás da SCGÁS, Ricardo Ko-nishi, explica que o biometano já possui consumidores po-tenciais. “Clientes do setor industrial cerâmico e postos de GNV já sinalizaram interesse em consumir, mas a venda do insumo será iniciada somente a partir da publicação do Mar-co Regulatório do Biogás no Brasil pela ANP”. Esperada para meados de dezembro, a lei definirá normas e procedimentos para produção, transporte, comercialização e utilização dos gases renováveis.

Tecnologia inteligenteA tecnologia utilizada no empreendimento garante uma

alta eficiência no aproveitamento dos gases de decomposição de matéria orgânica, com desempenho semelhante aos utili-zados na Alemanha, país referência em aproveitamento de biogás. O gás gerado pelas fezes suínas passam por filtragem para retirada de moléculas de enxofre, evitando o mal cheiro, e por um processo de hidrólise antes de entrar nos reatores de biodigestão 100% isolados, dotados de um movimentador de substrato e com temperatura e acidez controladas. Na sequência, o gás extraído passa pela purificação, que retira os elementos químicos indesejados e eleva o poder calorífico do gás. O biometano pode ser aproveitado na geração de ener-gia elétrica ou térmica, com diversas aplicações em processos industriais, como combustível para automóveis (GNV), e em residências e comércios na cocção, aquecimento de água e aquecimento de ambientes. •

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 47

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48 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

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A Tupy, maior fundição de ferro da América Latina e líder no mercado automotivo de blocos e cabeçotes de ferro, vai leiloar seis imóveis em Santa Catarina

que totalizam 24,3 milhões de m² de área e estão avalia-dos em R$ 31,7 milhões. Os lances podem ser feitos até dia 24 de outubro no site da Superbid, empresa especiali-zada que organiza a venda.

Entre os terrenos, três podem ser destinados para compensação ambiental – um na zona rural de Joinville e os demais nos municípios de Camboriú e Garuva. Os outros têm potencial de desenvolvimento imobiliário re-sidencial (na cidade de Joinville), industrial (São Bento do

Sul) ou misto, residencial e industrial (Garuva, às margens da BR-101).

O pagamento pode ser à vista ou financiado em até quatro anos com pagamento semestral. Para participar do leilão, pessoas físicas ou jurídicas devem se cadastrar no site www.superbid.net e solicitar habilitação. Os lances podem ser feitos online ou, no dia do encerramento, na sede da Superbid (Alameda Lorena, 800, 2º andar, Jardim Paulista - São Paulo/SP). O resultado é processado eletro-nicamente. Os interessados em visitar os ativos devem entrar em contato com a Central de Atendimento da Su-perbid: (11) 2163-7800 / [email protected]. •

Tupy leiloa 24,3 milhões de m² de terras em Santa Catarina

Entre os terrenos, três podem ser destinados para compensação ambiental – um na zona rural de Joinville e os demais nos municípios de Camboriú e Garuva

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 49

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A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) é a instituição de en-sino superior não-estatal catarinense melhor classificada no ranking de universidades que compõe o Ranking Universitário

Folha 2014, divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo.O ranking reúne e classificada 192 instituições brasileiras, públi-

cas e privadas, a partir de cinco indicadores: pesquisa, internacionali-zação, inovação, ensino e mercado. No país a Univali ocupa a posição 65 entre todas as universidades (públicas e privadas). No Estado ela é a segunda melhor classificada, sendo a primeira não-estatal.

Os dados que compõem os indicadores de avaliação são cole-tados em bases de patentes brasileiras, de periódicos científicos, em dados do Ministério da Educação (MEC) e em pesquisas nacionais de opinião feitas pelo Datafolha. •

Ranking nacional aponta Univali como melhor universidade não-estatal de Santa CatarinaInstituição ocupa a posição 65 entre todas as universidades

(públicas e privadas) do país e é a segunda no Estado

Divulgação

Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio MalburgCep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD

50 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

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San Jose, Capital do Vale do Silício

O 7º Festival Náutico Tedesco Ma-rina, gerou um total de negócios de R$ 70 milhões, superando as

expectativas e os números da edição ante-rior quando foram fechados R$ 45 milhões. O evento recebeu 10 mil visitantes durante seus quatro dias de realização. A direção do evento lembra que os números em negócios deverão ser ainda maiores em razão dos contatos comerciais estabelecidos já que muitas propostas poderão ser finalizadas após o evento

“Encerramos esta sétima edição do Festival Náutico muito satisfeitos devido ao aumento em mais de 50% em vendas realizadas, o que comprova os esforços de toda a equipe da organização em atrair expositores e público qualificado, além

dos aprimoramentos em infraestrutura do festival e atrações aos visitantes”, ressalta a diretora executiva Juliana Tedesco dos Santos. “O resultado comprova não só a expressiva adesão do público interessado em náutica como também o crescimento e o potencial desse mercado do Sul do país”, complementa.

O Festival Náutico Tedesco Marina, realizado entre 5 e 8 de setembro, recebeu 26 expositores em uma área de 4,5 mil m² mais 22 vagas molhadas, entre estaleiros nacionais e internacionais e seus revende-dores e empresas especializadas em pro-dutos e serviços de náutica e de luxo. O evento também marcou o 8º aniversário de uma das maiores e mais modernas marinas do país. •

Maior festival náutico do sul do país terminacom R$ 70 milhões em negócios realizados

52 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

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A catarinense WEG anunciou a aquisição da Efacec Energy Service Ltda. (“Efacec Ser-vice”), empresa que atua na manutenção em transformadores de força, motores, geradores, disjuntores e em serviços de engenharia de campo para diversos seg-

mentos industriais de energia.A Efacec Service tem mais de 20 anos de experiência na prestação de serviços em

transformadores e máquinas rotativas de média potência, ocupando área de 6.500 metros quadrados em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, na Região Metropolitana do Recife. Com 100 colaboradores, a companhia tem mercado de atuação predominante no Nordeste do Brasil. Em 2013, as receitas da Efacec Service atingiram aproximadamente R$ 16 mi-lhões. A efetivação da transação está sujeita à aprovação das autoridades brasileiras de proteção à concorrência. O valor do negócio não foi revelado.

De acordo com o Diretor Superintendente da WEG T&D, Carlos Prinz, “a Efacec Ser-vice vai consolidar nossa presença nessa região de rápido crescimento e aumentar nossa competitividade em mercados importantes, como energia eólica e subestações industriais”. A companhia catarinense é um dos maiores conglomerados brasileiros. No ano passado, obteve receita líquida de vendas de R$ 6,8 bilhões, 10,6% superior a do ano anterior. •

WEG compra empresa de PernambucoNova unidade vai aumentar a competitividade da companhia em

mercados importantes como energia eólica e subestações industriaisDivulgação

mercadomercadocoluna coluna

A G. Laffitte Empreendimentos acaba de comemorar uma data histórica: são 30 anos de atuação no Pa-raná e Santa Catarina. A empresa está passando por

um processo de reestruturação, com destaque para o plano sucessório de gestão, que iniciou em 2013 e conta com a con-sultoria da empresa Crescita, de Curitiba.

Com metas definidas, o desafio do grupo Laffitte é fazer essa troca de comando para as novas gerações sem perder a força do negócio. De acordo com pesquisa realizada pela PWC Consultoria, se 36% das empresas sobrevivem à segun-da geração, apenas 19% resistem à terceira geração e apenas

7% chegam até a quarta geração. Um desafio para os gesto-res, que precisam estar em constante atualização. Criada em 1984 por Gilson Laffitte, a empresa de loteamentos passou pela gestão dos filhos e agora está em fase de transferência para os netos do empresário fundador. A terceira geração está sob supervisão de Gelson e Vanda Laffitte, que estão coorde-nando esse processo de transição.

De acordo com Gabrielle Laffitte, gerente de marketing, para o processo de sucessão familiar dar certo foi preciso expandir a empresa já pensando também nos filhos e netos dessa terceira geração, que começa a assumir o comando da

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 53

Planejamento

G. Laffitte passa por processo de reestruturação e ampliaçãoCriada em 1984 por Gilson Laffitte, a empresa de loteamentos

passou pela gestão dos filhos e agora está em fase de transferência para os netos do empresário fundador

54 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

empresa. “Precisamos ampliar o leque de atendimento e com a consultoria conseguimos colocar isso em prática. No começo era apenas uma família que vivia com a renda da empresa, depois passaram para seis famílias e hoje somos em 15 netos, sendo que metade deles atua na empresa e a outra parte é de acionistas”, explica.

Atualmente, o Grupo G. Laffite é liderado pela G.Laffitte Incorporadora, que gerencia a atuação de mais três empresas, que foram criadas nesta nova gestão: G. Laffitte Imóveis, La-ffitte Investimentos e Global Construtora. Gabrielle diz que o

foco da nova gestão tem como base a capacitação constante. “Temos especialistas em todas as áreas da empresa e todos nós buscamos estar preparados para continuar com esse pro-cesso de sucessão, que tem sido realizado com sucesso desde então”. Gabrielle é formada pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná e faz pós em Gestão de Projetos pela Fun-dação Getúlio Vargas. Há também gestores com experiências internacionais, como Bryan Laffitte Masters, que fez mestrado em finanças nos Estados Unidos e Ellen Laffitte, que tem for-mação em Arquitetura, realizada em Madri. •

Arquivo Pessoal

A empresa familiar começou com pequena estrutura

e poucos funcionários.

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 55

Tempo de espera, jornada de trabalho e horas extras. Estes são alguns dos pontos que estão sendo fiscaliza-dos pelas equipes do Ministério do Trabalho e Emprego

(MTE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) em empre-sas que atuam com transporte de carga em todo o Brasil. Cada item tem uma regra estabelecida pela lei 12.619/12, conhecida como a Lei do Motorista, que desde que foi apro-vada se transformou em motivo de debate e propostas de alterações. Por isso, os empresários precisam ficar atentos e buscar auxílio e informações para dar cumprimento as re-gras.

O advogado Cassio Viecelli, especialista em transporte rodoviário de cargas, lembra que a lei entrou em vigor em 17 de junho de 2012, e a partir daí, as cobranças começa-ram. Porém, para ele, não existiu um tempo de adaptação para que o empresário conseguisse se familiarizar com as novas regras. “Não é simplesmente uma situação de mu-dança. Eu preciso de um período de adaptação com o meu motorista, com o embarcador, com quem recebe a merca-doria para vender, envolve todo o ciclo produtivo. Não é só simplesmente o transporte”, comenta Viecelli.

A partir daí os Ministérios do Trabalho e Emprego e do Ministério Público do Trabalho deram início a uma fiscaliza-ção que o especialista chama de coativa, principalmente pelo

MTE, quando deveria ter um caráter educativo. Isso porque até hoje, depois de sancionada, a lei vem sendo discutida e adaptada. Por causa deste comportamento, as empresas estão sendo multadas. São valores que variam entre R$ 4 mil e R$ 4 milhões de reais. Multas que, dependendo da em-presa e da região, inviabilizam a manutenção da atividade. Aqui no Estado algumas empresas do Oeste Catarinense já receberam a visita dos fiscais. Esses profissionais autuam e multam mediante a falta de documentação que comprove o cumprimento das regras estabelecidas pela Lei do Motorista. Porém, o advogado alerta também para as condições dadas pelo Governo para que a empresa e o motorista consigam cumprir a lei. Como exemplo, pode-se citar a falta de locais seguros para a parada de descanso.

A discussão deve ser longa ainda. Um projeto de Lei passou pela Câmara dos Deputados, foi aprovado pelo Se-nado e agora retornou a Câmara para nova análise. Nele es-tão previstas algumas modificações que podem amenizar o problema enfrentado hoje pelos empresários do setor. Uma das propostas é anular todas as notificações emitidas até agora pelos órgãos fiscalizadores. Mas, enquanto isso não acontece, os empresários do setor devem permanecer aten-tos às normas para evitar prejuízos para o setor do transpor-te rodoviário de carga. •

mercadomercadocoluna coluna Lei do motorista é alvo de fiscalização em todo o país

Em Santa Catarina mais de 400 empresas já foram multadas pelo Governo Federal

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56 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

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A Intech Boating, instalada em Palhoça, é o primeiro estaleiro brasileiro a receber o certificado de confor-midade em instalação da Volvo Penta. O reconheci-

mento para as embarcações da marca italiana Sessa Marine, F42, C36, C40 e C42, foi entregue durante o 17º São Paulo Boat Show, na capital paulista.

A certificação significa que o estaleiro esta aplicando os motores da marca sueca conforme recomendações técnicas e dentro dos padrões de qualidade estabelecidos internacionalmente pela marca, não oferecendo riscos às embarcações e proporcionando uma experiência de uso correta. De acordo com Elpídio Narde, diretor de pós-venda da Volvo Penta South America, a Volvo Penta está integralmente de acordo com os processos de instalação de motores da Intech Boating, não identificando nenhum procedimento aquém do desejado”, explica. •

Estaleiro catarinense é o primeiro certificado pela Volvo Penta

Carlos Alberto Alves

O 46º Congresso Catarinense das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedor Individual realizado em Itajaí contou com a participação de mais de 400 pessoas. O evento recebeu os pa-

lestrantes Arnaldo Jabor, Fernando Scherer, o Xuxa da Natação, o Má-gico Evandro Soares, Rogério Benche e a presidente da AMPE de Itajaí, Crislaine Kalkmann, que falou sobre “Inteligência Social.

A organização do congresso ainda apresentou aos participantes cases de sucessos, sessão de negócios, certificação de responsabilidade socioambiental, reunião de diretoria e reunião do conselho deliberativo. Atividades na área da saúde e beleza também puderam ser conferidas como: pilates solo, psicologia laboral, quick massage, dinâmica de er-gonomia e maquiagem.

Pela primeira vez, em quase 20 anos de Enconampe, Itajaí recebeu empresários e empreendedores de todo o Estado em um evento deste porte. O foco deste encontro era “O ser humano faz a diferença”. •

46º Enconampe encerra com grande participação de público

Divulgação

Nas horas de folga o professor Adhemar Duro, do cur-so de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) mergulha na astrofotografia e troca o céu da

boca pelas imagens fantásticas do universo, de astros e cons-telações a milhões de km de distância.

Este ano, como reconhecimento do seu trabalho mun-dialmente visto e admirado, Adhemar foi nomeado como um dos 19 fotógrafos embaixadores do European Southern Ob-servatory (ESO), obtendo passe livre para entrar em qualquer um de seus sítios localizados em território chileno.

Em 2011, a curiosidade e a vontade de aprimorar técnicas o motivou a iniciar o curso de Fotografia da Univa-

li, mesma época em que ele começou a ter contato com a astrofotografia. Os primeiros experimentos para captar rastros de estrelas e paisa-gens astronômicas foram feitas aqui na região. Uma de suas fotos, um registro na Praia do Buraco, em Balneá-rio Camboriú, foi destacada e venceu o Concurso Les Nuit des Etoilles, da Academia Francesa de Astronomia. •

Adhemar Duro

Fotografias do céu rendem título de embaixador à professor da Univali

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 57

Depois de seu projeto ter sido eleito como a #VirginStar-tup da semana em Londres,

agora foi a vez de Rafael dos San-tos ser o escolhido o Empreendedor da Semana pelo mesmo grupo, um dos maiores do mundo em negó-cios como companhias aéreas e redes de academias.

Natural de Itajaí o empre-sário catarinense vive em Londres há mais de 10 anos teve a ideia de criar um projeto em que ajudasse pessoas e enfrentar de forma mais fácil essa mudança. Foi onde sur-giu a Room in the Moon, uma rede social que conecta pessoas que querem morar na mesma cidade

ou país. Com espírito inquieto e sem-

pre em busca de novidades, Rafael dos Santos tem ideias novas a cada minuto e em menos de um ano, desde que fundou a startup, conse-guiu conectar mais de 6000 pesso-as de 17 países que estão em busca do mesmo sonho: viver no exterior. Sempre se utilizando de campanhas nas redes sociais e muitas parcerias com pouco investimento, conse-guiu inclusive criar uma promoção que irá premiar o membro do site que mais compartilhar notícias so-bre a sua cidade com uma bolsa de estudos de duas semanas para qualquer lugar do mundo. •

mercadomercadocoluna coluna Divulgação

Empresário de Itajaí se destaca em Londres

58 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

Brasilportos do

A assinatura de Termo de Cooperação entre o Governo do Estado e a Superintendência do Porto de Itajaí, pelo governador em exercício, desembargador Nelson

Schaefer Martins, garantirá o início da primeira etapa das obras do novo acesso aquaviário e bacia de evolução para o Complexo Portuário do Itajaí. O ato foi assinado em solenidade realizada no auditório do Porto de Itajaí, e contou com a pre-sença do Ministro de Portos, Cesar Borges. Na ocasião também foi lançado o edital de concorrência pública, para que as obras sejam iniciadas, o mais tardar, em janeiro de 2015.

Nesta fase serão investidos R$ 130 milhões pelo Gover-no do Estado. As obras englobam o alargamento do canal e parte da nova bacia de evolução, com 480 metros de diâme-tro, o que vai possibilitar operações com navios de até 335 metros de comprimento com 48 de boca. Serão retiradas as guias correntes do molhe Sul junto ao Saco da Fazenda, retira-da de parte dos espigões transversais do molhe norte (groins)

e dragagens da área da nova bacia e para o alargamento do canal de acesso.

Já a segunda fase das obras, com recursos de mais R$ 208 milhões, previstos no orçamento de 2015 da União, vai garantir ao Complexo Portuário uma bacia de 530 metros de diâmetro, com capacidade para operar navios de até 366 metros de comprimento e 51 de boca. A segunda etapa tam-bém prevê a realocação do molhe norte, possibilitando que o canal de acesso fique com a largura de 220 metros.

Para o governador, a obra é fundamental para o comér-cio exterior catarinense e um marco histórico não apenas para a economia de Itajaí, mas para a economia brasileira como um todo. “O alargamento dos acessos, a nova bacia de manobras e a adequação das estruturas de proteção do rio Itajaí-Açu não são apenas úteis e necessários, mas colocarão o Comple-xo Portuário do Itajaí em padrão de igualdades com grandes portos do mundo”, relatou o governador.

Garantidas obras dos novos acessos e bacia de evolução do Complexo Portuário do Itajaí

Na primeira etapa das obras serão investidos R$ 130 milhões pelo Governo do Estado e vai possibilitar operações com

navios de até 335 metros de comprimento com 48 de boca

Arquivo Secom

O Complexo Portuário do Itajaí movimentou 74,28% da corrente de comércio catarinense e 3,59% do comércio exte-rior brasileiro no ano passado. Os números tendem a apre-sentar moderado crescimento neste ano. Também está entre os 120 maiores portos do mundo e ganhou cinco posições na edição de 2014 do World Top Container Ports, ranking publicado anualmente pela publicação britânica Container Management. Com 1.120,627 TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés) operados em 2013, o Complexo catarinense passou da 108ª posição, na edição de 2013, para a 103ª posição, neste ano. No ranking nacional, o Porto Organizado de Itajaí está atrás apenas do Porto de Santos.

O ministro de Portos, César Borges, destacou a impor-tância da parceria dos governos estadual, municipal, federal e da iniciativa privada no empreendimento e confirmou a in-tenção da Secretaria de Portos em auxiliar na continuidade da obra. Além da questão portuária, Borges ressaltou a preocu-pação do Governo Federal com as infraestruturas rodoviária e ferroviária brasileiras, bem como informou os investimentos que o setor dos transportes vem recebendo no Estado e Brasil. “Santa Catarina e seus portos terão sempre as portas abertas onde estiver César Borges”, finalizou o ministro.

Complexidade “A nova bacia de evolução e a readequação dos

acessos vai possibilitar que recebamos navios de ultima geração e que possamos dar continuidade ao crescimento de nosso município, que hoje apresenta o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, disputando por muito pouco o topo no ranking estadual”, disse o prefeito Jandir Bellini. Ele destacou a importância da obra não ape-nas para a economia de Itajaí, mas para o crescimento do comércio internacional catarinense e brasileiro com o um todo. “Em 2009 os armadores nos sinalizaram dessa ne-

cessidade. No ano seguinte demos início aos estudos e hoje já estamos licitando a obra. Isso é excelente para nossa região e Estado”, acrescenta.

O superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Anto-nio Ayres dos Santos Júnior, explica que assim que constatada a necessidade do mercado, as empresas APM Terminals Ita-jaí e Portonave Terminal Portuário Navegantes contrataram e custearam estudos de última geração – envolvendo modela-gens matemáticas, simulações de navegação em equipamen-tos de alta tecnologia, entre outros – elaborados por empresa holandesa com amplo know-how no segmento. “Técnicos da Autoridade Portuária, terminais e Praticagem também acom-panharam os estudos, que hoje, após todos os licenciamen-tos necessários, resultaram nesse importante ato para nosso Complexo”, diz Ayres.

Para o diretor-superintendente da APM Terminals Ita-jaí, Ricardo Arten, a nova bacia de evolução irá resultar em um incremento de 70% na movimentação da APMT. “Isso nos torna ainda mais competitivos diante dos demais terminais de Santa Catarina”. Já o diretor superintendente administra-tivo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, a nova bacia de evolução é uma obra necessária para a continuidade do Complexo Portuário de Itajaí. “Sem a obra, os portos perderão linhas e toda a economia da região será prejudicada. Por isso, a importância do lançamento dessa licitação”.

Aviso de LicitaçãoA Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIE) já publi-

cou o Aviso de Licitação para a primeira etapa das obras dos novos acessos aquaviários ao Complexo Portuário do Itajaí.

A entrega dos envelopes com as propostas deverá ser feita até as 14h do dia 30 de outubro, na SIE, ocorrendo a abertura às 14h30. •

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Economia&Negócios • Outubro 2014 • 59

Ministro de Portos, César Borges

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60 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

O Porto de São Francisco do Sul e o Porto de Im-bituba continuarão sob a gestão do Governo de Santa Catarina. Os contratos que renovam

o direito do Estado para administrar as duas estruturas foram assinados pelo governador em exercício de Santa Catarina, Nelson Schaefer Martins, e pelo ministro da Secretaria de Portos, César Borges, em ato realizado em São Francisco do Sul. A delegação ao Estado do Porto de São Francisco do Sul foi renovada por mais 25 anos e a do Porto de Imbituba por mais 23 anos, em contratos que poderão também ser renovados ao final do período previsto.

"Assinamos dois convênios de extraordinário valor para a economia e o desenvolvimento do nosso Estado. Imbituba é um dos portos de maior potenciali-dade do Brasil, com capacidade para receber os maiores

navios do mundo. E o de São Francisco do Sul já é o sétimo maior porto do país, um corredor de exportação imprescindível para o Brasil. A renovação das delega-ções dos dois portos para o Governo do Estado nos dão a garantia e a confiança para que sejam feitos os novos investimentos necessários, tanto do governo como da iniciativa privada", destacou o governador em exercício.

"Estamos garantindo uma tranquilidade jurídica para um longo prazo. Santa Catarina tem uma vocação para o comércio exterior e, por isso, queremos que aqui cresçam e se desenvolvam os portos. O setor portuário catarinense é cada vez mais importante, movimenta car-gas em quantidade recorde, gerando empregos e redu-zindo o Custo Brasil, por isso achamos que esse é um modelo vitorioso e que merece nossa confiança", acres-centou o ministro César Borges.

James Tavares/Secom

O ministro da Secretaria de Portos, César Borges, e o governador em exercício de Santa Catarina, Nelson

Schaefer Martins durante a assinatura dos contratos

Renovação

Governo do Estado garante gestão dos portos deSão Francisco do Sul e Imbituba por mais de 20 anos

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Economia&Negócios • Outubro 2014 • 61

O Porto de ImbitubaO Governo do Estado assumiu a gestão do Porto de

Imbituba, no Sul do Estado, em dezembro de 2012, com um contrato de concessão previsto para terminar em de-zembro de 2014. Nestes quase dois anos, os resultados foram expressivos: o movimento de contêineres aumentou em mais de cinco vezes e o volume de cargas movimenta-do cresceu 67%, passando de 2,1 milhões de toneladas em 2012 para uma previsão de 3,5 milhões de toneladas em 2014. O bom desempenho garantiu que o governo federal aprovasse a assinatura do termo de prorrogação por mais 23 anos.

O presidente da SC Parcerias, Paulo Cesar da Cos-ta, que também preside o Conselho de Administração do Porto de Imbituba, explica que a renovação da concessão

permitirá uma série de novos investimentos no local. "O setor de infraestrutura de um porto exige investimentos de longo prazo. Quando não se tem uma delegação por um período mais amplo, fica muito difícil conseguir os inves-timentos. Por isso, a importância do ato histórico de hoje, que coloca o Porto de Imbituba em uma nova fase, que vai refletir na economia de toda a região", explicou.

Estão previstos cerca de R$ 300 milhões em melho-rias no berço três e molhe, com recursos obtidos por meio da parceria entre terminais, operadores e os governos es-tadual e federal. O porto está se consolidando como um polo de desenvolvimento regional, já que atualmente a cadeia produtiva movimenta cerca de 4 mil empregos.

Uma parceria entre governos estadual e federal no valor de R$ 38 milhões também viabilizou a dragagem do porto. A obra garantiu o aprofundamento do canal de acesso (dos atuais 15 metros para 17 metros), da bacia de evolução (de 13 para 15,5 metros) e dos berços (de 12,5 para 15 metros). Com a dragagem, o porto pode receber navios de até 360 metros de comprimento, embarcar e de-sembarcar mais cargas para comercialização.

O diretor do porto, Marcelo Schlichting, afirmou que com as novas configurações técnicas de atracação com a conclusão da dragagem, tarifas competitivas e uma ação comercial arrojada impulsionam a meta de movimentar 150 mil TEUs por ano até 2015. Em 2014, o porto deve fechar com a marca de 55 mil TEUs no ano. •

O Porto de São Francisco do SulLocalizado no Norte do Estado, o Porto de São Fran-

cisco do Sul é uma estrutura de múltiplo uso, sendo o segundo do Brasil em movimentação de carga não contei-nerizada e respondendo por cerca de 12% dos grãos ex-portados pelo Brasil. No ano passado, o empreendimento recebeu investimentos de mais de R$ 40 milhões para ampliar e aperfeiçoar a sua capacidade operacional.

Para o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Paulo Corsi, a concessão marca o início de uma nova eta-pa. “O porto passa por um processo de modernização. Já concluímos o aprofundamento do calado, as melhorias no pátio e no sistema de informática e, no fim do ano pas-sado, inauguramos mais um berço. Seguimos inovando para atrair novos armadores e movimentar mais cargas”, avaliou Corsi.

A Secretaria de Portos também já autorizou a ins-talação do Terminal de Uso Privado (TUP) do Terminal de Granéis de Santa Catarina (TGSC), localizado em São Fran-

cisco do Sul. A nova estrutura será voltada à exportação de granéis vegetais, como soja, farelo de soja e milho. A expectativa de movimentação é de 6 milhões de tone-ladas por ano, com investimento de R$ 419 milhões. A previsão para concluir a construção é de 18 meses.

62 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

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Investimentos

Secretaria de Portos libera construção de novo terminal de grãos em São Francisco do Sul

O prazo máximo para conclusão dos trabalhos é de 18 meses e serão investidos R$ 600 milhões na estrutura

A Secretaria Especial de Portos da Presidência da Re-pública liberou, em ato de assinatura em Brasília, a construção pela iniciativa privada do novo terminal

de granéis (TGSC) ao lado do porto público de São Francisco do Sul. Ao todo, serão R$ 600 milhões em investimentos na estrutura, que terá capacidade de movimentar anualmente 10,5 milhões de toneladas e armazenar até 275 mil tonela-das de grãos (milho e soja) para a exportação.

A autorização para a instalação do empreendimento atende às orientações da nova Lei dos Portos e faz parte dos esforços do governo federal para dar mais efetividade à logística portuária nacional. “Este projeto demonstra a confiança do setor privado no Brasil e no estado de Santa Catarina. O empreendimento, sem dúvida, faz parte desta nova logística moderna que o governo federal tem procura-do dar ao país para exportar mais facilmente nossas rique-zas”, afirmou o ministro César Borges.

“A solução para o desenvolvimento do país está nesta fórmula: Estados e Governo Federal trabalhando em conjunto com a iniciativa privada. Este é um momento im-portantíssimo para a economia catarinense”, salientou o governador em exercício, Nelson Schaefer Martins, presen-te no ato.

A previsão é de que as obras possam começar em um mês, logo após a publicação do decreto de utilidade pública assinado pela presidente Dilma Rousseff e da expedição da licença ambiental de instalação do Instituto do Meio Am-

biente (Ibama). Já o prazo máximo para conclusão dos trabalhos é

de 18 meses. “Vamos contribuir com o que tiver ao nosso alcance para melhorar a infraestrutura logística de Santa Catarina, vencendo a burocracia com rapidez e destravan-do os investimentos”, expressou o ministro da Secretaria de Portos, César Borges.

ProjetoO projeto do TGSC é um investimento da LogZ, Li-

toral Agência Marítima e do grupo chinês Hopeful. Visa a construção de dois berços, totalizando 453 metros de cais com calado natural de 14 metros. O berço externo contem-pla quatro torres fixas tipo Pescantes para a exportação, enquanto o berço interno poderá fazer tanto exportação quanto importação através de dois ship loader e um ship unloader. Além disso, o projeto contará com uma infraes-trutura capaz de interligar o terminal com os armazéns vizi-nhos. Atualmente, o Porto de São Francisco do Sul responde por 11% das exportações nacionais de grãos, número que irá duplicar após o início da operação do novo terminal.

Na mesma ocasião, o ministro César Borges anunciou visita a Santa Catarina na próxima semana para assinar a renovação da delegação dos Portos de São Francisco do Sul (mais 25 anos) e Imbituba (mais 23 anos) para o Governo do Estado, o que também permitirá mais investimentos nas estruturas. •

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64 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

O TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá), 2º maior terminal de contêineres da América do Sul, atingiu recentemente o número recorde na mo-

vimentação de cargas refrigeradas (reefer), com 6.507 contêineres, sendo 95% deles destinados à exportação e 5% à importação. O volume representa mais de 162 mil toneladas de carnes.

O número é o maior dos últimos dois anos e refle-te, além do crescimento das exportações brasileiras de carnes bovinas, suínas e de frango, a estrutura oferecida pelo TCP para os exportadores, como o maior parque de tomadas reefer entre os portos brasileiros (2.812 toma-das) e o ramal ferroviário com acesso direto ao terminal.

Juarez Moraes e Silva, diretor superintendente co-mercial do TCP, informa que o terminal deve fechar 2014 com a movimentação de 70 mil contêineres refrigerados, valor aproximadamente 15% maior do que no ano an-terior.

“O TCP vem trabalhando em parceria com os produtores para oferecer a infraestrutura e a agilidade necessárias para atender o crescimento das exportações brasileiras de congelados, reduzindo os custos em toda a cadeia e o tempo trânsito destas cargas”, destaca Mo-raes e Silva, lembrando a ampla experiência e tradição do terminal nesta área. “Ao longo dos últimos anos de-senvolvemos parcerias de longo prazo com toda a ca-deia de valor do setor, como produtores, processadoras, transportadores e armazéns, com o objetivo de ampliar a exportação de congelados no Paraná”.

Entre as empresas que vem se destacando na exportação de congelados via Paranaguá estão a BRF/Sadia, a JBS, aves e bovinos, as cooperativas UniFrango e as cooperativas vinculadas a Cotriguaçu, bem como os frigoríficos Tyson, Frigoastra e VPR. Entre os principais destinos dos congelados brasileiros estão a Ásia e a Eu-ropa. •

Crescimento

Terminal de Contêineres de Paranaguá bate recorde na movimentação de cargas refrigeradas

O TCP movimentou mais de 6500 contêineres refrigerados e a expectativa é que o volume cresça 15% em 2014

Divulgação - TCP

A União, por intermédio da Antaq, celebrou com a empresa Barra do Rio Terminal Por-tuário S/A contrato de adesão adaptado à

Lei nº 12.815/2013. A assinatura aconteceu na sede da Agência, em Brasília. Pela Antaq, parti-ciparam os diretores Mário Povia (diretor-geral) e Fernando Fonseca, e pelo terminal os advogados Luiz Eduardo Costa e Thaís Colmam Bogarim, que representaram os diretores do terminal, Ricardo Tombini e Jair Coser.

Com a assinatura do contrato, que ganhou o número 23, a empresa fica autorizada a explo-rar instalação portuária na modalidade Terminal

de Uso Privado, localizada em Itajaí (SC). A au-torização compreende a movimentação e arma-zenagem de carga geral e carga conteinerizada. A área autorizada para exploração da instalação portuária corresponde a 62.621,73 metros qua-drados.

A autorização do terminal terá vigência por 25 anos contados da data de assinatura do contrato de adesão, prorrogável por períodos sucessivos mediante a manutenção da atividade pela autorizada e realização dos investimentos necessários à expansão e modernização das ins-talações portuárias. •

Economia&Negócios • Outubro 2014 • 65

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Antaq celebra contrato de adesão com Terminal Portuário de Itajaí

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66 • Outubro 2014 • Economia&Negócios

Uma parceria público-privada com o objetivo de fornecer alternativas de escoamento para o setor agrícola. O Tecon Rio Grande, a Cesa (Companhia

Estadual de Silos e Armazéns) e a Brado Logística apre-sentaram um serviço integrado capaz de movimentar, via contêiner, boa parte da safra gaúcha de grãos, principal-mente soja.

Para isso, há uma estrutura montada em Cruz Alta, região estratégica para o setor agrícola, capaz de estocar 22,5 mil toneladas de grãos e estufar uma média de 40 contêineres por dia. A Cesa é responsável pelo recebi-mento e armazenagem das cargas. A Brado Logística fica encarregada do transporte do contêiner (via ferrovia) até o Tecon Rio Grande. Por sua vez, o terminal realiza a mo-vimentação de exportação da carga, oferecendo uma solu-ção intermodal competitiva e eficiente para o segmento.

“Até o final do mês devemos iniciar essa operação conjunta, visto que estamos em fase final de negociação com alguns clientes. Estimamos que ocorra uma redução

de 10% nos custos logísticos. Acreditamos, portanto, que essa parceria abrirá novas oportunidades aos produtores de soja do nosso Estado”, destaca o coordenador de Logís-tica do Tecon Rio Grande, Samuel Pereira.

Em 2013, o Tecon Rio Grande movimentou um volu-me expressivo de contêineres de soja. Com essa expertise, o terminal projeta aproveitar o bom momento da modali-dade na Região Sul do Brasil, que registrou crescimento de 80%, em 2014, em relação ao ano passado, para expandir suas operações. Entre as vantagens da operação de cargas agrícolas via contêiner destaca-se o acesso a mercados que trabalham com volumes menores, embarques semanais e a facilidade na logística de distribuição.

Além disso, a redução da emissão de gás carbônico (CO2), cerca de 60%, na atmosfera, é outro ponto de des-taque da operação via ferrovia. O baixo risco de contami-nação e redução de despesas extras - como a demurrage -, por exemplo, são outros fatores relevantes para o sucesso da conteineirizacão de grãos. •

Solução intermodal

Tecon Rio Grande anuncia parceria público-privadaServiço integrado será capaz de movimentar via contêiner, boa parte da safra gaúcha de grãos, principalmente soja

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