Revista Reflexo 6

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1 Ano 4/ nº 6 - 1º semestre 2011 SEGMENTOS Maternal ao Médio MATEMÁTICA FINANCEIRA Falar ou não com adolescentes sobre dinheiro? Bullying: atitudes e pensamentos perigosos na escola REVISTA

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1Ano

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SEGMENTOS Maternal ao Médio

MATEMÁTICA FINANCEIRAFalar ou não com adolescentes sobre

dinheiro?

Bullying:atitudes e pensamentos perigosos na escola

REVISTA

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SumárioEDITORIAL ................................................................................... CARTA AO LEITOR ...................................................................... ARTIGO Bullying: atitudes e pensamentos perigosos na escola ................ O Bullying na Educação Física ..................................................... ARTIGOEscola e família: parceria que sempre dá certo ............................ EDUCAÇÃO INFANTIL E 1º ANO A importância da escrita espontânea ............................................ARTIGO Escolhas que podem mudar a vida! ..............................................ENSINO FUNDAMENTAL - 2º AO 5º ANOProjetos interdisciplinares: a aprendizagem significativa .............. ARTIGOEnsino aprendizagem hoje, um novo olhar. Qual o papel do educador? ........................................................... ARTIGOOs pais têm direitos? .................................................................... ARTIGOA influência da tecnologia na vida das crianças e dos adolescentes ....................................................................... ARTIGOInternetês: A escrita virtual, eis a questão ................................... CAPA / ENSINO FUNDAMENTAL - 6º AO 9º ANOMatemática Financeira .................................................................. ARTIGOMatemática ................................................................................... ACONTECEUKaraoke songs for children and teenagers .................................. ACONTECEUAnúncio Publicitário......................................................................... ENSINO MÉDIOTCC - vivência e socialização........................................................ ARTIGOTrabalho: Necessidade natural do homem ................................... ARTIGOCaminhada e corrida, ótimos remédios ........................................ ARTIGOAlimentação Saudável................................................................... RESPONSABILIDADE SOCIALPJP/Formãe .................................................................................. RETROSPECTIVADia do Educando .......................................................................... Dia do Educador ........................................................................... ACONTECEUOlímpiadas Mind Lab 2010 ........................................................... ARTIGOLimites, sem medo! ....................................................................... ARTIGOPorque seu filho faria aulas de xadrez .......................................... PASSIONTEMPO .........................................................................

Publicação semestral do Colégio Passionista São Paulo da CruzEndereço: Av. Tucuruvi, 470 - São Paulo - SP CEP 02304-001 - Tel.: 2991-3111

Site: www.passionista.com.br/saopaulodacruzE-mail: [email protected]

Supervisão: Ir. Mercedes ScortegagnaCoordenação/Jornalista responsável: Ricardo Lopez (MTB 25.593)

Redação: Comunidade Educativa PassionistaOrganização e revizão de texto: Carina Palacio e Ricardo Lopez

Projeto gráfico: Carina Palacio e Ricardo LopezDiagramação: Carina Palacio

Os textos publicados nesta revista são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Editorial

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Irmã Mercedes ScortegagnaDiretora

Fecha-se 2010 e descortina-se 2011.

A REFLEXO nº 6 apresenta parte de um conjunto de ações vivenciadas na arte de Educar para a Vida e para a Felicidade do Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

Nela encontramos nossas crianças, nossos jovens, nossos educadores, compreendendo fenômenos, fazendo perguntas, duvidando, experimentando, produzindo conhecimento e materializando o saber. Em conformidade com o pensar de Gandhi ao refletir sobre educação: “Educar é fazer aflorar o que existe de melhor dentro de cada um”.

O Resultado da Pesquisa “Fidelidade Escola 2010” junto às famílias, educandos e educadores demonstrou um alto índice de satisfação com a formação dos educandos, atendimento personalizado, a gestão e o cuidado com cada item no processo ensino aprendizagem. Esse resultado nos compromete a avançar com determinação, inovação e sonhos.

Sonhos de sermos mais e melhor. Sonhos de sermos cúmplices na meta de Educar. Sonhos de autêntica parceria família-escola. Sonhos de educadores e educandos comprometidos, plugados, capazes de compreender, organizar criticamente e reconstruir as informações dentro de contextos que mudam continuamente.

Nesta edição da Revista Reflexo, percebemos que quando se partilha uma coisa... Se divide! Quando se partilha um conhecimento... Multiplica-se! Quando se compartilha a vida... Semeia-se!

Portanto, cabe a nós, gestores educacionais, educadores e pais, a missão de promover o educando na busca constante da formação do cidadão consciente, competente e humano. Como, por exemplo, debater abertamente assuntos de interesse dos jovens e adolescentes que podem afetar diretamente o orçamento doméstico é fundamental.

Falar de dinheiro através de exemplos práticos extraídos do dia-a-dia da família e ensiná-los desde cedo a administrar seus recursos e a dar valor ao que têm, certamente trará resultados muito melhores do que suspender a internet, o vídeo game, tirar o celular ou proibi-los de sair, sempre que o limite do cartão de crédito “estourar”. A melhoria da conduta orçamentária é um processo longo, contínuo e que depende da conscientização e da participação de todos.

Desejo a todos uma ótima leitura e, acredito, que ajudará na formação pessoal e profissional, suscitando novos desafios e objetivos para 2011.

Para saber mais, aventure-se conosco nessa leitura.

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Os dias passam cada vez mais rápido e, as vezes, só percebemos a importância

de certas coisas quando elas se vão. A saudade é a maior prova da importância que passou e marcou sua vida. Essa saudade está muito presente na minha. Recentemente, saudade de algo que ainda é muito presente. Me formei há menos de três meses e me vejo diante de uma situação de dúvidas, e ao mesmo tempo de escolhas. Não sei o que vai acontecer no futuro, mas sei que estou preparado para os desafios que estão por vir.

Estudar, muitas vezes, exige sacrifícios e nem sempre é agradável. Meus 12 anos no Colégio Passionista foram marcados por momentos únicos em minha vida. Nesse período, conheci amigos, aprendi valores e absorvi conhecimentos que vou levar para vida

Carta ao leitor

toda. Abandonar todo esse universo é difícil, mas é reconfortante saber que aproveitei ao máximo o que pude, e que é um processo necessário na vida de todos. Um ciclo acabou e outro está prestes a começar.

Ensinar não é um papel fácil, é de suma responsabilidade saber exatamente o que está fazendo, pois muitos jovens colhem os frutos plantados pelo colégio. Não vejo o Colégio Passionista somente com um olhar estudantil. Vejo de certa forma como um ambiente familiar. Creio que a escola nada mais seria do que uma segunda casa, um treino para vida real, uma preparação para o mundo que está por vir. Como o próprio lema do Colégio diz: Aqui nós preparamos para a vida. E, por isso, ressalto a dedicação e o carinho que cada funcionário carrega no seu dia-a-dia, trabalhando de forma extremamente profissional.

As lembranças e memórias só provam que tudo vivido foi real. Cada segundo de dedicação e alegria. Cada dia que passei neste colégio deixou um pouco de mim no Passionista. Por mais que esteja saindo, outros estão entrando, e de pouco em pouco, cada educando, cada funcionário constrói a história do Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

Lucas Cardoso Passarella, educando da 3ª série do Ensino Médio - 2010

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5Lucas Cardoso Passarella, educando da 3ª série do Ensino Médio - 2010

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Artigo

Atitudes e pensamentos perigosos na escola.

Por Roseclair de C. MonteiroFormação em Ciências Sociais - História,

pós graduação em SócioPsicologia com complementação em Módulo Didático

Pedagógico para o Ensino Superior. Educadora de Geografia do

Colégio Passionista São Paulo da Cruz

Por Flavia V. M. FernandesFormação em Letras e pós graduação

em Educação Interdisciplinar. Educadora de Língua Portuguesa e

Produção de Texto doColégio Passionista São Paulo da Cruz

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Bullying. Você já deve ter ouvido esta palavra em algum lugar. Especialmente nos últimos

anos, em que que os meios de comunicação têm abordado com frequência esse assunto.

Considerado um fenômeno mundial, o bullying é um termo inglês para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, praticados por um único indivíduo ou grupo. O bullying nada mais é do que uma justificativa inapropriada para atitudes agressivas decorrentes da falta de conhecimento sobre uma pessoa e seus valores: os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder com o intuito de maltratar, intimidar e humilhar suas vítimas.

Uma outra forma de agressão atual é o chamado “cyber-bullying”, que é o uso de e-mails ameaçadores para a propagação de mensagens, fotos e textos que visam a difamação instantânea da vítima e assim o seu sofrimento se torna imensurável.

Alvos, autores e testemunhas enfrentam consequências físicas e

emocionais de curto e longo prazo, as quais podem causar dificuldades de aprendizado e problemas emocionais e sociais.

Prejuízos financeiros e sociais causados pelo bullying atingem também as famílias, as escolas e a sociedade em geral. As crianças e adolescentes que sofrem e/ou praticam bullying podem vir a necessitar de múltiplos serviços, como saúde mental, justiça da infância e adolescência, educação especial e programas sociais.

A relação familiar também pode ser seriamente comprometida. A criança ou adolescente pode sentir-se traído, caso entenda que seus pais não estejam acreditando em seus relatos ou quando suas ações não se mostram efetivas.

Alterações do sono, cefaleia, dor no estômago, desmaios, vômitos, problemas visuais, anorexia, bulimia, isolamento, tentativas de suicídio, irritabilidade, agressividade, ansiedade, perda de memória, histeria, depressão, pânico, relatos de medo, resistência em ir à escola, mau rendimento escolar e atos deliberados de auto agressão são sintomas do bullying.

Bullying

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Mesmo admitindo que os atos agressivos derivem de influências sociais e afetivas, construídas historicamente e justificadas por questões familiares ou comunitárias, é possível considerar a possibilidade infinita de pessoas descobrirem formas de vida mais felizes, produtivas e seguras. Mas esse desafio não é simples e, em geral, depende de uma intervenção

A Educação Física e o Bullying

interdisciplinar firme e competente, principalmente pelos profissionais da área de educação, capazes de possibilitar o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes, habilitando-os a uma convivência social sadia e segura.

Por Marcelo Simões D’AssumpçãoFormação em Educação Física.

Educador Físico do Colégio Passionista São Paulo da Cruz

O bullying nas escolas acontece geralmente em ambientes com pouca ou nenhuma supervisão

adulta. Contudo, especialistas advertem que em disciplinas como Educação Física, onde os educandos têm mais liberdade e, consequentemente, contato físico, é comum a propagação desse fenômeno.

Mas para quem pensa que isso é um problema, está enganado. É na aula de Educação Física que a intervenção pode se tornar mais efetiva pelo educador.

A aula de Educação Física é um precioso canal onde a aproximação física entre os educandos serve como instrumento para discutir e aplicar conceitos de ética e axiologia nas atividades desenvolvidas pelos educandos.

Em um ponto, todos especialistas são unânimes em afirmar: quanto antes o problema for enfrentado, melhores os resultados futuros. Portanto esse processo

deve ser iniciado na Educação Infantil. “A infância é caracterizada por um período onde as atividades corporais adquirem maior destaque. Nessa fase há a necessidade da vivência do concreto para a compreensão do mundo, para a formação de conceitos e aquisição de atitudes e valores que influenciarão o seu modo de ser e participar do meio social.

Apesar dos profissionais de Educação Física estarem mais atentos ao bullying, devemos redobrar a atenção e criar estratégias onde os mais frágeis e os menos hábeis não sejam deixados de lado, ou então evitar que a culpa em uma possível derrota em um jogo caia sobre o educando e, assim, evitar que ele seja ridicularizado pelos colegas.

Desse modo, como educadores, a responsabilidade no combate ao bullying, sem dúvida, também é nossa!

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Artigo

Escola e família:Parceria que dá certo.

Por Kátia Ramos NovaesFormação em Pedagogia e pós graduação em

Psicopedagogia. Educadora da Educação Infantil do Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

A família é o primeiro contato social da criança, a quem os

pais transmitem valores éticos e morais para a formação do caráter pessoal dos seus fi lhos, seguido da escola. Por isso é fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir, sabendo que mesmo tendo objetivos comuns, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso escolar e da felicidade plena.

O educando percebe quando há essa parceria entre a escola e a

família, propiciando maior segurança na aprendizagem, tornando-os assim cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade.

Participar da vida escolar do seu filho pode trazer inúmeros benefícios, além de um desempenho escolar mais favorável: o aumento do diálogo familiar, a aproximação e fortalecimento de vínculos, o seguimento de normas e regras etc. Enfim, é comprovado que essa participação contribui com todo o desenvolvimento sócio-emocional do educando

“A escola percebe na criança facilidades, dificuldades e outras facetas que em casa não eram observadas, muito menos avaliadas”. (TIBA, 2002, p. 182). Todas essas dificuldades são passíveis de soluções no momento em que pais e escola passam a se conhecer e decidir sobre o que é melhor para a educação de suas crianças.

O acompanhamento periódico dos pais na escola é fundamental para as mudanças no processo pedagógico e na cobrança de uma educação de qualidade. Portanto é necessário

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Essa parceria tem tudo para dar certo!!!

estar claro que para que aconteça a aprendizagem a escola precisa da família, como a família da escola; desta maneira poderemos obter com maior êxito o sucesso no processo de ensino aprendizagem.

Os pais precisam conhecer toda a estrutura física, burocrática e humana da unidade escolar, pois é onde seu filho irá passar grande parte da sua vida. Participar das reuniões e, sempre que possível, estar presente na instituição, mesmo

não sendo chamado, para trocar ideias com os educadores, acompanhando de maneira presente o desenvolvimento da criança e do adolescente.

Pais, participem da vida escolar de seu filho!!!

Para isso seguem algumas dicas que valem a pena seguir:

- Tenha livros em casa, leia para o seu filho;

- Reserve um lugar tranqüilo para a realização das atividades, estipule um horário e o oriente, mas não faça por ele;

- Zele pelo cumprimento das atividades;

- Compareça à reunião de pais;

- Viste a agenda diariamente;

- Converse sempre com seu filho, pergunte a ele como foi na escola, o que aprendeu...

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Educação Infantil e 1º ano

A importância da escrita espontânea.

Por Verônica Almeida Pereira AiresFormação em Pedagogia e pós graduação em

Alfabetização e Distúrbios da Leitura e Escrita. Educadora da Educação Infantil do

Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

Os estudos e reflexões de Emília Ferrero e Ana Teberosky, acerca do processo de

escrita espontânea, vêm ganhando cada vez mais espaço na prática educativa atual, tendo em vista que a alfabetização silábica ocorre em um ano específico da vida escolar do educando e restringe o desenvolvimento de habilidades cognitivas, enquanto que a prática pedagógica, que se apoia na escrita espontânea, possibilita ao educando um aprendizado que respeita suas individualidades, ocorrendo no período da educação infantil, estendendo-se às séries iniciais do ensino fundamental, além de desenvolver inúmeras habilidades cognitivas que servirão para toda vida. As ideias trazidas por elas e entre outros pesquisadores, indicavam como a criança aprende, como constrói seus conhecimentos sobre a língua, mas não fornecia modelos de como atuar pedagogicamente para favorecer seus avanços. Da mesma forma, não mostrava como os diferentes tipos de textos deveriam ser trabalhados em sala de aula. Era preciso construir efetivamente intervenções pedagógicas adequadas, consistentes e condizentes com aqueles conhecimentos teóricos, o que só foi possível a partir de

experiências, investigações e muita reflexão por parte dos educadores.

É importante afirmar que a opção por essa metodologia já se mostrava inovadora e foi através da leitura e análise do livro “Psicogênese da língua escrita”, das autoras já referidas, que algumas mudanças na prática foram sendo estabelecidas à escrita espontânea, em que a criança é solicitada a escrever antes mesmo de dominar o código alfabético. Compreendeu-se que a criança, desde muito cedo, possui hipóteses em relação à forma como se escreve. Colocá-las em prática, confrontando-as com as ideias dos colegas e com modelos permite que avance até a conquista da escrita convencional.

Na prática, no dia-a-dia da sala de aula, tudo isso se concretizou em mudanças gradativas nas propostas e intervenções feitas junto às crianças. Através de listas de palavras de um mesmo campo semântico (animais, comidas prediletas, brinquedos, jogos favoritos, nomes das crianças do grupo etc.), das parlendas e de outros textos, as crianças podem, hoje, ampliar suas concepções e avançar na aquisição da base alfabética, como também na compreensão de outros aspectos.

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linguagem escrita. Ela já é capaz de fazer uma análise das palavras que escreve. Isso, porém não significa que todas as dificuldades foram vencidas. A partir daí, surgirão os problemas relativos à ortografia. Entretanto, trata-se de outro tipo de dificuldade que não corresponde ao sistema de escrita que ela já venceu. Pois, a maneira como é trabalhada a escrita durante os primeiros anos de escolarização será de suma importância para sua vida.

Percebe-se, então, que os caminhos trilhados pelas crianças em busca da construção do sistema de escrita são fascinantes e que elas podem surpreender quando reinventam a forma de escrever sendo suas hipóteses totalmente coerentes com o nível de desenvolvimento em que se encontram. No entanto, apesar das crianças já chegarem à escola com certas hipóteses e conhecimentos sobre a escrita, é importante ressaltar que o educador é essencial para que o educando evolua.

A fase final do processo de alfabetização de um indivíduo, constitui-se no nível alfabético da escrita. Nesse nível, pode-se considerar que a criança venceu as barreiras do sistema de representação da

Referências:FERREIRO, Emília, TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Trad. Diana Myriam Lichtenstein, Liana Di Marco e Mário Corso. Porto Alegre: Artes Médicas Sula, 1999.TEBEROSKY, Ana. Aprendendo a escrever: perspectivas psicológicas e implicações educacionais. São Paulo: Ática, 1994.

“Ler não é decifrar,

escrever não é copiar”

Emilia Ferrero

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Artigo

Escolhas que podem mudara vida!

Por Priscila Oliveira CunhaFormação em História e especialização em

Educação Infantil. Educadora de Educação Infantil.

Muitas pessoas ficam felizes em serem as primeiras num determinado momento da

vida, orgulham-se de um único feito ou de fazerem sucesso momentâneo, subirem na vida e tirarem vantagens. Apenas uma fase da nossa vida é importante? Seria um único momento que nos define ou que pode definir nossa existência?

É verdade que existem pessoas com histórias brilhantes e que como elas, talvez nunca encontremos outras, Ayrton

Senna, Irmã Dulce, Einstein,... mas também existem pessoas que fizeram escolhas erradas e, por isso, sua história de vida é um modelo a não ser seguido.

Como definimos nossa caminhada? Como orientar nossos filhos para as escolhas corretas? Em que podemos ajudar nas escolhas?

Quando paramos para refletir que a vida é uma caminhada e temos liberdade em escolher, devemos priorizar as escolhas para que seja uma vida com objetivo, feliz e em plenitude.

Este deve ser o pensamento de todas as pessoas, principalmente os pais, pois a vida não acaba no vestibular, no baile de 15 anos, na nota do ENEM. A vida é um eterno aprendizado e com escolhas.

Os pais devem pensar em escolhas que priorizem situações de ensino e aprendizagem para a vida toda e não apenas para determinados momentos, para que um dia os filhos olhem para dentro de si e percebam que não falta nada, que possuem valores e motivos para viver.

A sociedade atual é totalmente consumista, competitiva e discriminativa e, por isso, é obrigação da escola e família

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formarem pessoas que mudem esta visão de mundo, que façam a diferença. Muito sestimulam apenas o lado competitivo de seus filhos, e será esta a melhor maneira de fazerem as crianças crescerem?

Não paramos para pensar que as crianças precisam ter sonhos e objetivos na vida, pois assim terão um motivo para viver e buscar um mundo melhor.

Em uma sociedade sem objetivos e sonhos definidos só tem lugar para drogas, depressão, violência e falta de regras.

Hoje em dia muitos jovens não têm sonhos para o futuro, pois tudo que desejam tem muito fácil, de forma banal, sem sentido, rápido, não encontram soluções para mudar ou transformar sua realidade.

É na família que se transmitem valores, ética e moral, que se ensina a importância do respeito, das relações afetivas, da cooperação, do saber ouvir e esperar a vez de falar e acima de tudo que os mais velhos têm mais experiência e que isto pode ajudar aos mais novos.

Sempre dizemos que as crianças são o futuro do nosso país, nos questionamos de que país iremos deixar para as crianças, mas será que já pensamos em que crianças estamos formando para o futuro de nosso país ?

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Ensino Fundamental2º ao 5º ano

Em 2010, tivemos grandes projetos que culminaram com belíssimas apresentações,

tendo como tema gerador: ”Grandes escritores e compositores brasileiros”.

Temos plena certeza de que o trabalho com projetos resgata a auto estima dos educandos e assume um caráter dinâmico, que exige ações pedagógicas que levam os educandos a aprofundarem e ampliarem os significados elaborados, mediante a participação nas atividades realizadas durante todo o ano letivo. É, através dos recursos disponíveis que tornam-se agentes de sua aprendizagem, atribuindo sentido para os conteúdos trabalhados, desenvolvendo a capacidade de selecionar, organizar, priorizar, analisar, sintetizar etc..

Projetos Interdisciplinares: a aprendizagem significativa.

Para Paulo Freire, ao trabalhar com projetos interdisciplinares, “tanto educadores quanto educandos envoltos numa pesquisa, não serão mais os mesmos. Os resultados devem implicar em mais qualidade de vida, devem ser indicativos de mais cidadania, de mais participação nas decisões da vida cotidiana e da vida social. Devem, enfim, alimentar o sonho possível e a utopia necessária para uma nova lógica de vida”.

Compartilharemos com vocês o encerramento dos projetos que envolveram áreas do saber e desenvolveram habilidades e competências por meio dos trabalhos propostos, bem como o espírito de trabalho em grupo, através da aprendizagem significativa, reforçando um dos principais pilares educativos: a formação do saber com significado.

Por Kelly Cristina Cepeda A. MendonçaFormação em Pedagogia e Economia e

pós graduada em Gestão Escolar e Psicopedagogia. Coordenadora do Ensino

Fundamental (2º ao 5º ano) do Colégio Passionista São Paulo da Cruz

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Os 2ºs anos trabalharam A Arca de Noé, baseado no livro

infantil publicado por Vínicius de Moraes. A apresentação dos educandos contou a história de Noé e sua Arca, povoada com um casal de cada bicho que existia na Terra, após um grande dilúvio. Na apresentação, os educandos tocaram, cantaram e representaram com ritmos simples, graciosos e cheios de inspiração.

Aproveitamos o motivo bíblico e

2º ano - A Arca de Noé

Os educandos, após pesquisarem e lerem sobre a biografia do autor, nas aulas

de música e arte, pintaram telas de músicas consagradas de Adoniran Barbosa, como “O Trem das Onze”, uma das suas canções mais famosas inspiradas no bairro de Jaçanã, na zona norte de São Paulo, “As Mariposas” e “Samba no Bexiga”.

3º ano Meu mundo é uma arte.

Adoniran Barbosa, o grande ícone da cultura brasileira

trabalhamos sobre questões importantes como a solidariedade e a cooperação entre os indivíduos, para fazer do mundo um lugar melhor para se viver.

Foram trabalhadas também produções de poesias e suas releituras, contemplando o livro paradidático lido: “Fardo e Carinho”, de Roseana Murray.

Finalizando esta belíssima apresentação, cantaram e encenaram as músicas, onde demonstraram muita desenvoltura e humor.

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O 4º ano estudou a trajetória de vida e obra do autor e compositor da Música

Popular Brasileira, Chico Buarque de Holanda, e preparou um teatro musical de uma das mais famosas peças teatrais do autor, “Os Saltimbancos”, inspirado em “Os Músicos de Bremen”, dos irmãos Grimm, presente no imaginário de várias

O 5º ano teve vários momentos marcantes para finalizar o segmento do

Ensino Fundamental I. Durante todo o ano os educandos trabalharam no Projeto “Tom Jobim e as maravilhas do Pantanal” e conheceram a sua biografia e aspectos da Bossa Nova.

gerações desde sua adaptação para o teatro em 1977.

Trabalhamos com nossos educandos sobre temas complexos como a desigualdade e a exploração social, para a construção de uma cidade ideal.

Uma história que toca a mente e o coração tanto de adultos como de crianças. Foi um belíssimo espetáculo apresentado pelos nossos educandos!!!

5º ano Projeto Tom Jobim e as maravilhas do Pantanal

PROERD

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Mais uma vez, Tom Jobim, o maestro poeta, empresta-nos o nome e dá inspiração para despertar consciências, esclarecer responsabilidades e trazer questões para bem perto de cada um de nossos educandos, contribuindo para formar cidadãos para o país que queremos e que ajudamos a construir a cada dia.

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PROERD

No 2º semestre, o PROERD “Programa de Resistência às

Drogas e a Violência”, ministrado pela Polícia Militar, ensinou as crianças a

“Eu tenho o direito de ser feliz e ser tratado com cuidado e compreensão.

Eu tenho o direito de ser respeitado como pessoa.

Eu tenho o direito de estar seguro.

Eu tenho o direito de dizer não...”

Meus direitos – PROERD

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reconhecerem e resistirem às pressões dos companheiros e a dizerem não às drogas e à violência, facilitando a adoção de alternativas positivas e saudáveis.

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Artigo

Ensino-aprendizagem hoje, um novo olhar. Qual o papel do educador?

Por Maria Aurora de Carvalho GiglioliFormação em Pedagogia e pós graduada em

Especialização e Aperfeiçoamento de Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental I. Educadora do

Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

Estamos passando por grandes transformações no campo pedagógico,

em função de um novo olhar sobre o processo ensino-aprendizagem.

Os conteúdos escolares requerem uma nova construção conceitual. E o desafio, para nós educadores, é proporcionar possibilidades de uma aprendizagem construtiva. Nesse processo, a intervenção do educador é o de mediar a aprendizagem dos conteúdos, atividades e projetos propostos.

Durante anos, a educação concentrou-se no ensinar e deixou em

segundo plano o “aprender”. É necessário que a escola e o educador olhem para o processo pedagógico de outra maneira.

É importante entender como os educandos desenvolvem seu raciocínio e o educador deve adequar seu ensino a isso. O educando não constroi seu conhecimento por acúmulo de informações, pois sua inteligência está se desenvolvendo e esse processo ocorrerá em um tempo próprio. A maioria das crianças tem curiosidade, quer aprender e orgulha-se por estar aprendendo coisas novas. Para que isso ocorra, ela passa por um processo de reorganização de

conhecimentos.O conhecimento

pressupõe uma atividade, por parte de quem aprende, que à medida em que recebe os novos c o n h e c i m e n t o s , organiza-os e integra-os aos já existentes.

O aprendiz é um sujeito do seu próprio processo de

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a p r e n d i z a g e m . É alguém que vai produzir, pois irá transformar as informações que recebeu em c o n h e c i m e n t o próprio para melhor assimilá-las. Essa construção se dá a partir de situações nas quais ele possa agir sobre o que é objeto do seu conhecimento, pensar sobre ele, recebendo ajuda, sendo desafiado a refletir, interagindo com as pessoas. O conhecimento é uma permanente transformação a partir do conhecimento que já existe.

O papel do educador é muito importante em todo esse processo. Ele deverá criar situações que permitam ao educando vivenciar o conhecimento de maneira significativa, reconhecer as diferenças individuais e criar condições para que todos possam aprender desenvolvendo capacidades e habilidades. Ele deve conhecer

O educador é como um profeta que ensina por amor e pelo amor.

Sejamos profetas da educação e nossos educandos a nossa inspiração divina.

Educadora Maria Aurora.

cada educando, sua história de vida, seus conhecimentos prévios e intervir positivamente, estimulando-o a reformular suas hipóteses para chegar ao resultado desejado.

Os educandos necessitam saber por que e para que estão aprendendo. Cabe ao educador propor problemas e desafios que façam o educando elaborar hipóteses e experimentá-las num ambiente onde se compartilha conhecimentos.

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Artigo Por Sheila Regina Argolo PelegrineFormação em Pedagogia,

especialização em Administração Escolar e Formação de Educadores. Educadora do

Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

Hoje, são grandes os desafios que temos para educar nossos filhos: a

globalização, o consumismo desenfreado, a violência, as drogas, o desemprego, o imediatismo, entre outros.

Os pais sempre se perguntam se estão acertando na educação de seus filhos, se falta alguma coisa a eles e, desta forma, querem suprir suas necessidades, com a preocupação de não frustrá-los.

Mas será que fazer tudo por eles está certo? Não deixá-los frustrados contribuirá para uma educação sólida?

São muitas as dúvidas de pais e educadores na arte de educar. Se fosse possível seria bom ter um manual onde pudéssemos educar sem errar, mas está aí nosso “grande desafio”, educar

Os pais têm direitos?

com consciência, no princípio de valores inerentes a cada família, contar com a escola para trilhar o caminho certo e educar nossos filhos para a vida e para serem felizes.

A família é indispensável para que o homem cresça com segurança, amor, ética, solidez e resposta para todas as perguntas.

Você já parou e pensou nos seus direitos enquanto “pais”?

A autora Tânia Zagury trata deste assunto com muita serenidade e simplicidade, mostrando que os pais também têm seus direitos. Observe alguns desses direitos citados pela escritora, que está no livro: “Os direitos dos pais – Construindo cidadãos em tempos de crise”- Tânia Zagury:

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- Pais podem dizer não, sem ter que dar duzentas explicações (bastam duas ou três). Obrigação dos pais é amar, proteger, educar, ser justo, verdadeiro, coerente.

- Poder dizer não sem medo de errar, frustrar ou traumatizar.- Poder ficar cansado, algumas vezes, e querer dormir, nos domingos e feriados,

até mais tarde e recompor-se do estresse do trabalho, do medo de perder o emprego, do medo da violência.

- Pode dizer aos filhos que não pode comer fast-food a toda hora porque faz mal e não arredar pé de sua posição.

- Tem o direito de namorar.- Tem o direito de proibir filha pequena de usar sapato alto.- Exigir que os filhos estudem direito, cumpram as tarefas que a escola passou

e, só depois de tudo muito bem feitinho, brincar, ver TV.- Conversar com os filhos sobre quaisquer assuntos que considere fundamentais

para educação e a orientação dos filhos.- Avisar ao filho que não espere ganhar viagens, carros, se passar na faculdade.

Pai que têm direitos, sabe que não é obrigado a proporcionar luxos e que, pelo contrário, pode ser danoso para seu filho não ter que lutar por nada ou ser premiado por algo que só traz benefícios a ele próprio (passar de ano, por exemplo).

- Pode cortar a mesada, a Internet, TV ou o que julgar mais apropriado, se os filhos não tiverem cumprindo os acordos estabelecidos em casa.

- Quarto de filho não é cofre, nem local de acesso proibido. Entrar no quarto de filho pode, pai que tem direitos não entra sem bater, não invade, porque é educado e ensina o mesmo aos filhos – mas pode entrar sim, porque faz parte da casa em que ele é o responsável. Isso não constitui invasão de privacidade, mas o cuidado com o filho.

Como vimos, não temos fórmulas, mas podemos viver em harmonia com nossos filhos e educá-los com autoridade e respeitando todos os seus direitos de pais!

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Artigo

A influência da tecnologia na vida das crianças e dos adolescentes.

Por Soraya Martins MoschettaFormação em Pedagogia.

Educadora do Ensino Fundamental do Colégio Passionista São Paulo da Cruz

Como educadora e mãe, escolhi esse tema para demonstrar as mudanças

ocorridas nas vidas dos meus educandos e das minhas filhas.

A tecnologia está cada vez mais presente na vida das crianças e adolescentes, que estão cada vez mais cedo fazendo uso de tais artifícios, seja para se comunicar, divertir ou servir de suporte para os estudos.

As brincadeiras consideradas do passado estão se extinguindo e saindo da rotina de muitos. Soltar pipa, jogar bola, esconde–esconde, pular corda ou até mesmo brincar de bonecas estão sendo esquecidas. As mais variadas diversões do passado estão sendo substituídas pelo computador.

Os adolescentes de hoje não têm mais a inocência de antigamente. Hoje, jovens saem para a balada atrás de paqueras e iniciam a vida sexual mais cedo.

As crianças começaram a perder a ingenuidade, as meninas estão sendo mães com 9,10,11 ou 12 anos, tendo que cuidar de outra criança, começam a ter

responsabilidades mais cedo. Há algumas décadas, sair de casa à

noite era apenas para papear e se divertir na casa em frente ou do vizinho e voltar no máximo às 22 horas.

Naquele tempo, não havia tanto interesse em ficar na frente da televisão e não havia tanta violência como vemos nos dias atuais, as crianças tinham uma infância diferente de hoje, pois todos curtiam as brincadeiras na rua e a própria televisão não tinha tanta influência.

Todas as brincadeiras necessitavam da presença física dos participantes, era em muitas destas brincadeiras que surgiam novas amizades.

As crianças já não sabem mais falar de seus sentimentos, suas aflições, seus desejos e nem fazem mais amizades, se escondendo dentro de casa, parecendo

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até que a tecnologia as satisfaz.

Ultimamente, a diversão de crianças e adolescentes são os jogos eletrônicos, ferramentas de mensagem instantânea ou comunidades virtuais.

O que nós como pais não percebemos, contudo, é que os videogames, sendo o primeiro exemplo de tecnologia de computação aplicada à fabricação de brinquedos, foram sem dúvida, a porta de entrada das crianças para o mundo da informática.

Hoje, a maioria dos adolescentes faz suas amizades virtualmente, na maioria das vezes sem conhecer as pessoas fisicamente. Os encontros com os grupos de amigos deixaram de ser a casa de “fulano” ou “sicrano” e passaram a ser realizados virtualmente em salas de bate-papo.

Em relação à educação nos colégios, cada vez mais, os educandos aderem à tecnologia para dar suporte aos estudos.

Há alguns anos, muitos educandos ao fazerem seus trabalhos faziam de forma manual, escritos a punho. Hoje, esses mesmos trabalhos são feitos utilizando o computador, mais especificamente editores de texto, onde esses editores fazem todo o trabalho de ortografia e gramática para os educandos.

A utilização do computador, junto a softwares de mensagens instantâneas, está prejudicando a ortografia e gramática de muitos (tanto crianças

como adolescentes). O uso do MSN gera vários vícios na escrita, percebe-se que os estudantes deixaram de escrever de forma refinada, com um bom português.

A forma de escrita utilizadas em chats, está invadindo as salas de aulas, levando os estudantes a utilizarem uma linguagem errada como “Kem”, “aki”, e assim por diante, fazendo que se formem profissionais incompletos para o mercado de trabalho.

Devemos procurar um equilíbrio para conseguir aproveitar o melhor da tecnologia sem sofrer com as consequências que o uso exagerado pode causar para nossos filhos e educandos.

Praticar esportes e atividades físicas, bons passeios, boas conversas com amigos, cria-se nas crianças e adolescentes hábitos saudáveis, prevenindo quanto a consequências que uma vida sedentária pode causar.

Referências:http://www.unirevista.unisinos.br/http://www.webartigos.com.brBRASIL. CONGRESSO, Estatuto da criança e do adolescente, 4ª edição. Brasília: Centro de Documentação e Informação, 2003

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Vivemos hoje a era da globalização que, com suas vantagens e desvantagens, nos

impõe regras que fazem parte da formação de uma nova sociedade, caracterizada pelo neoliberalismo desenfreado.

Diferentemente da Revolução Industrial, em que a máquina era o ápice de tudo, o que se define atualmente, com a nova economia, é o uso da informação intensiva, que gera o aumento da produtividade, a redução da mão-de-obra e exige uma melhor formação intelectual dos profissionais que atuam no mercado.

Os vários inventos sempre influenciaram a forma de comunicação da sociedade. Em 1837, o alfabeto foi digitalizado no código Morse e, nos anos subsequentes foram inventados os primitivos aparelhos de fotografias, o telégrafo, a máquina de escrever, o telefone e o rádio. No início do século XX, surgiram outros dispositivos relacionados, de alguma maneira, com a comunicação: o cinema falado, a televisão, o gravador, a caneta esferográfica, a fotocopiadora e os primeiros computadores.

Acreditamos que a internet pode ter

Artigo

INTERNETÊSA escrita virtual, eis a questão!

Por Sueli Fátima Martin SantosFormação em Letras e especialista em Língua

Portuguesa e Alfabetizadora de Adultos e Crianças e Educadora de Língua Portuguesa

do Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

provocado uma grande mudança no modo de vida de um grande número de pessoas no mundo inteiro e a Língua não poderia deixar de ser afetada por isso. Atualmente, há uma discussão que envolve linguistas, educadores

de Língua Portuguesa e outros profissionais - todos se perguntam se a linguagem “Internetês” pode modificar a linguagem escrita formal, alegando que os

educandos de hoje não sabem mais escrever, “pois utilizam essa linguagem absurda e indecifrável”.

A preocupação desses educadores e estudiosos da linguagem deve ser justamente mostrar ao jovem essas diferentes linguagens, procurando usar as novas tecnologias para incentivar a leitura e escrita. Os mais otimistas acreditam até que a internet será a grande inspiração para os poetas do futuro.

Segundo Marcuschi (2005:20), “É inegável que a tecnologia do computador, em especial com o surgimento da internet, criou uma imensa rede social (virtual) que liga os mais diversos indivíduos pelas mais diversificadas formas numa velocidade espantosa de interação social.” Pensando

“Virtualmente, todas as mensagens mer-gulham num banho comunicacional bor-bulhante de vida, incluindo as próprias pessoas, e do qual o ciberespaço vai pro-

gressivamente sendo o coração”(Pierre Lévy)

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assim, imaginamos que o usuário da rede passa a ter maior liberdade de expressão, pois é um território onde as fronteiras se diluíram e onde quase não existem censuras.

Por outro lado, temos percebido que as pessoas, geralmente os jovens, que buscam se comunicar através da internet, carregam para as salas de aula essa “nova” linguagem criada pelos usuários da rede mundial de computadores. Isto vem causando certos desconfortos e conflitos de conceitos entre os educandos e os educadores que desconhecem a linguagem utilizada nesse meio informatizado.

Porém, entendemos que surge daí uma necessidade de ser desenvolvido um método de levar esse aluno a perceber que essa maneira de escrever é certa e necessária, mas que deve ter seu uso restrito ao ambiente da internet - os educadores podem também utilizar esse meio para ensinar a linguagem formal normativa.

Julgar que é “uma escrita errada”, é esquecer que esse tipo de escrita é uma espécie de “fala” reproduzida com o uso do teclado, e isso não é novo. Sabemos que outras gerações, antes da internet, tinham códigos para que outras pessoas não entendessem o que era dito, e isso nunca atrapalhou a forma de se escrever formalmente.

Marcelo Tas, apresentador e criador da Mesa de Etimologia da Estação da Luz da Nossa Língua, comentou no Congresso da Rede Católica – 2010 “[...] nós somos imigrantes nessa tecnologia, enquanto que os jovens são nativos.” Em sua opinião, o Internetês “[...] é um fenômeno como a língua do pê, uma brincadeira com a língua e sua forma. Seria um excelente pretexto para os professores ganharem a atenção dos seus alunos, usando os exemplos do internetês para discutir a Língua propriamente dita.” (Revista Língua Portuguesa, 2006).

Acreditamos, então, que tudo o que o educando venha a utilizar na sala de aula, dentro da oralidade e escrita, deve sim ser observado. Porém, não colocado como erro, devemos, enquanto educadores, ensinar dentro das escolas a norma culta da Língua Portuguesa e ainda mostrar-lhes o “onde”, “quando” e “por quê” usar essa norma, e também “quando” e “onde” o uso do “internetês” é mais adequado.

Quando o sistema educacional é funcional, ou seja, produtivo, o educando realmente aprende o que se ensina em relação à Língua. Ele saberá diferenciar o momento em que pode ou não usar essa “nova linguagem”, pois ela “ainda” não se encontra disponível em nenhuma grade curricular de escolas.

“[...] antes de condenar as novas tecnologias da comunicação, os estudiosos deveriam analisá-las, aprendê-las e, prioritariamente, compreendê-las.”

Pierre Lévy (1994)

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Capa/Ensino Fundamental6º ao 9º ano

Falar ou não sobre dinheiro com adolescentes?

Por Keyla Cortinovis dos AnjosFormação em Pedagogia e pós graduada

em Gestão Escolar. Coordenadora do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) do

Colégio Passionista São Paulo da Cruz

Uma das grandes dificuldades que os pais encontram no que diz respeito à educação de

seus filhos é fazer com que eles entendam o valor do dinheiro.

As crianças, que dificilmente se interessam pelo assunto, podem se tornar adultos incapazes de lidar com as próprias finanças, ainda mais num mundo consumista e imediatista em que vivem e com a mídia incentivando a todo instante este tipo de comportamento, acabam dando mais valor ao TER do que ao SER.

Diante desta realidade, nós, educadores do Colégio Passionista São Paulo da Cruz, firmamos uma parceria com a Bovespa

e trouxemos um curso de Matemática Financeira para nossos educandos dos 8ºs anos.

Já está na hora de pensarem em conceitos básicos de educação financeira tais como: valor e uso da moeda, poupar para o futuro, como fazer seu orçamento e administrar sua mesada, pensar antes de gastar, entre outros.

Segundo uma reportagem da revista Isto é, com o título “Aprendendo a gastar”, publicada em 20/10/2010, existem algumas dicas de como introduzir o assunto com as crianças já a partir dos 6 anos de idade, pois acreditam que com esta idade já estejam prontas para as primeiras lições, que são:

- Explique de onde vem o dinheiro - esclareça que é do trabalho e não do banco, do cartão de crédito.- Dê dinheiro periodicamente - lidando com pequenas quantias a criança começa a entender o valor do dinheiro e passa a administrá-lo.- Estimule o hábito de poupar - com isso a criança passa a ter uma noção mais clara de futuro e da importância do planejamento de gastos.- Deixe a criança errar - quebrar, financeiramente, pode ser educativo na infância. - É uma chance de reavaliar as escolhas e entender o que deu errado.- Repita as orientações e seja paciente - repetir é a chave. Entenda a repetição como ferramenta pedagógica.

Fonte - The Money Camp - Revista Isto é – 20/10/2010

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Por Simone de Almeida Estevão KossinFormação em Matemática e pós graduação em

Educação Matemática. Educadora de Matemática do Colégio Passionista São Paulo da Cruz

Como educadora da área de exatas vejo a importância do conteúdo que os livros

didáticos trazem sobre juros e capital entre outros, mas, até então, não percebia como esse assunto vai muito além dos livros didáticos.

Resolvi pesquisar mais sobre Matemática Financeira e percebi que é uma educação paralela a educação formal, e voltando a analisar os livros didáticos de todas as editoras, notei como esse assunto nos livros é pobre e pouco difundido nas escolas.

Minha opinião sobre falar ou não com os educandos em relação ao dinheiro é que devemos conversar, informar e formar. Claro que a responsabilidade também é dos pais, pois os filhos espelham-se neles em relação a dinheiro e consumo.

O curso Educar Júnior despertou em muitos alunos o interesse em saber administrar sua mesada nos itens mais importantes para a faixa etária deles, sendo eles: poupar, gastar e doar.

No decorrer do curso, eles foram

analisando como é importante saber administrar suas finanças (mesmo que estas ainda sejam bem pequenas), pois para podermos ter uma vida confortável em todos os sentidos precisamos dar atenção ao nosso dinheiro entre outras coisas, é claro.

A criança deve ter noção ao longo de sua vida de como os pais conseguem seu dinheiro no final de cada mês, e que o consumismo desenfreado traz muitas consequências, como dívidas, uso indevido dos recursos naturais, lixo etc...

E para finalizar, um tema tão importante na vida de cada um de nós, precisamos repensar como gastamos nosso dinheiro, e como nos mostramos para nossos filhos em relação ao consumo. Fica uma frase que todos os educandos aprenderam no curso: “EU QUERO OU EU PRECISO”. Daqui para frente antes de sair consumindo tudo o que vê pela frente use essa frase, no momento que você falar eu “quero” estará jogando dinheiro fora.

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Artigo

Matemática.

No mundo atual, a tecnologia está cada vez mais presente em nossa vida. Mudanças

e renovações ocorrem diariamente, de maneira tão acelerada, que é impossível alguma área do conhecimento ficar à margem dos avanços tecnológicos. Isso está cada vez mais evidente na educação, por isso é necessário oportunizar o c o n h e c i m e n t o inovador.

De acordo com os Parâmetros C u r r i c u l a r e s Nacionais, “para exercer plenamente a cidadania, o homem precisa saber calcular, medir, argumentar, raciocinar e tratar informações estatisticamente”, ou seja, o homem precisa saber Matemática; porém a Matemática é muitas vezes rotulada como uma ciência exata, pura, constituída de fórmulas e regras intermináveis, que requer muito conhecimento cumulativo e ainda há quem pense que o ensino da Matemática está voltado apenas para engenheiros, físicos, jogadores de xadrez e alguns especialistas que dedicam seu

estudo a esta ciência. Engana-se quem pensa dessa

forma, é necessário que se compreenda a Matemática como uma atividade humana, pois ela se faz presente em toda a nossa vida. Antes mesmo de ter seu sexo determinado no útero da mãe, o ser humano já sente o ritmo do seu

coração e à medida que se desenvolve, vai construindo c o n c e i t o s Matemáticos para interagir com o mundo.

Psicólogos, sociólogos e matemáticos tem nos chamado a atenção para o modo como o raciocínio matemático faz uso da imaginação, da visualização, de todas as nossas vivências e mesmo das nossas características biológicas. É recorrendo à intuição que somos capazes de interpretar os conceitos matemáticos.

Para que a aprendizagem ocorra de maneira significativa, é preciso que o aprendiz vivencie os conteúdos através de experiências concretas que estimulem o desenvolvimento do seu raciocínio e a

Por Vera Regina Sarralheiro CezárioFormação em Matemática com ênfase em Informática e

especialização em Educação Matemática. Educadora de Matemática do

Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

“Desde os tempos mais remotos, antes mesmo de desenvolver a fala, o homem já sentia a necessidade de numerar, calcular... E por que ainda hoje, há quem insista em dizer que não gosta de

matemática?

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assimilação de conceitos para utilizá-los em sua vida diária.

É necessário que a Matemática seja prática e envolvente, proponha um trabalho criativo de investigação, criação e elaboração de novas fórmulas.

Ensinar Matemática é oferecer a possibilidade de vivenciar situações-problema para saber interpretá-los, analisar dados políticos, sociais e econômicos da atualidade. O aprendiz precisa desenvolver a habilidade de resolver exercícios e saber explicá-los, demonstrar as estratégias utilizadas na resolução de um problema, saber realizar e valorizar o cálculo mental, incorporar conceitos adquiridos na vida diária.

Um dos maiores desafios da educação Matemática nos tempos atuais é conscientizar o aprendiz de que ele é um ser ativo na construção do seu conhecimento e a cada instante, ele renova seus conceitos que contribuem com o desenvolvimento do pensamento matemático, da criatividade, do raciocínio

lógico, dos vários significados de número e das diferentes formas de utilizá-lo no cotidiano.

Só se constrói um saber matemático investigando, manipulando, experimentando, interpretando, relacionando, tentando, errando, acertando, formulando hipóteses, criando, explicando suas deduções e construindo seus próprios conceitos.

Delegar a construção do saber matemático apenas para a escola, é limitar esse amplo universo num espaço insignificante, pois à medida que o ser humano se desenvolve, depara-se com a realidade matemática vivenciada no seu cotidiano. É necessário refletir sobre o quanto essa ciência contribui com a nossa vida e estimular nossos jovens a desenvolver a curiosidade para que na escola ele apenas nomeie corretamente e aprimore o que na vida ele já aprendeu.

Referências:DINIZ, M. I.; Smole, K. S. Ler, Escrever e Resolver problemas: Habilidades Básicas para Aprender Matemática. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A Matemática na Educação Infantil. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.BRASIL, Ministério de Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília, 1997. Informática e Jogos no Ensino da Matemática - II Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática – Outubro/2004.CARRAHER, Terezinha Nunes e outros - Na Vida Dez, Na Escola Zero - CORTEZ, 2002.

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Aconteceu

Karaoke songs for children and teenagers.

O especialista em ensino da língua inglesa, Wladimir Chen, ressalta-nos a importância de

músicas em Karaoke para o aprendizado da Língua Inglesa. Ele afirma: ‘While singing to the song, children can follow the words in the lyrics as well as enjoy the colorful pictures at the same time.’

Ressaltamos ainda que na aquisição da língua materna, a criança aprende a reproduzir sons, movimentos e expressões não-verbais, apenas pela convivência natural no recebimento de ‘Input Data’ oferecido pelas outras pessoas em seu convívio comum.

Logo, se aproximarmos o jovem estudante, que está aprendendo uma segunda língua, do convívio com as expressões naturais desta língua alvo, (no nosso caso, a Língua Inglesa) este, certamente, corresponderá positivamente à possibilidade de uma reprodução mais fiel e segura daquilo com que ele tem contato.

Dessa forma, inferimos a necessidade de apresentar-lhes recursos autênticos para o aprimoramento desta aquisição, assim como: trechos de filmes e seriados, diálogos reproduzidos por nativos (Native english Speakers) e principalmente músicas em

inglês, pois é uma realidade com que eles convivem diariamente.

Tão importante quanto ouvir, é reproduzir as músicas ouvidas, cantando-as; pois, através dessa prática, em que o jovem ouve como a língua inglesa é falada naturalmente, enriquece e torna mais correta a sua pronúncia, seu ritmo de fala, a ênfase dada em diferentes palavras para diferentes situações, a entonação adequada para se expressar, o aumento ainda maior de seu vocabulário e a utilização correta da gramática. Sem contar que essa prática propicia um benefício

Por Cláudio de OliveiraFormação em Pedagogia, especialização em

Tecnologia da Educação, licenciado em Letras. Educador de Língua Inglesa e da

Comunidade de Música doColégio Passionista São Paulo da Cruz.

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para o aumento da atenção e da memória, auxiliando assim no aprendizado de forma mais complexa.

Com isso, tivemos em 2008, 2009 e 2010, o interesse e o sucesso da participação dos educandos no projeto ‘Sing a Song’

que nós elaboramos e conseguimos colocar em prática; nesse projeto, os educandos do EF II e EM podem, em parceria com a Comunidade de Aprendizagem de Música, ensaiar canções em Inglês durante dois meses, uma vez por semana, para se apresentarem no auditório para todas as turmas envolvidas. As canções são escolhidas pelos educandos, passam por

uma pré-análise do educador para verificar se o vocabulário é apropriado para eles e, até então, o projeto tem ganhado mais força, pelo interesse dos educandos e motivação de toda a comunidade.

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Aconteceu

Anúncio publicitário.

PorAdriana Lima OzilioFormação em Letras, especialização em

Psicopedagogia. Educadora de Língua Portuguesa.

Aline Cristina - 8º ano B Gabriela Savoia - 8º ano D

Apublicidade é uma atividade profissional dedicada à difusão pública de ideias

associadas a empresas, produtos ou serviços.

Pode englobar diversas áreas do conhecimento, em especial atividades como planejamento, criação e produção de ideias.

Hoje, todas as atividades humanas

se beneficiam com o uso da publicidade. Profissionais liberais divulgam os seus serviços, os artistas anunciam suas exposições, seus discos e seus livros e a própria ciência promove suas descobertas por meio de cartazes, revistas, jornais, filmes, internet e outros.

O publicitário é contratado para comunicar a imagem de seus clientes através de estratégias elaboradas sob

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Ajude-nos a preservar o meio ambiente, senão como vamos poder justificar o verde da nossa bandeira?

Larissa Dias Souza - 8º ano C

Renan Pires Reno - 8º ano D

técnicas e pesquisas. Deve atuar dentro dos limites propostos pelo contratante, o que inclui verba disponível e objetos desejados.

Ao profissional de publicidade cabe duas linhas de raciocínio: a técnica e a cultural, que juntas atingem os objetivos delimitados. O profissional utiliza, também, inúmeros recursos da língua portuguesa como figuras de linguagem, variedades linguísticas e ambiguidades para atingir seus objetivos.

Um gênero muito utilizado neste meio é o anúncio publicitário, que tem a finalidade de persuadir o leitor a consumir

um produto ou aderir uma ideia. Quando é realmente bem feito, completo e divulgado do jeito certo, desperta atenção, provoca interesse, cria e estimula um desejo e leva as pessoas a fazerem alguma coisa para satisfazer esse desejo, essa vontade que o anúncio produziu e incentivou.

Os educandos do 8º ano aprenderam em OPT a produzir um anúncio publicitário. Observaram suas características específicas, fizeram pesquisas, criaram imagens, textos, logotipos, cartazes e o resultado foi surpreendente.

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Ensino Médio

TCC - vivência e socialização.

Por Erico GleriaFormação em Letras, especialista em Comunicação

Social, mestrando em Lingüística. Educador do Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

Embora a importância e supremacia do processo sobre o produto educacional

sejam inquestionáveis, ainda que, tenhamos claro, que a formação se dá ao longo dos anos de estudo e não apenas nas sondagens, também compactuamos com as exigências do acirrado mercado de trabalho e, visando a uma melhor familiarização de nossos educandos com o ensino superior, o 3º Médio desenvolve o projeto de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Depois de dois anos de estudos, no Ensino Médio, os educandos começam a elaborar o TCC, para que seja demonstrado, de forma materializada, todo o conhecimento adquirido ao longo

dos anos da vida escolar.O trabalho é uma parte importante

da formação, avaliação do educando, que se dá ao longo do curso. É uma etapa e uma oportunidade para aprender como se faz um trabalho acadêmico.

Como não poderia deixar de ser, em se tratando de um TCC, os educandos submetem suas pesquisas a uma banca examinadora, geralmente composta por docentes especialistas da área de pesquisa, escolhidos por afinidades com os temas abordados, assim como é feito para conseguir a titulação na graduação, especialização, mestrado e no doutorado. Como já aventado, a ideia é se aproximar, o máximo possível, das exigências reais da pós modernidade.

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Sob a coordenação do Educador Paulo Maia (Metodologia da Pesquisa Científica) e com a participação de vários educadores de diferentes áreas do conhecimento, nutridos do desejo de promover uma análise acerca do processo de globalização e do consumo, que não se restrinja apenas aos aspectos econômicos e geopolíticos, mas examine cuidadosamente os efeitos destes sobre o destino da humanidade, tiveram como ponto de partida comum o livro de Júlio José Chiavenatto “Ética globalizada e sociedade de consumo”, que abarca o tema gerador dos trabalhos: Globalização e consumo.

Tendo o meio ambiente como centro das investigações, os aspirantes a pesquisadores têm a oportunidade de vivenciar, de forma i n t e r d i s c i p l i n a r , o conhecimento

científico, o senso crítico e a produção e construção do conhecimento por meio das pesquisas, seja de campo como a que deu origem a este projeto: Angra, Ubatuba e Parati, seja a investigação bibliográfica, que fomenta a formação do pesquisador em quaisquer áreas dos saberes.

O TCC, que acontece desde o primeiro dia de

aula, tem seu ápice na apresentação dos trabalhos, evento que acontece durante o mês de novembro e que revela toda a dedicação e comprometimento de todos os envolvidos. Na apresentação dos trabalhos, os educandos têm a oportunidade de socializar com a comunidade os resultados de suas pesquisas e a relevância do tema abordado para a construção de um mundo cada vez mais igualitário, posto que a base é o conhecimento transformador e gerador da ação.

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Sec2:36Novos conhecimentos + velhos hábitos = conseqüências drásticas.

Podemos definir o trabalho como uma atividade em que o homem utiliza suas ener-

gias para o desenvolvimento de um produto, bem ou serviço que satisfaça alguma neces-sidade ou desejo. Através dele, o homem transforma o mundo atual, criando um “mundo novo”. Pode-se dizer que o trabalho é o responsável por transpor as diferenças entre o homem e a natureza, sendo assim um elemento essencial na relação dialética de ambos.

Segundo Cotrim (2000), quando pen-samos sobre o papel do trabalho em seu as-pecto individual, percebemos que ele pode permitir ao homem expandir suas ener-gias, desenvolver sua criatividade e realizar suas potencialidades. Pelo trabalho o ser humano é capaz de moldar e mudar a natureza e, ao mesmo tempo, transformar a si próprio. Ou seja, trabalhando podemos modificar o mundo e a nós mesmos.

Sendo o trabalho um instrumento de realizações, como pode ele perder a sua força, o seu papel libertador?

No decorrer dos anos, o trabalho pas-sou a servir de fonte de exploração e en-riquecimento de uma classe social sobre

outra, perdendo assim sua principal característica: a realização de desejos e necessidades. Pode-se dizer que o trabalho tornou-se uma forma de castigo. É muito co-mum ouvirmos algumas expressões como: “vou à luta”, “sustento minha família com o suor do meu trabalho”.

A palavra trabalho veio do latim TRIBALIUM, um instrumento de tortura medieval, feito com três pedaços de pau. Esta relação negativa entre o homem e o trabalho surge em função do trinômio ‘modelo de gestão, estilo de liderança e perfil profissional’.

Líderes do tipo “manda quem pode, obedece quem tem juízo” podem transfor-mar ambientes de trabalho em um campo de batalha. Comentários como “chefe que é bom, já nasce morto”, são comuns, e a cria-tividade fica suplantada pelo medo de errar, de se expor. Não obstante, o homem desen-volve um sentimento de angústia em relação ao seu trabalho e o “domingo à noite” ou “a música do Fantástico” tornam-se fatores importantes para o desenvolvimento desse mal estar profissional, ao invés de propor-cionar descanso e entretenimento. O homem não esquece do seu trabalho, não “desliga”

Por Carina PalacioFormação em Publicidade e Propaganda,

especialista em Gestão de Pessoas, mestre em Educação e cursando Pedagogia.

Coordenadora de Marketing do Colégio Passionista São Paulo da Cruz

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a mente para que ela possa descansar.As evo luções no campo do

conhecimento humano adquiriram, nas úl-timas décadas, um ritmo vertiginosamente acelerado, nunca antes imaginados pelos cidadãos “normais”. Depois de Júlio Verne, de Nostradamus, Nietzsche, Orson Welles, João — o Evangelista, poucos se detiveram em analisar e prospectar alterações radicais dos “novos” ou “últimos” tempos. Hoje, o foco é no consumo, no conhecer, no constatar, no adquirir, no utilizar e... esperar a próxima in-venção, o próximo produto, a próxima mu-dança. O homem deixou de SER e passou a então TER.

A partir da necessidade do TER, o homem passa a ser o objeto do trabalho, e não o contrário, como deveria ser.

Doenças como angústia, depressão, stress e síndromes de pânico, tornaram-se palavras frequentes no cotidiano empresarial e são responsáveis pelo baixo desempenho de milhares de profissionais. Mesmo com os avanços da tecnologia, tratamentos de última geração e exames minuciosos, hoje, o homens, adoecem mais. São as doenças de escritório. A falta de ânimo também suplanta a criatividade. Sem criatividade, produtivi-dade zero.

Crises financeiras, poder pessoal, status, baixos salários, insatisfações pes-soais, líderes autoritários e autocráticos, fal-ta de apoio, respeito e motivação, soma-se tudo isso as “doenças de escritório” e temos como resultado um profissional insatisfeito consigo e com a empresa que trabalha.

Trabalhar muitas horas não significa produtividade. Pode se perceber isso na

inusitada experiência realizada por Henry Fa-bre. Ele reuniu várias lagartas de procissão (elas têm este nome porque andam em fila) e as colocou sobre uma mesa. Rapidamente elas ficaram em fila. Cuidadosamente ele formou um circulo com essas lagartas, de tal forma que a lagarta líder tocava seu corpo na última lagarta, no centro desse circulo, colo-cou folhas de pinheiro que é o seu alimento preferido. Cada lagarta estava a 15 cm de distancia das folhas. Elas andaram em circu-lo três dias sem se alimentarem. No quarto dia estavam mortas. Tiveram muita atividade e nada de realização!

O estilo de gerenciamento era o mes-mo há décadas – o “método científico” em que os trabalhadores eram vistos como en-grenagens no mundo dos negócios. Nin-guém se preocupava em perguntar a opinião deles nem ouvia suas sugestões sobre como melhorar a produtividade. Essa mentalidade utilitária estava matando as grandes corpo-rações, mas poucos executivos tinham se dado conta disso.

O que se pode perceber é que a reali-zação é o fator determinante dentro de um processo.

E então fica a pergunta: O que adianta ter muito trabalho e pouco resultado?

Novos conhecimentos + velhos hábitos = conseqüências drásticas.37

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A prática regular de atividades físicas é u m d o s h á b i t o s

m a i s s a u d á v e i s q u e s e pode recomendar. Então, surge uma enorme dúvida...

O que devo fazer, caminhada ou corrida?

A caminhada e a corrida são praticadas com diferentes propósitos há milhares de anos. São movimentos naturais do seres humanos. Ambas não exigem habilidades específicas, os praticantes precisam apenas de um

Artigo

Caminhada e corrida, ótimos remédios!

Por Alessandra Pereira da Mota GreccoFormação em Educação Física e

Educadora de Natação e Educação Física e Coordenadora dos cursos extracurriculares do

Colégio Passionista São Paulo da Cruz

par de tênis e roupas confortáveis, para começar a prática esportiva que envolve pessoas de todas as faixas etárias.

A escolha dessas atividades vai depender da sua condição física.

A CAMINHADA é uma excelente atividade, especialmente para iniciantes, crianças, gestantes e idosos, podendo ser uma ótima aliada para uma vida saudável. Não necessita de habilidades especiais, é de baixo impacto para nossas articulações e ossos, porém é necessário ir devagar e aumentar a intensidade e a duração gradualmente.

DICAS

Não podemos esquecer de alguns pontos muito importantes antes de fazer nossa escolha: - nunca comece seus exercícios em jejum; - use roupas leves e próprias para a prática esportiva; - hidrate-se com água antes, durante e depois das atividades; - use um tênis confortável; - evite horários de sol forte; - você não deve sentir nenhuma dor durante as atividades; - alongue-se; - vá com calma! Comece devagar e vá alternando um dia de descanso com um dia de exercício.

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Benefícios da corrida...Diminui o estresse

Promove a redução da ansiedadeEstimula a produção do bom colesterol

Combate a depressãoAuxilia na perda de peso

Benefícios da caminhada...É excelente para o coração

Faz bem para a menteAjuda no sonoFaz você feliz

Protege seus ossos

Sabemos que a CORRIDA é uma atividade completa que envolve praticamente todos os músculos do corpo, é um dos exercícios mais recomendados para o bem estar físico e mental, permitindo também o aumento de massa muscular e a queima de gordura.

Vale a pena lembrar que a frequência cardíaca deve ser monitorada antes, durante e após o exercício. Se a corrida estiver elevando demasiadamente sua frequência cardíaca, volte a caminhar, com o objetivo de adquirir

um condicionamento para a prática da corrida.

Os riscos da caminhada e da corrida são quase inexistentes, mas eles podem surgir se não tiver acompanhamento médico e de um profissional de Educação Física.

Respeitar os limites do próprio corpo é um critério de quem quer manter a saúde!

E, então, se você já fez a sua escolha, o que está esperando?

Esporte é saúde... Saúde é vida...

Pratique a vida!

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Artigo

Alimentação saudável.

Uma alimentação rica e balanceada é, hoje, preocupação mundial, em

decorrência do aumento de casos de obesidade em toda a sociedade. Por essa razão, o Colégio Passionista São Paulo da Cruz está sempre acompanhando e orientando os nossos educandos sobre alimentação saudável, que deve ser trabalhada desde cedo, a fim de contribuir com adultos mais conscientes e com hábitos saudáveis.

É desde a infância que se cria os bons hábitos alimentares para uma vida inteira, e cabe a nós, educadores e pais, encaminharmos nossas crianças nesse sentido, para que sejam fortes e saudáveis. Por outro lado, é preciso saber que existem alimentos que em excesso, fazem mal à saúde como pizza, salgadinhos, refrigerantes, balas, chicletes, bombons e pirulitos.

Garantir uma alimentaçõ saudável para os educandos no período escolar tem sido um diferencial em nossa escola. Na nossa cantina não é oferecido alimentos fritos, pois incentivamos o consumo de frutas, gelatinas,

iogurtes, queijos e lanches naturais e bebidas a base de soja.

Como sabemos, ter uma alimentação saudável requer mudança de hábitos e atitudes e a escola precisa estar em sintonia com a família nessa empreitada.

Diariamente, na rotina da turma, as educadoras conversam com os educandos, incentivam e estimulam para que experimentem os diversos alimentos preparados pela família ou consumidos na escola, como os legumes, verduras e frutas. Essas atividades são todas interdisciplinares relacionando o tema com as aulas de música, arte, inglês, robótica, educação física, português e matemática.

Não podemos esquecer de que o lúdico está presente o tempo todo e que as crianças gostam e esperam por esse momento tão rico.

Quando as crianças entram na escola, orientamos tanto a família, quanto nossos educandos sobre os alimentos que devem ser consumidos, além das dicas para os pais sobre os alimentos que devem ser colocados na lancheira.

Por Silvia Regina D’Elia BocaliniFormação em Pedagogia e especialização em

Psicopedagogia. Educadora da Educação Infantil do

Colégio Passionista São Paulo da Cruz

O amor por um filho adquire diversas formas. Uma delas é a alimentação

que lhe proporcionamos.40

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Abaixo, sugestão de cardápio nutritivo, elaborado pela nutricionista Flávia Salvitti, para que você possa preparar, em casa, com seu filho.

Procure variar o máximo possível as opções de lanches e cores para a criança sentir prazer e

desejar comer.Atenção aos lanches que vão queijos,

frios, requeijão ou mesmo evitar levar iogurtes ou produtos que necessitam de refrigeração. São alimentos fáceis de estragar.

Sempre colocar uma fruta na lancheira. Mas deixe com que a criança participe da escolha de qual fruta ela quer levar no dia. Se ela não quiser nenhuma, escolha frutas que não estragam com facilidade e envie junto na lancheira. Além da fruta, é necessário levar uma opção de carboidrato que são responsáveis pela energia. Coloque na lancheira pães integrais, bisnaguinha integral, wrap, barras de cereais, biscoitos integrais.

Quando optar por biscoitos, não coloque na lancheira o pacote inteiro. Sempre separe as porções de 4 a 5 biscoitos, para não correr o risco de a criança passar da quantidade adequada.

Coloque uma garrafinha de água na mochila. As crianças esquecem de beber água. Geléias de frutas e queijo processado (tabletinho) são boas opções para passar no pão, por não precisarem de refrigeração.

A seguir, algumas sugestões de combinações, mas lembre-se de que cada criança tem uma necessidade energética diferente e, em alguns casos, patologias específicas que necessitam de alimentos diferentes. Sempre consulte um profissional nutricionista para saber a melhor opção no caso do seu filho.

Sugestões de lancheiras saudáveis

- 3 bisnaguinhas integrais com geléia de morango, 1 caixinha de achocolatado e 1 maçã.

- 3 torradas integrais com geléia de uva, 1 caixinha de achocolatado e 1 pêra.

- 1 lanche de pão integral com queijo processado (que não precisa de refrigeração) e suco de fruta de caixinha.

- 1 barra de cereais, 1 caixinha de suco de soja com sabor de fruta e 1 goiaba.

- 5 cookies integrais, 1 caixinha de suco de soja com sabor de fruta e 1 banana.

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O trabalho voluntário é uma das mais antigas formas de solidariedade humana

e, atualmente, frente às transformações de ordem global, adquire uma nova dimensão, deixando para trás a visão puramente assistencialista do voluntário e reposicionando sua ação como uma das formas de exercício pleno da cidadania.

O projeto de voluntariado do Colégio Passionista São Paulo da Cruz tem por objetivo propiciar aos adolescentes, jovens e mães, acessos a práticas ligadas ao bem comum, ao respeito pelas diversidades, à defesa e preservação de bens culturais e ao desenvolvimento dos valores de

Responsabilidade Social

PJP/Formãe.

solidariedade e cidadania. De acordo com a motivação pessoal e social, nossa ação voluntária está ancorada nos seguintes princípios:

- Oferecer seus serviços aos demais sem qualquer remuneração, ações feitas individualmente ou através de esforço conjunto; promover responsabilidade social, a participação cidadã, a cooperação e a solidariedade; promover o crescimento do adolescente e jovem, ampliar suas habilidades e conhecimentos, desenvolvendo seu potencial pessoal e sua autoestima; e capacitar os adolescentes e jovens a participarem ativamente nos problemas e discussões sobre os acontecimentos do mundo em que vivem.

Por Marlene Bondi de LaetFormação em História e pós graduação em

História, Sociedade, Cultura e 3º Setor. Orientadora de Pastoral Social do

Colégio Passionista São Paulo da Cruz

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Duração do Projeto

As atividades são desenvolvidas:Quartas-feiras, das 13h às 15h30Sextas-feiras, das 13h30 às 17h.

Áreas de atuação da PJP/FormãeEducaçãoParticipação na vida da escola através de órgãos de representação, promoção de eventos

– shows, chás beneficentes, almoços, jantares etc. que gerem recursos para as atividades voluntárias extra escola. Apoio e participação em projetos voltados às comunidades menos assistidas, que são desenvolvidos com apoio de educadores, pais e educandos como aulas de artesanato, pintura, biscuit, tricô no tear, arranjos de cestas em geral, cartões no papel vegetal, caixas decoradas, reaproveitamento de alimentos, trabalhos com sucata, promoção de Bazar Beneficente junto à Comunidade, com vendas de roupas e brinquedos usados - toda a renda obtida é revertida para o próprio projeto, visita a Asilos e Creches, levando alegria, bingo, lanche, música, ouvindo e contando muitas histórias, cursos com dinâmicas para formação de lideranças e orientação semanal com base em textos bíblicos;

CulturaOrganização de visitas monitoradas a salas de espetáculos e exposição de arte, visita

monitora através de projetos escritos e aprovados em Asilo – ginástica ocupacional dirigido aos membros superiores, acompanhado com música e ritmo, música como terapia para levar o idoso a se expandir através do acompanhamento da mesma e se tornar mais alegre e extrovertido. Contadores de histórias em orfanatos e creches, com perspectivas de atingir posteriormente escolas públicas no entorno do bairro de Tucuruvi e Jaçanã. Organização de seminários, palestras e atividades voltadas para a ampliação do universo cultural da comunidade escolar ou extraescolar;

Esporte e LazerAulas de ginástica para pessoas da terceira idade, jogos entre os participantes do

grupo de voluntariado para descontração, dias de formação e lazer nas dependências do colégio em momentos designados como “Pernoite no Colégio”.

SaúdeProjeto Viva Leite em parceria com o Governo do Estado, que nos possibilita a

distribuição semanal de 760 litros de leite, entre 90 crianças e 100 idosos do Jd. Fontalis.

Público Alvo

Educandos do Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano até o Ensino Médio, pais e mães de educandos de todos os níveis contemplados pelo Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

Participe!!!43

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Retrospectiva

11/08 - Dia do Educando

No dia 11 de agosto, os fun-cionários do CPSPC fizeram uma homenagem aos estu-

dantes. Além de uma linda apresentação, também leram este emocionante depoimen-to que você acompanha na integra.

“Nós, educadores, de alguma maneira mágica, nos tornamos responsáveis por to-dos os adolescentes e educandos do mun-do.

DIA DO ESTUDANTEVocê vai se lembrar de mim e eu hei

de me lembrar de você...Um dia, passeando no shopping, vou

ver um grupo de adolescentes e, sem se-quer perceber, vou procurar o seu rosto en-tre os deles.

Na rua, ao parar em um semáforo, ouvirei o alarido alegre de muitas vozes juvenis atravessando e, entre elas, reconhecerei, sem dúvida, a sua, mesmo que você não esteja ali.

Seu nome se repetirá em muitas listas, ano após ano, cada vez que eu entrar em uma nova sala de aula. Mas nenhum nome será igual ao seu, porque cada um terá sua própria identidade. Depois de você virão seus irmãos menores, seus primos, seus colegas, seus vizinhos e quem sabe até seus filhos.

Certamente um dia, daqui a muitos anos, em um consultório, em um escritório, em uma academia, você será o profissional que vai me atender.

Uma vez que nossos caminhos se

cruzaram, para sempre estarão entrelaça-dos, porque você fez parte de cada dia da minha vida. Muitas vezes viajei com sua prova em minha mala para corrigi-la; deixei de sair muitos fins de semana para preparar a sua aula; perdi o sono muitas noites pen-sando em nosso relacionamento; amamentei meu filho muitas tardes diante do computa-dor pensando em alguma atividade diferente para você.

Quando muitos anos tiverem se pas-sado, quando você tiver sua própria vida, sua casa, seus filhos, sua profissão e me encon-trar por aí, nos lugares que eu mencionei, vai se lembrar de mim. De minha palavra mais dura, de minha piada mais sem graça ou de meu conselho amigo.

E então vai me dar o melhor presente: um sorriso sincero e a palavra “educador, educadora!”, que ficou aí, guardada em sua garganta e em seu coração.

Pode ser que eu não me lembre de seu nome, mas sem dúvida reconhecerei as suas palavras e me lembrarei das suas “travessuras”. E ainda serei seu educador!, como se o tempo tivesse magicamente para-do para nós dois.

Você vai se lembrar de mim e eu hei de me lembrar de você...

FELIZ DIA DO ESTUDANTE, MEU ETERNO EDUCANDO!

Assim como você deixou em mim sua marca indelével, sei que também eu deixei em você a minha marca de educador.”

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vocês!”A Luzia Pasiani, mãe dos educan-

dos, Gabriel Beltramiz Pasiani - 5º ano B e Naara Beltramiz Pasiani - 9º ano B, também deixou seu depoimento:

“A todos eu desejo no dia de hoje, que é só de vocês!!! O MELHOR!!!

Que Deus, nosso Pai, na sua infinita bondade, venha dar a vocês muita Paciência.

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina - Cora Coralina.

Um abraço a todos e muito obrigada por vocês existirem na vida dos nossos filhos... Feliz dia dos Professores!”

Já no dia 15 de outu-bro, foi a vez dos educadores serem

homenageados.Um grupo de educandos,

representando toda a comunidade educativa, prestou uma emocio-nante homenagem, com direito a clipe, paródia e interpretação.

Foi um momento de muita emoção, onde os educadores sentiram o carinho e o afeto de seus educandos.

Muitas foram as homenagens pres-tadas, como o depoimento da Norma, mãe do educando Lucas Souza Pires, da 3ª série B, do Ensino Médio:

“Já estamos com saudades das histórias contadas pelo nosso filho sobre o seu dia-a-dia no CPSPC, uma vez que ele está terminando o 3º ano...

Feliz Dia dos Professores para to-dos, e fica o nosso agradecimento aos professores atuais e aos ex, por todo carinho durante esses 11 anos com o Lu-cas.

Muita PAZ e muita LUZ para todos

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Sábado, 02/10/2010, durante a Olimpíada Mind Lab Brasil, oito educandos do Ensino

Fundamental do Colégio Passionista São Paulo da Cruz colocaram à prova a sua capacidade de raciocínio para resolver situações novas.

A Olimpíada Mind Lab é um evento educativo que junta jovens de todas as partes do mundo num fantástico torneio de Jogos de Pensamento.

“São sempre situações novas”, resaltam as educadoras que ministram as aulas, ao caracterizar os problemas a resolver, sendo que cada jogada é um novo desafio com oponentes diferentes. “Não é só o fato de saberem o jogo que permitirá

Aconteceu

Olimpíadas Mind Lab 2010.

Por Roberta Vasconcelos B. Pelegrino Formação em Pedagogia, pós graduada em

Psicopedagogia e especialista em Marketing Educacional.

Promotora de Eventos e Educadora doColégio Passionista São Paulo da Cruz

resolver os desfios, já que a ideia é utilizar a capacidade de raciocínio, criatividade e imaginação”.

A metodologia Mind Lab foi criada há 16 anos por um grupo de educadores israelenses. As ferramentas são jogos de tabuleiros que exigem raciocínio lógico e estratégico e a aprendizagem é mediada por um educador, que auxilia os educandos a desenvolverem habilidades cognitivas, sociais, éticas e emocionais.

Os concorrentes são distribuídos em duas categorias, na primeira, educandos do 4º ao 7º ano, e na segunda, do 8º e

9º ano. Em ambas, as atividades proporcionam a experiência de jogar por prazer, com motivação e entusiasmo,

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favorecendo uma aprendizagem mais abrangente.

Na final, a surpresa foi o desempenho dos nossos eduncados, que trabalharam no projeto apenas há 6 meses, com uma aula semanal, em que, o nosso educador mediador, associado às novas ferramentas educacionais, fez a diferença, tornando o aprendizado uma experiência empolgante e significativa.

Este ano, nosso Colégio irá promover a I Olímpiada Interna do PIM (Passionista Inovando Mentes), que tem como objetivo oferecer a todos os educandos a oportunidade de

participar de um evento que permite demonstrar suas habilidades, num torneio de jogos de raciocínio, com muita diversão.

Parabéns aos educandos Marcus Vinícius Gianesini, João Vitor Fioravante de Oliveira, Erika Megumi, Cauê Kaufamann, Thales Viana, Felipe Gabriel de Araujo, Guilherme Melo e José Guilherme Miglioranza, que representaram o Colégio Passionista São Paulo da Cruz, pela primeira vez, como se já tivessem tido experiências anteriores.

Valeu!

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Artigo Por Maria Carolina Guandalini PintoCursando Pedagogia. Educadora do

Serviço de Assistência ao Educando (SAE) doColégio Passionista São Paulo da Cruz.Limites, sem medo...

Atualmente, a maior dificuldade dos pais é conseguir manter-se firme diante das solicitações de

seus filhos. Corrompem-se facilmente quando há pedidos e solicitações e, como forma de suprir sua ausência, utilizam o sim como resposta.

A criança e o adolescente são capazes e astutos e usam essa fraqueza dos pais para conseguir o que querem. Esse é um quadro que tem preocupado pais e educadores. Não podemos perder a autoridade educativa sobre os filhos, gerando indisciplina em casa e, consequentemente, prejudicando a formação do cidadão.

Vale lembrar que criamos os filhos para sobreviver no mundo atual, com a permissividade, eles não estarão preparados para viver em sociedade.

É muito duro vê-los de cara feia, falando que: “só eles” não podem nada, nunca vão a algum lugar! Quantas vezes vemos nossos

“Quando os pais permitem que a criança faça tudo o que tem vontade e não estabelecem limites na medida certa para a idade, ela não desenvolve plenamente

o uso da razão, vivendo um estilo animal de vida”

Içami Tiba

filhos dizendo que “eles não podem nada”; “todo mundo vai, menos ele”, ou até “você nunca deixa nada!”

Vamos concordar que ao chegar em casa cansados, não temos mais energia

para discutir, porque é claro que ao ouvir um não, nossos filhos questionam sem parar, então, para evitar todo esse transtorno, soltamos um duvidoso sim.

Mas podemos reverter esse quadro. Treine o não como resposta, seja firme em suas decisões, não deixe que a culpa da ausência atrapalhe a boa educação de seus filhos.

Não será difícil começar, os filhos irão se acostumar e até gostar de ter limites e, para os pais, dá uma sensação de dever cumprido, sentimento vitorioso de poder ajudar às crianças ou adolescentes a crescer em um mundo cheio de regras e torná-lo um ser humano íntegro e ajustado ao convívio social.

Nunca é tarde para mudar, ainda mais se for para melhor.

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Por que o seu filho faria aulas de xadrez? Poderia responder a essa pergunta

com outra: “Você gostaria que seu filho exercitasse e desenvolvesse a concen-tração, o raciocínio lógico, a visão espa-cial, tomadas de decisões, entre outros, e brincasse ao mesmo tempo, em uma só atividade?”. Apresento-lhes o XADREZ. Ele é visto pelas crianças como brinca-deira e isso é um ponto a favor.

Sendo o segundo esporte mais prati-cado, perdendo apenas para o futebol, foi constatado que o xadrez desempenha um importante papel socializante, principal-mente, por ensinar a lidar com a derrota e com a vitória, mostrando que derrota não é

Porque o seu filho faria aulas de Xadrez?

Artigo Por Marcelo AugustoFormação em Educação Física e Pedagogia,

Árbitro Auxiliar de Xadrez pela CBX. Educador Físico e de Xadrez

do Colégio Passionista São Paulo da Cruz

sinônimo de fracasso e nem vitória é sinôni-mo de sucesso.

Enfim, numa época onde o anseio de uma revolução pedagógica é de eliminar o degrau entre educador-educando, percebe-mos no xadrez que, pelo fato da progressão dos educandos ser individual e em ritmos diferentes, “o criador pode ser superado pela criatura”. Invertendo essa relação, colocam-se em xeque as hierarquias instituídas desde os primórdios em sala de aula.

As pessoas que enxergam o xadrez como ferramenta pedagógica, vêem nele a gama de habilidades a serem trabalhadas durante o jogo, estimulando assim o prati-cante, denominado enxadrista, a ir ao en-contro de uma oportunidade.

Para saber mais...

www.clubedexadrez.com.brRegras, torneios, informações, história do Xadrez

www.flyordie.comPara jogar on-line

www.problemasdexadrez.cjb.netExercícios para chegar em xeque-mate em poucas

jogadas.

www.fide.comFederação Mundial de Xadrez – Órgão máximo do

Xadrez.

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Características do xadrez e suas implicações educativas. (SILVA, 2002)

Características do Xadrez

- Fica-se concentrado e imóvel na cadeira.- Fornecer um número de movimentos num determinado tempo.- Movimentar peças após exaustiva análise de lances.- Após encontrar um lance, procurar outro melhor.- Partindo de uma posição, a princípio igual, direcionar para uma conclusão brilhante (combinação).- O resultado indica quem tinha o melhor plano.- Dentre as várias possibilidades, escolher uma única, sem ajuda externa.- Um movimento deve ser consequência lógica do anterior e deve apresentar o seguinte.

Implicações nos aspectos educacionais e de formação de caráter

- O desenvolvimento do autocontrole psicofísico.- Avaliação da estrutura do problema e a distribuição do tempo disponível.- Desenvolvimento da capacidade de pensar com abrangência e profundidade.- Tenacidade e empenho no progresso contínuo.- Criatividade e imaginação.- Respeito à opinião do interlocutor.- Estímulo à tomada de decisões com autonomia.- Exercício do pensamento lógico, auto consistência e fluidez de raciocínio.

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Teste agora seus conhecimentos em Xadrez. Com apenas um movimento, dê o XEQUE MATE

Passiontempo

Sugestão de leituraPara aprender e ensinar xadrez – Adriano Caldeira- Ed. Ciranda Cultural.

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Av. Tucuruvi, 470São Paulo - SPTel.: 2991.3111

FORMANDOS 2010