Revista Rio Cooperativo n°4

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Revista para cooperativas

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Ano I - nº 4 - Julho de 2006

A CoopCorreios mostra

por que seu lema é

“o associado em

primeiro lugar”.

Capa

Tudo sobre o maior

evento cooperativista do

Estado do Rio de Janeiro.

Turismo

Cooper Global e

sua proposta

de ser uma genuína

cooperativa de turismo.

PapoCooperativo

Entrevista com

a presidente da Unicred

do Brasil, Denise Damian.

E aindaE aindaE aindaE aindaE ainda

SeçõesSeçõesSeçõesSeçõesSeções

Social

Nesta ediçãoNesta ediçãoNesta ediçãoNesta ediçãoNesta edição

Cultura - A história da Cooperativa de Artistas Autônomos.

Capacitação - UCAM lança sua Pós-graduação em

cooperativismo.

Educação - KKE - A cooperativa dos esperantistas.

Agropecuária - A volta por cima da CCPL.

ATUALIZE SEU CADASTRO! Envie os dados de sua cooperativa para receber a revista Rio Cooperativo. Nosso e-mail é [email protected].

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Crédito - Infocrerj, o banco da informática.

Trabalho - A Unimev Rio fala de seu trabalho junto à

classe veterinária.

Saúde - Os planos da Coopangio para melhorar a saúde

da população.

Informe Especial- O portal cooperativista da Easy System.

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DATA VÊNIA - Adriana Amaral dos Santos.

CHECK-UP - Rafael Palatnic.

LINHAS DO CRÉDITO - Wagner Guerra.

MÃOS À OBRA - Paulo Henrique Marinho.

DIAGNÓSTICO - Liana França.

INTERIORES - Fernanda Almeida.

PASSAPORTE - Mauro Friedrich.

SALA DE ESTAR - Um momento de descontração no seu dia-a-dia.

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AGENDA COOPERATIVISTA - Os eventos do mundo cooperativo.

EDITORIAL - Cláudio Montenegro.

SOCIAIS - A posse da nova diretoria da Unicred do Brasil.

CIRCULANDO - Um giro pelas principais notícias cooperati-

vistas do Rio de Janeiro e do Brasil.

CANAL ABERTO - Marcelo Espíndola.

DIRETO AO PONTO - Maria de Fátima Moraes Rodrigues.

EDUCAÇÃO - Maria Solange Barbalho Moreira.

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Agenda Cooperativista

III Encontro de ResponsabilidadeSocial para cooperativasData: 17 de agostoLocal: Senac Consolação - São Paulo (SP)Informações: (11) 5576-5951

20º Seminário de Cooperativismode Crédito

Data: 17 a 20 de agostoLocal: Caldas Novas (GO)Informações:www.sicoobcentralcecresp.org.br

Encontro de Jovens Cooperativistasde Santa CatarinaData: 6 e 7 de outubroLocal: CTG Fronteira da Querência -Concórdia (SC)Informações: (48) 3224-8833

Enerbio - Feira de AgroenergiaData: 13 a 15 de novembroLocal: Transamérica Expo Center -São Paulo (SP)Informações: (11) [email protected]

Rio CoopShow 2006

Data: 26 a 28 de julhoLocal: Firjan - Rio de Janeiro (RJ)Informações: (21) 2233-5547/2233-0712www.montenegrocc.com.br/riocoopshow

3º Congresso Brasileiro de PlantasOleaginosas, Óleos, Gorduras eBiodieselData: 26 a 28 de julhoLocal: Varginha (MG)Informações: www.ufla.br/eventos/oleo

Congresso de AgrobussinesData: 1º e 2 de agostoLocal: São Paulo (SP)Informações: (11) 5181-2905 [email protected]

Congresso de AgrobussinesData: 1º e 2 de agostoLocal: São Paulo (SP)Informações: (11) 5181-2905 [email protected]

I Encontro Estadual dos Profissionaisde Informática de CooperativasData: 3 de agostoLocal: Belo Horizonte (MG)Informações: (31) 3284 - 5888

Curso de Gestão para Dirigentes eExecutivos - GESCOOP AvançadoData: 3 e 4 de agostoLocal: Hotel Bristol Century Plaza –Vitória (ES)Informações: (27) 2125-3200

Coopsportes 2006 – 1ª EtapaData: 4 a 6 de agostoLocal: Sesc Venda Nova – BeloHorizonte (MG)Informações: Ocemg - (31) 3284-5888

Ciclo de Estudos na Área deContabilidade de CooperativasData: 10 e 11 de agostoLocal: Vitória (ES)Informações: (27) 2125-3200

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“As cooperativasabrem um caminhode inclusão, não de

exclusão, e oferecemàs pessoas uminstrumento de

auto-ajuda.”

Construir a paz porintermédio das cooperativas

Rio Cooperativo é uma publicação bimestral da

Montenegro Comunicação Corporativa

Rua da Conceição, 105, sala 1.909, Centro

CEP: 20051-011 - Rio de Janeiro - RJ

Telefones: (21) 2233-5547 / 2233-0712

E-mail: [email protected]

Site: www.montenegrocc.com.br

Editor executivo e jornalista responsável

Cláudio Montenegro (MTb 19.027)

([email protected])

Redação

Dardano Piranda ([email protected])

Projeto gráfico e programação visual

Fábio Louzada ([email protected])

Colaboraram nesta edição: Adriana Amaral,

Fernanda Almeida, Liana França, Marcelo Espíndola,

Maria de Fátima Moraes Rodrigues, Maria Solange

Barbalho Moreira, Mauro Friedrich, Paulo Henrique

Marinho, Rafael Palatnic e Wagner Guerra.

Contatos

Tel.: (21) 2233-5547 / 2233-0712

E-mail: [email protected]

Distr ibuição

Lideranças cooperativistas, dirigentes, gerentes, cooperados

e funcionários de cooperativas de todos os segmentos

(agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, habi-

tacional, infra-estrutura, mineral, produção, saúde, trabalho,

transpor te e turismo), empresários, administradores,

assessores jurídicos, auditores, contadores, profissionais

de recursos humanos, associações, sindicatos, federações e

entidades de classe de forma geral, órgãos e instituições

governamentais, universidades, clínicas e hospitais, fornece-

dores de produtos e serviços para cooperativas e demais

formadores de opinião.

Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de

seus autores, não correspondendo necessariamente à

opinião dos editores.

Capa desta edição: Acer vo Rio Cooperativo

Expediente

Editorial Cláudio Montenegro

Cláudio Montenegro, editor executivo

prestando assistência a projetos na Bósnia e naSérvia, para ajudar a reconstruir comunidadesmediante a constituição de cooperativashabitacionais e com o diálogo entre os povos. Váriosmovimentos também têm se esforçado muito paradar sua contribuição às iniciativas de reconstrução,em longo prazo, dos danos causados pelo tsunamina Indonésia, Índia e Sri Lanka, mesmo em algumaszonas onde persistem conflitos.

A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) é aexpressão organizada dessa solidariedade mundi-al e tem uma história de mais de 110 anos, ao longodos quais tem posto em prática esses valores coo-perativos e promovido ativamente a paz. A Aliançatem procurado incluir tradições políticas, econômi-cas e sociais diversas, atuando como uma pontepara conseguir maior compreensão e apoio entre

seus membros e estimulandoas cooperativas a colaborarentre si, para consagrar o mo-delo cooperativo em todo omundo. A Aliança trabalhaativamente com uma série deorganismos internacionais, in-cluindo as Nações Unidas, ecom seus próprios membros,a fim de promover o desen-volvimento cooperativo, espe-cialmente nas regiões ondesurgem conflitos. A Aliançaacredita que promover o de-senvolvimento econômicosustentável e impelir o pro-gresso econômico e social

das pessoas mediante o modelo de empresa coo-perativa contribuirá para a paz e segurançainternacionais.

A Aliança Cooperativa Internacional convidaos associados de cooperativas de todo o mundoa celebrarem em julho as conquistas que con-seguiram no passado e por todas que estão parase realizar, a fim de criar um mundo mais seguropara todos. O Dia Internacional das Cooperativasé comemorado sempre no primeiro sábadode julho.

As cooperativas baseiam-se no conjunto de valores e princípios concebidos para fomen-tar a paz. Os valores como a solidariedade, a demo-cracia e a igualdade têm ajudado milhões de pessoasde todo o mundo a promoverem a harmonia socialpor meio de um futuro econômico mais seguro.

As cooperativas desempenham a sua função,contribuindo para resolver os problemas que re-sultam em conflitos. Esses conflitos têm origem nanecessidade de se alcançar a estabilidade econô-mica mediante um emprego garantido e moradia acusto razoável, o acesso ao crédito ou aos produ-tos de consumo, ao seguro e aos mercados ou àsatisfação de uma série de necessidades. As coo-perativas garantem às pessoas verdadeiras alter-nativas às falhas dos mercados ou dos governos,com as quais ajudam a oferecer estruturas quefomentam e favorecem aparticipação das pessoas.As cooperativas abrem umcaminho de inclusão, não deexclusão, e oferecem àspessoas um instrumento deauto-ajuda, contribuindo,assim, para eliminar muitascondições que podem aca-bar em conflito dentro das co-munidades e entre elas.

As cooperativas ofere-cem, também, uma alternati-va real para a solução deconflitos e contribuem, con-sideravelmente, para recons-truir as comunidades, apósas guerras e combates civis, ao criar condiçõesque diminuam a possibilidade do surgimento dessesconflitos. Podem instituir a base real para uma pazsustentável e ampla, em longo prazo, assentadaem estruturas democráticas. Por exemplo, osmovimentos cooperativos da Palestina e Israel estãocolaborando, atualmente,numa gama de projetos decomercialização, cujo objetivo é ajudar os coopera-dos palestinos a melhorarem seu nível de vida e,desse modo, estabelecer vínculos entre as pesso-as. Os movimentos cooperativos habitacionais estão

Reproduzimos no texto abaixo a Mensa-gem da Aliança Cooperativa Internacional(ACI) em comemoração ao 84° Dia Interna-cional das Cooperativas e ao 12° Dia Inter-nacional das Cooperativas da ONU. Semdúvida, o mês de julho possibilita colocar-mos em prática aquilo que teorizamos oano inteiro: a cooperação.

Que os verdadeiros cooperativistas

mantenham este espírito de fraternidadee comunhão durante todos os dias do ano,celebrando o cooperativismo comoinstrumento de inclusão social e soluçãodos problemas que afligem os povos. Comcerteza, um tema muito interessante parase pensar, ainda mais num ano eleitoral.

Boa leitura e saudações cooperativis-tas a todos!

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Sociais

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O dia 28 de junho marcou uma importante data para o cooperativismo brasileiro e emespecial para o sistema Unicred. Naquela ocasião, tomou posse a nova diretoria daUnicred do Brasil, em cerimônia ocorrida em São Paulo.

A entidade é agora presidida pela médica Denise Damian, que, em seu discurso deposse, ressaltou o trabalho de seus antecessores que abriram o caminho para a conso-lidação do sistema Unicred em território nacional: “Temos agora a missão de dar conti-nuidade ao belo trabalho iniciado por nossos companheiros, com a certeza de que aindahá muito o que caminharmos”, destacou Denise.

Entre os convidados da solenidade, participaram o chefe do Departamento de Organi-zação do Sistema Financeiro (Deorf) do Banco Central, Luiz Edson Feltrim, o presidentedo Bansicredi, Ademar Schardong, o presidente da Cecresp e da Confebrás, ManoelMessias, o presidente da Unimed do Brasil, Celso Barros, o presidente do Sinacred,Edemir Deberaldini, o presidente da Fenacred, Valdinar Gomes da Fonseca, entre outrosimportantes nomes do cooperativismo nacional. Rio Cooperativo se fez presente com oeditor executivo e jornalista Cláudio Montenegro.

Além de presidente das Unicreds Brasil e Rio de Janeiro, Denise Damian tambémacumula a função de vice coordenadora do Conselho Especializado de Crédito (Ceco).

Nas fotos ao lado, um pouco do clima da solenidade.

Nova diretoria da Unicred doBrasil toma posse em SP

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Circulando As notícias que circulam no mundo cooperativista

Vencedores do Prêmio Cooperativa do Ano

Saíram os ganhadores do Prêmio Cooperativa do Ano 2006,

promovido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB),

Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e

pela revista Globo Rural. Em sua terceira edição, o Prêmio teve

como novidade este ano a inclusão dos prêmios para os ramos

Consumo, Crédito, Infra-estrutura, saúde e transporte.

Confira os vencedores: Unimed Extremo Oeste Catarinense

(Saúde); Central Sicredi RS (Crédito); Cooperativa Central Mineira

de Laticínios Cemil (Transporte); Cooperativa de Produção e Abas-

tecimento do Vale do Itajaí R11; Cooper (Consumo); Cooperativa

de Eletrificação e Desenvolvimento Rural Vale do Araçá Ceraçá

(Infra-estrutura); Cooperativa Agroindustrial Lar (Agropecuário,

subcategoria Gestão Profissional, Qualidade e Produtividade e

Inovação Tecnológica); C.Vale Cooperativa Agroindustrial (Agro-

pecuário, subcategoria Educação Cooperativista e Intercoo-

peração); Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia Calu

(Agropecuário, subcategoria Responsabilidade Social); Coope-

rativa Agropecuária União Ltda. Coagru (Agropecuário, subca-

tegoria Meio Ambiente); e Cooperativa Central Agropecuária Su-

doeste Ltda. Frimesa (Agropecuário, subcategoria Marketing).

Ocergs e Ocesp têm novos presidentesAs unidades estaduais da OCB

em São Paulo e no Rio Grande do

Sul estão com novas direções.

No Ocergs-Sescoop/RS (Sindi-

cato e Organização e das Coopera-

tivas do Estado do Rio Grande do

Sul) o novo presidente é Vergílio

Frederico Perius, advogado, con-

sultor e professor de pós-gradua-

ção em várias universidades.

Já a Ocesp tem como principal dirigente Edivaldo Del Gran-

de (foto), presidente da Cooperativa dos Cafeicultores da Média

Sorocabana de Cândido Mota (Coopermota). Del Grande ocu-

pava o cargo de diretor do ramo Agropecuário da Ocesp. É admi-

nistrador de Empresas pela Faculdade de Administração de

São Paulo e com MBA em Cooperativismo pela FEA-RP/USP.

Aurora sai da laranja e reforça lácteosA Coopercentral Aurora,

de Chapecó (SC), anun-

ciou que deixará de pro-

duzir, em 2007, o suco da

marca Delis. A desativação

da indústria de suco de la-

ranja da cooperativa dará

início ao processo de fabri-

cação de lácteos, proces-

sando, até o fim de 2007, 900 mil litros de leite por dia para a

produção de queijos, leite em pó e soro em pó. O objetivo da

cooperativa é dobrar essa produção até 2012.

A substituição deve-se ao negócio com laranja ter deixado de

ser rentável, gerando no último ano apenas 1% do faturamento

da Aurora. Entretanto, os citricultores não ficarão desamparados

porque cooperativas filiadas à Coopercentral se comprometem

a negociar a laranja para terceiros.

Curso superior de cooperativismo

A Ocesc, em parceria com a Universidade do Sul de Santa

Catarina e o SESCOOP/SC realizaram no dia 2 de julho o vestibular

para o curso de graduação tecnológica de Gestão de Cooperativa.

O curso, destinado a funcionários e associados de coope-

rativas regulares com o sistema cooperativista catarinense,

será desenvolvido em duas etapas de quatro semestres cada.

Na primeira, o aluno receberá a diplomação em tecnólogo em

Cooperativismo; na segunda, terá a graduação de bacharel

em Administração.

Cooperativa assume produção deempresa falida

A Cooperativa de Trabalho de Profissionais na Fabricação de

Fios e Linhas para Costura (Cooperlinhas) formada por 58 coo-perados, alugou as instalações da GSP, fabricante dos produtos

Gutterman, onde trabalhavam.

Aproveitando o conhecimento na operação de máquinas, oscooperados deram cara nova aos produtos, conquistaram novos

clientes e estão conseguindo fazer retiradas mensais equivalentes

aos antigos rendimentos.A cooperativa faz pla-

nos para ampliar a pro-dução e também ga-

rantir trabalho, como

cooperados, para ou-tros 80 ex-funcionários

que aguardam o negó-cio decolar.

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Circulando

Festa no Olaria celebraDia Internacional do Cooperativismo

Futebol, churrasco, música, e muita animação marca-

ram as comemorações do 84º Dia Internacional do Coope-

rativismo, da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e 12º

Dia Internacional das Cooperativas da Organização das

Nações Unidas (ONU), promovida pela Federação e Organi-

zação das Cooperativas Brasileiras do Estado do Rio de

Janeiro - OCB/RJ, que aconteceu no último dia 1º/07, no Ola-

ria Atlético Clube.

Este ano, conscientização foi a palavra de ordem na

comemoração. O presidente da entidade, Francisco de Assis

Souza França, falou sobre a necessidade de fomentar o

cooperativismo no estado, ressaltando os benefícios que o

movimento vem trazendo àqueles que buscam uma alternati-

va de inclusão social, através do crescimento, do fortaleci-

mento econômico e da busca pela paz.

Fegoto volta a integrar SistemaUnimed do Brasil

A Federação das

Unimeds dos Estados

de Goiás e Tocantins

(Fegoto) e as federa-

ções das Unimeds do

Mato Grosso do Sul e

Distrito Federal e Re-

gião Metropolitana fo-

ram reintegradas ao Sistema Unimed do Brasil (Confederação

Nacional das Cooperativas Médicas).

A região Centro-Oeste e o Tocantins contam com quatro fede-

rações e 32 singulares abarcando cerca de oito mil médicos

cooperados e mais de um milhão de clientes.

Tribunal determina jornada de seis horas

A 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve

a decisão de segunda instância no processo TST-RR-331/2002-

093-09-00.5, que equipara empregados de cooperativas de cré-

dito e bancários para efeito do artigo 224 da CLT, estabelecendo

jornada de seis horas.

O Tribunal baseou sua decisão no artigo 18 da Lei n° 4.595/64,

que dispõe sobre a política e

as instituições monetárias,

bancárias e crediticias, e subor-

dina as cooperativas de crédito

a suas diretrizes; na Lei 6.024/

74, que dispõe sobre a inter-

venção e a liquidação de insti-

tuições financeiras, estabelece

que essas instituições e as

cooperativas de crédito estão

sujeitas à intervenção ou à li-

quidação extrajudicial, pelo

Banco Central do Brasil.

Fetrabalho tem nova diretoria

O Sindicato das Cooperativas

de Trabalho do Estado do Rio de

Janeiro (Fetrabalho) elegeu em ju-

nho sua nova diretoria. O novo pre-

sidente da entidade é Mário Filho,

que também preside a Procoop.

Completam a diretoria: Os-

car José de Oliveira Filho

(Cootramerj), como vice-presi-

dente; Djalma da Conceição

Rosa (Coopergia), diretor secre-

tário; Oswaldo de Souza (AIT) é o novo diretor tesoureiro; Elson

Costa (COOPM) é o diretor de projetos; Sebastião Carlos dos

Santos (Coopergramacho) como diretor de desenvolvimento

sustentável e Roberto Carlos Lima Costa (Próativa) como dire-

tor social e de marketing.

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Circulando

Rovec

O Sebrae realizou em Teresina (PI)

uma reunião entre apicultores da

microrregião do Vale do Gurguéia

para a organização de uma coopera-

tiva dos produtores de mel.

Após a fundação da cooperativa,

os apicultores passarão por uma sé-

rie de treinamentos e qualificações técnicas em gestão empresarial.

Instituto reúne assistentes sociais em BrasíliaO Instituto Cooperforte realizou em julho o I Encontro de

Assistentes Sociais do Programa Passaporte do Futuro, noHotel Kubstchek Plaza, em Brasília (DF).

O encontro proporcionou a integração entre as assistentes

sociais, o conhecimento dos projetos em andamento, possibili-tou a realização de análise crítica do programa e levantamento

de sugestões para aprimoramento do Passaporte do Futuro.

Mais CooperforteO Superior Tribunal de Justiça, a 8ª Turma do Tribunal

Regional Federal da 1ª Região decidiu que a Cooperforte é

isenta do pagamento do PIS, exceto sobre a folha de salários,

anulando a cobrança feita pela Secretaria da Receita Federalsobre a receita bruta da cooperativa. Segundo o entendimen-

to do TRF, os atos cooperativos não geram receita nemfaturamento para a sociedade cooperativa, portanto o resulta-

do financeiro não está sujeito à incidência do PIS.

Com a criação da Federação e Organização das Cooperativas

do Estado do Paraná (Fecoopar), o Sistema OCB passa a contar

com quatro federações.

A nova federação é constituída por desmembramento de

ramos da Ocepar, a nova federação congrega nove entidades

sindicais: Ocepar, Sincoopar Transporte, Sincoopar Sudeste,

Sincoopar Norte, Sincoopar Noroeste, Sincoopar Oeste,

Sincoopar Saúde, Sincoopar Centro-Sul e Sincoopar Crédito.

O Sistema OCB/ES-Sescoop/ES inaugurou sua nova Casa

do Cooperativismo, que recebeu o nome de “Luis Carlos de

Oliveira”, em homenagem ao ex-superintendente do Sistema. A

casa visa congregar, com mais facilidade de acesso e melhores

condições, todos os cooperativistas do Espírito Santo.

Sistema OCB cria quarta federação

Sebrae cria cooperativa de apicultores no Piauí

Cooperativismo capixaba de casa nova

Cooperforte apresenta balançoPara demonstrar o seu desempenho financeiro e social, a

Cooperforte realizou um ciclo de apresentações institucionaispercorrendo cidades em todo o Brasil. O presidente da entida-

de, José Valdir Ribeiro, fez pessoalmente as apresentações,levando transparência para os associados, entidades repre-

sentativas e formadores de opinião.

No Rio, o encontro aconteceu no Pestana Rio Atlântica Hotel,em Copacabana, culminando com a apresentação da Orques-

tra de Cordas da Grota (foto), mantida pelo Instituto Cooperforte.

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Chegou a hora! O momento mais esperado do ano para ocooperativismo fluminense está começando. Pela segundavez, o Rio de Janeiro terá um evento cooperativista quecontempla todos os ramos, o Rio CoopShow 2006, que voltaà sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio deJaneiro (Firjan), no centro do Rio, de 26 a 28 de julho.

O evento, sucesso no ano passado, vem com a missão desuperar sua primeira edição. Para que isso aconteça, a empre-sa organizadora, Montenegro Comunicação Corporativa, nãomediu esforços para trazer para o estado do Rio de Janeironomes de ponta do cooperativismo brasileiro.

Superando as expectativas

O Rio CoopShow nasceu em 2005 com o intuito de serum marco para o cooperativismo fluminense, que carecia deum debate mais amplo e intercooperado sobre os diversosassuntos que envolviam os 13 ramos.

O encontro das cooperativas contava com três espaçosparalelos, a “Feira de Cooperativas e Fornecedores de Produtose Serviços”, a “Mesa de Negócios Cooperativistas do Estado doRio de Janeiro” e o “Fórum Regional de Cooperativismo do Estadodo Rio de Janeiro”. A participação de grandes nomes docooperativismo nacional engrandeceu o Rio CoopShow 2005,tornando o evento um marco e deixando um gostinho de “queromais”, criando a expectativa pela segunda edição.

Com apoiadores do porte da OCB/RJ Sescoop/RJ, Cooperforte,Fenacred, Unimed Teresópolis, Unicred Rio, Coocedae, EasySystem, Office Total, Mega Express, os escritórios Amaral,Bittencourt e Benício Advogados Associados, o Rio CoopShow2006 promete marcar a história e superar não apenas a primeiraedição do evento, como toda a expectativa criada.

Oportunidades de negócios

Até o fechamento desta edição da revista Rio Cooperativo, a2ª Feira de Cooperativas e Fornecedores de Produtos e Serviçosjá tinha certa a participação de importantes nomes do meio em-presarial e do cooperativismo, como a CCPL, que retornou àsatividades em março deste ano, o Sebrae-RJ, que faz um impor-tante trabalho na criação de cooperativas de micro e pequenosempresários, e a Cooperativa Regional Agropecuária de Macuco,que recentemente inaugurou sua fábrica de queijos, ampliandoseu quadro de produtos lácteos. As três empresas prometemapresentar novidades aos que passarem pelos estandes.

A participação da Organização das Cooperativas Brasilei-ras do Estado do Rio de Janeiro (OCB/RJ) é outro destaque.A entidade vem trazendo o resultado do trabalho de criaçãode cooperativas em todo o estado, dando a oportunidade amuitos profissionais que se encontravam na informalidade.

A Unimed Seguros trará para a Feira toda sua linha de produtose serviços exclusivos para o mercado cooperativista, bem comoas cooperativas CCCoop, Coopcarmo, Coopgestão, Coopmusau,Datacoop, Dominium Coop, Service Coop, entre outras institui-ções, estarão presentes ao evento, mostrando todo seu trabalho.

Iniciativas empresariais como o portal Cidade Turismo, oClube de Permutas Pró-rede e o Clube do Empreendedor, aEasy System e seus sistemas para cooperativas de trabalhoe a distribuidora de documentos Mega Express são algumasdas novidades que os visitantes poderão acompanhar na Feira.

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Intercooperação em pauta

O grande destaque do Rio CoopShow2006, sem sombra de dúvida, é o 2º FórumRegional de Cooperativismo do Estado doRio de Janeiro, um palco em que aintercooperação é a palavra de ordem,com apresentação de palestras e painéisem quase todos os ramos cooperativistas.

O primeiro dia de palestras será aber-to pela maior cooperativa de crédito dopaís, a Cooperforte, que contará seus22 anos de sucesso, o que fez com quea cooperativa conquistasse mais de 80mil cooperados entre os funcionários doBanco do Brasil, Banco Central, CaixaEconômica Federal, Banco da Amazô-nia, Banco do Nordeste do Brasil eBNDES. A cooperativa também apresen-tará o Instituto Cooperforte, que contacom nove projetos em Brasília (DF),Salvador (BA), São Leopoldo (RS), SãoPaulo (SP), Itapevi (SP), Belém (PA),Niterói (RJ) e Florianópolis (SC).

Na seqüência, o Sebrae-RJ vai apre-sentar o trabalho de fomento de coopera-tivas de crédito de micro e pequenosempresários, da criação ao apoio dado.

Fechando o primeiro dia, o diretorcomercial e de marketing da Central deCooperativas dos Produtores de Leite,Paulo Renato Marques, e representan-tes de cooperativas produtoras falarãosobre o renascimento deste gigante dosetor de leite.

O segundo dia do Fórum abrirá comum check-up do ramo saúde, em queserá discutido o atual momento no ramoe qual o panorama para 2007. O painelcontará com a presença de representan-tes de cooperativas do ramo.

Na seqüência, representantes decooperativas de táxis, vans e transportede cargas irão debater as conquistas edesafios do ramo.

Panorama jurídico

O painel “Um panorama jurídico nassociedades cooperativas” é um dos mo-mento mais esperados do Fórum deCooperativismo do Rio CoopShow 2006,pela amplitude de temas, que trarão as dis-cussões sobre as cooperativas de traba-

lho frente ao PL 7009, a tributação e o atocooperativo, a controvérsia na relação deconsumo nas cooperativas de crédito e oMinistério Público e as cooperativas de tra-balho. Com um respeitável time de craquesdo direito cooperativo como AdrianaAmaral, Eduardo Pastore, Francisco Ra-mos, Ronaldo Gáudio e Vanessa Cardone.

Fechando o dia, as mulheres serão re-verenciadas na palestra “A mulher coope-rativista no terceiro milênio”, proferida pelacoordenadora do Departamento Nacional deCooperativismo, Vera Lúcia Daller.

Cidadania é destaque

No terceiro dia, o presidente do Sindi-cato dos Empregados de Cooperativas doEstado do Rio de Janeiro (Sinecope), HélioQuintanilha, e o gerente jurídico do Sindi-cato Nacional das Cooperativas de Crédi-to (Sinacred), José Augusto de Carvalho,vão exemplificar e explicar a importânciado sindicalismo para as cooperativas.

O presidente da Confederação Brasi-leira das Cooperativas de Crédito(Confebrás), Manoel Messias, apresentaráa história de mais de quatro décadas destainstituição que tem mais de 700 coope-rativas de crédito associadas e agregamais de 1,3 milhão de associados.

O sétimo princípio do cooperativismo,preocupação da cooperativa com a soci-edade, será tema do painel “Cidadania, overdadeiro caminho da cooperação”, que

contará com a presença da CoopCorreios,Dominium Coop, Uniodonto LesteFluminense e do Instituto Canhotinha deOuro, representado por seu presidente dehonra, o tricampeão Gerson Nunes.

E fechando o Fórum, representantesdo Banco Central, órgão que regulamentao cooperativismo de crédito, abordarão osnovos rumos do segmento no Brasil e, emespecial, no Rio de Janeiro. Uma ótimaoportunidade para que as cooperativas des-te ramo entendam o que precisam fazerpara enfrentar e cruzar os novos caminhosque serão traçados a partir de agora.

Mais uma iniciativa

O leitor que acompanha Rio Coope-rativo desde sua primeira edição develembrar que a revista nasceu graças aoRio CoopShow 2005. Foi a partir daque-le evento que nasceu a idéia de uma re-vista que agregasse todos os ramos docooperativismo e apresentasse os bonsexemplos das cooperativas do Rio deJaneiro.

Em breve outra porta se abrirá, poisserá lançado no Rio CoopShow 2006 maisum espaço para que as cooperativas se-jam notícia: o Portal Cooperativismo Digi-tal (leia mais na seção Sala de Estar).

A equipe de Rio Cooperativo deseja todoo sucesso ao maior evento cooperativistado Rio de Janeiro. Bem-vindo Rio CoopShow2006 e até o Rio CoopShow 2007.

Capa

Todos os expositores do RioCoopShow 2006 também participarão da

2ª Mesa de Negócios Cooperativistas do

Estado do Rio de Janeiro, que será umaótima oportunidade para apresentação

dos produtos e serviços oferecidos pelasempresas ou cooperativas em horários e

salas reservadas previamente.

Em 2005 a mesa foi um importanteespaço para os participantes que pude-

ram fechar grandes negócios e impul-sionar produtos e serviços. Uma das

vantagens para quem expõe sua em-

presa na mesa de negócios é que, as-

Mesas de Negócios atraem cooperativistas

As mesas de negócios são destaque noRio CoopShow 2006

sim como a Feira, a entrada é franca, le-vando ao público geral a oportunidade

de conhecer os expositores.

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Integração e união,a bandeira dosistema Unicred

Rio Cooperativo - Apesar do atual momento docooperativismo de crédito no Rio de Janeiro, a UnicredRio sempre esteve em situação privilegiada no setor,devido ao trabalho eficaz de seus dirigentes. Novamen-te o nome da Unicred Rio está em evidência por ter suapresidente sendo eleita para o cargo mais alto no siste-ma Unicred e como vice-coordenadora do ConselhoEspecializado de Crédito da OCB (Ceco). A que a se-nhora atribui esse destaque?

Denise Damian - Não exatamente por nada que tenhafeito que me diferenciasse, apenas meus companheiros doConselho da Unicred do Brasil se reuniram e decidiram queeu seria, neste momento, a pessoa mais apropriada paraocupar o cargo de presidente da entidade, algo que me dei-xou comovida e orgulhosa. Acredito que o que pode ter sidoum diferencial é o fato de estar aqui no Rio de Janeiro, ondeo cooperativismo de crédito tem sofrido constantes desgas-tes. Nos quatro anos em que estive à frente da Unicred Cen-tral RJ, conseguimos uma integração em que não se pensano sistema Unicred no estado sem pensar no grupo. Foi as-sim que conseguimos superar as adversidades do segmentono estado e talvez por isso os companheiros tenham sugeri-do o nome da Unicred Rio para o cargo máximo do sistema.Dessa forma, pretendemos também na Unicred do Brasil umamaior integração e participação das centrais na discussãodos assuntos, mantendo um relacionamento maior com osdemais sistemas de crédito do país. Se conseguirmos issoao longo dos próximos quatro anos, considerarei que terásido uma administração bem-sucedida.

Rio Cooperativo - E já que a integração e a união sãosua bandeira , que conselhos a senhora poderia dar paraas singulares de crédito do Rio fora do sistema Unicred?

Denise Damian - Não me sentiria confortável que minhairmã viesse até a minha casa para dizer o que tenho quefazer. Assim também não me sinto confortável de opinar noque meus irmãos devem fazer. O modelo que deu certo paranós pode não necessariamente dar certo para outros. Porémacho importante que as pessoas visem sempre o melhor paraas instituições. Que entendam que, na hora em que estamosadministrando uma instituição, estamos servindo a ela.

Rio Cooperativo - Mas e quanto a essa integração que asenhora falou no âmbito nacional? Ela vale também parao estado?

Denise Damian - Não se pode pensar em cooperativismosem união. Você só pode se unir a quem quer se unir a você.Porém nunca tivemos problemas de integração aqui no estado.Quando pensamos em fazer cooperativismo de crédito médicono Rio de Janeiro, procuramos primeiro a Cecrerj e fui muitobem recebida. Eu sequer era alguma coisa. Tinha apenas umaidéia para construir e um consultório para ganhar dinheiro.

Hoje, no Rio, só temos como central a Unicred. Não vejoum movimento mais próximo hoje porque temos interessesmuito diferentes. Fora do sistema Unicred, temos cooperati-vas muito voltadas ao atendimento de funcionários que, diga-se de passagem, trabalham muito bem e não precisam dosmesmos instrumentos que nós que trabalhamos com profis-sionais autônomos.

Papo Cooperativo Denise Damian, presidente da Unicred do Brasil

Em entrevista exclusiva, a nova presidente daUnicred do Brasil, a médica Denise Damian,

fala como será seu trabalho à frente daprincipal entidade do sistema Unicred e

também como vice-coordenadora do ConselhoEspecializado de Crédito da OCB (Ceco).

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Rio Cooperativo - E sua entrada no Ceco?Denise Damian - Comecei a pensar em cooperativa de

crédito em 1990 e passei a participar de tudo. Uma das primei-ras entidades de que participei foi a Ancoop (Associação Naci-onal das Cooperativas de Crédito), uma associação criada pararepresentar o cooperativismo de crédito no país. A Ancoop per-deu essa função com o tempo porque pensamos que o Cecopoderia desempenhar esse papel.Quando eu me vi fazendo parte doCeco, senti muito orgulho.

No Ceco são quatro membros nacoordenação: o coordenador, o vice-coordenador, o primeiro e o segundosecretários. Quem ocupa esses car-gos são os representantes dos sis-temas Sicredi, Sicoob eUnicred, além da Confebrás,fazendo um rodízio entre sia cada dois anos. Foi umaconquista natural, porqueneste momento, cabia àUnicred a vice-coordenadoriae, na próxima gestão, acoordenadoria. É uma fun-ção inerente à presidênciada Unicred Brasil. Como pre-sidente da Central do Rio, játinha direito a uma cadeirano Ceco, mas para chegarà coordenação era precisoter destaque nacional. Danoite para o dia, deparei-me comsituações novas que nunca penseina vida e responsabilidades muitodesafiadoras.

Rio Cooperativo - E qual o mai-or desafio? Ceco ou UnicredBrasil?

Denise Damian - O maior desafio neste momento é terequilíbrio, bom senso e humildade para poder exercer cargosde tamanha importância. Naturalmente, quando se exerceum poder maior é um ambiente em que você passa a servista como uma alta personalidade e deve pensar que, inde-pendente, da função que ocupe, você é um ser humano eestá ocupando o cargo pela pessoa que é. Portanto, aquelafunção não pode ser mais importante que você. É preciso terhumildade e dignidade na hora da vitória e na hora da derrota.É a história do saber ganhar e saber perder, e o saber ganhar

é mais difícil do que saber perder. É um momento que meorgulha muito, porque não houve disputa e sim uma aclama-ção. E saber que o Sicredi e o Sicoob estão me apoiando meconforta muito. Eu me sentiria assustada se estivesse sozi-nha, mas não é o que acontece. As pessoas estão vibrandocom esse momento, tanto quanto eu, ou talvez mais.

Rio Cooperativo - Qual a priori-dade imediata da Unicred Brasilna sua gestão?

Denise Damian - A Unicred doBrasil teve várias etapas onde foimuito bem-sucedida. A primeira eta-pa foi criar, depois padronizar enormatizar, depois mudar o espaço

físico. Depois veio o momentode criar auditoria do sistema emudar sua marca. Agora aUnicred já está estruturada,então é o momento de integrar.

Rio Cooperativo - Acumulan-do todas essas duas funçõesvai ser complicado para es-tar presente aqui no Rio.Como vai ser para adminis-trar a Unicred Rio?

Denise Damian - Em umaadministração centralizada,tudo depende de você. Se vocêfaz uma administração descen-

tralizada, como as instituições mo-dernas estão atuando, as decisõesestratégicas dependem do presiden-te. Para as outras coisas, você temos demais diretores e os gerentespara administrar. A presença do pre-sidente é para dar a visão estratégi-ca, fazer a política de relacionamen-

to e dar a estabilidade da empresa. Para isso você pode es-tar em qualquer lugar. A minha idéia é dar um expedientemoderno, com tele-conferência, e-mail, skyper. Converseimuito com meus diretores sobre a minha ida para a Unicreddo Brasil atrapalhar o dia-a-dia da nossa singular e todoschegaram à conclusão de que era mais importante a minhapresença na Confederação do que na Unicred Rio. E a formaque encontramos para permitir minha ida foi o uso datecnologia. Temos uma equipe de profissionais muito boa quecertamente me dará todo o respaldo neste momento.

Denise Damian entre seus companheiros

de diretoria na Unicred do Brasil:

Douglas Alberto de Arruda Gomes

(diretor administrativo, à esquerda)

e Wilson Ribeiro de Moares Filho

(diretor financeiro)

“Não se pode pensar

em cooperativismo

sem união.”

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Um sonho destruído pelas chamas. Assimparecia para quem visse a casa que a Coo-

perativa Baiomi e o Teatro de Anônimos dividiamem 1999. Mas o acaso não quis que o fogo des-

truísse o lugar e os sonhos daqueles artistas.

O incêndio juntou vários grupos que já seapresentava junto com o Teatro de Anônimos e

serviu como força para que os artistas realizas-sem várias ações cooperativas com o intuito de

reerguer o que o fogo havia destruído. Assim,

os objetivos foram sendo alcançados e a união,que estava dando tão certo, se estendeu para

que todos ali presentes fizessem algo pelo bemde todos. Essa é a história da Cooperativa de

Artistas Autônomos (Casa), uma história que

ilustra bem o que o coletivo pode fazer.“Resolvemos adotar o cooperativismo por-

que, além do ideológico, o assunto atendia juri-

dicamente ao conjunto dos grupos e artistas”,explica a diretora administrativa da Casa e presi-

dente do Teatro de Anônimo, Flávia Berton, quediz que a força política também cresce com a

criação de uma cooperativa.

Após o encontro e a confirmação da união dosgrupos, foram realizados seminários, encontros

com especialistas e foi constituída a cooperativa.

Além de Flávia, a diretoria da cooperativa éformada por Ricardo Cotrin (presidente), Júlio

Adrião (gerente financeiro) e Sérgio Machado (ge-rente de comunicação). As decisões da Casa são

tomadas através de uma organização de regime

interno, com reuniões entre os conselhos (fiscal,ética, patrimonial e comunicação).

Mercado do Peixe revitalizado

Atualmente a Casa é responsável pela

revitalização do Mercado do Peixe, na Praça 15,através de um circuito cultural, que conta com

apoio da Unesco. A área, próxima ao Viaduto da

Perimetral, tem um espaço cultural com nove ou10 espaços, que vai da Rua do Mercado até o

Museu Histórico Nacional. “Estamos revitalizandotoda aquela área, mostrando que a cultura e o

cooperativismo atuam juntos”, explica Flávia.

O Circuito Cultural Mercado do Peixe funcio-

na desde o carnaval, com gastronomia, teatro,

palestras, jogos da Copa, entre outros aconte-

cimentos de cada um dos grupos da cooperati-

va. Em julho e agosto, acontece a 2ª Mostra de

Festa Junina, com danças típicas. A cooperativa

tem planos de, em breve, lançar um mapa do

circuito cultural.

Casa dosartistas

Cultura e cooperação:os cooperados da Casa mostram

seu potencial, em momentos diversos,na revitalização do Mercado do Peixe

Cultura

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rio cooperativo 17

Em dias de mercado cada vez maiscompetitivo, consideramos importante de-dicar este artigo a um ponto vital para qual-quer empresa, seja ela cooperativa ou não.

O estabelecimento da imagem deuma cooperativa passa inevitavelmentepela comunicação. Como a empresa épercebida? A cooperativa pode ser mui-to boa, eficiente e com bons produtos.Mas quem tem essa visão? Quem pen-sa isso? Quem sabe disso?

Nesse contexto, destacamos quatroaspectos fundamentais para a comuni-cação da uma cooperativa:

– Comunicação intercooperativa ecom o mercado – O reconhecimento deuma empresa no mercado ocorre tambémpelo relacionamento que se tem com ou-tras empresas, com os órgãos governa-mentais e com o mercado de forma emgeral. Não estamos tratando aqui dos cli-entes diretos, os compradores dos nos-sos serviços. Referimo-nos, no entanto,àqueles que exercem algum tipo de influ-ência no nosso mercado. É importanteinformar sobre o que está sendo feito. Comquais órgãos do governo temos relacio-namento? Com quais empresas temoscontato? Quem são nossos fornecedores?Quais as cooperativas que podem partici-par conosco de um grande projeto?

– Comunicação com a equipe inter-na – Os colaboradores de uma cooperativasão influenciadores em potencial na forma-

Imagem não é tudo,mas é muita coisa

ção da imagem. Os funcionários são osresponsáveis diretos pela hora da verdade(momento mágico em que a cooperativa inte-rage com seu cliente e tem a oportunidadede demonstrar toda sua eficiência). Um co-laborador desmotivado ou que não conhe-ça profundamente sua empregadora e seusprodutos, não conseguirá transmitir ao cli-ente a segurança que ele espera. Ao lançarum produto, uma campanha de marketingou uma simples correspondência para seususuários, é fundamental que seus colabo-radores estejam cientes e, sempre que pos-sível, participem desses projetos.

– Comunicação com o quadro social– Os associados são a razão da existênciade uma cooperativa. Os dirigentes os repre-sentam. São seus procuradores. Por estemotivo lógico é que se deve cuidar para quea comunicação seja clara e definida com ossócios da empresa. Entender cooperativismoé entender a cooperação, a busca pelo obje-tivo comum e isto é possível somente quan-do se tem conhecimento do caminho queestá sendo trilhado. É imperativo que os as-sociados tenham conhecimento e participemdos rumos da empresa. A história nos mos-tra que a apatia do quadro social é a causada maior parte dos insucessos de uma coo-perativa. Para haver participação dos sóci-os, um bom começo é a informação. Manteros associados constantemente informadossobre o que está sendo feito e o que se pre-tende fazer é um dos caminhos mais sen-

satos para o estímulo da participação doquadro social nos rumos da cooperativa.

– Comunicação com os clientes - Emalguns ramos, este grupo se confunde como quadro social, pois são representados pelamesma pessoa. No entanto, ele é clientequando efetua negócios com a cooperati-va, e sócio quando participa e interfere emsua administração e estratégia.

Encontrar milhares de artigos que tra-tam de comunicação com os clientes éalgo simples em sites de busca na internet,revistas e jornais. Neste artigo, menciona-mos então, apenas um item: fazer o clien-te saber que sabemos fazer. Este é umgrande desafio. A qualidade nos produtose serviços precisa ser coerente com a co-municação, mas não nos aprofundaremosagora sobre isto. Aqui, no entanto, ressal-tamos que pouco adianta possuir certifi-cados de qualidade, produtos inovadores,serviços de ponta e a melhor equipe técni-ca do mercado, se o cliente não percebeisso. Percebemos que em inúmeras coo-perativas existem formas das mais criati-vas de se fazer negócios, produtos queatendem plenamente ao anseio do clien-te, mas eles não ficam sabendo.

Pense e invista nisso! Invista na co-municação com o mercado, com o go-verno, com o cliente, com seus associ-ados e colaboradores. A comunicaçãopode ser a chave do sucesso de suacooperativa.

Canal Aberto Marcelo Espíndola

“A comunicação pode ser a chave

do sucesso de sua cooperativa.”

Marcelo Espíndola é coordenador de

Marketing da Unicred Rio.

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Terá início em outubro o curso dePós-Graduação em Cooperativismo Ple-no da Universidade Cândido Mendes(UCAM), que tem apoio da MontenegroComunicação, revista Rio Cooperativo,Easy System e Cenacope.

O curso tem o objetivo de contribuirpara a profissionalização do coopera-tivismo e fomentar sua abordagem aca-dêmica, em quaisquer de seus ramos,um fato que se revela cada vez maisimprescindível nos dias atuais.

As aulas serão ministradas por profissi-onais envolvidos com o sistemacooperativista, além de representantes dopoder público - juízes, procuradores, fiscais,

entre outros -, cuja opinião afeta diretamen-te o cooperativismo nacional. A coordena-ção do curso está a cargo dos advogadosFrancisco Ramos e Ronaldo Gáudio, comampla atuação no cooperativismo.

Entre os profissionais envolvidos estãonomes como Amílcar Barca Teixeira Junior,Francisco Augusto Ramos, Guilherme Go-mes Krueger, José Eduardo Pastore, JoséRibamar do Amaral, Maria de FátimaMoraes Rodrigues, entre outros.

Dentre os temas abordados estão vá-rias questões atuais e de relevância prá-tica nos ramos crédito, trabalho, saú-de, transporte, infra-estrutura, entre ou-tros, tanto para advogados, contadores,

Ucam inicia pós-graduação emCooperativismo em outubro

quanto para administradores e conse-lheiros fiscais. O curso contará aindacom séries de seminários e debates.

O curso tem duração de um ano,com aulas sempre as segundas e quar-tas, das 18h30 às 21h40. O investimen-to é de 13 parcelas de R$ 498,00 (10%de desconto à vista e para ex-alunos daUCAM). O processo de seleção será re-alizado através de analise de currículo.

As inscrições podem ser feitas pelosite www.ucam.br/cpdg, na secretaria dauniversidade ou pelo endereço eletrô[email protected] ou . Maisinformações pelos telefones (21) 2509-7349 e 2531-2000, ramais 216 e 217.

Ao lado, a tradicional fachada o prédio da CândidoMendes; acima, os coordenadores do curso,

Ronaldo Gáudio (esq.) e Francisco Ramos

Capacitação

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O esperanto foi criado em 1878 pelopolonês Lázaro Luiz Zamenhof, que idea-lizava um idioma, através do qual as pes-soas de sua cidade, Bialistoque, que foradominada pelos russos e que tinha emseu solo lituanos, judeus e alemães, pu-dessem se comunicar entre si.

O movimento esperantista cresceu eem 1954, após o fim da II Guerra, aUnesco reconheceu a língua, mas só arecomendou aos estados-membros, co-mo língua universal em 1987.

Após este tempo, o esperanto semprefoi visto com desconfiança e descrença e,para alguns, nunca deu certo. Mas o cresci-mento do esperantismo é maior do quemuitos pensam, possuindo, inclusive, noRio de Janeiro, uma cooperativa com maisde 1.600 membros que a falam, a Coope-rativa Cultural dos Esperantistas (KKE).

Seus idealizadores, membros da Asso-ciação Esperantista do Rio de Janeiro, acriaram em 1951, por visualizarem no

cooperativismo ideais semelhantes, unin-do-os numa só entidade que divulgasse eensinasse o esperanto para o mundo.

O presidente da cooperativa, GivanildoRamos Costa, explica que o esperanto nãopode ser visto como uma língua que nãodeu certo: “Todo e qualquer ideal, quandosério, sempre demora a acontecer. Até por-que existe algo básico, que é a absorção ecompreensão do homem. Toda comunica-ção vem de milênios. As línguas mais no-vas têm para mais de 500 anos”, explica.

Ramos explica que é difícil precisar o nú-mero de pessoas que falam esperanto nomundo hoje: “É difícil precisar o número deesperantistas, porque é uma língua que nãotem uma pátria. O português você pode deter-minar quem fala no mundo, Brasil, Portugal,Angola... Quem fala esperanto?”, questiona.

Apesar de ser uma língua sem pátria,Ramos explica que o esperanto, se ensi-nado corretamente, não tem como ter pa-lavras faladas diferentes em países dis-

tintos, por ser uma língua basicamentefonética: “O máximo que pode aconteceré o sotaque ser diferente”, acrescenta.

Além de cursos grátis, a cooperativapromove venda de livros e atividades cul-turais, como ciclo literário em esperantoe festa em homenagem ao aniversarian-te, com músicas e declamações.

Entre as músicas em esperanto estãoadaptações de canções de roda, como Ati-rei o Pau no Gato e O Cravo Brigou com aRosa, além de vários livros adaptados paraesperanto, como Menino Maluquinho.

O próximo passo da cooperativa é o cres-cimento de seu quadro de sócios, que con-grega atualmente 50 cooperados. Mesmocom todas as dificuldades, a KKE vai sobrevi-vendo com o principal de sua força: “Somosevidentemente idealistas”, conclui Ramos.

La kooperativa linguo** O idioma cooperativista

Educação

Givanildo Ramos Costa: língua universal

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O associado sempre em primeiro lugarUma cooperativa que tem como princi-

pal preocupação o bem-estar social eeconômico de seus cooperados. Assim éa Cooperativa de Crédito dos Funcionáriosdos Correios e Telégrafos (CoopCorreios),que há 36 anos vem se dedicando a melho-rar a condição de vida de seu quadro soci-al não só no aspecto financeiro, mas princi-palmente quanto à qualidade de vida deseus mais de 8.000 cooperados alocadosno Rio e Espírito Santo.

“Sempre demos destaque às neces-sidades de nossos cooperados na bus-ca de novos convênios ou na criação delinhas de crédito diferenciadas que per-mitissem a melhoria de sua condição devida”, aponta o diretor presidente daCoopCorreios, Cosme Rattes.

Mais conforto

Recentemente a cooperativa passoupor uma reforma completa de sua sede,no edifício central dos Correios, na Cida-de Nova (RJ). Além de mais conforto coma reforma da sede, os cooperados tam-bém ganharam este ano novos convêni-os, que certamente serão muito úteis.

Sem perder o foco na saúde de seuscooperados, uma das principais marcasda CoopCorreios, a cooperativa recebeumaterial ortopédico para cessão ao as-sociados em caso de necessidade. Sãomuletas, cadeiras de rodas, andadores,entre outros, mediante a apresentaçãode laudo médico e com o compromissode devolução após o período de utiliza-ção dos aparelhos.

“Nossas campanhas sociais têm sidoexemplos para as demais instituiçõescooperativistas, chamando atenção atémesmo de outras entidades fora do sis-tema cooperativo”, exalta Rattes.

A cooperativa está com crédito espe-cial e convênio para auto-escola, atra-vés de uma parceria com uma empresapróxima ao prédio dos Correios.

Outra reforma que acontecerá embreve será a reformulação do site dacooperativa, que ganhará um visualmais moderno, com ampla funcionali-dade, permitindo que o cooperadoacompanhe sua situação junto à enti-dade, verificando seu saldo, parcelasrestantes, simulação de empréstimos,entre outras utilidades.

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Respeito à cidadania

A CoopCorreios estará presente no RioCoopShow 2006, no painel “Cidadania, overdadeiro caminho da cooperação”. Naocasião, o diretor administrativo AlfredoBrito mostrará o trabalho social desenvol-vido pela instituição.

Dentre os vários benefícios alcança-dos nesses 36 anos de existência daCoopCorreios, destacam-se a aquisiçãode uma kombi, chamada de cooperativaitinerante, que tem o objetivo de ser umaos associados em situações de neces-sidade e emergência, e uma ambulân-cia para benefício dos funcionários daDiretoria Regional do Rio de Janeiro.

“A certeza de que, com estas ações,estamos propiciando o desenvolvimento detodos, é muito gratificante”, explica Brito.

Os diretores da CoopCor reios: Júlio Veiga, Pedro Rocha, Car los Zaranza e Alfredo Brito

A equipe que atende aoscooperados da CoopCorreios

Cosme Rattes,presidente da CoopCorreios

Além disso, mensalmente a coope-rativa sorteia 10 cestas básicas entre osassociados que aniversariam no mês:“Este sorteio é um projeto inovador quecontribui muito com o orçamento famili-ar”, cita Brito.

Sem dúvida alguma, a sede campestre da CoopCorreios no município deGuapimirim é a menina dos olhos da cooperativa. Adquirida em 2001 com o objetivode se tornar um local onde os sócios pudessem desfrutar de momentos de lazerem família e entre os amigos de trabalho, a sede tem hoje um grande complexocom parque aquático, berçário, campo de futebol, salão de jogos, TV, galpão prafestas, churrasqueiras, segurança, salva-vidas, equipe de primeiros-socorros e muitoverde por todos os lados: ”Trata-se de um local privilegiado pela natureza, escolhidoa dedo, para agradar a toda a família ecetista, que comparece em peso desde queo espaço foi inaugurado”, explica o vice-presidente da CoopCorreios, Carlos Zaranza.

Para freqüentar o local, os sócios precisam apenas agendar na sede dacooperativa: “Quem ainda não conhece, está convidado a visitar e nos dar ahonra de recebê-lo. Quem já foi com certeza quer voltar”, ressalta Zaranza.

A CoopCorreios também oferece sua sede campestre para cooperativas eempresas que quiserem alugar o espaço para eventos. Os interessados podementrar em contato com a singular pelo telefone (21) 2293-9377.

A menina dos olhos da cooperativa

Parque aquático, salão de jogos e o lago são algumas das atrações do sítio CoopCorreios.

Social

“Nossas campanhas sociais têm

sido exemplos para as demais

instituições cooperativistas.”

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Em meio ao momento nostálgico doretorno da Cooperativa Central dosProdutores de Leite (CCPL) ao mercado,em março, a novidade e a modernidadederam o tom do novo visual da empresa.A nova “cara” dos produtos CCPL foi es-colhida através de pesquisa junto aosconsumidores, que escolheram o climade fazenda para ilustrar as embalagens.

Além da nova roupagem, outra inovaçãofoi o lançamento do pack de seis litros deleite longa vida (UHT), ao invés do antigopacote de 12 litros. A criação visa facilitara vida das consumidoras, aliviando o pesona hora das compras.

A volta da CCPL, aliás, movimentou omercado das cooperativas de leite no estadodo Rio de Janeiro, que passam a receberpelo litro de leite R$ 0,51, mais bonificaçãodo teor de gordura acima de 3%. A médiapaga pelas empresas gira em R$ 0,31.

A Central precisará de 120 mil litrosde leite diários para produção: “As coo-perativas precisam entender que a CCPLnão será uma concorrente e sim umaparceira. As nossas concorrentes serãoas empresas”, afirmou o subsecretáriode agricultura, Alberto Mofati na reinau-guração da cooperativa.

Referência nacional

A preocupação maior a partir de agoraé que não haja quebra do compromissofirmado entre a CCPL e as cooperativasprodutoras: “Temos todas as condiçõesnecessárias para que a empresa volte aser referência nacional na indústria leiteira,mas para isso é fundamental que tenha-mos a garantia do leite”, explicou o presi-dente do conselho de administração,Paulo Renato Marques, responsável peladireção comercial e marketing da em-presa. Marques também atuou na inter-venção da Parmalat, através da açãopública imposta pelo Governo do Estado.

Além de Marques, completam oconselho administrativo da CCPL FlávioTavares Fernades e Hamilton dos SantosMenezes. Tavares é o atual presidente da

Associação de Criadores do Estado do Riode Janeiro (Acerj) e acumula as funçõesde diretor operacional e responsáveltécnico. Já Menezes é o responsávelfinanceiro e administrativo da CCPL, tendoatuado em grandes empresas do sistemafinanceiro, implantando programas espe-cíficos de inspetoria interna.

Mas o principal idealizador da volta daCCPL foi o ex-secretário de agricultura doestado, Christino Áureo, que afirmou nareinauguração da fábrica que um paíscomo o Brasil não pode se dar ao luxo deter uma empresa como a CCPL fechada.“Todos os grandes estados têm uma coope-rativa central de leite e era de lá que vinhamos produtos para abastecer o Rio de Janeiro,que é o segundo mercado consumidor deleite. Não podíamos nos conformar comessa situação”, explicou o secretário.

Com a reativação da unidade, foramgerados 3.500 empregos diretos e indiretos.

A volta por cima da CCPLAgropecuária

A preparação do leite na fábrica e o novolayout das embalagens

A governadora Rosinha Matheus e o entãosecretário de agricultura Christino Aúreo

durante a reinauguração da fábrica da CCPL

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As cooperativas de crédito integram o Sis-tema Financeiro Nacional, conforme dispostona Constituição Federal, e mesmo desde an-tes de sua edição, ainda que sem um reco-nhecimento formal. A partir de 1988, o BancoCentral começou a abrir novas possibilidadesao cooperativismo de crédito, admitindo seucrescimento e profissionalização.

Estas entidades souberam aproveitar achance e conquistar mais espaços, las-treadas no aumento de sua capacitação téc-nica, que permitiu a formação de dois ban-cos cooperativos no país. Esse é o lado visí-vel de um movimento que reúne mais de 70milhões de pessoas no Brasil.

O que o mercado financeiro desconhece éo trabalho social que essas instituições de-senvolvem, a começar pelas próprias opera-ções financeiras. Cooperativas são entidadesde ajuda mútua, que não visam lucro – ainda

que devam ser rentáveis. Não há investido-res cobrando resultados, mas associadoscom um objetivo comum. Isto diferencia a na-tureza de suas operações financeiras.

O crédito cooperativo é um instrumen-to de promoção social, usado com finali-dade de incrementar a qualidade de vidados associados. Por isso, a concessãode empréstimos regulares é muito crite-riosa no que diz respeito à capacidade deendividamento do associado.

Num passado recente, as cooperativasurbanas só trabalhavam com empréstimospor finalidade, ou seja, com comprovaçãode um fim específico, comunicado pelo as-sociado ao solicitar o empréstimo. Aindahoje, algumas cooperativas mantêm linhasde crédito específicas para aquisição de re-médios, material escolar, eletrodomésticos,equipamentos de informática, entre outros

Cooperativismo, instrumentode promoção social

artigos, seguindo a mesma filosofia de in-vestir na qualidade de vida do associado.

Estes exemplos ilustram uma posturadas entidades em buscar sempre novasoportunidades para seus cooperados. Lon-ge de ser uma atitude assistencialista, apromoção pessoal e social de associadose dependentes procura torna-los cada vezmais preparados para conquistar e conso-lidar seu próprio espaço.

Mesmo o crédito sem finalidade específi-ca tem sido um agente de promoção social.Estatísticas demonstram que mais da meta-de desse tipo de empréstimo é utilizada pararesgatar dívidas do associado junto a agio-tas, bancos e cartões de crédito. Como traba-lham com taxas baixas e prazos de amortiza-ção adequados à realidade dos associados,as cooperativas são responsáveis pelo res-gate da tranqüilidade de inúmeras famílias.

Maria de Fátima é consultora especializada em Cooperativismo.

“O crédito cooperativo é um instrumento

usado com a finalidade de incrementar

a qualidade de vida dos associados.”

Direto ao Ponto Maria de Fátima Moraes Rodrigues

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Os dois! No Cooperativismo, a edu-cação é princípio.

O Cooperativismo é baseado na LeiFederal 5764/71, na qual o 5º Princípio,na íntegra - “Educação, formação e in-formação” tem duas vertentes:

- a 1ª refere-se à qualificação gerenciale técnica e à constante reciclagem doassociado;

- a 2ª refere-se à difusão dos valorescooperativistas, como democracia, respon-sabilidade, solidariedade e equidade.

Diferentemente do Poder Público, oCooperativismo tem o poder de transfor-mar seus associados. Com base na le-gislação, as cooperativas podem consti-tuir fundos, sendo o mais conhecido oFATES - Fundo de Assistência TécnicaEducacional e Social, ao qual podem serdestinados 5% (cinco por cento) das so-bras líquidas, bastando a boa vontade dosdirigentes das cooperativas e da comuni-dade cooperativista. Apesar da prática des-te Fundo, sofremos com o preconceito ea discriminação por parte de segmentosda sociedade, que desconhecem a dou-trina filosófica e a legislação cooperativista.

Educação cooperativista:educação ou princípio?

Vivemos hoje um grande movimento, emprol da inclusão social, educação e tra-balho, uma vez que só a educação quali-fica. Mas necessita possibilitar a oportu-nidade para que este formando possa vira ter uma vida digna. É o trabalho quedignifica o homem. Não creio que umabolsa-escola resolva o problema da edu-cação. Ameniza, mas não dá a visibilida-de que se espera, rotula esta família com“SOU POBRE. Tenho até carteirinha!”.

Muitos podem pensar: “Mas, isso éum artigo político!”. O Cooperativismo podeser uma fonte excelente de reflexão e for-mação política, não partidária, mas comuma visão equilibrada do que a socieda-de pretende, ou seja, caminhar em dire-ção ao sucesso, dividindo para somar.

O Cooperativismo é avesso à filantropia;ao contrário do que se pensa, cria meca-nismos humanísticos como a transforma-ção do homem, inserindo-o na sociedade,educando-o, formando-o e informando-o.

Hoje o mercado de trabalhoglobalizado é excludente. O Cooperati-vismo, não. Recebemos este indivíduosem diretrizes profissionais e, em pouco

tempo, ele torna-se independente finan-ceiramente, não necessitando mais dasações sociais. Não sou contra as açõesde ajuda humanitárias. Mas, só isso nãoresolve. Não que o Cooperativismo seja aúnica solução para tudo. Mas tenho a con-vicção do seu valor. Existem Doutores eMestres em Cooperativismo, com referên-cias, livros publicados, enfim toda umametodologia acadêmica, mas restrita auma minoria. Gostaríamos que este co-nhecimento chegasse ao ensino funda-mental e médio, contemplando aquelesque serão o futuro do nosso país.

Devemos praticar este princípio porreconhecermos a sua vital importânciapara viabilizar um expressivo movimentoem prol da educação cooperativista, ga-rantindo a continuidade segura doCooperativismo como avaliador do proces-so da construção da cidadania, da socie-dade em questão e tornando-se um indi-cador positivo na área da Educação.

Educação Maria Solange Barbalho Moreira

“O cooperativismo vem se desenvolvendo

e atingindo grandes proporções, exceto no

Brasil, onde sofre não apenas de descaso,

mas muitas vezes de perseguição.”

Maria Solange Barbalho Moreira é professorauniversitária e diretora administrativa daJoin Consult Cooperativa de Consultores.

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As cooperativas no Brasil são com-postas por 13 ramos: agropecuário, con-sumo, crédito, educação, especial, habi-tação, infra-estrutura, mineral, produção,saúde, trabalho, transporte e turismo.Estima-se, segundo a Aliança Coopera-tiva Internacional, que mais de 800 mi-lhões de pessoas participem de coope-rativas no mundo (www.ica.coop).

Com mais de 150 anos de existência, ocooperativismo nasceu com a função depromover a tão propalada “justiça social”.

Na França, buscou-se minimizar asdiferenças decorrentes da RevoluçãoIndustrial, onde as relações de trabalho serevelavam devastadoras, surgindo as“cooperativas operárias de produção”. NaAlemanha, surgiu como forma de permitir oacesso de artesãos e camponeses aocrédito, evitando a usura. Na Inglaterra,considerada o berço do cooperativismo comseus princípios básicos, aperfeiçoados como passar dos tempos, surgiram ascooperativas de produção, em contrastecom os grandes industriais da época.

Independente da forma, do regime degoverno, da religião, o cooperativismo vemse desenvolvendo e atingindo grandesproporções, exceto no Brasil, onde sofrenão apenas de descaso, mas muitasvezes de perseguição.

O presidente Lula, em campanha àcandidatura que o elegeu, participou de umdebate no Instituto Ethos. Vale a pena

Errare humanum est

destacar o seguinte trecho: “Segundo Lula,uma das propostas é mudar a legislaçãotrabalhista, para que uma cooperativa nãotenha a necessidade de cumprir asmesmas obrigações sociais que uma mul-tinacional: ‘- Me chamou a atenção o fatode que na região do ABC já temos 12cooperativas, algumas delas inclusiveexportando. Fomos visitar uma coopera-tiva agrícola em Maringá, no Paraná, comquase 6 mil cooperados, e que conseguememprestar dinheiro a 3,5% ao mês. E porque a gente não facilita a legislação parafomentar a criação de cooperativas decrédito por grupos de agricultores, gruposde comerciantes?’, questionou o candida-to da coligação PT/PCdo B/PL/PMN/PCBna ocasião. “Achamos que o sistemafinanceiro brasileiro deveria existir paracontribuir com as empresas para quepudessem produzir, para que as pessoaspudessem progredir, mas não é esta a fi-nalidade.” (www.ethos.gov.br/_uniethos/documents/lula.doc).

“No Brasil, são mais de 5,6 milhõesde associados em mais de 5 mil coope-rativas, gerando mais de 167 mil empre-gos e a verdade é que o setor vem so-frendo momentos de verdadeiras agruras”(www.brasilcooperativo.coop.br/ocb).

No ramo trabalho, nada de positivo.Ao contrário, o Ministério Público do Tra-balho promove uma “caça às bruxas” emforça-tarefa no Judiciário, alegando que

tais cooperativas são fraudulentas,inclusive por estarem em mais de umestado. Para ele, somente as cooperati-vas de fundo de quintal, compostas decostureiras, catadores de papel etc.,têm valor.

No ramo agropecuário, os cooperadosdeclaram viver um dos piores momentos,refletindo no agronegócio, podendo atingiruma queda de R$ 13 bilhões no PIB, casonão sejam socorridos pelo governo federal.Em 2005, registraram uma perda de R$ 17bilhões (www.brasilcooperativo.coop.br/ocb).

O ramo crédito sofreu grande abalocom a permissão de crédito consignadopara as demais instituições financeiras,no qual uma enxurrada de aposentadose funcionários públicos pôde recorrer acréditos com juros baixos. A Resolução3346, do Conselho Monetário Nacional,surgiu como uma forma de minimizar taisdanos, com a injeção discreta de valorespara o setor. Mas ainda está longe doapoio prometido. No ramo habitação,então, ficamos sem palavras.

Enfim, fica a pergunta: nova candida-tura, velhas promessas? E uma antigareflexão: errare humanum est, confiterierrorem prudentis, ou seja, errar éhumano e admitir o erro é prudente.

Adriana Amaral dos Santos é advogada

especializada em Direito Cooperativo e sócia da

Amaral, Bittencourt & Advogados Associados.

Data Vênia Adriana Amaral dos Santos

“O cooperativismo vem se desenvolvendo

e atingindo grandes proporções, exceto no

Brasil, onde sofre não apenas de descaso,

mas muitas vezes de perseguição.”

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Check-up Rafael Palatnic

Estamos vivendo e vivenciando um

momento sócio-político-econômico con-turbado no nosso País, pois, ao mesmo

tempo em que a inflação está controlada,

como mostram os índices governamen-tais, o nível de pessoas empregadas au-

mentando, aumento da produção de mui-tos itens etc, na prática continuamos a

ouvir, “tá difícil”, “tá ruim”.

Levando para a área de saúde, os hos-pitais e clínicas reclamam dos valores que

recebem, as operadoras de saúde recla-mam do que gastam, os usuários recla-

mam do que pagam principalmente quan-

to ao retorno em serviços recebidos, quan-do estes são prestados. A Agência Nacio-

nal de Saúde controla os reajustes das ope-

radoras, porém os custos dos insumos que

compõem a “saúde”, tais como medica-mentos, materiais, órteses e próteses, no-

vas tecnologias etc., fazem com que a saú-

de tenha uma inflação diferenciada e pró-pria e isto não está sendo levado em conta.

As operadoras querem e precisam con-tinuar tendo seus lucros, e para isso tomam

atitudes para manter esta situação, tais

como diminuir o honorário médico, glosatécnica, serviços de má qualidade etc. e nós

não podemos fazer nada. Podemos sim edevemos. Temos que lembrar que a saída

para isso é o cooperativismo, pois é onde o

cooperado, independente da área em queatua é quem dirige e participa ativamente

das decisões, retirando do mercado, a figu-

Cooperativismo de saúde

Rafael Palatinic é diretor presidente

da Unimed Teresópolis.

ra do intermediário, que lucra com o nosso

trabalho só para gerenciar, e isto, nós po-demos e sabemos fazer.

Portanto, pense bem, antes de assinar

contrato com operadoras de planos de saúde.Participe da sua cooperativa, incentive sua co-

operativa, pois só assim receberemos umaremuneração mais justa e caso a cooperativa

obtenha sobras no exercício, estas serão dire-

cionadas pela vontade e interesse dos coope-rados e não irão para o bolso dos donos de

empresas mercantilistas. Pense bem; já pas-sou da hora; vamos nos unir não só no pensa-

mento como também nas ações; uma coope-

rativa forte, depende da força dos seus coope-rados. Você é responsável pelo que acontece.

Participe ativamente, cobre resultados.

“Uma cooperativa forte depende da

força dos seus cooperados.”

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O banco da informática

Crédito

Celso Arantes: soluções de créditopara os profissionais de informática

Fachada do condomínio Le Monde, empreendimento que abrigará a sede própria da Infocrer j a par tir do próximo ano

Uma cooperativa voltada para profissio-nais de informática deve contar semprecom tecnologia de ponta para atender aseus associados. Com a CECM dos Pro-fissionais de Informática do Rio de Janei-ro (Infocrerj) não poderia ser diferente.

Criada em 2000, com o objetivo de aten-der financeiramente tanto a empresas quan-to a pessoas físicas de qualquer segmentode informática, a Infocrerj vem se moderni-zando a cada ano para atender à crescentedemanda, que hoje chega a 960 coopera-dos, entre pessoas físicas e jurídicas.

Para ser um cooperado da Infocrerj,o profissional da área de informáticadeve realizar um depósito inicial de R$100, em caso de pessoa física, e de R$1.000 para as pessoas jurídicas.

O presidente Celso Augusto ArantesPereira explica que a busca por tecnologiavisa aos princípios fundamentais da coo-perativa. “Os valores da Infocrerj são ba-seados em três pilares fundamentais: ocooperado, a doutrina cooperativista e osrecursos humanos”, ressalta Arantes.

Home bank

Segundo o presidente, a participaçãode cada cooperado é de grande importân-cia para seu desenvovimento. Para ele, o

capital pode alavancar a cooperativa, nor-teando o volume de suas operações decrédito e permitindo novos produtos e ser-viços para os associados.

As pessoas jurídicas que são coope-radas da Infocrerj, por exemplo, têm a pos-sibilidade de realizar o pagamento de seusfuncionários através da cooperativa.

Hoje, o principal canal de relaciona-mento entre a cooperativa e seus coo-perados é o serviço de home bank, queresponde por mais de 90% das opera-ções de mais de 60% do quadro social.

Nesse tempo de vida, a Infocrerj con-quistou parcerias como o Seprorj,Fenainfo, Riosoft e Assespro.

Sede própria

Em agosto de 2007, a Infocrerj final-mente terá sua sede própria, que teveum investimento de R$ 900 mil. Com176 m², a sala no Le Monde Office, umempreendimento na Barra da Tijuca, pró-ximo ao Barra Shopping, promete umaexcelente infra-estrutura, com sistemade segurança e tecnologia de ponta,com todo conforto para seu associado.“A aquisição da sede própria marca umavirada na história da infocrerj, dando umlastro significativo em seu patrimônio”,comemora Arantes.

Patrimônio este que ultrapassa os R$2,4 milhões, além de uma carteira deempréstimos de R$ 4 milhões e R$ 5,8milhões em depósitos (à vista e a prazo).

Mesmo com as dificuldades do anopassado, como a autoliquidação do SicoobCentral RJ, a Infocrerj não sofreu maioresdanos: “Continuamos a operar normalmen-te, graças ao apoio do Bancoob, que nosautorizou a realização de operações deforma direta”, explica Arantes.

Uma das vantagens que dão liquidezà cooperativa é o Fundo Garantidor doSicoob Brasil, que garante à Infocrerj umdepósito de até R$ 20 mil para cada co-operado na cooperativa.

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Linhas do Crédito Wagner Guerra

Não podemos perderas esperanças

Passou a euforia da copa, que foi frus-trante para nosso povo, e agora chegam aseleições. Com isso encerraremos o ano de2006. Um ano marcado por um cenário decorrupções e frustrações para um povo quevive sempre cheio de esperanças.

Vale lembrar que no ano de 2002, antesda eleições, num seminário na cidade deSantos, promovido pela Central das Coo-perativas de Crédito de São Paulo, o entãocandidato a presidente, Luiz Inácio Lula daSilva, entusiasmou-se com os ideaiscooperativistas e disse que via nas coope-rativas de crédito uma saída para baratearos juros em nosso país, prometendo ajudá-las a desenvolver-se. Passados quatroanos, chegamos à triste conclusão de que,embora houvesse boa vontade do presiden-te, este atrapalhou mais do que ajudou.Houve alguns avanços, como, por exem-plo, a autorização para criação das coope-rativas de livre adesões, dos micros e pe-

quenos empresários, um assunto que, an-tes do Lula, era até difícil de se falar.

Não podemos deixar de enaltecer aboa vontade de nosso presidente, porém,a criação do crédito consignado, premian-do as financeiras, deixou as cooperativasde crédito numa situação muito difícil. Nãosomos contra o crédito, embora o referidoempréstimo tenha levado a populaçãomais idosa ao desespero e, como se temnoticiado nos jornais, até a morte. O quequeremos é igualdade de condições.

Queremos ter acesso aos recursos doBNDES, para capitalizar as Cooperativas.O decreto foi assinado pelo Sr. Presiden-te, com direito a festa e, até hoje, os re-cursos nos é negado. Precisamos teracesso aos recursos do FAT (Fundo deAmparo ao Trabalhador). Queremos terliberdade para abrir as cooperativas paraa comunidade. Com estas conquistas,que ainda não obtivemos do governo, es-

taremos dando um passo para o cresci-mento do sistema, pois no momento oatual governo atrapalhou mais do que aju-dou-nos. Mas para isso tudo precisamosde uma bancada de deputados oriundado cooperativismo, e infelizmente aindanão temos essa conscientização.

Acreditamos que hoje o então presiden-te nem saiba mais o que é cooperativa decrédito e suas reais necessidades para sedesenvolverem, o que é lamentável. As coo-perativas de crédito ainda aguardam o cum-primento das promessas feitas pelo entãooperário, candidato a presidente da repúbli-ca de nosso país. Por oportuno, nunca osbancos lucraram tanto às custas de um povosofrido, desamparado e desprotegido, masesperançoso de que o amanhã será me-lhor do que hoje. Queira Deus que este povojamais perca suas esperanças e que pos-sa realmente fazer de seu voto as mudan-ças que este país anseia.

Wagner Guerra é presidente da CECM dos Empregados da Ampla e vice-presidente da OCB/RJ.

“A criação do crédito consignado, premiando as financeiras,

deixou as cooperativas de crédito numa situação muito difícil.”

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Recentemente fomos surpreendidoscom o Projeto de Lei 7009/2006, que dis-põe sobre a organização e funcionamentodas Cooperativas de Trabalho. Defende-mos que deva haver uma lei específica,que regulamente as Cooperativas de Tra-balho, pois é de fato necessário. Mas nãocomo foi proposto nesse projeto de Lei, poisele tem caráter intervencionista e foge a pro-posta democrática do Cooperativismo. Ali-ás o Governo do Partido dos Trabalhado-res tem mesmo esse perfil. Pois interveionas universidades, com relação a questãodas cotas, tentou intervir na imprensa quan-do quis estabelecer uma “regulamentação”para o setor, com o intuito de colocar umamordaça nos meios de comunicação. Quisaté intervir no Poder Judiciário , alegando

que lá havia uma “Caixa Preta”, que a soci-edade não tomava conhecimento.

O projeto de Lei apresenta diversas fa-lhas. Por exemplo estabelecer que as coope-rativas sejam constituídas com cinco integran-tes. Nesse caso, não vai haver pessoas sufi-cientes para compor a Diretoria e o ConselhoFiscal. Estabelecer que as cooperativas reali-zem assembléias a cada três meses no má-ximo. Ora, nem mesmo o Banco Central exigeque os Bancos prestem contas com essa pe-riodicidade. Isso ocorre a cada seis meses.

Outro ponto que destacamos é com rela-ção à distribuição das sobras líquidas do exer-cício. O projeto prevê que a Assembléia deci-dirá sobre o destino a ser dado às sobras.Isso está contrário ao que prevê o Novo Códi-go Civil, pois o mesmo tirou esse poder da

Assembléia. Ou seja, se houver sobras ouperdas, tem que ser rateado entre os coope-rados. Poderíamos enumerar vários outrospontos, mas não vamos nos alongar tanto.

Sabemos que as cooperativas de tra-balho precisam ser cuidadas, o que, aliás,a OCB Nacional tem se preocupado mui-to com isso. Mas uma lei para esse seg-mento tem que ser amplamente discuti-da com o Sistema Cooperativista e as co-operativas que estão inseridas nele. Nãopode ser uma ação unilateral, sob penade destruir todo esse segmento. E aí se-rão milhares de pessoas que ficarão semtrabalho e renda e o Governo não vai con-seguir resolver todo esse problema sozi-nho, pois não tem recursos e nem condi-ções técnicas para isso.

No início da década de 90, com o obje-tivo de reduzir custos, na compra em con-junto de insumos para a clínica veterinária,um grupo resolveu fundar a Cooperativa deMédicos Veterinários do Estado do Rio deJaneiro (Comverj). Curiosamente, a idéiade cooperativas de médicos veterinários,também estava brotando em outras fede-rações. No Rio Grande do Sul, estava sen-do fundada a Unimev (Sociedade Coopera-tiva de Serviços Veterinários).

Pouco a pouco, as singulares foram seencontrando e formando a Cooperativa dosMédicos Veterinários (Unimev), presente hojeem 10 estados: Santana do Livramento ePelotas (RS), Campinas (SP), Florianópolis(SC), Campo Grande (MS), Salvador (BA),Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Riode Janeiro (RJ) e São Luís (MA).

Processo evolutivo

Mas o projeto no Rio de Janeiro não co-meçou da forma ideal, segundo o presiden-te da Unimev Rio, Márcio Machado Carneiro:“A cooperativa começou da forma mais erra-da possível, quem resolveu tudo foi o donoda clínica. Com as reuniões, a cooperativaevoluiu para se tornar uma entidade para

veterinários e não para o dono da clínica”.O objetivo inicial da cooperativa se mos-

trou maior, com outras questões a seremresolvidas: “Do final da década de 80 paracá houve um boom de veterinários e o mer-cado não se organizou. Promover mecanis-mos de informação. A clínica não suportapagar a produção de um profissional, querecebe em média R$15 a R$20 por consul-ta. Para se ter uma idéia, você não encontraum pediatra a menos de R$80. Existem ou-tras demandas para se atender, em veteri-nária, além da clínica. A indústria alimentí-cia de rações, por exemplo, é questão vete-rinária”, explica Carneiro.

Reorganizar o mercado

Outro objetivo é trazer o empregador parapróximo da cooperativa, buscando a inser-ção dos profissionais no mercado organiza-do. “Falamos bem melhor para fora da cate-goria, do que para dentro. Temos atuado comum trabalho que vai do campo à mesa, dacertificação bovina ao varejo”, informa o presi-dente. “Nosso discurso é o que pode ser feitopelo profissional, para que ele se insira den-tro de um novo modelo, junto com os donosde clínicas. É preciso reorganizar o merca-do”, finaliza Carneiro.

Entre os benefícios que os 88 coope-rados usufruem hoje está a oportunida-de de ingressar no sistema de telefoniacelular e nos planos de saúde Unimed eCoop Previsaúde.

A Unimev Rio continua buscando con-vênios com empresas para melhorar avida do cooperado, como o convênio quepermitirá o desenvolvimento de planos deseguridade pessoal ou em grupo, bem comoo planejamento de Previdência Privada.

Além disso, a cooperativa criou um planode saúde animal, o PSAV, que também já funci-ona em Goiás, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Por um lugar melhor para os veterinários

Trabalho

Paulo Henrique dos Santos Marinho édiretor de Economia e Finanças da Dominium Coop.

“Uma lei para esse segmento tem que

ser amplamente discutida com

o Sistema Cooperativista.”

Mãos à Obra

As cooperativas de trabalhono limiar da fronteira

Paulo Henrique Marinho

Márcio Carneiro: mercado paraos veterinários

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A primeira impressão é a que fica,dizem. Pois é. Tudo indica que esta é amais pura verdade. Estudos demonstramque em dez segundos uma pessoa écapaz de tirar todas as impressões so-bre você, baseada em sua aparência pes-soal, sem você emitir uma só palavra.Portanto, é de fundamental importânciaconhecer muito bem todos os códigosvisuais que podem facilitar o contatointerpessoal.

No ambiente corporativo, este conhe-cimento transforma-se em uma armaestratégica que pode facilitar fechamen-tos de novos contratos. A roupa certapara cada situação, então, passa a seruma ferramenta de negociação.

A casualidade é importante para faci-litar o acesso às pessoas e o trabalhoem equipe. O terno aumenta a barreiraentre as pessoas, mas existem ocasiõesempresariais, mais formais, em que ain-da é fundamental utilizá-lo como forma deaumentar a credibilidade do interlocutor,aumentando as chances de sucesso nofechamento de novos negócios. O nego-ciador precisa criar espaço para a confi-ança e o visual é o primeiro passo paraimprimir o tom da conversa logo no inícioe gerar confiança instantânea. Mas é pre-ciso que o caimento da roupa reflita a ati-tude que é esperada naquele momento.

Para os homens, o terno de três ouquatro botões e de cor escura é clássi-co, ideal para estes casos. Deve estarna proporção correta: ao mesmo tempoconfortável e visualmente adequado. Ocomprimento perfeito da bainha da cal-ça é aquele em que esta toca levemen-te o peito do sapato na frente e atrás

termina logo acima do calcanhar. O pu-nho do paletó deve mostrar pouco maisde um centímetro do punho da camisa eo comprimento do paletó deve estar nametade do caminho entre o colarinho eo chão. Uma dica que normalmente dácerto: o homem tem que conseguir se-gurar com a mão a bainha do paletó,com o braço esticado. A gravata podeser vermelha ou verde (estas cores pren-dem a atenção do espectador, facilitan-do a comunicação). A camisa lisa e bran-ca é básica e fica sempre chique. Deixepara usar aquela camisa laranja que vocêtanto gosta em um evento social.

As mulheres podem usar um tailleurou um costume. Também devem estarbem cortados e na proporção correta.Além disso, precisam prestar atenção aoutros detalhes como: tipo físico, estilo,cabelos, maquiagem e acessórios. Ocabelo, a maquiagem e os acessóriosdevem ser discretos. Nada de cabelo tiposelvagem e batom vermelho, mesmo queo seu estilo seja sexy. Descubra o seutipo físico: ampulheta, triângulo invertido,triângulo, retângulo ou oval. Para isso, épreciso olhar para você, com olhos dever, em um espelho grande, de preferên-cia sem roupa ou com uma malha bemapertada. É alta ou baixa? Está fora dopeso ou magra demais? Faça as pazescom o espelho. Ele reflete o seu percursoao longo da sua vida. Esteja feliz por es-tar viva, desfrutando do sabor da sua exis-tência!!!!! Conhecendo as suas insatisfa-ções (e não imperfeições) em relação aoseu corpo, você poderá usar a roupa deforma a disfarçá-las e deixar em evidên-cia aquilo que você gosta. O objetivo é

sempre ter uma silhueta equilibrada.As baixas devem usar a saia um pou-

co acima dos joelhos. As altas podemjogar a vontade com os comprimentos,mas em um ambiente formal, o ideal éuma saia na altura dos joelhos ou umpouco acima destes. A mulher do tipo fí-sico de ampulheta deve valorizar a cintu-ra fina com o blazer acinturado. A mulherdo tipo físico de triângulo invertido deveusar um blazer sem ombreira e a calçapode ser um pouco mais volumosa (compregas, por exemplo) para disfarçar a fal-ta de quadril. A mulher do tipo físico detriângulo tem muito quadril e ombros es-treitos, podendo usar blazer com ombrei-ras, mas a calça deve ser bem “sequi-nha”. A mulher do tipo físico de retânguloprecisa criar cintura, podendo usar cal-ças com pregas e pences no blazer. Amulher do tipo físico oval precisa criar umalinha vertical para alongar a silhueta, po-dendo utilizar um costume risca-de-giz.Mas lembre-se: seja qual for o seu tipofísico, o costume ou tailleur escolhido deveter bom corte. É um investimento que vaidurar anos e você estará sempre bemvestida em qualquer situação formal.

Seguindo essas dicas, os primeirosdez segundos da conversa já estarãoganhos. Com certeza, ouvirão com maisvontade aquilo que você quer dizer a res-peito do seu negócio. Vá em frente. Ago-ra depende da sua habilidade com aspalavras. Bons negócios!

Qualquer dúvida, entre em contato:[email protected]

Negociação x imagem “É de fundamental importância conhecer

muito bem todos os códigos visuais que

podem facilitar o contato interpessoal.”

Liana França é diretora financeira da

Uniodonto Leste-Fluminense.

Diagnóstico Liana França

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A Coopangio-RJ (Cooperativa de An-giologistas e Cirurgiões Vasculares do Riode Janeiro) nasceu em novembro de 1994,por membros da Sociedade Brasileira deAngiologia e Cirurgia Vascular (SBACV),com o objetivo de congregar especialistasbuscando uma unidade quanto às açõesa se tomar em relação às empresas deplanos de saúde.

Uma das ações tomadas pela coope-rativa foi o desligamento de convêniospara a criação de um plano de saúde daprópria sociedade. Para tanto, é impres-cindível que o médico seja filiado àSBACV para poder se associar àCoopangio. Hoje a cooperativa contacom 240 associados, o que correspondea 52% dos membros da SBACV.

Divulgação

Visando a melhorar a saúde da popu-lação, a Coopangio está se apresentandode forma mais agressiva ao mercado,mostrando que o trabalho do médico an-giologista não se restringe apenas às do-enças vasculares. “Nossa atuação vai des-de a estética, na cura para varizes, atétrabalhos preventivos contra problemascardíacos”, explica o presidente daentidade, Márcio Meirelles.

O site da SBACV é um dos veículosmais importantes para a divulgação dacooperativa. Lá se encontram mais de3.000 dúvidas de pessoas que acessamo site em busca de informação.

O trabalho preventivo, por sinal, é umadas maiores batalhas da Coopangio.Várias palestras são dadas pela coope-rativa, em conjunto com a SBACV, como intuito de mostrar a importância de seprocurar um angiologista ou cirurgiãovascular: “Nosso trabalho vai desdeexecutivos, que têm problemas demicrovarizes, até classes mais carentes,com problemas de úlcera varicólica, quesão feridas com as pessoas convivem atéo fim da vida”, informa Meirelles.

As palestras podem ser solicitadaspelas empresas através do telefone dacooperativa: (21) 2533-7905.

A cooperativa acabou de assinar

convênio com a Organização dasCooperativas Brasileiras do Estado doRio de Janeiro (OCB/RJ), oferecendo aosfiliados desta, descontos nos atendi-mentos (a sessão de microvarizes, porexemplo, tem o custo de R$32).

Úlcera merece atenção especial

Por se tratar de uma doença normalem classes carentes, a úlcera varicólica éuma das maiores preocupações daCoopangio. Tanto que o médico MárcioMeirelles que pretende pôr um projeto emprática, em breve. “É uma doença que nãochega a ser fatal, mas causa incapa-cidade. Temos planos de fazer um trabalhoespecífico em cima dessa doença, umasimples prevenção que pode ser feitadentro de casa”, aponta o médico.

Segundo o presidente da Coopangio,um centro de tratamento precisaria de ape-nas três elementos: um ambulatório, umlaboratório vascular e um centro de pes-quisa e informação. “Não sai caro patroci-nar o projeto. Só precisamos de empre-sas que estejam dispostas a investir emsaúde. Até porque é muito mais baratoinvestir em prevenção, como serviço social,do que em tratamento para um empregadono futuro”, adverte Meirelles.

Em buscada saúdeao alcancede todos

Saúde

O angiologista Márcio Meirelles (direita), presidente da Coopangio,e o diretor administrativo, Francisco Gonçalves Mar tins

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Interiores Fernanda Almeida

Design de interiores,que efeito isso temna minha vida???

Noutro dia entrei numa loja de rou-pas e fiquei hipnotizada por um vestidorosa claro, tinha um bordadinho com li-nha de mesma cor, bem discreto, masme pareceu tão encantador!...Seilá...Não resisti e experimentei. Senti-metão bem, mais bonita, mais magra...Comprei o vestido! O engraçado é queusei a tal roupa outras vezes e já nãotinha mais o mesmo encantamento,nem o tom de rosa parecia o mesmo!Mas a loja... Ah! A loja era ótima! Pare-cia cenário de novela do Manoel Carlos,e eu, a personagem principal, com di-reito a trilha sonora e tudo, tocando su-avemente ao fundo. Tinha uma ilumina-ção agradável, um visual moderno, o es-paço não era muito grande, mas davapra ver todos os produtos facilmente,eles não pareciam entulhados, sabe?Tudo parecia estar no seu lugar, até umasaia que estava fora do cabide jogadasobre um balcão, parecia estrategica-mente colocada.

Depois da compra, fui ver como ti-nha ficado a reforma de um museu aquido Rio que tem um acervo maravilhosode arte brasileira, mas antes da reformaera tãããão escuuuuro, os corredores pa-reciam tãããão compridos, todos os es-paços eram muito parecidos e não ha-via uma simples cadeira pra se tomarfôlego, nem bar pra se tomar um suco.Nossa, eu saía de lá sempre e-xaus-ta.Sem contar que: “... no meio do cami-nho havia um degrau, havia um degrauno meio do caminho...” Nem preciso di-zer que nossos amigos cadeirantes ti-nham enormes dificuldades de acesso

pela profusão de desníveis que encon-travam no piso. Mas desta vez fiquei fe-liz da vida! As mudanças foram compe-tentes e profundas, não foram apenasdecorativas, superficiais. Os desníveisdo piso foram eliminados ou se trans-formaram em rampas, e para quem nãopodia usar as escadas, instalaram ele-vadores. E uma novidade: agora todasas obras têm placas com seus títulosescritos em língua portuguesa, inglesa,francesa e no sistema braile. Foram cri-ados climas diferentes para cada temaexposto, com uso de cores e ilumina-ção específica, a gente agora caminhaque nem sente. Em frente às obras quepedem mais tempo para contemplação,um conforto a mais: poltronas. Na partecentral, uma parede foi derrubada e sur-giu um lindo jardim com cyber-café. An-tes de ir embora, assisti a emocionantecena de um deficiente visual acompa-nhado por um funcionário do museu,descobrindo uma escultura, enquantopercorria os dedos por sua superfície.Confesso que me senti melhor como serhumano percebendo que meu seme-lhante teve acesso aos mesmos benefí-cios e prazeres que a arte me oferecianaquele momento.

Quando estava saindo, meu celulartocou, era a minha amiga Ellen, falandosobre o emprego novo, ela é publicitáriae falava sobre a maravilha que estavasendo trabalhar na nova empresa. Estáproduzindo como nunca e não se sentetão cansada, pelo contrário, quando tocao despertador pra acordar, pula da camafeliz e sai toda animada. E continuou

dizendo: “Parece que as coisas aqui flu-em, trabalhamos num antigo galpão defábrica, todo o material que preciso estáà mão, até as pessoas com as quaistenho que me relacionar diretamenteestão próximas de minha mesa, temoscontato visual e verbal sem atrapalharos demais. Não tropeço mais em ca-deiras, gaveteiros e lixeiras o tempotodo, deixei até de ser conhecida comoa desastrada do escritório. O tom deamarelo da parede principal dá umaenergia toda especial ao lugar, o piqueda gente não cai e o bom humor reina.Pra relaxar ou pra organizar as idéiasainda tem o cantinho azul, verdadeirooásis no deserto, num canto do grandesalão aberto que é a área de produçãotem um sofá bem aconchegante, caféquentinho, água gelada e música tipolounge. Que mais eu quero da vida??”.

Que mais nós queremos da vida, se-não vivê-la com qualidade? E um bomprojeto de design de interiores promovequalidade de vida! É disso que trata umdesigner de interiores, de adaptar os es-paços às necessidades e às preferên-cias individuais e coletivas. Um bom pro-jeto provoca frisson ou resgata a paz,capta nossa atenção ou nos faz desli-gar do mundo. Tudo pode ser bom, sódepende do lugar e da intenção... Que-res mudar tua vida? Então comece poruma mudança no espaço onde você viveou trabalha, o resto será conseqüência.

Até a próxima!

“Queres mudar tua vida?

Então comece por uma mudança no

espaço onde você vive ou trabalha,

o resto será conseqüência.”

Fernanda Almeida

é designer de interiores.

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Com sede no Rio de Janeiro, mas espa-lhada pelo mundo. Assim é a Cooper Glo-bal, que atua desde outubro e é uma dasmais recentes cooperativas do estado.

O nascimento da cooperativa aconte-ceu após contatos entre guias que traba-lharam juntos em operadoras e, com oobjetivo de expandir os rumos, resolveramse unir em torno do mesmo ideal. Um des-ses cooperados foi o diretor administrativoMauro Friedrich: “A presidente Ana CláudiaLemos me convidou para fazer parte dotime. Embora tenha tido uma experiêncianão muito boa com cooperativas, aceitei oconvite e hoje vejo que foi a melhor escolhaque fiz”, explica o diretor.

Por conta do ofício - viajar-, a principaldificuldade da cooperativa é reunir seus coo-perados. Segundo Friedrich, nem nas as-

sembléias pode-se contar com a presençacompleta da diretoria: “Trabalhamos nosistema de escala, pois temos sócios emBuenos Aires e outros pontos da AméricaLatina. Nossa presidente, por exemplo, estátrabalhando hoje em outro país”, aponta.

Crescimento à vista

O diretor acredita que o crescimen-to da cooperativa será breve: “A procurapor guias é sempre grande, embora umbom profissional não seja fácil deencontrar. Nossos cooperados têmmédia de idade de 40 anos. Precisa-mos de mais pessoas jovens” explica.

Para Friedrich, chegará um momentoem que a cooperativa terá que expandirsua área de atuação, trabalhando tambémcomo operadora: “É um plano para o futuro,pois hoje isso poderia nos criar problemascom nossas parceiras”, informa, acrescen-tando a necessidade da cooperativa terque arrumar trabalho durante o ano inteiro:“É difícil conseguir sócios que sejamreceptivos e emissivos. Do contrário, sóhaverá emprego para metade do ano”.

Novos rumos

Friedrich acredita que o Rio de Janeironão está preparado para receber um even-

to como os Jogos Panamericanos, queacontecerão em 2007: “O pensamento bá-sico é que, para fazer turismo, não se podeoferecer ao turista o que não se pode darao cidadão, e o Rio está muito acima emalgumas coisas e muito abaixo em outras.O esgoto da Barra é um exemplo disso.O Rio vai precisar de gente para trabalhar,mas não temos nem legislação para driverguide, qualquer um pode pegar um carro efazer transporte, sem curso para guia esem segurança”, explica o diretor.

Apesar dos problemas, Friedrich achaque o Pan será uma boa oportunidadepara o turismo, e para mudar o pensa-mento dos governantes: “O Brasil precisapensar o turismo em bloco. O turista temque sair de sua casa, chegar na cidade,receber sua mala sem extravio, ter umbom transporte, se divertir e voltar bempara casa. Se algo nesse processo seperde, acabou a viagem”.

Friedrich acredita que existe um po-tencial não explorado e que a Cooper Glo-bal pode aproveitar a brecha e aboca-nhar este mercado deixado de lado: “Porexemplo, já imaginou montarmos um ro-teiro cooperativo conhecendo Rochdalee os locais importantes para a históriadas cooperativas?”, sugere o diretor.

Nas trilhas doturismo cooperativo

Turismo

O diretor Mauro Friedrich (direita) e equipeda Cooper Global

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A completa ausência de cooperativasde turismo é uma realidade constatávelno mercado brasileiro. No estado do Riode Janeiro, as que existem “legalmente”são sempre cooperativas de transportesturísticos, e nada mais.

No entanto, o que impede o surgimentode novas cooperativas no setor de turismoé também fruto do desconhecimento demuitos sobre o tema, até mesmo do Minis-tério do Turismo, que simplesmente nãoadmite cadastrar empresas cooperativasem outros ramos de atuação no segmentode turismo, que não seja o de transporte.

Nos textos legais, que regulamentam oscritérios de cadastro de agências de turis-mo, operadores de turismo etc., não há umasó linha ou frase que impeça que este re-gistro seja concedido pelo Ministério do Tu-rismo às cooperativas que o solicitem e te-nham condições técnicas de atender àsexigências legais. Quaisquer outros tipos

de empresas (sob outras formas de ges-tão administrativa) podem fazê-lo e serãocadastradas se atendidas as exigênciastécnicas. Cooperativa de turismo, no Riode Janeiro, só se for de transporte turístico.

Por quê? Ninguém sabe explicar, nemno Ministério do Turismo, nem na Turisrio.

No caso específico da Cooperglobal,cooperativa formada por guias de turis-mo profissionais (devidamente registra-dos no Ministério), estamos em buscadeste cadastramento, que em tese é obri-gatório para qualquer empresa que atueno ramo de turismo no Brasil, sendo in-clusive requisito para concessão doalvará municipal na cidade do Rio.

Apesar de consultado sobre o assun-to, o Ministério do Turismo, através deseu representante no estado, a Turisrio,ainda não se manifestou – preferiu o si-lêncio como resposta.

Interessante notar que, de todas as pro-

fissões existentes no mercado de turismodo Brasil, a única que tem reconhecimentolegal e exige credenciamento específico noMinistério do Turismo é a de guia de turis-mo. Mas se estes mesmos guias organi-zam-se numa empresa cooperativa de tu-rismo, buscando alternativas para amplia-ção de negócios e mercado de trabalho, aío Ministério do Turismo não tem parâme-tros para cadastrá-la e nem explica o por-quê de não fazê-lo. Ou só aceita fazê-lo seenquadradas exclusivamente na categoriade cooperativas de transportes turísticos.

Talvez esteja aí uma das respostassobre a “inexistência legal” de cooperati-vas de turismo no estado do Rio de Ja-neiro e no Brasil. Elas existem sim, nomundo real, mas por questões inexplicá-veis da burocracia brasileira, vão continu-ar “invisíveis” para o Ministério do Turis-mo ou “travestidas” numa só categoria ofi-cialmente aceita.

Mauro Friedrich, diretor administrativo da Cooperglobal.

A invisibilidade dascooperativas de turismo

“Cooperativa de turismo, no Rio de Janeiro,

só se for de transporte turístico.”

Passapor te Mauro Friedrich

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Informe Especial

Esta era a missão da equipe da EasySystem Informática quando iniciou asatividades de reformulação de seu sitena internet. Pelo jeito conseguiram.

Visitando o site da empresa nainternet (http://www.easysystem.com.brou http://www.easycoop.com.br )podemos encontrar uma grandediversidade de informações sobre docooperativismo nacional.

Atualizado diariamente, o siteapresenta notícias que veicularam ouserão veiculadas na mídia, galeria defotos de eventos cooperativistas, artigosde advogados e especialistas emcooperativismo, agenda de eventoscooperativistas, revista eletrônica,modelos de documentos oficiaisutilizados por cooperativas e fórum dedebates.

Na seção de notícias é possívelencontrar um acervo de informaçõessobre cooperativismo, casos de sucessode cooperativas, legislação e tudo o queocorre no mundo do cooperativismo. As

Um portal deinformaçõescooperativistas

notícias são capturadas pela equipe ecadastradas imediatamente no site, oque garante um dinamismo muito grandepara o portal, pois a qualquer momentoé possível encontrar algo novo em seuconteúdo. Algumas vezes a notícia épublicada até mesmo antes de sair emoutros veículos de comunicação. Istograças ao empenho da equipe queprocurou se especializar na captura denotícias especificamente voltadas aointeresse de cooperativistas.

Outro ponto forte do portal é a galeriade artigos, contendo opiniões política ejurídica. Nele, advogados especialistasem cooperativismo e dirigentes decooperativas apresentam seus pareceresa respeito de temas de interesse dacomunidade cooperativista e cenáriopolítico nacional. A grande variedade detemas e colaboradores é o principaldestaque desta seção.

Para aqueles que estão iniciando nocooperativismo, ou procuram reciclarseus conhecimentos, existe a seção demodelos de documentos, uma das maisvisitadas no portal. Ali estão disponíveisuma grande variedade de modelosoficiais, homologados pela OCB, deAtas, Estatutos, Manual do Cooperado,Código de Ética, Comunicados,Declarações, entre outros. O material,que normalmente é cobrado por muitos

advogados, está disponível no portaltotalmente grátis.

Como não poderia faltar, a tietagemtambém está presente no portal. Sendoa Easy System Informática umaempresa atuante no cenário políticocooperativista, esta está semprepresente nos principais eventos queenvolvem as celebridades nacionais docooperativismo. O portal dispõe entãode uma área dedicada a promover oseventos que se realizarão e outra paraapresentar a cobertura fotográfica doseventos realizados. Na galeria de fotosdo portal, estão disponíveis as fotos dosprincipais eventos dos últimos anos.

O fórum de debates, inauguradorecentemente no portal, espera unir oscooperativistas de todo o país em tornodas decisões políticas e legislativas docooperativismo e outros temas deinteresse comum que venham a surgirou serem propostos pelos participantes.

Venha conferir, participe do fórum,visite os eventos, mantenha-seinformado.

A Easy System Informática estarápresente no Rio CoopShow 2006 e faráa cobertura fotográfica do evento paradivulgação na galeria de fotos do portal.Não deixe de comparecer, seja tambémuma celebridade do cooperativismonacional.

Página inicial do por talda Easy System:utilidade pública paraas cooperativas einformações atualizadasdiariamente são o grandediferencial do veículo.

A diretora comercial da Easy System, SandraPugno, recebendo visitantes em seu estandeno Rio CoopShow 2005.

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Sala de EstarEntre umas e outras

Fonte: Vinícola Aurora (www.vinicolaaurora.com.br)

ABC do vinhoHerbáceo e finoHerbáceo e finoHerbáceo e finoHerbáceo e finoHerbáceo e fino

Mais de um ano após o lançamento do boletim Coceno –

Cooperativismo de Crédito em Notícia, a Montenegro Comuni-

cação estará lançando, durante o Rio CoopShow 2006, o por-

tal Cooperativismo Digital, que, além do Coceno, abrigará a

versão on-line da revista Rio Cooperativo e de dois novos veí-

culos: o Agroinforme, com notícias de interesse às cooperati-

vas de agricultura e produção, e o Ceno – Cooperativas em

Notícia, com notícias dos demais ramos.

Os sites gratuitos serão atualizados diariamente, para que

os leitores não percam nenhum acontecimento, levando a todos

as informações indispensáveis do mundo cooperativo.

Além das notícias sobra cada ramo, o portal contém indica-

dores para cada um dos 13 ramos, clipping diário com infor-

mações colhidas nos principais jornais e agências de notíci-

as, podendo ser acessado a qualquer hora.

O endereço do portal é www.cooperativismodigital.com.br.

Navegar é precisoNa Estante

Um livro de relatos sobre os pri-

meiros passos dados pela Incubadora

Tecnológica de Cooperativas Populares

(ITCP), um projeto da Coordenação

dos Programas de Pós-graduação de Engenharia (Coppe) da

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que já ajudou a

criar e consolidar mais de 20 cooperativas em comunidades de

baixa renda no Rio de Janeiro. Assim pode ser definido Ossos

do Ofício - Cooperativas Populares em Cena Aberta.

O livro, já em sua segunda edição, é considerado referência

para projetos e teses, não só sobre cooperativas, como sociais,

por mostrar a necessidade de um projeto que leva trabalho a

um povo que precisa.

Além de histórias factuais que mostram a importância das

cooperativas para a população de baixa renda do Brasil, o livro

traz um belo apanhado de fotos que emocionam e poderiam figu-

rar em qualquer exposição fotográfica espalhadas pelos centros

culturais. A diagramação às vezes peca, prejudicando o assunto

das belas fotografias preto e brancas.

Vale a pena, não só pelo tema, mas pela obra de arte.

Ossos do Ofício – Cooperativas Populares em Cena Aberta.

Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares – 144 páginas.

Cooperativismo

por completoUma obra de artesobre cooperativas

A variedade Chardonnay é uma dasmais finas cepas do mundo. Originária daFrança, das regiões de Borgonha e deChampagne, produz os mais finos vinhose champanhas.

No Brasil, sua aclimatação transcorreumuito bem, é cultivada em locais mais pro-tegidos, rendendo boa produção, de ex-celente qualidade.

O vinho Aurora Chardonnay é brilhan-te, límpido e apresenta um agradável fres-cor, levemente herbáceo, característica quenão desaparece, mesmo com algum enve-lhecimento na garrafa. Tem um aromapersonalíssimo e marcante.

Ideal para acompanhamento de frutosdo mar, massas, queijos leves, peixes, avese outras carnes brancas.

Fresco: Vinho com acidez levemente perceptível, porém agradável.

Leve: Indicativo de vinho com pouca cor, pouco álcool, escasso corpo, mas de

constituição harmônica e, portanto, agradável.

Límpido: Vinho sem nenhuma par tícula em suspensão, com ausência total de

turvação, perfeitamente transparente.

Madeirizado: Vinho com cor escura, cheiro de erva seca, sabor duro, cur to,

amargoso, lembrando nozes. Requisito de qualidade nos vinhos licorosos de

metabolismo oxidativo (Jerez, Porto, Madeira).

Neutro: Vinho sem características especiais, mas com boa estrutura e moderada

acidez.

Oxidado: Indicativo de vinho que sofreu oxidação, apresenta-se alterado na cor

(mais escura que o normal), privado do frescor, assemelhando-se ao vinho madeirizado.

Palha: Cor amarelo palha, que lembra palha.

“Perlage”: Vocábulo francês, indicativo do desprendimento nos vinhos espumantes

das bolhas de anidrido carbônico após o desaparecimento da espuma.

Persistente: Expressão utilizada para indicar a persistência, durante segundos ou

minutos, das sensações gosto-olfativas depois que o vinho é expulso da boca na

prova de degustação.

Picante: Indicativo de vinho de mesa que revela possuir anidrido carbônico em

quantidade excessiva, a ponto de transformá-lo em levemente frisante.

Pronunciado: Vinho em que as características gustativas e olfativas são muito

marcantes e salientes.

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