Revista Sistema Fecomércio-BA - Ed. 01

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VERSÃO WEB

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Primeira edição da Revista Sistema Fecomércio-BA traz entrevista com o Presidente Carlos Amaral.

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VERSÃO WEB

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

Está em suas mãos a primeira edição da Revista Fecomér-cio-BA. Ela é mais um dos resultados positivos do atual momento de modernização e de expansão que vive toda a Fecomércio, Sesc e Senac Bahia. Com 66 anos de fundação, esta instituição renova-se, avança em processos de gestão, no relacionamento com os sindicatos, aprimora seus serviços sociais, de educação, cultura e lazer, para melhor atender aos comerciários baianos.

A Fecomércio-BA tem por missão representar e defen-der eticamente os interesses do comércio através de ações que traduzam a busca da continuidade das atividades, visando ao desenvolvimento e bem-estar social.

Dinâmicos, os novos polos econômicos se fortalecem em diversas regiões baianas, produzindo demandas de mais formação e qualificação de mão de obra, acesso à educação, relacionamentos e criação de cooperação entre produtores, empresários, colaboradores e representantes públicos.

Assim como o mercado, a Fecomércio-BA transforma-se. Nos últimos anos, criamos novas áreas internas e aperfeiçoa-mos setores existentes, com foco na produtividade e agilidade dos processos. Promovemos encontros e debates entre o em-presariado e representantes do poder público, parcerias locais e nacionais e intercâmbio de conhecimento. A Federação também inovou ao trazer para a Bahia dois grandes eventos nacionais da nossa Confederação: a 2ª Reunião Regional da CNCC (Comissão de Negociação Coletiva do Comércio), que reuniu presidentes de sindicatos de todo o Nordeste na Casa do Comércio; e o V Encontro Nacional de Assessores de Comunicação do Sistema Comércio, que pela primeira vez foi realizado fora das sedes da CNC. A escolha da Federação para sediar esses eventos é mais um fruto da nossa renovação administrativa.

Como um dos focos de nossa gestão, a interiorização do Sistema Fecomércio-BA expandiu-se ainda mais. Foram inau-guradas unidades do Senac e do Sesc e renovadas instalações já existentes tanto em Salvador como nas cidades de Feira de Santana, Barreiras, Itaparica, Porto Seguro, Lençóis e Teixeira de Freitas. O Grande Hotel Sesc Itaparica é um desses refle-xos, que já impulsiona o turismo na ilha. São também motivo de alegria os resultados do Grupo de Trabalho criado para fortalecer os sindicatos em toda a Bahia. O GT Sindical vem se reunindo com representantes dos sindicatos, criando assim uma rica rede de troca de experiências e demandas.

Essa revista reúne as últimas iniciativas do Sistema. Ela traz também conversas com empresários, artigos, dicas de livros, programação cultural Sesc, frases marcantes dos convidados das reuniões de diretoria e muito mais.

Atentos à dinâmica do mercado

Desejo a todos uma boa leitura.Carlos Fernando Amaral

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Foto: Edgar Marra

PRONATECENSINO TÉCNICO E EMPREGOPROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO

PRONATECENSINO TÉCNICO E EMPREGOPROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

PresidenteCarlos Fernando Amaral

Vice-Presidentes1º Carlos de Souza Andrade, 2º José Carlos Moraes Lima, 3º João Arthur Prudêncio Rêgo, Claudio Dantas Pinho, Herivaldo Bitten-court Nery, Luís Fernando Coelho Brandão, Marcos Antônio Lamego Mendonça, Roberto Brasileiro Lima, Sérgio da Silva Sampaio

Diretores-Secretários1º Arthur Guimarães Sampaio, 2º Bernardino Rodrigo Brandão Nogueira Filho, 3º Américo Soares Sales Campos

Diretores-Tesoureiros1º Kelsor Gonçalves Fernandes, 2º José Carlos Boulhosa Baqueiro, 3º José Marinaldo Mota

DiretoresAlberto Viana Braga Neto, Antônino Ferreira Nobre, Avani Perez Duran, Cíntia Freitas de Lima Modesto, Claudênio Barbosa de Souza, Carlos Alberto Luz Braga, Gustavo Andrade Santos, João Morais de Oliveira, José Afonso Ferreira, Joel Santos Lessa, Lise Weckerle, Maria José Carneiro Lima, Oswaldo Ottan Soares de Souza, Raimundo Jorge Dresselin, Raul Boullosa Y Baqueiro, Vicente de Paula Lemos Neiva, Wenceslau Seoane Carrera, Wilson Ribeiro

Superintendente da Fecomércio-BAPaulo Studart

Sesc Bahia

Presidente do ConselhoCarlos Fernando Amaral

Diretora RegionalCélia Batista

Senac Bahia

Presidente do ConselhoCarlos Fernando Amaral

Diretora RegionalMarina Almeida

REALIZAÇÃOGerente de Comunicação e Marketing Fecomércio-BAMarcos Maciel

Assessora de Comunicação Fecomércio-BADélia Coutinho

Secretária da GECOMNice Ribeiro

Produção EditorialFausken Produção Multimídia

Sindicatos filiadosSindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios da Cidade do Salvador, Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros, Alimentícios da Cidade do Salvador, Sindicato do Comércio Atacadista de Materias de Construção da Cidade do Salvador, Sin-dicato do Comércio Atacadista de Drogas e Medicamentos da Cidade do Salvador, Sindicato do Comércio Patronal de Camaçari e Região , Sindicato do Comércio Atacadista de Salvador, Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Armarinhos e Vestuário da Cidade do Salvador, Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Institutos de Beleza e Similares da Cidade do Salvador, Sindicato do Comércio Armazenador do Estado da Bahia, Sindicato dos Lojistas do Comércio, Sindicato dos Representantes Co-merciais do Estado da Bahia, Sindicato dos Vendedores Ambulantes e dos Feirantes da Cidade do Salvador, Sindicato dos Conces-sionários e Distribuidores de Veículos no Estado da Bahia, Sindicato do Comércio Varejista e dos Feirantes de Jequié, Sindicato do Comércio Varejista de Irecê e Região, Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos de Eletrodoméstico da Cidade do Salvador, Sindicato do Comércio Varejista de Santo Antônio de Jesus, Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Ribeira do Pombal e Região, Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Jacobina e Região, Sindicato do Comércio de Feira de Santana, Sindicato do Comércio Varejista de Alagoinhas e Região, Sindicato do Comércio Varejista de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabralia e Belmonte, Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis da Cidade do Salvador, Sindicato do Comércio de Vitória da Conquista, Sindicato do Comércio Varejista de Ilhéus, Sindicato Patronal do Comércio de Paulo Afonso e Região, Sindicato do Comércio Varejista de Santo Amaro, Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes e dos Vendedores Ambulantes de Ilhéus, Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia

Contatos e Sugestões: 71 [email protected]

Avenida Tancredo Neves, nº 1.109, Ed. Casa do Comércio, 9º andar, Pituba. CEP: 41820-210 Salvador - Bahia - Brasil

Tem Sesc na minha vida.

Tem Sesc no meu sorriso.

Tem Senac na minha carreira.

Tem Sesc no meufuturo.

Tem CNC no meuposto.

Tem CNC na minha loja.

Tem CNCna nossapousada.

Tem Senac no meudiploma.

Tem Senac na minhapromoção.

TemFecomérciono meu estado.

Milhões de brasileiros fazem parte do comércio de bens, serviços e turismo. São empreendedores e trabalhadores que se empenham para fazer o dinheiro circular e movimentar a economia do país. Uma gente que vai à luta sabendo que o Sistema Comércio vai estar sempre ao seu lado. Afinal, é esse sistema que defende os legítimos interesses dos empresários e os representa nacionalmente através da CNC e nos estados através da Fecomércio. Que capacita profissionais com os cursos do Senac. E oferece cultura, educação, lazer e saúde aos comerciários e suas famílias através do Sesc. Tudo para este setor continuar a ajudar o Brasil a crescer.

Quem é do comércio de bens, serviços e turismo tem sempre alguém ao seu lado.

Transformando o Brasil.

EXPEDIENTE

SUMÁRIO

MENSAGEM DO PRESIDENTE p.03

CURTAS p.06

PASSOS CERTOS p.10A trajetória de Eliezer Schnit-man, da Larshopping, até ser o Comerciante do Ano 2013

CAPA p.12O presidente Carlos Amaral esclarece a atual modernização do Sistema Fecomércio-BA

INSIGHTSO Brasil no mapa mundial da inovaçãoPor Antonio Oliveira Santos p. 16

Empresário educadorPor Márcio Lopes p. 17

Impactos no turismoPor Eduardo Athayde p. 18

Lucro: vilão ou soluçãoPor Nelson Daiha Filho p. 19

SINDICATOS p.20GT Sindical promove avanços nos sindicatos filiados

SENAC p.22Pronatec tem expectativa de crescimento em 2014.

SESC p.24Novo Grande Hotel Sesc Itapari-ca impulsiona o turismo da ilha

5 PERGUNTAS p.26Giuseppe Belmonte apresenta re-sultados da Câmara de Turismo

CNC p.27Comércio mobilizado para questionar eSocial

FECOMÉRCIO p.28Cronograma das realizações do Sistema Fecomércio-BA em 2013

REUNIÃO DE DIRETORIA p.29Depoimentos de palestrantes de destaque

CULTURA p.30Programação dos teatros e dica de leitura

Projeto Gráfico e DiagramaçãoPerson Design

CapaFoto: Cesar Vilas Boas Criação: Person Design

RevisãoRogério Paiva

Tiragem 1.000 exemplares

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

O programa nacional Mesa Brasil Sesc foi respon-sável por arrecadar cerca de mil toneladas de ali-mentos, na capital baiana, no período de novem-bro de 2012 a novembro de 2013, beneficiando 233 instituições. O programa é uma referência no país de união de esforços para reduzir os impactos da fome e do desperdício de alimentos. No balanço an-terior, foram registradas 850 toneladas de donati-vos, logo houve um acréscimo de 17,6% este ano. O Programa é realizado há dez anos em Salvador. Os alimentos são doados por parceiros como Unilever, Rede Mix, Danone, Conab, Feira de São Joaquim, Atacadão Centro Sul, Atacadão, Wal-Mart, G Bar-Wal-Mart, G Bar-, G Bar-bosa, Nestlé, Sítio Barreiras, Nielsen, Ceasa Simões Filho, prefeitura de Salvador, a ONG Companhia das Obras, Indaiá e Sesc Rua Chile e Aquidabã. Além de ser responsável pela logística de coleta e distribuição dos alimentos, o Mesa Brasil Sesc ainda realiza ações educativas, que contaram com a participação de dois mil representantes das en-tidades sociais cadastradas em Salvador. Entre as instituições atendidas, estão abrigos de idosos, as-sociações comunitárias, creches, hospitais e casas de atendimento a moradores de rua. A média men-sal gira em torno de 40 mil pessoas beneficiadas. Também presente no interior do Estado, o Mesa Brasil Sesc foi implantado em Feira de Santana há nove anos e em Vitória da Conquista há dois anos. Em Feira, foram arrecadadas 173 toneladas de ali-mentos e em Vitória, 127 toneladas.

ATIVIDADES DO SESC E DO SENAC SÃO DESTAQUES DURANTE ABIENAL DO LIVRO DA BAHIA

FECOMÉRCIO-BA CRIA ASSESSORIA LEGISLATIVA

CONTRIBUIÇÕES DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O assessor de relações institu-cionais, Edmundo Bustani, a gerente de Relações Institucionais e Sindicais, Cristina Maeda, e o assessor legislativo da CNC, Ênio Zampieri

CURTAS

O Sesc e o Senac estiveram presentes no maior evento literário do Estado, a Bie-nal do Livro da Bahia, realizada entre os dias 8 e 17 de novembro, no Centro de Convenções da Bahia. A Rede de Biblio-tecas Sesc promoveu atividades como leitura de histórias, bate-papo com es-critores, oficinas, recitais e peças de te-atro, cumprindo a missão de estimular a leitura crítica entre os baianos. O Sesc também apresentou o BiblioSesc, sua bicicleta sobre rodas que percorre bair-ros periféricos de Salvador o ano inteiro, ofertando livros e periódicos para con-sulta gratuita. O Senac colocou à dispo-sição do público um acervo com mais de 500 títulos da Editora Senac. Profissio-nais e estudantes tiveram acesso a obras de diversas áreas, como moda, gastrono-mia, informática, gestão administrativa, educação, design, comunicação, saúde, hotelaria e meio ambiente. O sucesso foi tanto que a Editora vendeu mais de 1.500 livros durante a bienal.

Para ampliar a representatividade do setor diante das políticas públicas, a Fecomércio-BA implantou a Assessoria Legislativa na instituição, em ou-tubro de 2013. O departamento tem a função de exercer influência direta na legislação nos âmbitos federal, estadual e municipal, com o objetivo de ajustar as leis aos legítimos interesses do comércio baiano. Está à frente da nova área o assessor de Relações Institucionais, Edmundo Bustani, que se reporta à Gerência de Relações Institucionais e Sindicais, liderada por Cristina Maeda Martinez. A gerência é vinculada ao superintendente exe-cutivo Paulo Studart. Com o objetivo de alinhar estratégias, o novo setor recebeu a visita do assessor legislativo da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), Ênio Zampieri. “A Assessoria Legislativa da Federação baiana já nasce alinhada com a metodologia da CNC. Um dos pontos desse trabalho é fortalecer a atuação dentro dos es-tados no acompanhamento dos projetos federais”, explicou Zampieri. O maior ganho da representação política, segundo o especialista da CNC, é o fortalecimento da imagem institucional da Federação junto aos sindica-tos e empresários do setor representado.

O Sistema CNC Sesc Senac lança o documento Contribuições do Comér-cio de Bens, Serviços e Turismo para o Desenvolvimento Sustentável - Rio+20, mostrando a atuação das entidades em favor da sustentabi-lidade. O documento chama a atenção para a necessidade de manter o foco em questões como crescimento demográfico e na ampliação do debate sobre as reais causas das variações climáticas. Também são mos-trados projetos de destaque do Sistema nas áreas ambientais e ações que contribuem para a erradicação da pobreza, o trabalho decente, turismo sustentável e combate ao desperdício.

PROGRAMA MESA BRASIL APRESENTA AUMENTO DE DOAÇÕES

A Fecomércio-BA foi a anfitriã da quinta edição do evento que reuniu profissio-nais de comunicação das Federações, de todo o Brasil, entre 22 e 24 de julho. O encontro teve o objetivo de discutir as principais ações de comunicação nas entidades que compõem o Sicomércio, além de alinhar estratégias.O presidente Carlos Amaral abriu os trabalhos e recebeu os participantes. “É muito importante para todas as entidades do Sistema Comércio o alinhamento de ações e estraté-gias”, afirmou. Um dos painéis mais aguardados foi a apresentação de cases das federações e da CNC. Foram mostrados os projetos de comunicação interna e TV web desenvolvidos pela Ascom CNC. No último dia, o destaque foi o debate com os jornalistas especializados em economia Paola Moura (Valor Econômico) e Vicente Nunes (Correio Braziliense). Encerrando os trabalhos, os assessores assistiram a palestra sobre “Avaliação de retorno das ações de comunicação nas mídias impressa, on-line, televisiva e radiofônica”, conduzida pela jornalista Jacqueline Breitinger, da agência In Press.

BAHIA RECEBE ENCONTRO NACIONAL DE ASSESSORES DE COMUNICAÇÃO

Visitação escolar ao BiblioSesc e Editora Senac teve venda recorde na última Bienal

Assessores de comunicação do Sistema Comércio de todo o Brasil reunidos na Casa do Comércio

Fotos: Divulgação

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

CURTAS

SENAC NA FEIRA DO EMPREENDEDOR

UNIDADE DO SESC É INAUGURADA EM BARREIRAS

Durante cinco dias de Feira do Empreendedor, evento promovido pelo Sebrae e considerado o maior do Norte e Nordeste do país, o Senac este-ve presente, promovendo cursos e divulgando serviços. A parceria entre o Senac e o Sebrae garantiu resultados impressionantes. A feira recebeu 38.717 visitantes, superando a expectativa inicial de 32 mil visitas, e re-alizou 16.871 capacitações, em 313 eventos oferecidos ao público. Des-ses, 118 cursos foram promovidos pelas oficinas e palestras do Senac, que atendeu 1.371 pessoas durante a feira. “Atingimos nosso objetivo e já estamos pensando em ampliar as capacitações mais procuradas para a próxima edição em 2015. É um evento de referência para quem tem um negócio e quer melhorá-lo ou mesmo quem está buscando ideias para empreender”, afirmou Ana Paula, gestora Sebrae.

Barreiras é o primeiro município da microrregião Oeste do Estado da Bahia a ser beneficiado com uma unidade do Sesc. A inauguração foi no dia 15 de dezembro, com atividades recreativas, esportivas, culturais e de saúde, além de shows musicais. O terreno com 27. 617,00m² foi doado pela prefeitura, com o apoio das lideranças do comércio local. Em março deste ano, entrou em funcionamento o módulo de educação com turmas de educação infantil e do ensino fundamental (1º ao 5º ano), totalizando o atendimento de 160 crianças. O módulo possui dez salas de aula, biblioteca, sala de inclusão digital, refeitório, brinquedoteca e salas para o uso administrativo e pedagógico. A unidade é ainda dotada de um teatro com 300 lugares, galeria para exposições, bliblioteca, par-que aquático, lanchonete, academia, salão de jogos, quadra poliesporti-va, quadra coberta, consultórios odontológicos, enfim toda as condições para atender com excelência os comerciários e suas famílias.

CAPACITAÇÃO JUNTO À SECOPA

EMBAIXADORA DA JAMAICA AFIRMA TER INTERESSES COMERCIAIS COM A BAHIA

IPTU DE SALVADOR: PLEITO DA FECOMÉRCIO FOI ATENDIDO

Grandes eventos, como a Copa do Mundo, podem ser óti-mas oportunidades para quem quer entrar no mercado de trabalho. Pensando nisso, o Senac, em parceria com a Secre-taria Estadual para Assuntos da Copa (Secopa), desenvolveu um programa de qualificação profissional gratuito dirigido para profissionais do litoral norte baiano, região de intenso fluxo turístico. Cerca de 800 pessoas concluíram os cursos. “Mesmo que passe a Copa do Mundo, mesmo que passem os megaeventos esportivos, este é um legado importante que temos que deixar”, disse Ney Campello, secretário para Assuntos da Copa. “A Copa do Mundo se mostra como um grande desafio e, por isso, tivemos vários parceiros, como a Secopa, o Sebrae, a Setur, visando atualizar as pessoas em diversas áreas, desde baianas de acarajé, até taxistas, pas-sando por cozinheiros, garçons e recepcionistas”, conclui Marina Almeida, diretora regional do Senac-BA.

Comércio e turismo são os eixos das possíveis relações bilaterais entre Brasil, mais especifica-mente a Bahia, e a Jamaica. Com a intenção de estreitar laços entre o país caribenho e o estado baiano, a embaixadora da Jamaica no Brasil, Ali-son Stone Roofe, esteve reunida com o presiden-te do Sistema Fecomércio-BA, Carlos Amaral, em novembro, na Casa do Comércio. Em sua primei-ra visita à Bahia, a chefe da diplomacia jamaicana esteve acompanhada do presidente da Câmara de Comércio Jamaica/Brasil, Donovan McFarlane, da ministra-conselheira da Embaixada, Desreine Taylor, e da representante da Fundação Cultural Palmares, Ana Paula Silva. “Temos oportunida-des de negócios em comum do ponto de vista tu-rístico, além de similaridades culturais. Portanto é muito importante para a Jamaica se relacionar com a Bahia”, disse Stone Roofe, adiantando que existem negociações para a implantação de um voo direto entre Jamaica e Brasil. Atualmente, os Estados Unidos são os principais emissores de turistas. Outro objetivo da recém-criada embai-xada - a sua instalação em Brasília foi em 2012 - é preparar o terreno para a visita que o ministro do Comércio da Jamaica fará aos líderes do setor produtivo baiano em março de 2014.A principal mudança no projeto de lei do IPTU de

Salvador reivindicada pela Fecomércio-BA foi atendi-da. O projeto aprovado pela Câmara Municipal, no dia 18 de setembro, considerou que os imóveis do comércio, de serviços e industriais com até 100m2

terão reajuste máximo de 35% no IPTU 2014 - o mes-mo percentual previsto para os imóveis residenciais. “Cerca de 80% das empresas do comércio de Salvador têm no máximo 100m2 de área. Com essa conquis-ta, chegamos a um consenso com a gestão munici-pal. Não haverá oneração excessiva para o pequeno e microempresário e tampouco a prefeitura deixará de aumentar substancialmente a arrecadação”, con-sidera o vice-presidente Carlos Andrade, porta-voz da Federação nas reuniões do Fórum Empresarial que discutiram o novo IPTU. Por outro lado, o vice--presidente da Fecomércio crê que o reajuste poderia ter sido gradual. “A prefeitura levou 20 anos sem au-mentar os impostos e a gestão atual quer recompor essa perda entre dois e cinco anos. Achamos que esse prazo poderia ser mais dilatado”, pondera. Entre as entidades que participaram ativamente das reuniões do Fórum Empresarial da Bahia, estiveram Abase, CDL, Fecomércio-BA, Fieb e FCDL.

A Fecomércio-BA aderiu ao Fórum Estadual de Er-radicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Traba-lhador Adolescente (Fetipa), que reúne órgãos do setor público e da sociedade organizada comprome-tidos com o enfrentamento ao trabalho infantil na Bahia. A entidade é a primeira federação patronal baiana a ingressar nesse fórum, que conta com a participação do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, da SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego), MPT (Ministério Público do Trabalho), dentre outros. Buscando colaborar para a redução das lacunas sociais, a Federação tam-bém preside o Ceter-BA (Conselho Estadual Tri-partite e Paritário de Trabalho e Renda), na pessoa do assessor de Relações Institucionais, Edmundo Bustani; e é membro titular do Funtrad (Fundo de Promoção do Trabalho Decente).

INADIMPLÊNCIA MENOR PODE IMPULSIONAR COMÉRCIO NO INÍCIO DE 2014

LUTA CONTRA ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL

Dados divulgados no relatório mensal pelo Banco Central (BC) mostram que as linhas de cartão de crédito (+5,9%) e de crédito consignado (+3,8%) foram as principais modalidades responsáveis pelo crescimento de 3,4% na média diária da concessão de crédito ao consumidor entre outubro des-te ano e o mesmo mês do ano passado. Para Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os dados divulgados trazem duas notícias, uma boa e outra ruim. “A inadim-plência entre os consumidores atingiu o nível mais baixo desde julho de 2011, o que será bom para o comércio no começo do próximo ano. Em con-trapartida, tomar empréstimos para consumir ficou ainda mais caro. A taxa média deu um salto em outubro (38,3% ao ano) e é a mais alta desde abril do ano passado”, explica. Para a Confederação, confirmadas as expectati-vas de crescimento econômico (+2,5%) e da taxa Selic (10,00% ao ano em dezembro), a concessão de recursos aos consumidores deverá apresentar avanço real de +6,0% e a relação crédito/PIB fechar o ano em 56,1%, 2,3 pontos percentuais a mais em relação ao ano passado.

Foto: Coperphoto

Fotos: Divulgação

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

“Estamos prontos para crescer ainda mais”

PASSOS CERTOS

E ngenheiro civil de formação, comerciante de coração. O empreendedor baiano Eliezer Schnitman sabe bem o que é colocar a mão na massa para começar um

negócio. Foi ele o responsável pela obra da primeira Larshop-ping, loja de móveis comandada por ele há 25 anos. Com sete unidades em Salvador, a Larshopping é referência no segmen-to e deu origem a uma série de outros negócios da família, que hoje ainda está à frente de um centro de distribuição de oito mil metros quadrados em Simões Filho, da loja Sierra Móveis e da recém-inaugurada Dellano, franquia de móveis planeja-dos, na Alameda das Espatódeas. Eleito como Comerciante do Ano de 2013 pela Fecomércio-BA, Eliezer aproveita a boa fase mirando o futuro. “Neste momento, estamos com a empresa organizada e queremos crescer muito mais”, garante.

Por que você trocou a engenharia pelo comércio?A minha intenção era ser engenheiro civil, mas surgiu a oportunidade de construir a primeira loja da Larshopping e seguir no ramo do comércio. Meus pais sempre tiveram lojas de móveis, e foi a refe-rência que tive em casa. A nossa intenção, ao criar a Larshopping, era atender a um público diferente do que frequentava as lojas de meus pais, no centro de Salvador. No início, a ideia da Larshopping era ser um shopping de alta decoração. No meio da constru-ção, resolvi assumir como uma loja só e enfrentei o desafio de ser comerciante.

Quais os desafios que teve que enfrentar ao longo desses 25 anos?A gente não pode planejar muito a longo prazo neste país. O Brasil sempre passou por vários momentos bons e ruins, e o setor de comércio sempre foi desa-fiador. Nesses 25 anos, já contou quantas grandes lojas foram embora? É difícil manter. Alcançar o su-cesso pode acontecer, mas a manutenção é complica-da. Outro grande desafio é que o consumidor baiano está mais exigente, consequentemente precisamos de uma prestação de serviço cada vez melhor. Preci-samos também de mão de obra mais qualificada. No nosso centro de distribuição, por exemplo, temos três empilhadeiras elétricas, um sistema inteiramen-te verticalizado, e precisamos treinar esses funcioná-rios. Hoje você só pode crescer se tiver um centro de logística muito bem afinado.

Diante desse cenário, é possível esperar maior crescimento da empresa?Eu poderia dizer que espero muito mais da mar-ca, porque temos uma estrutura pronta para um crescimento. Desde a primeira loja, a gente sempre acreditou em qualidade de serviço e não em quanti-dade, apostamos em produtos exclusivos. Acredito que alcançamos este patamar porque acreditamos no que fazemos e trabalhamos muito objetivamente.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Foto: César Vilas Boas

“Um grande desafio é que o consumidor baiano está mais exigente, consequentemente, precisamos de uma prestação de serviço cada vez melhor”

Como assim “objetivamente”?Por exemplo, a maioria dos nossos fornecedores é de 15, 20 anos. São exclusivos e acreditamos neles. Com essas parcerias, enfrentamos altos e baixos, mas con-tinuamos firmes na nossa linha de raciocínio. Temos poucos parceiros comerciais, mas muito fortes. De cinco dos nossos dez fornecedores, a Larshopping é o maior comerciante deles.

Você já recebeu o prêmio de lojista pela CDL, este ano foi escolhido como Comerciante do Ano pela Fecomércio-BA. Que características diferenciam a sua gestão?Sinto que o nosso trabalho é reconhecido por ser bem feito. Agradeço muito ao presidente da Federação-BA e à diretoria por coroar o nosso trabalho. Mas a gente continua muito firme. Agora conto com meus dois filhos, Eduardo, 24, e Alexandre, 21, que estão trabalhando comigo. Começamos uma nova fase, eles estão cheios de gás e também sinto que a empresa está mais organizada. Temos um centro de distribuição em Simões Filho que é o melhor do Nordeste. Ninguém está fazendo o que fazemos. Estamos preparados para crescer ainda mais, é um desafio novo e estamos firmes nisso.

(em cima) Eliezer e seus filhos Alexandre e Eduardo. (embaixo) Cerimônia de premiação de Comerciante do Ano 2013

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

À frente da Fecomércio-BA desde 2002, quando sucedeu Nelson Daiha, o atual presidente da enti-

dade, Carlos Fernando Amaral, concentra seus esforços no fortalecimento de todo o Sistema, composto pelos braços sociais Sesc e Senac, modernizando a gestão e as instalações das unidades, assim como expandindo o atendimento em cidades do interior do Estado.

A responsabilidade é grande. Fundada em 2 de maio de 1947, a Federação do Co-mércio de Bens, Serviços e Turismo do Esta-do da Bahia é uma entidade que representa um dos setores mais pujantes da economia do Estado e vive momentos de profunda renovação. “A partir de 2012, iniciamos uma reformulação administrativa. Fizemos uma radiografia de nossas necessidades e algumas soluções já foram implantadas, como nos setores jurídico, financeiro, exe-cutivo e de comunicação e marketing. Isso é feito para otimizar a Federação. As conse-quências dessa modernização vão também injetar sangue novo nas unidades do Sesc e do Senac”, explica Amaral.

O presidente, junto ao Comitê Executi-vo da Federação, definiu um planejamento estratégico a partir das perspectivas dos sindicatos, da realidade financeira, dos pro-cessos internos e da aprendizagem e cresci-mento da Federação. As ações são iniciativas construídas em conjunto com a consultoria baiana Organiza, contratada para moder-nizar a gestão organizacional e uniformizar práticas gerencias na Fercomércio. E os pri-meiros passos já começam a dar resultados. Com a chegada do superintendente executi-

vo Paulo Studart, no início de 2013, começou a implementação do planejamento estratégico, tático e organizacional em todas as áreas do Sistema, com o objetivo de assegurar o desenvolvimento e a sustentabilidade da instituição. A missão da superintendência é a de alinhar as práticas internas com a atual realidade socioeco-nômica da Bahia e do Brasil, simplificando processos de gestão, reciclando talentos profissionais e aperfeiçoando os setores. Segundo o presidente, as mudanças que já vêm sendo implemen-tadas podem ser vistas internamente e serão percebidas por toda a sociedade em pouco tempo.

Entre as principais ações, está a integração entre gestores da Fecomércio com os do Sesc e do Senac, para que haja sinergia e desenvolvimento de inovações. Também estão sendo realizados intercâmbios com entidades nacionais, a ampliação das unidades no interior do Estado, maior oferta de cursos, programas de qua-lificação, além das atividades de educação, saúde, cultura e lazer, a serviço das empresas do setor para que se desenvolvam mais.

Nessa entrevista, o presidente Carlos Amaral pontua os desafios que o setor enfrenta atualmente na Bahia, destaca as conquistas obtidas e projeta os planos para o futuro.

Inauguração da unidade Senac Rua Chile

Foto: César Vilas Boas

CAPA

Com as metas de expandir e modernizar o Sistema Fecomércio-BA

CARLOS AMARAL É BAIANO DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS E BACHAREL EM DIREITO PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, TAMBÉM DEDICA SEU TEMPO À PRESIDÊNCIA DA COMISSÃO DE ENQUADRAMENTO E REGISTRO SINDICAL DO COMÉRCIO E À VICE-PRESIDÊNCIA DA CNC (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO)

Foto: Roberto Abreu

ENTREVISTA COM CARLOS AMARAL

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

Foto: Divulgação

Carlos Amaral assina a escritura de compra do terreno onde será construído o primeiro centro de cultura e lazer do Sesc na Costa do Cacau

Antonio Oliveira Santos, presidente da CNC, com Carlos Amaral e Célia Batista, diretora do Sesc Bahia, na inauguração do Grande Hotel Sesc Itaparica

CAPA

Como o senhor avalia o cenário econômico baiano atual para o se-tor de comércio, serviço e turismo?O setor de comércio em 2013 não foi dos mais interessantes. Enfrentou dificuldades e crises. Dificuldades com a carga tributá-ria, que nos aflige, com os juros elevados, elevação da taxa do dólar e ameaça de inflação. Todavia, a conjuntura não é apenas baiana. Quase todos os problemas que indiquei são nacionais.

Hoje vemos novos polos de comércio e serviço surgindo no interior do Estado. Quais são as regiões onde esse cenário é mais positivo?Acho que no oeste baiano, onde estão Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. Eles são os maiores produtores de grãos do Estado e o segundo maior produtor de algodão do Brasil. Têm uma produção muito grande para exportação, soja, milho. Também o Vale do São Francisco, onde o cultivo de uvas impulsionou o progresso de duas formas: atrain-do as grandes vinícolas nacionais, e com a exportação de frutas via Petrolina, pois Juazeiro não tem campo de pouso adequado, que lota aviões de grande porte. Outro polo importante que a Bahia tem é a pecuária, que também é pujante,

sobretudo no sul - só não é maior por causa dos estragos causados pela seca. Toda essa dinâmica da agroin-dústria potencializa os serviços e o comércio das cidades próximas, pois a demanda aumenta e a exigência por padrões de qualidade também.

Diante desses desafios e oportunidades, como a Fecomércio-BA trabalha para qualificar as empresas locais a fim de promover o desenvolvimento da economia? Desde que eu tomei posse na Federação, me empenhei demais em interiorizar nossas atividades. Temos dois braços sociais: o Sesc e o Senac. Já inaugurei as unidades de Santo Antônio de Jesus (Sesc), Jequié (Sesc), Barreiras (Sesc), Porto Seguro (Senac) e Itaparica (o Grande Hotel Sesc). Também preo-cupados em revitalizar o Centro de Salvador, inauguramos um Senac na Praça da Sé e outro na Rua Chile, onde já funciona unidade Sesc, além da nova escola do Sesc em Nazaré, que está sendo finalizada. Importante também frisar que a modernização e requalificação das unidades existentes é um trabalho constante e prioritário para nós. E para o futuro temos projetos em andamento em Alagoinhas, Feira de Santana, Ilhéus, Jacobina, Irecê, Teixeira de Freitas e Porto Seguro.

Que tipo de serviços são ofertados?O Senac foi constituído para dotar o comerciário e o não-comerciário de cursos profissionalizantes. Presta um serviço inestimável, formando milhares de pessoas nas atividades de educação profissional. Cabeleirei-ro, manicure, vitrinista, operador de telemarketing, garçom, cozinheiro, entre tantas outras capacitações. Formamos, em média, 600 garçons por ano, só no restaurante-escola da Casa do Comércio, em Salvador, e outros tantos no Pelourinho. Quando os profissionais se formam e têm seus nomes inclusos no Banco de Oportunidades do Senac, os restaurantes já se mani-festam em querer contratar garçons formados pela instituição. Por sua vez, o Sesc, que já possuía uma co-lônia de férias de 70 mil metros quadrados e capacidade para receber 350 hóspedes por dia, em Piatã; acaba de inaugurar um hotel em Itaparica. Trata-se de uma unidade moderna com completa infraestrutura de lazer, eventos, dotada de heliponto, com tudo para oferecer lazer ao comerciário. Nem o governo, nem o comerci-ário gastaram um centavo ali. Tudo é sustentado pelo comércio, por meio do pagamento na guia de INSS. O requisito para se hospedar no Grande Hotel Sesc Itapa-rica com tarifa diferenciada ou frequentar o Sesc Piatã é ser comerciário habilitado ao Sesc.

O Sesc e o Senac possuem conselhos que se reúnem periodicamente. Quem faz parte desses conselhos?Integram os conselhos do Sistema tanto presidentes e re-presentantes de sindicatos componentes da Fecomércio, quanto líderes empresariais representativos na Bahia. Nessa lista temos nomes como Antoine Tawil, presidente da FCDL, e Eduardo Moraes de Castro, que já presidiu a ACB, como nossos conselheiros.

Quais são os critérios para atrair instituições como o Sesc e o Senac para as cidades?Como a Bahia tem 417 municípios e é geografi-camente muito grande, há cidades que não têm sequer dez mil habitantes. Damos preferência aos municípios com mais de 100 mil habitantes, porque do contrário não haveria retorno. Santo Antônio de Jesus, por exemplo, tem um pouco mais de 90 mil habitantes, mas em seu entorno há mais de 350 mil habitantes – atende, portanto, às cidades vizinhas. Há muitos pedidos de depu-tados e prefeitos querendo levar o Sesc e o Senac para seus municípios, mas fazemos uma análise rigorosa. Além de priorizar, quando possível, as ci-dades que tenham sindicatos filiados à Federação, queremos instalar unidades nas cidades que têm prioridade, população abundante e um entorno capaz de abrigar as entidades.

Então, é importante que novos sindicatos sejam criados.Estimular a criação e filiação de novos sindicatos é uma meta muito importante e concreta para a Fecomércio-BA. Há vários sindicatos no interior em via de ingressar, mas para entrar no Sicomér-cio tem que se comprometer a cumprir as regras da Confederação, a CNC, e da CLT. Na qualidade de presidente da Comissão de Enquadramento Sindical, também tenho o papel de analisar e orientar, através de pareceres, as solicitações não enquadradas. Existem hoje cerca de 980 sindicatos do comércio patronal filiados à CNC.

Qual a visão do senhor sobre o associativismo no Brasil?No Sul do país, a capacidade associativa é muito grande. Entretanto, é inegável que a cultura associativista ainda precisa crescer mais no Nordeste. O Paraná, que em território é um terço da Bahia, tem o dobro de sindicatos em relação aos nossos; no Rio Grande do Sul, esse número quadriplica. Os empresários precisam incorporar que juntos somos muito mais fortes para defender os nossos interesses.

Quais são os próximos passos que o senhor projeta para a Federação?O primeiro passo é acentuar a interiorização. O segundo é concluir o planejamento estratégico, finalizando o trabalho iniciado pela consultoria. Posso garantir que alcançaremos a nossa visão de ser uma Federação de excelência nos segmentos que representa e na sociedade.

O que fazer para o sindicato se filiar à Fecomércio?O pedido de filiação, dirigido ao presidente da Federação, deverá ser instruído com os seguintes documentos:

a) edital de convocação dos membros da categoria para a assembleia de fundação do sindicato, publicado, com antecedência mínima de dez dias da data indicada para sua realização, em jornal de grande circulação no estado e, se houver, em jornal de circulação na região, bem como no Diário Oficial do Estado;

b) atas de assembleia geral de fundação, de eleição de diretoria e de aprovação do estatuto;

c) cópia do estatuto aprovado e registrado, de que deverá constar, dentre outros dados: - denominação, sede e base territorial - categoria representada observados os termos do art. 511 da CLT - adesão ao Sicomércio- previsão de arrecadação e repasse da contribuição confederativa, com indicação dos percentuais, à Federação e à Confederação;

d) certidão de arquivamento no Ministério do Trabalho e Emprego;

e) certidão negativa de pro-testo de ações (distribuidor judicial das comarcas e da Justiça Federal).

Fonte: Estatuto da Fecomércio (artigo 3 do capítulo 2)

Foto: Divulgação

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

INSIGHTS

P rimeiro trago rápidos flashes de uma história recente, para

chegarmos ao nosso ponto princi-pal: resultado e performance.

Primeira cena histórica: abolição da escravatura nas Américas do Sul e do Norte. Eventos muito próximos e seguidos a uma mesma perspectiva de classes, salvas as devidas pro-porções. Na América do Norte, uma sociedade que seguia uma opção re-ligiosa, em sua maioria, diferente da América do Sul. Nos cultos do norte, lia-se a Bíblia. No sul, os cultos eram em latim e o líder estava de costas para as pessoas.

O vocábulo inovação como motor do desenvolvimento e

fator explicativo dos ciclos econô-micos surge na literatura acadêmica a partir dos escritos de Joseph Schumpeter, um dos grandes econo-mistas do século 20.

A ideia de inovação significa um rompimento total ou parcial com o passado, através de uma exploração exitosa de novas ideias. Grandes inovações dão origem aos ciclos econômicos que determinam novos padrões dos processos produtivos, como foi o caso da máquina a vapor no século 18 ou do chip da microele-trônica, que deu origem, em meados do século 20, a processos baseados na tecnologia da informação. A par das “grandes inovações”, há cons-tantemente, como resultado do en-genho da mente humana, inovações de menor alcance que poderiam ser chamadas de inovações incremen-tais. Como exemplo desse tipo de

Você só será um empresário de sucesso, se for um educador romântico e apaixonado

O Brasil no mapa mundial da inovação

Segunda cena histórica: o gover-no brasileiro precisa de dinheiro. Consulta o Banco Mundial, que faz exigências. Entre elas estão a dimi-nuição do índice de analfabetismo, da taxa de repetência e aumento do número de universitários dentro de uma determinada faixa etária. Qual foi a revolução técnico-pedagógica que o governo fez? Passa todo mundo. Ninguém repete o ano e não existem muitas exigências para se entrar nos ensinos de nível superior.

Ambos os cenários servem para ilustrar o risco que enfrentamos. A responsabilidade do poder público em educar, formar e preparar a mão de obra foi transferida para as classes empresariais e para os empreendedores. Como defende a TEO (Tecnologia Empresarial Ode-brechet), as pessoas são impulsio-nadas por motivações materiais e não materiais. O empreendedor não pode somente ter uma motivação messiânica (somente pela causa) e/ou mercenária (somente pelo di-nheiro). O empresário é o equilíbrio dessas duas vertentes. Mas como triunfar, perpetuar e obter resulta-dos sem uma equipe, sem pessoas e, somando as duas opções, sem pessoas qualificadas?

Um fenômeno muito sério com que convivemos é o analfabetismo funcional. Esse é um mal que assola o mercado de trabalho brasileiro. Existem diversos profissionais formados e com um certificado na mão, mas que não conseguem fazer atividades básicas.

Então, é importante refletirmos sobre o que aconteceu, acontece e vai acontecer com a meritocracia? O esforço adicional vale para quê, se atualmente vemos as pessoas se satisfazendo com a mediocridade e pensando somente em sobreviver?

inovação, pode-se citar o carro flex, cujo motor a explosão (Ciclo Otto) foi adaptado para queimar, em com-binações variáveis, gasolina e álcool.

Entre os vários tipos de inova-ção, os mais evidentes são os que modificam o produto ou alteram o processo. A transmissão automática nos automóveis foi uma inovação introduzida no produto; o lingota-mento contínuo na siderurgia foi uma inovação no processo. Mas há também inovações menos percep-tíveis, como as introduzidas no modelo organizacional das empresas ou nas práticas mercadológicas.

Essas reflexões foram provocadas pelo recente anúncio da classifica-ção ordinal (ranking) dos países em relação ao Índice Global da Inovação para 2013. Este indicador vem sendo construído há seis anos, como resul-tado da cooperação entre a Universi-dade de Cornell, o Instituto Francês de Administração, o Insead e a Orga-nização Mundial para a Propriedade Industrial, em inglês Wipo.

A construção desse índice leva em conta 84 fatores indutores da inovação, entre os quais cabe destacar a natureza das instituições, a qualificação do capital humano, os recursos aplicados em ciência e tecnologia e o conhecimento por eles gerado, assim como a própria infraestrutura econômica em seus efeitos sobre as empresas.

No ranking, a liderança está com a Suíça, com uma pontuação de 66,59, somados todos os fatores que facilitam o ambiente para a inovação. Não sur-preende que no topo da lista estejam também os países do norte da Europa e os Estados Unidos. No conjunto listado, composto por 142 países, a pontuação alcançada pelo Brasil - 36,33 - situa nosso país na posição 64, abaixo de outros países da América Latina: Chile, Argentina e México.

É aí que vem a explicação do tí-tulo desse artigo. Você não será um empresário de sucesso se não correr em suas veias um viés de educador. É preciso que o empresário, hoje mais do que nunca, acredite no outro e contribua para a melhoria do seu próximo. Isso porque não encontraremos profissionais, em todas as posições que buscamos, altamente capacitados e automo-tivados. Encontraremos, sim, com uma inteligência única, mas que precisam ser preparados, ajudados e, acima de tudo, educados para cada um encontrar a sua verdadeira missão e vocação.

O educador-empresário ou empresário-educador tem que ter essa paciência e uma crença de que os outros podem mudar. Para tanto, é preciso reservar sua cota de sacri-fícios e acreditar que um dia este profissional, que passou pela sua empresa, possa com muito orgulho dizer que aprendeu e que deve muito aos seus ensinamentos e às oportu-nidades que você lhe proporcionou no ambiente de trabalho.

Sim, ser empresário também é uma missão educacional.

Marcio Lopes é headhunter, coach profissional e consultor empresarial. Sócio-diretor da Organiza Consultoria de Gestão Empresarial

Embora o ranking da inovação resulte de um modelo matemático, a informação veiculada pelas institui-ções acima referidas não permite distinguir inovações de grande alcance das inovações menores, denominadas incrementais. A falta dessa distinção impede que se faça uma correlação entre a dimensão econômica de um país e sua propen-são a inovar. Quanto à capacidade de inovar, a posição 64 para o Brasil está em desacordo com sua posição na listagem das dez economias mais importantes no plano mundial.

Assinale-se que, embora o Brasil não se destaque em relação a outros países da América Latina, pela qua-lidade do seu sistema educacional, em especial no ensino das ciências e da matemática, tem, não obstante, em várias instituições acadêmicas e empresas, verdadeiros “bolsões de conhecimento”, que são fonte de inovação nos processos produtivos. É o caso, por exemplo, da Petrobras, que desenvolveu a tecnologia da exploração do petróleo em águas profundas, assim como da Embrapa, que vem gerando avanços cons-tantes nas técnicas de ponta das atividades agropecuárias.

Antonio Oliveira Santos é presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

Artigo publicado no Jornal do Commércio, 28 de novembro de 2013.

Ilustração: Marc Fuyà

Ilustração: Marc Fuyà

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

INSIGHTS

A sociedade brasileira atra-vessa, ao longo dos últimos

anos, um momento peculiar em relação à proteção da garantia do trabalho e do emprego, com o discurso de que se trata de elemen-to indispensável à promoção do desenvolvimento social do país.

Inquestionável a importância de tal desenvolvimento. Questionável, porém, a premissa de que, para que esse objetivo seja alcançado, o foco seja exclusivamente o empregado, marginalizando aquele que possui importância fundamental nesse contexto: o empresário.

As maiores geradoras de empre-go em nosso país são justamente as empresas, especialmente as do

O Fórum Econômico Mundial, realizado na cidade de Davos,

Suíça, publicou no Relatório de Competitividade do Turismo 2013 o grau de competitividade do setor turístico em 140 países, mostrando a geração de US$6 trilhões de renda na economia mundial, em 2012, e mais 120 milhões de empregos diretos. O índice de competitividade no turismo é parte de uma ferra-menta estratégica que mede fatores e políticas de incentivo ao desen-volvimento do turismo, colocada à disposição dos gestores públicos para incrementar a competitividade dos seus destinos; e dos investido-res, apontando os melhores destinos para aporte de recursos.

O relatório mostra que, em 2011, o Brasil ocupava a 52ª posição entre os países pesquisados e, em 2012, subiu apenas um posto, para a 51ª posição, revelando os tímidos esforços nacionais para implementa-ção de políticas públicas de turismo diante do imenso potencial do país.

Lucro: vilão ou solução?Impactos no turismo

segmento comercial. Todavia, estão estas a suportar, desumanamente, entraves burocráticos e legais – estes últimos nas searas tributária e tra-balhista – que acabam por “enges-sar” a possibilidade de crescimento econômico do Brasil.

Eis que emerge, como uma das alternativas de mudança do ce-nário atual, o Projeto de Lei nº 1572/2011, que institui o Novo Código Comercial, trazendo, como mensagem maior, nos dizeres do seu autor intelectual, Prof. Fábio Ulhôa Coelho, a necessidade de se “respei-tar, fomentar e proteger o investi-mento” no país.

Isso porque o ordenamento jurídico vigente incentiva a impre-

Entre os 14 pilares estratégicos definidos pelo estudo, o Brasil foi destacado na primeira posição no pilar de recursos naturais, fator nacional que mais atrai a atenção de turistas e investidores.

O Guia Quatro Rodas, pioneiro na certificação de sustentabilidade, baseado nos parâmetros de referên-cias mundiais de empreendimentos sustentáveis, lançou o selo verde. Referência do mercado de turismo na-cional que avalia hotéis, restaurantes, estradas e atrações turísticas, o guia usará, a partir de 2014, a norma bra-sileira NBR 15401, da Associação Bra-sileira de Normas Técnicas (ABNT), parâmetro já utilizado pelo BNDES para a concessão de benefícios.

O estado da Bahia, berço da civi-lização do país destacado internacio-nalmente como ‘número um’ em re-cursos naturais, rasga o relatório do Fórum Econômico Mundial quando permite que seja instalado nas águas centrais da Baía de Todos os Santos (BTS) - maior patrimônio natural turístico do estado – o terminal de regaseificação da Petrobras, manten-do, sem discussão de locais alter-nativos, o fluxo de navios-tanques, flutuando e contaminando a área e a paisagem, o que é claramente vedado pela Lei 9.985 (Art. 4o, VI - proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica).

A reconhecida importância es-tratégica da instalação do terminal de regaseificação na BTS não está aqui contestada. Contudo, a escolha do local citado - território molha-do pertencente ao município de Salvador - é imprópria, indevida e ilegal. Atende primeiro aos critérios da Petrobras e precisa ser repudia-da pelos cidadãos, pelas institui-ções de classe e pelas autoridades da área. Do jeito que está, com autorizações reiteradas e compen-

visibilidade das decisões judiciais, conferindo margem extrapolada de interpretação e subjetivismo ao Poder Judiciário, resultando em inse-gurança jurídica e elevação dos riscos de se realizar negócios no Brasil.

Assim é que o referido projeto de lei incita a sociedade a reconstruir alguns princípios, de cunho vital para alavancar o crescimento econô-mico do país, a saber:

a) quando a lei protege o investi-mento privado, ela o faz em nome de toda a sociedade (e não somente no das empresas); b) o lucro é o principal motivador da iniciativa privada; c) a competição empresarial benefi-cia a todos os consumidores; d) o juiz não pode tomar uma decisão que iniba a competição empresarial;e) é imprescindível que ocorra a inter-venção mínima do “Estado-Juiz” nas relações mantidas entre empresas.

É preciso que os empresários bra-sileiros aproveitem este importante momento, conclamando a sociedade, inclusive a classe laboral, a perceber que o lucro não pode ser enxergado como “vilão”, mas como possível “solução” para o desenvolvimento econômico e social de nosso país.

Nelson Daiha Filho é gerente jurídico do Sistema Fecomércio-BA

sações frouxas, revela governanças inconsistentes, produzindo prejuí-zos. Perdemos todos. Motivos como este fazem o Brasil, observado por investidores externos, desabar no relatório de Davos para a 30ª posição no critério sustentabilidade ambiental, perdendo investimen-tos, turistas, rendas e possibilidade de geração de empregos e melhoria da qualidade de vida da sua gente.

Como a indústria do turismo valoriza de forma especial o sonho, a beleza, o bem-estar e a imagem, é oportuno lembrar que a bandeira da Petrobras, ostentando a sua marca avaliada em R$19,7 bilhões de reais, flutuará no terminal central de gás da BTS, marcando a ferida aberta no maior patrimônio turístico da Bahia, submetida a análises de tendências e comentários da imprensa livre e espe-cializada, e poderá aparecer em futu-ros relatórios de Davos, como exemplo do que não deve ser feito e de guias respeitados como o Quatro Rodas. A mesma técnica de branding, que mede o valor da marca da Petrobras, pode ser usada para medir o valor da marca BTS. Quanto será que vale a marca Baía de Todos os Santos?

Eduardo Athayde é diretor da Associa-ção Comercial da Bahia.

Ilustração: Marc Fuyà

Ilustração: Marc Fuyà

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

SINDICATOS

P ara que uma árvore seja frondo-sa, ela precisa de uma raiz forte e cuidados básicos, como água e luz.

Por mais filosófico que pareça, o modelo da natureza se aplica a toda instituição dividida em núcleos. Quando os segmentos conseguem atuar de modo independente, o todo se fortalece e funciona melhor. Para estreitar o relacionamento entre todos os elos que compõem o Sistema Fecomércio – a própria Federação, o Sesc, o Senac e os sindicatos associados – foi criado um grupo de trabalho, chamado GT Sindical, que per-corre o interior do Estado para identificar as melhores práticas de gestão, fomentando o intercâmbio entre os sindicatos, criando entidades sindicais mais ativas.

Na prática, o projeto se desenvolve da seguinte forma: o GT Sindical, que conta com a participação de presidentes de sindi-catos e executivos da Federação, do Sesc e do Senac, realiza visitas técnicas aos sindi-catos associados – 12 dos 29 sindicatos já foram percorridos nos primeiros meses do projeto. O objetivo desta ação é construir o diagnóstico estrutural e administrativo destes centros sindicais filiados à Feco-mércio-BA, através de estudos e pesquisas realizados in loco.

A cada visita, o grupo preenche um questionário de avaliação estrutural e téc-nica e analisa como pode assistir e promo-ver ações voltadas à melhoria da gestão, de acordo com a realidade das casas. Dois aliados neste processo de desenvolvimento são Sesc e Senac. Segundo Carlos Andrade, vice-presidente da Federação, é funda-mental que os braços sociais do Sistema estejam em contato direto com os sindica-tos. Andrade, que participou de todas as visitas realizadas, conta que o GT também faz parte de processo de interiorização da Federação. “É comum que fiquemos muito concentrados na capital, mas a nossa ideia é fortalecer esses sindicatos para que eles tenham uma participação grande, uma representatividade”, comenta.

Juranildes Araújo, presidente do Sin-dicato do Comércio Patronal de Camaçari, acredita que os associados devem ser vistos como órgãos que ajudam o comércio. “É bom lembrar que se o sindicato está forte, a Federação também está forte. As leis

GT Sindical percorre sindicatos e promove avanços

Alto índice de satisfação apontado na pesquisa realizada

em agosto de 2013 já é reflexo do trabalho do GT Sindical

(em cima) Curso de Gestão Sindical em Vitória da Conquista. (embaixo) Visita técnica do GT Sindical em Porto Seguro

Treinamento com a Organiza

Visita ao sindicato de Alagoinhas

Reunião na Casa do Comércio

trabalhistas são duras, nós temos que fazer um trabalho para trazer o associado para trabalhar com a gente”, opina. “Criamos um curso a distância de como administrar um sindicato, e o primeiro grupo a experi-mentá-lo foi Feira de Santana. Está tendo ótimos resultados”, anima-se.

Ao fim das visitas, programado para março de 2014, será feito o primeiro diagnóstico estrutural da base sindical da Fecomércio. Isaque Neri, presidente do Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Jacobina e Região, conta que, indepen-dente dos planos depois do período das visitas, algumas mudanças já estão sendo colocadas em prática. “Em Alagoinhas, por exemplo, levamos unidades do Senac para prover novos cursos, assim como em Ribei-ra do Pombal e Jacobina, onde implanta-mos um novo sistema de treinamento para os comerciários”, comenta.

GESTÃO ATUALIZADAPara Carlos Andrade, a criação do GT Sindical é reflexo de um novo momento na história da Fecomércio-BA. “A cada dia a Federação quebra velhos paradigmas e inova em sua gestão. O que queremos é que o Sistema Confederativo funcione, que ele rode”, comenta. Isaque Neri concorda. “É um trabalho pioneiro e de suma impor-tância. A princípio, alguns sindicatos veem as visitas com certa desconfiança, mas depois que percebem a finalidade aderem totalmente”, finaliza.

Uma das solicitações do GT foi a im-plantação de um software de contribuição sindical, que ajudará a cadastrar clien-tes, produtos, emitir guias, entre outros serviços. O programa, aprovado em outros seis Estados antes de ser implantado na Bahia, é uma aquisição benéfica não só para os associados como também para a Federação, como comenta Juranildes Araújo: “Creio que o programa ajudará os sindicatos a respirar melhor e também na contribuição da Federação”. Está previsto um treinamento ainda em dezembro para operar o sistema. “Assim, os representan-tes dos sindicatos irão disseminar o que aprenderam com seus colegas. Sem dúvi-das, haverá uma melhora na arrecadação”, comenta Isaque Neri.

Fotos: Divulgação

Fotos: Divulgação

SERVIÇOS OFERECIDOS PELA FECOMÉRCIO-BA

15%

82%

3%Percentual de satisfeitos

Percentual de insatisfeitos

Neutros

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SENAC

Foto: Coperphoto

Marina Almeida, diretora do Senac Bahia, e Natália Sudsilowsky, gerente de Planejamento e Desenvolvimento, com alunos Pronatec na formatura realizada em 28 de novembro

E m 2011, ano de criação do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), foram contabilizadas 6.700 matrículas de jovens

baianos interessados na oferta de cursos de educação profissional e tecnológica para o ensino médio. Para 2014, o Senac-BA prevê um salto para 25 mil alunos. Os números não negam: há interesse pela qualificação profissional no país e, especificamente, no Estado.

O programa do Governo Federal tem o objetivo de oferecer cursos gratuitos à população de baixa renda e ser uma solução para aumentar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país, que ainda é tímida. No Brasil, atualmente, menos de 7% dos jovens de 15 a 19 anos fazem educação profissional junto com educação regular. Na Alemanha, por exem-plo, esse número é de 53%.

O Senac tornou-se um dos principais ofertantes de vagas do Pronatec na Bahia. A instituição atua através de parcerias com o MEC (Ministério da Educação), coordenador nacional do programa; MDS (Ministério do Desenvolvimento Social), MTur (Ministério do Turismo),

Programa de sucesso PRONATEC EM NÚMEROS

Matrículas em 2012: 6.700

Pactuação 2014: 25 mil vagas

Ministérios atendidos: 9

Municípios atendidos: 16

Cursos ofertados: 60

Matrículas em 2013: 15 mil

entre outras instituições nacionais. De acordo com Marina Almeida, diretora regional do Senac-BA, a parceria entre Senac e Pronatec tem dado certo em todo o Brasil e, atualmente, é um dos programas mais demandados na Bahia. Segundo a diretora, em 2014, 30% das ofertas de cursos do Senac serão voltadas para o programa.

Segundo Marina Almeida, a interiorização é impor-tante para a ampliação do programa. “Aumentamos a oferta de cursos porque houve um maior entendimento entre ofertantes e interessados”, comenta. “O Pronatec está em todas as cidades com unidades fixas do Senac, são elas: Vitória da Conquista, Porto Seguro, Feira de Santana, Camaçari, Lençóis e Salvador”.

Ainda de acordo com a diretora, o sucesso da parce-ria possibilitou ao Senac uma autonomia pedagógica na aprovação dos cursos. Atualmente, oferta cursos com carga horária com mínimo de 160 horas e cursos técni-cos com, aproximadamente, duas mil horas de duração. A diretora destaca o setor de vendas e hotelaria como um dos maiores geradores de empregos.

QUEM PODE SE INSCREVER NOS CURSOS PRONATEC?

1. Estudantes do ensino médio em escolas da rede pública

2. Trabalhadores, inclusive agricultores familiares, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores

3. Beneficiários de programas federais de transferência de renda, a exemplo do Bolsa Família, ou pessoas inscritas no CadÚnico

4. Povos indígenas, comunidades quilombolas e outras comunidades tradicionais

5. Reservistas das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) ou atiradores de tiros de guerra

6. Desempregados

7. Estudantes que tenham cursado ensino médio completo em escola da rede pública ou em instituições privadas na condição de bolsista integral

Agente de alimentação escolarAgente de informações turísticasAlmoxarifeArtesão em bordado à mãoAtendente de lanchoneteAtendente de nutriçãoAuxiliar administrativoAuxiliar de bibliotecaAuxiliar de cozinhaAuxiliar de crédito e cobrançaAuxiliar de faturamentoAuxiliar de pessoalAuxiliar de recursos humanosAuxiliar de tesourariaAuxiliar financeiroBalconista de farmáciaBartenderCabeleireiro assistenteCamareira em meios de hospedagemComprador de modaCopeiroCopeiro hospitalarCostureiroCuidador de idoso

CURSOS GRATUITOS DO PRONATEC OFERECIDOS PELO SENAC

Serão 70 diferentes opções, entre cursos de capacitação e técnicos, com carga horária entre 200 e 800 horas. As inscrições começam no início de janeiro em órgãos estaduais e municipais e também através do site: pronatec.mec.gov.br

DepiladorDesenhista de modaEditor de projeto visual gráficoEspanhol aplicado a serviços turísticos Espanhol básicoEspanhol intermediárioFigurinistaFotógrafoGarçomHigienista de serviços de saúdeInglês aplicado a serviços turísticosInglês básicoInglês intermediárioInstalador e reparador de redes de computadoresJardineiroLíngua brasileira de sinais (Libras básico)Manicure e pedicureMaquiadorModelistaMontador e reparador de computadoresOperador de caixaOperador de computadorOperador de editoração eletrônica

DOCUMENTOS NECESSÁRIOSCPF, comprovante de residência, comprovante de escolaridade, comprovante do NIS (quando recebe algum beneficio de transferência de renda).

LOCAIS DE INSCRIÇÃOPostos do Simm e Sine, secretarias de Ação Social dos municípios, secretarias de Turismo do estado e municípios, organizações militares, secretarias de Educação e também através do site: pronatec.mec.gov.br

Operador de supermercadosOperador de telemarketingOrganizador de eventosPizzaioloPorteiro e vigiaPromotor de vendasRecepcionistaRecepcionista de eventosRecepcionista em meios de hospedagemRecepcionista em serviços de saúdeRepresentante comercialSalgadeiroTécnico em administraçãoTécnico em estéticaTécnico em eventosTécnico em hospedagemTécnico em massoterapiaTécnico em serviços de restaurante e barTécnico em secretaria escolarVendedorVitrinistaZelador

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

SESC

Maron Abib, diretor Nacional do Sesc, Célia Batista, diretora do Sesc Bahia, Carlos Amaral, presidente do Sistema Fecomércio-BA, e Antonio Oliveira Santos, presidente da CNC

Centro de Convenções para até 500 pessoas

C lélio Fernando Oliveira ficou de férias do cargo de segurança do estabelecimento em que trabalha

em Salvador e não pensou duas vezes antes de viajar para a ilha de Itaparica, a 13km da capital baiana, com a família para aproveitar as delícias do lugar. Por indicação de um cole-ga de trabalho, reservou um pacote de quatro dias no Grande Hotel Sesc Itaparica. Clélio mal sabia que aquelas paredes já presencia-ram os tempos áureos da ilha.

Com origem na década de 50, o empreendi-mento foi um dos primeiros hotéis-cassinos do país. Desativado desde 1996, o local presenciou o declínio do turismo e da economia local e, agora, encabeça o processo de revitalização de Itaparica. Clélio faz parte do time de hóspedes habilitados pelo Sesc que, desde a reinaugu-ração, em outubro deste ano, lotam os 81 quartos disponíveis. Desde 2006, o Sistema Fecomércio-BA, com o apoio da CNC, adquiriu do governo do estado o antigo Grande Hotel de Itaparica e o modernizou.

Clélio conta que, de todos os atrativos do hotel, o que mais gostou foi da parte recreativa, que a filha, Juliana, de 7 anos, pôde aprovei-tar muito. Com capacidade máxima para 240 hóspedes e ainda com piscinas para crianças e adultos, piano bar, academia, quadras po-liesportivas, pista de cooper, heliponto e um centro de convenções para 500 pessoas, o hotel conta com uma área de mais de 7,5 mil metros quadrados, e fica de frente para o mar.

Esta é a segunda unidade baiana da Rede Sesc de Hospedagem, que oferece diárias a preços diferenciados aos comerciários habilita-dos ao Sesc em todo o Brasil. Na baixa estação, as diárias em apartamento standart individual chegam a custar R$58. A diferença da tarifa para turistas comuns chega a ser de R$88.

“O que sinto é que existe um novo espírito na ilha por conta da vinda do hotel, existe um clima bom, de revitalização”, comenta Clélio. Luís Carlos Gomyde, gerente geral do Sesc-Itaparica, concorda. Para Gomyde, o hotel serve como uma peça fundamental para o município, que carece de equipamentos turísticos. Além da geração de empregos dire-tos e indiretos, o hotel vem com a missão de aquecer a economia local. “Oferecemos café da manhã e jantar para que as pessoas saiam e consumam as outras refeições nos bares e barracas de Itaparica”, propõe. Além disso, o

Recém-inaugurado, hotel do Sesc fortalece Itaparica

hotel dispõe de um trem elétrico que será utilizado para passeios turísticos pela ilha. O aumento do turismo em Itaparica também é um dos benefícios que acompanham a chegada do hotel. Todos os quartos foram reservados faltando um mês para Réveillon.

De acordo com Gomyde, são 135 funcionários, sendo 95% deles de Itaparica e entorno, que foram treinados pelo Senac por mais de um ano, para compor as áreas de cozinha, governança, recepção, entre outras. Outro diferencial do empreendimento é seu compromisso ambiental. O projeto do hotel adotou práticas sustentáveis, como o sistema de aquecimento de água por placas solares para economia de energia elétrica e a coleta seletiva do lixo, com o fim de destinar o lixo reciclado a entidades sociais, em parceria com a prefeitura local. Além disso, foi criado um sistema de compostagem para que os resíduos orgânicos possam ser reaproveitados como adubo na jardinagem e na mini-horta. Esta última será utilizada tanto para o cultivo de hortaliças quanto para ações de educação ambiental.

Foto: Robson Santos

Fotos: Divulgação

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

O comércio de bens, serviços e turismo volta sua atenção para um quadro preocupante para as em-

presas de todo o país: a forma que está sendo conduzida a implementação do eSocial, com-plexo sistema eletrônico que obrigará todos os empregadores (pessoas jurídicas e físicas) a prestar informações tributárias, trabalhistas, previdenciárias e de folha de pagamento ao Governo Federal. A ideia é que Ministério do Trabalho e Emprego, Caixa Econômica Fede-ral, INSS, Receita Federal, Conselho Curador do FGTS e Justiça do Trabalho passem a ob-ter, quase em tempo real, informações do dia a dia das empresas, como admissão de funcio-nários, alterações de salários, afastamentos, horas extras pagas, exposição do funcionário a agentes nocivos, dentre outras.

O assunto foi debatido na Reunião de Di-retoria da CNC em 21 de novembro, e, no dia 29 do mesmo mês, o presidente da Confede-ração, Antonio Oliveira Santos, encaminhou carta à Presidência da República com os pon-tos que preocupam o setor e impossibilitam o cumprimento das novas regras.

O problema não é a prestação de infor-mações, mas sim a forma como a implemen-tação do programa está sendo conduzida. Na carta, Oliveira Santos enfatiza que, da forma que está, o eSocial implicará na reformulação de vários processos internos das empresas, como alteração do sistema de gestão, treina-mento de pessoal, contratação de recursos humanos, o que oneraria excessivamente o custo operacional das empresas. Além disso, informações estratégicas das empresas, dis-poníveis em meio eletrônico, estarão sujeitas ao conhecimento e consequente interferên-cia externa, o que pode ocasionar danos ao ambiente de trabalho.

Na carta enviada à presidente Dilma Rousseff, o presidente da CNC informa que, durante a reunião de diretoria da entidade, os presidentes das federações de comércio de

Comércio mobilizado para questionar o eSocial

ENTREVISTA

bens, serviços e turismo de todo o país identificaram as diversas inadequações encontradas no manual do eSocial, apontando várias consequências danosas, em especial para as micro e peque-nas empresas do comércio, muitas das quais localizadas onde a disponibilidade da internet é inexistente, o que as impossibilita de cumprir as novas obrigações. “Este será o novo e sombrio horizonte no Brasil para milhões de empresas, principalmente as representadas pelas federações e sindicatos do comércio de bens, serviços e turismo, que não terão condições de adaptação às novas regras”, escreveu Antonio Oliveira Santos. “Desta forma, na defesa dos interesses dos empresários do comércio, a Diretoria desta Confederação vem externar a preocupação quanto à implantação do eSocial, na forma como está sendo conduzida”, complementou. A CNC encaminhou cópia da carta a todas as federações no país, dando ciência da iniciativa.

A CNC tomou conhecimento do Ato Declaratório Sufis nº 5, da Secretaria da Receita Federal, constante de um manual de 207 páginas, expedido em 17 de julho, que adiciona ao Sistema Públi-co de Escrituração Digital (Sped) - Decreto nº 6.022, de janeiro, de 2007, alterado pelo Decreto nº 7.979, de 8 de abril de 2013, tornando a informatização via única para transmissão de dados do governo pelos empregadores do Brasil.

CNC

A Câmara Empresarial de Turismo da Bahia é uma entidade que reúne 30 representan-tes de instituições do setor e foi criada em

2011. Durante dois anos, foi responsável por reunir empresários, poder público e sociedade civil a fim de fomentar as discussões em prol do turismo no Estado e criar alianças de desenvolvimento. Órgão criado na Fecomércio-BA, a CET-BA é coordenada pelo empresário Giuseppe Belmonte, hoteleiro, com mais de 20 anos de experiência na área, com quem conversamos a respeito das iniciativas do grupo em 2013 e para o próximo ano.

O turismo na Bahia é uma das principais atividades comerciais, na qual há fortes interesses, tanto empresariais como do setor público. Como reunir os ideais e planos de ação em uma câmara?A Câmara Empresarial de Turismo é um órgão colegial de caráter consultivo e funciona como uma fonte de referência na Bahia. O que fazemos é gerar dados confiáveis, que permitam um diálogo amplo e aberto entre o setor e o governo. Queremos ter voz junto ao poder público. Acreditamos que o conceito da câmara tem evoluído. Nós temos procurado fazer um trabalho mais ativo.

A Bahia permanece na liderança na atração de turistas para o Nordeste, no entanto Salvador tem perdido força perante outras cidades baianas. Como a câmara pode atuar para reconquistar estes visitantes?O meu sonho é ver essa terra discutindo turismo como se discute futebol. No dia em que o poder público incluir a discussão do turismo no ensino, poderemos mudar a mentalidade da população. Só a educação pode mudar a mentalidade das pessoas e fazer o estado deslanchar. Se falta algo para a Bahia deslanchar, é investimento na cultura.

GIUSEPPE BELMONTE

COORDENADOR DA CÂMARA EMPRESARIAL DE TURISMO DA BAHIA

5 PERGUNTAS PARA

Giuseppe Belmonte, a secretária de Ordem Pública, Rosemma Maluf, o diretor secretária da CET, Arthur Sampaio, e a empresária do turismo, Avani Duran, durante uma das movimentadas reuniões da Câmara

Foto: César Vilas Boas

Que tipo de atividades a câmara já promoveu?O ano de 2013 foi muito feliz. Tivemos oportunidades boas de tratar de assuntos diretamente relacionados com a atividade turística. Por exemplo, trouxemos para o debate Sílvio Pinheiro, da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), para apresentar aos empresários do turismo baiano os projetos e ações do órgão para o ordenamento do uso e ocupação do solo da capital baiana, além de represen-tantes da Vigilância Sanitária, da Secretaria de Turismo, entre tantos outros. Enfim, uma série entidades do poder público tiveram contato com o empresariado, para que pudéssemos atuar de um modo mais dirigido.

Como essa aproximação traz benefícios ao empresariado?Isso cria um networking e facilita as relações das entida-des com o poder público. Além disso, procuramos fazer pesquisas e estudos para objetivar a visão e missão da própria câmara. Queremos fazer um benchmarking, nos relacionar com outras câmaras de estados brasileiros e assim viabilizar uma estrutura mais ativa.

Quais os planos e projetos da CET para 2014?Pretendemos desenvolver uma cartilha de orientação para o turista, em vários idiomas, para facilitar o convívio daquele que vem de outros países. Também estamos produzindo um newsletter, para que o trade esteja cada vez mais on-line. Outra intenção é fazer uma reunião nacional, sediada em Salvador, com a participação de outras câmaras para discutir nossas operações, o que temos feito e pretendemos fazer, para fomentar a participação, para que as câmaras possam conviver e ter uma ação cada vez maior.

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

Todos os meses, a Fecomércio-BA promove

a reunião de seus diretores e presidentes de sindicatos filiados.

A cada reunião é convidado uma

personalidade de destaque.

JANEIRO 2013- Câmara Empresarial de Turismo recebeu o secretário de Desenvolvimento, Cultura e Turismo de Salvador, Guilherme Bellintani (1)

FEVEREIRO 2013- Inauguração da primeira etapa do Sesc Barreiras

MARÇO 2013- Veiculação da campanha publicitária Resultados do Sistema Fecomércio-BA

- Apoio ao I Encontro Baiano de Direito Desportivo Trabalhista

ABRIL 2013- Início do curso PDG (Programa de Desenvolvimento Gerencial) dirigido aos colaboradores da Fecomércio-BA e ministrado pela Organiza Consultoria (2)- Realização da 2ª Reunião Regional da CNCC (Comissão de Negociação Coletiva do Comércio), na Casa do Comércio

- Inauguração de ponto de emissão de certificados digitais em Feira de Santana

- Fecomércio-BA divulga análise crítica sobre o Projeto de Reforma Tributária de Salvador

MAIO 2013- Fecomércio-BA recebe o prefeito ACM Neto (3)- Realização do Encontro de Sindicatos da Federação

- Delegação sindical participa do 29° Encontro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em Curitiba (PR)

JUNHO 2013- Adesão ao Fetipa (Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente)

JULHO 2013- Contrato de parceria comercial entre o Sistema Fecomércio-BA e o Grupo A Tarde

- Delegação sindical participa do Congresso Regional do Sicomércio, em Recife (PE)

- Entrega do prêmio Comerciante do Ano 2013

- Realização do V Encontro de Assessores de Comunicação do Sistema Comércio, na Casa do Comércio

AGOSTO 2013- Participação no Encontro Internacional do Trabalho Decente, realizado em Salvador

- Participação no II Encontro Institucional da Magistratura, com palestra sobre o Fundo de Promoção ao Trabalho Decente

SETEMBRO 2013- Início das visitas técnicas do GT Sindical (4)- Aula inaugural do curso Gestão Sindical, em Feira de Santana

- Participação nas reuniões empresariais sobre o Projeto de Lei do IPTU de Salvador

OUTUBRO 2013- Implantação da Assessoria de Relações Institucionais da Fecomércio-BA

- Inauguração do Senac Rua Chile (5)- Inauguração do Grande Hotel Sesc Itaparica

- Apresentação da Câmara Técnica de Consumo e Turismo do Procon

NOVEMBRO 2013- Realização da oficina Plano de Negócios da CNC

- Aquisição de software de gestão para os sindicatos filiados interessados

- Conclusão do ciclo do Segs (Sistema de Excelência em Gestão Sindical) com a certificação de 11 sindicatos

DEZEMBRO 2013- Um ano de mandato na presidência do Ceter (Conselho Estadual Tripartite e Paritário de Trabalho e Renda)

- Inauguração oficial do Sesc Barreiras

- Articulação para alterar regras de cobrança da taxa de incêndio

FECOMÉRCIO ECOS DAS REUNIÕES DE DIRETORIA

“Valorizem a negociação coletiva. Trabalhadores e empregadores devem andar juntos. De um lado a livre iniciativa e do outro a valorização do trabalho”

Andrea Presas, juíza, presidente da Amatra5Reunião em setembro de 2013

“Mesmo com as transformações do século 21, a CLT não perdeu sua importância como marco regulador

das relações de trabalho e, com exceção do capítulo do Direito

Coletivo, continua em sintonia com as atuais normas internacionais”

Vânia Chaves, desembargadora, então presidente do TRT Bahia

Reunião em setembro de 2013Palestra “70 anos da CLT”

“Fui surpreendido pela motivação, interesse e humildade para aprender

demonstrados pelos alunos da Fecomércio-BA. Tenho a convicção de que os diretores vão se defrontar com

pessoas mais motivadas em promover mudanças positivas na Federação”

Paulo Lopes, consultor da OrganizaReunião em agosto de 2013Formatura PDG (Programa

de Desenvolvimento Gerencial)

“Não existe solução rápida para o trânsito, que, aliás, é um problema do país inteiro. Vamos tomar medidas urgentes e de médio e longo prazo para atenuar o problema”

ACM Neto, prefeito de SalvadorReunião em maio de 2013

“Houve um equívoco no projeto do Porto Sul de Ilhéus, pois está inserido em um local delicado do ponto de vista ambiental, além disso tem uma engenharia ousada que avança para o mar 3 km de ponte, o que torna o projeto muito caro”

Sérgio Faria, engenheiro civil e ex-diretor da CodebaReunião em agosto de 2013Palestra: “A Nova Lei dos Portos”

DepoimentosCalendário de realizações do Sistema Fecomércio-BA em 2013

(1)

(2)

(3)

(4)

Fotos: Divulgação Fotos: Divulgação

(5)

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Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

Teatro Sesc Casa do ComércioO SAPATO DO MEU TIODia: De 11/1 a 23/2Horário: Sábado e Domingo, às 20hIngresso: R$30,00 e R$15,00Para os comerciários: R$10,00

O PEQUENO CONSELHEIRO DA RAINHADias: De 11/1 a 23/2Horários: sábado, às 16h, e domingo, às 11hIngressos: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia)Bônus venda antecipada: R$20,00

CRIMES DELICADOSDias: De 1º a 30 de marçoHorários: Sábados e domingos, às 20h

Teatro Sesc Senac PelourinhoORQUESTRA DE BERIMBAUS AFINADOS DAINHO XEQUERÊDia: 6/1, às 19hIngresso: Entrada franca

CAÇADORES DE RISOS Dia: 10/1, das 9h às 16hIngresso: Entrada franca

LANÇAMENTO DO CD DE KARLA DA SILVA Edital Natura Musical NacionalDia: 24/1, às 20h30 Ingresso: Entrada franca

SARGENTO GETÚLIODias: 17/1, às 20h, e 18/01, às 15h e 20hIngresso: Entrada franca

1889 de Laurentino Gomes

“É surpreendente a riqueza de detalhes e como tudo tem conexão na obra de Laurentino”

A dica é de Carlos Amaral, presidente da Fecomércio-BA

CULTURA

UMA VIAGEM PELOS SABORES DA CHAPADA

Dica de leitura

Programação Janeiro e Fevereiro

O livro Chapada Diamantina: Culi-nária & História faz um apanhado das tradições culturais e sociais da região. O destaque está nas histó-rias e curiosidades da sua culinária, incluindo mais de 60 receitas, todas assinadas por antigos mora-dores e também chefs de cozinha do circuito turístico da Chapada. Escrito em uma linguagem simples e de sotaque regional, o livro é um importante arquivo para alunos de turismo e gastronomia e também para todos os apreciadores de história e culinária. O índice de receitas é um deleite para o paladar e a curiosidade, com pratos como pudim de aipim com cachinhos de mamão verde; pastel de palmito de jaca; e mousse de capim-santo, que refletem toda a peculiaridade culinária da região chamada de oásis do sertão.

Desde o ano de 2008, o Teatro Sesc-Senac Pelourinho desenvolve uma programação especial no verão, nos meses de janeiro e fevereiro, envolvendo artistas locais de diferentes estéticas na linguagem da música e teatro. Para o verão deste ano, receberemos Orquestra Afro Sinfônica Salvador, a cantora e compositora Mariella Santiago, a cantora Márcia Short, Tais Nader, OBA DX (Orquestra de Berimbaus Afinados Dainho Xequerê), Orquestra de Pandeiro Itapuã. Também o cantor e compositor Thiago Kalu e a Corda Bamba. Para o grito de carnaval, sobem ao palco a banda Bailinho de Quinta, contagiando o público com as antigas marchinhas carnavalescas e para a crian-çada teremos o grito de carnaval com o grupo Canela Fina entretendo as crianças com muita música, confetes e alegria. Ainda para o público infantil, será realizada a Mostra Itinerante do Festival Internacional de Cinema ‘Nueva Mirada’ para a infância e juventude.

Nas últimas semanas de 1889, a tripulação de um navio de guerra brasileiro ancorado no porto de Colombo, capital do Ceilão (atual Sri Lanka), foi pega de surpresa pelas notícias alarmantes que chegavam do outro lado do mundo. O Brasil havia se tornado uma repú-blica. O austero e admirado imperador Pedro II, um dos homens mais cultos da época, fora obrigado a sair do país junto com toda a família imperial. Essas e outras histórias surpreendentes estão em 1889, o novo livro do premiado escritor Laurentino Gomes. A obra fecha uma trilogia iniciada com 1808, sobre a fuga da corte portuguesa de Dom João para Rio de Janeiro, e continuada com 1822, sobre a Independência do Brasil.

Título: Chapada Diamantina: Culinária & HistóriaEditora: Senac Pesquisa histórica: Delmar Alves Araújo Edição: Marília Pessoa

ORQUESTRA AFRO SINFÔNICADia: 30/1, às 19hIngresso: Entrada franca

ORQUESTRA DE PANDEIROS DE ITAPUÃ Dia: 23/1, às 19hIngresso: Entrada franca

FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA NUEVA MIRADADias: 1º, 5, 8, 12, 15, 19 e 22 de fevereiro, às 16hIngresso: Entrada franca

MARIELLA SANTIAGO, COM O SHOW ‘ELLA VERÃO’Dias: 7 e 21/2 , às 21hIngresso: R$16 e R$8

#TAISNADEREMMOVIMENTODia: 8/2, às 21hIngresso: R$8 e R$16

DE QUE LADO VOCÊ SAMBA?Dia: 14/2, às 21hIngresso: R$16 e R$8

ONDE EU SOU VOCÊ E ONDE VOCÊ SOU EU, COM MARCIA SHORTDia: 15/2, às 21hIngresso: R$16 e R$8

BAILINHO INFANTIL, COM CANELA FINADia: 22/2, às 16hIngresso: R$16 e R$8

GRITO DE CARNAVAL, COM BAILINHO DE QUINTADia: 22/2, às 21hIngresso: R$16 e R$8

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32 Revista Fecomércio-BA DEZEMBRO 2013

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