Revista SOBED 2011 - Edição nº 13

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Publicado pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Edição n o 13 Abril-Junho 2011 REVISTA SOBED Discussão estratégica ISSN 2179-7285 SOBED debate negociações com convênios e planos no 1º Fórum Nacional de Honorários Médicos e Cooperativa de Endoscopia, em Curitiba (PR) DNA Delegado junto à CNA, Renato Baracat explica a importância da Comissão IN LOCO Brasil testemunha crescimento de cooperativas e a endoscopia acompanha tendência EM AÇÃO Simpósio Internacional da SOBED vai a Goiânia em sua 5ª edição

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Publicado pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva

Edição no 13

Abril-Junho 2011

REVISTASOBED

Discussão estratégica

ISSN 2179-7285

SOBED debate negociações com convênios e planosno 1º Fórum Nacional de Honorários Médicos eCooperativa de Endoscopia, em Curitiba (PR)

DNADelegado junto à CNA, Renato Baracat explica a importância da Comissão

iN locoBrasil testemunha crescimento de cooperativas e a endoscopia acompanha tendência

em AçãoSimpósio Internacionalda SOBED vai a Goiânia em sua 5ª edição

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índice Revista Sobed Edição 13

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5 RadaR SOBedAcompanhe programas, ações e eventos realiza-dos pela Sociedade. A organização do Simpósio Internacional e da SBAD, e a edição de livros,na agenda da Comissão Científica. Confira o crescimento das cooperativas médicas no Paíse o trabalho desenvolvido por endoscopistas

18 dnaEntrevista com o especialista e delegado da SOBED, Renato Baracat

30 em açãOProgramação do 5o Simpósio de Endoscopia Digestiva da SOBED, em Goiânia (GO)

36 tuRiSmOGoiânia mapeada para endoscopistas viajantes

42 amBArtigo sobre a tentativa da Anvisa de retirar medicamentos para controle da obesidade

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34 vOcêCasal de médicos fala da rotina entre hospitais e sua loja de chocolates

50 teSte SeuS cOnhecimentOSPassatempo informativo com questões técnicas e assuntos relacionados à especialidade

abril-junho 2011

40 éticaSúmula da ANS publicada em 13/4/2011

22 cOBeRtuRa10 Fórum Nacional de Honorários Médicos eCooperativismo

44 pOR dentRODestaque para notícias sobre o aparelhodigestivo. Agenda de eventos nacionais einternacionais de endoscopia digestiva egastroenterologia. Composição da diretorianacional, comissões e estaduais da SOBED

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editORial Palavra do Presidente

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ISSN 2179-7285

revista sOBeD é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira

de Endoscopia Digestiva distribuída gratuitamente para médicos.

O conteúdo dos artigos é de inteira responsabilidade de seus autores

e não representa necessariamente a opinião da SOBED.

Jornalista responsável Roberto Souza (Mtb 11.408)

editor-chefe Fábio Berklian

editor Faoze Chibli

editores-assistentes Thiago Bento

Rodrigo Moraes

reportagem Amanda Campos Marina Panham

Projeto editorial Fábio Berklian

Projeto Gráfico Luiz Fernando Almeida

Designers Leonardo Fial

Luiz Fernando Almeida Felipe Santiago

Foto de Capa Dreamstime

tiragem 3.000 exemplares

Rua Cayowaá, 228, Perdizes São Paulo - SP CEP: 05018-000

11 3875-5627 / 3875-6296 [email protected]

www.rspress.com.br

Nos últimos meses, ocorreram fatos importantes para os médicos. Em 7 de abril,

a classe se manifestou quanto aos honorários, tema do qual não podemos nos ausen-

tar. Segundo a AMB, houve grande adesão ao movimento. Lastimável o CADE querer

tolher nossa liberdade de manifestação. Felizmente, os órgãos médicos oficiais estão

respondendo adequadamente. O I Fórum de HM e Cooperativismo, em Curitiba (PR),

foi promissor e teve apoio de 97% dos convocados. Discutimos comissões de HM e sua

implantação nos estados. Em duas semanas, três estados já as implantaram. Em outros

locais, há processo de implantação. Debatemos cooperativas de endoscopia, com a co-

mitiva do Ceará, que adota o sistema há 15 anos, capitaneada pelo Dr. Marcos Ratacasso

e outros participantes. Impressionou-nos o abismo entre estados que trabalham com o

sistema e os que não o utilizam. A semente foi lançada. Leia a cobertura completa.

Agradecemos aos colegas da região Centro-Oeste e a todos os presentes ao Simpósio

Internacional em Goiânia. Na ocasião será realizada a prova de Título de Especialista em En-

doscopia e Área de Atuação em Endoscopia Digestiva, para os iniciantes adquirirem o título

com ao menos um ano de antecedência em relação aos anos anteriores. Houve mais de 100

inscrições. Estamos otimistas quanto à X SBAD, a ser realizada na bela e acolhedora Porto

Alegre (RS). A grade científica está sendo finalizada, convidados internacionais confirmaram

presença, as partes administrativa, organizacional e social estão encaminhadas, e temos

apoio da comissão organizadora local comandada pelo Dr. Júlio Pereira Lima.

Importante ressaltar, durante o último DDW, em Chicago, tivemos contato com várias

associações de endoscopia e estamos, com o Dr. Paulo Sakai, presidente da Comissão de

Relações Internacionais, melhorando a interação com essas instituições do continente.

Finalmente, enfatizo que neste ano começa a revalidação do Título de Especialista, para

quem o obteve a partir de 2006. Além de outros destaques desta edição, está a entre-

vista sobre este tema com o Dr. Renato Baracat.

enDOsCOPiaem alerta

Obrigado a vocês, Sobedianos, e boa leitura!

Sérgio Bizinelli

Presidente Nacional da SOBED

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RADAR sobeD sobed.org.br

Mensalmente um novo módulo é inserido no programa SOBED em Casa de 2011, contabilizando ao longo do ano aproximadamente 20 horas de programação. O pra-zo para assistir cada módulo é de seis meses. Estão disponíveis as principais palestras apresentadas durante a IX SBAD, realizada em Florianópolis (SC). Dentre os es-pecialistas estão os convidados in-

ternacionais como Alberto Larghi, da Itália, Klaus Monkemuller (foto), da Alemanha, e Shinya Ko-dashima, do Japão, além dos bra-sileiros Esteban Sadovski, Kleber Bianchetti de Faria, Luis Fernando Tullio e Walnei Fernandes Barbosa. Para mais informações sobre o con-teúdo, valores e inscrição, acesse o site da SOBED e selecione a opção “SOBED em Casa 2011”.

SOBED em Casa

Encontros nacionais neste programa de

atualização médica à distância. Confira

novidades disponíveis como o Curso de

Endoscopia Pediátrica, com três DVDs,

e o de Ecoendoscopia realizado na SBAD

do ano passado, com dois DVDs.

PROgRAmA SOBED DIgITAl

Propondo a valorização dos endoscopistas

associados, a SOBED desenvolveu para seus

titulares um diploma confeccionado em per-

gaminho, que pode ser solicitado diretamen-

te por meio do site da SOBED. O custo é de

R$195,00, via boleto bancário.

DIPlOmA DE ESPEcIAlISTA

Como forma de reconhecimento ao especia-

lista em Endoscopia Digestiva, a SOBED criou

os Selos de Especialista e para Certificação -

ambos emitidos aos Associados adimplentes

com as anuidades -, para referendar os laudos

emitidos. Confira no site como solicitá-lo.

SElO DE ESPEcIAlISTA

Rede SOBEDEstão disponíveis no site daSociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) os cursos de abril e maio do Rede SOBED. As aulas do primeiro mês abordam cisto pancreático USE com punção; litíase intra e extrahepática e obesidade – balão intragástrico. Na sequência, os cursos de maio são sobre obesidade; neoplasia de papila papilectomia; angiectasia em cólon e estenose benigna VBP. Todos os procedimentos foram gravados durante o IV Curso Internacional Interativo Ao Vivo de Endoscopia Digestiva Diagnóstica e Terapêutica, realizado em Floria-nópolis (SC) durante a IX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD). Para se inscrever e saber mais sobre a programação, acesse o site da SOBED.

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Teste seusconhecimentosAs respostas da seção ‘Teste seus Co-nhecimentos’, criada na última edição da Revista SOBED, estão disponíveis e comentadas no site da Sociedade. Para inaugurar o espaço, os endos-copistas Jimi Scarparo, Fábio Segal e Flávio Ejima elaboraram questões sobre o tema saneantes. Se você ainda não checou, confira. E veja também as respostas do ‘Teste’ desta edição, que traz como tema o esôfago.

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Em julho de 2011, o Research Institute against Digestive Cancer no Brasil (IRCAD) realizará, em Barretos (SP), os cursos de cirurgia laparoscópi-ca digestiva e cirurgia laparoscópica bariátrica. O primeiro acontece entre os dias 11 e 13 e será dirigido pelos professores Jacques Marescaux (França) e Armando Melani (Brasil). Em segui-da, o curso de cirurgia laparoscópica bariátrica será ministrado nos dias 29 e 30 de julho e tam-bém dirigido por Marescaux e Melani, além de Michel Vix (França). Saiba mais sobre a progra-mação, o local dos eventos e as inscrições pelo site www.amits.com.br ou com a coordenadora dos cursos Laura Mira Dias, no email [email protected].

Cursos avançados em cirurgia laparoscópica

O Hospital Ana Costa (HAC), de San-tos (SP), organiza entre os dias 27 e 28 de agosto de 2011 o IX Curso Internacional de Endoscopia Terapêutica. Entre os convida-dos internacionais estão: Greg Haber (USA), Thierry Ponchon (França), Cláudio Navarre-te (Chile) e Juan Villa (Espanha). O evento terá módulos teóricos com aulas de atuali-zação aplicados a temas de relevância na prática diária em endoscopia alta, colonos-copia, CPRE, ecoendoscopia, enteroscopia e cápsula – além de demonstrações em três sa-las simultâneas de casos ao vivo. Para mais informações sobre o curso, programação e inscrições, entre em contato pelos telefones (13) 3228-9055/9054, ou pelo email [email protected]. Os Associados da SOBED quites com as anuidades terão 30% de desconto nas inscrições.

IX CursoInternacionalde EndoscopiaTerapêutica

Os períodos das provas práticas de Título de Especialista em Endoscopia (TEE) e Certificado de Área de Atuação em Endoscopia Digestiva fo-ram definidos. Segundo edital disponível no site da SOBED, candidatos aprovados na parte teóri-ca estão sendo convocados formalmente – com vários já aprovados – pela Comissão de TEE da SOBED a participar dessa prova prática, que será conduzida pela Comissão de Título de Especia-lista, apoiada pelos presidentes das Estaduais da SOBED envolvidas. Confira a seguir as cidades e as datas das provas:

Goiânia (GO) – 10 de junho *Recife (PE) – 1ª quinzena de julho **

*A prova de Goiânia (GO) abrange as unidades federais do Mato Grosso, Tocan-tins, Goiás e Distrito Federal.** A prova em Recife (PE) abrange as unidades federais de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba.

Provas práticas de TEE

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A SOBED Paraná tem rea-lizado eventos científicos e de formação desde o início do ano. E já divulgou sua agenda para 2011. Em fevereiro, o endosco-pista da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, Nelson Takahashi, falou sobre “Estenoses Esofagianas e Cor-pos Estranhos do TGI”. Em mar-ço, José Olympio Meirelles, da Universidade Estadual de Cam-pinas (Unicamp), e Carlos Do-mene, do Hospital 9 de Julho, de São Paulo (SP), participaram de atividades na Estadual para-naense. Em 27 de maio, o tema “Abordagem Endoscópica na Obesidade” foi discutido com a

presença de Eduardo Horneaux de Moura, do Hospital das Clí-nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

No dia 17 de junho, o tema a ser tratado durante o encontro será “Acessos enterais por en-doscopia”. E no dia 12 de agos-to, os assuntos serão “Stents enterais: melhores indicações e complicações” e “Desinfecção de equipamentos e acessórios em endoscopia (enfermagem)”. Continue acompanhando a Re-vista SOBED e saiba mais sobre os eventos realizados e futuros desta e de outras Estaduais por todo o País.

Programação paranaense

Com a participação de aproximadamente 70 pessoas, o I Curso de Ecoendoscopia da Bahia foi realizado no dia 15 de abril, em Salvador (BA). Segundo a presidente da SOBED Bahia, Alice Cairo, a qualidade dos palestrantes e a escolha dos temas, com uma boa abrangência do assunto, foram os diferenciais da primeira edição do encontro. “Foi um curso com pon-tos positivos e um estímulo para continuidade de eventos científicos deste porte”, ressalta. A ideia agora é coordenar a segunda edição do Curso de Ecoendoscopia dentro da próxima edição do Congresso Norte-Nordeste de Gas-troenterologia.

SOBED Bahia realizaI Curso de Ecoendoscopia

Entre os dias 10 e 12 de junho, a SOBED realizará em Goiânia (GO) a prova para obtenção de Título de Espe-cialista em Endoscopia e/ou Certificado de Área de Atu-ação em Endoscopia Diges-tiva. A prova será aplicada no Castro’s Park Hotel, Av. República do Líbano, 1520, Setor Oeste, CEP 74115-030, em Goiânia (GO). Paralela-mente, acontece o 5º Simpó-sio Internacional da Socieda-de Brasileira de Endoscopia Digestiva. As inscrições já foram encerradas. Boa sorte aos candidatos.

Prova de Título em Goiânia

Curso reuniu especialistas da Bahia para debater a ecoendoscopia

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Projetado para atualização e capacitação das equipes multidisciplinares em temas relativos ao aparelho digesti-vo e trauma com enfoque no dia a dia do profissional, foi o objetivo do Intergastro 2011, realizado entre os dias 13 e 14 de maio, no The Royal Palm Plaza, em Campinas (SP). A iniciativa foi resultado de trabalho conjunto da Socieda-de de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), da Uni-versidade Estadual de Campi-nas (Unicamp), da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti. Durante os dois dias de trabalho foram realiza-dos simultaneamene diversos encontros. Confira a seguir:

- VI Simpósio de Atualização em Doenças do Aparelho Digestivo;

- VI Simpósio Internacional de Cirurgia do Trauma;

- III Jornada de Enfermagem em Aparelho Digestivo e Trauma;

- III Encontro de Nutrição e Aparelho Digestivo;

- I Jornada de Atualização

em Gastroenterologia e Hepatologia Pediátrica.

Intergastro 2011

Está disponível no site da SOBED a anuidade para o ano de 2011. Para gerar o boleto é necessário ter cadastrado login (email) e senha. Caso seu paga-mento já tenha sido efetuado, é possível acessar o sistema e ge-rar um recibo. O espaço também permite verificar anuidades an-teriores e possíveis pendências

cadastrais. Segundo o artigo 22 do estatuto, os Associados com mais de 70 anos de idade são isentos da taxa de anuidade. A SOBED solicita a todos que mantenham seus dados cadas-trais atualizados. Todas as dire-trizes, informes e contatos são realizados com base nas infor-mações cadastradas.

Anuidade 2011

A diretoria executiva da So-ciedade Brasileira de Endosco-pia Digestiva (SOBED) enviou carta de apoio à diversas entida-des médicas – Associação Médi-ca Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM), Fe-deração Nacional dos Médicos (FENAM) – sobre a Paralisação realizada no dia 7 de abril, em todo o País. Curiosamente, a SOBED já havia marcado o seu Fórum de Honorários Médicos antes mesmo de saber da defi-nição da paralisação dos médi-

cos em abril.Também foram endereçadas

cartas a todos os presidentes das unidades estaduais da SO-BED para que fossem distribu-ídas aos colegas. Durante o Fó-rum, o presidente da Sociedade, Sérgio Bizinelli, destacou que é preciso batalhar pela dignidade médica e melhores condições de trabalho, “e foi por esse motivo que estamos reunidos para falar de honorários médicos e coope-rativismo” (leia mais na matéria de capa desta edição).

Paralisação de 7 de abril

Em outubro, a SOBED Es-tadual Bahia apoiará a III Jor-nada do Aparelho Digestivo do Sudoeste da Bahia, que ocor-rerá de 06 a 08 de outubro, no

Auditório do Centro Municipal de Atendimento Especializado (CEMAE) na cidade de Vitória da Conquista (BA).

III Jornada do AparelhoDigestivo do Sudoeste da Bahia

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Por Marina Panham

Amplitude de ações

São muitas as atividades que competem à Comissão Científica e Editorial da SOBED, de acordo com o Estatuto Social da entidade. Entre elas estão: estudar e emitir parecer sobre procedimentos da endoscopia do sistema digestivo, tanto os proce-dimentos em uso quanto em relação a possíveis inovações; organizar cursos, pesquisas e inquéritos científicos da

especialidade; sugerir o temário dos eventos científicos nacionais; avaliar atividades científicas das Unidades Estaduais; e encarregar-se das publi-cações da SOBED, no que se refere ao seu conteúdo, a sua confecção final e envio aos Associados da entidade.

Durante o I Fórum Nacional de Honorários Médicos e Cooperativis-mo da SOBED, realizado entre os dias 8 e 9 de abril, em Curitiba (PR), o pre-sidente da Comissão Científica, Carlos Alberto Cappellanes, apresentou o plano de ações em desenvolvimento para o biênio 2010-2012, e entre as atividades citadas, oficinas e lança-mentos de livros ganharam destaque.

Plano da Comissão Científica 2010-2012 éapresentado durante I Fórum Nacional de

Honorários Médicos e Cooperativismo da SOBED

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Inicialmente, as “Oficinas SOBED” apre-sentavam temas como balão intragástrico e tratamento de varizes esofágicas. Segun-do Capellanes, está sendo planejada uma nova oficina com o tema “Suporte de Vida Avançado em Endoscopia (SAVE)”. O presi-dente da Comissão Científica ressaltou aos colegas das unidades estaduais que procu-rem a SOBED se houver interesse em fazer essas oficinas chegarem a seus estados. O número de cidades para 2011 já é relati-vamente grande, “mas temos condições de encaixar novas cidades nesse cronograma”, afirmou na ocasião.

Por enquanto, a oficina SAVE será reali-zada apenas no 5º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva, em Goiânia (GO), e na X Semana Brasileira do Aparelho Diges-tivo (SBAD), em Porto Alegre (RS). Segundo Cappellanes, a programação do curso deve oferecer um dia inteiro de temas de suporte à vida, legislação e questões relacionadas às visitas da Vigilância Sanitária.

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Auditório durante

a IX SBAD em

Florianópolis (SC)

Literatura médicaEditado pela primeira vez em 1992, o Li-

vro de Endoscopia Digestiva da SOBED já teve três reedições, a última delas em 1999. Durante o encontro, o ex-presidente da SOBED anunciou que a Comissão vem trabalhando na quarta reedição da obra. Serão incluí-dos temas como história da endoscopia di-gestiva, planejamento de uma unidade de endoscopia digestiva, legislação e normas vigentes, consentimento informado para endoscopia digestiva, ensino da endosco-pia digestiva, enfermagem em endoscopia, limpeza, desinfecção e armazenamento dos equipamentos, sedação e anestesia, docu-mentação e registro em endoscopia, exame histopatológico em endoscopia do aparelho digestivo.

Em outra frente de atuação, os assuntos hemorragia digestiva gastrointestinal e corpos estranhos no trato gastrointestinal foram es-colhidos pela Comissão Científica da SOBED para compor o livro da Associação Brasilei-

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namentos da SOBED”, explica Cappellanes. Ainda de acordo com o endoscopista, desde o ano passado, está sendo desenvolvido um trabalho chamado “Classificações Endoscópi-cas”, com o objetivo de listar na internet to-das as classificações, com imagens.

Cappellanes também falou sobre o apoio que a Comissão deu ao curso do Centro de Endoscopia do Pacífico, de Los Ange-les (EUA), que aconteceu no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP), e foi transmitido via-satélite para outros países, como Índia, Coréia do Sul e Nova Zelândia. “Nós capta-mos isso via satélite e fomos o único local que conseguiu interagir diretamente com a equi-pe que estava transmitindo direto dos Estados Unidos.” Ainda de acordo com o endoscopis-ta, o curso também teve colaboração da esta-dual do Paraná.

E a Comissão Científica da SOBED já definiu a programação do 5º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva. Haverá convidados internacionais, como Claude Liguory (França) e Horácio Gutiérrez Galiana (Uruguai). A pro-va para obtenção de Título de Especialista em Endoscopia e/ou Certificado de Área de Atua-ção em Endoscopia Digestiva acontecerá para-lelamente, no Castro’s Park Hotel.

Durante a apresentação feita no Fórum de Honorários Médicos e Cooperativismo, Cappellanes ressaltou que a programação da X Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) também já está montada. Entre os palestrantes, vários especialistas internacio-nais foram convidados, entre eles Ralf Jako-bs (Alemanha), Luis Ernesto Caro (Argeti-na), Luiz Carlos Sabbagh (Colômbia), Carlos Robles-Medranda (Equador), Todd Byron (EUA), Thierry Ponchon (França), Marc Gio-vanini (França), Renée Lambert (França), Guido Costamagna (Itália), Chisato Yokoi (Japão), Shinji Tanaka (Japão) e Daniel Can-tero (Paraguai).

“Com oito salas da SOBED dentro da SBAD, em um total de 16, realizaremos o 5º Fórum de Estudos Estratégicos, um sim-pósio de hemorragia digestiva e um vídeo-fórum”, revela o presidente da Comissão Científica.

Carlos Cappellanes,

presidente da

comissão científica

COmissãO CientífiCa e eDitOriaL

Carlos Alberto Cappellanes (SP)

Adriana Vaz Safatle Ribeiro (SP)

Flavio Hayato Egima (DF)

Huang Ling Fang (RJ)

Jairo Silva Alves (MG)

José Celso Ardengh (SP)

Josemberg Marins Campos (PE)

Julio Cesar Pisani (PR)

Marcelo Averbach (SP)

Marco Aurélio D’Assunção (SP)

Marcos Bastos da Silva (ES)

Ricardo Anuar Dib (SP)

ra de Medicina de Urgência e Emergência (Abramurgen). Na ocasião, Cappellanes aproveitou para pedir ajuda na produção do conteúdo. “Precisamos de pessoas que se responsabilizem pela produção desses dois materiais para entrar no livro.”

Outra novidade da Comissão Científica da SOBED é a publicação mensal de casos clínicos no site da entidade. “Esses casos vão ser principalmente dos serviços de residência médica e dos locais que são centros de trei-

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RADAR sobeD In loco

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Endoscopiacolaborativa

“Gostaríamos que o cooperativis-mo na endoscopia se difundisse em todo o País, pois desta maneira tería-mos muito que aprender uns com os outros”, afirma o presidente da Coo-perativa dos Endoscopistas do Ceará (COOPEND), Francisco das Chagas Gonçalves de Oliveira. Pioneira na área de endoscopia, a COOPEND é referência para todo o País, mas Cha-gas acredita que muitas outras surgi-rão por necessidade, uma vez que a situação do endoscopista no mercado de trabalho e a sua relação com os planos de saúde tem se tornado mui-to difícil e desigual.

Fundada há 15 anos por 47 médi-cos endoscopistas, a COOPEND con-grega hoje mais de 240 especialistas (gastroenterologistas, proctologistas, otorrinolaringologistas e cirurgiões torácicos), que realizam os mais di-versos procedimentos endoscópicos em via digestiva e peroral. “Nossa cooperativa é motivo de orgulho para todos nós, porque é fruto da união, do trabalho e do pioneirismo dos en-doscopistas cearenses.”

Segundo Chagas, quase todos os endoscopistas do estado são coope-rados. Independentemente do nível de conhecimento e experiência, são iguais perante a cooperativa, remune-rados da mesma maneira. Associan-do-se, o profissional não precisa mais se preocupar com o envio de guias para os convênios, fazer recursos de glosas e negociar reajuste dos contra-tos. “A cooperativa faz tudo isso por ele”, ressalta Chagas.

Ainda de acordo com o presiden-te da COOPEND, a luta da direto-ria nas frentes de negociação com os convênios é uma tarefa árdua. E Fo

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Cooperativas médicas crescem no Brasil e a endoscopia possui resultados concretos como exemplo para um maior

desenvolvimento da especialidade

Por Marina Panham Colaborou Amanda Campos

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requer perseverança, firmeza e pre-paro, pois a cooperativa lida com profissionais bastante capacitados e ágeis em negociações. “Ao zelar-mos por uma melhor remuneração, estamos garantindo aos cooperados a condição para que realizem o seu trabalho dignamente.”

Por meio do conselho técnico, a COOPEND mantém vigilância con-tínua sobre os associados, para que o estatuto seja obedecido. E para evitar que interesses pessoais, às ve-zes “obscuros”, venham prejudicar a maioria dos cooperados. Apesar de não ter fins lucrativos, a COOPEND é administrada como uma empresa, com gestão estruturada, conselhos estatutários que funcionam a con-tento, funcionários e assessorias. E é custeada por meio de uma taxa administrativa de 4%, retida sobre tudo o que repassa aos seus associa-dos e às empresas destes.

Este montante é utilizado para custear todas as despesas necessárias para manter a empresa funcionando, como salários dos empregados, pró-labores, assessorias e custos com ma-nutenção da sede. A COOPEND não veio para socializar a endoscopia no estado, mas para ser uma garantia de melhor remuneração a seus associa-dos, afirma Chagas. Ainda de acordo com o presidente da cooperativa, é dever dos diretores zelar pela correta aplicação dos valores e evitar gastos desnecessários que possam compro-meter a viabilidade financeira da ins-tituição. “Logramos um crescimento contínuo em nosso faturamento e te-mos distribuído sobras anualmente.”

Durante o I Fórum Nacional de Honorários Médicos e Cooperativis-

mo da SOBED, realizado de 8 a 9 de abril, em Curitiba (PR), o diretor fi-nanceiro da COOPEND, Marcus Vale-rius Rattacaso, palestrou sobre regu-lação de preços, abertura de mercado, proteção contra o descredenciamento arbitrário, dificultar a concorrência desleal e melhora das condições de trabalho médico – alguns dos objeti-vos principais da cooperativa.

As cooperativas da especialidade podem dar uma contribuição mais di-reta e prática no enfrentamento dos problemas. Somando-se ao importan-te papel exercido pelas instituições re-presentativas, como o Conselho Fede-ral de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e os sindicatos estaduais.

Cooperativas médicas foram cria-das para fornecer oportunidades de acesso ao mercado de trabalho, na opinião de Doncatto. Além de melho-rar a remuneração dos serviços pres-tados e, inclusive, no caso das UNI-MEDs, assumir o risco dos negócios dos planos de saúde, onde há uma complexidade maior.

Para o presidente da COOPEND, Francisco das Chagas Gonçalves de

tenDência

O conceito de cooperativa é o de uma associação autônoma de pessoas que se

unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas,

sociais e culturais comuns a seus integrantes. Esse modelo permeia os mais

diversos setores da atividade humana, como o agropecuário, o do crédito, o dos

transportes, o educacional, o de infraestrutura, o de produção e o de saúde.

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Oliveira, um dos princípios do co-operativismo é a intercooperação, a troca de informações conjuntas entre diferentes cooperativas. No Ceará, foi criado o Núcleo de Coo-perativas de Especialidades Médicas (NUCEM), para congregar diversas cooperativas de especialidades como endoscopia, anestesiologia, pedia-tria, urologia, neurologia, terapia intensiva e outras.

“Durante as reuniões, dirigen-tes de cooperativas trocam ideias, compartilham problemas e soluções, e programações conjuntas em dife-rentes frentes”, destaca Chagas. A COOPEND também é filiada à Orga-nização das Cooperativas do Brasil (OCB), da qual recebe orientação e cursos de qualificação, e participa

de uma comissão criada pela SOBED para fomentar o cooperativismo na endoscopia.

O gastroenterologista e especialis-ta em cooperativismo médico, Edson Luiz Doncatto explica que o ganho do médico é o rateio do que excedeu, após pagar todos os demais custos e despesas, baseado na sua produção. “As cooperativas não produzem lucros e, sim, sobras, que são divididas en-tre os seus sócios.” Não existe vínculo empregatício entre a cooperativa e o cooperado – segundo a Lei Nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, modifi-cada parcialmente pela Lei Nº 6.981, de 30 de março de 1982, que define a política nacional de cooperativismo e institui o regime jurídico das socieda-des cooperativas.

Segundo Doncatto, para estrutu-rar uma cooperativa, a primeira pro-vidência é informar aos interessados como funciona a mesma, salientando que os sócios são os donos do negó-cio e que não há vínculo empregatí-cio. “Quanto maior a sobra ou menor o custo para administrar o negócio, melhor será a remuneração do seu trabalho.” Após todos conhecerem estes aspectos, surge a vontade de constituir a cooperativa e o compro-misso de zelar pela sua manutenção e melhoria constante. Isso porque o sucesso da cooperativa depende fun-damentalmente do bom desempenho de cada um dos seus sócios, destaca o gastroenterologista especialista em cooperativismo.

Com um número de 20 associados, reunidos em uma assembleia geral para fundar a cooperativa, são eleitos três conselhos sociais: diretoria, con-selho técnico e conselho fiscal, com mandato definido, e que deverão se-guir o estatuto da entidade. A ata da assembleia de constituição deve ser

1. Fernando Castro Alves e Marcus Valerius

Rattacaso, representantes da COOPEND no

fórum de honorários da SOBED

2. O presidente da COOPEND, Francisco

das Chagas Gonçalves de Oliveira

3. O especialista Edson Luiz Doncatto

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DNA Renato Baracat

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Estímulo à

Por Amanda Campos Colaborou Marina Panham

especialidadeDelegado da SOBED junto à Comissão Nacional de Acreditação (CNA), Renato Baracat

esclarece o funcionamento da Comissão e sua importância para a endoscopia

e stimular a atualização profissional e fortalecer o próprio Título de Es-pecialista são alguns benefícios que a Comissão Nacional de Acredita-ção (CNA) da Associação Médica

Brasileira (AMB) proporciona aos especialis-tas. É o que explica o endoscopista e delega-do da SOBED junto à CNA, Renato Baracat. Segundo o endoscopista, o convite para atuar junto à CNA foi feito pelo ex-presidente da SOBED, Cleber Vargas. “Pontuo os cursos com rapidez e compareço às reuniões semestrais da AMB sempre me posicionando em defesa dos interesses da SOBED.”

O especialista atua no serviço de endos-copia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), desde 1993; no Hospital Infan-til Menino Jesus, desde 1990; no Hospital Paulistano, desde 1998; no Hospital Infantil Sabará, desde 1992; e no Hospital Metro-politano, desde 2010. Sobre a escolha pela endoscopia digestiva, Baracat afirma que é uma especialidade em franca evolução, que permite a atividade terapêutica imediata à sua vertente diagnóstica. “Amplo campo para pesquisa científica e inovação tecnológica e lugar indispensável no dia a dia hospitalar.”

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abril/junho 2011 revista sOBeD 19

este será o primeiro ano que a CNa servirá como parâmetro de validação de títulos na sOBeD. Quais benefícios o senhor destaca com essa implementação?

O objetivo principal da CNA é estimular a atualização e reciclagem dos especialistas, visando à melhoria do desempenho destes para com seus pacientes, fortalecendo o próprio Título de Especialista. A ideia cen-tral é facilitar a aquisição dos pontos, tanto que várias modalidades de atividades cien-tíficas e acadêmicas são pontuadas, basta consultar a tabela no site da AMB. Ressalto que são 20 pontos para o congresso nacio-nal da especialidade, 15 para os regionais, pontuação para cursos presenciais e pela internet, publicações, pós-graduações, par-ticipação em bancas examinadoras, con-gressos internacionais, etc.

Como funciona a CNa?A Comissão Nacional de Acreditação (CNA) da AMB foi criada em 2005 por resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que instituiu a obrigatoriedade de revali-dar os títulos de especialistas a cada cinco anos; por meio da obtenção do Certificado de Atualização Profissional, que consiste em acumular 100 ou mais pontos obtidos em atividades de atualização e reciclagem. A obrigatoriedade é para os médicos que adquiriram seus títulos a partir de janeiro de 2006, sendo opcional para os demais. A CNA é formada por seis membros: três da AMB e três do CFM, sendo assessorada por um representante indicado de cada espe-cialidade. A comissão recebe os cursos para avaliar a pontuação, que basicamente se-gue o critério da carga horária e encaminha aos representantes das especialidades. Nós, representantes, avaliamos a procedência e a veracidade do curso, sua carga horária, pontuamos e devolvemos para a CNA, que é a responsável por finalizar o processo de pontuação. Várias outras atividades ofere-cem pontuação fixa e nem passam por nos-sa avaliação, como congressos nacionais, regionais e internacionais, publicações, pós-graduações e atividades acadêmicas. Fo

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Cabe à equipe da CNA a organização do sistema

de pontuação de todas as especialidades

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DNA Renato Baracat

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A tabela de pontuações está no site www.cna-cap.org.br. A partir do momento que o médico conquista o título de especialis-ta, deve cadastrar-se neste site para iniciar a contagem de pontos. Se após cinco anos não obtiver 100 pontos, terá que fazer nova prova de título de especialista.

Por que essa validação foi criada?Desde o inicio da década passada, a AMB e o CFM trabalhavam no projeto de criar um mecanismo de controle de qualidade dos títulos de especialista que estimulasse a atualização dos conhecimentos médicos de seus especialistas. Tornando, assim, obrigatória a reciclagem médica por meio de modalidades de atividade científica e acadêmica. Foram feitas consultas públi-cas, até que chegou a uma resolução que implantava a obrigatoriedade de revali-dação dos títulos de especialista conquis-tados após janeiro de 2006, a cada cinco anos. Esta é uma forma de valorizar o es-pecialista perante a comunidade médica e a sociedade em geral. Prática já adotada há tempos em vários países.

Como funciona o “pagamento” dos pontos dos especialistas (3%) por parte das sociedades médicas?

Recentemente, a CNA alegou que os cus-tos do sistema não poderiam ser arcados pela AMB. Sendo assim, a comissão de-cidiu repassá-los aos agentes diretamente envolvidos. Isto é, as sociedades das es-pecialidades e os especialistas. Então, os coordenadores dos cursos devem embu-tir nos seus custos uma quantia que será destinada à CNA. Vale lembrar que só se repassa os 3% referentes ao médico ins-crito no curso ou congresso que irá usar a pontuação junto à CNA.

De que forma o trabalho da CNa vem sendo desenvolvido dentro da sOBeD?

Estamos trabalhando em duas frentes: na oferta de cursos em todo o Brasil e nos alertas aos novos especialistas sobre a obri-gatoriedade de revalidar o título, por uma

Baracat: “O especialista em endoscopia

pode pontuar fazendo cursos de outras

especialidades”

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Estamos trabalhando emduas frentes: na oferta de cursos em todo o Brasil e nos alertas aos novos especialistas sobre a obrigatoriedade de revalidar o título

resolução de instância superior, o CFM. Na primeira frente, estimulando e cobrando dos especialistas experientes a oferta de cursos, tanto presenciais quanto à distân-cia, sendo que a própria SOBED aumentou muito as possibilidades de educação con-tinuada, simpósios e cursos, também pela internet. Lembro que o especialista em en-doscopia pode pontuar fazendo cursos de outras especialidades que solicitaram pon-tuação à SOBED. Os próprios organizado-res de cursos têm interesse em divulgar a quais especialistas seus cursos pontuam.

Qual a importância da pontuação para o espe-cialista?

A importância está na obrigatoriedade de dedicar parte de seu tempo para atu-alização dos conhecimentos teóricos e práticos, tornando-se, assim, um espe-cialista cada vez melhor preparado para oferecer um atendimento qualificado aos seus pacientes. O que fortalece a necessidade dos consumidores dos ser-viços de endoscopia em exigir especia-listas da SOBED.

Quanto tempo é necessário para que a pon-tuação apareça no site da CNa e histórico do médico?

Cabe à equipe da CNA a organização de todo o sistema de pontuação de todos os especialistas de todas as especialidades. Daí os atrasos na atualização dos históri-cos. A CNA garante que todos os pontos serão computados.

Os especialistas devem enviar suas pontuações à sociedade? se sim, por quê?

Para a SOBED, não. Devem enviar para a CNA. É importante ressaltar a necessida-de de todo especialista, a partir de 2006, cadastrar-se no site cna-cap.org.br para que a CNA credite os pontos conquista-dos na conta de cada especialista.

especialistas anteriores a 2005 podem revalidar o título? Por quê?

Os profissionais com título anterior a Foto

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2005 podem entrar no programa de re-validação, porém, não são obrigados, uma vez que a resolução não pode ser retroativa. Caso entrem no programa, terão que revalidar o título a cada cin-co anos, como os demais especialistas a partir de 2006.

De que forma isso interfere na retomada da endoscopia digestiva enquanto especialidade médica?

De nenhuma forma direta. Contudo, a AMB reserva os direitos da especialidade ‘endoscopia’ para a SOBED. Daí a impor-tância de estimular os coordenadores de cursos em todo o Brasil a mandarem to-dos os cursos e atividades científicas para a CNA, mesmo os de pequena duração. Com isso, deixamos claro à comunida-de médica o peso e o grande espaço que nossa especialidade tem na Medicina in-terna e cirúrgica

Por que o senhor optou por atuar diretamente na CNa?

Fui convidado pelo então presiden-te da SOBED, Cleber Vargas [gestão 2004/2006]. Desde então, venho me mantendo nessa função pelas sucessivas presidências. Pontuo os cursos com rapi-dez e compareço às reuniões semestrais da AMB, sempre me posicionando em de-fesa dos interesses da SOBED.

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cobertura 1o Fórum Nacional de Honorários Médicos

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semente

Por Rodrigo Moraes

LaNÇaDaIniciativa inédita na história da SOBED,

1º Fórum Nacional de Honorários Médicos eCooperativa de Endoscopia reuniu presidentes das

unidades estaduais, das comissões e a diretoriaexecutiva para discutir assuntos estratégicos

aSociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) se mobiliza diante da necessidade de fortalecimento nas negociações com os con-vênios e planos médicos. O 1º Fórum Nacional de Honorários Médi-cos e Cooperativa de Endoscopia, realizado em Curitiba (PR), entre os dias 08 e 09 de abril, foi uma semente lançada. O encontro teve presença de mais de 50 participantes e das 24 Unidades Estaduais ligadas à SOBED. Havia presidentes e representantes de 21 delas..

“Quando tivemos a ideia de realizar um Fórum só de honorários médicos e cooperativas médicas de endoscopia, não imaginávamos que tomaria essa proporção”, comemora o idealizador do fórum e presidente da SOBED, Sérgio Bizinelli. Segundo o endoscopista, a ex-pectativa inicial era contar com, no máximo, 50% ou 60% dos con-vidados. “E, qual foi a nossa surpresa, nós chegamos hoje a 95% dos convidados presentes. O pessoal realmente vestiu a camisa.”

Devido a este apoio, foi importante a participação de todos os presidentes e representantes das Estaduais, das comissões e da di-retoria. . Bizinelli acredita que esse primeiro passo seja importante, pois “o médico está vivendo uma situação difícil e, assim como foi comentado durante as discussões, a pior maneira de lidar com essa situação é a passividade”. Fo

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Especialistas de todo

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o Fórum de Curitiba

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a organização do evento com três ou quatro anos de antecedência.

Em seguida, o presidente da Comissão Eleitoral, Estatutária, de Regimentos e Re-gulamentos, Carlos Marcelo Dotti, levan-tou a discussão sobre alguns pontos rela-cionados ao processo eleitoral da SOBED. Durante o discurso, Dotti ressaltou a im-portância de expor aos sócios que opinem sobre melhorias do estatuto, regimentos ou regulamentos. “Esta comissão está aberta a sugestões.”

Depois desta apresentação, foi a vez do presidente da Comissão Científica da SOBED, Carlos Cappellanes, trazer as ações desta co-missão. Entre elas está a reedição do livro da SOBED, a participação em livros de outras en-tidades, organização de congressos, simpósios e a viabilização de novos temas para as ofici-nas da Sociedade (confira reportagem comple-ta nesta edição da Revista SOBED com todas as ações da Comissão em desenvolvimento).

Antes de um intervalo para repor as energias, o presidente da comissão de Títu-lo de Especialista em Endoscopia e área de

ProgramaçãoNa abertura do Fórum feita pelo presi-

dente da SOBED, foram apresentadas ações e objetivos da gestão da diretoria. O intuito foi informar aos presidentes das unidades estadu-ais sobre os trabalhos que vêm sendo desen-volvidos. Além disso, Bizinelli ressaltou outro fator importante do Fórum: a oportunidade de conhecer os representantes das estaduais da SOBED. “Não acredito que um presidente governe um país sem conhecer seus ministros. E conversando com muitos de vocês aqui, é a primeira vez que tenho um contato direto com pelo menos 60% das pessoas que assumiram a presidência das estaduais.”

Entre os tópicos apresentados, houve a confirmação de que Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) em 2012 será re-alizada na cidade de Fortaleza (CE). E duran-te a SBAD deste ano, em Porto Alegre (RS), serão escolhidas as cidades para o encontro em 2013, 2014 e 2015. Na capital cearen-se, serão definidas também as três edições seguintes. Bizinelli comenta que, a partir de agora, haverá condições de planejar melhor

1. Alinne Bessa (AM), ao lado

de representantes de outros

estados

2. À direita, Carlos Cappellanes

em debate com participantes

do fórum

3. Revista SOBED com novo proje-

to circulou durante o evento

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atuação em endoscopia digestiva, Fábio Segal, parabenizou a diretoria pela opor-tunidade única de reunir todas as unida-des estaduais e as comissões da SOBED. “Ainda mais para discutir algo que é re-almente estratégico para que a nossa ‘empresa multinacional’ cresça e se torne uma grande SOBED, forte e com ideias que tenham futuro.”

Na ocasião, Segal ressaltou o processo de estruturação pelo qual as provas teóri-cas e práticas vêm passando. “Hoje nós te-mos um exame endoscópico de avaliação de cada candidato, uma arguição oral e um exame de currículo.” Além disso, uma novidade para 2011 está sendo a reali-zação de duas provas teóricas no ano. A primeira vai acontecer em Goiânia (GO), durante o 5º Simpósio Internacional, e a outra na SBAD, em Porto Alegre (RS).

Ainda no período da manhã – e para fechar o ciclo de apresentações das comis-sões da SOBED –, a presidente da Comis-são de Ética e Defesa Profissional, Vera Mello, fez uma apresentação sobre o tra-

ImpressõesUm evento como este fortalece as Estaduais em um quadromais participativo dentro da SOBED Nacional. Em relação àrepercussão nas Estaduais, os temas aqui debatidos vão serbastante importantes. Houve um sentido de orientação, depostura das Estaduais, sobre como formar as comissões dehonorários médicos, para cobrar os planos de saúde. Alémdisso, pude perceber que já existem trabalhos em outrasEstaduais nessa linha. Nós, do Piauí, vamos nos esforçarpara implantar uma cooperativa de endoscopistas no estado,seguindo o exemplo de sucesso da cooperativa cearense.Antonio Moreira (à direita), presidente da SOBED Piauí

O fórum está sendo um instrumento de munição de informações e de montagem de estratégias para sobrevivência dos endoscopistas. Sendo assim, cada um pode se basear nas experiências anteriores da sua própria região, no que deu certo ou não, e também trazer um pouco das experiências vividas em outras regiões, adaptando-as à sua realidade. O estado do Pará já teve uma cooperativa de endoscopistas, mas foi fechada por falta de adesão. Não havia naquele momento essa mesma vontade e necessidade de melhoria da relação médico/plano de saúde, assim como não havia tanta necessidade de atualização dos honorários médicos. Hoje, nósentendemos que o momento é extremamente oportuno paravoltar a discutir a criação de uma cooperativa.Marcos Moreno Domingues (à esquerda), presidente da SOBED Pará

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balho da comissão nas suas diferentes esfe-ras de atuação: Associação Médica Brasileira (AMB), Agência Nacional de Vigilância Sani-tária (Anvisa), Conselho Federal de Medicina (CFM), na SOBED e também no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Vera ressaltou que a especialidade endoscó-pica entrou na Classificação Brasileira de Ocu-pações (CBO), do MTE. “Não tínhamos nada dos nossos procedimentos, da nossa profissão, na CBO. Participamos de uma reunião da Fipe [Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas] e conseguimos inserir a nossa especialidade.”

A presidente da Comissão de Ética e De-fesa Profissional apresentou ainda um pano-rama do passado e do presente sobre a tabe-la da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). “Um avanço de extrema importância que aconte-ceu na AMB recentemente é que a 6ª versão da CBHPM, a partir de agora, substitui as de-mais listas da AMB. Nunca isso havia saído do papel. Ou seja, na realidade, nós tínhamos até o momento todas as listas da CBHPM em vigor. Isso é realmente muito bom para nós.”

Após o almoço, o advogado da SOBED,

4. Da esquerda para a direita, Thiago Secchi,

Vera Mello e Artur Parada

5. Presidente da Comissão de Título de Especialista

e Área de Atuação, Fabio Segal

6. Coordenador da Comissão de Implementação

de Comissões de Honorários Médicos,

Ética e Defesa Profissional, Luiz Fernando Tullio

7. Sérgio Bizinelli, o representante da

Bio Imagem, Mauro Jankelovicius,

Carlos Cappellanes e Artur Parada

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As empresas Bio Imagem, Fujinon, Lifemed,

Nycomed, Olympus e Pentax apoiaram a SOBED

na realização do 1º Fórum de Honorários e Coo-

perativa Endoscópica. A Bio Imagem formalizou

a doação de uma cápsula endoscópica para a

SOBED. O local de instalação do material ainda

será definido.

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José Luiz Barbosa Pimenta Junior, levantou algumas questões jurídicas sobre a negocia-ção com os planos de saúde e a possibilida-de de entrar com ações jurídicas de caráter declaratório de direito. A proposta é agregar mais uma via de luta pelos honorários, diante de cuidados para que estas ações não se vol-tem contra os endoscopistas.

Como conclusão da palestra, Pimenta ressaltou haver um entendimento de que os honorários profissionais se constituem em prerrogativa e, não, em mero privilégio ou fa-vorecimento. Portanto, há um alicerce jurídi-co e ético para a defesa de uma condigna re-muneração dos profissionais médicos. “Existe a possibilidade de uma pretensão judicial, pela via coletiva, com vistas à declaração das hipóteses contratuais de descredenciamento motivado, evitando represálias, revisão de glosas, forma de reajuste dos honorários, pe-nalidade pelo atraso no pagamento, reposi-ção dos custos, aplicação da CBHPM, entre outros aspectos.”

Com o tema “Estratégias para negociação de honorários com os prestadores de saúde/convênios”, Francisco José Medina Pereira

Caldas (RJ), membro da Comissão de Ética e Defesa Profissional, ponderou sobre ne-cessidade de organização dos profissionais. Medina comentou que, se a endoscopia não se unir e falar ‘a mesma língua’, entender a CBHPM e as regras da Anvisa no momento da fiscalização, os profissionais não conseguirão fazer valer suas vontades.

Na sequência, Bizinelli falou sobre a im-portância da implantação de uma comissão de honorários médicos dentro das unidades estaduais. Cada região possui especificida-des e características distintas que dificultam ações mais consistentes da SOBED Nacional. “Ainda não existem comissões de honorários médicos em, pelo menos, 50% das unidades estaduais. Uma das metas da nossa gestão é fazer com que esse número aumente consi-deravelmente.” O objetivo da SOBED é cons-cientizar os presidentes das Estaduais e fazer com que eles procurem a Comissão Nacional para saber como conduzir e estruturar esse processo de implantação.

Nos estados que possuem essas comissões, ainda que defasados, as formas de negociação são mais bem estruturadas que nas demais

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unidades. Um exemplo disso vem do estado do Paraná. “A comissão paranaense está em funcionamento, existe há 16 anos e conse-guimos negociar algumas coisas. Dentro das especificidades de cada estado, é importante ressaltar que a comissão esteja sempre em consonância com as diretrizes da comissão nacional”, ressalta Bizinelli, ex-presidente da Estadual Paranaense.

Ainda sobre este tema, o coordenador da Comissão de Implementação de Comissões de Honorários Médicos, Ética e Defesa Profis-sional nas unidades estaduais, Luiz Fernando Tullio, apontou em sua apresentação a des-valorização progressiva dos honorários nos últimos anos. “Para um aumento de 130% no valor dos planos de saúde, houve um repasse de apenas 44% para o médico.”

Durante espaço aberto para discussões entre os participantes, o ex-presidente da SOBED, Artur Parada, resumiu esta questão. “Estamos vivendo a precarização das rela-ções trabalhistas”, disparou. Tullio, por sua vez, explicou que a Constituição Federal de 1988, no capítulo dos Direitos Sociais, define

que salário mínimo deve cobrir todas as ne-cessidades do trabalhador e de sua família. Além de ser unificado em todo o território nacional e reajustado periodicamente para garantir seu poder aquisitivo.

Portanto, pode-se fazer uma junção des-sas informações, com as definições sobre sa-lário mínimo estipuladas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o cenário atual. Os honorários médicos satisfatórios devem cobrir todas as necessidades do endoscopista e de sua família e terem um valor mínimo unificado em todo o território nacional. “Po-rém, deve respeitar as regionalidades para valores superiores e ser reajustado periodi-camente para garantir seu poder aquisitivo e de manutenção de suas atividades dentro dos preceitos da ética e da qualidade médica”.

Ao final da tarde, o 1º tesoureiro da SOBED, Thiago Secchi, mostrou um panorama sobre os números gerais – e por estado – de sócios. Ele ressaltou a importância de uma campa-nha para reverter o número de sócios inadim-plentes da SOBED. Houve ainda um espaço para as empresas patrocinadoras do evento e, para finalizar o dia, os convidados foram le-vados para jantar no Restaurante Madalosso, no Jardim Santa Felicidade.

CooperativismoO segundo dia do Fórum tratou de coo-

perativas, tema que vem sendo amplamente discutido dentro das sociedades de especiali-dades. Para o advogado do ramo cooperativo e de direitos médicos, Giovanni Paulo de Vas-concelos Silva, diversos fatores interferem no desenvolvimento de cooperativas. Entre eles, necessidade, viabilidade, união do grupo, busca por fortalecimento nas negociações, ligação com a sociedade da especialidade, in-vestimento e efetivação de contratos.

Com o exemplo positivo do Paraná, o anestesiologista Eduardo Ferreira de Oliveira Filho, vice-presidente da Federação Brasileira das Cooperativas de Anestesiologia (Febra-can) e ex-presidente da Cooperativa Para-naense de Anestesiologistas (COPAN), apre-sentou perfil da entidade criada em 1982 no

Advogado da SOBED

José Luiz Barbosa

Pimenta Junior

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em ação 5o Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva

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Viaduto João Alves de Queiroz,

em Goiânia (GO)

C om palestras ministradas por es-pecialistas reconhecidos interna-cionalmente como Claude Ligu-ory e Horácio Gutiérrez Galiana, acontece em Goiânia (GO), entre

os dias 10 e 11 de junho de 2011, o 5º Simpó-sio Internacional de Endoscopia Digestiva. A expectativa da SOBED é receber no encontro mais de 300 participantes, reunidos com o propósito de atualização científica e troca de experiências com os demais endoscopistas.

Logo no início do encontro, serão realiza-das duas mesas-redondas simultaneamente nas salas A e B sobre “DRGE” e “Preparo do paciente para endoscopia digestiva”. A par-tir das 10h30, uma conferência internacional abordará “O novo e o bom no diagnóstico e tratamento endoscópico no Esôfago de Bar-rett”, e mesas-redondas colocarão em discus-são o “Diagnóstico e tratamento da pancrea-tite aguda e crônica” e “Intestino médio”.

Na parte da tarde, mais duas mesas-redondas que acontecem simultaneamente abordarão “Hemorragia digestiva alta” e “Via biliar”. E após as 15h30, uma conferência in-ternacional colocará em pauta o tema “Tips and tricks for reduncingc omplications of bilio pancreatic endoscopy”. A última mesa-redon-da do dia discutirá “Pólipos e lesões planas”.

Em paralelo à programação científica do primeiro dia de simpósio, serão realizadas as provas para obtenção do Título de Especia-lista em Endoscopia (TEE) e Certificado de Área de Atuação em Endoscopia Digestiva.

Segundo diaAssim como no primeiro dia, duas mesas-

redondas simultâneas abrirão o segundo dia de simpósio com os temas “Cirurgia bariátri-ca” e “Diagnóstico e tratamento endoscópico das lesões precoces do aparelho digestivo”.

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EnDoSCopIa

glOBal

Quinta edição do SimpósioInternacional de Endoscopia Digestiva

reúne renomados especialistas docenário nacional e internacional

A partir das 10h30 será iniciada uma confe-rência internacional sobre “O endoscopista e a cirurgia bariátrica” e uma mesa-redon-da sobre “Tumores subepitelias” finalizará a sessão. Na outra sala, estará em debate o “Diagnóstico e tratamento endoscópico das neoplasias malignas avançadas do aparelho digestivo” em outra mesa-redonda.

Debates sobre “Hemorragia digestiva baixa” e “Acessos enterais – quando indi-car?” abrirão a tarde do segundo dia de sim-pósio. O curso “Suporte de Vida Avançado em Endoscopia – SAVE” e a mesa-redonda “Megaesôfago, estenoses de esôfago e corpo estranho, esofagite eosinofílica” encerram a quinta edição do simpósio. Por enquanto, o Simpósio é a única oportunidade de os espe-cialistas conferirem as questões abordadas no SAVE, mas existe a possibilidade de fu-turamente o curso se tornar tema das “Ofi-cinas SOBED”.

espeCialiDaDe iBerO-aMeriCana

Formado em Medicina pela Universidad de la Republica Del Uruguai, Horácio Gutiérrez Galiana especializou-se em gastro-

enterologia no Uruguai, Alemanha, Inglaterra, Suécia e Japão.

Após adquirir experiência atuando nestes países, Galiana vol-

tou ao Uruguai para exercer sua profissão. Presidiu a Sociedad Uruguaya de Gastroenterologia, de 1990 a 1992; a Sociedad Uruguaya de Endoscopia Digestiva, de 2000 a 2002; a Sociedad Uruguaya de Coloproctologia, em 1983; e foi vice-presidente da

Sociedad Interamericana de Endoscopia Digestiva (SIED).

Atualmente, Galiana é chefe do serviço de Endoscopia Digestiva

da Associacion Española Primera de Socorros Mútuos e diretor

da clínica de aparelho digestivo do Hospital Italiano de Monte-

vidéu. Além de ser membro de várias sociedades científicas e

comitês editoriais de publicações internacionais de gastroente-

rologia e endoscopia digestiva.

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abril/junho 2011revista sOBeD

em ação 5o Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva

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Curso de emergênciasEmergências clínicas, sedação, ressuci-

tação e hands on, serão os temas abordados durante o Curso de Emergências em Endos-copia Digestiva, que acontece pós-simpósio, no dia 12 de junho. Dividido em cinco mó-dulos – ética e responsabilidade, vias aéreas,

sedação, situações clínicas e reanimação car-diorrespiratória.

Confira os horários da Programação Cien-tífica do 5º Simpósio Internacional de Endos-copia Digestiva e do Curso de Emergências em Endoscopia Digestiva nas páginas a se-guir. (MP)

10h30às 12h

Conferência internacional: O novo e o bom nodiagnóstico e tratamento endoscópico no Esôfagode Barrett• Papel atual da endoscopia na avaliação da DRGE não erosiva• Seguimento endoscópico do Esôfago de Barrett• Estado Atual do Tratamento endoscópico da DRGE –• Avaliação endoscópica pós-operatória da válvula anti-refluxo

Mesa-redonda: Diagnóstico e tratamento dapancreatite aguda e crônica• A microlitíase deve ser pesquisada na pancreatite agudarecorrente?• Quando realizar a papilotomia na pancreatite aguda?• Qual a contribuição do endoscopista na pancreatite crônica?

Mesa-redonda: Intestino Médio• Sangramento obscuro GI - diagnóstico e tratamento. Cápsula ou enteroscopia?• Doença de Crohn – quando avaliar o intestino delgado?• Poliposes: conduta e seguimento endoscópico• Diagnóstico e seguimento endoscópico da doença celíaca

10h às 10h30 - Coffee-break

13h30às 15h

Mesa-redonda: Hemorragia Digestiva Alta• HDA não varicosa – abordagem endoscópica• HDA varicosa: abordagem no episódio agudo• HDA varicosa: profilaxia secundária• HDA varicosa no paciente Child C – O que existe de novo?

Mesa-redonda: Via Biliar• Abordagem e tratamento endoscópico das estenoses benignasda via biliar principal• Tratamento endoscópico dos tumores ampulares e periampulares• Canulação difícil da via biliar• Profilaxia das complicações da CPER

12h às 13h30 - Almoço

15h30às 17h

Conferência internacional: Tips and Tricks for reduncingComplications of Bilio Pancreatic Endoscopy• HDA não varicosa – abordagem endoscópica• HDA varicosa: abordagem no episódio agudo• HDA varicosa: profilaxia secundária• HDA varicosa no paciente Child C – O que existe de novo?

Mesa-redonda: Pólipos e lesões planas• Melhorando a acurácia diagnóstica• Diagnóstico endoscópico diferencial de lesões colorretais• Técnicas de ressecção• Manejo das complicações

15h às 15h30 - Coffee-break

8h30às 10h

Mesa-redonda: DRGE• Papel atual da endoscopia na avaliação da DRGE não erosiva• Seguimento endoscópico do Esôfago de Barrett• Estado Atual do Tratamento endoscópico da DRGE –• Avaliação endoscópica pós-operatória da válvula anti-refluxo

Mesa-redonda: Preparo do pacientepara endoscopia digestiva• Mesa-redonda: Preparo do pacientepara endoscopia digestiva• Preparo para EDA em situações especiais:megaesôfago, DM e anti coagulados• Preparo de intestino delgado e cólon• Sedação em endoscopia• Antibioticoprofilaxia na endoscopia

10 de junho de 2011

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8h30às 10h

Mesa-redonda: Cirurgia Bariátrica• Balão intragástrico: Indicações, resultados e complicações• Técnicas cirúrgicas na obesidade• Endoscopia diagnóstica do paciente com cirurgia bariátrica• Tratamento endoscópico das complicações pós-cirúrgicas

Mesa-redonda: Diagnóstico e tratamentoendoscópico das lesões precoces doaparelho digestivo• Como detectar as lesões pré-malignas• Como melhorar a acurácia• Critérios para tratamento endoscópico• Mucosectomia X dissecção endoscópica submucosa

15h30às 17h

Desinfecção Endoscópica• Saneantes• Processamento de Acessórios Reutilizáveis• Processamento de Endoscópicos

Mesa-redonda: Megaesôfago, estenoses de esôfagoe corpo estranho, esofagite eosinofílica• Diagnóstico e tratamento endoscópico• Tratamento endoscópico das estenoses benignas• Corpo estranho: Conduta endoscópica• Esofagite eosinofílica: diagnóstico e conduta

15h às 15h30 - Coffee-break

13h30às 15h

Mesa-redonda: Hemorragia Digestiva Baixa• Principais causas: diagnóstico endoscópico• Estratégia diagnóstica – quando e como?• Terapêutica endoscópica – Métodos e resultados• Radiologia intervencionista na HDB

Mesa-redonda: Acessos enterais – Quando indicar?• Sondas nasoenterais• Gastrostomia• Jejunostomia• Complicações e cuidados

12h às 13h30 - Almoço

10h30às 12h

Conferência internacional:O Endoscopista e a Cirurgia Bariátrica

Mesa-redonda: Tumores Subepiteliais• Diagnóstico endoscópico diferencial entre tumor subepiteliale compressão extrínseca• A ecoendoscopia no diagnóstico etiológico dos tumores epiteliais• Quando e como fazer a punção ecoguiada no diagnóstico de GIST?

Mesa-redonda: Diagnóstico e tratamento endoscópico asneoplasias malignas avançadas do aparelho digestivo• Esôfago• Estômago e duodeno• Bilio-pancreática• Cólon

10h às 10h30 - Coffee-break

11 de junho de 2011

12 de junho de 2011 - save suporte de vida avançado em endoscopiaMódulo: Ética e ResponsabilidadeLegislação atualizada;Padrões mínimos para realização de procedimentos endoscópicos;Acionamento dos serviços de emergência;Procedimentos institucionais pós-complicação;Qualidade e segurança na prática médica.

Módulo: Vias AéreasManuseio básico e avançado das vias aéreas;Dispositivos para manejo das vias aéreas;Hipóxia;Broncoespasmo.

Módulo: SedaçãoDefinições de sedação;Técnicas de sedação;Principais fármacos utilizados.

Módulo: Situações ClínicasUrgências e emergências hipertensivas;Dor torácica e síndrome coronariana;Reações anafiláticas e anafilactóides;Hipoglicemia e crises convulsivas.

Módulo: reanimação cardiorrespiratóriaSistematização do atendimento à pcr;Arritimias cardíacas e pcr;Utilização do cardiodesfibrilador / dea.

Recursos FornecidosManequins realísticos de treinamento;Acessórios para demonstração e simulação de acesso às vias aéreas básicos e avançados (máscaras faciais, AMBU, laringoscópios, tubos traqueais, dispositivos supra-glóticos, kits para cricotireoidostomia);Dispositivos para simulação de atendimento a situações de emergência.

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você Gastronomia

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Por Bruno T. Bartaquini

Paixão conjuntaComo um casal de médicos descobriu os saberes

e sabores de uma planta tropical

H á aproximadamente vinte anos, quando a gastroenterologista Paula Bechara Poletti ingressou no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, seu foco

jazia na residência que ainda iria fazer e na prática de uma especialidade que a interessa-va cada vez mais. “Escolhi a endoscopia por-que é uma área que alia os conhecimentos da ‘gastro’ com procedimentos e técnicas”, ela explica. Paula, que também trabalha no Hospital 9 de Julho, completa: “É o meio do

caminho entre o clínico e o cirurgião”. No Servidor, onde é hoje diretora do Departa-mento de Gastroenterologia, conheceu o mé-dico cardiologista Ederlon Rezende, mas não podia imaginar que a vida de ambos se uniria permanente pela medicina, pelo casamen-to e por uma planta, mais especificamente, uma semente.Entre as cirurgias, tratamentos conjuntos e a rotina da prática hospitalar, se formou um casal de médicos que, para além do amor pela arte de Hipócrates, comparti-lhava a paixão do historiador Heródoto por Fo

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SERVIÇO

Galeria Chocolate

Rua Gaivota, 779.

Moema,

São Paulo (SP)

(11)5051-1302

www.galeriachoco-

late.com.br

wassabi ou de azeite de oliva. Há, ainda, uma quinta linha, em que o cliente pode escolher a combinação que lhe for atraente.

Mas médicos mesmo fora dos hospitais continuam dentro da saúde. A Galeria Cho-colate oferece um inusitado serviço de choco-laterapia, em que o cliente vive a experiência de ser um verdadeiro mestre cuca. “Você es-colhe o chocolate, o recheio e relaxa enquan-to concretiza sua ideia. Além de aprender to-das as etapas, no final do processo você ainda tem um chocolate único, que serve como um excelente presente, por exemplo”, detalha Paula. “E não é necessário ser cozinheiro, porque todo o processo é acompanhado pelo nosso chef”, complementa Ederlon.

A galeria é climatizada porque os funcio-nários, todos gastrônomos formados, produ-zem os chocolates lá mesmo, à vista de todos. Entre bombons, ovos, balcões e mesas, apare-cem esculturas feitas com chocolate; um de-licado sapato, um grande troféu e um busto de mulher pesando 45 quilos. Isso inspira a pergunta: e se a “chocofagia” for excessiva? Será que a endoscopista já atendeu muitos casos de intoxicação por chocolate? “Não, não. Felizmente são raros os pacientes neste quadro”, ela responde. Ora, se a intoxicação é fenômeno raro, em um ambiente desses a adição é quase completamente certa.

viagens, pelo descobrimento de novas e di-ferentes culturas. E foi nessas andanças pelo exterior, entre um congresso e outro, que Paula e Ederlon toparam com a divina plan-ta: a Theobroma cacao.

Nativo da América Central, o cacau era usado pelos astecas para produzir uma be-bida amarga e energética que chamavam xochoatl. Hernan Cortez e seus conquistado-res do século XVI destruíram o império, mas trouxeram seus tesouros, e nos porões dos galeões imperiais, entre as toneladas de ouro derretido, constavam as singelas sementes que trariam uma revolução gustativa para o resto do mundo. Dos tempos de Cortez até os dias atuais, a adoração mundial pelo choco-late só aumentou.

E, como o vinho, sua produção de varie-dades e apreciação tornou-se tão sofisticada que ganhou status de arte. E pela arte de fa-zer juntar paixões, Paula e Ederlon uniram o útil ao agradável. “Eu, como quase toda mu-lher, sempre fui apaixonada por chocolate. Já meu marido gosta da alquimia de sabores, de tudo o que é gourmet. Então tivemos a ideia: por que não fazer um chocolate de qualidade com recheios exóticos e brasileiros?”

A idealização dos médicos logo se trans-formou em concretude quando firmaram uma parceria com o empresário Carlos Fer-reira e o chef chocolatier Diego Lozano. Em outubro de 2008, nasceu a Galeria Chocolate, localizada no bairro paulistano de Moema. A proposta era trazer para o público as mais variadas possibilidades de sabores, os quais foram divididos em quatro linhas principais. A primeira, Tradição, produz os chocolates já consagrados, em combinações clássicas com menta, canela, etc.

Já a linha Brasilidade introduz sabores na-cionais, como o praliné de cajá ou de bacuri. Os chocolates De Origem buscam um único tipo de cacau, pois habitualmente os choco-lates são formados por um blend de diversas regiões, além de possuírem um percentual maior da semente. Finalmente, os Exotic, que segundo o atual chef Daniel Golberg são os preferidos do público, são misturas inusi-tadas e surpreendentes, como o ganache de

Bruno t. Bartaquinié jornalista e escreve sobre ciências

humanas, filosofia, história e sociologia

Prazer POssível

Não por acaso, o chocolate é um dos alimentos mais desejados do mundo. Seus efeitos

são poderosos e na maioria das vezes benéficos. O simples ato de ingerir um chocolate

provoca uma reação cerebral cinco vezes mais forte do que a de um beijo. Estudos su-

gerem uma ação antidiarreica e uma possível melhora em mulheres sofrendo de tensão

pré-menstrual. O que se sabe é que os flavonóides da semente do cacau têm efeito

antioxidante que, como uma taça de vinho tinto, previnem a formação de placas nas ar-

térias e promovem pequena redução na pressão sanguínea. “A vantagem é que ninguém

vai te parar no trânsito por ter comido uma barra de chocolate”, finaliza Ederlon.

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turismo Goiânia

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manual do exploradorgOiânia:

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H á uma diferença essencial em re-lação às regras urbanísticas das outras capitais brasileiras que o andarilho debutante em Goiânia (GO) pode deixar passar desper-

cebida. Como Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG), e ao contrário da maioria das metró-poles tupiniquins, a cidade foi planejada. Portanto, ao se deparar com bairros nome-ados como Setor Central, Setor Oeste (onde será o 5° Simpósio Internacional da SOBED) ou vias como a Avenida T3, o recém chega-do pode sentir um estranhamento seguido da

natural desorientação, que sempre acompa-nha alguém visitando uma cidade complexa pela primeira vez.

Afora estas peculiaridades, grande parte da região metropolitana é tal qual suas irmãs brasileiras, pois Goiânia foi organizada ini-cialmente para 50 mil habitantes e, hoje, che-gando a mais de 1,3 milhão de almas, cresceu muito além do desenho original. Mas por que não começar a visita com a parte planejada, a partir de seu ponto zero? A Praça Cívica, a primeira da cidade, foi construída no ano de fundação de Goiânia, em 1933.

turismo Goiânia

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Entre 10 e 12 de junho, a cidade sedia o5° Simpósio Internacional da SOBED, ótima oportunidade para aproveitar esta capital em suas múltiplas experiências sensoriais

Nela encontramos o famoso Monumento às Três Raças, esculpido em 1968 em homena-gem à miscigenação brasileira, o Palácio das Esmeraldas, residência oficial do governador de Goiás, e o prédio da administração finan-ceira do estado. Como se não bastasse, na pra-ça também fica o Museu Zoroastro De Andra-de que, fundado em 1946, possui um acervo bastante eclético, que inclui desde utensílios de arte indígena e obras de arte sacra até aves do cerrado e minerais brasileiros. Seu prédio é um exemplo de arquitetura em art-decó, estilo marcante e muito presente por toda a cidade.

Caminhando três quadras desde nosso pon-to de partida, pode-se chegar ao Bosque dos Buritis. O parque é um dos principais cartões portais de Goiânia e merece uma volta por seus 141 mil metros quadrados de área verde. O visitante com certeza verá o maior jato d’água da América do Sul e, talvez, topará com o Mo-numento à Paz Mundial, que recebe terra de quatro países diferentes todo ano, para cele-brar a união entre as nações. E se a sede de arte não tiver sido satisfeita, o parque ainda abriga o Museu de Arte de Goiânia (MAG), com suas mais de 700 obras, a maioria de artistas locais.

Parque Vaca Brava

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turismo Goiânia

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Por falar em atrações da própria região, o Shopping Center Flamboyant é ponto de re-ferência em lazer para a população goiana. E pode resolver tanto aquele impulso irresistível ao consumo quanto a “obrigação” de levar um souvenir para os(as) companheiros(as) que fi-caram em casa. Se o shopping não for suficien-te, a Feira da Lua, com suas roupas, produtos místicos, artesanatos, doces, tortas, pratos tí-picos e salgados, certamente dará conta. Além disso, fica em local privilegiado da cidade.

Todavia, se o turista for amante da na-tureza e o tempo sobrar, não terá de se ater ao Buritis, pois Goiânia é tão bem servida de parques que é a cidade brasileira, e a segunda do mundo, vale notar, com o maior índice de área verde por habitante. O Parque Areião, na região Sul, o Parque Botafogo, no Setor Leste, o Mutirama, no Setor Central, e o Jardim Zoo-lógico, no Setor Oeste, asseguram um refúgio arbóreo em quase todos os cantos da cidade.

Após o sobreuso das pernas e dos olhos, o corpo certamente pedirá por um sério re-abastecimento, principalmente se no dia o termômetro estiver batendo os costumeiros 29° C da região. Eis que surge a oportunida-

de de entregar-se aos prazeres gastronômicos de Goiânia com a justificativa clássica: “Estou cansado. Eu mereço, oras”.

Muito bem, então que tal relaxar com um chope no bar Gloria? Seu estilo de botequim carioca, seus petiscos tradicionais e sua car-ta de cachaças definitivamente darão conta do recado. Mas se o desejo está mais voltado para uma cerveja e, quem sabe, um espetinho de carneiro, rume para a Cervejaria Manguei-ra e ele será atendido. Botequins não são a única opção nessa capital, fique tranquilo.

Se o objetivo é, antes de tudo, uma vas-ta carta de vinhos e um cardápio requintado, dirija-se ao Setor Marista e pergunte pelo pre-miado Piquiras. As chances de um transeunte não saber o caminho são mínimas, pois este é o restaurante mais renomado em um bairro conhecido por sua badalação. Mas se o leitor não for de Goiânia, há de querer provar o fruto da terra, o sabor único do cerrado brasileiro.

Nada como a memória gustativa de um pequi, do arroz com guariroba e do trio angu, frango e quiabo. Pois bem, o restaurante Chão Nativo está aí para isso, e ainda oferece sobre-mesas típicas da região. A comilança só termi-

1. Viaduto Latif Seba

2. Galinha com pequi,

prato típico

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na quando acaba, e uma ótima defesa contra o sol do centro-oeste é o bom, velho e delicioso sorvete. E para se aprofundar na experiência regional, peça um picolé de murici ou de cajá na sorveteria Frutos do Brasil. Ambos podem ser comidos com sal, o que adiciona excentricidade à experiência gustati-va. Satisfeito física e intelectualmente, ainda sobra a pergunta ao turista: o que fazer da noite?

Uma cidade como Goiânia abrange uma gama bastante variada de casas noturnas. Mas se a inten-ção é ouvir um bom show ao vivo, o Bolshoi Pub é o palco para o que há de melhor na cidade em matéria de MPB, rock, blues e jazz. Goiânia possui dezenas de museus e parques, bares, restaurantes e casas noturnas intocadas pelos que ainda são completos forasteiros. Para o viajante que faz as malas, a cidade destino é, antes de tudo, explo-ração. Mas se fazer planos não está em seus pla-nos, lembre-se da puxada de orelha que o filósofo latino Sêneca (4-65 dC.) deixou aos mochileiros incautos: “Nenhum vento é favorável para os que navegam sem destino”. Leve um mapa. (BT)

OnDe COMer?

Bolshoi Pub Rua T-53, nº 1140, quadra 90, lote 8, Setor Bueno

www.bolshoipub.com.br

Frutos do Brasil Avenida 85, n°3276, Setor Bueno

www.frutosdocerrado.com.br

OnDe COMprar?

Shopping Center Flamboyant Avenida Deputado Jamel Cecílio, 3300 - Jardim Goiás

www.flamboyant.com.br

Feira da LuaPraça Tamandaré - Setor Oeste (sábados, 17h-22h)

www.feiradalua.net

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ética Vera Mello

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A lertamos aos colegas endoscopistas que atentem para esta súmula da agência nacional de saúde suplementar (ans)

publicada em 13/4/2011. não se atenham ape-nas ao ato conclusivo. os ‘considerando’ trazem artigos importantes da lei nº. 9.961 e o artigo 32 da resolução cFm nº. 1.931 de 13 de outubro de 2009 (código de Ética médica) está explicitado.

Súmulanormativada ANS

AGÊNCIA NACIONAL DESAÚDE SUPLEMENTARDIRETORIA COLEGIADA

SÚMULA NORMATIVA Nº 16,DE 12 DE ABRIL DE 2011Diário Oficial da União; PoderExecutivo, Brasília, DF, 13 abr. 2011.Seção I, p.22

a diretoria colegiada da agência nacio-nal de saúde suplementar - ans, em vista do que dispõem o inciso ii do art. 10 da lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, e o inciso iii do art. 86 da resolução normativa - rn nº- 197, de 16 de julho de 2009,

considerando que algumas operado-ras de planos privados de assistência à saúde vêm adotando política de remuneração de seus prestadores de serviços de saúde basea-da em uma parcela fixa, acrescida ou não de uma parcela paga a título de bonificação;

as irregularidades precisam ser denun-ciadas na ans, especialmente pelos próprios pacientes e também pelos profissionais de saúde. os médicos poderão ser intermedia-dos pelas nossas instituições representativas: soBed, conselho Federal de medicina (cFm), conselhos regionais de medicina (crms), associação médica Brasileira (amB), Federação nacional dos médicos (Fenam) e também pelos sindicatos. essa intermediação presta-se a preservar a identificação do médi-co e/ou do serviço na denúncia que precisa estar adequadamente fundamentada.

Operadoras de planos privados são vedadasde adotar mecanismos de regulação que inibamsolicitação de exames diagnósticos

Por Vera Mello

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abril/junho 2011 revista sOBeD

vera Mello, coordenadora da Comissão de Ética eDefesa Profissional da Sociedade Brasileira de

Endoscopia Digestiva – SOBED Nacional

considerando que, de acordo com tais políticas de remuneração, a referida bonifi-cação somente é paga aos prestadores de ser-viços de saúde que limitarem a determinado parâmetro estatístico de produtividade o vo-lume de solicitações de exames diagnósticos complementares;

considerando que os exames diagnós-ticos complementares têm por objetivo pro-porcionar o adequado diagnóstico de patolo-gias e orientar o tratamento dos pacientes;

considerando que o artigo 12, inciso i, alínea “b” da lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, estabelece que os planos privados de assistência à saúde, quando incluírem atendimento ambulatorial, deverão garantir a cobertura de serviços de apoio diagnóstico, tratamentos e demais procedimentos ambu-latoriais, solicitados pelo médico assistente;

considerando que o artigo 12, inciso ii, alínea “d” da lei nº 9.656, de 1998, estabele-ce que os planos privados de assistência à saú-de, quando incluírem internação hospitalar, deverão garantir a cobertura de exames com-plementares indispensáveis para o controle da evolução da doença e elucidação diagnóstica;

considerando que o artigo 18, inciso ii da lei nº 9.656, de 1998, estabelece que a marcação de consultas, exames e quaisquer outros procedimentos deve ser feita de forma a atender às necessidades dos consumidores;

considerando que o artigo 4º, inci-so Vii da lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, estabelece que compete à ans editar normas relativas à adoção e utilização, pelas operadoras de planos de assistência à saúde, de mecanismos de regulação do uso dos ser-viços de saúde;

considerando que o artigo 4º, inciso XXX da lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, estabelece que compete à ans aplicar penalidades pelo descumprimento das dis-

posições da lei nº 9.656, de 1998, e de sua regulamentação;

considerando que o artigo 3º da lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, estabelece que compete à ans regular as operadoras de planos privados de assistência à saúde, inclu-sive quanto às suas relações com prestadores;

considerando que o artigo 2º, inciso i da resolução consU nº 8, de 4 de novem-bro de 1998, veda às operadoras de planos privados de assistência à saúde a adoção de mecanismos de regulação que impliquem in-fração ao código de Ética médica ou odon-tológica; e

considerando que o artigo 32 da re-solução cFm nº 1.931, de 13 de outubro de 2009 (código de Ética médica), veda ao mé-dico deixar de utilizar todos os meios dispo-níveis de diagnóstico e tratamento, cientifica-mente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente;

resolve adotar o seguinte entendimento:

É vedado às operadoras de planos pri-vados de assistência à saúde adotar e/ou utilizar mecanismos de regulação baseados meramente em parâmetros estatísticos de produtividade os quais impliquem inibição à solicitação de exames diagnósticos comple-mentares pelos prestadores de serviços de saúde, sob pena de incorrerem em infração ao artigo 42 da resolução normativa - rn nº 124, de 30 de março de 2006.

Mauricio Ceschin, diretor-presidente da

agência nacional de saúde suplementar (ans)

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amb Associação Médica Brasileira

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O País acompanhou com grande interesse a discussão travada em torno da tentativa de retirada dos medicamentos voltados para o controle da obesidade do mercado nacional. A proposta partiu da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Baseou-se na

N ÃO fAz SeNtidO iNtrOduzir Ou retirar medicamentos no mercado nacio-nal sem ouvir os médicos que clinicam

nas especialidades que os prescrevem. São eles os que têm contato direto com os usuários, conhe-cem as suas necessidades, as limitações e a efe-tividade das diferentes alternativas terapêuticas, além de entender com clareza o lugar e as reais implicações das intervenções médicas.

Medicamentos e ocontrole da obesidade

decisão de agências estrangeiras e em pare-ceres técnicos internos, sem que fosse consi-derada a posição dos especialistas da área.

O processo desenvolveu-se em reunião em que foram apresentados os pontos de vista da Agência, tendo sido concedido aos médicos espaço para expressão nos debates. Convida-da para deles participar, a Associação Médica Brasileira (AMB) fez-se, naturalmente, repre-sentar pela Sociedade Brasileira de endocrino-logia e Metabologia (SBeM). Na ocasião, foi assinalado que o parecer da Anvisa discordava da diretriz para tratamento farmacológico da obesidade previamente elaborada pela AMB e pela SBeM. ficou evidente o desconforto cria-do pela omissão dos apresentadores, desconsi-derando a opinião dos especialistas da área.

temos por óbvio que educação alimentar e atividade física regular são fundamentais no tratamento da obesidade. Nem sempre, toda-via, tais medidas são suficientes para solução desse relevante problema. em muitos casos, é preciso acrescentar medicamentos e até mes-mo cirurgia. A AMB e a SBeM analisaram todas as evidências disponíveis na literatura médica sobre tratamento da obesidade e elaboraram diretrizes que servem para nortear a prática clínica nesse campo. incluiu-se a avaliação das indicações, contraindicações, efetividade e eventos adversos dos fármacos existentes para este fim. esse material está disponível no site www.projetodiretrizes.org.br.

Página inicial do site

do Projeto Diretrizes

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Por dentro Aparelho digestivo e saúde em destaque

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Gene KLF14 funciona como interruptor de outros genes do tecido adiposo relacionados a uma série de características metabólicas, incluindo índice de massa corporal, obesidade, colesterol, insulina e níveis de glicose. É o que revela estudo realizado por pesquisadores do King´s College London publica-do na revista Nature Genetics. Foram analisados aproximada-mente 20 mil genes em amostras de gordura de 800 voluntários e os resultados foram confirma-dos em outras 600 amostras.

Segundo o pesquisador responsável pelo estudo, Tim Spector, esse é o primeiro estu-do que mostra como pequenas alterações em um gene regula-dor podem causar outros efeitos metabólicos. Ainda de acordo com Spector, a descoberta pode auxiliar a pesquisa de novos me-dicamentos para tratar doenças relacionadas com a obesidade.

Durante audiência pública no Se-nado no dia 2 de maio, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, reiterou a ideia de se proibir a venda de medicamentos inibidores de ape-tite que contenham sibutramina e os anorexígenos anfetamínicos (anfe-pramona, femproporex e mazindol). Segundo Barbano, a decisão sobre o assunto deve ser anunciada após reunião com representantes de agên-

cias reguladoras dos Estados Unidos e da Europa, que já proibiram a co-mercialização de algumas substân-cias em discussão. De acordo com levantamento da Anvisa, são con-sumidas 58 toneladas de produtos à base de anfetamina e 24 toneladas de sibutramina anualmente no País. Na mesma ocasião, representantes dos endocrinologistas argumenta-ram que os benefícios destes medi-camentos são maiores que os riscos.

Anvisa defende proibiçãode inibidores de apetite

Gordura do corpo pode ser contro-lada por gene

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) é o único hos-pital da América do Sul a possuir um novo aparelho de ultrassom capaz de destruir tumores, chamado Hifu. Ele utiliza ondas de alta intensidade para atingir apenas o tumor. O procedi-mento é considerada não invasivo e permite ao paciente ficar consciente durante a realização. As aplicações são para miomas e metástases ósse-as. O Icesp realizou seis tratamentos

em miomas. O Hifu também está sen-do testado para tumores cerebrais, de mama e de próstata, nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia. Porém, especialistas afirmam a necessidade de mais pesquisas para comprovar a eficácia do aparelho. Ao mesmo tem-po, afirmam que a tecnologia é se-gura, mas tem limitações. Por exem-plo, a impossibilidade de ser usada em órgãos que contêm gases – como pulmão ou intestino.

Icesp tem ultrassom antitumor

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Pesquisa de Orçamentos Familia-res, realizada pelo Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE), referente aos anos de 2008 e 2009, revela que 21,7% dos jovens entre 10 e 19 anos estão acima do peso. E mais de 30% das crianças entre cinco e nove anos apresentam excesso de peso. Com o crescimento da obesida-de em crianças e jovens, aumentam também os casos de bullying. Diante disso, jovens obesos agredidos, fisica-mente e moralmente, têm procurado a cirurgia bariátrica como tratamento para a obesidade.

Em 2009 foram realizados aproxi-madamente 1,5 mil cirurgias bariátri-cas em pacientes com menos de 20

anos, representando 5% do total de cirurgias realizadas no País neste ano, segundo dados da Sociedade Brasilei-ra de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).

Segundo o cirurgião membro ti-tular da SBCBM, Roberto Rizzi, mui-tos pacientes chegam ao consultório contando o preconceito que sofrem por serem obesos. E acreditam que o procedimento cirúrgico é a única solução. Rizzi observa que a cirurgia bariátrica não é uma cirurgia estética. O paciente precisa passar por um am-plo acompanhamento e já ter tentado perder peso pelas maneiras tradicio-nais, incluindo consultas com nutri-cionistas e endocrinologistas.

Vítimas de bullying buscamcirurgia bariátrica

DDW 2011Chicago (EUA) recebeu um dos

mais importantes encontros na área da gastroenterologia no mundo, a Digestive Disease Week (DDW), de 7 a 10 de maio. O encontro reuniu cerca de 16 mil profissionais da saúde (médicos, pesquisadores e estudantes). Em 2011, foram apre-sentados mais de cinco mil estudos, divididos em mais de 400 sessões, incluindo simpósios, palestras, fó-runs e demais atividades. O DDW é promovido pela The American Asso-ciation for the Study of Liver Diseases (AASLD), pela The American Gas-troenterological Association (AGA), pela The American Society for Gas-trointestinal Endoscopy (ASGE) e pela The Society for Surgery of the Alimentary Tract (SSAT).

Com o crescimentoda obesidade em crianças e jovens,aumentam tambémos casos de bullying

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DDW, um dos maiores eventos do mundo em gastroenterologia

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abril/junho 2011revista sOBeD

Por dentro Aparelho digestivo e saúde em destaque

46

Pílula reduz aproximadamente 10% do peso corporal após um ano de uso sendo ministrada em doses altas, segundo estudo de pesquisadores da Universidade de Duke (EUA). O medicamento reú-ne fentermina, que acelera o metabolismo, e topi-ramato, que reduz a fome. A fentermina pode cau-sar dependência e o topiramento pode desenvolver déficit cognitivo, depressão e ansiedade. Por causa desses riscos, a primeira droga é adotada por cur-

tos períodos e a segunda deixou de ser receitada para perda de peso.

Os pesquisadores criaram a pí-lula com doses mais baixas dos dois compostos e reduziram seus riscos. Em duas versões, uma con-tendo 7,5 mg de fentermina e 46 mg de topiramato e, outra, con-tendo 15 mg de fentermina e 92 mg de topiramato. Entre os obe-sos que ingeriram a dosagem mais alta, foram registradas perdas de peso de até dez quilos, em média, após um ano de uso. A eficácia foi avaliada em 2,4 mil pessoas. Se-gundo a presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obe-sidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), Rosana Randominski, é uma medicação eficaz na perda de peso e se for aprovada terá um ni-cho de pacientes para os quais po-derá ser indicada.

Novo método contra obesidade

Nova diretriz para a aplicação da cirurgia bariátrica no tratamento de diabetes tipo 2 foi apresentada pela Federação Internacional do Diabe-tes (IDF, sigla em inglês) durante o II Congresso Mundial de Tratamen-to do Diabetes tipo 2, realizado em Nova York (EUA) no dia 28 de março de 2011. Segundo o documento, assi-nado por 20 especialistas em cirurgia bariátrica, a técnica pode ser liberada para pacientes com IMC entre 30 e 35, quando não houver respostas ao trata-mento medicamentoso, e para adoles-centes com 15 anos com IMC entre 35 e 40 associado a outras doenças.

Antes, mesmo no caso de obesi-dade mórbida, a cirurgia só era libe-rada para pacientes com no mínimo 16 anos de idade. Segundo o cirur-gião membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Roberto Rizzi, estudos já haviam comprovado que a cirurgia bariátrica não proporcio-na apenas a redução do peso, mas controla o diabetes tipo 2, devido a mudança metabólica.

Atualmente, aproximadamente 300 milhões de pessoas sofrem com diabetes tipo 2 no mundo. A previsão é de que o número salte para 450 mi-lhões até 2030. A IDF reconhece a as-sociação entre o diabetes e a obesida-de como o maior problema de saúde pública da atualidade.

Definidanova diretrizde IMC

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Page 47: Revista SOBED 2011 - Edição nº 13

abril/junho 2011 revista sOBeD 47

8 e 9 de julhoOficina Sobed 2011

de Balão IntragástricoRecife (PE)

www.sobed.org.br

Confira na relação abaixo os principais eventosligados à gastroenterologia e à endoscopia

digestiva dos próximos meses

julho

19 e 20 agostoXV Curso de Colonoscopia

Instituto Sírio-Libanês de Ensinoe Pesquisa – São Paulo (SP)

(11) 3155-0200

26 e 27 de agostoOficina Sobed 2011

de Balão IntragástricoCuritiba (PR)

www.sobed.org.br

agosto

Por dentro Agenda

1 a 3 de setembroCongreso Argentino de Gastroenterología y Endoscopía Digestiva – GASTRO 2011

Rosario, Argentinawww.gastro2011.com.ar

1 a 3 de setembroI Jornada Internacional de

Endoscopia da St. Casa de São PauloSt. Casa de São Paulo – São Paulo (SP)

(11) 2176-7000

setembro

9 e 10 de setembroI Curso Internacional de Endoscopia

Oncológica - I ENEO 2011Inst. do Câncer do Estado de São Paulo

(11) 3893-2000

22 e 23 de setembroOficina Sobed 2011

de Balão IntragástricoBelo Horizonte (MG)www.sobed.org.br

11 a 13 de julhoCursos avançados em cirurgia

laparoscópica IRCAD Brasil/AMITSBarretos (SP)

(17) 3321-6600

27 e 28 de agostoIX Curso Internacional

de Endoscopia TerapêuticaHospital Ana Costa (HAC) – Santos (SP)

www.anacosta.com.br

Page 48: Revista SOBED 2011 - Edição nº 13

abril/junho 2011revista sOBeD48

Por dentro Diretorias nacionais

Presidente: Sérgio Luiz Bizinelli (PR)Vice-Presidente: Flávio Hayato Ejima (DF)1º secretário: Jimi Izaques Bifi Scarparo (SP)2º sesoureiro: Afonso Celso S. Paredes (RJ)1º tesoureiro: Thiago Festa Secchi (SP)2º tesoureiro: Ramiro Robson F. Mascarenhas (BA)

diretoria nacional

Comissões eleitoral, de estatutos,regimentos e regulamentos

Presidente: Carlos Marcelo Dotti (MS)Antonio Gentil Neto (MS)Nilza Maria Lopes Marques Luz (AL)Gerônimo Franco de Almeida (PB)Eli Kahan Foigel (SP)Geraldo Vinicius Ferreira Hemerly Elias (MS)

Comissão de admissão e sindicânciaPresidente: Admar B. Costa Junior (PE)Fábio Segal (RS)Aloisio Fernando Soares (DF)Cláudio Lyoiti Hashimoto (SP)Huang Ling Fang (RJ)José Olympio Meirelles dos Santos (SP)Paulo Anselmo Andrade Paternostro (BA)Vitor Nunes Arantes (MG)

Comissão Científica e editorialPresidente: Carlos Alberto Cappellanes (SP)Adriana Vaz Safatle Ribeiro (SP)Flavio Hayato Egima (DF)Huang Ling Fang (RJ)Jairo Silva Alves (MG)José Celso Ardengh (SP)Josemberg Marins Campos (PE)Julio Cesar Pisani (PR)Marcelo Averbach (SP)Marco Aurélio D’Assunção (SP)Marcos Bastos da Silva (ES)Ricardo Anuar Dib (SP)

Comissão de Ética e Defesa ProfissionalPresidente: Vera Helena A. F. de Mello (SP)Luis Fernando Tullio (PR)Francisco José Medina Pereira Caldas (RJ)Wagner Colaiacovo (SP)Ricardo de Sordi Sobreira (SP)José Narciso de Carvalho Neto (RJ)

Comissão de avaliação e Credenciamentos de Centros de ensino e treinamento

Presidente: Edivaldo Fraga Moreira (MG)Giovani Antonio Bemvenuti (RS)Daniel Moribe (SP)Luiz Cláudio Miranda da Rocha (MG)Erivaldo de Araujo Maués (PA)Edson Ide (SP)Afonso Celso da Silva Paredes (RJ)Flávio Heuta Ivano (PR)Ramiro R. F. Mascarenhas (BA)José Eduardo Brunaldi (SP)

Comissão de título de especialista e sua atualização Presidente: Fabio Segal (RS)Secretário/Imagens: Jimi Scarparo (SP)Secretário/Logística: Ricardo Anuar Dib (SP)Secretário/Avaliadores: Flávio H. Ejima (DF)Helenice Pankowski Breyer (RS)Júlio César Souza Lobo (PR)Dalton Marques Chaves (SP)Marcos Clarêncio Batista Silva (BA)Vitor Nunes Arantes (MG)Antônio Carlos Coelho Conrado (PE)Silvana D’Agostin (SC)Afonso Celso da Silva Paredes (RJ)

comissões estatutáriassede sOBeD

Diretor: Ricardo Anuar Dib (SP) Comissão de acreditação de serviços de endoscopia

Presidente: Renato Luz Carvalho (SP)Ricardo Orígenes B. Vandermaás Contão (ES)Ricardo Teles Schulz (SC)Lincoln E. Vilela V. de Castro Ferreira (MG)Rodrigo José Felipe (BA)Luis Masuo Maruta (SP)

Comissão de Centro de treinamento em técnicasendoscópicas – Centro de treinamento

Coordenador: Ricardo Anuar Dib (SP)Lucio Giovanni Battista Rossini (SP)Admar Borges da Costa Jr. (PE)Ciro Garcia Montes (SP)

Comissão de relações internacionaisCoordenação GeralPaulo Sakai (SP)Glaciomar Machado (RJ)

Comissão de resgate da especialidade de endoscopia Digestiva

Sérgio Bizinelli (PR)Carlos Alberto Cappellanes (SP)Artur Adolfo Parada (SP)Flávio Quilici (SP)João Carlos Andreoli (SP)Paulo R. Alves de Pinho (RJ)Flávio H. Ejima (DF)

Comissão de implantação de Honorários Médicos das Unidades estaduais

Coordenador: Luiz Fernando Tullio (PR)Vera Helena de Aguiar Freire de Mello (SP)Julio Carlos Pereira Lima (RS)Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)Antônio Carlos Coêlho Conrado (PE)Viriato João Leal da Cunha (SC)Sandra Teixeira (PR)José Edmilson Ferreira da Silva (RJ)

Comissão para implantação da Cooperativados endoscopistas das Unidades estaduais

Coordenador: Marcus V. Saboia Rattacaso (CE) Vice-coordenador: Julio César Souza Lobo (PR)Francisco das Chagas Gonçalves de Oliveira (CE)Francisco Paulo Ponte Prado Júnior (CE)Sandra Teixeira (PR)Edson Luiz Doncatto (RS)Julio Carlos Pereira Lima (RS)Viriato João Leal da Cunha (SC)José Edmilson Ferreira da Silva (RJ)Antônio Carlos Coelho Conrado (PE)Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)

siteFlavio Braguim (SP)José Luiz Paccos (SP)Gustavo Andrade de Paulo (SP)Ricardo Leite Ganc (SP)Horus Antony Brasil (SP)

Diretrizes e ProtocolosEduardo Guimarães Hourneaux de Moura (SP)Fabio Segal (RS)Maria Cristina Sartor (PR)Fernando Herz Wolff (RS)

Núcleo de ecoendoscopiaWalton Albuquerque (MG)Lucio Giovanni Batista Rossini (SP)José Celso Ardengh (SP)Marco Aurélio D’Assunção (SP)Simone Guaraldi da Silva (RJ)Vitor Nunes Arantes (MG)Fauze Maluf Filho (SP)

Núcleo de PediatriaCoordenadora: Cristina Helena T. Ferreira (RS)Coordenadora: Eloá M. Morsoletto Machado (PR)Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)Silvia Regina Cardoso (SP)Paula Bechara Poletti(SP)

Núcleo de Desenvolvimento do NOtes Kiyoshi Hashiba (SP)Ângelo Paulo Ferrari Junior (SP)Pablo Rodrigo de Siqueira (SP)Paulo Sakai (SP)Marco Aurélio D’Assunção (SP)

Núcleo de tabagismo Everton Ricardo de Abreu Netto (AM)

MarketingJoão Carlos Andreoli (SP)

Conselho editorial (livros)Artur A. Parada (SP) - fascículosMarcelo Averbach (SP) – livroSérgio L. Bizinelli (PR)

núcleos

representantes em instituições

Conselho Federal de Medicina e Comissão Nacional de residência Médica

Coordenador: Flávio H. Ejima (DF)Zuleika Barrio Bortoli (DF)

agência Nacional de vigilância sanitária Coordenadora: Vera Helena de A. F. de Mello (SP)Flávio H. Ejima (DF)Francisco José Medina Pereira Caldas (RJ)Tadayoshi Akiba (SP)

associação Médica BrasileiraCoordenador: Maria das Graças P. Sanna (MG)Carlos Alberto Cappellanes (SP)Rodrigo José Felipe (BA)Wagner Colaiacovo (SP) - Órteses e Próteses

Comissão Nacional de acreditação (CNa)Coordenador: Renato Baracat (SP)Carlos Alberto da Silva Barros (MG)Ricardo Schmitt de Bem (PR)

trabalhos MulticêntricosPaulo Alberto Falco Pires Correa (SP)Walnei Fernandes Barbosa (SP)

revista sOBeD /sOBeD em CasaThiago Festa Secchi (SP)Horus Antony Brasil (SP)Gustavo Andrade de Paulo (SP)

representante nas revistas GeD earquivos Brasileiros de Gastroenterologia

Paulo Roberto Arruda Alves (SP)

Ricardo Rangel de Paula Pessoa (CE)Geraldo Ferreira Lima Junior (MG)Paulo Moacir de Oliveira Campoli (GO)Fábio Marioni (SP)Gerônimo Franco de Almeida (PB)

comissões não-estatutárias

Av. Silvio Viana, 1751 - Ponta Verde – MaceióCEP: 57035-160 | (82) 3327-4500 / (82) [email protected]

Presidente: Henrique José Menezes MaltaVice-presidente: Carlos Henrique Barros Amaral1º Secretário: Hunaldo Lima de Menezes2º Secretário: José Wenceslau da Costa Neto1º Tesoureiro: Laercio Tenório Ribeiro2º Tesoureiro: Herbeth José Toledo Silva

alagoas

R. Rio Jutaí, 15, Quadra 35 - Conj. Vieira Alves – ManausCEP: 69053-020 | (92) 3584-2495 / [email protected]

Presidente: Alinne Lais Bessa MaiaVice-presidente: Jeanne Monique Guimarães Pimentel1º Secretário: Deborah Nadir Cruz Ferreira2º Secretário: Lourenço Candido Neves1º Tesoureiro: Jorge Luis Bastos Arana

amazonas

R. Baependi, 162, sala 3 - Ondina – SalvadorCEP: 40170-070 | (71) [email protected]

Presidente: Alice Mendes de Souza CairoVice-presidente: Sylon Ribeiro de Britto Junior1º Secretário: Luiz Eduardo da Silva Góes2º Secretário: Rubem Oliveira Castro1º Tesoureiro: Luciana Rodrigues Leal da Silva2º Tesoureiro: Alcione Prates Leite

bahia

R. Cel. Alves Teixeira, 1.578 - Joaquim Távora – FortalezaCEP: 60130-001 | (85) 3261-8085 [email protected]

Presidente: Francisco Paulo Ponte Prado Junior1º Secretário: Ricardo Augusto Rocha Pinto1º Tesoureiro: Adriano Cesar Costa Cunha

ceará

SGAS 910 - Cj. B - bloco A - sala 224CEP: 70390-100 | (61) 3242-9203 / [email protected]

Presidente: Francisco Machado da SilvaVice-presidente: Zuleica Bario Bortoli1º Secretário: Cláudia Maria Ferreira de Macedo2º Secretário: Luciana Machado Nonino 1º Tesoureiro: Columbano Junqueira Neto2º Tesoureiro: Raimundo Nonato Miranda Lopes

distrito federal

R. Francisco Rubim, 395 – VitóriaCEP: 29050-680 | (27) 3324-1333 / [email protected] | [email protected]

Presidente: José Joaquim de Almeida FigueiredoVice-presidente: Bruno de Souza Ribeiro1º Secretário: Roseane Valério Bicalho F. Assis2º Secretário: Giovana Pereira Nogueira Gama1º Tesoureiro: Esteban Sadovsky2º Tesoureiro: Marcio Demoner Brandão

espírito santo

Av. Mutirão, 2.653, GoiâniaCEP: 74115-914 | (62) 3251-7208 / (62) [email protected] | [email protected]

Presidente: Marcus Vinicius Silva NeyVice-presidente: Marcelo Barbosa Silva1º Secretário: Fernando Henrique Porto Barbosa Ramos2º Secretário: Daniela Medeiros Milhomem Cardoso1º Tesoureiro: Rennel Pires de Paivas2º Tesoureiro: Luiz Lázaro Rodrigues Alves

goiás

R. Carutapera 2, Quadra 37b - Jd. Renascença – São LuísCEP: 65075-690 | (98)[email protected]

Presidente: Clelma Pires BatistaVice-presidente: Milko A. de Oliveira1º Secretário: Selma Santos Maluf2º Secretário: Nailton J. F. Lyra1º Tesoureiro: Djalma dos Santos2º Tesoureiro: Elian O. Barros

maranhão

Page 49: Revista SOBED 2011 - Edição nº 13

abril/junho 2011 revista sOBeD 49

Por dentro Diretorias estaduais

Av. Silvio Viana, 1751 - Ponta Verde – MaceióCEP: 57035-160 | (82) 3327-4500 / (82) [email protected]

Presidente: Henrique José Menezes MaltaVice-presidente: Carlos Henrique Barros Amaral1º Secretário: Hunaldo Lima de Menezes2º Secretário: José Wenceslau da Costa Neto1º Tesoureiro: Laercio Tenório Ribeiro2º Tesoureiro: Herbeth José Toledo Silva

alagoas

R. Rio Jutaí, 15, Quadra 35 - Conj. Vieira Alves – ManausCEP: 69053-020 | (92) 3584-2495 / [email protected]

Presidente: Alinne Lais Bessa MaiaVice-presidente: Jeanne Monique Guimarães Pimentel1º Secretário: Deborah Nadir Cruz Ferreira2º Secretário: Lourenço Candido Neves1º Tesoureiro: Jorge Luis Bastos Arana

amazonas

R. Baependi, 162, sala 3 - Ondina – SalvadorCEP: 40170-070 | (71) [email protected]

Presidente: Alice Mendes de Souza CairoVice-presidente: Sylon Ribeiro de Britto Junior1º Secretário: Luiz Eduardo da Silva Góes2º Secretário: Rubem Oliveira Castro1º Tesoureiro: Luciana Rodrigues Leal da Silva2º Tesoureiro: Alcione Prates Leite

bahia

R. Cel. Alves Teixeira, 1.578 - Joaquim Távora – FortalezaCEP: 60130-001 | (85) 3261-8085 [email protected]

Presidente: Francisco Paulo Ponte Prado Junior1º Secretário: Ricardo Augusto Rocha Pinto1º Tesoureiro: Adriano Cesar Costa Cunha

ceará

SGAS 910 - Cj. B - bloco A - sala 224CEP: 70390-100 | (61) 3242-9203 / [email protected]

Presidente: Francisco Machado da SilvaVice-presidente: Zuleica Bario Bortoli1º Secretário: Cláudia Maria Ferreira de Macedo2º Secretário: Luciana Machado Nonino 1º Tesoureiro: Columbano Junqueira Neto2º Tesoureiro: Raimundo Nonato Miranda Lopes

distrito federal

R. Francisco Rubim, 395 – VitóriaCEP: 29050-680 | (27) 3324-1333 / [email protected] | [email protected]

Presidente: José Joaquim de Almeida FigueiredoVice-presidente: Bruno de Souza Ribeiro1º Secretário: Roseane Valério Bicalho F. Assis2º Secretário: Giovana Pereira Nogueira Gama1º Tesoureiro: Esteban Sadovsky2º Tesoureiro: Marcio Demoner Brandão

espírito santo

Av. Mutirão, 2.653, GoiâniaCEP: 74115-914 | (62) 3251-7208 / (62) [email protected] | [email protected]

Presidente: Marcus Vinicius Silva NeyVice-presidente: Marcelo Barbosa Silva1º Secretário: Fernando Henrique Porto Barbosa Ramos2º Secretário: Daniela Medeiros Milhomem Cardoso1º Tesoureiro: Rennel Pires de Paivas2º Tesoureiro: Luiz Lázaro Rodrigues Alves

goiás

Rua Barão de Melgaço, 2777 – CuiabáCEP: 78000-000 | (65) 3634-4610 / [email protected]

Presidente: Roberto Carlos Fraife BarretoVice-presidente: Ubirajarbas Miranda Vinagres1º Secretário: José Geraldo Favalesso2º Secretário: José Carlos Comar1º Tesoureiro: Elton Hugo Maia Teixeira2º Tesoureiro: Carlos Eduardo Miranda de Barros

mato grosso

R. Maracaju, 1148, Jd. dos Estados – Campo GrandeCEP: 79002-212 | (67)8136-3363 / [email protected]

Presidente: Geraldo Vinícius F. Hemerly EliasVice-presidente: Adriano Fernandes da Silva1º Secretário: Rogério Nascimento Martins2º Secretário: Thiago Alonso Domingos1º Tesoureiro: Eduarda Nassar Tebet Ajeje2º Tesoureiro: Marcelo de Souza Cury

mato grosso do sul

Av. João Pinheiro, 161 – Belo HorizonteCEP: 30130-180 | (31) 3247-1647 / [email protected] | [email protected]

Presidente: Paulo Fernando Souto BittencourtVice-presidente: Atanagildo Cortes Junior1º Secretário: Rodrigo Roda Rodrigues da Silva2º Secretário: Roberta Nogueira de Sá1º Tesoureiro: José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho2º Tesoureiro: Rodrigo Roda Rodrigues da Silva

minas gerais

R. Cônego Jerônimo Pimentel, 900 / 1702 – BelémCEP: 66055-000 | (91)8112-9085 / [email protected]

Presidente: Marcos Moreno DominguesVice-presidente: Erivaldo Maués1º Secretário: Aida Sirotheau2º Secretário: Cássio Caldato1º Tesoureiro: Laércio Silveira2º Tesoureiro: Ermínio Pessoa

pará

Av. Epitacio Pessoa, 3360 - Tambauzinho – João PessoaCEP: 58045-000 | (83) 2106-0900 / [email protected]

Presidente: Fábio da Silva DelgadoVice-presidente: Pedro Duques de Amorim1º Secretário: Jeferson Queiroz Carneiro2º Secretário: Carlos Sérgio Garcia1º Tesoureiro: Francisco Sales Pinto2º Tesoureiro: Daniel Chaves Mendes

paraíba

R. Candido Xavier, 575, – CuritibaCEP: 80240-280 | (41) 3342-3282 / [email protected] | [email protected]

Presidente: Sandra TeixeiraVice-presidente: Maria Cristina Sartor1º Secretário: Flávio Heuta Ivano2º Secretário: Paula Beatriz Moreira Salles1º Tesoureiro: Silvia Maria da Rosa2º Tesoureiro: Wanderlei da Rocha Carneiro Jr.

paraná

R. Sen. José Henrique, 141, 1º andar, Ilha do Leite – RecifeCEP: 52050-020 | (81) 3221-6959 / [email protected]

Presidente: Antônio Carlos Coêlho ConradoVice-presidente: Admar Borges da Costa Junior1º Secretário: Carlos Eugênio Gantois2º Secretário: Eduardo Carvalho Gonçalves de Azevedo1º Tesoureiro: Júlia Corrêa de Araújo2º Tesoureiro: José Julio Viana

pernambuco

Rua 1º de Maio, 575 – TeresinaCEP: 64001-450 | (86) 3221 5968 / [email protected]

Presidente: Antonio Moreira Mendes FilhoVice-presidente: Conceição Maria Sá e Rego Vasconcelos1º Secretário: Carlos Dimas Carvalho Sousa2º Secretário: Adelmar Neiva de Sousa Sobrinho1º Tesoureiro: Wilson Ferreira Almino2º Tesoureiro: Teresinha Quirino Vieira da Assunção

piauí

R. da Lapa, 120 – sl. 309 – Rio de JaneiroCEP: 20021-180 | (21) 2507-1243 / [email protected] | [email protected]

Presidente: José Edmilson Ferreira da SilvaVice-presidente: Marcius Batista da Silveira1º Secretário: Vladimir Molina de Oliveira2º Secretário: José Narciso de Carvalho Netos1º Tesoureiro: Carlos Eduardo F. de Mesquita2º Tesoureiro: Luiz Armando Rodrigues Velloso

rio de janeiro

R. Maria Auxiliadora, 807, Tirol – NatalCEP: 59014-500 | (84) 3211-1313 / [email protected]

Presidente: Veronica de Souza ValeVice-presidente: João Batista Caldas1º Secretário: Licia Villas-Boas Moura

rio grande do norte

Av. Ipiranga, 5.311, sl. 207 – Porto AlegreCEP: 90610-001 | (51) 3352-4951 / [email protected] | [email protected]

Presidente: Julio Carlos Pereira LimaVice-presidente: Carlos Eduardo Oliveira dos Santos1º Secretário: Everton Hadlich1º Tesoureiro: Cesar Vivian Lopes

rio grande do sul

Rua Campos Salles, 2245 – Porto VelhoCEP: 76801-081 | (69)3221-5833 / [email protected]

Presidente: Domingos Montaldi LopesVice-presidente: Adriana Silva Assis1º Secretário: Douglas Alexandre de M Rodrigues2º Secretário: Victor Hugo Pereira Marques1º Tesoureiro: Edson Aleotti2º Tesoureiro: Volmir Dionisio Rodigueri

rondônia

Rodovia SC 401 - Km 04, 3854 – FlorianópolisCEP: 88032-005 | (48) 3231-0324 / [email protected] | [email protected]

Presidente: Viriato João Leal da CunhaVice-presidente: Luiz Carlos Bianchi1º Secretário: Emir Dacoregio1º Tesoureiro: Eduardo Nobuyuki Usuy Junior2º Tesoureiro: Manoel Tiago Vidal Ramos Junior

santa catarina

R. Carutapera 2, Quadra 37b - Jd. Renascença – São LuísCEP: 65075-690 | (98)[email protected]

Presidente: Clelma Pires BatistaVice-presidente: Milko A. de Oliveira1º Secretário: Selma Santos Maluf2º Secretário: Nailton J. F. Lyra1º Tesoureiro: Djalma dos Santos2º Tesoureiro: Elian O. Barros

maranhão

R. Itapeva, 202 - sl. 98 – São PauloCEP: 01332-000 | Fone: (11) 3288-6883 / [email protected] |[email protected]

Presidente: Adriana Vaz Safatle RibeiroVice-presidente: Thiago Festa Secchi1º Secretário: Dalton Marques Chaves2º Secretário: Eduardo Curvello Tolentino1º Tesoureiro: José Olympio M. dos Santos2º Tesoureiro: Luiza M. F. Romanello

são paulo

R. Guilhermino Rezende, 462, São José – AracajuCEP: 49020-270 | (79) 3246-2763 / [email protected] | [email protected]

Presidente: Miraldo Nascimento da Silva FilhoVice-presidente: Patricia Santos Rodrigues Costa1º Secretário: Simone Déda Lima Barreto2º Secretário: Jilvan Pinto Monteiro1º Tesoureiro: Kelly Menezio Jardim Oliveira2º Tesoureiro: Raul Andrade Mendonça Filho

sergipe

306 Sul, Alameda 14, nº 3 e 5 – PalmasCEP: 77021-036 | (63) 3215-5383 / (63) [email protected] | [email protected]

Presidente: José Augusto M. F. CamposVice-presidente: Zoroastro Henrique Santana1º Secretário: Mery Tossa Nakamura2º Secretário: Marcos Rossi Moreira1º Tesoureiro: Jorge Luiz de Mattos Zeve2º Tesoureiro: Rone Antonio Alves de Abreu

tocantins

Page 50: Revista SOBED 2011 - Edição nº 13

abril/junho 2011revista sOBeD

teste Quanto você sabe sobre o esôfago?

50

Nesta edição da editoria “Teste seus conhecimentos”, o

tema escolhido foi esôfago. Confi-ra a seguir as perguntas e consulte

as respostas comentadas no site da SOBED. Boa leitura e boa diversão!

I. Qual desses fatores não é encontrado na síndro-me de Plummer-Vinson?

a. Alargamento das glândulas salivaresb. Anemia hipocrômica microcíticac. Ocorre predominantemente no sexo femininod. Glossite atróficae. Incidência aumentada de carcinoma de esôfago

II. Com relação ao carcinoma esofágico, assinale a afirmativa errada:

a. O fígado é o local mais comum de disseminação metastática

b. A disfagia é o sintoma clássico, mas frequente-mente indicaacometimento extenso do órgão

c. A hipercalcemia pode ser responsável por torpor e fraqueza, sugerindo erroneamente que o pa-ciente encontre-se fora de possibilidade terapêu-tica oncológica

d. Fístulas esôfago-brônquicas geralmente são con-sequências de crescimento local do carcinoma

e. A rouquidão é um sinal de comprometimento do mediastino

III. A acalasia é a disfunção motora do esôfago mais frequente e a mais conhecida. Sobre ela, é incorreto afirmar:

a. A endoscopia é o exame mais indicado, uma vez que, além de fazer o diagnóstico da doença mo-tora, exclui possíveis condições patológicas asso-ciadas ao megaesôfago, como lesões da mucosa e neoplasias

b. A alteração patológica mais importante é obser-vada nos plexos mioentéricos do esôfago e inclui uma reação inflamatória que acarreta relaxamen-tos incompletos, ou mesmo a ausência de relaxa-mentos do esfíncter inferior do esôfago

c. O exame manométrico na acalasia tem como quadro característico o relaxamento incompleto ou ausente do esfíncter inferior do esôfago e con-trações simultâneas no corpo do esôfago

d. Dentre as opções de tratamento endoscópico es-tão a dilatação pneumática e, mais recentemen-te, a injeção de toxina botulínica

IV. O aparelho digestivo e, particularmente, o trato digestivo, são considerados órgãos-alvo da síndro-me da imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS). Sobre o assunto, é incorreto afirmar que:

a. Os sintomas mais frequentes no acometimento esofágico na SIDA/AIDS são odinofagia, disfagia e dor retroesternal

b. A infecção viral mais comum do esôfago na SIDA/AIDS é causada pelo herpes vírus, contribuindo com 45 % das úlceras esofágicas detectadas na endoscopia digestiva

c. A doença oral mais comum na comum na SIDA/AIDS é a candidíase, afetando 75% ou mais dos pacientes

d. O esôfago é o local onde ocorre a maior frequên-cia de infecções oportunistas, sendo a esofagite pelo fungo Candida albicans uma das mais pre-valentes

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por Jimi Scarparo e Fabio Segal

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abril/junho 2011 revista sOBeD 51

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