Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 16 - Edição 163 ... · sintegram ao contato da verdade....

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Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 16 - Edição 163 - janeiro / fevereiro 2018 - [email protected] • Editorial...............................Pág 02 • Nas Dores e Rudes Provações ..... ...........................................Pág 02 A missão do Espiritismo é renovar o Homem............................ Pág 03 • Depressão..........................Pág 03 • Lei do Trabalho..................Pág 04 • Mural de Recados..............Pág 05 • Movimento Espírita.............Pág 06 • Movimento Espírita.............Pág 07 • O que estamos fazendo com nossos Filhos? ...................Pág 08 • Aflições, Dúvidas, Conforto e Orientação .........................Pág 09 • Luz da Alma........................Pág 10 • Sob a Luz do Evangelho....Pág 10 • Saúde e Doença.................Pág 11 • Informação Espírita............Pág 12

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Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 16 - Edição 163 - janeiro / fevereiro 2018 - [email protected]

• Editorial...............................Pág 02• Nas Dores e Rudes Provações ..... ...........................................Pág 02• A missão do Espiritismo é renovar o Homem............................Pág 03• Depressão..........................Pág 03• Lei do Trabalho..................Pág 04• Mural de Recados..............Pág 05• Movimento Espírita.............Pág 06• Movimento Espírita.............Pág 07• O que estamos fazendo com nossos Filhos? ...................Pág 08• Aflições, Dúvidas, Conforto e Orientação .........................Pág 09• Luz da Alma........................Pág 10• Sob a Luz do Evangelho....Pág 10• Saúde e Doença.................Pág 11• Informação Espírita............Pág 12

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EXPEDIENTEO IDEALISTAÓrgão de divulgação do Movi-mento Espírita da Região de Jaú.Editado pela USE - União das So-ciedades Espíritas - Regional Jaú.Órgão da USE - União das So-ciedades Espíritas do estado de São Paulo.

Jornalista Responsável:

Rodrigo Galvão CastroMTb 25.315

Coordenador:

Alvaro Francisco [email protected]

Diretor:

Secretário: Sônia Marli Albino Vernier

Diretor Tesoureiro:

Antonio Aparecido Rossi

Conselho de Redação:

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João [email protected]

Martha Triandafelides [email protected]

Diagramação e Impressão:Gráfica e Editora Rimi Ltda. R. Angelo Piva, 471 - Brotas - SPFone (14) [email protected]

Só serão publicadas matérias que estiverem de acordo com a orien-tação doutrinária do Jornal. Os originais dos artigos que não forem publicados não serão de-volvidos aos seus autores.Correspondência para este jornal enviar para: Rua General Izidoro nº 453 - sala 6Cep 17211-190 - Jaú / [email protected]

O Idealista

Editorial

Do livro Espírito e Vida - Joanna de Ân-gelis - psicografia Divaldo Pereira Franco “169. É invariável o número das encarna¬ções para todos os Espíritos? “Não; aquele que caminha depressa, a mui¬tas provas se forra. Todavia, as en-carnações sucessivas são sempre muito numerosas, porquanto o progresso é qua-se infinito.” - O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

Levanta o espírito combalido e avan-ça na direção do bem que te convida à felicidade.

Quantos se demoraram no exame dos insucessos, recolhendo reproche e coletando amarguras, estão na reta-guarda, em dolorosas lamentações.

Aqueles que colocaram a lâmina cortante da intri¬ga e da suspeita no coração, receosos de movimentos liber-tadores, continuam temerosos entre os que fica¬ram para trás.

Todos os que fizeram libações peri-gosas na taça do medo, encontram-se narcotizados, sem força para reagirem contra o mal, para seguirem intimoratos na direção da verdade.

Muitos que se ligaram à hipnose perturbadora da impiedade, que medra em vigorosas mentes desencar¬nadas, acumpliciaram-se com as hordas selva-gens do Além-Túmulo, sucumbindo, iner-mes, sob tenazes rudes.

O medo como o arrependimento são ópio nefasto para a alma.

Como a censura é carro de cinza e lama, a triste¬za e a taciturnidade são nimbos compactos ante o claro sol, difi-cultando a expansão da luz.

Não permitas que a névoa do cansaço ou a noite do desencanto povoem o país da tua alma com fantas¬mas que se de-sintegram ao contato da verdade.

Não os vitalizes, não os agasalhes.O cristão decidido está entregue a Je-

sus, n’Ele confia, a Ele se dá. E se a di-ficuldade teima em per¬segui-lo, como se tomasse corpo e movimento, ele se arma com a oração e o amor, e avança.

Se a desordem reina, ele faz-se o equilíbrio de todos.

Se a dor impera, ele é a esperança de saúde para todos.

Se o desespero cresce ele é o porto de segurança onde todos se encontram.

Se o mal, em qualquer manifestação reponta, ele é o bem em representação atuante e vigorosa, ajudan¬do e confian-do sem temor nem cansaço até o fim.

Não te deixes, portanto, abater, nun-ca. Lembra-te de que Jesus, podendo ter vivido cerca¬do de bajuladores e comparsas, guindado às altas esfe¬ras do mundo entre prazeres e faceias, no gozo ilusó¬rio do imediatismo carnal, escolheu os recintos onde se demora-va a dor, e para companheiros homens sim¬ples e corações problematizados, amigos atormentados e perseguidos, perseguido Ele mesmo, para logo de-pois de julgamento arbitrário e cárcere humilhante, seguidos de ignominiosa crucificação e obscura morte, alçar-se às excelsas planuras da Imortalidade, vitorioso e subli¬me, continuando a es-perar por nós, pelos séculos sem-fim, nos infinitos caminhos do tempo.

Nas Dores e Rudes Provações

A vida deveria constituir, por parte de todos nós, rigorosa obser-vância dos sagrados interesses de Deus.

Frequentemente, porém, a cria-tura busca sobrepor-se aos desíg-nios divinos.

Estabelece-se, então, o desequi-líbrio, porque ninguém enganará a Divina Lei. E o homem sofre, compulsoriamente, na tarefa de reparação.

Em todos os tempos, observa-mos criaturas que se candidatam à fé, que anseiam pelos benefícios do Cristo. Clamam pela sua paz, pela presença divina e, por vezes, após transformarem os melhores sen-timentos em inquietação injusta, acabam desanimadas e vencidas.

Alguns companheiros desespe-ram-se no bom combate pela per-feição própria e lançam-se num verdadeiro inferno de sombras in-teriores. Queixam-se do destino, acusam a sabedoria criadora, ges-

ticulam nos abismos da maldade, esquecendo o capricho e a imprevi-dência que os fizeram cair.

Onde está Jesus que não lhes veio ao encontro dos rogos suces-sivos? Em que esfera longínqua permanecerá o Senhor, distante de suas amarguras?

Não compreendem que, atra-vés de mensageiros generosos do seu amor, o Cristo se encontra, em cada dia, ao lado de todos os discí-pulos sinceros.

Falta-lhes dedicação ao bem de si mesmos. Correm ao encalço do Mes-tre Divino, desatentos ao conselho de João: “endireitai os caminhos”.

Jesus, no entanto, há quase vin-te séculos, exclamou:

“Lançai a rede para a banda di-reita do barco e achareis.”

Figuradamente, o espírito hu-mano é um “pescador” dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o “barco”. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. Estaremos lançando a nossa “rede” para a “banda direita”?

Fundam-se nossos pensamentos e atos sobre a verdadeira justiça?

Convém consultar a vida inte-rior, em esforço diário, porque o Cristo, nesse ensinamento, reco-mendava, de modo geral, aos seus discípulos: “Dedicai vossa atenção aos caminhos retos e achareis o ne-cessário.”

Para que alguém sinta a influ-ência santificadora do Cristo, é preciso retificar a estrada em que tem vivido. Muitos choram em ve-redas do crime, lamentam-se nos resvaladouros do erro sistemático, invocam o céu sem o desapego às paixões avassaladoras do campo material. Em tais condições, não é justo dirigir-se a alma ao Salvador, que aceitou a humilhação e a cruz sem queixas de qualquer natureza.

Se queres que Jesus venha santifi-car as tuas atividades, endireita os ca-minhos da existência, regenera os teus impulsos. Desfaze as sombras que te rodeiam e senti-Lo-ás, ao teu lado, com a sua bênção. (Fonte: Caminho, Verdade e Vida – Emmanuel)

Boa Leitura

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O Idealista Página 03

A missão de Jesus foi revelar e exemplificar a lei de amor e fraternidade. Interessante nós observarmos que Jesus viveu-a, exemplificou-a em toda a sua passagem pela terra. Jesus viveu, exemplificou os seus ensinamen-tos o que é muito importante e Emmanuel nos diz com muita propriedade que “a palavra escla-rece, mas o exemplo arrebata”.

Thomaz Hardy, filosofo inglês afirmou que o homem moderno perdeu o endereço de Deus. O Evangelho de Jesus aí está para mostrar o caminho do Senhor, através da vivência da Lei de Amor e Fraternidade, através do processo da renovação moral, da transformação dos valores espi-rituais, porque esta também foi a preocupação de Alan Kardec quando no Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo “Sede Perfeitos” nos fala que “O verda-deiro Espírita é reconhecido pela sua transformação moral e pelos esforços que realiza para domi-nar as suas inclinações infelizes”.

Mas, para essa regeneração, o Homem precisa conhecer a

verdade que liberta segundo as próprias palavras de Jesus nas anotações do Evangelista João (c8 – v32)” Conhecereis a Ver-dade e a Verdade vos libertará.”

A missão do Evangelho tan-to quanto a missão do Espi-ritismo é renovar o Homem, para renovação da própria hu-manidade. Atualmente, a pre-ocupação da criatura humana é voltada quase que exclusiva-mente para conquistas da ciên-cia e da tecnologia e nós admi-ramos a evolução, o progresso de todo campo tecnológico, de todo processo científico. Cons-truímos naves extraordinárias para varar o espaço cósmico em busca de outras estrelas de outros planetas; construímos engenhos extraordinários para mergulhar nas profundezas dos oceanos e investigar a vida sub-marina.

Hoje, alguns países estão obcecados no desenvolvimen-to e aprimoramento das armas químicas (atômicas) para tor-narem-se mais letais, podendo extinguir a vida na terra em questões de horas.

A Doutrina Espírita surge neste momento para convidar

o homem, a uma meditação mais profunda, nos valores que as tra-ças não destroem, que a ferrugem não consomem e que os ladrões no roubam.

Não estamos diminuindo, des-prezando ou desvalorizando as conquistas da ciência, da tecnolo-gia porque são necessárias para o processo evolutivo da humanida-de, mas não podemos esquecer o aspecto da Bondade e do Amor. Vinícius nos fala com muita pro-priedade que nem todos os ho-mens podem ser sábios, mas todos podem ser bons. Um espírito ami-go exaltando a bondade nos diz com muita alegria e felicidade que “se o mundo se inclina diante do saber, o homem se ajoelha diante da bondade”.

Meditemos se estamos apren-dendo a cultivar o otimismo, a fé, a paciência, a compreensão, a indulgência e a confiança.

Meditemos se estamos apren-dendo a cultivar o amor, lembrando aquele episódio quando os apósto-los reunidos perguntaram a Jesus – Mestre qual é o sinal do cristão? (João c13 v35)- “ O sinal do cristão é o amor e por muito vos amardes uns ao outros, nisso reconhecereis que sois meus discípulos.”

Um líder da humanidade Mahatma Gandhi disse com muita sabedoria: “Que se um único homem conseguir atingir a plenitude do amor, isto será suficiente para neutralizar o ódio de milhões”.

Quando nós sentirmos que estamos vivenciando essas vir-tudes, praticando essas virtudes cristãs, que identifica o processo moral da criatura humana, que identifica a reforma íntima pre-conizada por Kardec no Evan-gelho Segundo o Espiritismo, é sinal que estaremos vencendo o mal com o bem.

Necessitamos iniciar essa re-forma em nós, pois melhorando o homem melhora-se o mundo. Sabemos que Jesus está no leme, mas necessário se faz orar pela nossa casa que é o nosso lindo planeta azul.

A missão do Espiritismo é renovar o homem

1 – Fala-se que a depressão é o mal do século. Estamos diante de um distúr-bio próprio dos tempos atuais, uma sín-drome da modernidade?

Mais apropriado considerar que é um mal antigo com nome novo. Se falarmos em melancolia, perceberemos que ela sempre esteve presente na vida humana. Os melancólicos de ontem são os depri-midos de hoje. Hipócrates (460 a.C-370

a.C.) definia assim a melancolia: Uma afecção sem febre, na qual o Espírito, triste, permanece sem razão fixado em uma mesma ideia, constantemente aba-tido. É mais ou menos isso o que sente o indivíduo em depressão, com a impres-são de que a vida perdeu a graça.

2 – A origem é espiritual ou se trata de problema físico?

É o caso da galinha e do ovo. Quem nasceu primeiro? A depressão pode ser consequência de influências espirituais, tanto quanto uma obsessão pode insta-lar-se a partir da vulnerabilidade provo-cada pela depressão. As duas causas confundem-se.

3 – O tratamento espiritual no Centro Espírita ajuda?

Sem dúvida. Considerando que sem-pre há um componente espiritual na ori-gem ou na consequência da depressão, recursos como o passe magnético, as sessões de desobsessão, a água mag-netizada, são extremamente eficientes.

4 – E quanto ao tratamento médico?É indispensável. A medicação da

Terra trata do aspecto físico do proble-ma. A medicação do Céu trata do as-

pecto espiritual. Os médicos são agentes de Deus em favor da saúde humana, ainda que nem sempre tenham consciência disso, nem se comportem como tais.

5 – Seu livro “Depressão, uma história de superação”, um estudo amplo sobre o assunto, é um romance. O que o levou a optar por esse gênero literário?

Paciente com depressão experimenta dificuldade para concentrar a atenção numa leitura. O romance, tendo fio narrativo sus-tentado por uma história, exige menor es-forço mental. Por outro lado, é sempre atra-ente para quem tem o problema, porquanto permite uma associação com o drama vivi-do pelo personagem.

6 – Funciona como tratamento para a depressão?

Eu diria um coadjuvante, já que não podemos tratar de depressão apenas com leituras. Não obstante, há no livro esclare-cimentos oportunos sobre o assunto e um roteiro existencial inspirado na Doutrina Espírita.

7 – O subtítulo, uma história de superação, significa que o enredo gira em torno de um paciente que venceu a depressão. É alguém especial, com disposição para vencer o mal?

Pessoas especiais, Espíritos ilumina-dos, não sofrem desse mal. O livro narra a trajetória de um médico, alguém que, apa-rentemente, jamais deveria experimentar a depressão, em face dos recursos à sua disposição como profissional de saúde. Esse conceito é equivocado. Não há ne-nhuma raça, profissão ou posição social que nos isente. A árdua jornada desse ho-mem em busca da cura, extrapolando as fronteiras da Medicina, exemplifica que é possível vencê-la. Depende do paciente.

8 – Disseminam-se no meio espírita técnicas magnéticas específicas para tratamento da depressão? O que dizer a respeito?

São eficientes, desde que os pacien-tes estejam informados de que se trata de um tratamento de superfície, cuida de sintomas. Como ensinava Jesus, todos os males procedem do coração, sustentados por nossa maneira de pensar e agir. Im-perioso seja o tratamento magnético com-plementado com orientações doutrinárias, em palestras, cursos, livros, oferecendo--se aos pacientes subsídios para a cura definitiva, a partir de sincero trabalho de renovação, à luz do Evangelho.

Antonio Ruiz Martinez FilhoJaú / SP

Richard Simonetti Bauru/SP

DEPRESSÃO

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“Meu Pai trabalha até agora, eu também trabalho” – Jesus (Jo 6:17)

Estamos em meio ao Dia do Trabalho enquanto escrevemos estas linhas, e a Doutrina Espí-rita, como em qualquer outro campo, tem muito para nos es-clarecer.

Allan Kardec destinou o ter-ceiro capítulo da terceira parte d’O Livro dos Espíritos ao as-sunto, propondo logo na aber-tura do capítulo:

A necessidade do trabalho é uma lei da natureza?

– O trabalho é uma lei natu-ral, por isso mesmo é uma ne-cessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, por-que aumenta suas necessidades e prazeres. (Questão 674)

Note-se que os Espíritos Su-periores se referem a satisfação das necessidades e prazeres hu-manos, ficando claro que a sa-tisfação de ambos é responsabili-dade pessoal, mas como também temos necessidades e obrigações subjetivas somos direcionados a outro questionamento:

Devem-se entender por tra-balho somente as ocupações materiais?

– Não; o Espírito também trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho. (Questão 675)

E o trabalho, continuam os Benfeitores, é: “Um meio de aperfeiçoar sua inteligên-cia. Sem o trabalho, o homem permaneceria na infância da inteligência; por isso deve seu sustento, segurança e bem-estar apenas ao seu trabalho e à sua atividade. Àquele que tem o corpo muito fraco, Deus deu a inteligência como compen-sação; mas é sempre um traba-lho”. (Questão 676)

E que por isso mesmo o obje-tivo é duplo:

“A conservação do corpo e o desenvolvimento do pensamen-to, que é também uma neces-sidade que o eleva acima de si mesmo”. (Questão 677)

A finalidade da encarnação, como sabemos, é a de dar con-dições ao Espírito de atingir a sua perfeição, e por isso há a ne-cessidade do trabalho de cresci-mento íntimo, não importando a condição material em que se estagia, inclusive na abastança, como se verifica no questiona-mento feito por Kardec:

O homem que possui bens suficientes para assegurar sua existência está livre da lei do trabalho?

– Do trabalho material, pode ser, mas não da obrigação de se tornar útil conforme seus meios, de aperfeiçoar sua inteligência

ou a dos outros, o que é tam-bém um trabalho. Se o homem a quem Deus distribuiu bens suficientes não está obrigado a se sustentar com o suor de seu ros-to, a obrigação de ser útil a seus semelhantes é tanto maior quan-to as oportunidades que surjam para fazer o bem, com o adianta-mento que Deus lhe fez em bens materiais. (Questão 679)

Porém, como na sociedade humana há os que não possuem condições de conseguir seu sus-tento, Allan Kardec pergunta:

Não há homens impossibi-litados para trabalhar no que quer que seja e cuja existência é inútil?

– Deus é justo. Apenas desa-prova aquele que voluntariamen-te tornou inútil sua existência, porque esse vive à custa do tra-balho dos outros. Ele quer que cada um se torne útil conforme suas aptidões. (Questão 680)

Observando o ciclo natural de nossas vidas, facilmente, ob-servamos que a força física ne-cessária ao trabalho se alterna, e por isso vale o questionamento:

A lei natural impõe aos filhos a obrigação de trabalhar por seus pais?

– Certamente, do mesmo modo que os pais devem traba-lhar por seus filhos; é por isso que Deus fez do amor filial e do amor paternal um sentimento natural para que, por essa afeição recípro-ca, os membros de uma mesma família fossem levados a se aju-darem mutuamente, o que é fre-quentemente esquecido em vossa sociedade atual. (Questão 681)

Quanto ao repouso, que também é uma necessidade, os Benfeitores Espirituais esclare-cem-nos que se trata de Lei Na-tural, porque: O repouso repara as forças do corpo e é também necessário para dar um pouco

Lei do Trabalho

mais de liberdade à inteligência, para que se eleve acima da ma-téria. (Questão 682)

Mas, se o trabalho e o repou-so são necessidades humanas, o limite do primeiro e o tamanho do segundo estão sujeitos às for-ças e consciência de cada um, e sempre sujeitos às Leis Divinas, que corrige, naturalmente, os abusos cometidos.

A respeito do assunto e apro-veitando o momento em que a sociedade brasileira discute a re-forma do Sistema Previdenciá-rio oficial, convém meditarmos nos seguintes questionamentos e respostas constantes do capí-tulo em tela:

O homem tem direito ao re-pouso na velhice?

– Sim. Ao trabalho está obri-gado apenas conforme suas for-ças. (Questão 685)

Mas que recurso tem o idoso necessitado de trabalhar para vi-ver, se já não pode?

– O forte deve trabalhar pelo fraco e, na falta da família, a so-ciedade deve tomar o seu lugar: é a lei da caridade. (Questão 685 a)

Do exposto acima, parece--nos que está implícito nas res-postas dos Espíritos Superiores que, aposentar-se não exime ninguém do trabalho, enquan-to ainda houver forças para tal e respeitando-se, evidentemen-te, a condição física em relação a função. Assim como também está implícito que essa mesma sociedade, leia-se o Governo que a representa, tem a obrigação de amparar os que, comprovada-mente, não possuem condições de se sustentarem e de viverem com um mínimo de dignidade, não sendo, portanto, tão somen-te uma questão de déficit auferi-do pela matemática fria e desu-mana das teorias econômicas.

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

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Página 05O Idealista

Saiba viver os belos momentos de sua vida.Aproveite os minutos de alegria, sem pressa de novamente mergulhar nos trabalhos agitados.Goze amplamente seu repouso espiritual.Olhe a paisagem, contemple as estrelas, aprecie os caprichos da natureza, colha em todos os canteiros as flores da alegria!Saiba viver integralmente os belos momentos de sua vida!

* * * * * * * * * * * * * * *Não se deixe arrastar pela vaidade.Aprenda a conhecer-se.Não se julgue indispensável.Quando vier a tentação de julgar-se insubstituível, lembre-se de uma verdade irrefutável: só Deus é indispensável.Não se envaideça!Deus, que é grande, não assinou nenhuma de suas obras...Não se esqueça: quem se exalta será humilhado, mas quem se humilha será exaltado.

* * * * * * * * * * * * * * *Não pense que abandonar a vida poderá resolver seu caso.Ao contrário, vai complicá-lo ainda mais.Não seja covarde!Enfrente a luta, que todos os seus esperam de você a coragem de lutar até o fim.Não fuja do campo de batalha, justamente na hora em que o combate se torna mais aceso.Seja corajoso!Não fuja às responsabilidades que você assumiu.

* * * * * * * * * * * * * * *“Quando você encontrar trevas diante de si, não esbraveje contra elas: ao contrário, procure acender uma luz”.Quando alguém errar, não o condene nem ataque: acenda uma pequenina luz diante dele, com seu exemplo.Nada melhor existe para ajudar aos outros do que mantermos nossa luz acesa; servindo nosso exem-plo de farol para guiar o próximo, mostrando-lhe o caminho da subida.

* * * * * * * * * * * * * * *Não deseje aquilo que pertence a outrem.Não queira enriquecer à custa de outra pessoa.Tudo o que é seu, por direito divino, lhe há de chegar às mãos, na hora oportuna: nem mais cedo do que deve, nem com atraso.Na hora exata, você receberá aquilo que merecer.Portanto, trabalhe confiante no Pai, pois não cai um fio de cabelo de sua cabeça, sem a permissão d’Ele.

* * * * * * * * * * * * * * *Não se queixe do mundo.O mundo não é mau.Os homens é que ainda não conseguiram ser bons.Mas na lama imunda nasce a pureza dos lírios.E também daquilo que nos parece mau e impuro pode surgir a luz mais sublime.Repare que a Luz não suja, mesmo quando é refleti-da pelo pântano.Procure ter apenas pensamentos bons, porque eles não serão maculados, nem mesmo quando refletidos em ambientes menos puros.

Não creia que encontrará a perfeição naqueles que o rodeiam.A sublimidade é difícil.Portanto, se encontrar falhas naqueles que você ad-mira, não se decepcione: dê a eles o maior carinho e apoio, para que possam reparar as oportunidades perdidas.Não despreze a quem erra: procure erguê-lo, exal-tando aquelas qualidades que todos têm dentro de si, de modo que ele possa vencer e subir.

* * * * * * * * * * * * * * *Se está enfermo, não se impressione.Qualquer mal, ou aparência de mal, é coisa passa-geira.A única essência eterna e real é Deus, que é todo o Bem, a Saúde perfeita, a Felicidade integral, a Alegria sem sombras.Se a doença o está experimentando, procure unir-se mentalmente à Energia Cósmica que lhe penetra o organismo juntamente com o ar que respira, e busque assim o revigoramento e a purificação de todas as suas células.

* * * * * * * * * * * * * * *Derrame raios de sol de alegria em torno de si.Desta maneira, formará um círculo de pessoas que sentirão prazer em estar a seu lado.Quando algum amigo seu estiver triste, sabe que encontrará alegria em você.Derrame sua luz sobre todos os que o rodeiam, porque a alegria é obra Divina.Seja um raio de luz a iluminar as criaturas que se acercam de você.

* * * * * * * * * * * * * * *O Céu está dentro de você!Aprenda a viver no paraíso.Não é preciso morrer para ir para o céu, não!Nós criamos em nós os infernos de tristeza e angústia.Então aprenda a criar o paraíso da alegria.Perdoe sempre e siga adiante, evitando aborrecer-se.Não dê importância ao que dizem de você.Deixe que sua alegria brote de seu coração bom e generoso.

* * * * * * * * * * * * * * *Não se prenda às opiniões da multidão!Viva sua vida, de acordo com as luzes que lhe chegam do Alto.A multidão julga o lado exterior.O íntimo só Deus conhece.O mundo não pode conhecer os ensinamentos de Amor do Mestre.Prefira obedecer ao Mestre amando sempre, e não dê valor às opiniões da multidão, que tudo faz para que sejamos iguais a ela, sem personalidade e sem opinião própria.

* * * * * * * * * * * * * * *Estude sua própria personalidade.De nada nos valerá o conhecimento de todas as ciências do mundo, de tudo o que está fora de nós, se não conhecermos a nós mesmos.Estude sua alma, que é seu Verdadeiro Eu, que se reflete em sua personalidade exterior.Nosso corpo é a projeção de nossa alma.Conheça a si mesmo, para viver uma vida conscien-te e feliz.

* * * * * * * * * * * * * * *Se algo de errado lhe aconteceu na vida, não diga que foi “vontade de Deus”. Não!Deus quer apenas nosso bem e nossa felicidade, e nos dá os meios de sermos felizes.O mal que vem sobre nós é resultado de nossos erros do passado, de nossa ignorância.Faça em seu redor uma sementeira de bondade e de perdão, para que amanhã possa colher os frutos da paz e da felicidade.

Livro: Minutos de Sabedoria – Carlos Torres Pastorino

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No últi-mo exame do Enem/2017, o

tema da redação “Desafios para a formação educacional de sur-dos no Brasil” surpreendeu mui-tos por tratar de um tema que aborda a educação de surdos em nosso País.

Imagino que o tema, além de surpreender os professores, deve ter surpreendido muito mais os alunos por tratar de assunto pouco usual em nossa sociedade.

Sem dúvida, uma discussão e tanto se levarmos em conta que em nosso País, infelizmente, não se tem dado maior importância à educação dos deficientes em geral. Importante que haja essas discussões e não só com relação aos deficientes surdos mas, tam-bém, a todos os demais deficien-tes e “diferentes”.

Por outro lado, poderíamos ajudar e muito, se cada pai e mãe se preocupassem em formar seus filhos com bases no amor ao pró-ximo, da ética, da disciplina e do respeito ao próximo, como pes-soa, e não se preocupar com os gostos e escolhas individuais. Eis a questão: estamos preparados para discutir esses assuntos com eles? Será que estamos dando a necessária atenção na formação ética, moral e disciplinar deles no lar? Será que não estamos dando muita ênfase na competição para que eles sejam os melhores, sem, contudo respeitar o próximo? Será que não estamos formando crianças egocêntricas? Questões que devem ser refletidas e anali-sadas, porque se queremos uma

sociedade melhor, devemos, sem perda de tempo mudar alguns paradigmas na educação de nos-sos filhos. Ao invés de ficarmos discutindo “ideologia de gênero” não seria muito mais produtivo ensinar a criança a respeitar o ser humano na integralidade e não os seus gostos e escolhas pesso-ais? Essas questões devem ser refletidas e ensinadas dentro do lar, pois muitos pais, infelizmen-te, acham que seus filhos de-vem receber educação na escola e a eles cabe apenas o papel de incentiva-los à competição sem limites, sem respeitar o próximo. Querem que seus filhos conquis-tem o mundo, não importan-do muito os meios, ao invés de ensina-los os princípios morais, da ética, da disciplina e do dever, este inclusive, pautado pelo pró-prio esforço. Se todos entendes-sem a importância de formar seus filhos para serem pessoas do bem, éticas, disciplinadas e respeitado-ras, teríamos uma sociedade bem melhor, onde todos seriam mais solidários e fraternos, menos ego-ístas e orgulhosos.

Mas, infelizmente o que ve-mos são crianças mal educadas, indisciplinadas e intolerantes. A criança aprende em sua casa a “levar vantagem” em tudo e não respeitar o outro, sequer respei-tam seus pais. Hoje os filhos de-terminam a rotina da casa, tudo gira em torno deles. O lar, onde deveria ser o reduto da boa con-vivência, virou reduto exclusivo dos filhos, que dita, inclusive os horários. E os pais, acomodam--se, achando que isso é amor e aceitam passivamente!

Vivemos a época da total ex-posição nas mídias sociais; os

pais expõem seus filhos desde re-cém-nascidos, exibindo-os como verdadeiros “troféus”; o mais bo-nito, o mais importante e neces-sitam que lhe sejam satisfeitos todos os desejos, inclusive com festas suntuosas em aniversários do primeiro ano do nascimento! Mas, eles crescem e ao se integra-rem à sociedade, o tratamento não será o mesmo. Essas crianças levam de suas casas para a escola a percepção de que é o “centro” do universo e tentam exigir o mesmo tratamento dos professo-res, colegas e outros; não aceitam negativas, pois não conheceram o significado da palavra não! São crianças egocêntricas, exigindo sempre do outro aquilo que sem-pre tiveram em casa e isso não ocorrendo, surgem os conflitos.

Se forem crianças já com certa maturidade espiritual, poderão até se adaptar e seguir adiante, porém, se não, serão acometi-dos de sérios problemas desde o aprendizado na escola, como na sua vida social. Não acostu-mados a receberem negativas, uns usarão até da violência para conseguir a todo custo o que querem, outros, menos afoitos, poderão ser acometidos de sérios distúrbios psicológicos causa-dos pela frustração. Como não aprenderam a indulgência e nem o amor ao próximo, não saberão respeitar as diferenças e passam a enxerga-los como pessoas com “defeitos”, daí para o bulling e a chacota é apenas um passo.

Agora, imaginemos crianças que nascem em lares desajus-tados, onde agressões físicas e verbais são constantes, onde os membros do grupo familiar não se respeitam, levando-os muitas

vezes à criminalidade. Ora, se os pais compactuam com a per-missividade, estão autorizando a violência o despudor e a pro-miscuidade, quebrando os mais elementares princípios éticos e morais e ensinando seus filhos o total desrespeito pela dignidade. Não podemos esquecer que é no lar, com a família, que se formam o caráter de todos que irão se apresentar no teatro da vida. Po-líticos e governantes de todas as tendências, dos profissionais que fazem as mídias - o jornal, a re-vista, a novela, o filme, o teatro. É também, no núcleo familiar que se cria o religioso hipócrita, o que vive de verdadeiros negó-cios com os bens espirituais, e o religioso que procura se ajustar aos verdadeiros ensinos cristãos.

Claro está, portanto, que uma sociedade melhor está nas mãos dos pais, pois por meio da boa e reta educação e a convivência fe-liz no lar, haverá a grande trans-formação da sociedade futura, pois o que se fala, o que se ouve e, o que se faz no lar, tornam-se elementos essenciais de base para o que se falará e se fará quando adultos, logo mais.

Na obra Terapêutica de Emer-gência, o Espírito de Amélia Ro-drigues expõe: “A criança é se-menteira que aguarda, o jovem é campo fecundado, o adulto é seara de produção. Conforme a qualidade da semente, teremos a colheita. A tarefa de educação, por isso mesmo, é de relevância, enquanto que a da evangelização é de urgência salvadora”.

Pensem nisso!

O que estamos fazendo com Nossos Filhos?Edson TomazelliJaú - SP

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e críticas.

As aflições e dúvidas, vin-das de várias fontes, consti-tuem desafios contínuos que

nos solicitam coragem, serenidade e fé, pos-tura e decisão para tais enfrentamentos. Os dramas íntimos, as dificuldades de relacio-namentos, aos embates profissionais, as en-fermidades e lutas do cotidiano, e mesmo os questionamentos que surgem por motivos variados, trazem preocupações que chegam a afetar a saúde e a harmonia na convivência.

Para todos os casos, porém, existem o conforto e a orientação que podem ser en-contradas, desde que queiramos melhorar.

O grande segredo é viajar para dentro, numa autoanálise para identificar a causa daquilo que nos atormenta. Afinal, porque estamos irritados, desequilibrados?

Qual a motivação para tal estado de es-pírito?

Uma entrevista honesta conosco mesmo nos levará às seguintes indagações, entre ou-tras:

1 - Estamos constantemente irritados e invadidos por sentimentos de desânimo?

2 - Experimentamos algum conflito inte-rior?

3 - Estamos nos sentindo culpados por algo?

4 - Experimentamos sensações desagra-dáveis, episódios de insônia, interrupção do sono, cansaço ao despertar?

Nesse conjunto de sintomas, podem es-tar: a) um distúrbio fisiológico, a requerer uma visita ao médico; b) Um distúrbio psi-cológico, que igualmente solicita procurar ajuda para um aconselhamento com amigos ou ajuda profissional com um psicólogo; c) Uma influência espiritual, a pedir natural-mente uma mudança de comportamento.

Já não ignoramos que nossos pensamen-tos abrem comportas espirituais que facili-tam o acesso de espíritos em desequilíbrio ou perturbados e mesmo desafetos por ra-zões variadas.

Então, para beneficiar-se das orientações disponíveis para sentir-se mais confortável e

recuperar o conforto da convivência saudá-vel e harmonia interior, algumas dicas:

1 - Orar mais; 2 - Desenvolver o hábito de ler uma página edificante logo de manhã; 3 - Não se deixar perturbar pelos atritos das relações humanas, pois que normais, dada nossas diferenças individuais; 4 - Frequentar o templo de nossa crença; 5 - Beneficiar-se dos recursos da água após orar e pedir auxí-lio com humildade.

E, ao perceber melhora, manter esse pa-drão vibratório de elevação, pois afinal não adianta receber aqueles recursos se mantiver-mos os vícios e comportamentos inadequa-dos. Por outro lado, manter o propósito de melhorar.

O grande segredo é mesmo uma mu-dança de conduta. Esforço para superar imperfeições e igual esforço para aquisição de virtudes, lendo, estudando, pesquisando, interessando-se e comprometendo-se com as boas causas humanitárias.

Os recursos espirituais, reais e à dispo-sição de quem os procurar, solicitam que a pessoa busque informações, se interesse pela questão e especialmente modifique o com-portamento para diretamente se beneficiar deles. Independente das crenças e dos tem-plos, eles exercem saudável influência sobre a saúde física e sobre o equilíbrio emocional, inclusive afastando indesejáveis presenças espirituais. Mas, é preciso a participação da-quele que quer ser ajudado. A ajuda sempre existe, mas quem busca deve participar desse processo e o segredo é a adoção de nova pos-tura mental, mais amor no coração, dispensa de rancores e mágoas, demissão da tristeza e disposição para o bem. Tais considera-ções foram inspiradas no livro Vivências do Amor em Família, organizado por Luiz Fer-nando Lopes.

Aflições, Dúvidas, Conforto e OrientaçãoOrson Peter CarraraMatão - SP

Não se queixe de abandono.Ninguém está abandonado pelo Pai. Se notar que está só, que ninguém o procura, faça o inverso: procure

você alguém que precise de sua ajuda. Visite os lares pobres, as crianças necessitadas, os corações famintos de seu carinho.

Derrame seu coração afetuoso no seio daqueles que sofrem e jamais se sentirá abandonado.

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16. Entre as estrelas que cintilam na abóbada azul do firmamento, quantos mundos não haverá como o vosso, des-tinados pelo Senhor à expiação e à provação! Mas, também os há mais miseráveis e melhores, como os há de transição, que se podem denominar de regenera-dores. Cada turbilhão planetá-rio, a deslocar-se no espaço em torno de um centro comum, ar-rasta consigo seus mundos pri-mitivos, de exí1io, de provas, de regeneração e de felicidade. Já se vos há falado de mundos onde a alma recém-nascida é colocada, quando ainda ignorante do bem e do mal, mas com a possibilidade de caminhar para Deus, senhora de si mesma, na posse do livre-ar-bítrio. Já também se vos revelou de que amplas faculdades é do-tada a alma para praticar o bem. Mas, ah! há as que sucumbem, e Deus, que não as quer aniquila-das, lhes permite irem para esses mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, re-generam e voltam dignas da gló-ria que lhes fora destinada.

17. Os mundos regenerado-res servem de transição entre os mundos de expiação e os mun-dos felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o re-pouso e acaba por depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis que regem a matéria; a Hu-manidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca. Em todas as fron-tes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside às relações sociais, todos reconhe-cem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO CAPÍTULO III -

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAIMUNDOS REGENERADORES

Nesses mundos, todavia, ain-da não existe a felicidade perfei-ta, mas a aurora da felicidade. O homem lá é ainda de carne e, por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos só se acham os seres com-pletamente desmaterializados. Ainda tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angús-tias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são bastan-te ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de habitá-los, pois que eles representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel. Contudo, menos absorvido pelas coisas materiais, o homem divisa, melhor do que vós, o futuro; compreende a exis-tência de outros gozos prometidos pelo Senhor aos que deles se mos-trem dignos, quando a morte lhes houver de novo ceifado os corpos, a fim de lhes outorgar a verdadeira vida. Então, liberta, a alma pairará acima de todos os horizontes. Não mais sentidos materiais e grossei-ros; somente os sentidos de um períspirito puro e celeste, a aspirar as emanações do próprio Deus, nos aromas de amor e de caridade que do seu seio emanam.

18. Mas, ah! nesses mundos, ainda falível é o homem e o Es-pírito do mal não há perdido completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde, então, novas e mais terrí-veis provas o aguardam.

Contemplai, pois, à noite, à hora do repouso e da prece, a abóbada azulada e, das inúme-ras esferas que brilham sobre as vossas cabeças, indagai de vós mesmos quais as que conduzem a Deus e pedi-lhe que um mun-do regenerador vos abra seu seio, após a expiação na Terra. – Santo Agostinho. (Paris, 1862.)

Forças ContráriasEmmanuel – livro Algo MaisPor falar de inimigos, não nos refiramos, neste momento, a

pessoas e sim à forças contrárias.Na Terra, basta vezes, achamo-nos em começo ou em meio

de preciosas edificações, quando determinadas ocorrências nos desencorajam ou perturbam.

De modo geral, são correntes de pensamentos adversos que desabam sobre nós, retardando empreendimentos e vantagens que beneficiariam não somente a nós outros mas igualmente à comunidade a que nos vinculamos.

Conquanto a nossa confiança no bem e todo o nosso esforço em efetuá-lo, isso no mundo acontece. E acontece porque so-mos espíritos em evolução, carentes de progresso e burilamento, a quem o erro, por mais lastimável, serve de ensino.

Aprendamos como se afasta a desarmonia, como na Terra já se evita a varíola e a meningite.

No caso das energias contrárias, temos no silêncio a vacina ideal.

Se nos capacitarmos de que ausência de informações é ausên-cia de pistas, com facilidade nos confiaremos à tarefa exclusiva de acender o sinal verde da permissão unicamente para o melhor.

Na atualidade terrestre, fala-se em tomadas para recursos di-versos. Tomadas de luz e de energia: de apoio combustível.

Justo reconhecer que a tomada de sombra espiritual igualmen-te existe: espécie de fio para ligação com desequilíbrio.

Qualquer pequenina quota de força mental desorientada pode suscitar a queda de toda uma avalanche de provas evitáveis. Essa tomada de sombra espiritual se revela claramente numa frase de queixa, num apontamento leviano, numa brincadeira de mau gosto, no boato infeliz, na referência maliciosa ou em qualquer conceito-chave que nos induza para descaridade e perturbação.

Recorramos ainda aos símbolos do trânsito.Vigiemo-nos de espírito centralizado no bem de todos.Se somos mentalmente visitados por ideias de crueldade e dis-

córdia, lamentação ou desânimo, acendamos o sinal vermelho do “não prossigas” no espaço que medeia entre o cérebro e os lábios ou entre o pensamento e as mãos impedindo a palavra falada ou escrita, inconveniente e destrutiva.

Unicamente, assim, o fio de nossa atenção persistirá ligado ao amor que desarma os adversários e nos faz livres, permanentemen-te livres das forças negativas, consideradas por influências do mal.

• Quando estiveres à beira da explosão na cólera, cala-te mais um pouco e o silêncio nos poupará enormes desgostos.• Seja qual seja o seu problema, conserve fé em Deus e fé em você mesmo, sem desistir de trabalhar. Ninguém progride sem dificuldade a vencer.

• Ninguém progride sem dificuldade a vencer. A luta é condição para a vitória.

Meditações Diárias

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Os conceitos espiritistas, aliados ao conhecimento da realidade supradimen-sional do ser humano, com seus corpos energéticos, trazem novas respostas aos questionamentos atuais do homem. A conscientização da realidade espiritu-al abrirá novos campos de pesquisa para aquele se que se propõe devassar as fron-teiras da matéria e integrar-se à realidade imortalista da vida.

Dessa forma, a consciência da realida-de extrafísica o fará encontrar-se consigo mesmo e as experiências advindas desse reencontro, que gera o autodescobrimen-to, é que decidirão a respeito daquilo que chamamos de saúde ou enfermidade. Para tal mister, há que se acordar para o realis-mo da vida imortal e seu desdobramento consequente, na estrutura íntima do ser.

Infelizmente, o homem científico ou a própria medicina terrena ainda rejeitam outros métodos alternativos de cura ou, melhor colocando, medicina comple-mentar, por encararem o homem como um agregado de células, músculos e ner-vos, levando-se em conta tão somente seu veículo fisiológico. Claro, exceções exis-tem, e um número bastante expressivo de cientistas encarnados já percebeu que, a despeito de o cérebro ser comparado por muitos a um computador complexo, ele tem a necessidade de um agente para ins-truir o sistema a respeito de como deve agir e fazer. Esse agente é o que denomi-namos espírito ou alma.

Assim, do domínio do espírito fazem parte os campos de energia multidimen-sional que já são pesquisados na Terra por muitos desbravadores das potencialidades da mente, descritos e pesquisados através dos séculos e que apenas agora os irmãos encarnados dedicados às academias e ins-titutos científicos da Terra começam a de-vassar.

Como decorrência desses estudos te-mos que todos os pensamentos, ações, emoções, intenções, angústias, fobias e alegrias representam energias, que de cer-ta forma gravitam em torno do psiquis-mo humano, sendo os de teor vibracional negativo em quantidade maior, devido à inferioridade relativa do ser humano na atualidade. Desse modo, se essas energias atingirem a estrutura sutil do psicossoma,

ou perispírito, como nomeou Kardec, tais estados emocionais, uma vez abrigados no imo do ser, causarão o bloqueio energé-tico que se fará notar na periferia física, advindo as enfermidades ou estados pato-lógicos catalogados como doenças.

Poderíamos dizer que a chave para os progressos que se possam efetuar na área da saúde do ser humano é a consciência de que há uma conexão entre o corpo físi-co e as forças psíquicas do espírito. O pe-rispírito, de natureza mais sutil, percebido por alguns apenas, é repleto de sistemas e funções complexas, que regem desde in-formações e conhecimentos transmitidos pelo DNA até as demonstrações inteligen-tes de um ser consciente na vida comum.

A saúde, a enfermidade ou a doença apresentam-se não apenas como estados detectados e enumerados pela medicina convencional, mas, ampliam-se, no con-ceito, com o conhecimento dos meca-nismos e das funções do perispírito - o corpo semimaterial, veículo da expressão da consciência -, quanto do duplo eté-rico e da realidade multidimensional do homem, abrangendo todo um sistema energético e moral em que o ser pensante se encontra situado, por sua própria evo-lução anímica.

Na medida em que consideramos os es-tados emocionais, as disfunções da moral e do sentimento como energias latentes e atuantes através do psiquismo humanos, podemos afirmar que o comportamento equilibrado, a atitude sadia e a prática dos preceitos morais segundo nos ensina o Evangelho estão longe de se constituírem atividades puramente religiosas ou místi-cas; são, na verdade, uma resposta cientí-fica de nível energético superior.

Em assim sabendo, eis que a terapia dos ensinamentos evangélicos e espiritis-tas convidam-nos a realizar a reforma em nossas vidas, transformando comporta-mentos, palavras, ações e sentimentos que elevarão o quantum vibratório do psiquis-mo do ser, extravasando para o físico, pro-duzindo o estado de saúde psicofísica.

Martha Triandafelides CapelottoJaú / SP

Saúde e Doença

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