RITO ADONHIRAMITA.pdf

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3/7/2014 RITO ADONHIRAMITA http://www.adonhiramita.org/liturgia.htm 1/3 Inicio O Rito Adonhiramita Liturgia Equinócios Solstícios Vídeos Biografias Contato A Liturgia Adonhiramita Peculiaridades do Rito Adonhiramita Algumas das principais peculiaridades do Rito Adonhiramita que o identificam e o diferenciam dos demais Ritos são: A sua tradição e fidelidade aos antigos mistérios; A sua profunda espiritualidade;O tratamento de "Am.ʹ. Ir.ʹ.” ; O uso do nome histórico; Adonhiram como personagem central; O Cerimonial do Fogo; O uso de velas e não de lâmpadas; O pé direito à frente na marcha do Grau; As doze badaladas; O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada; O uso das luvas brancas; O uso da gravata branca; A posição dos AAm.ʹ. lIr.ʹ. VVig.ʹ.; A posição das CCol.ʹ. J e B; A abertura do L.ʹ. da L.ʹ. no evangelho de João; A formação do Pálio; A Cerimônia de Incensação; A proteção mística do Am.ʹ. Ir.ʹ. Cobr.ʹ. Int.ʹ.;O uso do sinal do G.ʹ. na circunavegação; A circunavegação em forma do símbolo do infinito; O uso do chapéu em todas as sessões pelos MMestr.ʹ.; O uso da espada pelos MMestr.ʹ., a palavra de Aclamação , além de muitas outras particularidades que fazem o Rito Adonhiramita singular, místico e esotérico. Fundamentos e tradições do Rito Adonhiramita Este Rito é histórico e tradicional, um Rito característico e essencialmente metafísico, esotérico e místico. Constitui um drama psicológico organizado para produzir experiências transcendentais nos participantes e, ao se tornar esotérico no exercício do magistério de sua Liturgia, de um modo geral, induz a mente objetiva a certo grau de relaxamento, o que permite a imersão do subconsciente, resultando em um estado de harmonia e bem estar, tornando-o um Rito de profunda espiritualidade. Têm por base teológica os mistérios egípcios, a volta dos judeus do cativeiro e as verdades bíblicas reveladas no Antigo e Novo Testamento, particularmente, no que concerne à construção do Templo de Salomão e às origens do Cristianismo, com atenção especial voltada para os aspectos proféticos e apocalípticos de ambos os documentos sagrados. Podemos constatar esta profunda espiritualidade ainda no Átrio, quando da entrada ao Temp.´., no momento em que o Am.ʹ. Ir.ʹ. M.ʹ. de CCer.ʹ. diz: "... Silêncio meus AAm.ʹ. llr.ʹ.! Eu vos peço um momento de reflexão a fim de ingressarmos no Templ.ʹ.. Neste momento observa-se uma viagem interior, o V.I.T.R.I.O.L. cuja tradução é: "Visita o interior da Terra e, retificando-se, encontrarás a Pedra Oculta". É uma viagem solitária e profunda, um resgate dos mais puros valores inerentes ao ser, à busca do universo interior, a busca do "conhece-te a ti mesmo". Uma viagem para a qual, as condições sociais profanas, a cor, a raça, os credos religiosos e políticos, assim como os metais que distinguem o rico do pobre, tornam-se fardos desnecessários e incômodos. Forma-se então, a Egrégora, uma reflexão agora coletiva elevada ao Supremo Criador dos Mundos, desejando a paz entre os homens, que todos possam se transformar em homens de boa vontade, que os desesperados encontrem a esperança e os tiranos possam encontrar o caminho da justiça. O tratamento de "Am.ʹ.Ir.ʹ." e o uso do Nom.ʹ. Hist.ʹ. no Rito Adonhiramita "Am.ʹ. Ir.ʹ. "era o tratamento usado entre os adeptos das comunidades religiosas mais antigas, para significar o apreço, o respeito e a confiança mútua entre esses adeptos. Era o tratamento escolhido pelos primitivos cristãos, até para se identificarem entre si; tratamento este que ainda hoje é empregado pelos pregadores cristãos, ao se dirigirem ao público dentro das Igrejas e Templos. Tratamento este que deverá ser conquistado pelos méritos maçônicos de cada Ir.ʹ..Sejam quais forem as relações que um maçom tiver com o outro é proibido usar de outra denominação que não seja a de Am.ʹ. Ir.ʹ., isto basta para o elogio na Maçonaria, porque este nome sagrado, encerra em si, todos os sentimentos bons de que o coração humano é capaz de vivenciar. O Nom.ʹ. Hist.ʹ. é de todo útil, no momento da iniciação e durante toda a vida maçônica, receber a guarda, a proteção e o exemplo de espíritos luminosos que, ricos de virtudes nesta vida, sobretudo como maçons, se comportam, de certo modo, como Anjos-da-guarda, mensageiros fiéis do G.ʹ.A.ʹ. D.ʹ. U.ʹ. Por isso, no Rito Adonhiramita, a cada Ir.ʹ., quando de sua iniciação, é atribuído o nome de um personagem virtuoso em prol da Humanidade, da Pátria, da Sociedade, etc., Maçom ou não, e que já tenha partido para o Oriente Eterno, para ser seu Patrono, absorvendo-lhe o nome a que denominamos "Nome Histórico". Com esse Nome Histórico, o Ir.ʹ. é batizado em momento próprio da Iniciação com os seguintes dizeres: "E para que de profano nem o vosso nome vos reste, eu vos batizo com o Nome Histórico de....” A prática tem grande valia para o sigilo e a preservação da identidade civil, ao mesmo tempo em que constitui um símbolo de profunda significação. Se a Maçonaria tem por objetivo transformar o homem profano no homem iniciado, o gesto de lhe dar um novo nome por ocasião da iniciação está a indicar que ele, dali em diante, deve se transformar num novo ser. A denominação Adonhiramita De acordo com a Bíblia, HIRAM era o arquiteto que se encarregara dos projetos da construção do Templo de Salomão, filho da viúva de NEFTALI. A seu lado havia outro HIRAM, o rei de Tiro, que fornecera a Salomão grande parte dos materiais utilizados na obra. Já ADONHIRAM, filho de Abda, era o funcionário encarregado dos tributos na corte de SALOMÃO, por este estar incumbido do recrutamento dos operários quando da construção do Templo. Como tal, vem designado no 1º Livro dos Reis, Cap. IV com o título de “preposto às corvéias”. ADONHIRAM era a pessoa que recrutava os operários, selecionava-os, dividia-os segundo suas capacidades ou necessidades da obra e, por certo, também lhes pagava o salário, até porque era o tesoureiro de SALOMÃO. Sendo assim para nós ADONHIRAMITAS é o personagem central da Construção do Templo de Salomão, Adonhiram (Hiram de Deus), conforme nos asseguram os versículos 6 do capítulo IV e 13 e 14 do capítulo V do 1°Reis no Antigo Testamento. Acreditamos que a verdadeira palavra é Adonhiram, ou Hiram composto do pré-nome Adon (dominus), que os hebreus usam frequentemente quando falam de Deus; este prenome agregado à palavra Hiram, faz-se Adonhiram, que significa Hiram, "O consagrado ao Senhor", "O bom Senhor” ou "O divino Hiram'', de onde foi derivado o título de Maçonaria Adonhiramita. O Cerimonial do Fogo Dos quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo, o fogo é tido como princípio ativo ou dinâmico, transformador, germe da geração, é o mais puro, animador e fonte energética. Simboliza a força impulsionadora do universo, além de movimento e energia. Seu movimento é para o alto, ascendente, e seu poder é de criação por transformação. O Cerimonial do Fogo alude a uma invocação ao Senhor de Todas as Luzes, ao G.ʹ.A.ʹ.D.ʹ.U.ʹ. cujos atributos infinitos estão novamente sintetizados nas três palavras pronunciadas, por cada uma das Luzes da Loj.ʹ. Ven.ʹ. Mestr.ʹ. - Sabedoria; 1° Vig.ʹ. - Força; e o 2° Vig.ʹ. - Beleza. A razão de utilizar velas e não lâmpadas As velas que usamos, sempre de cera pura de abelhas, como manda a tradição, emitem uma chama pura e sem fuligem, emitem fogo, o

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  • 3/7/2014 RITO ADONHIRAMITA

    http://www.adonhiramita.org/liturgia.htm 1/3

    Inicio O Rito Adonhiramita Liturgia Equincios Solstcios Vdeos Biografias Contato

    A Liturgia AdonhiramitaPeculiaridades do Rito Adonhiramita

    Algumas das principais peculiaridades do Rito Adonhiramita que o identificam e o diferenciam dos demais Ritos so: A sua tradio e

    fidelidade aos antigos mistrios; A sua profunda espiritualidade;O tratamento de "Am.. Ir.. ; O uso do nome histrico; Adonhiram como

    personagem central; O Cerimonial do Fogo; O uso de velas e no de lmpadas; O p direito frente na marcha do Grau; As doze

    badaladas; O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada; O uso das luvas brancas; O uso da gravata branca; A posio dos

    AAm.. lIr.. VVig..; A posio das CCol.. J e B; A abertura do L.. da L.. no evangelho de Joo; A formao do Plio; A Cerimnia de

    Incensao; A proteo mstica do Am.. Ir.. Cobr.. Int..;O uso do sinal do G.. na circunavegao; A circunavegao em forma do smbolo

    do infinito; O uso do chapu em todas as sesses pelos MMestr..; O uso da espada pelos MMestr.., a palavra de Aclamao , alm de

    muitas outras particularidades que fazem o Rito Adonhiramita singular, mstico e esotrico.

    Fundamentos e tradies do Rito Adonhiramita

    Este Rito histrico e tradicional, um Rito caracterstico e essencialmente metafsico, esotrico e mstico. Constitui um drama psicolgico

    organizado para produzir experincias transcendentais nos participantes e, ao se tornar esotrico no exerccio do magistrio de sua

    Liturgia, de um modo geral, induz a mente objetiva a certo grau de relaxamento, o que permite a imerso do subconsciente, resultando

    em um estado de harmonia e bem estar, tornando-o um Rito de profunda espiritualidade. Tm por base teolgica os mistrios egpcios, a

    volta dos judeus do cativeiro e as verdades bblicas reveladas no Antigo e Novo Testamento, particularmente, no que concerne

    construo do Templo de Salomo e s origens do Cristianismo, com ateno especial voltada para os aspectos profticos e apocalpticos

    de ambos os documentos sagrados. Podemos constatar esta profunda espiritualidade ainda no trio, quando da entrada ao Temp.., no

    momento em que o Am.. Ir.. M.. de CCer.. diz: "... Silncio meus AAm.. llr..! Eu vos peo um momento de reflexo a fim de ingressarmos

    no Templ... Neste momento observa-se uma viagem interior, o V.I.T.R.I.O.L. cuja traduo : "Visita o interior da Terra e, retificando-se,

    encontrars a Pedra Oculta". uma viagem solitria e profunda, um resgate dos mais puros valores inerentes ao ser, busca do

    universo interior, a busca do "conhece-te a ti mesmo". Uma viagem para a qual, as condies sociais profanas, a cor, a raa, os credos

    religiosos e polticos, assim como os metais que distinguem o rico do pobre, tornam-se fardos desnecessrios e incmodos. Forma-se

    ento, a Egrgora, uma reflexo agora coletiva elevada ao Supremo Criador dos Mundos, desejando a paz entre os homens, que todos

    possam se transformar em homens de boa vontade, que os desesperados encontrem a esperana e os tiranos possam encontrar o

    caminho da justia.

    O tratamento de "Am..Ir.." e o uso do Nom.. Hist.. no Rito Adonhiramita

    "Am.. Ir.. "era o tratamento usado entre os adeptos das comunidades religiosas mais antigas, para significar o apreo, o respeito e a

    confiana mtua entre esses adeptos. Era o tratamento escolhido pelos primitivos cristos, at para se identificarem entre si; tratamento

    este que ainda hoje empregado pelos pregadores cristos, ao se dirigirem ao pblico dentro das Igrejas e Templos. Tratamento este

    que dever ser conquistado pelos mritos manicos de cada Ir...Sejam quais forem as relaes que um maom tiver com o outro

    proibido usar de outra denominao que no seja a de Am.. Ir.., isto basta para o elogio na Maonaria, porque este nome sagrado,

    encerra em si, todos os sentimentos bons de que o corao humano capaz de vivenciar. O Nom.. Hist.. de todo til, no momento da

    iniciao e durante toda a vida manica, receber a guarda, a proteo e o exemplo de espritos luminosos que, ricos de virtudes nesta

    vida, sobretudo como maons, se comportam, de certo modo, como Anjos-da-guarda, mensageiros fiis do G..A.. D.. U.. Por isso, no Rito

    Adonhiramita, a cada Ir.., quando de sua iniciao, atribudo o nome de um personagem virtuoso em prol da Humanidade, da Ptria, da

    Sociedade, etc., Maom ou no, e que j tenha partido para o Oriente Eterno, para ser seu Patrono, absorvendo-lhe o nome a que

    denominamos "Nome Histrico". Com esse Nome Histrico, o Ir.. batizado em momento prprio da Iniciao com os seguintes dizeres:

    "E para que de profano nem o vosso nome vos reste, eu vos batizo com o Nome Histrico de.... A prtica tem grande valia para o sigilo e

    a preservao da identidade civil, ao mesmo tempo em que constitui um smbolo de profunda significao. Se a Maonaria tem por

    objetivo transformar o homem profano no homem iniciado, o gesto de lhe dar um novo nome por ocasio da iniciao est a indicar que

    ele, dali em diante, deve se transformar num novo ser.

    A denominao Adonhiramita

    De acordo com a Bblia, HIRAM era o arquiteto que se encarregara dos projetos da construo do Templo de Salomo, filho da viva de

    NEFTALI. A seu lado havia outro HIRAM, o rei de Tiro, que fornecera a Salomo grande parte dos materiais utilizados na obra. J

    ADONHIRAM, filho de Abda, era o funcionrio encarregado dos tributos na corte de SALOMO, por este estar incumbido do recrutamento

    dos operrios quando da construo do Templo. Como tal, vem designado no 1 Livro dos Reis, Cap. IV com o ttulo de preposto s

    corvias. ADONHIRAM era a pessoa que recrutava os operrios, selecionava-os, dividia-os segundo suas capacidades ou necessidades

    da obra e, por certo, tambm lhes pagava o salrio, at porque era o tesoureiro de SALOMO. Sendo assim para ns ADONHIRAMITAS

    o personagem central da Construo do Templo de Salomo, Adonhiram (Hiram de Deus), conforme nos asseguram os versculos 6 do

    captulo IV e 13 e 14 do captulo V do 1Reis no Antigo Testamento. Acreditamos que a verdadeira palavra Adonhiram, ou Hiram

    composto do pr-nome Adon (dominus), que os hebreus usam frequentemente quando falam de Deus; este prenome agregado

    palavra Hiram, faz-se Adonhiram, que significa Hiram, "O consagrado ao Senhor", "O bom Senhor ou "O divino Hiram'', de onde foi

    derivado o ttulo de Maonaria Adonhiramita.

    O Cerimonial do Fogo

    Dos quatro elementos tradicionais: terra, gua, ar e fogo, o fogo tido como princpio ativo ou dinmico, transformador, germe da

    gerao, o mais puro, animador e fonte energtica. Simboliza a fora impulsionadora do universo, alm de movimento e energia. Seu

    movimento para o alto, ascendente, e seu poder de criao por transformao. O Cerimonial do Fogo alude a uma invocao ao

    Senhor de Todas as Luzes, ao G..A..D..U.. cujos atributos infinitos esto novamente sintetizados nas trs palavras pronunciadas, por

    cada uma das Luzes da Loj.. Ven.. Mestr.. - Sabedoria; 1 Vig.. - Fora; e o 2 Vig.. - Beleza.

    A razo de utilizar velas e no lmpadas

    As velas que usamos, sempre de cera pura de abelhas, como manda a tradio, emitem uma chama pura e sem fuligem, emitem fogo, o

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    que no acontece com as lmpadas eltricas. O fogo sempre acompanhou a humanidade desde os mais primitivos ancestrais, e nesta

    sua marcha atravs da histria foi assumindo sempre mais o aspecto de ligao entre o homem e os espritos, entre o homem e o

    G..A..D..U... O fogo, desde que o homem comeou a perceb-lo conscientemente como um dos elementos da natureza, foi sempre

    olhado como um elemento mgico e de origem divina, motivo pelo qual, seu simbolismo foi mantido em nossas cerimnias.

    O p direito frente na marcha do Grau

    Simbolicamente o lado direito ativo, positivo, criativo, masculino e representa o poder de realizao, enquanto o lado esquerdo

    passivo, negativo, receptivo, feminino e representa a capacidade de modelao. Romper a marcha com o p direito, representa que o

    nosso poder criativo, masculino, positivo, se sobrepem aos nossos aspectos negativos que devem ser submetidos nossa vontade e

    superados com a prtica das virtudes. Em simbologia, o lado direito sempre esteve ligado ao poder da Luz, e o lado esquerdo ao poder

    das Trevas. Todavia, nada tem a ver com supersties, mas sim, posturas que guardam um sentido simblico.

    Doze badaladas

    Antigamente, na Maonaria, o sino era de uso comum nas Cerimnias das Lojas Simblicas, a fim de anunciar a hora dos trabalhos. O

    Rito Adonhiramita, procurou coexistir com o seu uso, no perdendo a tradio dos antigos, assim como a tradio religiosa e os costumes

    iniciticos dos mistrios. Em muitas civilizaes antigas, o sino era utilizado no sentido de conclamar todos os seres humanos, e, tambm,

    os sobrenaturais, alm de evocar as Divindades, se tornando da, o smbolo do chamamento ao G.. A.. D.. U..! Assim, juntamente com a

    Cerimnia de Incensao o Cerimonial do Fogo e as Doze Badaladas harmonizam as vibraes msticas e esotricas da egrgora formada

    em sintonia com a Luz Maior emanada pelo Supremo Criador dos Mundos.

    O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada

    O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada simbolizam a ligao do antigo com o novo, a continuidade e a ligao com o

    G..A.. D..U.., em conscincia compartilhada e identidade comum. Desde os antigos tempos a cultura da Chama Sagrada era tida como

    primordial e essencial para a busca e manuteno da harmonia e da paz, tanto para os lares, quanto, at mesmo, para as cidades da

    antiguidade.

    O uso das luvas brancas

    As luvas brancas representam a candura que reina na alma do homem de bem e a pureza de seus atos, de corao e intenes. Motivo

    pelo qual o Am..Ir..M.. de CCer.. antes da entrada ao Temp.., exclama: "... Meus AAm.. llr.., se desde a meia-noite, quando se

    encerraram nossos ltimos trabalhos, se conservastes vossas mos limpas, calai as vossas luvas...". O calar das luvas para que as

    mos de todos os obreiros fiquem iguais. Tornam as mos calejadas do operrio, to macias quanto s mos do intelectual, do mdico,

    do engenheiro etc, assim como se igualam pelo uso uniforme das outras peas do vesturio. As luvas simbolizam a pureza que deve

    estar presente em todos os atos de um maom. Pela mo direita se d pela esquerda se recebe. D-se com pureza e recebe-se com

    pureza.

    A gravata branca

    A gravata branca, por sua cor, est associada paz e guarda a sua origem na aristocracia francesa. Na prtica, a gravata uma pea

    da indumentria e de criao recente, inspirada nos cordis utilizados para o fechamento das camisas antes da inveno dos botes,

    que terminava em um lao altura do pescoo. Logo, a gravata um complemento da camisa, e assim, parte integrante da mesma.

    Sendo a camisa branca, consideramos que a gravata tambm deve ser branca para se manter em harmonia interior.

    Onde se colocam os VVig.. e porque desta posio?

    No Oc.., para melhor observarem a passagem do Sol pelo meridiano. O Sol vem do Oriente, e, portanto, para observ-lo, os VVig..

    devem, ambos, estarem postados numa mesma linha, de frente para o Oriente, o que s pode ocorrer se eles estiverem sobre o mesmo

    meridiano. Por isso, os dois VVig.. no Rito Adonhiramita se posicionam ao Ocidente, numa mesma linha, perpendicular linha do Equador

    Or.. Oc.. no mesmo meridiano.

    Porque no Rito Adonhiramita, as CCol.. J e B ficam em posies invertidas em comparao com outros Ritos?

    Os estudiosos do Rito afirmam que a posio das CCol.. J e B, e dos prprios VVig.., se deu quando das primeiras "revelaes dos

    segredos da maonaria", ou seja, em 1730, quando foi publicado na Inglaterra, o livro Maonaria Dissecada, de autoria de Samuel

    Pritchard.Esta obra em questo foi o fruto da traio perpetrada pelo autor que a 13 de outubro de 1730, prestou depoimento

    juramentado perante um magistrado, no qual relatava detalhes de sua iniciao na Maonaria, inclusive ao Grau de Mestre. O livro

    continha todos os sinais, toques e palavras utilizados poca, bem como citava HIRAM, as marchas e todo o acervo sigiloso. Esta traio

    obrigou a Ordem a processar algumas mudanas necessrias a confundir os curiosos profanos "bem informados", que se utilizando de

    tais informaes demandavam a invadir as Lojas como se fossem verdadeiramente iniciados. Renomados autores veem nestas mudanas

    a origens das diferenas existentes entre o Rito Adonhiramita em relao aos demais Ritos no que se referem posio das colunas, os

    respectivos vigilantes e todos os detalhes oriundos de suas posies. O Rito Adonhiramita permaneceu fiel s antigas tradies,

    adotando os antigos costumes. Motivo pelo qual, em comparao com alguns ritos, se constata que as CCol.. e algumas funes esto

    invertidas. Todavia, mesmo havendo, comparativamente, a inverso das CCol.., os AAm.. Ilr.. AApr.. continuam na Col.., da Beleza, ou

    seja, na Col.. do 2 Vig...

    A abertura do L.. da L.. no Evangelho de Joo

    O Evangelho de Joo o mais profundo dos quatro Evangelhos, cuja terminologia significa "Boa Nova", e o mais mstico, o que mais

    causou polemica devido a sua linguagem e filosofia. Todas as correntes ortodoxas do cristianismo primitivo, destacando os antigos

    Gnsticos, se apoiavam nos escritos de Joo. A espiritualidade tema fundamental para o Rito Adonhiramita, assim como a tradio, e

    por esta, registra-se que primitivamente todas as Lojas de origem Francesa abriam o L.. da L.. no Evangelho de Joo."Houve um homem

    enviado por Deus que se chamava Joo." Este Joo, o Batista, ou seja, aquele que batizava, que iniciava aos antigos mistrios.

    Lembrando ainda, que no momento da abertura do L.. da L.. a leitura do texto sagrado e a colocao do esq.. e o comp.. na posio do

    grau, o Am.. Ir.. Orad.. est protegido pelo Plio.

    O Plio

    No Rito Adonhiramita, o Plio, formado, tal qual uma pirmide, pelo Am.. Ir.. M.. de CCer.. juntamente com um M.. da Col.. do S.. e

    outro M..da Col.. do N... Estes AAm.. llr.. o formaro postando suas espadas como extenso de seus braos direitos estendidos em

    ngulo de 52, tocando-se e cruzando-se no alto sobre o Alt.. dos JJur.. e o Am.. Ir.. Orad... Estando na abertura, a espada do Am.. Ir..

    M.. de CCer.. por baixo das demais, dando sustentao, e no encerramento, por cima das demais, sobrepondo-as. As espadas, como

    condutoras de energias em forma de pirmide, voltadas para cima, esto absorvendo as energias do alto, protegendo a abertura do L..

    da L.. pelo Oc.. pelo S.. e pelo N.. deixando livre apenas o lado do Or.. do qual se emanar a Luz e a onipresena do G .. A.. D.. U...

    A Cerimnia da Incensao

    A Incensao tem origem nos mais remotos costumes religiosos da civilizao humana. Esta cerimnia representa uma espcie de

    profilaxia ambiental, a Incensao deixa o ambiente fsico do Templo impregnado do agradvel odor da essncia utilizada, tais como

    Benjoim, Mirra e Incenso entre outras. Por outro lado, a tradio nos informa que esta cerimnia afasta do meio mstico e esotrico do

    Templo as sombras ou entidades malficas, que por acaso, se disponham a perturbar as Luzes da Loja, e, consequentemente, os seus

    trabalhos. A incensao tem como valor simblico a associao do homem divindade, do finito ao infinito e do mortal ao imortal. Ao

    espargir a fumaa se est purificando o ambiente tanto no sentido fsico por tratar-se de substncia com propriedades anti-spticas,

    como espiritual, pois o incenso tem a incumbncia de elevar a prece para o cu. A incensao gera uma atmosfera de aroma agradvel e

    magnetiza com fluidos benficos os obreiros e o ambiente, contribuindo para a formao da egrgora e propiciando reflexo. No ato da

    Incensao so invocadas as trs palavras que sintetizam atributos do G.. A..D..U.. SABEDORIA, FORA e BELEZA. Por esses motivos,

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    que, ao nos incensarmos, nos limpamos nos purificamos a ns e ao ambiente, favorecendo a permanncia da egrgora. Tambm, se

    torna necessrio lembrar que durante a cerimnia da incensao, depois que o Am.. Ir..M.. de CCer.. efetua a incensao do Templ.. e

    de todos os llr.. ele troca de lugar e funo com o Am.. Ir.. Cobr.. e este, com a porta entre aberta, sem sair do Templ.. incensa o trio.

    Esta tarefa de incensar o trio somente pode ser executada pelo Am.. Ir.. Cobr.. porque ele o nico que est protegido e capacitado

    mstica e esotericamente para se expor s energias que circulam fora do Templ...Tanto que o nosso prprio ritual aconselha que este

    cargo seja ocupado pelo ex-Ven.. Mestr.. mais recente, pois este, dentre todos, quem possui os atributos msticos e esotricos para

    suportar tais energias e impedir que as mesmas adentrem o interior do Templ...Por este motivo tambm, que o Am.. Ir.. Cobr.. ocupa

    o seu lugar sobre a linha simblica do equador, de frente para o Ven.. Mestr.. invertendo a polaridade das energias, ou seja, atraindo

    para si, todas as energias negativas que excedam o suportvel pela Egrgora da Loja, como se fosse um para-raios.A prpria troca de

    funes do Am.. Ir.. Cobr.. com o Am.. Ir.. Mest.. de CCer.. atravs do giro, um ato personalssimo do Rito Adonhiramita, pois ambos

    se interligam formando um X (xis) com as mos, ou seja, mo direita com mo direita e mo esquerda com mo esquerda, doando e

    recebendo, ao mesmo tempo em que, girando, as energias e atributos so permutados qualificando um e outro para sequncia

    cerimonial. Destrocando logo em seguida, na mesma forma.

    A circunavegao

    Realizamos a circunavegao com o Sin.. do Gr.. uma vez que no seria possvel ao Obr.. caminhar com o Sin.. de Ord.. pois neste, o

    Obr.. necessita, alm de estar com o Sin.. do Gr.. estar tambm com os pp.. em esq.. formando a trp.. esq.. com o p.. dir.. voltado para

    a frente. Assim procedemos em respeito aos antigos costumes e desde que o Obr.. no esteja conduzindo material litrgico, quando

    ento fica dispensado do Sin.. do Gr... A circunavegao, realizada em forma do smbolo matemtico do infinito visto que este smbolo

    representa, esotericamente, a estrada do tempo e da continuidade da vida, pois todo comeo contm em si o fim, e todo fim contm em

    si o comeo. o caminho do constante renascimento. E o Rito Adonhiramita, por sua profunda espiritualidade, filosofia mstica e

    esotrica, concede ao seu adepto a possibilidade de caminhar nesta senda na busca do conhecimento, da evoluo e aprimoramento

    espiritual.

    MMestr.. usam chapu em todos os Graus do Simbolismo

    O uso do Chapu na Maonaria bem antigo; estes, conforme nos narra a histria, surgiram para substituir as antigas carapuas

    usadas na Idade Mdia. Os Chapus foram primeiro usados pelos sumrios e os egpcios na Antiguidade e posteriormente pelos gregos

    que usavam um chapu de palha de fundo pontudo que era denominado de "THOLIA", e s se tem conhecimento do seu uso na Europa

    aps o sculo XVII. Na Maonaria, o Chapu passou a ser usado a partir do sculo XVIII como smbolo hierrquico e esotrico. A

    maonaria ocidental tambm chamada de maonaria salomnica, devido ao fato da influncia judaica ser indiscutvel em sua base

    filosfica.Trazendo da influncia cabalstica, o uso do chapu como forma de cobertura da primeira Sephirah da rvore da Vida, como faz

    o povo semtico nas cerimnias de culto ao Deus nico. O chapu assume assim dois significados. O primeiro, de origem cavalheiresca,

    advm da tradio que remonta ao incio do sculo XVIII da qual somente os pertencentes da aristocracia tinham o direito de usar

    chapus, sendo a princpio tolerado como uma regalia. O segundo, de carter esotrico, simboliza que apesar da eterna busca da

    verdade, a inteligncia humana reconhece seus limites ante o grande mistrio da criao, motivo pelo qual devemos nos descobrir

    quando seja feita meno ao G.. A.. D..U...

    MMestr.. usam espada em todos os Graus do Simbolismo

    O uso da espada smbolo de autoridade de uma casta distinta e considerada nobre em todas as sociedades antigas, os guerreiros.

    Quando o Rito de Heredon, fonte de origem do Rito Adonhiramita, Escocs Antigo e Aceito e o Moderno, foi introduzido na Frana, era

    praticado quase que exclusivamente por membros da aristocracia, pessoas que possuam o direito do uso da espada, smbolo naquela

    poca, de condio social elevada. Dos Ritos que tiveram origem no Rito de Heredon, somente o Adonhiramita permaneceu fiel tradio

    dos MMestr.. usarem a espada e o chapu em todos os graus do simbolismo. Devemos esclarecer tambm que, muito embora o uso das

    espadas tenha se originado na aristocracia francesa, no por este motivo que o Rito Adonhiramita a mantm em suas cerimnias. To

    pouco tem ligao a ser guerreiro ou militar! Seu uso no Rito Adonhiramita se d exclusivamente ao misticismo e esoterismo relacionados

    aos efeitos geomagnticos, uma vez que todo o desempenho do Rito Adonhiramita, interfere diretamente em correntes energticas.

    Devido a isto, que o Am.. Ir.. (Nom.. Hist..) Dig.. Cobr.. neste exato momento, assim como durante todo o tempo em que permanece

    sentado, estar com a sua espada voltada com a lmina para baixo em contato com o solo, descarregando as energias que absorve na

    funo de para-raios, conforme j mencionado anteriormente.

    A palavra de Aclamao

    A palavra de Aclamao Vivat (pronuncia-se Viv) a antiga saudao utilizada ainda no inicio do Sculo XVIII. No Rito Francs ou

    Moderno, aps a Revoluo Liberal de 1789, ela foi substituda pela aclamao Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Vivat tem o mesmo

    significado da saudao escocesa que se pronuncia Huzz, Huzz, Huzz, cuja traduo do hebraico Viv, Viv, Viv, que em latim

    corresponde ao Vivat, Vivat, Vivat. Vivat deriva do verbo Latino 'Vivere' significando "VIDA" e expressa o profundo querer por tudo o que

    existe. Os trs Vivat, correspondem a estes trs pedidos: "Que Ele viva. Que todas as pessoas vivam, que toda a criao viva". Podemos

    lembrar-nos de outras peculiaridades do Rito Adonhiramita, como o estalar dos dedos na aclamao, a subida um a um dos degraus na

    circunavegao, a ausncia das CCol.. Zodiacais, a entrada em Procisso, a forma de executar a bateria do grau, alm da cena da

    traio e da cmara ardente na Sesso Magna de Iniciao. AAm.. llr.. em todos os seus graus e qualidades, estas so algumas das

    principais peculiaridades da ritualstica e da liturgia do Rito Adonhiramita que o identificam e o diferenciam dos demais Ritos. Mas

    deixamos bem claro, que estas peculiaridades no o tornam nem melhor e nem pior que os demais ritos, apenas diferente, mas, com o

    mesmo objetivo de todos os Maons e da Maonaria Universal, a busca do aperfeioamento de todos os seres humanos.

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