Rotary em Acção nº18.pdf

16
www.rotary.pt Sexta-feira, 25 de Novembro de 2011 Ano III Nº 18 Assinatura 6Periocidade Bimestral Director A. Soares Carneiro Como vivem os Gregos SOBREVIVER EM TEMPO DE CRISE

description

Volto, hoje, a um tema que me é caro: o problema da decência dos comportamentos de certos agentes económicos.O “Pai” da administração empresarial moderna, o filósofo e economista Austríaco Peter Drucker (1909-2005) entendia que os ganhos de um Administrador de uma empresa não poderiam, nunca, ser superiores a 20 vezes o salário médio praticado na empresa por si administrada.Na verdade e apesar da crise económica e financeira que vivemos, esta regra não se verifica nas empresas de topo.

Transcript of Rotary em Acção nº18.pdf

Page 1: Rotary em Acção  nº18.pdf

www.rotary.pt

Sexta-feira,25 de Novembro de 2011

Ano IIINº 18

Assinatura6€

PeriocidadeBimestral

DirectorA. Soares Carneiro

Como vivem os Gregos

SOBREVIVER EM TEMPO DE CRISE

Page 2: Rotary em Acção  nº18.pdf

2 ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011

EditorialA. Soares CarneiroDirector

Ficha Técnica

Propriedade: Fundação Rotária Portuguesa NIF: 501129081 Morada: Rua João Machado, 100 - 3º, Salas 303/304, 3001-903 Coimbra; Edição: Gabinete de Comunicação e Imagem do Rotary em Portugal. Director: A. Soares Carneiro Design: Padrão Certo Paginação: O Progresso e Publicidade, Lda Redacção: Ana Lima e Valdemar Jorge Impressão: Diário do Minho Tiragem: 6000 exemplares Periodicidade: Bimestral Contactos: [email protected], Tels.: 239 823 145 / 239 834 348, Fax: 239 837 180. Depósito Legal: 290346/09 Publicação Periódica nº 125744.

Nota

Para que o Rotary em Acção passe a ser a voz de todos os rotários de Portugal, passam a ter à disposição o ende-reço electrónico [email protected], para onde podem enviar notícias dos clubes, eventos programados e todas as outras informações que desejarem. Este endereço passa a servir também para envio de conteúdos para a página oficial do Rotary em Portugal.

A DECÊNCIA NA ECONOMIA

Volto, hoje, a um tema que me é caro: o problema da de-cência dos comportamentos de certos agentes económicos.

O “Pai” da administração empresarial moderna, o filósofo e economista Austríaco Peter Drucker (1909-2005) entendia que os ganhos de um Administrador de uma empresa não poderiam, nunca, ser superiores a 20 vezes o salário médio praticado na empresa por si administrada.

Na verdade e apesar da crise económica e financeira que vivemos, esta regra não se verifica nas empresas de topo.

Nas empresas Britânicas e Norte Americanas, o salário dos administradores era, respectivamente, de 120 e 318 vezes o sa-lário médio das suas empresas! Um escândalo que os accionis-tas das empresas não controlam e que os Estados permitem.

Entretanto, entre salários desses administradores de 10 a 15 milhões de dólares por ano, as desigualdades crescem por todo o lado.

Os E.U.A. têm 44 milhões de pessoas (13% da população) a viverem abaixo da linha da pobreza e a sua classe média tem vindo, sucessivamente, a perder rendimentos.

Por cá, em Portugal, o salário médio dos 20% mais pobres é apenas de €471,00 e o dos 20% mais ricos é de 2.237 euros, ou seja, 4,75 vezes o salário dos 20% mais pobres.

Há contudo a salientar que 1% dos trabalhadores têm um rendimento médio anual superior a 4.493 euros, isto é, 9,5 vezes o salário médio dos 20% mais pobres.

De facto os 20% de portugueses mais ricos detém 43,2% do total do rendimento disponível e os 20% mais pobres detinham apenas 7,2 do total do rendimento. A situação agrava-se se considerarmos apenas os 10% mais ricos e os 10% mais po-bres. Neste caso os primeiros detêm 28% do rendimento total e os últimos apenas 4,7%. Este número é tão ou mais escanda-loso quanto é a percentagem mais elevada da U.E. – 27.

Continuando a analisar os níveis da desigualdade em Por-tugal verificamos que 1% dos mais ricos detinham 6,6% da riqueza total e se considerarmos os 5% mais ricos então essa percentagem passa para 18% da riqueza.

Perante estes dados dirão alguns que estas gritantes desi-gualdades na distribuição do rendimento (as maiores da U.E. – 27) colocam graves problemas de coesão social, ou seja, a preocupação não está em corrigir rapidamente essas desigual-dades mas sim em evitar tumultos ou actos criminosos que afectem o funcionamento regular da economia.

O problema, diria eu, é um problema de decência pois os vencimentos e regalias milionárias de alguns administradores constituem um atentado contra as regras da justiça e da so-lidariedade, sobretudo quando os desmandos ou a ganância desses administradores conduziu à ruína das suas empresas e obrigou o Estado (todos nós) a cobrir, com o dinheiro de todos, as ineficiências e, por vezes, a gestão danosa de alguns administradores milionários.

Eis a reflexão que vos deixo numa época especialmente sen-sível para todos.

Porto, Novembro de 2011

EDITORIAL

No próximo dia 3 de Dezembro celebra-se, a nível mundial, o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

Este dia teve início no ano de 1998, por iniciativa das Nações Unidas, tendo surgido com o ob-jectivo de promover os Direitos Humanos de todas as pessoas portadoras de deficiência, permi-tindo-lhes conquistar oportuni-dades iguais às de pessoas não portadoras de deficiência, garan-tir que pessoas com deficiência possam participar plenamente da

vida na comunidade, assegurar que pessoas deficientes tenham voz em programas e políticas que afectam a nossa vida e eliminar a violação dos direitos humanos.

Tendo como objectivo a parti-cipação da sociedade, tentando aumentar a consciência dos bene-fícios trazidos pela integração das pessoas com deficiência em cada aspecto da vida política, social, económica e cultural, os rotários envolvem os clubes em activida-des, acções e eventos em parceria com as entidades locais.

Os clubes rotários pretendem continuar a afirmar-se pela defesa da solidariedade inclusiva, tendo sido lançado o desafio para que todos os companheiros participem activamente no Dia Internacional das Pessoas com deficiência.

Rotários pela solidariedade inclusiva

3 de Dezembro – Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

Em cada edição o Rotary em Acção apresenta-lhe uma página oficial, blogue ou outro espaço na rede onde pode encontrar informação importante, consultar documentos, ficar a par de novidades do Rotary em Portugal e no estrangeiro, mas também ter acesso a bons projectos e a ideias eficazes.

Rotary na Rede

O Brasil é um dos países em que o Rotary tem mais expres-são: em números mas também em dedicação. Exemplo disso são as muitas páginas de Inter-net que existem dedicadas ao

movimento. O Rotary em Acção descobiu o “Brasil Rotário onli-ne”, uma completa cartilha do movimento com inúmeras notí-cias de actividades desenvolvi-das, descrição de bons exemplos

e características de cada clube e distrito brasileiro. A página não esquece ainda a história e as particularidades do movimento rotário, com explicações simples e certeiras.

Uma comunidade de excelência

Brasil Rotário online

Page 3: Rotary em Acção  nº18.pdf

3ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011 ACTUALIDADE

Biografias

Artur Almeida e Silvaem Acção

Artur Almeida e Silva, 67 anos, nasceu em Lisboa em 1944. Casado, com dois filhos e cinco netos, profissionalmente foi Ges-tor de Empresas, tendo trabalhado mais de 30 anos no sector da Distribuição Moderna. Sempre teve grande apetência para o Associativismo, como factor de conjugação de forças e enten-dimento entre parceiros e concorrentes. Os valores da Ética, da Cidadania, do respeito pelos outros, da responsabilidade e soli-dariedade social, foram e são os guias orientadores da sua vida pessoal, profissional e rotária.

Artur Almeida e Silva cumpriu o serviço militar na Marinha Por-tuguesa, entre 1969 e 1972, como oficial da Reserva Naval nos Serviços Mecanográficos da Armada. Licenciado em Finanças, foi desde os 14 anos que começou a colaborar com o seu pai na sua pequena empresa. Daí até aos maiores cargos de gestão em grandes empresas nacionais e multinacionais, passou por uma carreira cheia de sucessos.

Mas sempre teve, como hoje, o associativismo e a solidarieda-de bem presentes na sua vida. Foi fundador, Director e depois Presidente da APCC-Associação Portuguesa de Centros Comer-ciais; Presidente da APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição e membro do Conselho de Administração do Eu-rocommerce (Bruxelas) em representação da APED. Foi igualmen-te fundador e Presidente da DISPAR - Distribuição Participações, S.A. e Administrador da Sociedade Ponto Verde.

Actualmente é Presidente do Conselho de Administração da Fundação Pão de Açúcar – Auchan desde 2008, IPSS que apoia os Colaboradores carenciados do Grupo Auchan. É também Vice-Presidente da Direcção da APOIO – Associação de Solidariedade Social.

É rotário, membro do Rotary Club de Algés, desde Janeiro de 1981, tendo desempenhado várias funções no clube e a nível distrital. Como rotário, “empenhei-me no limite das minhas ca-pacidades e motivações e continuo a servir em defesa dos sãos princípios fundamentais de Rotary”. É assim que Artur Almeida e Silva permanece em Rotary e foi assim que ocupou quase todos os cargos que tem para ocupar no seu Clube e no Distrito 1960. Presidiu durante vários anos a diferentes Comissões Distritais até que no ano de 2006/07 foi Governador.

Tem um curriculum rotário invejável, com inúmeras participa-ções em actividades nacionais e internacionais. Actualmente é Conselheiro do Governador e Membro da Comissão Distrital de Formação Rotária.

Gazeta das CaldasRotários ofereceram prémios aos melhores alunos das Caldas da Rainha e de Óbidos

Rotary na Imprensa

Jornal das CaldasRotary distingue Juiz desembargador Carlos Querido

Soberania do PovoRotários apoiam LAAC, ARCOR e Os Pioneiros

Diário de AveiroGuardiã da receita dos ovos-moles homenageada pelos rotários

Correio do MinhoGuimarães: Rotary doa mais 15 desfibrilhadores automáticos externos a instituições do concelho

Jornal do AlgarveRotary Clube de Loulé entrega prémios aos melhores alunos do concelho

Mafra HojeRotary disponibiliza livros escolares

Algarve NotíciasRotary Clube de Tavira distinguiu melhores alunos

BadaladasJoaquim Ferreira distinguido pelos rotários

Jornal do BarreiroGovernador do Distrito Rotário 1960 visitou o Barreiro

Tribuna DouroOs Clubes Rotários da Régua e Lamego recebem o seu Governador

97 FM PombalPombal – Rotários recebem bastonário da Ordem dos Médicos

Por todo o país, a imprensa local, regional e nacional reconhece o trabalho dos rotários em prol da comunidade. O Rotary em Acção dá agora a conhecer algumas das principais actividades do Rotary que fizeram notícia na comunicação social.

Page 4: Rotary em Acção  nº18.pdf

4 ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011DESTAQUE

Do conforto à crise

COMO VIVEM OS GREGOSVai ainda demorar algum tempo até que

os nossos olhos e os das economias vizinhas voltem a encarar a Grécia com confiança. A imagem de Portugal já teve melhores dias, mas o caso da Grécia tem provado ser par-ticular, mais ainda depois da Irlanda ser um país em recuperação.

Atenas vê multiplicarem-se os problemas sociais. Desnutrição, Sida, prostituição, dro-gas e suicídios são ameaças crescentes. A economia teve uma contracção de 5%, en-quanto o desemprego chegou a 20% da população economicamente activa. Em con-sequência, muitos enfrentam a ameaça da extrema pobreza pela primeira vez nas suas vidas.

Desde o ano passado, o governo tem aumentado impostos e reduzido pensões e salários de funcionários públicos. Também introduziu taxas adicionais aos trabalhadores independentes. E elevou o imposto sobre va-lor acrescentado da maioria dos bens e servi-ços. O dos alimentos subiu de 13 para 23%. Apesar de todas estas medidas, Atenas não conseguiu controlar a crise.

A organização sem fins lucrativos Médicos do Mundo realiza um programa voluntário para ajudar os sem-abrigo e também admi-nistra uma policlínica em Perama, distrito de Atenas, onde a maioria da população econo-micamente activa dependia da construção e reparação das docas. O colapso dessa indús-tria nos últimos anos levou à pobreza cente-nas de famílias do distrito.

Nikitas Kanakis, director da Médicos do Mundo, disse que Atenas está à beira de uma crise humanitária. “Dos 40 meninos e meninas que o nosso pediatra examinou há duas semanas, 23 estavam desnutridos”, dis-se à IPS. “Há alguns anos pensávamos que este país já tinha passado a fase em que a falta de comida era um relevante problema social. Agora estamos a fazer pedidos públi-cos de abastecimento, para poder dar aos que necessitam rações secas e roupa, junta-mente com os nossos medicamentos”, acres-centou.

Portugueses na Grécia

Alfredo Duarte Costa, embaixador de Por-tugal em Atenas, está há 3 anos na Grécia. Diz que se vive um “pesadelo” na capital. Maria Piedade Maniatoglou, que está na Grécia há 30 anos, concluiu que o desastre financeiro era inevitável. E Carlos Ioannou, lusodescendente, pinta um quadro de desâ-nimo entre os gregos. Quer emigrar.

Pelos olhos dos portugueses que vivem na Grécia percebe-se que a tensão económica, política e social em que o país mergulhou arrastou a população para uma nova reali-dade. Violência, empresas falidas, pessoas fechadas em casa. A crise tornou-se a con-versa do dia. Alfredo Duarte Costa, embaixa-dor de Portugal desde Março de 2008, tem sido afectado pelas manifestações, porque

vive e trabalha no centro do capital. “A rua já estava fechada à noite, por causa da inse-gurança. Mas, agora, está fechada também durante o dia. É um problema sair de casa”, conta. “Vive-se um verdadeiro pesadelo em Atenas, nas situações mais básicas do dia-a-dia. Muitos restaurantes e lojas fecharam.

Quando cheguei, não previa uma situação destas. É muito grave”, diz. Em Agosto, Al-fredo Duarte Costa vai pôr um fim à carreira de 30 anos de diplomacia.

Não é o único a fazer planos para deixar a Grécia. Carlos Ioannou, um lusodescendente de 24 anos que acaba de completar a univer-

sidade, na área de turismo, também procura uma porta de saída. “Até há algumas saídas profissionais no sector, mas o país está vira-do ao contrário. Não há grandes esperanças em relação ao futuro”, lamenta. “Os gregos gostam de socializar. As esplanadas estavam sempre cheias. Havia festas, conversava-se.

Page 5: Rotary em Acção  nº18.pdf

5ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011 DESTAQUE

Vá a www.rotary.pt subscreva a newsletter do Rotary para ficar a par de todas as novidades.

DADOS DA ECONOMIA DA GRÉCIA ACTUAL

PRINCIPAIS SECTORES ECONÓMICOS: INDÚSTRIA, FINANÇAS, TURISMO E AGRICULTURA

Moeda: Euro - EURPIB: US$ 318,1 bilhões (estimativa 2010)PIB per capita: US$ 29.600 (estimativa 2010)Taxa de crescimento do PIB: -4,5% (2010 - estimativa)Composição do PIB por setor da economia: serviços

(78,5%), indústria (22,4%) e agricultura (12,4%) - (es-timativa 2010)

Força de trabalho (2010): 5,05 milhões de trabalhadoresTaxa de desemprego: 12 % (2010)Investimentos: 14,8% do PIB (2010 estimativa)População abaixo da linha de pobreza: 20% (2009)Dívida Pública: 144% do PIB (2010 - estimativa)Taxa de Inflação: 4,5% (2010 - estimativa)Principais produtos exportados: alimentos industriali-

zados, bebidas, produtos de petróleo, produtos ma-nufaturados.

Principais produtos importados: máquinas, equipamen-tos de transporte, produtos químicos e combustíveis.

Principais parceiros económicos (exportação): Alemanha, Itália, Chipre e Bulgária.Principais parceiros económicos (importação): Alemanha, Itália, China e França. Exportações (2010 - estimativa): US$ 21,14 bilhõesImportações (2010- estimativa): US$ 44,9 bilhões

Agora fica tudo em casa a fazer contas ao futuro. É uma prisão financeira que acaba por ser psicológica”, conclui. Os amigos, lusodescendentes ou não, também querem partir.

Este é, aliás, um dos grandes riscos a prazo. Que a pres-sa de partir esvazie o país de população qualificada. Mais de 50 mil empresas faliram no último ano. E o novo pacote de austeridade vai deixar mais marcas.

No clube que Jesualdo Ferreira treina, desde Novembro do ano passado, o Panathinaikos, também há um plano de emagrecimento de custos. “Os jogadores com grandes salários já saíram e há alguns que ainda vão sair”, diz. E há estilhaços da crise que vêm de fora para dentro, como o “aumento da violência nos estádios, associada à tensão social”, acrescenta.

Custo de vida e violência

O ex-presidente do Banco Central Europeu, Jean-Clau-de Trichet, disse que a Grécia precisa fortalecer as suas iniciativas e demonstrar a viabilidade dos seus planos de austeridade. Os planos anunciados até agora são inade-quados se a Grécia deve em pouco tempo atender aos requisitos para continuar em concordância com o Tratado de Maastricht, de acordo com Trichet. «Todos os gregos devem reconhecer que precisam de corrigir uma rota que saiu do controle», disse ele.

A situação social para a maioria da população já se de-teriorou nos últimos anos. De acordo com índices oficiais 20% dos gregos vivem abaixo da linha da pobreza. Uma

taxa ainda pior de pobreza é registada por organizações independentes. Particularmente, o desemprego entre jo-vens tem subido rapidamente nos últimos anos. Em 1998, 21% dos jovens entre 15 e 24 anos estavam desempre-gados. Em 2009, esse número subiu para mais de 27%. O desemprego é um problema para muitos ex-estudantes universitários licenciados, e a situação para os médicos é particularmente difícil. De acordo com estatísticas da Orga-nização Mundial da Saúde, a Grécia tem o maior nível de desemprego para esse grupo profissional.

Ao mesmo tempo, o custo de vida é comparável com o de um país como a Alemanha, embora produtos de con-sumo básico como leite, queijo e ovos cheguem a custar duas vezes mais. Os alugueres aumentaram consideravel-mente nos últimos anos.

A situação catastrófica do serviço de saúde trouxe cor-rupção generalizada. Mas a corrupção não se limita aos serviços de saúde. O professor grego de macroeconomia da Universidade de Leipzig, Spiros Paraskewopoulos, esti-ma que a família grega precisa de gastar aproximadamen-te ¯1.600 ao ano com subornos.

A crise coincide com um aumento da violência causada pela xenofobia nos bairros populares do centro de Atenas, transformados em verdadeiros guetos como resultado do intenso fluxo migratório registado pelo país, transformado em principal porta de entrada dos imigrantes ilegais na União Europeia.

(fontes: Público, www.wsws.org, exame.abril.com)

1 - Em 1930, um lago na Grécia secou, mas o Estado Social grego mantém o Instituto para a Protecção do Lago Kopais, que, embora tenha secado em 1930, ainda tem, em 2011, dezenas de funcionários dedicados à sua conservação.

2 - Na Grécia, as filhas solteiras dos funcionários públicos têm direito a uma pensão vitalícia, após a morte do mãe/pai-funcionário público. Recebem 1000 euros mensais - para toda a vida - só pelo facto de serem filhas de funcionários públicos falecidos. Há 40 mil mulheres neste registo que cus-tam ao erário publico 550 milhoes de euros por ano. Depois de um ano de caos, o governo grego ainda não acabou com isto completamente. O que pretende é dar este subsidio só até fazerem 18 anos.

3 - Num hospital público, existe um jardim com quatro

arbustos. Para cuidar desses arbustos o hospital contratou quarenta e cinco jardineiros.

4 - Os hospitais gregos compram pace-makers quatrocen-tas vezes mais caros do que aqueles que são adquiridos no SNS britânico.

5 - Existem seiscentas profissões que podem pedir a re-forma aos 50 anos (mulheres) e aos 55 (homens), porque adquiriram estatuto de profissões de alto desgaste. Dentro deste rol, incluem-se cabeleireiros, apresentadores de TV, músicos de instrumentos de sopro, entre outros.

6 - Pagava-se 15º mês a toda a classe trabalhadora.7 - As Pensões de Reforma de 4.500 funcionários, no

montante de 16 milhões euros por ano, continuavam a ser depositadas, mesmo depois dos idosos falecerem, porque os

familiares não davam baixa e não devia haver meios de se averiguar a inexactidão dessa atribuição.

8 – Nalguns casos, só se pagaram os prémios de alguns seguros quando foi preciso usufruir deles.

9 - A Grécia é o País da União Europeia que mais gasta, em termos militares, em relação ao PIB (dados de 2009). O triplo de Portugal.

10 - Há viaturas oficiais da administração do Estado que têm 50 condutores. Cada novo nomeado para um cargo nomeia três ou quatro condutores da sua confiança, mas como não são permitidos despedimentos na função pública os anteriores vão mantendo o salário.

11 - Na Grécia, cerca de 90% da terra não tem cadastro. Isto significa que os proprietários não pagam impostos.

Curiosidades: o estilo de vida grego

Page 6: Rotary em Acção  nº18.pdf

6 ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011ENTREVISTA

Entrevista a Isabel Meirelles

“O DRAMA EUROPEU FOI NÃO T ER EXERCIDO UM CONTROLO APERTADO DAS CONTAS DA GRÉCIA”

Isabel Meirelles, especialista em assun-tos europeus, fala ao jornal Rotary em Acção sobre a actual crise europeia, as suas causas e possíveis soluções, sem es-quecer a questão da Grécia,

A actual crise pode levar à implosão da União Europeia?

A União Económica e Monetária, cuja face mais visível é o euro está, de facto, em grave risco e, se esta implodir, então significa que sendo este o projecto mais emblemático da União Europeia, todo o edifício comunitário pode ruir por arrasto.

Contudo, a questão carcinogénica que de-semboca nesta doença da chamada crise das dívidas soberanas, tem o seu vírus primário no Tratado de Maastricht que determinou critérios meramente economicistas como o défice orçamental, a dívida pública, a inflac-ção ou as taxas de juro a longo prazo, os chamados critérios de convergência nominal, para que os países pudessem passar a inte-grar a moeda única, abdicando da sua divisa nacional. Ou seja, permitiu-se que Estados

com diferenças abissais de desenvolvimento pudessem pertencer todos ao mesmo espa-ço, que ficou conhecido como eurozona, sem cuidar de estabelecer outros critérios mais finos, os de convergência real, como a educação, as taxas de emprego, a habita-ção, a saúde e a qualidade de vida, todas eles mensuráveis, esses sim determinantes de uma relativa igualdade, absolutamente necessária para não existirem desequilíbrios demasiado acentuados, como os que agora se estão a verificar, com as consequentes destabilizações e terramotos políticos, finan-ceiros e outros.

Mais tarde, o vírus continuou a desenvol-ver-se através de regulamentos comunitários que enformaram o PEC – Pacto de Estabili-dade e Crescimento, que não só os manti-veram, como deram ao Conselho, enquanto representante dos Estados membros, em ex-clusivo, a possibilidade de sancionar pecunia-riamente os países incumpridores deixando apenas à Comissão Europeia a capacidade de denunciar, em primeira linha, eventuais incumprimentos. Isto significou, na prática,

que quando a Alemanha e a França derrapa-ram nos défices, logo à cabeça, nada aconte-ceu, dado que foram os faltosos a decidirem sobre o incumprimento, enquanto se deveria ter dado à Comissão Europeia, instituição in-dependente e representante dos interesses da União as ferramentas e os poderes para agir supranacionalmente.

Igualmente, no que toca à filosofia subja-cente à União Económica e Monetária, não se previram mecanismos no caso da situação poder resvalar a ponto de a pôr em causa esta construção, partindo-se do pressuposto de que tudo iria correr de feição, sem curar de adoptar uma espécie de seguro da moeda única, que só agora se procura estabelecer. Esperemos, apenas, que não seja demasiado tarde.

Existe solidariedade europeia? Penso que a solidariedade europeia tem

existido, mas não tão rápida, nem tão ime-diata como o desejo de resolver a crise im-põe. É que temos que pensar que estamos perante dezassete Estados membros perten-centes à zona euro e mais vinte que, estando

A União Económica

e Monetária,

cuja face mais visível

é o euro está,

de facto, em grave

risco e, se esta

implodir, então

significa que sendo

este o projecto

mais emblemático

da União Europeia,

todo o edifício

comunitário pode

ruir por arrasto.

Page 7: Rotary em Acção  nº18.pdf

7ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011 ENTREVISTA

Entrevista a Isabel Meirelles

“O DRAMA EUROPEU FOI NÃO T ER EXERCIDO UM CONTROLO APERTADO DAS CONTAS DA GRÉCIA”

Isabel Meirelles, Advogada , Professora Universitária e Especialista em Assuntos Europeus.

Licenciou-se em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Diplomada em “Hautes Études Européennes”, vertente de Direito, no College d’Europe, em Bruges, Mestre em Política Internacio-nal e Direito Comunitário pela Universidade Lusíada, Doutoranda em Direito Comunitário pela Universida-de Autónoma de Lisboa.

Foi Assessora Principal no departamento de Rela-ções Internacionais da Direcção-Geral de Política Le-gislativa do Ministério da Justiça (Novembro de 2007 a Maio de 2009); Senior Lecturer no Centro Europeu de Juízes e Advogados no Luxemburgo (Novembro de 2006 a Outubro de 2007); Assessora Principal do GRIEC – Gabinete de Relações Internacionais, Euro-peias e para a Cooperação do Ministério da Justiça (Janeiro a Novembro de 2006); Presidente da Agên-cia Portuguesa de Segurança Alimentar (Novembro de 2004 a Dezembro de 2005); Representante de Portugal no Advisory Forum da EFSA (Fevereiro de 2003 a Dezembro de 2005); Presidente da Comissão Instaladora da Agência para a Qualidade e Segurança Alimentar; Assessora do ICP – Instituto de Comunica-ções de Portugal Assessora (Novembro de 2001 a De-zembro de 2002); Assessora do Gabinete de Direito Europeu do Ministério da Justiça; Adjunta do Ministro da República para a Região Autónoma dos Açores; Adjunta do Ministro da Justiça do VII Governo Cons-titucional; Adjunta do Ministro da Justiça do VI Go-verno Constitucional; Técnica Superior da Direcção-Geral dos Serviços Judiciários do Ministério da Justiça; Consultora do Gabinete do Ministro da Justiça do II Governo Constitucional; Membro do Team Europa, da Comissão das Comunidades Europeias.

Autora do livro «Senhora Europa», Booknomics, 2008;Co-Autora do livro “Dicionário de Termos Eu-ropeus”, 2006; Autora do livro “Os Novos Institutos Societários de Direito Comunitário: O Agrupamento Europeu de Interesse Económico e a Sociedade Eu-ropeia”, 1992; Autora do livro “Lei Geral do Traba-lho”, 1981e Autora do livro “Regime Jurídico Geral dos Funcionários Civis”, 1980. Distinta comentadora de assuntos europeus nos mais variados órgãos de comunicação social, como por exemplo, o Programa “ Europa dos Cidadão” e “ Eurorespostas “ na Sic No-tícias.

Venceu o Prémio “Mulher da Europa”, em 1996. Foi distinguida em 2010 como Profissional do Ano do Rotary Club de Algés, sendo Companheira Paul Harris Fellow da Rotary Foundation.

embora de fora, têm também uma palavra importante nas políticas que lhe estão conexas.

São Estados democráticos que não dependem apenas da decisão do seu Chefe de Estado ou de Governo, com assento no Conselho Europeu, mas também das oposições, dos par-lamentos e de uma unidade de poderes e contrapoderes que não podem ser ignorados. Isto significa que as decisões são lentas ou, pelo menos, mais lentas que a reação dessa enti-dade abstrata, chamada mercados, a qual pode responder ao segundo.

A prova desta solidariedade foi o recente reforço do FEEF- Fundo Europeu de Estabilidade Financeira até a um bilião de euros por ora, com a possibilidade de aumentar até cinco vezes mais e o perdão de 50% da dívida grega, bem como a compra de títulos da dívida pública dos países com mais dificuldades por parte do BCE-Banco Central Europeu.

Também a Alemanha tem sido acusada de não ter vontade política suficiente, apesar de ser o país mais rico da União Europeia, para reforçar e participar mais nesta solidariedade. Recordo, contudo, o que a história entre a I e II Guerras Mun-diais nos ensinou, ou seja, que as indemnizações exigidas aos alemães foram de tal modo elevadas e injustas, que isso de-sembocou na revolta colectiva e na subida ao poder de Hitler, por eleição democrática.

Fazendo uma comparação é caso para pensarmos se aqui-lo que se exige atualmente de ajuda aos contribuintes ale-mães, só porque são os mais ricos, mas também os mais trabalhadores, não pode ser comparável às indemnizações que lhes foram exigidas após a Primeira Guerra e que, pela humilhação da exigência desproporcionada, trouxeram consi-go o gérmen da Segunda Guerra Mundial.

A tragédia grega é o drama europeu?A tragédia grega reside, sobretudo na falta de honestidade

que os governantes gregos tiveram quando, ao pretenderem ingressar no pelotão da frente da zona euro, apresentaram as contas públicas feitas de forma errónea, quiçá de dolosa, o que falseou, à partida as regras do jogo e desembocou na situ-ação actual que se conhece com défices dificílimos de colmatar e uma dívida pública, actualmente de cerca de 150% do PIB.

Isto é devido, entre outras causas, à evasão fiscal que ron-da os 30 a 35 por cento e que nos últimos 20 anos fez per-der ao orçamento de Estado entre 12 a 15 mil milhões de euros por ano. E em vez do governo ter tomado medidas para diminuir ou enfrentar a evasão fiscal, os decisores foram ao mercado financeiro e pediram empréstimos com elevadas taxas de juro. Foi esta política financeira grega ao longo de 30 anos cujo resultado está hoje à vista.

O drama europeu foi não ter exercido um controlo aperta-do das contas públicas deste país que, desde a sua adesão, levava a crer que não podia, em caso algum, preencher as condições para estar no primeiro pelotão do euro.

Quo vadis Europa...rumo à federação? É difícil dizer, face às mudanças políticas recentes para

onde vai a Europa, sendo que a tendência é da emergência de uma soberania supranacional, para já ainda difusa e não identificável, mas que já fez cair, até agora, quatro governos, a saber, o irlandês, o português, o grego e o italiano. O pen-dor lógico seria a formação de governos tecnocráticos como o italiano que tem á frente o ex-comissário europeu Mario Monti, ou o grego de Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu, cuja escolha deriva da necessida-de da aprovação de acordos de resgate ao países, caso seja necessário, e a garantia da continuação do financiamento internacional.

Contudo, é preciso atentar que estes são lideres escolhi-dos, e não eleitos, e que a existência de uma grande agitação social real ou latente, bem como o mal-estar na generalidade dos países da União Europeia que já não vêm este projecto como um futuro risonho, mas sim como imensos medos e interrogações pode levar à subida de partidos nacionalistas e de extrema-direita, mais virados para os problemas domésti-cos do que para uma união incerta.

Pode, também, acontecer que todos estes anos de integra-ção que teceram laços muito emaranhados e difíceis de des-fazer, possa trazer um outro caminho que é o do federalismo económico, financeiro e político.

Para isto, contudo, é necessário construir outras soluções, a partir das reformas efectuadas nos últimos meses, designa-damente ao nível do FEEF, enquanto Fundo de resgate, do semestre europeu que ensaia um embrião de governo econó-mico, ou a redefinição do papel do Banco Central Europeu, vencendo as resistências germânicas, sem esquecer a necessi-dade de uma fiscalidade mais aproximada entre os países.

Este edifício pensado e construído de forma mais coerente, forjado com as lições da prática dos últimos tempos de crise, teria que passar por um teste definitivo que seria o da altera-ção dos Tratados que requer, ainda que na forma simplifica-da, a unanimidade de todos os Estados membros, bem como a ratificação segundo as respectivas normas constitucionais, que podem implicar, como na Irlanda, a realização de um referendo.

É quase utópico pensar que no actual contexto isto seja possível, pelo que a única solução realista é avançar para uma União Europeia refundada que deixaria de fora os países que não concordassem com este rumo. Um dos erros profundos desta nossa Europa foi o alargamento desmesurado a países que não queriam ou não deviam estar nela. É uma solução radical, mas democrática, onde a vontade dos povos é res-peitada, mas que só sobrevive se países como a Alemanha ou a França pretenderem continuar. E, neste contexto, para o melhor e para o pior, consoante o ponto de vista, Portugal pode ficar de fora desta refundação, a menos que continue a trilhar de forma sólida, confiável e inequívoca, os caminhos da União.

Page 8: Rotary em Acção  nº18.pdf

8 ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011FRP

Reunião teve lugar na Curia

Assembleia de Representantes aprovou orçamento para 2012

A primeira Assembleia de Re-presentantes da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) do ano rotário de 2011/2012 realizou-se no Hotel das Termas da Curia, sob a presidência do Governador do Distrito 1960, José Coelho.

Na reunião foram apresentados, discutidos e aprovados o Plano de Ac-tividades e o Orçamento para 2012, anunciados para o efeito pelo Conse-lho de Administração da Fundação.

Na apresentação do plano de ac-tividades, Diamantino Gomes, lem-brou que na realização do documen-to o Conselho de Administração teve em consideração «todas as decisões que a última assembleia de represen-tantes que se realizou na Batalha e a anterior em Abrantes fizeram em re-lação ao plano de acção de 2011».

Diamantino Gomes reforçou a ideia de que a FRP manterá os seus

objectivos, nomeadamente, apoian-do os estudantes mais carenciados e a juventude, e que no contexto da ac-tual crise económico-financeira deve apoiar os clubes rotários que focali-zam os seus apoios na área social e de apoio às suas comunidades. A par destes a FRP quer continuar «em sin-tonia» com as governadorias «e fazer uma maior aproximação aos paradig-mas que Rotary Internacional propõe por intermédio dos administradores em Portugal». Melhorar a imagem de rotary em Portugal contribuindo para esse propósito, porque naturalmen-te isso terá reflexo no quadro social. Focalizou ainda atenção no necessá-rio apoio à realização em Lisboa da Convenção de Rotary International em 2013. Na promoção da imagem de rotary será dada continuidade ao projecto do jornal Rotary em Acção, bem como ao boletim da FRP, em for-

mato electrónico; à criação de caixas de correio electrónicas para todos os rotários e clubes de forma a facilitar a comunicação; a criação dos guias dis-tritais conjuntos constitui objectivos do documento. Todas estas activida-des são coordenadas pelo Gabinete de Comunicação e Imagem do Rota-ry em Portugal que resulta da parce-ria com os governadores dos distritos rotários 1960 e 1970.

O presidente da FRP avançou ainda que no plano de actividades continua o propósito de apoio às actividades culturais, nomeadamente a reali-zação do VI Concurso Nacional de Canto Lírico e IV Concurso Internacio-nal de Canto Lírico, a atribuição dos prémios dos Fundadores e prémios melhores bolseiros, e o IV Concurso Internacional de Prosa ou Poesia para jovens dos Países de Língua Oficial Portuguesa.

Fundação Rotária Portuguesa

Sónia Grané venceu 5.º Concurso de Canto Lírico

No segundo ano de implementação do novo Regulamento de candida-tura a projectos de apoio da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) os clubes rotários dão sinal de grande aceitação e dinâmica ao candidatarem, em Setembro, 55 projectos que entretanto, foram analisados e aprovados.

A resposta superou os pedidos de candidatura apresentados em Feverei-ro que foram 28, quase duplicando agora. O lote de candidaturas apresen-tadas envolve 50 clubes e está assim distribuído: 16 projectos apresentados na área “Combate à Fome e à Pobreza”, clubes envolvidos, 15; “Alfabe-tização-Educação”, 26 projectos de 22 clubes; “Promoção da Saúde”, 10 projectos de 10 clubes e “Recursos Hídricos”, 3 projectos de 3 clubes.

Alfabetização-Educação lidera lista de candidaturas

Do conjunto de projectos candidatados na área de Alfabetização-Edu-cação, total de 26, propostos por 22 clubes, mais de metade (15) dizem respeito a bolsas de estudo. Outros visam a ajuda na educação a alunos ou a cursos de liderança e enriquecimento de carreira de jovens e a aquisição de equipamentos para escolas. Regista-se ainda um projecto de apoio ao funcionamento da aldeia SOS em Bissau-Guiné; o arranjo de 2 pavilhões da EB1 das Fontainhas e a recuperação do Centro de Férias do Rotary Club de Peniche.

Na lista seguem-se 16 projectos inseridos na área do “Combate à Fome e à Pobreza”, onde estão envolvidos 15 clubes rotários. Aqui a maioria dos projectos abraça a causa da solidariedade rotária nas comunidades onde os clubes estão inseridos com os projectos a contemplarem o apoio a famílias carenciadas, apoio alimentar, oferta de cabazes mensais a famílias em dificuldades. O apoio a instituições com carácter social também não foi esquecido, bem como o arranjo de habitações.

Na secção “Promoção da Saúde” enquadram-se 10 projectos de outros tantos clubes. Os projectos visam a aquisição de equipamentos como ca-deira ortopédica, suportes articulados para sanitários, cadeira de rodas, remodelação de salas de admissão de doentes em internamento de pedia-tria. E ainda apoiar transporte de doentes e vacinação anti-gripe a seniores, entre outros.

Por fim, na secção de “Recursos Hídricos-Ambiente” conta-se a apre-sentação de 3 projectos. Um pretende promover estilos de vida saudável articulando com preservação dos recursos hídricos; outro, aposta na reflo-restação das áreas ardidas no Vale do Lima e o terceiro, sensibilizar para a limpeza do Rio Vez.

Novo Regulamento de candidatura a projectos de apoio da FRP

Clubes candidataram em Setembro mais de 50 projectos

Sónia Grané foi a vencedora do 5.º Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) 2011, cuja final teve lugar no Jardim de Inverno do São Luiz Teatro Mu-nicipal em Lisboa. O prémio surge numa altura em que a cantora lírica terminou o mestrado em performan-ce com elevada distinção na Royal Academy of Music.

Recorde-se que Sónia Grané, não é a primeira vez que participa neste importante concurso promovido pela FRP. Em 2008 ganhou o 3.º Prémio, o Prémio de Melhor Interpretação de Lied ou Mélodie e ainda o Prémio do Público e, em 2009, conquistou o 2.º Prémio e o Prémio do Público.

O júri atribuiu o 2.º prémio a Ma-rina Pacheco e o 3.º prémio a Bár-bara Barradas, outra repetente no concurso.

O prémio Fundação Rotária Portuguesa para o melhor pianis-ta acompanhador foi entregue a Olga Amaro, acompanhadora de Marina Pacheco, diplomada pela Universidade de Stellenbosch e com actuações regulares em Portu-gal, Espanha, África do Sul e Mo-çambique.

O prémio NUCASE, de Melhor In-terpretação da Canção Portuguesa, foi atribuído a Marina Pacheco, que desenvolve um trabalho regular de ópera, oratória e música de câmara

não só em Portugal como no estran-geiro.

A melhor interpretação de Lied ou Mélodie, prémio da Câmara Munici-pal de Cascais foi atribuído a Bárba-ra Barradas, que estudou canto na Escola de Música do Conservatório Nacional e foi já premiada em edi-ções anteriores do concurso de can-to lírico da FRP, nomeadamente em 2010, quando recebeu o Prémio do Público e também no 1.º Concurso Internacional, que reuniu jovens pre-miados de vários países, no qual foi distinguida com o 3.º prémio.

O Prémio do Público foi entregue ex-aequo a Sónia Grané e Bárbara Barradas.

Page 9: Rotary em Acção  nº18.pdf

9ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011 FRP

Demos início à conversa com a presidente do RC Trancoso abordando a relação do clube com a FRP. Neste contexto Ana Cristina dos Santos Pinto afirma «que a relação tem tido por base a solicitação de apoios no âmbito das subscrições de mérito e Paul Harris e relativamente a projec-tos apenas no que se refere às bolsas de estudo».

Questionada sobre como pode a Fundação ser o instrumento de acção dos clubes rotários a presidente do RC Trancoso declara: «no que me é dado a conhecer, pelo feedback que tenho obtido dos companheiros, a opinião é positiva pois aquando das nossas solicitações estas são atendidas de forma célere, sem qualquer situação a apontar. No que diz respeito ao projecto das bolsas de estudo creio que a ideia é igualmente positiva, porém, na minha opinião, não há muita informação sobre o ponto de situação destas, ou seja, as candidaturas são pedidas e enviadas e depois perdemos a noção do ponto de situação, relativamente a atribuição, pagamentos».

Na conversa que tivemos com Ana Cristina Pinto quisemos saber qual é no seu entender a forma como a FRP pode agilizar a sua relação com os clubes. Ana Cristina Pinto respondeu ter «alguma dificuldade em responder, pois acredito que no âmbito do Rotary todos nós estamos por vontade e para dar cumprimento aos objectivos desta associação. Nesta medida creio que todos nós fazemos e damos sempre o nosso melhor. Porém, segundo algumas informações que tenho recebido julgo que será importante para a FRP melhorar a sua relação com os clubes e para ser o instrumento de acção dos clubes que os seus projectos sejam essencialmente vocacio-nados para o territótio nacional, ou seja, que assuma uma posição mais interna (Portugal), pois já temos RI para projectos internacionais».

A terminar abordámos o novo Regulamento para Candidatura a Projectos de Apoio. Neste âmbito a presidente do RC Trancoso revela que «para este ano rotário não temos prevista ne-nhuma candidatura aos Projectos de Apoio a Fundação Rotária Portuguesa, porém, creio que não esteja posta de parte alguma candidatura futura», concluiu.

À conversa com os clubes rotários de Praia da Rocha e Trancoso

FRP deve promover potencialidades dos projectos e parcerias junto dos clubes

Joaquim Carlos Piscarreta Rego e Ana Cristina dos Santos Pinto são, respectiva-mente, os presidentes do Rotary Club da Praia da Rocha e do Rotary Club de Tran-coso no ano rotário de 2011/2012. É com eles que o Rotary em Acção prossegue as entrevistas com os clubes. Na conversa com os dois rotários, foram abordadas ques-

tões a propósito da relação que os clubes têm com a Fundação Rotária Portuguesa (FRP). Ocasião também para auscultar as opiniões dos dois presidentes a propósito do trabalho desenvolvido pela fundação e da implementação do novo Regulamento para Candidatura a Projectos de Apoio da FRP.

Começamos a conversa abordando a relação que o clube tem tido com a FRP. Joaquim Carlos Piscarreta Rego afirma que «a relação tem sido óptima, salientando-se o apoio anual no montante de 500 euros que nos foi concedido no âmbito de um intercâmbio de estudan-tes de Portimão com uma Escola na Alemanha».

Quanto ao trabalho que a fundação tem desenvolvido ao longo dos seus 52 anos, o presi-dente do RC Praia da Rocha sustenta que o clube «tem uma óptima opinião da FRP. Temos conhecimento de alguns dos projectos desenvolvidos e, principalmente no âmbito da acção social, é de louvar a intervenção da FRP e os esforços de solidariedade desenvolvidos».

Sobre como deve a FRP proceder para melhorar a sua relação com os clubes Joaquim Carlos Rego diz: «à semelhança do que faz o Governador durante o respectivo mandato, a FRP poderia tentar uma maior proximidade aos clubes, pois em alguns casos não são conhe-cidos por falta de informação, quer a potencialidade dos projectos, parcerias e apoios, quer o respectivo teor».

Quanto à possibilidade do RC Praia da Rocha aproveitar as facilidades do novo Regulamen-to para as Candidatura aos Projectos de Apoio, o presidente do clube sustenta que «neste momento e para além do apoio anual já concedido ao nosso clube, não pensamos candida-tar-nos a mais nenhum projecto/apoio».

A praia da Rocha é uma praia no concelho de Portimão, no Algarve (Portugal). Esta praia tem uma grande extensão de areal, numa área total de cerca de 146 000 m2, ao longo de 1,5 km de costa. Junto à praia ergue-se a Fortaleza de Santa Catarina, construída no século XVII para assegurar a defesa da barra do rio Arade. A praia deve o seu nome às rochas que se encontram entre o areal e o mar. É uma das mais famosas do Algarve, senão mesmo de todo o país. To-dos os anos, durante o Verão, a praia enche-se de turistas vindos de todo o mundo. RC Praia da Rocha: 21 rotários.

Trancoso é uma cidade portuguesa, pertencente ao distrito da Guarda, região Centro e sub-região da Beira Interior Norte, com cerca de 3 500 habitantes situada num planalto em que o ponto mais alto tem 898 m de altitude. Foi elevada a cidade em 9 de Dezembro de 2004. É sede de um município com 364,54 km² de área e 10 889 habitantes (2001), subdividido em 29 fregue-sias. O município é limitado a norte pelo município de Penedono, a nordeste por Meda, a leste por Pinhel, a sul por Celorico da Beira, a sudoeste por Fornos de Algodres, a oeste por Aguiar da Beira e a noroeste por Sernancelhe. RC Trancoso: 30 rotários.

Joaquim Carlos Rego: o clube tem óptima opinião da FRP

Ana Cristina Pinto: vocacionar projectos para o território nacional

Page 10: Rotary em Acção  nº18.pdf

10 ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011DISTRITO 1960

XXVIII Congresso Nacional de Rotaract e XII de Interact

Tomar foi o palco de um especial Congresso das Novas Gerações

Rotary Club do Barreiro

Campos de férias na Europa

O Rotary Club do Barreiro fez uma reunião dedicada à recepção dos alunos premiados com uma estadia em campos de férias na Europa.

Esta actividade é organizada pelo clube desde 1998, com o ob-jectivo de reconhecer o trabalho intelectual dos alunos, contribuindo também para a formação dos jovens, metas que estão totalmente integradas na filosofia da prova quadrupla do movimento rotário.

Os alunos premiados este ano foram: Carolina Silva, que esteve na República Checa entre 25 de Julho e 4 de Agosto; Mariana Coelho, que esteve também na República Checa entre 7 e 21 de Agosto e Gonçalo Baptista, que visitou a Holanda no período de 13 a 27 de Agosto. Estes alunos, acompanhados pelos pais, convidados pelo clu-be, tiveram a oportunidade de contar a sua experiencia que conside-raram ser um marco inesquecível nas suas vidas.

Rotary Club Lisboa-Olivais

Passeio de Carros AntigosO Rotary Club Lisboa-Olivais organizou o Passeio dos Anos 60, de car-

ros antigos. A partida foi às 9:00h na Casa da Cultura da Junta de Fre-guesia de Santa Maria dos Olivais, onde se destacaram o Chevrolet do Sr. António Gromicho, o Mercedes C 180 Coupé de 1958, em estado irrepreensível, do Sr. Joaquim Pedro e ainda o Citroen C 7 de 1936 do Sr. António Coelho.

Por volta das 11:00h, a caravana chegou ao Museu da Vida Selvagem, onde foi recebida pelo Sr. João Santos, que mostrou o estado em que es-tão os milhares de animais selvagens depois de um tratamento notável, resultado de 37 viagens à volta do Mundo feitas pelo seu pai.

Nos dias 4, 5 e 6 de Novem-bro decorreu o XXVIII Congres-so Nacional de Rotaract e XII de Interact. Cerca de 150 rotários fizeram questão de se deslocar a Tomar, num evento marcado por momentos de cultura, história, amizade, serviço e trabalho.

O Rotaract Club Lisboa – Oli-vais, organizador deste Congres-so, criou um Programa que, por certo, ficará na memória de todos os participantes. O envolvimento de várias Entidades locais deu um toque especial de proximidade à Cidade de Tomar. A organização destaca a recepção na Câmara Municipal, onde foram recebidos pelo Presidente Fernando Côrve-lo. Importa, também, fazer uma referência para as outras parce-rias locais: o Hotel Templários que forneceu o alojamento; a empre-sa Caminhos da História que pro-porcionou um peddy papper cul-tural e visitas guiadas à cidade; o Duplex Bar onde se realizaram as festas temáticas; a IPSS Centro de Integração e Recuperação de To-mar (CIRE) onde decorreu grande parte do programa de Domingo e que apresentou vários momentos

de alegria e interacção com os seus utentes; a Escola Secundária Santa Maria do Olival onde ocor-reu a actuação do coro da Univer-sidade Sénior de Rotary de Viseu (USAVIS); a empresa Fatias de Cá que, com a sua peça “Em Nome da Rosa” representada no Con-vento de Cristo, proporcionou um dos momentos mais marcantes e inesquecíveis deste Congresso.

A presença e apoio dos Go-vernadores D.1970 Companheiro António Goes Madeira e D.1960 Companheiro José Coelho, Repre-sentantes Distritais Rotaract Com-panheiros André Rebelo e Cátia Tomé e Interact Companheira Fi-lipa Portela, Governadores Eleitos D.1960 Companheiro Luis Miguel Duarte e D.1970 Companheira Teresinha Fraga, Governadora In-dicada D.1970 Companheira Go-reti Machado, Past-Governador Diamantinho Gomes, Past-Repre-sentantes Rotaract Companhei-ros Rodolfo Pereira, Mara Duarte e Marco Abrantes, Presidentes de Clube e todos os outros par-ticipantes, deram a este evento uma energia única de aproxima-ção entre as gerações da família

rotária mostrando que as Novas Gerações são todos aqueles que tem em si a dinâmica e jovialidade necessárias a uma vida activa de serviço, alegria e boa disposição.

Sublinhe-se de que este Con-gresso foi marcado por momen-tos muito especiais para todos os que nele participaram, tendo havido festas temáticas em que, com muita originalidade, todos os participantes se vestiram a rigor para dar as boas vindas aos “60s e 70s”; a plantação de uma arvo-re da amizade que teimava em não sair do seu vaso; a cerimónia para armar dois Cavaleiros Tem-plários pelo próprio D. Gualdim Pais; uma aula de aeróbica minis-trada por um dos utentes do CIRE a todos os participantes e ainda muitos outros que marcaram com um ambiente de companheirismo e boa disposição extraordinários este evento. O agradecimento especial é devido à Câmara Mu-nicipal de Tomar que, com a cola-boração prestada, tornou possível a realização daquele que já é ape-lidado por muitos como um dos melhores Congressos das Novas Gerações de sempre.

O Rotary Club da Moita, em parceria com a Associação dos Diabéticos do Barreiro e Moita, levou a cabo rastreios à Glicé-mia, Colesterol, Triglicéridos e Tensão Arterial. Esta acção este-ve integrada nas festas da Moita em honra da Nossa Senhora da Boa Viagem.

No dia 9, estiveram presentes no stand do clube da Moita o Presidente do Clube, João Can-

deias acompanhado de outros Companheiros e da Past Go-vernadora Teresa Mayer, onde receberam as entidades oficiais. O Presidente da Câmara Muni-cipal da Moita, João Lobo, apre-sentou cumprimentos e desejou uma boa festa felicitando o Ro-tary Club da Moita por dar con-tinuidade a esta acção em prol da comunidade. Esteve também presente o actual Governador do

D 115 CS dos Lions, Nuno Ferrão que felicitou o Rotary Club da Moita pela sua iniciativa.

Durante dez dias, no horário entre as 21:00h e as 23:00h foram feitos cerca de 400 ras-treios, dos quais não existe ne-nhum caso grave a registar. No entanto, algumas pessoas foram alertadas e aconselhadas sobre os cuidados de saúde a ter para evitar o agravamento.

Rotary Club da Moita | Rastreios à população

Page 11: Rotary em Acção  nº18.pdf

11ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011 DISTRITO 1960

Seminário Distrital dos Serviços Profissionais

Ética-Solidariedade-Liderança

O Rotary Club de Olhão realizou um jantar mensal de carácter fes-tivo em parceira com a Federação Portuguesa de Croquet. Foi um jan-tar bastante especial, servido ao ar livre, no qual os cerca de cinquen-ta participantes tiveram a oportu-nidade de conhecer Bela Romão Croquet Country Club, Sede da Fe-deração de Croquet, sendo este o primeiro campo oficial da modalida-de em Portugal. A anfitriã, Lita Gale – Presidente da Federação – deu a conhecer a modalidade e incentivou todos os presentes a experimentar e divulgar este jogo como uma activi-dade lúdica para grupos de amigos e familiares. A inauguração oficial do campo será no mês de Maio de 2012, aquando do primeiro Campe-onato Internacional de Croquet.

O menu deste jantar festivo este-ve a cargo da sócia de Lita Gale, Sa-rah Byrne, Master em Arte Culinária

pelo Instituto Americano de NY e di-plomada em Medicina Alternativa, Saúde e Nutrição pela Academia de Homeoterapia de NY, com trabalho e experiência recomendados e re-conhecidos pelo Andrew Harper’s Conde Nast Traveler; National Geo-graphic Traveler; Best of Award by Wine Spectator. Para além da divul-gação do croquet, este evento rotá-rio teve também como propósito re-colher fundos a favor da Associação olhanense “Verdades Escondidas”, que tem como missão amparar e apoiar crianças e jovens em risco, promovendo a sua inserção e à qual o Rotary Club de Olhão dá apoio.

Foi um agradável serão rotário, animado por um espectáculo de tango, com uma vista deslumbrante sobre a Ria Formosa no qual marca-ram presença companheiras e com-panheiros dos clubes de Tavira, Faro e Estói Internacional.

O Rotary Clube de Peniche possui um Centro de Férias perto do Cabo Carvoeiro equipamento inaugurado em 11 de Março de 1989, no âmbi-to dos serviços à comunidade.

Trata-se de edifício polivalente, que actualmente acomoda tam-bém a sede do clube. No piso tér-reo funciona o Centro de Férias, ins-talação única do género em todo o universo rotário português, que está preparado para receber até 20 utentes e três monitores, possui bar de apoio, sala de reuniões/refei-ções, cozinha, casas de banho com-pletas e equipadas com instalações para deficientes motores.

A funcionar durante todo o ano o equipamento tem, no entanto, nos meses de Verão maior procura por grupos de crianças ou jovens carenciados ou com necessidades especiais provenientes de institui-ções de solidariedade.

Sobre este projecto conversámos com Jorge Paulino, presidente do RC Peniche.

Rotary em Acção (R.A.) – O que levou o Rotary Club de Pe-niche a edificar o Centro de Fé-rias?

Jorge Paulino (J.P.) – Tratou-se dum projecto concebido tendo como objectivo proporcionar esta-dias junto ao mar a grupos de jovens economicamente mais carenciados, e que lhes permitisse usufruir das excelentes condições que o litoral de Peniche oferece para actividades a desenvolver junto à orla marítima.

O projecto incluía ainda a vertente de poder funcionar como destino para projectos de intercâmbio de jo-vens, ou campos de férias, no âmbi-to do movimento rotário. A própria construção do Centro constitui um projecto para os membros do clube, que participaram activamente nas respectivas obras de edificação.

R.A. – Qual a mais-valia do Centro de Férias?

J.P. – Trata-se de instalações prá-ticas e adequadas para que grupos de populações mais carenciadas possam ter um espaço privado ao seu dispor com condições para alo-jamento e confecção de refeições e que, simultaneamente, sirva de base para a descoberta e desenvol-vimento de outras actividades na zona.

R.A. – Que tipo de instituições procuram o Centro? E em que me-ses?

J.P. – Normalmente são institui-ções de solidariedade social (IPSS), que lidam com jovens com neces-sidades especiais e/ou económi-cas, entre as quais se salientam as CERCI’s. Os meses de maior ocu-pação são os que coincidem com a época de veraneio.

Apesar de serem estas as situa-ções mais frequentes, o Centro re-gista ocupações de todas as faixas etárias e em variados períodos do ano.

R.A. – O movimento está sufi-cientemente informado sobre este equipamento e de como pode usu-fruir dele?

J.P. – Nos últimos anos tem sido feito um grande esforço pelo Rotary Clube de Peniche para divulgar es-tas instalações. Fora do movimento rotário a divulgação é feita junto da FENACERCI e de algumas IPSS, em rotina anual. Dentro do movimento foi feita a apresentação deste nosso projecto durante a PETS, no Semi-nário Distrital da Rotary Foundation e por correio electrónico para todos os Presidentes e Secretários do ac-tual ano rotário. No princípio deste ano rotário foi ainda enviado artigo para a revista Portugal Rotário, que se encontra a aguardar publicação. O clube possui um ficheiro de apre-sentação das instalações e respecti-vo regulamento que envia a todos os que manifestem interesse.

R.A. – Se um clube quiser usufruir do Centro como o pode fazer?

J.P. – Basta contactar o RC de Pe-niche, preferencialmente na pessoa do responsável permanente pela Comissão do Centro de Férias, João Avelar (telemóvel 914925000), ou em alternativa com o presidente vigente.

O custo mínimo de utilização é 40 euros. O preçário facultado pelo RC Peniche propõe estadas com preços com roupa de cama e sem roupa de cama. No primeiro caso os primeiros 5 dias (por utente e por dia) custam 4 euros e os restan-tes dias de permanência 3 euros. No segundo caso, os primeiros 5 dias (por utente e por dia) custam 3 euros, e os restantes dias de perma-nência, 2,5 euros.

Um equipamento de excelência

Centro de Férias do Rotary Clube de Peniche

Rotary Club de Olhão

Recolha de fundos para “Verdades Escondidas”

Em Setembro último e no âmbito do novo Regulamen-to de candidatura a projectos de apoio da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) o RC Peniche apresentou um projecto para recuperação de algumas áreas do edifício que estão a precisar ser recuperadas.

O projecto entretanto aprova-do vai possibilitar que o edifício seja alvo de melhoramentos pois, como sublinha Jorge Paulino, a estrutura tem de ser permanen-temente acompanhada neste sentido devido a estar implanta-da numa zona que sofre bastante devido à proximidade do mar.

RC Peniche candidata projecto para recuperação do edifício

No passado dia 12 de Novem-bro, teve lugar na Universidade Lusófona de Humanidades e Tec-nologias o Seminário Distrital dos Serviços Profissionais, organiza-do pelo Rotary Clube de Lisboa-Norte.

Na mesa de convidados marca-ram presença o Governador José Coelho, o compº Roberto Carva-lho, do Rotary Club Cascais-Esto-ril e o compº Francisco Leão, do clube Lisboa-Norte.

Inaugurando o painel dedicado à liderança, a Dra. Marina Sá Bor-ges, da Associação de Empresas Familiares, começou por explicar que empresas são estas e qual a sua importância no âmbito económico. São empresas que pertencem a uma determinada família, que actuam em diversos sectores e posicionam-se entre as maiores do Mundo. Como exem-

plo de grandes empresas fami-liares, a Dra. Enumerou a Wal Mart, Toyota, Ford, Kock e Sam-sung. Em Portugal, mais de 70% das empresas são familiares, e entre as 500 maiores empresas, 150 são também elas familiares. A Associação de Empresas Fami-liares foi criada em 1998 por um compº do Rotary Club de Loures, sendo uma associação privada sem fins lucrativos. O seu objecti-

vo é ajudar estas empresas a me-lhorar a sua gestão, alargando o seu universo de conhecimentos e a prepará-los para a mudança. Elias Santana, da Elias Santana & Associados abordou a questão da motivação, enumerando fac-tores favoráveis – foco, visão, ex-pectativa e valorização de resul-tados – e desfavoráveis – stress, preocupações, desunião e baixos resultados.

Page 12: Rotary em Acção  nº18.pdf

12 ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011DISTRITO 1970

Seminário Distrital da Rotary Foundation

Fim da pólio à vista e Plano Visão de Futuro em acção

O pólo da Universidade do Mi-nho em Guimarães recebeu este ano o Seminário Distrital da Rotary Foundation. O Plano Visão de Futu-ro foi o tema principal, mas não foi esquecido o programa Pólio Plus e a aproximação da erradicação da poliomielite. Álvaro Gomes, respon-sável distrital pela Rotary Founda-tion, lembrou que a seguir às con-tribuições para a pólio, as restantes devem ser encaminhadas para o

Fundo Anual de Programas.António Hallage, Curador da

Rotary Foundation, foi o convi-dado especial deste seminário. O brasileiro tem habituado os rotá-rios nacionais à sua boa disposi-ção, mas lembrou as três metas principais da Fundação: Eliminar a pólio, construir um sentido de propriedade através de contribui-ções anuais, e o progresso con-tinuo do plano visão de futuro e

alinhamento dos projectos com as seis áreas de destaque.

No que diz respeito à Pólio, ex-plicou vários casos dramáticos na Índia e acredita que o Rotary vai conseguir chegar lá: “É preciso tam-bém continuar com a vacinação para que o vírus não volte. A nossa vigilância, como rotários, deve ser permanente. Nos não temos medo da Polio, e vamos elimina-la da face da terra”.

Vila Nova de Gaia recebeu o Se-minário Distrital de Serviços Profis-sionais, que teve como convidado especial Daniel Serrão e as suas teorias sobre a Ética. Concha Tello falou ainda sobre voluntariado e Jorge Freitas e José Carlos Cardoso (rotário) contaram a sua experiên-cia no IGE (Intercâmbio de Grupos de Estudo).

O Governador António Goes Madeira abriu e terminou a ses-são lembrando que “os serviços profissionais são matriciais em Ro-tary, é como profissionais que en-tramos em Rotary, com preocupa-ções de altos padrões de ética. No movimento seguimos as regras da prova quádrupla, um compromis-so que devemos aplicar na nossa vida”. Manuel Cordeiro, presidente da Comissão Distrital dos Serviços Profissionais introduziu os convida-dos, numa sessão que contou com 95 presenças de um total de 38 clubes.

Daniel Serrão começou por falar da banalização do termo “ética”. Para o especialista em bio-ética, existem três tipos diferentes: a Ética individual -percepção de valores; a Ética de diálogo - percepção da éti-ca do outro que interage connosco; e a Ética social - diferente das outras duas, que são de inteligência, é a ideia que temos mais comum de ética. Diz respeito a comportamen-tos que se espera de uma socieda-de para que exista coesão social. “Estes três tipos de ética servem

para a criação de normas da actu-ação do indivíduo e da convivência em sociedade. Como nem sempre todos as querem cumprir passa-mos de uma sociedade moral para uma sociedade juridical”, defende Daniel Serrão, lembrando que “as profissões, na sua especificidade, decidiram que deviam adoptar valo-res especificos, normas adequadas, comportamentos tipificados para si-tuações concretas, criando deveres, os deveres deontológicos, aplicados a cada profissão”.

Seminário Distrital de Serviços Profissionais

Daniel Serrão falou de Ética em Gaia

Paulo Morais e a corrupção

O Rotary Club Senhora da Hora organizou um jantar/palestra em Setembro. O convidado foi Paulo Morais, ex-vice-presidente da Câmara do Porto e actual Vice-Presidente da Organização Transparência Internacional, com o tema: “A Corrupção e Instru-mentos de Combate”.

Melhores alunos em Gaia

No mês dedicado em Rotary às novas gerações, o clube de Gaia cumpriu a tradição de premiar os melhores alunos das escolas do concelho. 20 estudantes, que se distinguiram por alcançarem a melhor média no 12º ano receberam uma distinção por parte do clube.

Distinção em Oliveira do Bairro

O Clube de Oliveira do Bairro decidiu nomear seu Sócio Hono-rário o proprietário do Intermarché local, Luc Arcay e no decorrer de uma reunião festiva realizada no Hotel Paraíso.

Prémios em Vale de Cambra

O Rotary Club de Vale de Cambra premiou os melhores alunos das escolas EB2/Búzio e Dairas. Uma das alunas premiadas fre-quenta neste momento o primeiro ano de Medicina na Universi-dade de Coimbra.

Melhores alunos em Fafe

A reunião do dia 27 de Setembro do Clube de Fafe ficou assi-nalada pela entrega dos prémios escolares aos alunos do 9º e 12º anos que no ano lectivo de 2010/2011 obtiveram os melhores resultados finais nas escolas do concelho.

Palestra em Penafiel

O Rotary Club de Penafiel organizou um almoço/palestra com a presença de José Milhazes, que se debruçou sobre algumas questões políticas actuais, nomeadamente a crise política que a UE atravessa e a falta de carisma dos seus líderes.

Alunos premiados na Feira

O Rotary Clube da Feira tem no Prémio Rotary Melhores Alunos um enfoque muito especial. Todas as escolas, públicas, privadas e profissionais, indicam um aluno do 9.º ano e as que tiverem ensino secundário um do 12.º. Todos recebem do Clube da Feira uma estatueta em bronze maciço e de entre os do 12.º ano, o que tiver média mais elevada para além da estatueta recebe 250 euros.

Livro em Barcelos

O Rotary Club de Barcelos organizou a apresentação do livro “Uma Estratégia para Portugal”, de Henrique Neto, a visão de um empresário para o futuro do país. A palestra decorreu no Auditó-rio da Biblioteca Municipal de Barcelos.

Palestra em Espinho

O Rotaract Club de Espinho, brindou a comunidade com uma palestra subordinada ao tema: “Avenida dos Aliados: A cidade que deu o nome a Portugal, Invicta, Porto”. A apresentação este-ve a cargo de Pedro Silva, da Casa do Infante do Porto, realizada na Biblioteca Marmelo e Silva.

Page 13: Rotary em Acção  nº18.pdf

13ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011 DISTRITO 1970

VISÃO DE FUTURODAR UMA ESPERANÇA AO MUNDO

A Rotary Foundation está a implementar importantes mudanças, com o novo modelo para outorga de subsídios, que permitirão aos rotários causar um impacto mais visível e sustentável no mundo atra-vés de Projetos Humanitários e Educacionais.

Ao criar o Plano Visão de Futuro, o Conselho de Curadores teve como objetivo refletir sobre as áreas de serviços que mais interessam aos rotários, formar parcerias com organizações de destaque e au-mentar o reconhecimento público à Rotary Foundation.

Atualmente o Plano encontra-se na sua fase experimental de três anos, da qual o Distrito 1970 é participante. O novo modelo de sub-sídios será adotado por todos os Distritos a partir do 1º de julho de 2013.

O Distrito 1970 participa com muito entusiasmo e responsabili-dade nesta fase experimental, acreditando que o Visão de Futuro representa uma mudança filosófica na maneira como a Rotary Foun-dation passa a financiar as atividades empreendidas pelos rotários. No modelo tradicional, os rotários escolhiam a atividade de que mais gostavam, aprendiam as regras do programa a que ela se encaixa-va e passavam à sua implementação. No Visão de Futuro, os rotá-rios devem primeiramente identificar uma necessidade, determinar, com a ajuda da comunidade, a melhor atividade ou combinação de atividades para tratar de tal necessidade, e então passar à fase de implementação.

O Plano Visão de Futuro financia atividades por meio de dois tipos de subsídio: o Subsídio Distrital e o Subsídio Global. Os Subsídios Dis-tritais são bastante flexíveis e patrocinam atividades de Clube e Dis-trito através do Fundo Distrital de Utilização Controlada, o FDUC. Os Subsídios Globais, por sua vez, financiam Projetos Humanitários de grande porte, sustentáveis e com resultados mensuráveis, Bolsas de Estudos e Equipas de Formação Profissional que abranjam uma ou mais das seis áreas de enfoque, a saber: paz e prevenção/resolução de conflitos; prevenção e tratamento de doenças; recursos hídricos e saneamento; saúde materno-infantil; educação básica e alfabetiza-ção; desenvolvimento económico e comunitário.

Estamos perante maiores exigências, mais responsabilidades e me-lhor organização por parte dos Distritos e Clubes.

Neste contexto, o Distrito 1970, enquanto Piloto, e através da Co-missão Distrital da Rotary Foundation - CDRF, vem trabalhando em permanente aprendizagem, mas com grande sentido de rigor e res-ponsabilidade.

Acreditamos que a mudança é para melhor, e não regateamos esforços na divulgação do Visão de Futuro a todos os Clubes, bem como no apoio a dar aos mesmos.

Continuamos motivados e empenhados, conscientes do dever cumprido. Felizmente que os resultados são positivos. Há Clubes que já compreendem que o apoio da Rotary Foundation é imprescindível para projetos que os mesmos pretendem implementar.

No ano rotário de 2010-11, foram apoiados oito projetos de Clu-bes, através de Subsídios Distritais no valor total de US$ 23 179,00 e no ano rotário 2011-12, foram apoiados nove projetos de Clubes através de Subsídios Distritais no valor total de US$ 19 209,00.

Os Clubes começam a apresentar projetos a Subsídios Globais e temos a certeza que a tendência é para aumentar.

Assim os Clubes queiram e acreditem que a Rotary Foundation é de facto a Espinha Dorsal do Rotary, através da qual é possível “Dar uma Esperança ao Mundo”.

Álvaro GomesPGD 2006-07Presidente CDRF

Presidente da CMVM

Carlos Tavares falou de economia em Estarreja

Ovar

Homenagem às novas gerações

Mobilidade eléctrica

Dia sem carros em Oliveira de Azeméis

Setembro é o mês das “Novas Ge-rações”, no qual todos os Clubes Ro-tários devem patrocinar programas em prol dos jovens e das crianças.

O Rotary Club de Ovar realizou uma homenagem pública à ju-ventude académica do concelho, representada pelos melhores

alunos do passado ano lectivo e com a presença dos respectivos pais e alguns professores do cor-po docente das suas escolas.

O Rotary Club de Oliveira de Azeméis, associando-se à Câmara Municipal, promoveu uma acção de sensibilização para as ques-tões ambientais, no Dia Europeu sem Carros. No âmbito do tema

interno que este clube adoptou para 2011/2012 - “Energias Re-nováveis”, foi possível proporcio-nar à população uma experiência de mobilidade eléctrica.

Com a disponibilidade de vários

motociclos eléctricos, os Compa-nheiros participantes e demais cidadãos presentes, puderam aquilatar da experiência de circu-larem na cidade, de forma rápida e sem poluição ambiental.

O Rotary Club de Estarreja levou a cabo uma palestra de Carlos Ta-vares, presidente da CMVM, com o tema “Os novos equilíbrios da Economia Portuguesa”.

Dissertou de forma académica, e não só, sobre os diferentes pontos de vista que teve sobre a nossa eco-nomia, enquanto técnico e político nesses mesmos cargos, como por

exemplo quando foi responsável do BNU, ou quando encabeçou a secretaria de estado do Ministério das Finanças de Miguel Cadilhe, ou quando foi Ministro da Economia do Governo em que foi Primeiro-ministro Durão Barroso, ou ainda nas suas funções na Presidência Europeia.

Destas várias perspectivas foi

possível perceber uma linha de ra-ciocínio comum, de que esta crise actual é uma repetição de crises anteriores, mas com premissas li-geiramente diferentes, pelo facto de hoje estarmos obrigados a uma política monetária comum, que não permite uma saída da crise de forma célere, pois não temos o controlo da moeda.

Page 14: Rotary em Acção  nº18.pdf

14 ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011

O Rotary Clube do Funchal, fundado a 22 de Dezembro de 1933 com a outorga da Carta Constitucional n.º 3633 emitida pelos serviços de Rotary Internacional, é uma associação, pessoa colectiva de natu-reza privada e sem fins lucrativos, tendo sido declarada de utilidade pública através da Resolução n.º 966/2002 do Conselho do Governo Regional da Madeira.

A entrega da Carta Constitucional foi a 1 de Fevereiro de 1934, num jantar no Reid´s Palace Hotel, na presença do Secretário Eu-ropeu de Rotary Internacional, Alex Oscar Potter, acompanhado pelo Secretário do Rotary Clube de Lisboa, Ernesto Bastos.

É o terceiro Clube mais antigo de Portu-gal, constituído logo a seguir ao Rotary Clu-be de Lisboa e Porto, dispõe de 32 mem-bros no seu quadro social, estando a sua sede localizada no Hotel Madeira Palácio.

O Rotary Clube do Funchal desenvolve um conjunto de acções e projectos orien-tados para a comunidade e assumindo em cada um deles a prática de dar de si antes de pensar em si. Nas suas múltiplas actividades, o Rotary Clube do Funchal procura intervir em áreas diversificadas de interesse social, com sejam a ajuda directa a pessoas, instituições de solidariedade, or-ganismos públicos, a cidade onde se insere. Estão também previstas iniciativas voltadas

para o exterior, procurando unir continen-tes e fortalecer comunidades, em particu-lar a comunidade Rotária internacional. O Rotary Clube do Funchal reúne todas as terças feiras no Hotel Tivoli, no Fun-chal. Na segunda reunião de cada mês há geralmente a intervenção de um pa-lestrante convidado, tendo, por exemplo, o Rotary Clube do Funchal convidado o Presidente da Associação Comercial e In-dustrial do Funchal, Duarte Rodrigues, que fez uma apresentação sobre a economia madeirense e a recuperação empresarial após o temporal de Fevereiro de 2010. Nas penúltimas terças-feiras de cada mês a reunião é conjunta com o Rotaract Funchal-UMa, tratando-se então de uma reunião de Companheirismo e de trabalho conjunto, já que o Rotary Clube do Funchal apoia e recebe apoio do seu Clube Rotaract. É tam-bém uma permanente iniciativa de grande alcance em formação Rotaria.

De entre os principais projectos actuais do clube destacam-se os seguintes: apoio a companheiros internacionais, apoio às vítimas dos temporais de 20 de Fevereiro de 2010, bolsas de estudo a estudantes do ensino superior, desfile de moda infan-to-juvenil, feira das vontades, livros sobre a vida rotária, manutenção do jardim do Largo da Paz, “Leituras Soltas”.

CLUBES

Exemplos de acção e empenho

Os Clubes em AcçãoClube do Funchal

Apoio às vítimas dos tem-porais na Madeira

Rotary Club de Valongo

Nova sede para a Universidade Sénior em expansão

O Rotary Club de Valongo foi criado em 1993. Desde cedo promoveu a a cria-ção, e tem mantido em actividade, os clubes de jovens Rotaract e Interact. Em 2007 fundou a Universidade Sénior de Rotary de Valongo, com mais de uma cen-tena de alunos e mais de duas dezenas de professores, todos voluntários, que partici-pam graciosamente.

No final do ano de 2010 assinou um protocolo com a Câmara Municipal de Va-longo para a cedência da antiga Escola Pri-mária 1º de Maio, pelo prazo de 10 anos, onde passarão a realizar-se as actividades da Universidade.

Ao longo dos anos tem realizado diver-sas actividades de carácter social, enalte-cendo o Movimento Rotário em Portugal e, anualmente, tem participado da Feira das Artes Populares de Valongo, para recolha de fundos e divulgação do Movi-mento Rotário.

Desde sempre o clube sentiu dificuldade em manter um quadro social com elevado número de associados, como é seu objec-tivo. O seu projecto mais ambicioso, desde sempre foi, sem dúvida, a criação da Uni-versidade Sénior, que pretendem manter a todo o custo, dado o seu enorme alcance

social, e que agora terá um novo alento, com a abertura das novas instalações.

Anualmente têm levado a efeito a Ho-menagem ao Profissional, homenagem e atribuição de prémios aos melhores alunos da Escola Secundária de Valongo, participação na Feira das Artes Populares de Valongo. Durante o ultimo ano tiveram oportunidade de doar uma cadeira de rodas electrica para ser utilizada por um doente tetraplégico do concelho, e um desfibrilhador aos Bombeiros Voluntários de Valongo

O clube participou, ainda, activamente na campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar contra a Fome, em cola-boração com o Rotaract e o Interact Club de Valongo.

Prestam apoio ao Rotaract e o Interact na realização da já habitual Feira da Saú-de, que decorre no mês de Junho, em par-ceria com Escola EB2+3 de Valongo.

No ano anterior o clube retomou a re-alização de palestras/sessões de esclare-cimento sobre diversos assuntos de inte-resse para a comunidade local, como foi o caso da Palestra sobre o HPV (vírus do cancro do colo do útero) e uma sessão so-bre o micro-crédito.

O Funchal é uma cidade portugue-sa na ilha da Madeira, capital da Região Autónoma da Madeira, sendo a décima mais populosa cidade de Portugal.

A cidade coincide com o seu concelho, e tem 76,15 km² de área e 112 015 habi-

tantes (2011), subdividindo-se em 10 fre-guesias. A área metropolitana do Funchal, que inclui os concelhos de Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Santa Cruz e Machi-co tem uma população superior a 225 mil habitantes.

Funchal

Valongo

Valongo é uma cidade portugue-sa no Distrito do Porto, Região Norte e sub-região do Grande Porto, com 19 693 habitantes. Pertence ainda à Gran-de Área Metropolitana do Porto.

É sede de um pequeno município no que concerne ao território com 75,13

km² de área, mas um dos maiores do país no que diz respeito à população, com mais de 97 138 habitantes (2008), subdividido em 5 fre-guesias. O município é limitado a norte pelo município de Santo Tirso, a nordeste por Pa-ços de Ferreira, a leste por Paredes, a sudoes-te por Gondomar e a oeste pela Maia.

Page 15: Rotary em Acção  nº18.pdf

15ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011 AGENDA

Estarreja já tem Universida-de Sénior de Rotary. O descer-ramento da placa com o nome da Universidade foi feito pelo Presidente da Câmara Muni-cipal de Estarreja e pelo Go-vernador do Distrito Rotário 1970 António Goes Madeira. No dia da abertura oficial foi ain-da inaugurada uma exposição de pintura, constituída por dez quadros doados ao Rotary Club de Estarreja pelo conceituado pintor e Companheiro Rotário Honorário José Mendonça.

A primeira parte do progra-ma da inauguração terminou com a visita às instalações da Universidade Sénior, que dora-vante funcionará no antigo Co-légio Egas Moniz, em Estarreja. A comitiva de várias centenas de pessoas seguiu em cortejo para a Escola Secundária de Es-tarreja, onde as comemorações continuaram. Aqui, foi feita a saudação às bandeiras, dadas as boas vindas pelo Presiden-te do Rotary Club de Estarreja, Companheiro José Augusto Costa, tendo-se seguido as in-tervenções do Director da Escola Secundária de Estarreja, Jorge Ventura, do Governador Antó-nio Goes Madeira e do Presiden-te da Câmara Municipal de Es-tarreja, José Eduardo de Matos, que é também sócio honorário do Rotaract Club de Estarreja e o formando nº 1 da Universida-de Sénior de Rotary de Estarreja. Nesta ocasião tomou posse a Direcção da Universidade Sénior

de Rotary de Estarreja, que é pre-sidida pelo Companheiro Victor Tavares, tem como vice-director o Companheiro José Augusto Costa, presidente do R C Estarre-ja e como Secretária Executiva a Companheira da Casa da Amiza-de Irene Saramago. Deu posse à Direcção o Companheiro Gover-nador António Madeira.

Foram apresentados o cor-po de docentes voluntários da Universidade e também os seus primeiros formandos, 75 interessados alunos que, logo no início da actividade lectiva, terão à sua disposição as se-guintes disciplinas: Português, Francês, Castelhano, Inglês, História, Ciências da Terra e da Vida, Ciências Sociais, Cidada-nia, Psicologia, Saúde, Fotogra-fia, Pintura, Grandes Temas de Cultura Geral, Expressão Plásti-ca, Saberes Tradicionais. Pode-rão ainda integrar-se no Grupo de Cantares da Universidade Sénior de Rotary De Estarreja. Seguiu-se um periodo musical, com as actuações de diversos grupos de cantares e de músi-ca das Universidades Séniores de Rotary de Chaves, Tondela, Sever do Vouga, S.João da Ma-deira e ainda da Academia de Saberes de Aveiro. De particular significado foi a actuação inau-gural do Grupo de Cantares da Universidade Sénior de Rotary de Estarreja, que cantou o Hino da Universidade, da autoria (le-tra e música) do Companheiro Artur Marques.

Nova Universidade Sénior em Estarreja

António é o nome do meni-no que o Rotaract de Espinho fez questão de apoiar numa cirurgia difícil que teve que realizar.

Todos os companheiros tor-

naram possível a viagem desta criança do Alentejo ao Porto para uma operação tão espe-cial: 200€ para o transporte, que foram transferidos para a conta da mãe da criança, foi

feito um cartão presente do Continente com 180€, resto do valor angariado.

O António já teve alta. A operação correu bem e o me-nino reagiu muito bem.

Rotaract de Espinho

Apoio a cirurgia de criança

Dezembro 2011

Mês da Família Rotária

Dia 1Restauração da Independência;Dia Mundial de Luta Contra a Sida;Dia Nacional da Roménia;Aniversário RC Coimbra Santa Clara;

Dia 2Dia Internacional da Abolição da Escra-vatura;

Dia 3Dia Internacional das Pessoas com De-ficiência;VOG D 1970 RC Senhora da Hora, RC Leça do Balio, RC São Mamede de In-festa;

Dia 5Dia Internacional dos Voluntários para o Desenvolvimento Económico e Social;

Dia 6Dia Nacional da Finlândia;VOG D 1970 RC Esposende;

Dia 7Dia Internacional da Aviação Civil;Dia de Timor-Leste;VOG D 1970 RC Trancoso;

Dia 8Imaculada Conceição;

Dia 9Dia Internacional da Corrupção;

Dia 10Dia da Declaração Universal dos Direi-tos Humanos;Reunião Conselho Administração da FRP – Coimbra;

Dia 11Dia Internacional das Montanhas;

Dia 13VOG D 1970 RC Gaia-Sul;

Dia 15VOG D 1970 RC Porto-Oeste;

Dia 16Aniversário do RC Porto Douro;

Dia 18Dia Internacional dos Migrantes;

Dia 20Dia Internacional da Solidariedade Hu-mana;

Dia 22Aniversário do RC Funchal;

Dia 25Dia de Natal;

Dia 27VOG D 1970 RC Guarda.

Janeiro 2012

Mês da Consciencialização Rotária

Dia 1Dia de Ano Novo e Dia Mundial da Paz;

Dia 3VOG D 1970 – RC Porto-Douro;

Dia 4Dia Mundial do Braille;

Dia 5VOG D 1970 – RC Valongo;

Dia 6Dia dos Reis Magos;

Dia 7Reunião Conselho Administração da FRP – Coimbra;Encontro de Governadores Assistentes;

Dia 8Aniversário do RC Ansião;

Dia 9Aniversário do RC Lisboa-Centro;

Dia 10VOG D 1970 – RC Matosinhos;

Dia 12VOG D 1960 – RC Estremoz;VOG D 1970 – RC Vila Nova de Gaia;

Dia 13Aniversário do RC Machico-Santa Cruz;Aniversário do RC Vila Franca de Xira;Aniversário do RC Águeda;Aniversário do RC Vila Nova de Gaia;

Dia 15Assembleia Internacional de S. Diego;

Dia 16Assembleia Internacional de S. Diego;VOG D 1970 – RC Vila do Conde;

Dia 17Assembleia Internacional de S. Diego;

VOG D 1960 – RC Faro e VOG D 1960 – RC Loulé;VOG D 1970 – RC Maia;Aniversário do RC Carnaxide;

Dia 18Assembleia Internacional de S. Diego;VOG D 1960 – RC Almancil-Internacio-nal e VOG D 1960 – RC Silves;VOG D 1970 – RC Oliveira do Hospi-tal;Aniversário do RC Chaves;

Dia 19VOG D 1960 – RC Porches-Internacio-nal e VOG D 1960 – RC Albufeira;Assembleia Internacional de S. Diego;

Dia 20Assembleia Internacional de S. Diego;VOG D 1970 – RC Viana do Castelo;

Dia 21Assembleia Internacional de S. Diego;

Dia 23Dia Mundial da Liberdade;VOG D 1970 – RC Espinho;Aniversário do RC Lisboa;Aniversário do RC Esposende;Aniversário do RC Espinho;

Dia 24Dia Mundial das Comunicações So-ciais;VOG D 1960 – RC Lisboa;VOG D 1970 – RC Póvoa do Varzim;

Dia 26VOG D 1960 – RC Lagos;

Dia 27Dia Internacional em Memória das Víti-mas do Holocausto;Dia Mundial dos Leprosos;VOG D 1970 – RC Vila Verde;Aniversário do RC Vale de Cambra;

Dia 28Dia Europeu da Protecção de Dados;Assembleia Plenária das CIPS;

Dia 30Aniversário do RC Estarreja;

Dia 31VOG D 1960 – RC Abrantes;VOG D 1970 – RC Tondela;Aniversário do RC Covilhã.

Page 16: Rotary em Acção  nº18.pdf

16 ROTARY EM ACÇÃONOVEMBRO > DEZEMBRO 2011

O Rotary é um movimento centenário que tem como principais bases a solidariedade e a ética, representados através de um conjunto de profissionais. Estando a profis-são inerente aos princípios de base do Rotary, umas das principais actividades anuais do movimento consiste no reconhecimento do mérito a profissionais que se destaca-ram. Cada clube escolhe, dentro da sua comunidade, um profissional que identificam com os princípios rotários e, nos meses de Outubro e Novembro, prestam-lhe o devido reconhecimento público.

Este ano não foi excepção, e por todo o país os clubes rotários homenagearam profissionais de diferentes áre-

as. Alguns Clubes optaram por homenagear empresários pelo seu empreendedorismo ou solidariedade, de que foram exemplo os clubes de Caldas das Taipas (Indústria de Cutelarias Herdmar), Águeda (Manuel Pereira Rodri-gues), Vizela (José Luís Guimarães), Águas Santas/Pe-drouços (António Ambrósio), Valongo (José dos santos, marmorista), ou Póvoa de Lanhoso (Restaurante Vítor).

Os profissionais da Saúde e do Direito normalmente também são destacados nesta homenagem: Amaran-te – António Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados; Gaia – Horácio Monteiro da Costa, Centro Hospitalar de Gaia; Gondomar – António Rodrigues de

Sousa, médico; Guimarães – Leite Pereira, médico cardio-logista; Leça da Palmeira – Luís Sá, médico; Oliveira do Hospital – Maria Adelaide Freixinho, notária e advogada; Ovar – Teresa Vieira, Enfermeira; Mangualde – Lúcio Al-buquerque, farmacêutico; Ermesinde – Juiz Conselheiro Lúcio Barbosa.

Os rotários não esquecem ainda o desporto e as vitó-rias aqui conseguidas, tendo este ano homenageado di-ferentes figuras de distintas modalidades como o ciclista Alves Barbosa (clube de Montemor-o-Velho), João Bre-nha e Miguel Maia (clube de Espinho), o atleta Carlos Sil-va (clube de Castelo de Paiva), e o Anadia Futebol Clube (clube de Curia Bairrada). Na área da música receberam distinção António Pinho Vargas (clube Gaia Sul), o ma-estro Pedro Osório (clube de Porto Oeste) e Rui Veloso (clube de Porto Douro).

Diferentes personalidades religiosas também foram dis-tinguidas: o missionário Frei Fernando Ventura (clube da Senhora da Hora), Padre Coutinho (Clube de Viana do Castelo), Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa (clube da Feira) e João Miranda Teixeira, Ex-Bispo Auxiliar do Por-to (clube de Felgueiras).

Muitas outras profissões foram ainda homenageadas, com destaque para professores de diferentes áreas, es-critores (incluindo Valter Hugo Mãe no Clube de Vila do Conde), oficiais do exército e muitos outros que se desta-caram enquanto profissionais.

ÚLTIMA

Dando sequência ao seu ciclo de pa-lestras abertas à comunidade, o Rotary Club de Estarreja convidou o Bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses, Marinho e Pinto, para falar sobre Justiça e Cidadania.

Com uma assistência que encheu por completo o auditório da Biblioteca Muni-cipal de Estarreja, o palestrante percorreu diversos temas candentes da actualidade, mormente os respeitantes à crise que vive-mos e ao estado da justiça no nosso país.

Marinho e Pinto definiu a actual crise como a pior que o país alguma vez viveu nos seus já muitos séculos de história, dado esta, no seu entender, não ser pas-sível de ser combatida apenas com cora-gem, com armas ou mesmo com vidas. É

uma crise em que o inimigo é o dinheiro e o poder económico, sobretudo de alguns estados que, sem necessitarem do uso de armas, subjugam outros mais frágeis e pe-riféricos, como é o caso de Portugal.

Igual pessimismo manifestou Marinho e Pinto na análise que fez ao estado da justiça em Portugal. Polémico como é seu timbre, o Bastonário da Ordem dos Advo-gados não poupou críticas à falta de con-trole e responsabilização da magistratura, ficando muitas vezes os cidadãos à mercê de decisões que classificou de arbitrárias.

Porém, terminou a sua alocução com uma optimista manifestação de esperança na recuperação de um país que conseguiu vencer as grandes batalhas que se lhe de-pararam ao longo da história.

Rotary distingue profissionais

Homenagens a profissionais por todo o país

Justiça e cidadania

Marinho Pinto em Estarreja