Ruido
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Rudo
1) Introduo
A movimentao mecnica de cargas pode ser definida como o conjunto de aes, de
materiais e de meios que permitem, de um modo planeado e seguro, movimentar
cargas de um determinado local para outro.Esta operao compreende as seguintes
fases:
O rudo das formas de poluio mais evidentes no meio industrial e no ambiente em
geral, e pode afetar o homem nos planos fsico, psicolgico e social, podendo:
Lesar rgos auditivos;
Perturbar a comunicao;
Provocar irritao;
Provocar fadiga;
Diminuir o rendimento do trabalho.
D-se o nome de som a toda a vibrao mecnica que se propaga num meio elstico,
desde que as frequncias que a compem se encontrem dentro de uma determinada
faixa audvel (produzam uma sensao auditiva).
Sob o ponto de vista fsico, o som puro consiste num movimento ondulatrio
harmnico simples produzido num meio elstico (normalmente o ar) por uma vibrao.
2) Principais grandezas e parmetros definidores do som
Frequncia (f)
A frequncia de um fenmeno peridico como uma onda sonora o nmero de vezes
que o dito fenmeno se repete por unidade de tempo.
Em acstica pode definir-se como o nmero de vezes que a presso oscila em torno
da presso atmosfrica, por unidade de tempo.
A unidade de medida o Hertz, que o nmero de pulsaes/vibraes de uma onda
acstica sinusoidal durante um segundo.
A frequncia tambm afeta a perturbao causada pelos sons, uma vez que as altas
frequncias incomodam mais do que as baixas.
- A margem de frequncia audvel normal para pessoas jovens situa-se entre 20 e 20
000 Hz.
A margem de frequncia audvel normal para pessoas jovens situa-se entre 20 e 20
000 Hz.
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Rudo
Nas baixas frequncias as partculas de ar vibram lentamente e produzem sons
graves
Nas frequncias altas as partculas vibram rapidamente e originam sons agudos.
Tom puro
Uma onda sonora composta por uma nica frequncia, chama-se tom puro. Todas as
ondas sonoras podem decompor-se numa ou mais ondas harmnicas simples.
Perodo (T)
o tempo transcorrido para completar uma oscilao completa ou completar um ciclo.
A unidade de medida o segundo (s).
Amplitude (A)
a deslocao mxima do ponto em vibrao em relao ao seu ponto de equilbrio.
Entre os picos mximo e mnimo (expanso e compresso mximas) o espao
existente o dobro da amplitude.
3) Anlise espectral
Como a maior parte dos sons no sons puros, mas sim rudos complexos resultantes
da combinao de vrias frequncias, necessrio analis-los em frequncia. Isto
consegue-se fazendo passar o sinal atravs de um filtro que apenas deixa passar uma
banda ou gama de frequncias. A amplitude do sinal filtrado determinar ento o nvel
sonoro dessa frequncia.
Em acstica os filtros mais utilizados so os de oitava e 1/3 de oitava.
Combinao de movimentos harmnicos simples
Na realidade so raros os sons puros, ou seja representados por um s movimento
harmnico simples. Pelo contrrio, na prtica, existe uma sobreposio de vrias
sinusoides cujo estudo ter que ser efetuado atravs da anlise de Fourier.
4) Parmetros Bsicos do Som
Quando o som produzido por uma fonte sonora com uma potncia ( P ), d-se uma
transferncia de energia da fonte para as molculas de ar adjacentes.
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Rudo
Potncia sonora
o fluxo de energia acstica (sonora) (N.m) por unidade de tempo (s). A unidade o
Watt (N.m.s-1).
Intensidade sonora
O fluxo mdio de energia acstica que atravessa uma unidade de superfcie
perpendicular direo de propagao, por unidade de tempo, designado por
Intensidade Sonora, ( I ). A unidade o W.m-2.
Presso sonora
o valor instantneo do desvio de presso (em relao presso esttica), devido
perturbao acstica, percebido pelo ouvido. A unidade o N.m-2 ou Pascal ( Pa ).
Nvel sonoro - Limiares da audio humana
O mnimo de energia sonora (nvel zero de audio), frequncia de 1000 Hz que o
aparelho auditivo pode discriminar equivale a:
O limite superior, considerado como limiar da dor, corresponde sensivelmente a:
Com uma faixa de audibilidade para a presso sonora entre 0,00002 e 200 N.m-2 , a
utilizao de escalas lineares conduziria a nmero muito grandes.
Alm disso, sabe-se que o ouvido humano responde de uma forma logartmica e no
linear aos estmulos sonoros.
Por estas razes, optou-se por exprimir os parmetros sonoros como uma relao
logartmica entre os valores medidos e os valores de referencia.
A esta escala logartmica chama-se decibel ou dB.
Nvel de intensidade e de presso sonora
5) Tipos de Rudo
Um rudo pode ser descrito
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Rudo
- pelo ESPECTRO DE FREQUNCIA
- pelas VARIAES DE NVEL COM O TEMPO
- pelas CARACTERSTICAS DO CAMPO SONORO
6) Audibilidade
Atendendo s caractersticas do aparelho auditivo humano, a reao diversa
conforme as frequncias, para o mesmo nvel de presso sonora. Devido a este ato
vrios estudos se desenvolveram no sentido de analisar as consequncias do rudo no
Homem. Estas curvas devem-se a Fletcher e Munson e esto representadas na de
acordo com a norma ISO 226 (1987).
O nvel de audibilidade medido em fones(F) e corresponde, por definio ao nvel de
presso sonora que sentido por um observador mdio numericamente igual ao nvel
de intensidade em dB de um tom puro com 1000 Hz. O fone uma unidade que varia
fisicamente mas no varia sensitivamente (subjetivamente).
Assim, frequncia de 1000 Hz o nmero de fones e decbeis coincidem (1 fon = 1
dB).
Curvas de Ponderao
Do exposto, conclui-se que para que um equipamento de medio de rudo se
comporte como o ouvido humano necessrio introduzir-lhe um filtro.
Estes filtros tm a particularidade de atenuar o sinal sonoro de acordo com as curvas
de ponderao normalizadas internacionalmente e que seguem as curvas isofnicas.
A mais importante sem dvida a curva de ponderao A por ser aquela que melhor
correlaciona os valores medidos com a incomodidade ou risco de trauma auditivo do
sinal sonoro.
- Os resultados obtidos com o filtro de ponderao A, ler-se- db (A)
Nvel Sonoro Equivalente Leq
Os nveis sonoros industriais e exteriores flutuam ou variam e maneira aleatria com o
tempo. No entanto, pode-se medir um valor mdio, designado por nvel equivalente
(Leq).
Leq, pode definir-se como o nvel sonoro contnuo equivalente, expresso em db(A),
que contm a mesma energia sonora total que o rudo no uniforme medido no
mesmo intervalo de tempo.
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Rudo
- O nvel sonoro contnuo equivalente, ponderado A de um rudo num intervalo de
tempo T, designa-se por LAeq,T
- Exposio pessoal diria de um trabalhador ao rudo durante o trabalho, designa-se
por LEP,d
Dose de Rudo
A dose de rudo, define-se como o nvel sonoro equivalente ponderado (A) a que um
trabalhador est sujeito durante um perodo de referncia, que pode ser de 8 horas
dirias ou de 40 horas semanais.
Nvel de ao: o nvel de ao da "exposio pessoal diria de um trabalhador ao
rudo durante o trabalho" igual a 85 dB (A) ;
7) Instrumentos de Medida
Os instrumentos mais utilizados para a medio do rudo so :
- Sonmetros;
- Dosmetros.
8) Efeitos do Rudo no Homem
O rudo afeta o homem a nvel fsico, psquico e mesmo social. De uma forma direta
pode dar origem a:
Diminuio da capacidade auditiva;
Reduo da capacidade de comunicao;
incomodidade;
Fadiga fsica e psquica;
Reduo do rendimento.
Exposio a nveis sonoros elevados podem conduzir diminuio permanente da
capacidade auditiva, por traumatismos a nvel do ouvido interno. Este tipo de trauma
irreversvel.
O risco de perda auditiva aumenta com o nvel sonoro e com o tempo de exposio,
mas depende tambm das caractersticas do SOM.
Alm disso, a sensibilidade ao rudo varia significativamente de indivduo para
indivduo. H pessoas que podem ser afetadas ao fim de relativamente pouco tempo,
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Rudo
enquanto outras trabalham durante muitos anos em ambientes caracterizados por
nveis de rudo elevados, sem apresentarem perdas auditivas significativas.
Normalmente, exposies de curta durao em ambientes ruidosos, levam a uma
reduo temporria da capacidade auditiva.
Se o rudo no for muito intenso e o perodo de exposio demasiado elevado, a
capacidade auditiva recuperada aps um perodo de repouso em ambiente calmo.
9) Programas de Preservao da Audio
Um programa completo exige a interveno do Mdico do Trabalho e dos Tcnicos de
Higiene e Segurana s tendo sucesso desde que exista uma efetiva colaborao
entre ambos.
Um programa de preservao da audio deve abranger trs reas distintas,
complementares entre si, nomeadamente:
Acompanhamento clnico dos trabalhadores (testes audiomtricos e outros);
Implementao de um programa de controlo do rudo (levantamento da situao,
cartas de rudo, medidas de preveno, etc.);
Aes de formao e sensibilizao dos trabalhadores.
10) Medidas de Controlo do Rudo
As medidas de controle do rudo, podem ser resumidas de maneira sucinta intervindo
em trs reas.