SÃO PAULO, 14 DE OUTUBRO DE 2015. - prefeitura.sp.gov.br · Funcionamento: setor leste –...

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SÃO PAULO, 14 DE OUTUBRO DE 2015.

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SÃO PAULO, 14 DE OUTUBRO DE 2015.

Com a chegada da primavera e as temperaturas subindo, a melhor opção de lazer são

os parques de São Paulo. E tem muitos que a gente não conhece. Esta lista tem dez

opções na zona sul de São Paulo para quem gosta de caminhadas, corrida, piquenique,

tem crianças, ou para quem quer simplesmente descansar na sombra de uma árvore.

Que tal explorar as áreas verdes da cidade?

Parque Burle Marx

Este parque é um dos mais bonitos de São Paulo. Criado por Roberto Burle Marx, o

conjunto artístico e paisagístico é composto por uma escultura painel de alto e baixo

relevo, jardins específicos, o pergolado e o xadrez, espelhos d´água, e uma composição

de 15 palmeiras imperiais. É para curtir a natureza, não sendo permitida a prática de

esportes. O parque tem várias atrações aos finais de semanas como Festival de Food

Truck e e shows eventuais. Oferece aulas de Tai Chi Chuan às quartas pela manhã,

pilates, zumba, ioga, aquarela e crossfit aos finais de semana. Todo sábado das 7h às

13h acontece uma Feira Orgânica de produtores de Parelheiros. Av. Dona Helena

Pereira de Moraes, 200, Panamby, tel.: (11) 3746-7631. Diariamente das 7h às

19h. http://parqueburlemarx.com.br/

Jardim Botânico

Um oásis dentro de São Paulo, assim defino o Jardim Botânico. Tenho uma predileção

por este parque, acho o mais bonito da cidade. Uma das vantagens é a tranquilidade,

bem diferente dos outros parques, normalmente não lota. Talvez seja por impor

algumas regras como não poder praticar esportes, pedalar e pets. A paisagem é linda,

entre as atrações tem a estufa de plantas, o Museu Botânico, as pequenas trilhas.

Passear em volta do lago das ninfeias e fazer um piquenique com os amigos por ali é

tudo de bom. Além disso, é limpo e possui ótima infraestrutura. Vale a pena

conhecer. Veja o post completo aqui sobre o Jardim Botânico. Avenida Miguel Stéfano,

3687, Saúde, tel.: Tel.: (11) 5067-6000, R$ 5 e R$ 2,50. Diariamente das 9h às 17h e no

horário de verão fecha às 18h. http://botanica.sp.gov.br/

Fundação Oscar Americano

Museu, salão de chá, sala de concertos, eventos, cursos e um lindo bosque de 75 mil

m2 para apreciar a natureza. A Fundação Oscar Americano alia tudo isso em um só

lugar perto do Palácio dos Bandeirantes. Aqui você encontra um um lugar cercado por

mata atlântica e plantas de várias espécies jacarandás, sibipirunas, angicos, paus-ferro,

paus-brasil e pés de café. Você passeia por alamedas arborizadas e asfaltadas, um

passeio fácil, ideal para ir com crianças ou com pessoas com mobilidade reduzida. No

bosque, é possível ver várias obras de arte. Saiba mais neste post sobre a Fundação.

Av. Morumbi 4077, tel.: (11) 3742-0077; De terça a domingo, das 10h às 17h30. R$

10.http://www.fundacaooscaramericano.org.br/fundacao20a.html

Parque Ecológico do Guarapiranga

Um parque pequeno e agradável no bairro da Riviera, o principal atrativo é a Trilha da

Vida, uma trilha sensorial que as pessoas fazem de olhos vendados para explorar

outros sentidos. O parque conta com estufa de plantas, biblioteca, museu do lixo,

oficinas de educação ambiental, playground, academia popular e dentro do parque o

acesso é através de rampas de madeira. Saiba mais neste post. Estrada da Riviera,

3286, Riviera Paulista, tel.: (11) 5517-6707. De terça a domingo, das 8h às 17h. Site:

Parque Ecológico do Guarapiranga

Parque do Ibirapuera

Este parque dispensa apresentações. Em agosto, ele recebeu o título de melhor parque

urbano do mundo, segundo o jornal britânico The Guardian, o que nos encheu de

orgulho. Quase todo paulistano conhece o Ibira, mas será que você conhece mesmo

todas as atrações? Quando vamos a um parque costumamos ir sempre aos mesmos

lugares. Veja algumas atrações, conheça ou visite novamente: Jardim das Esculturas,

om paisagismo de Burle Marx, reúne 30 obras de artistas brasileiros do século 20,

MAM (Museu de Arte Moderna), MAC (Museu de Arte Contemporânea, Museu Afro

Brasil, Viveiro Manequinho Lopes, Umapaz, a Universidade Aberta do Meio Ambiente,

com vários cursos e atividades gratuitas, Bosque de Leitura, Praça Burle Marx, Praça da

Paz, além, é claro, de toda a infraestrutura que o parque oferece com pista de cooper,

7 quadras poliesportivas, espaço para piquenique, playground, o lago que é o cartão-

postal de São Paulo e muito mais. O Ibira é, sem dúvida, um dos queridos dos

paulistanos. Av. Pedro Álvares Cabral, s/n. Diariamente das 5h à

0h.http://www.parquedoibirapuera.com/

Parque Alfredo Volpi

Este pequeno parque é muito arborizado, ideal para quem gosta de caminhadas e

correr. Oferece muitas mesas e bancos para piqueniques, aparelhos para ginástica e

área para crianças. Não costuma lotar, o que garante certa tranquilidade. Os

equipamentos são feitos de madeira recuperada, o mais legal é andar nas trilhas

ouvindo os sons da natureza e observar a as espécies vegetais, o lago com gansos e

patos completam a bela paisagem. Alfredo Volpi

Av. Eng. Oscar Americano, 480 – Morumbi. Diariamente das 6h às 17h30. Site: Parque

Ecológico Alfredo Volpi

Parque do Cordeiro Martin Luther King

O Parque do Cordeiro tem uma boa infraestrutura, é limpo e bem-cuidado. Conta com

pistas de Cooper, caminhada e skate, playground, miniciclovia, quadra poliesportiva,

teatro de arena, área para exercícios com aparelhos, espaço para animais, fraldário,

espelho d’água, pista de bocha, paraciclo e praça. Com 35 mil m2, chega a receber 4

mil visitantes aos finais de semana. O parque é dividido em dois setores: o setor oeste

– com pistas de pedrisco de caminhada/corrida arborizadas e o setor leste. Promove

aulas de tai chi chuan e lian gong. Rua Breves, 968 – Chácara Monte Alegre .

Funcionamento: setor leste – diariamente das 7h às 18h (7h às 19h no horário de

verão) setor oeste – diariamente das 7h às 17h (7h às 18h no horário de verão). Site:

Parque do Cordeiro Martin Luther King

Parque Severo Gomes

Este parque fica numa área residencial tranquila, é muito frequeando por famílias e

praticantes de corrida. Tem movimento à noite das pessoas que vão andar ou correr e

é seguro. Conta com playgronds, curso d’água, bosque de amoreiras, trilha para

caminhadas, canteiros, aparelhos de ginástica, pista de Cooper, bicicletário e uma

minibiblioteca de livros infantis. A desvantagem é que não lanchonetes dentro do

parque e nem por perto, então leve seu lanche. Durante a semana pela manhã oferece

aulas de Lian Gong e Tai Chi Pai Lin. Rua Pires de Oliveira, 356 – Granja Julieta.

Diariamente das 7h às 19h | 7h às 20h (horário de verão) Site: Parque Severo Gomes

Parque Barragem do Guarapiranga

Um dos parques mais novos de São Paulo foi inaugurado em 2010 e possui 88 mil

metros quadrados de área verde. Este parque circunda a represa de Guarapiranga de

onde pode-se observar os barcos e as aves. Tem pista de caminhada, campo de

futebol, playground infantil, playground da longevidade, ciclovia, horta-escola, praça e

píer. Há poucas árvores e faltam bancos para descanso, mas a paisagem é bonita.

Também não há lanchonetes. O parque abriga o monumento em homenagem aos

“Heróis da Travessia do Atlântico. A obra homenageia os aviadores italianos Francesco

Di Pinedo e Carlo Del Prete, pioneiros na travessia do Atlântico Sul, e o brasileiro João

Ribeiro de Barros, que fez a travessia em 1927 a bordo do hidroavião Jahu. Avenida

Doutor Caetano Petraglia Sobrinho, 41, acesso pela avenida Atlântica. Diariamente das

6 h às 19h. Site Parque Barragem do Guarapiranga

Parque Shangrilá

Pouca gente conhece este parque fica no bairro da zona sul de São Paulo, mas quem

conhece gosta muito. Próximo à Represa Billings, o parque fica dentro da Área de

Proteção Ambiental Bororé-Colônia. Conta com trilhas para caminhadas com várias

espécies da mata atlântica, viveiro, quadra de areia, playground, quadra esportiva e

uma horta. As espécies plantadas aí são doadas para a comunidade. Oferece também

atividades regulares de educação ambiental e trilhas monitoradas e empréstimo de

jogos. Frequentado por famílias e jovens é uma boa opção de lazer no Grajaú e

vizinhança. Rua Irmã Maria Lourença, 250 – Grajaú. Site: Parque Shangrilá

Programa incentiva pesquisa em mudanças climáticas e recursos hídricos

Iniciativa é da Capes e da Agência Nacional de Águas, com foco na implantação de

projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação e cooperação acadêmica.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou

nesta terça-feira (13) o edital nº 19/2015, referente ao Programa de Apoio à Pesquisa

Científica e Tecnológica em Mudanças Climáticas e seus Impactos sobre os Recursos

Hídricos. A iniciativa, em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), seleciona

propostas para implantação de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação e

cooperação acadêmica com o objetivo de promover a formação de recursos humanos

e a geração de conhecimento sobre mudanças climáticas e de usos da terra e seus

impactos sobre os recursos hídricos no Brasil.

Inscrições

Os projetos que atenderem aos requisitos descritos no edital devem ser inscritos pelo

coordenador-geral designado da instituição de ensino e/ou de pesquisa demandante

até o dia 12 de novembro. As propostas deverão ser enviadas à Capes em duas vias:

uma impressa, por correio, e outra digitalizada, em formato PDF, por e-mail

([email protected]).

Serão apoiados até três projetos no âmbito do edital com duração máxima de cinco

anos para execução das atividades. Aos projetos aprovados serão financiadas bolsas no

País nas modalidades de mestrado, doutorado e pós-doutorado e bolsas no exterior

nas modalidades doutorado-sanduíche, estágio pós-doutoral e estágio sênior, além de

missões de estudo e missões de pesquisa e docência.

ONGs apontam violações de direitos humanos durante crise hídrica em

SP

Entidades lançaram relatório nesta terça (13) com críticas ao governo.

Documento foi encaminhado a relator da Organização das Nações Unidas.

Relatório elaborado por ONGs, especialistas e movimentos sociais divulgado nesta

terça-feira (13) denuncia à Organização das Nações Unidas (ONU) o que considera

indícios de violação de direitos humanos na gestão da crise hídrica no Estado de São

Paulo. O documento atribui ao governo falta de planejamento e afirma que os efeitos

da escassez poderiam ser minimizados caso as autoridades assumissem a gravidade da

situação.

O relatório foi elaborado pelo grupo Aliança Pela Água e o coletivo de Luta pela Água,

que reúnem cerca de 150 ONGs. A data de apresentação do material coincide com o

dia em que o governador Geraldo Alckmin receberá um prêmio, em Brasília, por sua

gestão à frente da Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) e da

Secretaria de Recursos Hídricos.

Para Rafael Poço, membro do secretariado da Aliança pela Água, a divulgação do

relatório no mesmo dia da premiação de Alckmin foi apenas uma coincidência, mas

prova que há o que classificou como cinismo institucional. "Isso mostra que temos

duas realidades: a de quem está vivendo com a falta d'água, com dificuldades e

privações, e a realidade de quem acredita no seu próprio discurso", completou.

O material elaborado pelas ONGs, movimentos sociais e especialistas foi entregue ao

relator da ONU para os Direitos Humanos, Água e Saneamento, Leo Heller. A

expectativa é a de que, com as informações apresentadas, a ONU solicite explicações

oficiais ao governo federal sobre a oferta de água à população do Estado.

Segundo Poço, a entrega do documento ao relator Heller é importante principalmente

para dar visibilidade internacional à crise. "Apesar da atuação das organizações, ainda

não conseguimos passar a proporção da crise que vivemos. Acionar a ONU é uma

forma da gente tentar fazer isso", disse ele.

Heller participou do lançamento por videoconferência. Ele já está com o relatório em

mãos, e afirmou que vai analisar as denúncias para apresentar uma carta de alegação

ao governo federal. Trata-se de uma espécie de consulta à presidente Dilma Rousseff.

“Terei que fazer uma síntese com as informações apresentadas, dizendo que recebi

denúncias, e perguntando ao governo sua posição em relação a elas. O que tem feito e

o que pretende fazer para minimizar os problemas relatados”, explicou.

Por nota, a Secretaria de Saneamento de Recursos Hídricos informou que o "relatório

de violação de direitos humanos na gestão hídrica do Estado de São Paulo” é um

documento parcial, sem embasamento técnico e que acusa equivocadamente somente

um ente da federação de um problema que atingiu todo país".

Críticas

Segundo o relatório, a superexploração dos mananciais na região Sudeste e a falta de

preservação ambiental são as principais causas para o baixo nível dos reservatórios

que abastecem a Grande São Paulo. “Basicamente, se as mesmas medidas tomadas

tardiamente pelo governo do estado fossem adotadas desde janeiro de 2014, o

volume reservado ser muito maior que o atual”, conclui o documento.

O relatório também aponta a “interrupção arbitrária, não comunicada, ocultada e

repentina” no fornecimento de água à população do Estado. De acordo com a

denúncia, os cortes começaram nos bairros mais periféricos, sem qualquer aviso

prévio, com a justificativa de que eram realizados devido à manutenção do sistema.

“Esse tipo de (des)informação ainda é dada pelos atendentes da Sabesp, como se

estivessem seguindo um rigoroso script para despistar e ocultar a interrupção

sistemática do abastecimento, transformando-a em acidental e eventual”, diz o

documento.

Ainda segundo o texto, “apesar de várias evidências de que o sistema fica

completamente sem água em várias regiões, o discurso oficial sempre negou os

cortes”. A redução de pressão no fornecimento só teria sido confirmada pois o

governo teve de ampliar os cortes para bairros mais centrais.

Resposta do governo

Leia a nota da Secretaria de Saneamento de Recursos Hídricos na íntegra:

O “Relatório de violação de direitos humanos na gestão hídrica do Estado de São

Paulo” é um documento parcial, sem embasamento técnico e que acusa

equivocadamente somente um ente da federação de um problema que atingiu todo

país. É fato amplamente noticiado que a pior seca dos últimos 85 anos não foi prevista

por nenhum instituto meteorológico e que o ano de 2014 foi o mais quente no planeta

(Nasa).

A combinação de falta de chuvas com temperatura recorde fez com que 24% dos

municípios do Brasil (1.320) em 12 estados decretassem situação de emergência ou

calamidade por seca ou estiagem no Brasil em 2014, segundo o Ministérioda

Integração Nacional. Se a premissa do relatório fosse verdadeira, outros estados e

municípios também deveriam fazer parte do estudo, mas inexplicavelmente não são

citados.

O relatório ignora também estudos anteriores de órgãos como o IBGE, Ipea e

Ministério da Cidades, que demonstram de maneira inequívoca que São Paulo é o

Estado que mais investe e que tem a maior segurança hídrica do Brasil. Dentro do

cenário nacional de seca e altas temperaturas, São Paulo foi o primeiro e único estado

a implantar bônus para o consumidor que economizar água. O volume economizado -

180 bilhões de litros de água - equivale a mais do que um Sistema Guarapiranga.

Desde o início de 2014, graças às obras realizadas pelo governo do Estado o volume de

água disponível para a população aumentou em 8,5m³/s, o suficiente para abastecer 3

milhões de pessoas (1m³/s =350 mil pessoas).

O que os tais coletivos e ONGs não conseguem mudar é que o engajamento da

população (mais de 80% aderiram ao bônus), os incentivos financeiros e as medidas e

obras emergenciais feitas em tempo recorde pelo Governo do Estado estão garantindo

o abastecimento de mais de 20 milhões de pessoas na RMSP, ao contrário do que

previram os “especialistas” de plantão.

Relatório denuncia violação de direitos humanos na crise da água em

São Paulo

A Aliança Pela Água, o Coletivo de Luta Pela Água, o Greenpeace e o Instituto Brasileiro

de Defesa do Consumidor (Idec) divulgaram hoje (13) um relatório em que apontam

indícios de violação de direitos humanos na gestão hídrica do estado de São Paulo. O

documento foi encaminhado à relatoria da Organização das Nações (ONU) para

Direitos Humanos à Água e Saneamento.

Segundo o relatório, houve falta de transparência nas informações sobre os cortes de

água, falta de planejamento, superexploração dos mananciais, redução de

investimento em tratamento de esgoto, e aumento indevido da tarifa; O documento

diz que faltou e ainda falta um plano de emergência para a capital paulista: não há

plano destinado a hospitais, escolas, e para órgãos públicos em caso de falta de água e

de agravamento da crise.

"O governo tem responsabilidade na medida em que não atendeu aos avisos e aos

próprios documentos oficiais que anunciavam a possibilidade dessa crise. [A

responsabilidade] vem desde não ter adotado medidas de precaução previstas na

legislação e previstas em documentos oficiais, até a forma como lidou com a crise, com

falta de transparência, com obscuridade, negando, e até ridicularizando, aqueles que

estavam alertando para o perigo”, disse Rafael Poço, da Aliança Pela Água.

Em nota, a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do estado disse que o

relatório é um documento parcial, sem embasamento técnico e que acusa

equivocadamente somente um ente da federação de um problema que atingiu todo

país.

“É fato amplamente noticiado que a pior seca dos últimos 85 anos não foi prevista por

nenhum instituto meteorológico e que o ano de 2014 foi o mais quente no planeta

(Nasa). A combinação de falta de chuvas com temperatura recorde fez com que 24%

dos municípios do Brasil (1.320), em 12 estados, decretassem situação de emergência

ou calamidade por seca ou estiagem em 2014, segundo o Ministério da Integração

Nacional”.

A secretaria ressalta que desde o início de 2014, em razão de obras realizadas pelo

governo do estado, o volume de água disponível para a população aumentou em

8,5m³/s, o suficiente para abastecer 3 milhões de pessoas.

“O que os tais coletivos e ONGs não conseguem mudar é que o engajamento da

população (mais de 80% aderiram ao bônus), os incentivos financeiros e as medidas e

obras emergenciais feitas em tempo recorde pelo Governo do Estado estão garantindo

o abastecimento de mais de 20 milhões de pessoas na RMSP [Região Metropolitana de

São Paulo], ao contrário do que previram os 'especialistas' de plantão”.

Mudança climática levará seca ao leste da Amazônia e chuva ao oeste

O aquecimento global vai ampliar a ocorrência de eventos climáticos extremos na

Amazônia, causando mais secas no leste e mais inundações no oeste. Essa é a

conclusão de um estudo que avaliou as projeções de 35 simulações de computador

para o clima da região.

O trabalho, liderado por Philip Duffy, do Centro de Pesquisas de Woods Hole, em

Massachusetts (EUA) e com participação do brasileiro Paulo Brando, do Ipam (Instituto

de Pesquisa Ambiental da Amazônia), mapeia os mais prováveis impactos da mudança

climática para a região diante de um cenário relativamente pessimista, no qual a

emissão de CO2 continua crescendo desenfreadamente.

“Os modelos sugerem que as áreas afetadas por secas meteorológicas moderadas e

severas vão quase dobrar e triplicar, respectivamente, até 2100”, escrevem os

pesquisadores no artigo. “Extremos de umidade também estão projetados para

aumentar depois de 2040.”

Segundo Brando, a motivação para o estudo é que as projeções para o que vai

acontecer com o clima médio na Amazônia já estão bem consolidadas, mas são os

eventos extremos que mais impactam o ambiente e as pessoas na região.

O resultado da pesquisa está descrito em estudo na edição desta terça-feira (13) da

revista PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos EUA. As secas recentes de 2005 e

2010, dizem os cientistas, são “análogas das condições projetadas para o futuro”.

“O que estamos vendo nas projeções é mais seca, mais chuva e estações secas mais

longa”, afirma Brando. “Falar em secas e períodos de extremo chuvoso é diferente de

falar em mudança média no clima, à qual gente consegue se adaptar muito melhor.

São os extremos que causam os grandes impactos.”

Desequilíbrio oceânico – Ainda não está muito claro por que os modelos produziram

comportamentos contrastantes para diferentes áreas da Amazônia, mas cientistas

acreditam que isso seja resultado de diferenças entre os aquecimentos que Atlântico e

o Pacífico sofrerão.

“Temperaturas de superfície do mar abaixo da média no Pacífico tendem a

desencadear períodos de umidade extrema na Amazônia Ocidental”, escrevem os

pesquisadores, sobre as projeções de chuvas torrenciais naquela região.

As secas, afirmam, provavelmente estão ligadas a dois diferentes fenômenos. O

primeiro é conhecido pela sigla ENSO (Oscilação do Sul do El-Ninõ), que alterna os

períodos de superaquecimento e resfriamento das águas do pacífico. O segundo é a

AMO (Oscilação Multidecadal Atlântica), uma variação nas médias de temperatura do

Atlântico com ciclos de uma ou mais décadas.

“Uma coisa que acontece, por exemplo, é que a diferença de pressão entre Atlântico e

a Amazônia diminui, e teria menos umidade indo do Atlântico Norte para a floresta”,

explica Brando. “Foi mais ou menos esse fenômeno que causou a seca de 2010, e um

pouco também a de 2005.”

As consequências do aquecimento global previstas pelos modelos não levaram muito

em conta ainda possíveis efeitos do desmatamento, diz Brando. O corte de floresta

reduz a evapotranspiração, umidade bombeada para o ar por árvores e seres vivos.

Uma redução na cobertura de árvores poderia intensificar ainda mais as secas, dizem

os cientistas.