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TurismoO que é que a Bahia tem
JUNHO-JULHO-AGOSTO/2009
São Paulo na visão de seus governantes
Seminário na FAAP reúne nove governadores do Estado
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Orestes QuérciaPresidente da Panamby Empreendimentos e Participações Ltda.
As últimas décadas na visão dos governadores
O Estado de São Paulo cresceu pela força de seus fundadores, a garra
de seus habitantes – imigrantes de diferentes países, trabalhadores de
todos os estados – e a contribuição de seus líderes políticos, que consegui-
ram interpretar uma soma de anseios, necessidades e desejos.
Todo esse amálgama, em meio às circunstâncias e características positivas da
geografia, recursos naturais e de formação de seu povo, fez de São Paulo uma
potência econômica superior a alguns países de iguais dimensões territoriais.
As últimas décadas marcam um período de intenso crescimento popu-
lacional e econômico que foi retratado, segundo a visão dos últimos nove
governadores do Estado, em evento promovido pela Fundação Armando
Álvares Penteado (FAAP), no mês de março último. Tive o prazer de partici-
par desse acontecimento, parte dele narrado nas páginas desta revista.
Não foi uma disputa entre governadores para saber quem fez mais pelo
seu Estado, mas um registro histórico da contribuição que cada um procurou
dar a São Paulo e à sua população no sentido de seu desenvolvimento e de
seu papel em termos de colaboração para o progresso de todo o País.
Ainda sob o impacto da crise econômica mundial e de seus reflexos na
nossa economia, que, segundos recentes indicadores, se encontra em re-
cuperação, trazemos uma reportagem com o presidente da BM&FBovespa,
que assumiu depois da fusão da Bolsa de Mercadorias e Futuros com a
Bovespa, em que ele aponta diversas opções de investimentos.
Edemir Pinto conta que para proteger os investidores das turbulências
do mercado, as bolsas brasileiras desenvolveram um conjunto de mecanis-
mos, envolvendo aperfeiçoamento profissional e tecnologia, um aparato
tecnológico de sistemas de negociação que representa, segundo ele, “o
que há de mais moderno no mundo”.
A BM&FBovespa fechou acordo com a norte-americana CME, a maior
bolsa de derivativos do mundo, que permitiu aos investidores participarem
do mercado das principais bolsas de todo o planeta. Também foram cria-
das outras alternativas, incluindo um programa especial para empresas de
diferentes portes, inclusive para aquelas que ainda não fazem parte do
mercado, para abertura de capital e emissão de títulos de dívida privada
até leilões, custódia e gerenciamento de risco.
Ainda nesta edição, em meio a outros textos, que esperamos sejam de
agrado dos leitores, Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São
Paulo e presidente do Comissariado Brasileiro coorganizador das atrações
do Ano da França no Brasil, fala sobre os eventos que teremos o prazer de
conferir nos destaques da programação para o Estado.
Temos também Oded Grajew fazendo a avaliação dos dois anos do
Movimento Nossa São Paulo e do seu novo trabalho de criação de novos
indicadores de qualidade de vida da população de São Paulo.
Espero que esta edição seja de seu agrado,
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Uma das marcas do Centro Empresarial de
São Paulo é a visão estratégica de promover
constante modernização de sua infraestrutura,
facilidades e serviços. Desta vez, o passo dado
pelo condomínio foi em relação aos sistemas
de distribuição de ar condicionado. Depois de
ter instalado modernos chillers que otimizaram
o sistema, garantindo maior eficiência energéti-
ca, foi atualizado o gerenciamento da operação
das controladoras dos fan-coils, aparelhos que
condicionam a temperatura dos ambientes de
escritórios e lojas, espalhados nos andares dos
edifícios.
Após estudos, a Johnson Controls, através
de sua Divisão de Sistemas, instalou uma rede
de comunicação com seis gerenciadoras Metasys
modelo NAE, destinadas a eliminar a tradicional
operação manual de liga e desliga das controla-
doras e promover a identificação de falhas nos
condicionadores de ar, antes que o usuário possa
perceber alguma anomalia.
O novo sistema, que começou a operar em
abril, coordena a operação das mais de �00
controladoras de fan-coils e permite que toda a
refrigeração, resultando na redução dos gastos
com a produção de frio em cerca de �0 a �0%.
“A meta é sempre proporcionar maior con-
forto aos usuários, com modernas tecnologias,
menor índice de manutenção, baixos custos e o
melhor desempenho sustentável”, explica Mar-
cos Maran, gerente de Manutenção, Operação
de Utilidades e Obras do Centro Empresarial de
São Paulo.
Entre as Utilidades de responsabilidade da
Gerência de Manutenção estão �100 TR (tone-
ladas de refrigeração), ��0 fan-coils e �� km de
dutos para climatizar adequadamente todas as
dependências do condomínio; 13 subestações
que gerenciam 23 mil KVA de energia elétrica; a
distribuição de �1�0 m3 de água em �� reserva-
tórios; além da rede de gás natural; sistemas de
segurança, elevadores e escadas rolantes, para
citar alguns exemplos.
As inovações implantadas no Centro Em-
presarial foram destaque da seção Eficiência
Energética, da Revista Construção Mercado
– Editora PINI, publicada na edição no 9�, de
junho de 2009.
Centro Empresarial de São Paulo avança noprograma de modernização
programação do sistema de ar condicionado seja
feita numa tela de computador. Assim, os ajus-
tes de temperatura são imediatos e eliminam o
serviço manual, proporcionando otimização de
tempo e custo, em função da gestão integrada
das unidades instaladas, e também melhor efici-
ência energética.
“O sistema Metasys de gerenciadoras NAE
e controladoras de fan-coil regulam com maior
eficiência a temperatura nos ambientes de tra-
balho de escritórios, possibilitando maior confor-
to térmico para as pessoas e melhor gestão da
produção de frio pela central de água gelada.
Em outras palavras, o Centro Empresarial de São
Paulo elimina gastos desnecessários com energia
e aumenta a satisfação de seus usuários”, explica
Emílio Miranda, gerente de Contas da Divisão de
Sistemas da Johnson Controls.
Nos últimos anos, o Centro Empresarial de
São Paulo contratou a YK/Johnson Controls para
uma reforma em sua central de água gelada. Fo-
ram instalados três Chillers YK, marca YORK, fa-
bricados pela Johnson Controls, que operam com
gás refrigerante ecológico e geram 3100 TRs de
Se você gosta de trabalhar com pessoas e é apaixonado
por livros e pelo conhecimento, então entre para o Programa
Um Milhão de Rodas e divirta-se!
A Fundação Dixtal seleciona e prepara pessoas apaixona-
das e conscientes para atuar como mediadores de leitura.
O Programa tem como objetivo geral fortalecer a formação
do sujeito colaborativo e promover o encantamento pela leitura,
pelo livro e pelo conhecimento.
As Rodas acontecem em escolas, bibliotecas, organizações não-
Fundação Dixtal abre inscrições para trabalho voluntário no programa Um Milhão de Rodas
governamentais e bairros próximos ao Jardim São Luis, com crianças,
jovens e adultos.
No primeiro semestre de 2009, mais de �00 pessoas, entre
participantes das Rodas, parceiros e voluntários, estão pratican-
do o exercício de relacionar-se sob uma nova perspectiva de
trabalho colaborativo no processo de mudança e melhoria na
educação.
Mais informações: www.fundacaodixtal.org.br ou volunta-
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A partir do próximo ano serão implantados
controles de acesso exclusivos em cada um dos
blocos do Centro Empresarial de São Paulo. Para
que isso aconteça, serão construídos seis anexos
que funcionarão como uma interligação entre o
Piso Panamby e o nível dos jardins. Esses anexos
ocuparão o espaço onde hoje estão os shafts de
iluminação, que perpassam os dois pavimentos
e os andares das garagens. Uma parte desses
vãos, que abrigam jardins, vai ser ocupada pelas
novas instalações. O plano de obras prevê, ainda,
o transplante da vegetação exótica que deve ser
transferida com todos os cuidados para os jardins
externos.
Segundo o gerente de Manutenção, Opera-
ção de Utilidades e Obras do Centro Empresarial
de São Paulo, Marcos Maran, os anexos sairão do
Piso Panamby, passarão por todas as garagens
e chegarão até o nível dos jardins, onde serão
implantadas as entradas sociais de cada um dos
blocos do condomínio. Os anexos terão um total
de 1� elevadores, dois em cada um deles e mais
dois exclusivos para o transporte de cargas entre
o Piso Panamby e Piso Shopping.
Com as mudanças, o acesso das pessoas aos
blocos será controlado a partir de cada uma das
torres. Os anexos facilitarão o controle do fluxo de
pessoas e de visitantes aos escritórios. Serão instala-
das catracas e um sistema de CFTV com identificação
de perfil. O circuito fechado de TV também será am-
pliado para abranger todos os anexos. Já o acesso
ao Piso Shopping a partir das entradas e dos jardins
continuará a ser livre para todos os visitantes.
As obras para a implantação do sistema de
acesso começam no início de julho e a previsão
é de que os primeiros blocos comecem a operar
com os anexos a partir de janeiro. Os controles
de acesso serão implantados de forma gradativa,
até que a totalidade da obra seja concluída, em
junho de 2010.
Remodelação doscontroles de acesso
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SUMÁRIO
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Panamby Empreendimentos e Participações Ltda.
PRESIDENTE: Orestes Quércia DIREÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Alvino José de Oliveira e Sidnei Bertazzoli CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS: JU-
NHO-JULHO-AGOSTO/2009 EDIÇÃO, PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Diferencial Assessoria & Comunicação JORNALISTA RESPONSÁVEL: Lucimar
Franceschini (MTb. 889/�/13� DF) EDITOR CHEFE: Silvano Tarantelli (MTb 1�.�92) REDAÇÃO: Fernando Caldas COLABORADORES: Rita Gallo, Davi
Brandão e Roberto Shinyashiki COMERCIALIZAÇÃO: Mart Bureau e Editora Tel.: 381�-���� ramal: 2� FOTOS: Paulo Bareta e Márcia D’Ambrósio
IMPRESSÃO: GT Editora e Gráfica Ltda. CONDOMÍNIO CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO: Av. Maria Coelho Aguiar, 21� Bloco B ASSESSORIA
DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Patrícia De La Sala Tel.: (11) 3��1-��8� /Fax: (11) 3��1-�1�2. CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS é uma publicação do
Centro Empresarial de São Paulo, com distribuição gratuita interna e via postal para executivos, clientes, fornecedores e formadores de opi-
nião. Todos os textos são de responsabilidade do Centro Empresarial, sendo que os assinados são de responsabilidade de seus autores, não
refletindo necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução completa ou parcial do conteúdo desta publicação sem autorização
prévia. Envie sua opinião, crítica ou sugestão para a redação: [email protected]
EXPEDIENTE
0�
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1� 1�
2�18
O3 EDITORIAL | 21 QUALIDADE DE VIDA | 2� TURISMO | 30 CULTURA
� | | JUN/JUL/AGO – 2009 JUN/JUL/AGO – 2009 | | � � | | JUN/JUL/AGO – 2009 JUN/JUL/AGO – 2009 | | �
“O aquecimento global é uma realidade que
trará para o nosso planeta, a médio prazo, um custo
econômico enorme e um custo social maior ainda”,
afirma o professor em geociências e glaciologista do
Instituto de Geociências da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS), Jefferson Simões.
Por efeitos naturais e ação do homem sobre a natureza, o aumento de temperatura da Terra é uma realidade que merece atenção especial dos governantes e de toda a sociedadePor Rita Gallo
Aquecimento global, uma ameaça real
A grande mudança que tem preocupado
Jefferson Simões e cientistas do mundo todo
é o aumento de �0 C na temperatura dos ocea-
nos, que vem acelerando os ciclos de desapare-
cimento da calota glacial na parte ocidental da
Antártida, voltada para a América do Sul. Para
Simões, há evidências de que a Antártida Oci-
dental pode sofrer colapsos, o que contribuirá
para a elevação do nível do mar.
“Mesmo não sendo uma notícia particular-
mente nova, há um alerta para a necessidade
de uma administração do aquecimento global”,
afirma o professor. Segundo ele, é fundamental
que o assunto seja tratado por todo o planeta
e não apenas por alguns países isoladamente.
Simões explica que o governo Barack Obama já
demonstra uma atitude positiva em relação ao
assunto, após 13 anos de descaso com o tema.
“Durante o governo George Bush havia um in-
centivo ao descrédito do aquecimento global,
capitaneado por políticos ultraconservadores e
subsidiados por companhias de petróleo e taba-
gistas”, diz Simões.
Para o professor da UFRS, o aquecimento glo-
bal deveria estar no planejamento de estado de
cada nação, pois com a elevação do nível do mar e
o desaparecimento de faixas costeiras, haverá imi-
gração e um custo portuário altíssimo. “O homem
é adaptativo e não é necessário alarmismo, mas
é fundamental que o aquecimento global esteja
em todos os planejamentos dos estados”, enfatiza
Simões.
Profundo conhecedor do tema, o professor
é coordenador do Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia da Criosfera, com sede no Instituto de
Geociências da UFRS, que integra sete laborató-
rios nacionais para implementar o programa na-
cional de pesquisa da criosfera (a massa de neve
e gelo da Terra). O programa inclui a montagem
na UFRS do laboratório brasileiro para análise e
interpretação de testemunhos de sondagem de
gelo e do centro nacional de monitoramento da
criosfera (principalmente para avaliar o impacto do
derretimento de parte do gelo para o nível médio
dos mares).
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A terra viveu momentos parecidos em um
período entre 3 milhões e � milhões de anos
atrás. Quando a temperatura na Antártida
esteve mais alta, ocorreu o colapso do man-
to de gelo, que pode voltar a acontecer se o
cenário de aquecimento global persistir. Mas
para especialistas do setor é remota a possibi-
lidade de um colapso catastrófico ocorrer em
uma escala ainda mais curta, nos próximos
séculos.
Uma pesquisa realizada pela Universida-
de de Wellington, na Nova Zelândia, baseada
na análise dos sedimentos da terra, indica
que nos últimos cinco milhões de anos as flu-
tuações de gelo nessa região do continente
gelado tiveram um ciclo de �0 mil anos. “Esse
ciclo está ligado a variações da inclinação da
Terra” em relação ao Sol, afirma um estudo.
A pesquisa mostra ainda que na ausência do
homem, esses ciclos continuariam no mesmo
ritmo no futuro, em escalas de várias dezenas
de milhares de anos.
Antes de se tornarem icebergs, as gelei-
ras da calota polar antártica seguem para
o oceano, e sua extremidade se transforma
em plataformas ligadas ao continente. Caso
as extremidades desapareçam, em função
do aumento da temperatura do oceano cau-
sada pelo aquecimento global, haverá uma
aceleração do derretimento das geleiras, que
se tornariam mais finas, terminando por se
dissolver por completo.
Nada diferente no ÁrticoEstudo feito a partir de novos dados obtidos
pelo satélite Acqua, da Nasa – agência espa-
cial norte-americana –, mostra que continua o
processo de diminuição do gelo marinho no Ár-
tico, que já dura uma década. O manto de gelo
também está cada vez mais fino. “Essa é uma
realidade que já conhecemos”, afirma o profes-
sor da UFRS.
O gelo marinho no Ártico funciona como
se fosse uma espécie de ar condicionado para
o sistema climático global. O gelo naturalmen-
te esfria as massas de ar e água, tem papel
fundamental na circulação oceânica e reflete a
radiação solar de volta ao espaço.
Pesquisadores que monitoram a calota gla-
cial ártica a partir do espaço afirmam que no
último inverno (no hemisfério Norte) o gelo no
círculo polar apresentou a quinta menor exten-
são desde que esse tipo de registro começou a
ser feito, em 19�9.
Os seis menores níveis ocorreram justamen-
te nos últimos seis anos, de 200� a 2009. A
velocidade com que o gelo marinho no extremo
norte do planeta está encolhendo tem surpre-
endido os cientistas.
Até recentemente, a maior parte do gelo
marinho no Ártico costumava permanecer por
no mínimo um verão e, muitas vezes, durante
vários. Mas tal cenário tem mudado dramatica-
mente, segundo Charles Flowler, da Universida-
de do Colorado, que coordenou o novo estudo.
Hoje, o gelo sazonal fino – que derrete e re-
congela a cada ano – responde por cerca de �0%
da cobertura no Ártico no inverno. Até a década
de 1990, o total desse tipo de gelo chegava no
máximo a �0%.
Segundo os cientistas, o gelo mais espesso, ca-
paz de resistir por dois ou mais anos, agora equivale
a apenas 10% da cobertura ártica no inverno. Até a
década de 1990, variava entre 30% e �0%.
Segundo a Agência Fapesp, o estudo destaca
que a extensão máxima do gelo marinho na região
no período 2008-2009, atingida em 28 de fevereiro,
chegou a 1� milhões de quilômetros quadrados. O
total corresponde a �20 mil quilômetros quadrados
a menos do que a média entre 19�9 e 2000.
“A extensão do gelo é uma medida im-
portante da saúde do Ártico, mas ela nos dá
apenas uma visão bidimensional da cobertu-
ra do gelo. Espessura também é importante,
especialmente no inverno, porque se trata do
melhor indicador geral da calota. À medida que
a camada de gelo no Ártico fica mais fina, ela
se torna mais vulnerável ao aquecimento que
ocorre no verão”, explicou Walter Meier, um dos
pesquisadores do grupo de Flowler.
Segundo os cientistas, conforme o gelo mais
espesso desaparece, ele é substituído por uma ca-
mada mais nova. Essa cobertura é também mais
fina e mais suscetível ao derretimento no verão. O
gelo sazonal tem em média 1,8 metro, enquanto
que a capa mais espessa – capaz de sobreviver a
mais de um verão – tem cerca de 2,� metros.
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A Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP)
conseguiu reunir em um mesmo evento oito gover-
nadores do Estado, além do atual, governador José
Serra. A façanha aconteceu no seminário “A Pujan-
ça de São Paulo – A Transição do Século XX para o
Século XXI”, com mediação do embaixador Rubens
Ricupero. Trata-se de um registro da história recen-
te de São Paulo, por quem esteve no poder do
Estado em mais de quatro das últimas décadas. O
quadro estaria completo, não fossem as ausências
de André Franco Montoro e de Mario Covas, já fale-
cidos, dois dos mais destacados políticos brasileiros,
que governaram o Estado de 1983 a 198� e de 199�
a 2001. A seguir alguns dos principais trechos dos
depoimentos dos governadores.
Laudo Natel (19�� - 19��/ 19�1 - 19��): “(...) En-
tão veio o convite para ser vice-governador. Aliás,
naquele tempo, o vice-governador era atrelado ao
governador para efeito de voto.
(...) Mas em um universo de três milhões de
eleitores, que era na época o eleitorado do Es-
tado de São Paulo, acabei tendo 1,2 milhão de
votos e fui eleito.
Os governadores e a história de São Paulo
Na viagem (durante a campanha eleitoral),
notei que tinha um forte respaldo para disputar o
governo do Estado, mas aí aconteceu uma coisa
inesperada: o governador Adhemar de Barros, que
fora um dos lideres civis que apoiou a Revolução de
19��, foi cassado, e tive de assumir o governo.
Certo dia, recebi um telefonema do presidente
Castelo Branco. (...) ‘Preciso que o senhor assuma o
governo de São Paulo, pois não quero fazer uma
intervenção no Estado. ’
Pego de surpresa, tive que compor uma equi-
pe para me ajudar a governar no pouco tempo em
que atuei, para dar sequência à administração e
terminar o governo de meu antecessor. A eleição
não era mais direta, passou a ser indireta. Muita
coisa mudou e o meu cacife político poderia valer
ou não para o futuro.
Parece que valeu! Um dia, recebi, outra vez, um
telefonema do presidente. Já não era o Castelo Bran-
co, mas Emílio Garrastazu Médici, informando-me que
eu havia sido escolhido pelo partido para ser o candi-
dato na eleição indireta ao governo do Estado, e ele
ainda teve a gentileza de dizer: ‘Olha, não agradeça
essa escolha porque nós chegamos ao seu nome. ’
E assim, pela segunda vez, assumi o governo
de São Paulo. (...) Entre a eleição e a posse (...) pude
me concentrar nas ideias, naquilo que poderia fazer
como governador; pude analisar com quem pode-
ria contar para me auxiliar a executar um plano
de realizações poucas vezes registrado na história
administrativa de São Paulo.
Laudo Natel
Seminário faz um registro da história recente de São Paulo por quem esteve no poder do Estado nas últimas quatro décadas
Cláudio Lembo, Rubens Ricupero, Orestes Quércia, José Serra, Paulo Egydio Martins e José Maria Marin
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Paulo Maluf (19�9-1982): “(...) Da minha par-
te, eu tenho orgulho do que fiz como governador,
mas não quero estender o meu discurso, fazendo
um rosário das minhas obras; porém, já que esta-
mos aqui do lado... Eu me lembro que, quando cho-
via no bairro do Pacaembu, a avenida Pacaembu
transformava-se num rio. Quando fiz os piscinões,
disseram-me: ‘isso não vai funcionar’, mas hoje, gra-
ças a Deus, é o modelo mais eficaz de combate às
enchentes.
Quando executamos as obras viárias, de segu-
rança pública, de educação, de saúde pública etc.,
eu tinha muito orgulho de que aqui na cidade de
São Paulo não se andava um quilômetro sem uma
obra para a qual eu não tenha colaborado.
Quando colocamos o termômetro debaixo do
braço, vemos se estamos ou não com febre atra-
vés de uma medida. A minha medida, da qual te-
nho muito orgulho, é que, na última eleição para
deputado federal, eu não fui só votado nos ���
municípios, fui votado em todas as �� mil urnas
do Estado de São Paulo! Não teve uma urna na
qual alguém não se lembrou que o Paulo Maluf
esteve na sua cidade, fez uma escola, fez o posto
de saúde, asfaltou a rua, providenciou iluminação
pública, acabou com a enchente, botou a ROTA
(Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) na rua para
que os munícipes pudessem andar com tranquili-
dade onde quisessem.
Luiz Antonio Fleury Filho - (1991 -
199�): “Assumi numa época terrível, quando o Brasil
estava sob o impacto do Plano Collor II, que trouxe
uma inflação de �0% ao mês, além da recessão.
No período do meu mandato, além da insta-
bilidade econômica e de uma instabilidade política,
tive de conviver com três moedas diferentes, dois
planos econômicos, oito ministros da Fazenda, cin-
co presidentes do Banco Central e dois presidentes
da República.
Quando o cidadão perde o emprego, qual é
a primeira coisa que ele perde? O plano de saúde.
Em seguida, ele tira a criança da escola particular e
a matricula na escola pública. Só para terem uma
ideia, em 1992 nós tivemos 3�% de aumento na de-
manda de matrículas nas escolas públicas de São
Paulo. Não foi nada fácil governar numa situação
dessas e sem recursos.
O que nós fizemos? Convocamos a iniciativa
privada para participar desse esforço e iniciamos o
Fórum Paulista de Desenvolvimento, do qual nas-
ceram mais de 200 mil empregos, entre os quais
o acordo da indústria automobilística de 1992, que
reduziu o valor dos impostos, fez crescer a venda de
veículos novamente e, com isso, a roda da econo-
mia passou a girar de uma forma mais adequada.
No meu governo, ocorreu o impeachment de
um presidente da República, mas tudo isso aconte-
ceu sem nenhuma perturbação da ordem, sem ne-
nhum movimento que pudesse justificar qualquer
tipo de intervenção, por exemplo, a militar.
Geraldo Alckmin (2001- 200�) “O meu go-
verno foi no Plano Real, ou seja, com moeda está-
vel. O Estado de São Paulo construiu toda a sua
economia fundamentada na indústria do café. A
própria FAAP é um exemplo disso, pois o seu fun-
dador foi um homem importante, um destacado
player na cadeia produtiva do café.
(...) A minha geração não sabia o que era uma
moeda estável, tivemos uma inflação de 2.000%
ao ano. Mas o Brasil fez, no final das contas, um
grande esforço na questão do ajuste das contas pú-
blicas, o qual acabou originando uma lei federal de
grande significado que é a Lei de Responsabilidade
Fiscal, o que foi um grande salto de qualidade na
gestão pública brasileira.
(...) o nosso Estado se destacou nas concessões
para a iniciativa privada. Eu dou um exemplo: a rodo-
via Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba,
começou a ser duplicada quando eu era deputado
federal, no último governo militar, ou seja, as obras
começaram no governo Figueiredo. Passaram-se
sete governos federais e não se conseguiu duplicar
a rodovia Régis Bittencourt, que de tantos acidentes
ficou conhecida também como a ‘rodovia da morte’.
Luiz Antonio Fleury Filho
Paulo Maluf
Geraldo Alckmin
Paulo Egydio Martins
José Maria Marin
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Com o auxílio da iniciativa privada, consegui-
mos a duplicação da Imigrantes em 32 meses, e
a concessionária conquistou, inclusive, a certificação
ISO 1�.001 (ambiental) pelos cuidados com a Mata
Atlântica. A primeira pista da Imigrantes foi inaugu-
rada por Laudo Natel e eu o convidei para a cerimô-
nia de entrega da nova pista.
Acredito que, entre as obras mais importantes
que foram executadas no meu governo, devo des-
tacar duas. A primeira é a desativação da penitenci-
ária do Carandiru, que virou o Parque da Juventude,
e por São Paulo ter construído as penitenciárias de
segurança máxima que o Brasil não tinha.
A outra obra é a do rio Tietê (aprofundamento
da sua calha), que eu diria histórica, porque pratica-
mente nunca mais nós tivemos enchentes provoca-
das por esse rio, que passa na cidade de São Paulo
e que nasceu entre os rios Tietê e Tamanduateí. Foi
uma obra estruturante de grande significado.”
Paulo Egydio Martins (19�� - 19�9): “(...)
No meu governo, vivi grandes crises também, uma
delas foi a da saúde. Precisei enfrentar duas epide-
mias gravíssimas de meningite. Pois bem, vacina-
mos 2� milhões de pessoas, sendo que 23 milhões
viviam aqui no Estado de São Paulo e dois milhões
eram habitantes do Paraná, Mato Grosso e Minas
Gerais, que moravam bem próximos da fronteira
de São Paulo.
Outra crise estava também ligada com a saú-
de, devido à situação catastrófica em que se encon-
trava São Paulo, no tocante ao saneamento básico.
Peguei a Grande São Paulo com �2% das casas
com água potável e deixei com 93%.
Tínhamos em São Paulo um índice de morta-
lidade infantil superior ao de Recife (Pernambuco).
Isso ocorria por razões extremamente simples: o
nosso solo em São Paulo é altamente permeável,
temos três bacias, as dos rios Pinheiros, Tietê e Ta-
manduateí; nosso lençol freático tem oito metros
de profundidade e não tínhamos esgoto, o que
contaminava integralmente o lençol freático. Dáva-
mos águas de poço, que estava contaminada, para
as crianças, e era inevitável que elas morressem.
Muitos me aconselharam a não gastar dinheiro
‘enterrando canos’. Todo mundo acha que a maior
obra que eu fiz foi a rodovia dos Bandeirantes. A
Bandeirantes é um piolhozinho. A minha maior obra
foi a de saneamento básico. Incrível, mas boa parte
dos governantes é ainda contra obra enterrada, pois
acredita que os eleitores se esquecem dela. Mas,
tendo em vista o índice de mortalidade de São Pau-
lo, preferi enterrar canos a enterrar crianças.”
José Maria Marin (1982-1983): ”(...) Nos dez
meses de meu governo, a grande preocupação foi
a segurança do cidadão e da sua família. Assim,
criamos novas vagas para delegado de classe es-
pecial na Polícia Civil. Melhoramos os salários dos
integrantes da Polícia Militar. Além disso, fizemos
questão absoluta de dar o suporte possível à ma-
gistratura e ao nosso Ministério Público. Na Polícia
Civil, todos os concursados que não tinham sido
nomeados foram regularizados, o que beneficiou,
na ocasião, 2.�3� funcionários.
Quero dizer algumas palavras especificamente
aos estudantes da FAAP que estão nos ouvindo.
Falou-se muito em crise em diversas exposições,
e realmente estamos em crise. Eu sempre estive
no meio da luta, enfrentando as dificuldades com
muita fé, com muita confiança em mim, com muito
espírito cristão e, principalmente, vendo o exemplo
em minha casa, pois o meu pai foi um imigrante
espanhol e um lutador de boxe. Com ele aprendi
que poderia superar todos os desafios, tendo fé e
perseverança e acreditando em Deus.
Por isso, meus caros estudantes, apesar de
estarmos em crise, enquanto São Paulo continuar
tendo esse povo generoso, estendendo os braços e
as mãos, não só aos nossos irmãos de outros Esta-
dos, mas também para os imigrantes de todos os
países – para espanhóis, árabes, judeus, japoneses
etc. e para os descendentes de todos eles – que
vierem aqui para nos ajudar a criar essa grandeza
do nosso Estado, estaremos aptos a superar qual-
quer desafio, por mais complicado que ele seja.”
Orestes Quércia (198� - 1991): “(...) Meu
primeiro ato como governador, minha primeira as-
sinatura, foi criar a Secretaria do Menor. E escolhi
para dirigi-la Alda Marco Antonio, hoje vice-prefeita
de São Paulo. Ela fez um trabalho notável, que
deu a São Paulo um prêmio da Organização das
Nações Unidas (ONU). Na sua gestão, criamos o
SOS Criança – existente até hoje –, os Circos-Escola,
as Casas Renascer (para crianças viciadas) e o Clu-
be da Turma, entre outros. Fizemos um trabalho
maravilhoso e encaminhamos mais de 200 mil
crianças.
Outra questão dramática da época era a se-
gurança. Fizemos um trabalho imenso: compramos
seis mil novos carros para a polícia, instalamos �2
novos distritos policiais, criamos rádio-patrulhamen-
to padrão e construímos 22 presídios e 3� dele-
gacias da mulher. Quando assumi o governo, o
Datafolha dizia que o grande problema em São
Paulo era a questão da segurança, com �3% das
respostas, e no final do meu governo era a quarta
preocupação, com 8%. Todos os sequestradores,
sem exceção, foram presos durante os quatro anos
do meu governo.
No tocante ao transporte, construímos a li-
nha Leste-Oeste do metrô, até Itaquera, e a linha
Paulista. Ao todo, durante a minha gestão, foram
construídos 2� km de metrô e 9 km deixados em
construção. Fizemos a duplicação das principais ro-
dovias de São Paulo (a Pedro I, a Washington Luis,
a Anhanguera, a Manuel da Nóbrega etc.), num
total de 1.200 km. Além disso, foram construídos 8
mil Km de estradas vicinais. Todos os municípios do
Estado tiveram vicinais construídas.
Na questão da saúde, aumentamos de �% do
orçamento para 12% os gastos nesse setor. Naque-
la época, houve a questão da AIDS, e foi feito um
trabalho importante com a criação de cinco hemo-
centros regionais, com os quais praticamente se
resolveu a questão da transfusão de sangue, algo
dramático em todo o País.
Na habitação, criamos a Companhia de De-
senvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), e é
12 | | JUN/JUL/AGO – 2009 JUN/JUL/AGO – 2009 | | PB
o único governo que tem um trabalho de casas
populares. O meu amigo Mario Amato, que era pre-
sidente da Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp), uma vez me disse: ‘Quércia, por
que você não destina 1% do ICMS (Imposto sobre Cir-
culação de Mercadorias e Serviços) para construção
de casas populares?’ Gostei da sugestão e fiz uma
lei estabelecendo isso. Durante o meu governo fo-
ram construídas 1�0 mil casas.”
Cláudio Salvador Lembo (200�): “Fui
governador de São Paulo por um período muito
curto – nove meses –, mas mesmo assim pude
apresentar e tive a possibilidade rara de ter uma
visão de toda a complexidade que é administrar o
Estado e, em particular, a Grande São Paulo.
Apenas quando fui galgado ao posto de go-
vernador é que percebi plenamente que São Paulo
tem seríssimos problemas de grandeza e de muita
pobreza, e esse é o desafio que nós teremos que
enfrentar daqui para frente. Tive também oportu-
nidade de viver um dos momentos mais comple-
xos da história administrativa do Estado, e prova-
velmente do Brasil, que foi aquele em que o crime
organizado resolveu enfrentar o Estado de Direito.
Foi um grande equívoco do crime organizado.
Naquele episódio do PCC (Primeiro Comando
da Capital), os meios de comunicação, incluindo-se a
televisão, perderam o equilíbrio, dando informações
deformadas e inverídicas. Aliás, uma das informa-
ções deformadas foi em relação aos presídios e aos
‘possíveis mortos’. O que de fato aconteceu é que
18 de nossos presídios foram totalmente destruídos
pelos internos, mas com o auxílio da Polícia Militar
foi possível preservar a disciplina e não houve uma
morte sequer.
A minha grande obra foi, sem dúvida, o Rodo-
anel. Disseram alguns: ‘Ele é louco!’ Mas o Rodoanel
está aí, o Mario Covas começou a sua construção,
o Geraldo Alckmin continuou. O Rodoanel tinha
uma questão que particularmente os bacharéis de
Direito precisam estudar cada vez mais, que é o
Direito Ambiental, cada dia mais difícil e mais com-
plexo. Ele tinha um nó infernal, que era a licença
ambiental. Mas, ‘conversando’ tensamente com os
desembargadores federais, chegamos finalmente
a um termo de ajustamento e o Rodoanel pôde
ser construído. Depois, evidentemente, de termos
acertado tudo com os índios do Alto da Serra, que
receberam até uma poupança.”
José Serra (2008); “(...) Aqui no nosso Estado, a
primeira providência que tomei foi cuidar das condi-
ções macroeconômicas da administração pública.
E isso é fundamental, não se pode governar
com déficit. Portanto, nós planejamos muito bem
toda a nossa ação nessa área, seja na administra-
ção das despesas, seja no que se refere à receita,
seja na obtenção de recursos extraordinários para
elevar a capacidade de investirmos.
(...) Um exemplo foi a criação da nota fiscal
paulista, com a qual se visa, no fundo, à moder-
nização do pagamento dos impostos no varejo,
sendo que os consumidores têm direito à devo-
lução de 30% de imposto ao valor adicionado do
varejo. Isso melhorou muito a arrecadação e, ao
mesmo tempo, diminuiu a carga tributária indivi-
dual, porque permitiu incorporar ao sistema tri-
butário milhões de transações que se faziam à
margem, ou seja, a sonegação.
Na Educação, a nossa ênfase agora é quali-
dade, porque a inclusão já aconteceu, está todo
mundo na escola, inclusive no ensino médio.
A escola, em geral, está com as instalações óti-
mas. Claro que o Estado é responsável por mais de
� mil escolas, e se em 1% delas houver problema,
os meios de comunicação já falam de precarieda-
de de toda a rede escolar, o que é uma inverdade.
Em geral, a rede escolar é boa. Há merenda, uni-
forme, material escolar, transporte etc. Só falta o
aluno aprender!
Na saúde, estamos dando uma grande ênfa-
se para a reabilitação física. São Paulo tem quatro
milhões de deficientes físicos, segundo dados do
IBGE. Criamos uma rede hospitalar que já tem três
hospitais sendo construídos e em breve serão seis
para cuidar de deficientes. Além disso, existe uma
secretaria específica para essa finalidade, e estamos
estimulando os municípios a terem pelo menos um
departamento para lidar com a questão das pesso-
as que têm deficiência física, para efeito de acessibili-
dade, tratamento, oportunidade de trabalho etc.
Na questão do meio ambiente, que veio para
ficar, os embates também são complexos, e é difícil
chegarmos a uma solução que agrade a todos.
Por exemplo, na área de plantio de cana-de-açúcar,
São Paulo tem � milhões de hectares com cana,
em 2� milhões de superfície de hectares, ou seja,
10% do nosso território tem queimada todos os
anos. Mudei a lei existente para antecipar o fim de
todas essas queimadas até 201�.”
Cláudio Lembo
José Serra
Orestes Quércia
PB | | JUN/JUL/AGO – 2009 JUN/JUL/AGO – 2009 | | 13
Suas atitudes determinam seu sucessoPOR ROBERTO SHINYASHIKI
“
”
Os bons profissionais são aqueles que mesmo diante da adversidade acredi-tam que podem se superar sempre, pois envolvem toda a empresa na
busca por resultados e pela superação.
Você sabe o que destrói suas chances de vitória? Pouca gente se dá
conta de que um profissional entra em crise em sua carreira quando, sim-
plesmente, ele se acomoda. A acomodação é a pior inimiga do bom profis-
sional. É preciso saber que o sucesso “engorda” o cérebro. A pessoa para de
pensar e relaxa, pois acha que já descobriu a fórmula da vitória. Por isso,
é muito raro ver pessoas que permanecem sempre evoluindo e arriscando.
Muita gente perde a maior parte de seu tempo alimentando o próprio ego,
sem conseguir olhar o que acontece à sua volta.
Essa atitude é crucial, porque insere o profissional numa “redoma de
vidro”, incapaz de conviver em grupo e culpando os outros por sua infelici-
dade. E quando a crise chega, o abalo é tão grande, que a simples tentati-
va de se reerguer transforma-se em um pesado fardo.
Os bons profissionais e equipes campeãs são aqueles que mesmo
diante da adversidade acreditam que podem se superar sempre e saem
das crises com maturidade, pois envolvem toda a empresa na busca por
resultados e pela superação.
Derrotas vão fazer parte, cada vez mais, da vida dos campeões. Só quem
não for para o campeonato mundial é que não vai perder nenhum jogo. Apren-
der com as derrotas é mais importante do que ganhar todas as partidas.
O campeão sabe que derrotas fazem parte da vida. Tem sabe-
doria para aprender com os erros. Sabe ser tão grande nas derrotas
quanto nas vitórias. Nossa tendência é pensar que o nosso proble-
ma é o maior do mundo. Certamente, é assim com todas as pessoas.
Mas as dificuldades não são baseadas no tamanho dos problemas,
e sim nas soluções criadas. Se sua vida não está do modo como
gostaria, dê um jeito de transformá-la. É o maior presente que pode
dar a si mesmo.
Não podemos simplesmente deixar a pressão destes tempos nos afun-
dar. Não podemos simplesmente deixar que as crises nos paralisem. O
mundo exige uma postura inédita, um modo original de olhar. Resultados
são sempre consequência de muita dedicação, boas estratégias e, princi-
palmente, prazer de viver.
Roberto Shinyashiki é psiquiatra, palestrante e autor de 14 títulos, entre
eles: Os Segredos dos Campeões, Tudo ou Nada, Heróis de Verdade, Amar
Pode Dar Certo, O Sucesso é Ser Feliz e A Carícia Essencial (www.clubedos-
campeoes.com.br)
14 | | JUN/JUL/AGO – 2009
As Bolsas de valores e de derivativos de todo
o mundo figuram com destaque no ranking das
principais vítimas da crise econômica global. A
turbulência foi tão impactante que a todo ins-
tante era comparada com a Grande Depressão,
que causou tantos estragos no mundo a par-
tir da quebra da Bolsa de Valores de Nova York
em 1929. No Brasil, a BM&FBovespa entrou em
queda livre com o agravamento da crise, em se-
tembro do ano passado, e seu principal índice (o
Ibovespa) despencou mais de 30 mil pontos.
Diante desse quadro, a direção da Bolsa bra-
sileira, que tinha acabado de se transformar em
uma empresa aberta, viveu um período inédito de
incerteza. “A crise mundial foi uma verdadeira pro-
va de fogo para os mercados da BM&FBovespa”,
recorda o diretor-presidente da Bolsa, Edemir Pinto,
que mal tinha assumido o cargo quando a tur-
bulência devastou a economia. Vindo da antiga
BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), ele se
tornou o principal executivo da nova Bolsa depois
da fusão com a Bovespa, e assumiu o posto no
momento mais difícil enfrentado pelo mercado fi-
nanceiro nas últimas décadas.
Diante de um quadro tão incerto, Edemir
pôde constatar na prática a importância dos me-
canismos de proteção que as Bolsas brasileiras
desenvolveram nos últimos anos. No começo do
segundo trimestre deste ano, ele já podia respi-
rar mais aliviado. “A alta volatilidade que surgiu
no meio do furacão da crise demonstrou a efici-
ência de nossos controles de gerenciamento de
risco e mecanismo de proteção de mercado”.
O jogo da bolsaA BM&FBovespa e a preparação para dar toda a segurança aos investidores
Por Rita Gallo
Edemir Pinto, diretor-presidente da BM&FBovespa
FINANÇAS |
JUN/JUL/AGO – 2009 | | 15
O presidente da BM&FBovespa recorda que
para criar esse “escudo” contra as turbulências,
que amortiza os impactos de situações de es-
tresse de mercado, a Bolsa brasileira investiu pe-
sado, tanto no desenvolvimento de seu pessoal
quanto em tecnologia. Ele destaca que a Bolsa
montou “um aparato tecnológico dos sistemas
de negociação, que representa o que há de mais
moderno no mundo”.
Como parte importante desse trabalho, a
BM&FBovespa fechou acordo com a norte-ameri-
cana CME, a maior bolsa de derivativos do mun-
do, formada pela união das líderes Chicago Mer-
cantile Exchange e Chicago Board of Trade, com
outras bolsas de destaque global. A aliança com
a CME ajudou a desenvolver a tecnologia, aliada
de primeira hora quando a crise eclodiu, além de
abrir a possibilidade de investidores brasileiros fa-
zerem aplicações diretamente no maior mercado
do planeta e vice-versa.
“É nesse ambiente que o investidor pode
planejar seu futuro aplicando, por exemplo, em
longo prazo, nos mercados de ações da Bolsa”,
afirma Edemir Pinto. “Ele tem essa importante
ferramenta e, ao mesmo tempo, contribui para
financiar as empresas e o desenvolvimento do
País.” As companhias de capital aberto têm no
mercado de ações uma fonte de recursos para
seus planos de investimento a longo prazo, a um
custo bem menor do que o dos empréstimos.
Outra alternativa oferecida pela BM&FBovespa,
lembra seu diretor-presidente, são os mercados
de derivativos. Muitas vezes apontados como
um dos responsáveis pelo agravamento da crise,
esses mercados podem ser de grande valia para
quem os acessa. Edemir Pinto considera que
essa alternativa permite fazer o seguro de preço,
também conhecido como hedge (proteção): “Por
meio desses instrumentos, empresários, agricul-
tores, exportadores e importadores se protegem
das variações de preço das moedas, commodities
agrícolas e de outros referenciais financeiros, ge-
renciando assim seus riscos para que possam ob-
ter resultados melhores”.
Para impulsionar ainda mais esses merca-
dos, ele lembra que a Bolsa lançou, no final de
abril, o programa BM&FBovespa Empresas, para
oferecer às companhias – inclusive as que ainda
não fazem parte do mercado – soluções para
seus negócios que vão além de mecanismos de
garantia, proteção e transparência. O programa
inclui desde a abertura de capital e emissão de
títulos de dívida privada até leilões, custódia e
gerenciamento de risco. “O objetivo é agregar efi-
ciência, transparência e segurança para os negó-
cios das empresas”, diz Edemir. Os produtos são
direcionados a empresas de vários portes (não se
limitam às grandes) e de todos os setores.
Ao buscar essas soluções no programa da
BM&FBovespa, a empresa poderá ter acesso aos
mercados de Bolsa, balcão, câmbio e títulos públi-
cos; aos procedimentos de listagem e segmentos
de governança corporativa; ao Ibovespa e outros
índices; a cursos, simuladores e publicações sobre
mercado de capitais e derivativos; a registros de
títulos e créditos imobiliários; à custódia de ativos
e títulos de renda fixa corporativa; a uma infraes-
trutura completa para realização de leilões, entre
outros produtos e serviços.
Edemir Pinto diz também que a Bolsa acaba
de lançar o Dia da Empresa na BM&FBovespa,
em que as companhias são convidadas a par-
ticipar da abertura simbólica do pregão, com o
toque da campainha. Na ocasião, também par-
ticipam de encontro com os principais executivos
da Bolsa e fazem uma visita especial à área de
trading.
Foto: Isabel Frontana
16 | | JUN/JUL/AGO – 2009 JUN/JUL/AGO – 2009 | | 17 16 | | JUN/JUL/AGO – 2009 JUN/JUL/AGO – 2009 | | 17
Por Fernando Caldas
O ano de 2009 está sendo marcado por uma
nova invasão francesa no Brasil. Desta vez, não
se trata de aventureiros aportando em terras bra-
sileiras, como aconteceu na era das grandes na-
vegações, mas de centenas de artistas, músicos,
pintores, intelectuais e executivos franceses que
aqui chegam para apresentar ao público brasileiro
a diversidade cultural do seu país.
Esse acontecimento inédito foi lançado oficial-
mente em dezembro de 2008 pelos presidentes
Luis Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkosy por oca-
sião da visita do chefe de Estado francês ao Brasil.
O Ano da França no Brasil, cujo logo oficial é “Fran-
ça.br 2009”, recebeu a inscrição de cerca de 800
projetos artísticos e culturais francobrasileiros. Estão
incluídos também eventos científicos, acadêmicos,
econômicos e esportivos, que reforçam a parceria
estratégica selada entre os dois países.
Mais de 80 cidades brasileiras estão en-
volvidas no projeto. A programação pródiga
e variada satisfaz todos os gostos. Nas artes
plásticas, estão programadas exposições de
Fernand Léger, Henri Matisse, e Marc Chagall.
A fotografia com obras de Robert Doisneau,
Sophie Calle e Pierre Verger. A música lírica
tem seu lugar com seis óperas no suntuoso
Teatro Amazonas, em Manaus. A dramaturgia
será representada pela peça de Bernard-Marie
koltès. A cinematografia com um festival de
cinema mudo. A moda com coleções de Chris-
tian Lacroix, Thierry Mugler e Yves Saint-Lau-
rent. Na área da literatura, além de lançamen-
tos de livros, está programada uma exposição
sobre língua francesa. Além disso, uma série
de colóquios e debates vão tratar de temas
como arquitetura, musica clássica, jazz, circo e
arte de rua (veja a programação completa no
site do Ministério da Cultura: anodafrancano-
brasil.cultura.gov.br).
No dia 7 de setembro, o presidente Nicolas
Sarkosy volta ao Brasil para assistir à Festa da
Independência do Brasil e no dia seguinte par-
ticipará das festividades programadas na cidade
São Luis, do Maranhão, única cidade brasileira
fundada por franceses, em 1612.
Ano econômicoPara além da programação cultural, o Ano da
França no Brasil volta-se também para o estreitamen-
to das relações econômicas entre os dois países. Ao
longo do ano estão previstas 30 ações para fomentar
negócios em dez grandes setores de interesse.
O Brasil um pouco mais francês
Em maio deste ano, quem desembarcou no
Brasil foi a ministra do Comércio Exterior, Anne-Ma-
rie Idrac, com a missão de dar efetividade ao Ano
Econômico da França no Brasil, promovido pela Ubi-
france (agência francesa para o desenvolvimento
internacional das empresas) e pela rede das Missões
Econômicas. A ministra veio acompanhada por
uma delegacão de representantes de empresas e
de bancos franceses para cumprir uma agenda de
encontros estratégicos com autoridades do governo
e lideranças do setor privado brasileiros.
Durante sua visita, Anne-Marie Idrac procurou
estreitar a parceria estratégica bilateral nos setores
de defesa, de energia nuclear civil e transportes
urbanos. Dois grandes projetos públicos têm o
interesse direto da comitiva francesa: a linha do
trem-bala entre São Paulo e o Rio de Janeiro e a
Ministra do Comércio Exterior da França, Anne-Marie Idrac, em visita a São Paulo
ESPECIAL |
16 | | JUN/JUL/AGO – 2009 JUN/JUL/AGO – 2009 | | 17 16 | | JUN/JUL/AGO – 2009 JUN/JUL/AGO – 2009 | | 17
compra de caças pela Força Aérea Brasileira.
Sobre a construção da nova linha ferroviária,
Idrac disse que há grande atenção sobre a licitação
que deve ocorrer no final do ano para a totalidade
do projeto. “Totalidade quer dizer infraestrutura, sis-
temas, materiais e equipamentos e a exploração
da mesma. Naturalmente, estamos neste momento
observando como os especialistas franceses estão
se articulando com figuras chaves do projeto e com
empresas brasileiras com competência nessa área de
trabalhos públicos para desenvolver o projeto.”
A França pretende demonstrar que é o pais com
mais tradição e eficiência no que diz respeito a alta
velocidade em trilhos. O custo da linha que ligará Rio,
São Paulo e Campinas é de R$ 15 bilhões. A previsão
é que ela entre em operação em 2014, com oito esta-
ções e um movimento de 31 milhões de passageiros.
A ministra do Comércio Exterior acrescentou
que, além desses projetos, a França procura am-
pliar sua presença econômica no Brasil nos seto-
res de bens de capital; infraestrutura, logística e
construção; bens de consumo; agroindustrial, se-
tor jurídico; tecnologia da informação; saúde, bio-
tecnologia e turismo; meio ambiente; construção
naval; e os setores de petróleo, gás e energia.
Idrac disse que existe uma parceria com o go-
verno brasileiro para a formação de um grupo de
trabalho voltado a estudos sobre administração de
governo, que envolvem taxas, impostos e outros as-
suntos técnicos relacionados ao comércio bilateral.
Uma outra grande expectativa do governo
francês é a de que o Brasil considere reabrir a sua
estratégia nuclear, de modo que esta venha a fa-
zer parte de uma estratégia de desenvolvimento
durável e sustentável. “Vamos organizar também
um colóquio sobre energias do futuro e biocarbu-
rantes, assunto que discutimos com o presidente
da Petrobras, empresa de grande importância no
mundo e que tem uma visão de longo prazo da
economia e da capacidade de investimento”, ava-
liou a ministra.
Afirmando a antiga tradição de relacionamento
entre os dois países, Anne-Marie Idrac destacou que
a estratégia de comércio exterior da França neste
momento é ampliar a participação nos mercados
dos países emergentes. “O Brasil está em primeiro
lugar no que diz respeito a operações de investi-
mentos. Colocamos uma energia muito forte aqui.
Temos empresas bem ancoradas e felizes de ope-
rarem no Brasil. Fiquei muito impressionada com o
vigor da economia brasileira.”
“A Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB-SP)
já atua há mais de cem anos no País. Hoje, temos
mais de 400 empresas francesas atuando no Brasil,
nos mais diversos setores da economia.
O Ano da França no Brasil chega para reforçar
essa parceria e estimular ainda mais o intercâmbio
comercial. As discussões geradas durante a vasta
programação de eventos vão gerar benefícios e pau-
tas de interesses recíprocos. As comemorações do
Ano do Brasil na França, em 2005, mostraram a dis-
posição de ambos em equilibrar economia e cultura
de forma inovadora e diversificada. Agora é a nossa
vez de retribuir essa ação e estreitar, ainda mais, os
laços francobrasileiros. Em tempos difíceis de crise eco-
nômica, nada melhor do que o desafio de propagar
a imagem de uma França inovadora e com expertise
em novas tecnologias, que muito tem a agregar ao
Brasil. E junto com isso, temos o prazer de viver um
pouco da cultura francesa em solo brasileiro.”
Louis Bazire, presidente da CCFB-SP
18 | | JUN/JUL/AGO – 2009 JUN/JUL/AGO – 2009 | | 19 18 | | JUN/JUL/AGO – 2009 JUN/JUL/AGO – 2009 | | 19
Por que o Sesc-SP é um dos anfitriões do
evento França.Br2009? Os eventos têm uma re-
lação direta com a participação dos franceses na
formação cultural do Estado de São Paulo?
O Sesc apoia este evento substancialmente
com o que sabe fazer: programação sociocultu-
ral de qualidade. Como fui convidado pelo então
ministro da Cultura Gilberto Gil a presidir o Ano
da França no Brasil no Comissariado Brasileiro, foi
inevitável envolver a instituição que dirijo há mais
de 20 anos. É uma prova também de que acredito
muito na possibilidade de fazer parcerias quando
as ideias são boas, como esta de trazer um pouco
da França atual ao Brasil por sete meses.
Relate um pouco do que já vem sendo apre-
sentado ao público paulista? Por exemplo, como
é a instalação ‘Le Chant des Sirènes”. Ela é dirigi-
da a que público e onde está instalada?
Le Chant dês Sirènes foi instalada na pra-
ça do Patriarca durante a Virada Cultural, mas
segue para algumas unidades do Sesc SP. Em
Santo André, no dia 7, e em Interlagos ela es-
teve nos dias 9 e 10 de maio. Ela é dirigida a
um público que se interessa por música experi-
mental, mas também aos interessados em um
espetáculo visual e auditivo muito diferente
do que se é acostumado a ver. E, por isso, é
surpreendente como proposta. Existe também
um trocadilho no nome, sirène e sereia são a
mesma palavra em francês (sirène), uma ironia
com o canto da sereia que, na mitologia grega,
era uma forma de ser levado a mergulhar no
mar iludido por um canto que, num primeiro
momento, parece bonito, mas cuja sedução
Inquietude além da imaginaçãoDanilo Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo e comissário brasileiro do Ano da França na Brasil, fala sobre a programação de eventos culturais que acontecem nas cidades paulistas
Danilo Miranda
18 | | JUN/JUL/AGO – 2009 JUN/JUL/AGO – 2009 | | 19 18 | | JUN/JUL/AGO – 2009 JUN/JUL/AGO – 2009 | | 19
tem uma finalidade perversa. Essa referência
mitológica pode ou não fazer parte do reper-
tório de quem escuta. Independentemente
disso, a apresentação já mostra que a música
é muito envolvente, ainda que produzida por
elementos que nos lembram mais os apitos de
fábrica. Não é uma forma de dizer que acabou
o expediente, nem um toque de recolher. Ao
contrário, é um aviso de que aquele som urba-
no pode ser incorporado a uma apresentação
artística numa reverência à cidade, aos espaços
urbanos. O grupo Mécaniques Vivantes tem
uma forma peculiar de lidar com aquele som
volumoso e ser, ao mesmo tempo, um grupo
intimista, que incita o pensamento a respeito
dos sons que escutamos pelas cidades, sejam
eles chamados de música ou não. Eles conta-
ram, inclusive, com a participação do trombo-
nista Bocato no domingo da Virada Cultural. E
Bocato improvisou livremente com as sirenes e
os dois músicos.
Quais outras manifestações culturais serão
apresentadas durante este ano nas unidades do
Sesc-SP? Quais unidades do Sesc-SP estão envol-
vidas na programação?
Todas as unidades do Sesc SP estão en-
volvidas no Ano da França. Algumas com uma
programação mais pontual, outras com o co-
tidiano praticamente voltado para a França,
como o Sesc Pompeia, que, este ano, tem três
exposições programadas em comemoração ao
Ano da França no Brasil: Luz e Sombra, da La
Vilette de Paris, a partir de 26 de agosto a 29
de novembro, Cartazes Contemporâneos de
Chaumont e Sophie Calle, uma das mais céle-
bres exposições da última Bienal de Veneza,
no Videobrasil, a partir de 10 de julho.
O Sesc Pinheiros terá a exposição de Hen-
ri-Cartier Bresson, um fotógrafo fundamental
na história da fotografia, fundador da Agência
Magnum e de uma grande obra do instantâneo,
com abertura prevista para o período de 18 de
setembro a 20 de dezembro, com curadoria de
Eder Chiodetto.
Serge Gainsbourg ganhará uma versão da
exposição mais comentada em 2008 em Paris,
de 4 de julho a 7 de setembro no Sesc Avenida
Paulista, o que dará oportunidade para muitos
brasileiros conhecerem quem foi o músico e le-
trista mais aclamado e contestador dos anos 60
e 70 na França.
Teremos um Seminário Internacional sobre o
Trabalho Social no SESC Vila Mariana de 24 a 26
de setembro. A companhia Transe Express nos
dias 18 e 19 de julho no Parque da Independên-
cia, com o espetáculo Os Reis Preguiçosos. De 10
e 13 de setembro, teremos Patrice Chéreau que
vem com duas peças, uma de Marguerite Duras,
com Dominique Blanc, no elenco “A Dor” e outra
de Dostoievski, “O grande inquisidor”.
Também está prevista a apresentação de
Isabelle Huppert, com a direção de Bob Wilson e
um espetáculo de Heiner Muller chamado Quar-
tett, em outubro/novembro. Encontros de mulhe-
res de Aubervilliers com comunidades de Santo
Amaro no Sesc Santo Amaro.
Seremos parceiros também do Festival Música
Nova, que trará o compositor Georges Aperghis,
um programa de Philippe Manoury e o grupo
Percussões de Strasbourg, em setembro/outubro.
Também teremos a Carolyn Carlson com um es-
petáculo que mistura dança e arte digital com
o grupo Electronic Shadow. Será também em
setembro. As irmãs Lovett, Anne e Maud, virão
em setembro para se apresentarem no Sesc Vila
Mariana, com um repertório de música erudita
para violino e piano.
Também teremos o grupo Plasticiens Volants
que faz um espetáculo que une o trabalho de te-
atro de rua com o grafitti da dupla Os Gêmeos,
previsto para 14 e 15 de novembro.
Enfim, é bom se lembrar que o Ano da Fran-
ça começou no dia 21 de abril e, desde então, o
Sesc já recebeu as companhias Tango Sumo, com
uma dança contemporânea muito interessante,
Les Souffleurs, com poesia ao pé do ouvido, Mé-
caniques Vivantes, com suas sirenes no interior
do estado, nos SESCs das cidades de Ribeirão,
Araraquara, Piracicaba, Campinas e São Carlos, a
Orquestra de Champs Elysées, no Sesc Itaquera, o
Colóquio sobre Tolerância e Paz, no Sesc Pinheiros,
a pianista Marilyn Frascone, no Sesc Vila Mariana.
Ou seja, a temporada cultural do Sesc SP está
presente do início ao fim do Ano da França.
O que significa para a população do estado
entrar em contato com os eventos do Sesc-SP
relacionados diretamente com a França?
Significa conhecer um pouco da França atual,
de uma França não clássica, mas diversa e con-
temporânea que dialoga com seus problemas e
suas virtudes. E, claro, além disso, desfrutar de
uma programação de qualidade a preços sociais
ou gratuitas em sua maioria.
Inquietude além da imaginação
20 | | JUN/JUL/AGO – 2009
O multiculturalismo é um traço fundamental
da França contemporânea. De que forma este as-
pecto contribui para a aproximação das culturas
francesa e brasileira?
O multiculturalismo dos dois países reforça a
troca de bens culturais entre nós e os franceses,
o que é admirável. O conceito do Ano é, junta-
mente com o critério de parceria entre franceses
e brasileiros, a forma de fazer um intercâmbio
de artistas e debates produtivos, vivos e pulsan-
tes, misturando os sons e os saberes. Foi de co-
mum acordo entre franceses e brasileiros que a
França que fosse mostrada não estivesse ligada
aos símbolos já conhecidos no Brasil, por mais
interessantes que eles sejam. O que queremos
mostrar é uma França aberta para o mundo, com
problema a ser solucionado e como exemplo a
ser imitado. Também apresentaremos a França
que se relaciona com a África e o Caribe, ex-co-
lônias, em tudo o que isso pode representar: a
influência destas culturas na cultura francesa, a
admiração pelas artes produzidas nas ex-colô-
nias e também as complicações da França por ter
sido um país colonizador por tanto tempo. É ne-
cessário que tenhamos a preocupação contínua
de democratizar a cultura e também de mostrar
que ela é uma forma de educação permanente
e informal. Nossos eventos culturais foram, so-
bretudo, pensados para estarem associados ao
lazer de qualidade e voltados para o bem-estar
social e para a formação da cidadania, para a
compreensão do mundo e do homem.
Além da programação cultural, o Ano da
França no Brasil pode ser visto como uma grande
oportunidade para o intercâmbio técnico-científi-
co e para o aprofundamento de relações comer-
ciais entre os dois países?
Sem dúvida. Temos mais de 150 colóquios,
seminários, debates e encontros acadêmicos, que
gerarão relacionamentos saudáveis entre univer-
sidades, docentes e alunos. O Brasil e a França
se respeitam muito e trocam pesquisas de vários
temas constantemente. É evidente que a França
exerce desde muito tempo um papel primordial
na educação brasileira. Muito do formato da nos-
sa grade escolar foi uma réplica do que era na
França. A vinda da família real para o Brasil e o
fascínio que a França clássica exercia sobre ela
influenciaram muito a maneira como nós vemos
a França, sempre um país elegante, com uma
formação intelectual consistente. A literatura clás-
sica francesa e a filosofia francesa são parte de
toda a nossa formação acadêmica durante todo
o século XX no Brasil. Este elã cultural nos trouxe
um vínculo enorme com a França, talvez só me-
nor que o que temos com Portugal. De Voltaire
a Foucault, passando por Auguste Comte – que a
propósito é mais conhecido aqui que lá –, de Bal-
zac a Le Clezio, passando por Proust e Rimbaud,
vários franceses encantaram o Brasil.
A USP foi fundada por franceses nos anos
30 do século passado e os estudos sociais bra-
sileiros devem muito aos franceses. Houve uma
renovação na maneira de analisar e criticar a
sociedade. Os professores Lévi-Strauss, Roger
Bastide e Fernand Braudel não eram famosos.
Ficaram depois de passarem pelo Brasil, depois
de fundarem a USP. Braudel, um dos historia-
dores mais importantes do século XX, diz que
se tornou inteligente no Brasil, mais especifica-
mente em São Paulo. Lévis-Strauss era filósofo,
mas sempre quis ser antropólogo. Então, um
dia, George Dumas o chamou para a missão
que fundaria a USP e o Brasil e seus índios
foram objeto de estudo do famoso livro Tristes
Trópicos. Darius Milhaud compôs obras que fi-
caram muito famosas no mundo todo quando
foi adido cultural no Rio, enquanto Paul Claudel
era embaixador da França no Brasil.
Nossa história é repleta de franceses im-
portantes. Há quem diga que o Rio de Janeiro,
antes de ser fundado por Estácio de Sá, já era
habitado por um francês, o navegador Nicolas
Villegaignon, que perdeu o Rio para os portu-
gueses que se aliaram aos Tupinambás.
Como uma das principais instituições promo-
toras da cultura no país, o Sesc de São Paulo tem
divulgado, especialmente, novos artistas e produ-
tos culturais. Essa tônica também está presente
na programação do Ano da França no Brasil?
Sim, a ideia é mesmo de tratar a França
como um país que não imaginamos, como é
o slogan da campanha “A França muito além
do que você imagina”. É mais uma busca de
uma França contemporânea e, por isso, foi pro-
posital a organização e curadoria da programa-
ção serem direcionadas para a França atual. A
França clássica parece muito distante de nós,
atualmente. O Sesc se preocupa em mostrar
que a cultura – como educação permanente e
informal – e o lazer de qualidade voltado para
o bem-estar social são motores da formação da
cidadania, da compreensão do mundo e do ho-
mem. A programação do Sesc é dinâmica por-
que é também inquieta ao desempenhar seu
papel de promover ações visionárias, que ante-
cipam muitas vezes o que o mercado cooptará
depois, na intenção de sempre valorizar o que
pode ser consumido culturalmente. Exemplos?
Bajofondo, que se apresenta em grandes salas
de shows em São Paulo hoje, se apresentou
primeiro no Sesc, Jorge Drexler também, entre
outros vários... E isso, para nós, é motivo de
muito orgulho. Não queremos que os artistas
fiquem se apresentando nos mesmos lugares,
queremos que eles ampliem suas plateias. Mas
é bom que se diga que também desejamos
que eles sejam acessíveis a todos os públicos.
Acredito que os frequentadores do Sesc saibam
desta prerrogativa do Sesc SP em trabalhar
com uma programação rica, diversificada, com a
facilitação do acesso direto e do entrelaçamen-
to da cultura na vida das pessoas. O Ano da
França também zela por estes princípios. Tem
muito da teoria que aplicamos ao Sesc perma-
nentemente no Ano da França no Brasil. E este
reflexo pode ser visto com mais ênfase, claro,
na programação do Ano da França no Sesc.
JUN/JUL/AGO – 2009 | | 21
Saúde em gotasPor Rita Gallo
Livre-se do estresseIntervalo saudável. Esse é um dos segredos
para que a rotina diária não se torne uma inesgo-
tável fonte de dores musculares nem motivo para
abusar de hábitos não muito saudáveis, como na
comida. Segundo o gerente técnico da Monday
Academia, Márcio Scomparin, uma rotina de tra-
balho estressante pode causar diversos transtornos
de saúde, tanto emocionais quanto comportamen-
tais aos funcionários e consequentes prejuízos às
empresas. O gerente acredita que a solução está
em fazer uma pausa nas atividades – o intervalo
saudável –, com atividades físicas e sociais, que são
um antídoto contra o estresse. “Exercitar o corpo e
a mente atua de forma terapêutica e preventiva
contra os males ocasionados pelo estresse do tra-
balho e ainda funciona como um instrumento de
motivação, o que reflete diretamente na produti-
vidade”, garante.
Márcio diz que a ansiedade, depressão, irrita-
ções, distúrbios e lesões musculares são algumas
das consequências de um cotidiano atribulado.
“Cuidar da saúde e do bem-estar dos colaborado-
res é investir nos lucros da empresa”, acredita.
Pesquisa realizada com 752 profissionais
pela International Stress Management Associa-
tion (ISMA), associação que estuda o estresse e
suas formas de prevenção, revela que 58% dos
profissionais atribuem o estresse ao trabalho.
O relato do estresse ocupacional vem acom-
panhado de sintomas físicos, como cansaço
crônico, insônia e distúrbios gastrointestinais,
além de dores musculares. Já os sintomas
emocionais são ansiedade, angústia, irritação
e raiva. Finalmente, a pesquisa revelou que os
principais sintomas comportamentais do es-
tresse são consumo excessivo de álcool, cigar-
ros e automedicação, além de agressividade,
distúrbios de apetite e mudanças na libido.
O gerente da Monday Academia lembra que
pessoas saudáveis são mais produtivas. “O bem-
estar é essencial para um bom desempenho
profissional”, avalia Márcio.
Márcio Scomparin, gerente técnico da Monday Academia,
localizada no Piso Panamby, do Centro
Empresarial de São Paulo
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Rota dos SPAs UrbanosSão Paulo está se especializando em criar
oásis em tratamentos de beleza e massagens
relaxantes. Denominados SPAs Urbanos, essas
ilhas de tranquilidade oferecem bem-estar e
o encontro da harmonia entre corpo e mente.
Instalados em hotéis ou em pontos centrais da
cidade, os SPAs Urbanos contam com aromate-
rapia facial, reflexologia e pedras quentes, entre
outros tratamentos. Selecionamos SPAs na re-
gião sul de São Paulo com o poder de proporcio-
nar momentos de rainha ou de rei, ao oferecer
tratamentos e terapias holísticas, estéticas e
clínicas. Confira!
The Sensory
Localizado no Hotel Hilton Morumbi, o The
Sensory oferece serviços em que predominam
os conceitos de saúde e qualidade de vida. O
gerente do SPA, Wilson Carvalho, conta que The
Sensory SPA pode ser frequentando por hóspe-
des e não-hóspedes, que têm direito a aprovei-
tar a piscina olímpica do hotel e de pacotes es-
peciais para empresas e datas especiais, como
o Dia da Noiva e o Dia dos Namorados, este
último focado em massagens. “Hoje, 80% dos
frequentadores do nosso SPA são hóspedes”, diz
Carvalho. Segundo ele, o pacote para empresas
tem desconto no preço do balcão.
O The Sensory oferece massagens relaxan-
tes e energizantes – como shiatsu e as aromá-
ticas, além dos mais diversos tratamentos de
beleza corporais e faciais. “Nosso público se divi-
de em 50% feminino e 50% masculino”, explica
o gerente do SPA. Existem pacotes individuais,
para casais e Day Use e Day SPA. O valor das
massagens varia de R$ 116 (relaxante com du-
ração de 30 minutos) a R$ 215 (aromática com
duração de 60 minutos). Para os tratamentos, os
valores vão de R$ 125 (hidratação facial simples)
a R$ 242 (envoltório corporal).
O The Sensory tem sido anualmente pre-
miado pelo Guia Quatro Rodas como o melhor
SPA de São Paulo. Segundo Carvalho, existe uma
preocupação constante em modernizar o espa-
ço e promover a atualização dos profissionais
que trabalham no local, todos com formação em
fisioterapia, educação física ou massoterapia.
Ao lado, o gerente do SPA The Sensory, Wilson Carvalho. Abaixo, tratamento com pedras quentes
SPA
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Para a gerente-assistente da academia do Hil-
ton, Priscila Menussi, o SPA está dentro do concei-
to de Live Well, no qual, por exemplo, o hóspede
estrangeiro pode amenizar a sensação de jet lag
(fadiga de viagem que traz consequências como
cansaço, entre outros problemas mais sérios). “Ofe-
recemos massagens para diminuir dores nas cos-
tas, por exemplo”, diz Priscila. Ela acrescenta ainda
que “o hotel oferece espaço para práticas físicas,
o que possibilita que o hóspede, e o não-hóspede
também, relaxe emocional e fisicamente”.
Endereço: Av. das Nações Unidas, 12.901.
Tel (11) 6845.0034
Amanary SPA
Instalado no Grand Hyatt São Paulo, em
uma área de 770m2 com entrada independen-
te do hotel, oito salas privativas de tratamento,
piscina aquecida e sauna seca, o Amanary SPA
oferece tratamentos faciais e corporais para o re-
laxamento e bem-estar do corpo e da mente. O
Amanary é aberto ao público em geral. Além dos
tratamentos e Day SPA, há também o Day Use.
Este serviço custa R$ 80 por pessoa e inclui o uso
das piscinas interna (aquecida) e externa, sauna
seca e fitness center.
Informações e agendamentos:
(11) 2838-3300 ou www.amanary.com.br.
Kyron SPA
A filosofia do SPA Kyron é promover o equilíbrio,
resgatando o bem-estar, a qualidade de vida e a
auto-estima através de tratamentos e terapias holís-
ticas, estéticas e clínicas. Segundo Andrea Bourroul,
do Kyron SPA, o foco do trabalho está no atendi-
mento personalizado e exclusivo e num ambiente
acolhedor. “Todos os meses, oferecemos algo dife-
renciado e especial”, afirma Andrea. Segundo ela, é
necessário agendar um horário para os tratamentos,
que têm preço médio de R$ 190,00. O SPA também
tem Dia da Noiva e Dia do Noivo.
Shopping Iguatemi, mezanino, loja Y 27,
Cidade Jardim, São Paulo, SP,
tel. (11) 3095-3000.
Site: www.kyron.com.br
Kyron SPA, no Shopping Center Iguatemi
Kyron SPA, no Shopping Center Iguatemi
Amanary SPA, no Grand Hyatt São Paulo
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Por Fernando CaldasFotos: Paulo Bareta
Desde o seu lançamento, em maio de 2007, o
Movimento Nossa São Paulo acumula uma impor-
tante folha de serviços prestados à cidade de São
Paulo. Foram várias ações e campanhas desenvol-
vidas ao longo desses dois anos: o Dia Mundial
Sem Carro; o Observatório Nossa São Paulo – ban-
co de dados virtual que disponibiliza um conjunto
de indicadores sociais, ambientais, econômicos,
políticos e culturais sobre a cidade de São Paulo e
cada uma de suas 31 subprefeituras; a divulgação
de estudo sobre o orçamento da capital paulista;
a mobilizacão para aprovação da emenda que in-
situiu na Lei Orgânica do Município o Programa
de Metas; a campanha pela redução da taxa de
enxofre no diesel vendido no país, entre outras.
O empresário Oded Grajew, um dos criadores
do movimento, explica que seu objetivo original foi
mobilizar empresas, sociedade e governo para a
elaboração de um conjunto de metas capazes de
reverter os graves problemas sociais da capital.
”O Movimento Nossa São Paulo nasceu da
constatação de várias pessoas e lideranças da
sociedade civil de que, para se caminhar para
uma sociedade justa e sustentável, seria absolu-
tamente fundamental o comprometimento tanto
da sociedade como dos sucessivos governos em
torno de uma agenda justa e sustentável. A cria-
ção desse movimento em São Paulo faz parte de
uma estratégia maior do que a cidade. Nossa ideia
aqui, como a maior cidade do pais, é dar a exem-
plaridade de que isso é possível e que o exemplo
possa contagiar o Brasil”, diz Grajew.
Utopia e ações concretas fundem-se no vo-
cabulário dos participantes do movimento, que
reúne cerca de 600 organizações da sociedade
civil. A reinvenção da cidade baseada em um
modelo de desenvolvimento sustentável alia
fantasia e espírito prático. Desde a realização do
primeiro fórum, em maio de 2007, milhares de
pessoas foram estimuladas a formular e apre-
sentar propostas para os principais desafios so-
ciais, econômicos, políticos, ambientais e urbanos
de São Paulo.
Naquela ocasião, diversos grupos de traba-
lho do Movimento sistematizaram cerca de 900
propostas para os bairros, as subprefeituras e a
cidade. As sugestões foram então encaminha-
das aos então candidatos a prefeito nas eleições
municipais de 2008, para que eles as conside-
rassem em seus programas de governo. Com o
objetivo de obter o comprometimento dos can-
didatos com a melhoria do serviço público e da
qualidade de vida na cidade, o Movimento Nossa
São Paulo promoveu antes das eleições uma sé-
rie de encontros com candidatos à Prefeitura e à
Câmara Municipal. Todos os candidatos e candi-
datas foram convidados para os eventos.
Movimento Nossa São Paulo completa dois anos com lançamento de novos indicadores de bem-estar
Utopia e acões concretasUtopia e acões concretas
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Programa de MetasTodavia, a principal conquista do movimento
foi a aprovação da Emenda no 30, em fevereiro
de 2008, pela Câmara dos Vereadores de São
Paulo. Por meio dela, os sucessivos prefeitos pas-
sam a ter o compromisso de apresentar, até 90
dias após o início dos respectivos mandatos, um
programa detalhado de governo com metas cla-
ras e prestação de contas semestral.
O Programa de Metas tem que ser separa-
do por subprefeituras e distritos da cidade. Em
31 de março, como determina a lei, a gestão
Gilberto Kassab apresentou o programa, bati-
zado de Agenda 2012. Esta foi apresentada e
mente. “Queremos a recuperação da credibilida-
de das instituições públicas por meio de ações
concretas. A lei das metas realmente faz com
que haja um ganho de credibilidade do Executi-
vo e da Câmara dos Vereadores. E nós queremos
contribuir com esse ganho de credibilidade por
meio de parcerias em ações concretas.”
A cidade de São Paulo tem hoje, portanto,
um conjunto de 223 metas concretas a serem
cumpridas em todas as áreas da cidade, com o
acompanhamento da sociedade. Foi a primeira
cidade do Brasil a aprovar esse tipo de emenda,
cujo modelo já foi seguido por oito municípios,
que adotaram a mesma legislação.
Novos indicadores para a cidadeO Movimento Nossa São Paulo comemorou
no último dia 15 de maio seus dois anos de ativi-
dade com mais uma novidade: o IRBEM – Indica-
dores de Referência de Bem-Estar no Município.
A ideia é construir um conjunto de indicadores,
a partir de uma ampla consulta popular, com o
propósito de identificar o que é mais importante
e valorizado pelas pessoas para a qualidade de
vida na cidade.
Perguntas como “o que faria você se sentir
melhor em São Paulo?” ou “o que é importante
para a sua qualidade de vida na cidade?” serão a
base para a construção coletiva de novos indica-
dores de bem-estar da população.
O ato de lançamento do IRBEM reuniu no Tea-
tro Anchieta, do Sesc Consolação, a senadora Marina
Silva (PT-AC), o filósofo Mário Sergio Cortella, a psicólo-
ga e antropóloga Susan Andrews e os economistas
José Eli da Veiga e Ladislau Dowbor. Todos enfrenta-
ram o desafio de tentar responder como é possível
medir bem-estar, bem-viver e felicidade.
A senadora Marina Silva perguntou por que
num determinado momento algumas pessoas
resolveram dizer Nossa São Paulo. “É porque a ci-
discutida em uma série de audiências públicas
realizadas em todas as subprefeituras.
“A aprovação da lei que incluiu o Programa
de Metas na Lei Orgânica do Município foi uma
vitória extraordinária, uma mudança política
muito importante, que faz com que o gestor pú-
blico da cidade, de agora em diante, tenha de
apresentar um plano de sua gestão para toda a
cidade, para cada uma de suas regiões e para os
diferentes temas”, avalia Oded Grajew.
Segundo ele, uma das motivações do mo-
vimento é superar o que ele entende ser uma
doença gravíssima da sociedade: o baixo crédito
que as instituições democráticas usufruem atual-
Senadora Marina Silva
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dade foi ficando tão rarefeita nas relacões com as
pessoas, que houve a necessidade de uma reapro-
priação. Não daquela São Paulo que acabou com
o rio Tietê, que impermeabilizou as ruas e que
é insustentável em vários aspectos, mas de uma
nossa São Paulo que seja capaz de dar qualidade
de vida e bem-estar. Essa resignificacão e reapro-
priação têm o sentido de fazer com que a gente
possa questionar as coisas que fizemos e que não
desejamos que continuem”, disse Marina.
A ex-ministra do Meio Ambiente ponderou
que é preciso resignificar as formas de pensar
a felicidade e bem-estar. Segundo ela, riqueza e
felicidade nem sempre andam juntas. “Se formos
medir o bem-estar de São Paulo pelas coisas que
ela tem, com certeza seria uma cidade mais fe-
liz do que, por exemplo, o local onde moram os
índios do Jordão. Mas, será assim? Talvez estes,
que andam de barco e comem mandioca, sejam
mais felizes do que aqueles que têm tantas coi-
sas a mais e são mais ricos.”
No começo, as mudanças são apenas peque-
nos desvios, disse Marina, arrematando: “Temos
de ficar atentos para os desvios que queremos
fazer prosperar e desconstruir aqueles que não
queremos que prosperem. Para fazer isso preci-
samos de visão mais democrática, transparente
e transformar o dito em feito”.
ÍndicesPara o economista José Eli da Veiga, o PIB (Pro-
duto Interno Bruto) é um indicador péssimo e ab-
solutamente precário para medir os resultados do
desenvolvimento econômico. Além de dizer muito
pouco sobre o nível de bem-estar das pessoas e dos
países, não leva em consideração aspectos funda-
mentais como saúde, pobreza, mudanças climáticas,
dilapidação dos recursos naturais e outros.
Na mesma linha de raciocínio, Ladislau Dow-
bor atentou para a necessidade de atribuir valor
ao tempo vivido, como recurso escasso e não-
renovável e tomá-lo como elemento de cálculo
de perdas ou ganhos. Segundo ele, com esses
indicadores sugeridos pelo Movimento Nossa
São Paulo, pela primeira vez, a cidade passará
a dispor de um instrumento adequado para ter
compreensão do que está acontecendo e assim
evoluir para uma apropriação dos processos.
Já o filósofo Mário Sérgio Cortella, para ilustrar
o processo participativo de construcão dos indica-
dores, recorreu à ideia de “multirão”, palavra indí-
gena que significa juntar as mãos para se realizar
uma obra coletiva, como a que pretende o Nossa
São Paulo. “Mas não basta juntar as mãos. É preci-
so voar por cima do óbvio. Indicadores servem para
que os ultrapassemos como obviedade, que preci-
sa ser construída. Por isso o IRBEM, pensar bem,
viver bem, voar bem.” Cortella concluiu citanto frase
do escritor Luciano De Crescenzo: “Somos anjos de
uma só asa. Só voamos abraçados”.
OusadiaAo apresentar o IRBEM, Oded Grajew disse
que o momento é de ousar. “Temos a obrigação
de tentar, independentemente do que vai acon-
tecer, diante da gravidade da situação que o Bra-
sil e o mundo estão vivendo. Coragem de colocar
em prática na maior cidade do país tudo o que
foi proposto pelo movimento, que é fazer com
que São Paulo seja avaliado, guiado, administra-
do, acompanhado e vivido com parâmetros que
coloquem a qualidade de vida e o valor humano
acima de qualquer outro tipo de valor.”
Grajew destacou que a construção do IRBEM
não vai ter a participação apenas de especialis-
tas, de um grupo de sábios que vai dizer o que
é qualidade de vida. A participação de todos será
fudamental para a elaboração dos indicadores. “A
idéia é que seja um processo participativo, no qual
a sociedade diga o que realmente importa para a
qualidade de vida. O que cada um acha que é im-
portante e prioritário. Será um processo reflexivo,
pedagógico e educativo. Precisamos hierarquizar
e situar uma escala de valores. Vamos apresen-
tar questionários provocativos que não fechem as
questões. Muita gente que vai responder ao ques-
tionário irá se perguntar: o que que estou fazendo
com a minha vida?”, previu Grajew.
Conheça as etapas de construção do IRBEM e saiba como as pessoas
podem participar
• De 15 de junho a 30 de setembro – Pesquisa
preliminar com a população. As respostas servirão
de base para que, a partir de outubro, o Ibope
elabore uma grande pesquisa com amostragem
técnica para envolver vários segmentos da socie-
dade. O questionário on-line estará disponível no
portal do Nossa São Paulo e a versão impressa
será distribuída em escolas, organizações da so-
ciedade civil, universidades, empresas e em várias
regiões da cidade. A população poderá responder
sobre o que é mais importante para a qualidade
de vida na cidade. Por exemplo: posto de saúde
próximo de casa, coleta seletiva de lixo, horas de
lazer, rios despoluídos...
• Outubro – Seleção dos itens que foram cita-
dos na pesquisa como os mais importantes para
a qualidade de vida da população. O Ibope vai
incorporar tais itens na pesquisa anual do Movi-
mento para checar qual é o nível de satisfação e
valorização em relação a eles.
• Novembro – Aplicação da pesquisa Ibope
com os paulistanos, em amostra proporcional aos
vários segmentos da população. Depois disso,
será feita a sistematização e construção dos in-
dicadores (IRBEM).
• Janeiro de 2010, aniversário da cidade de
São Paulo – Lançamento público do IRBEM
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Por Davi Brandão
Dos negócios ao lazerSetor hoteleiro investe em novos espaços para atrair a atenção de empresários e executivos que buscam locais para eventos corporativos
Unir o útil ao agradável. A premissa é ado-
tada em diversas situações do dia-a-dia pelos
mais diversos dos imortais e, nos últimos tem-
pos, também entrou na agenda de executivos e
empresários, que, por vezes, necessitam sair da
cidade para reuniões e eventos corporativos fora
da pauliceia.
Para acompanhar o crescimento do segmen-
to de feiras e eventos, verificado nos últimos
tempos no país, a rede de hotelaria nacional in-
veste em novos espaços tanto para recebimentos
de workshops, reuniões, congressos e palestras
quanto para lazer e entretenimento. Resultado:
uma boa oportunidade para os hóspedes, espe-
cialmente ao público empresarial, que consegue,
mesmo diante do trabalho, relaxar com os en-
cantos de um bom destino.
Com 961 apartamentos distribuídos em seis
empreendimentos, o Rio Quente Resorts se des-
taca no setor hoteleiro nacional e oferece, ao
longo das 24 horas do dia, excelentes opções
de lazer e entretenimento. Quem diria que após
um congresso seria possível relaxar em termas
de águas quentes? Pois bem, essa é uma das
propostas do empreendimento, localizado no
município de Rio Quente, a cerca de 3 horas da
capital goiana.
Com aproximadamente de 100 eventos cor-
porativos por ano, o Destination Resort oferece
seis salas modulares e intercambiáveis, que po-
dem receber até 750 pessoas, um auditório para
até 170 lugares e mais duas salas de apoio, uma
para 10 pessoas e a outra para até 50 pessoas
com infraestrutura para a realização palestras,
Mac e Clube Chopp Brahma também estão dispo-
níveis para este público.
E a aposta de confiança nesse segmento
é cada vez maior. Prova disso são os investi-
mentos estimados em R$ 7 milhões em uma
nova área para um Centro de Convenções, que
segundo o diretor de marketing e vendas, Ma-
noel Carlos Cardoso, elevarão o faturamento
do empreendimento em 20%. “A ideia é fazer
com que o nosso hóspede corporativo otimize
a permanência no hotel para o desenvolvimen-
to pessoal e profissional. Hoje contamos com
pelo menos 220 dias de eventos por ano, entre
semanas temáticas, torneios esportivos e pro-
gramação musical. Nossa meta é expandir os
horizontes para este segmento, que se mostra
cada vez mais importante.
treinamentos ou grupos de incentivos. As grandes
empresas podem utilizar todos os equipamentos
audiovisuais disponíveis, equipe especializada e,
também, usufruir de cardápios diferenciados.
Para atender essa demanda de público, cada
vez mais crescente, o empreendimento oferece o
conceito After Six, que aproveita toda a estrutura
do complexo para oferecer ao viajante de negó-
cios diversão e entretenimento depois de um
dia de trabalho. Após as 18 horas, o cliente pode
relaxar em ambientes únicos e desfrutar das pis-
cinas naturais. Para os grupos, a equipe do hotel
organiza jantares temáticos nos decks, luaus na
Praia do Cerrado, festas privativas nos jardins e
coquetéis no Parque das Fontes. São momentos
de descontração com sabor de primeira. Isso sem
falar que os espaços Stella Artois Lounge, Espaço
Instalacões do Rio Quente Resorts
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O projeto, previsto para meados de 2013, con-
tará com 7 mil metros quadrados e capacidade
para 1.440 pessoas em nove salas moduláveis.
Serão construídos também dois novos hotéis
com 580 apartamentos – o Hotel Convenções,
com 360 suítes família, e o Golf Club Resorts,
com 220 suítes famílias e campo de golfe.
Energia da BahiaLocalizado no município de Mata de São
João, litoral norte da Bahia, a Costa do Sauípe
se destaca no segmento com seus cinco resorts
e seis pousadas de padrão internacional. Atual-
mente, o destino abriga cinco operações da Sau-
ípe Hotéis & Resorts (SHR) — Costa do Sauípe
Suítes, Costa do Sauípe Grande Hotel, Costa do
Sauípe Golf & SPA, Costa do Sauípe All-Inclusi-
ve e Pousadas de Sauípe e a cadeia jamaicana
Superclubs, com o Superclubs Breezes Costa do
Sauípe.
Ao todo são 1.584 apartamentos dirigidos à
família, aos grupos corporativos e aos clientes,
tanto nacionais quanto internacionais, que pos-
suem interesses especiais no calendário promo-
cional. Além da oferta de hospedagem, lazer e
natureza, o empreendimento detém excelente
infraestrutura para convenções, com capacidade
para até 5 mil pessoas, podendo abrigar vários
tipos de eventos, desde reuniões e grandes
congressos até festivais e torneios esportivos. O
complexo turístico também conta com um pavi-
lhão “móvel” de eventos para até 7 mil pessoas.
Atualmente, são mais de 40 eventos de re-
percussão internacional por ano, distribuídos em
um calendário que contempla os mais variados
gostos e satisfaz todos os públicos do destino tu-
rístico. Para delírio dos participantes o empreen-
dimento dispõe de mais de 27 lojas, 15 restauran-
tes, 18 piscinas, campo de golfe com 18 buracos,
15 quadras de tênis, SPA, quadras poliesportivas
e centros náutico e equestre. Verdadeiro oásis
de diversão.
Agitos de FloripaUm descanso à beira de uma praia paradisía-
ca, um tempo para praticar esportes radicais e de
aventura ou uma pausa para encontrar o equilíbrio
interior. Não se assuste, pois mesmo se tratando de
negócios, o Costão do Santinho, em Florianópolis,
propõe todas as emoções frisadas anteriormente.
Diversão apropriada para adultos e crianças,
o golfe, além de um excelente passatempo, é um
ótimo exercício físico e mental. E após uma reunião
se revela como um excelente anti-estressante. O
campo de golfe do Costão do Santinho, primeiro
de Florianópolis, possui 571 mil metros quadrados
e nove buracos. A estrutura e o projeto paisagís-
tico são equiparados aos melhores campos dos
Estados Unidos e da Europa. O destaque fica para
a área “driving range”, onde os hóspedes podem
treinar tacadas longas e de precisão.
Também para relaxar, o Day SPA oferece aos
hóspedes massagens e tratamentos hidroterápi-
cos, como talassoterapia, saunas e ducha escoce-
sa, além de outras atividades programadas, que
incluem tratamento estético, fisioterapia, ioga,
meditação e dança. E certamente não podería-
mos esquecer de falar da boa mesa, pois longe
dos fast foods, a culinária catarinense propõe
um gastronomia baseada em peixes e frutos
do mar, que também é destaque no empreen-
dimento.
Costa do Sauípe Golf & SPA
Visão panorâmica do Costão do Santinho
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Com constante crescimento, o Costão tam-
bém investiu no bom atendimento corporativo e,
recentemente, inaugurou seu Centro Internacio-
nal de Eventos (CIE), nomeado de Espaço Tuguá,
um gigantesco complexo que, com capacidade
de acomodar até 3 mil pessoas, é ideal para
convenções, feiras, formaturas, congressos, entre
outros eventos.
No ranking de um dos maiores e mais confor-
táveis locais para eventos da região Sul do país, o
espaço contou com investimentos estimados em
torno de R$ 2,5 milhões. Ao todo 1,8 mil metros
quadrados e pé direito de 7,5 metros.
Encantos da Amazônia Calor e muito calor. Assim se caracteriza a tem-
peratura da capital amazonense, principalmente
para aqueles que saem da região sul para visitar a
cidade. Calor a parte, o destino reserva várias surpre-
sas, porém, a mais importante, sem dúvida, é a dos
encantos da fauna e flora brasileiras.
Localizado a 10 km do Aeroporto de Manaus
e a 16 km do centro da cidade, na praia de Pon-
ta Negra, está praticamente “dentro” da Flores-
ta Amazônica o Hotel Tropical Manaus — maior
empreendimento hoteleiro da Tropical Hotels &
Resorts Brasil e da região norte do Brasil. Conta
com 594 apartamentos em uma área construída
de 61 mil metros quadrados, em terreno com píer
particular às margens do rio Negro.
Um verdadeiro oásis. Sua área de lazer inclui
piscinas para adultos e infantil, quadras de tênis,
playground, galeria de lojas, quadras de areia para
voleibol e futebol, sala de jogos, pista de cooper, sau-
na, sala de ginástica, salão de beleza unissex, coffee-
shop, cyber café, restaurantes com especialidades da
cozinha brasileira e internacional, bar e churrascaria.
Para os executivos e empresários, o complexo
possui um hotel especial com 16 andares, o Tro-
pical Hotel Business. Os eventos acontecem nas
salas dispostas em seu último andar, que propicia
aos envolvidos a bela vista panorâmica das águas
do rio Negro. Simplesmente fantástico. Além de
sua infraestrutura, os participantes também po-
dem aproveitar as atividades oferecidas no resort
do empreendimento.
Serviço:
* Rio Quente Resort: Informações pelo site
www.rioquenteresorts.com.br
* Costa do Sauípe: Informações: (71) 2104-
8080 ou pelo site www.costadosauipe.com.br
* Costão do Santinho: Informações: 0800 48
1000 ou pelo site www.costao.com.br
* Tropical Hotels: Informações: (92) 2123-5000
ou pelo site www.tropicalhotel.com.br
* Maresias Beach Hotel: Informações: (12) 3891-
7500 ou pelo site www.maresiashotel.com.br
Hotel Tropical Manaus
Zoo Tropical Manaus
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A G E N D A C U LT U R A L
HSBC BRASIL(Rua Bragança Paulista, 1281 –
Chácara Santo Antônio)
JUNHO
Edson & HudsonDia 19 de junho - sexta-feira - 22h
A Bela e a FeraDias 20 (sábado, às 15h e às 19h), 21 (domingo, às 15h), 27 (sábado, às 19h) e 28 de junho (domingo, às 15h). Nova montagem comimagens em 3D. Direção Billy Bond
O Rappa e Jota QuestDia 26 de junho - sexta-feira - 22h
JULHO
Nós na FitaDias 10 e 11 de julho - sexta e sábado - 22hPré-venda exclusiva para clientes HSBC atédia 22 de maio.
Hi-5 Cinco SentidosDias 18 e 19 de julho - sábado, às 17h30 edomingo, às 14h30 e 17h30Elenco oficial latino-americano
Nelson Freitas e VocêsDias 25 e 26 de junho - sexta e sábado 22h
FrejatDia 17 de julho - sexta-feira - 22hNova turnê “Intimidade Entre Estranhos”
AGOSTO e SETEMBRO
DeznecessáriosDias 08 e 09 de agosto - sábado, às 22h edomingo, às 20h
RevelaçãoDia 21 de agosto - sexta-feira - 22h
TEATRO ALFA(Rua Bento de Andrade Filho, 722 –
Santo Amaro)
Uma Mulher de Vestido Preto(Adulto) Até 28 de junho
sábados, 21h | domingos, 20h
Texto: Jorge Félix
Direção: Roney Facchini
Direção musical: Zezinho Mutarelli
Elenco: Cristina Mutarelli e Nilton Bicudo
Cenário: Luís Frugoli
Figurino: Mira Haar
Iluminação: Jairo Matos
Direção de produção: Sonia Kavantan
A Bela e a Fera Cláudia Missura, em Menino Tereza
Menino TerezaAté 26 de julho
sábados e domingos, 16h
Direção e texto: Marcelo Romagnoli
Elenco: Cláudia Missura e Tata Fernandes
Músicas originais e execução ao vivo: Tata
Fernandes
Figurinos: Verônica Julian
Luz e cenário: Marisa Bentivegna
Programação visual: João Batista Corrêa
Produção Teatro Alfa: Stella Marini - Banda
Mirim
A Noviça RebeldeAté 2 de agosto
Sextas, 21h30
Sábados, 17h e 21h - Domingos, 15h e 19h
Musical montado pela primeira vez na Bro-
adway narra a história de amor entre a
jovem noviça e o capitão viúvo e pai de
sete filhos. A célebre versão cinematográ-
fica de 1965 foi premiada com cinco Oscars
Dicas de atrações culturais que acontecem bem próximo ao Centro Empresarial de São Paulo
Frejat fará apresentação no HSBC Brasil em julho
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