Sapienciais e Proféticos

8/18/2019 Sapienciais e Proféticos

1/521

DIOCESE DE ESTÂNCIA/SE – FORANIA DE ESTÂNCIAINSTITUTO DE TEOLOGIA BEATO JOÃO XXIII

BÍBLIA II


2/521

(AT: Escrit s S!"i#$ci!is # %r &'tic sIr) *!i! +# L ,r+#s *!rti$s

DIOCESE DE ESTÂNCIA/SE – FORANIA DE ESTÂNCIAINSTITUTO DE TEOLOGIA BEATO JOÃO XXIII

Curso: TeologiaDisciplina:Bíblia II (AT: Escritos Sapienciais e Proféticos)Docente:Ir. Maria de Lo rdesDiscente:Período curricular: !"#$%!

PLANO DE ESTUDO

Aulas 1 - 5: Introd &'o geral dos Escritos Sapienciais e trabal o e gr po

Aulas 6 - 10: Aprof nda ento e at ali*a&'o dos Escritos Sapienciais+ ati,idade a,aliati,a e e-peri ncia

oracional

Aulas 11 - 15: Introd &'o geral dos Escritos Proféticos e trabal o e gr po

Aulas 15 - 20: Aprof nda ento e at ali*a&'o dos Escritos Proféticos+ ati,idade a,aliati,a e e-peri nciaoracional

Secretaria: Entrega das notas e conclusão da disciplina


3/521

Parte I - INTRODUÇÃO GERAL

VISÃO ESQUEMÁTICA

# / Es0 e a do Antigo Testa ento

! / Es0 e a do 1o,o Testa ento

2 / Abre,iat ras bíblicas

3 / Ter os bíblicos


4/521

Parte I - INTRODUÇÃO GERAL

CONTEÚDO

I - ES !E"A D# A$%I %ES%A"E$%#:

1' A% (co)posi*ão': +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ,6 li ro#) Pentate co(Gn, Ex, Lv, Nm e Dt) 444444444444444444444444444444444 5 li,ros!) Li,ros ist6ricos(Js, Jz, Rt, 1 e 2 Sm, 1 e 2 Cr, 1 e 2 Re, Esd, Ne, Tb, Jd, Est, 1 e 2 Mc)

444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444 #$ li,ros2) Li,ros Sapienciais o poéticos(Jó, S , !r"v, Ec e, Ct, Sb, Ec ") 444444444 7 li,ros3) Li,ros Proféticos(#s, Jr, Lm, $r, Ez, Dn, %s, J , &m, &b, Jn, M', N , b, S*, &+, c, M )

444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444444 #8 li,ros

II - ES !E"A D# $#.# %ES%A"E$%#:

1' $% (co)posi*ão': ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ 2/ li ro1' Sin ticos ("t "c e c': 44444444444444444444444444444444444444444 2 li,ros92' E 3 de 4o 44444444444444444444444444444444444444444444444444444 # li,ro9

' Atos ( c' 44444444444444444444444444444444444444444444444444444 # li,ro9,' Cartas Paulinas 444444444444444444444444444444444444444444444444 #3 li,ros:

a) i,is'o (de ;arrington): critério do conte5)73) E0 st" s d Tr d.@ " ! 6 .n (9 De6ter"0 6 .n s): escr.t s 0ós m"rte de ! 6 "

(5 d7C7) 0"r d.sc 06 "s d s6 tr d.@ "/ s " se.s:1) 2Ts --------------------- (>5


5/521

5) Tt ---------------------- (?>


6/521

2) C n"n e en st.c": os co piladores dos Setenta acrescentara aos li,ros = daicos ose terocanJnicos+ c =a lista a tori*ada s6 e-iste no eio crist'o. ?ora re=eitados pelas Igre=as d

Kefor a93) C n"n Cr.st " (C n"n d" NT):

#) A cole&'o dos li,ros do 1T co o li,ros sagrados te,e s a orige co a conser,a&'o dos escritos pelos ap6stolos.!) esde o séc. I = te os o co e&o dessa cole&'o. Cita&@es (i plícitas) dos escritos do 1T era

encontradas nos escritos de Cle ente de Ko a ( #"")+ In cio de Antio0 ia ( #"7)+ Policarpo deEs irna ( #5$)+ no Pastor de ;er as (e Ko a+ entre os anos #3"D#55) e na anJni a idac éApostolor ( o trina dos Ap6stolos)+ escrita entre 8"D#"" na Síria o na Palestina.2) epois de #5"+ o 1T é citado co o HEscrit ra + o se=a+ co o li,ro.3) > ais antigo c none do 1T é de,ido a crist'os eréticos+ n'o a crist'os ortodo-os.5) Marci'o (por ,olta de #5") re=eito todo o AT9 do 1T+ aceito apenas Lc+ K + #D!Cor+ l+ Ef+ C!Ts+ ?l e ? .$) Isto apresso a defini&'o de c none ortodo-o+ 0 e aparece pela pri eira ,e* no ?rag ento deM ratori+ escrito por ,olta de !"". Este o ite ;b+ Tg e #D!Pd.7) 1 nca ti,e os d


7/521

/' APBC8I #:

#) E grego H0ó r 0 "sF 0 er di*er Hoc lto .!) Tal era o li,ro n'o lido e asse bléia ps ap6crifos s'o pse depígrafos+ as a pse depigrafia n'o constit i obst c lo para a canonicidadede li,ro.

' 797 IA:

#) o grego Hb b "sF+ Hli,ro .!) > di in ti,o é Hb b ."nF+ Hli,rin o + 0 e no pl ral fa* Hb b . F+ Hli,rin os .2) Co o passar dos te pos o di in ti,o perde s a for&a+ de tal sorte 0 e Hb b . F passo a ser o

es o 0 e H.vr"sF73) A Bíblia é+ portanto+ eti ologica ente a cole&'o de li,ros.

10' %ES%A"E$%#:

#) > AT e o 1T s'o as di,is@es principais da Bíblia crist'.!) A ra*'o desta di,is'o é a seg inte:

#) >s = de s+ o,idos pelo pr6prio e s+ designa,a as s as rela&@es co a,é co o sendoH$er.t F (9 H . n@ F). Por isto fala,a dosH .vr"s d & . n@ F.

!) Toda,ia nos séc los III%II a.C.+ 0 ando se fe* a ,ers'o da Bíblia ebraica para o grego eAle-andria+ os intérpretes trad *iraH$er.t F por Hd. t e eF (9 Hd.s0"s.@ "F)7 R eria desta

aneira ressal,ar a nicidade e soberania de e s. 1a ,erdade+ 0 e fa* alian&a co alg é + é par o ig al a esse alg é + ao passo 0 e 0 e fa* a disposi&'o é soberano o Sen or. Assi + os li,rosagrados de Israel fora c a ados li,ros daHd. t e eF o da disposi&'o (de e s e fa,or dos

o ens).2) R ando a pala,raHd. t e eF foi trad *ida para o lati entre os crist'os+ estes sara o

ter o Htest ment6mF (9 d.s0"s.@ " '6e se t"rn v .d em c s" de m"rte d" test d"r)7 Kecorre F

pala,ra Htest ment6mF + por0 e fico co pro,ado 0 e a disposi&'o de e s e fa,or dos o ens setorno plena ente , lida e eficiente ediante a orte de Cristo.3) Assi + os li,ros sagrados+ entre os crist'os+ fora distrib ídos e d as categorias: os da

Alian&a (o Testa ento) antiga e os da no,a Alian&a o do no,o Testa ento(c*7 2C"r 3,1 s) .

11' PE89C#PA:

#) o gregoHc"rt r em v" t F .!) > ter o designa frag ento de te-to tirado de se conte-to. Q tili*ado sobret do na lit rgia9designa ent'o frag ento da Escrit ra+ preparado para ser lido d rante a celebra&'o.

12' FA&IB&8A #:#) A tor sagrado o a tor de alg escrito bíblico.


8/521

!) s6 li,ro pode ter ais de a tor o agi6grafo.

1 ' A!%#8:

#) A pessoa 0 e concebe idéias o o conte


9/521

!) Ke onta a Abra'o (Gn 1>) + é praticada pelos patriarcas(Gn 3 ,13


10/521

21' 4A.K: #) 1o e co o 0 al e s se re,ela a Moisés e Ex 3, 1 s7 !) Para os = de s de Ale-andria+ le,ados por espec la&@es filos6ficas+ a,é+ do grego;o on ALueleLue M0 eria indicar o absol to o o transcendente de e s.2) Para os = de s da Palestina+ enos propensos a espec la&@es filos6ficas+ a,é+ do grego+ALueleLue M b=eti,a,a pro,ar para itos crist'os a essianidade de es s.

2 ' N !I A:

#) ?e* a a tentica trad &'o grega do antigo testa ento no séc. II.!) > se te-to se prende ito F letra do ebraico.2) Caracteri*aDse por g ardar e grego as e-press@es tipica ente se itas.

2 ' S9"AC#:

#) Terceiro trad tor do antigo testa ento para o grego.!) Ners'o ais Hli,re .2) Proc ra le,ar e conta o espírito e as partic laridades da líng a grega.


11/521

Parte II – OS ESCRITOS SAPIENCIAIS (I): INTRODUÇÃO GERAL E OLIVRO DE !

VISÃO ESQUEMÁTICA

# / >s Escritos Sapienciais (Introd &'o geral)

! / > Li,ro de 6 (I)

2 / > Li,ro de 6 (II)


12/521

Parte II – OS ESCRITOS SAPIENCIAIS (I): INTRODUÇÃO GERAL E OLIVRO DE !

CONTEÚDO

#S ESC8I%#S SAPIE$CIAIS I$%8#D!>?# &E8A

>s li,ros sapienciais s'o: 6+ Sal os+ Pro,érbios+ Eclesiastes o Ro elet + C ntico doC nticos+ Sabedoria e Eclesi stico o Sir cida.

>s li,ros sapienciais c lti,a a Sabedoria. Por sabedoria entendia os = de s ais antigos con= nto de nor as 0 e g ia,a a ,ida pr tica e oral dos =o,ens e dos ad ltos. Todo po,o te s asabedoria de ,ida e-pressa+ n'o raro+ e pro,érbios+ co o HR e ,ai ao ,ento+ perde o assento + Hdia é da ca&a+ o tro dia é do ca&ador + HE casa de ferreiro+ o espeto é de pa ... Essa sabedorisendo c lti,ada co especial interesse desde a insta ra&'o da onar0 ia e Israel (séc I a.C.): nacorte do rei+ os s bios instr ía os =o,ens sobre o co porta ento a ass ir d rante as refei&@ediante dos a igos+ dos estran os+ dos trib nais+ no co ércio+ etc.9 ,er Pr #+!D$9 #"+#.5.#$9 #!+3.##.!89 Eclo #"+#D59 ##+7D239 #2+#D2. > rei Salo 'o foco sendo+ para os = de s+ o rei se-cel ncia+ ais s bio do 0 e os o tros reis e s bios dos po,os ,i*in os (0 e ta bé c lti,a,a asabedoria) #Ks 5+OD#3.

Aos po cos a sabedoria foi to ando car ter religioso9 te s as raí*es no te or do Sen or e proc ra agradar a e s9 (Pr #+79 $+#$9 6 !8+!89 Eclo #+##D!#). Q do 0 e o Sen or conced2!+89 Eclo #+#9 !+$D79 Sb 7+!7).

Co o te po+ os s bios atrib íra ao pr6prio e s a sabedoria9 e s reali*o a obra dacria&'o co sabedoria (Pr 8+2!D2$9 Eclo !3+#D!!9 Sb #+3D5). A sabedoria de e s foi t'o esti ada 0os s bios a descre,era co o a pessoa s bsistente ao lado de e s (est claro 0 e os = de s n'oc egara a entre,er o istério da SS. Trindade9 a personifica&'o da sabedoria foco no plano

era ente poético). (Pr 8+#D!#9 Eclo !3+#D2#9 Sb 7+!!D2"9 6 !8+#D!8). S'o Pa lo+ desen,ol,en pensa ento = daico+ d a Cristo o tít lo de HSabedoria de e s (#Cor #+!3).

rante o e-ílio (587D528 a.C.) e depois+ os s bios fora to ando i port ncia crescente no po,o de Israel. A= da,a os israelitas a refletir sobra a s a ist6ria+ sobre as pro essas de e s+ sobro sentido da deporta&'o... reDlia co os fiéis depri idos as Escrit ras antigas e e-plica,a Dnas ese sentido ais prof ndo9 (Eclo #7+#D#39 33+#DD5"9 Sb ##+#OD!#). Precisa ente dessa refle-'oo sofri ento e a Pro,id ncia res ltara os li,ros de 6 e do Eclesiastes. Por ca sa do se papel dere,elo e Israel+ os s bios (ta bé ditos Vescribas ) fi*era as ,e*es dos profetas+ 0 e se tornarararos depois do e-ílio9 e bora co enos rigor de ling age do 0 e os Profetas+ orienta,a os fiéisno ca in o da piedade e da fidelidade F Lei de e s.

entre os sete li,ros sapienciais+ 6+ Pr+ Ecl+ Eclo+ Sb+ representa be as e-press@es sabedoria ad inistrati,a+ oral e religiosa de Israel. >s li,ros dos Sal os e do C ntico enos

ade0 ada ente s'o en erados nessa categoria.


13/521

# I.8# DE 4B (I'

> li,ro de 6 aborda o proble a do sofri ento do o e reto: por 0 e sofre os bonsW

A tese ais antiga e Israel afir a,a 0 e todo sofri ento é castigo dos pecados do indi,íd o+ao passo e ,ida longa+ sa er6i do li,ro parece ser personage ist6rico. Q encionado e E* #3+#3D!" = nta ente co 1oé e aniel9 estes de,ia ser tr s personagens n'o israelitas fa osos no >riente

antigo por s a ,irt de e s a sabedoria.PodeDse di*er 0 e a ist6ria atrib ída a 6 e se s a igos pelo a tor sagrado é realW


14/52


15/521

Assi o li,ro de 6 se apresenta co o dos ais belos poe as da literat ra sapiencialantiga.

R al a ensage desse li,roW

> a tor 0 is e-pri ir s as d er6i tornaDse assi o portaD,o*das ds longos debates se ter ina co a entrega da 0 est'o a inst ncia s perior+ F Sabedoriai,ina.

Eis+ poré + 0 e o Sen or+ e ,e* de dar a e-plica&'o dese=ada+ i p@e sil ncio a 6: n'o 0 eo o e pedir contas a e s9 recon e&a+ antes+ a sabedoria do Criador. Atestada pelas ara,il as dnat re*a+ e entreg eDse+ confiante+ a ela.

Por conseg inte+ re,er ncia e confian&a constit e a atit de 0 e o a tor sagrado 0 er inc tdiante do proble a da dor. Ponto e se0 e a e-plica&'o antiga+ ele n'o sabe propor no,a senten&a+ 0 edependeria da re,ela&'o de ,ida p6st a consciente e da obra do Cristo es s.

Toda,ia o li,ro indica a sol &'o pr tica estrita ente religiosa+ 0 e é , lida até o=e. Si 9es o depois de Cristo+ o o e n'o pode indicar o por0 de todos os se s sofri entos9 fa&a+

poré + ato de confian&a absol ta na infalí,el Pro,id ncia i,ina. E n'o ser fr strado.

> 1o,o Testa ento ,oltar a tratar do ass nto+ ostrando 0 e o sofri ento é disposto por e s n'o co o a p ni&'o do pecado+ as co o re édio do pr6prio al9 o patíb lo da Cr * sobre

o Cal, rio foi erg ido co o r,ore da ,ida e da ress rrei&'o gloriosa. > o e + portanto+ n'o sofrenica ente para pagar trib to F = sti&a+ as para se p rificar do pecado e ,oltar ao Pai co Crist

o 0 e é a s a felicidade.


16/521

Parte III – OS ESCRITOS SAPIENCIAIS (II): OS LIVROS DOSSALMOS E DOS PROV"R#IOS

VISÃO ESQUEMÁTICA

# / > Li,ro dos Sal os

! / > Li,ro dos Pro,érbios


17/521

Parte III – OS ESCRITOS SAPIENCIAIS (II): OS LIVROS DOSSALMOS E DOS PROV"R#IOS

CONTEÚDO

# I.8# D#S SA "#S

A pala,ra sal o ,e do grego Psallein+ o 0 e significa cantar ino co o aco pan a ento deinstr entos de cordas. > sal o é+ por conseg inte+ canto 0 e originaria ente era aco pan adoPsaltérion é o no e desse instr ento+ 0 e grego9 saltério o=e designa a cole&'o de #5" sal ocolecionados e li,ro pr6prio da Bíblia.

A n era&'o dos sal os ,aria nos te-tos ebraico+ grego e latino+ confor e a seg inte tabela:

Te-to ebraico Setenta (grego) e N lgata (lati )

#.8 #D8O.#" O##.##2 #"D##!##3.##5 ##2##$+#DO ##3##$+#"D#O ##5##7D#3$ ##$D#35#37+#D## #3$#37+#!D!" #37#38D#5" #38D#5"

As ra*@es destas di,erg ncias s'o , rias: so lit


18/521

pecados9 assi os Sl 29 59 $9 #$(#7)9 !#(!!. As s crist'o re*a os sal os i precat6rios+

dese=ando a r ína n'o das pessoas+ e si das instit i&@es s. i* Santo Agostin o: H>deia o pecae a a o pecador .

As ora&@es de confian&a s'o ss sal os 0 e lo ,a a reale*a de a,é era cantados tal,e* na festa de entroni*a&'o de a,éo de reno,a&'o da Alian&a+ no início do ano o no início da pri a,era. Sl 3$(37)9 O!(O2)9 O5(OO$(O7)9 O8(OO)9 OO(#"").

>s or c los essi nicos t por te a o rei a,i e s a descend ncia+ F 0 al foi pro etido oMessias. S'o ora&@es o do pr6prio rei+ co o os Sl #7(#8)9 #""(#"#)9 #32(#33)9 o e fa,or do reco o os Sl #O(!")9 !"(!#)9 7#(7!)9 88(8O) o e lo ,or do rei e dos se s feitos+ co o os Sl !9 33(35#"O(##")9 #2#(#2!). Esses sal os geral ente ltrapassa o a biente ist6rico e ano da casa de

a,i e descre,e a realidade sobrenat ral e definiti,a do Messias e do se Keino.

>s c nticos de Sion lo ,a a Cidade Santa9 = sta ente co aspectos ist6ricos e geogr ficosda es a+ al de ao Keino do Messias pro etido a Sion. Sl !2(!3)9 35(3$)9 75(7$)9 82(83). ?a*e

eco aos lo ,ores a Sion encontrados e Is 3"X$$.>s c nticos did ticos t car ter sapiencial9 trans ite ensina entos da Lei+ da ist6ria+

ad,ert ncias sobre o = í*o de e s. Sl #3(#5)9 3O(5")9 77(78)9 ###(##!)9 ##8(##O)9 #28(#2O).

Co se co preende+ sal os 0 e se poderia classificar e ais de a categoria+ poise-pri e tanto a confian&a co o a a&'o de gra&as+ a s


19/521

>s sal os t parte rele,ante na ora&'o da Igre=a (Missa+ Sacra entais e Lit rgia das ;oras).Por isto o crist'o de,e proc rar iniciarDse especial ente na co preens'o dos es os. Cristo+ co o

e bro do po,o de Israel+ re*o Dos9 fe* passar por esses c nticos os senti entos da s a Santíssial a na triste*a+ na perseg i&'o+ na alegria...9 o crist'o+ 0 e é e bro de Cristo+ de re*ar os sale ni'o co o Sen or es s nas di,ersas ocasi@es da s a ,ida9 de proferiDlos ta bé co aIgre=a+ 0 e prolonga a obra de Cristo atra,és dos séc los.

Nerdade é 0 e a ling age dos sal os n'o é f cil para os crist'os: recorre+ por e-e plo+ aitos antropo orfis os ( e s é config rado F se el an&a do o e )+ atrib indo a e s bra&os'os+ pés+ o ,idos+ ol os+ boca+ l bios... co parando e s co fenJ enos da nat re*a (tro,'o+

,ento+ c ,a+ roc edo+ ontan a) o co obras anas (cidadela+ ro de prote&'o+ ref tra fonte de dific ldades para se entendere os sal os é oconceito de c eol+ no 0 al bons e a s+ inconscientes+ se encontraria ap6s a orte. Este conceito poré + foi cedendo ao de ,ida p6st a consciente+ co o se nota+ por e-e plo+ e Sl 7!(72)+!5D!8!$(!7)+#2D#39 #5(#$)+OD##9 38(3O)+#$.

Tais ele entos n'o i pedira 0 e toda a tradi&'o+ co se s santos e ísticos+ encontrassenos sal os a ,í,ida e-pans'o de afetos crist'os.

# I.8# D#S P8#.K87I#S

> li,ro dos Pro,érbios é o ais representati,o da literat ra sapiencial bíblica+ pois consta+ e boa parte+ de nor as ito antigas (séc a.C.)+ Fs 0 ais fora acrescentadas nor as e e-plana&@0 e pode ter orige nos séc los IN%III a.C.

> tít lo Pro,érbios trad * o ebraico Mesc ali + 0 e significa Hsenten&as+ -i as+ nor as> conte to religioso dessas p ginas é tanto p lide bora afir e ito clara ente 0 e o te or do Sen or é o princípio da ,erdadeira sabedoria(#5+#$.229 #$+$9 !!+3) e 0 e s6 e a,é de,e o o e depositar s a confian&a (!"+!!9 !O+!5). precisa ente essas características 0 ase profanas das -i as de Pr 0 e re,ela a s a índole arcaica:nas cortes dos reis+ nas fa ílias e nas escolas do >riente antigo+ os s bios ,isa,a a preparar os =o,ens para o bo dese pen o da s a ,ida ci,il.

> li,ro consta da no,a cole&@es+ assinaladas 0 ase todas por tít lo pr6prio: #+#9 #"+!!+#79 !3+!29 !5+#9 2"+#9 2"+#59 2#+#9 2#+#". Estas cole&@es era originaria ente independente

si9 de,e ter sido constit ídas a partir de cole&@es enores+ pois nelas se encontra alg asrepeti&@es9 (#"+# e #5+!"9 #"+$ e #"+##9 #"+#2 e #O+!O). Kara ente os pro,érbios est'o agrseg ndo te as do inantes9 se obedece a alg a orde + esta é de car ter poético o pedag6gico+tendendo a facilitar a e ori*a&'o.

As ais antigas cole&@es s'o as atrib ídas ao rei Salo 'o: #"+#D!!9 #$9 !5+#D!O9 !7. A pri econsta de 275 senten&as e a o tra de #!89 fora os oficiais do rei E*e0 ias 0 e+ por ,olta de 7"" a.C.recol era os pro,érbios da seg nda cole&'o. Salo 'o foi se pre considerado o aior s bio deIsrael+ a tor de tr s il senten&as+ confor e #Ks 5+#!. Nisto 0 e estas d as cole&@es for a o n<origin rio do li,ro+ este foi c a ado HPro,érbios de Salo 'o (#+#)+ e bora este rei n'o possa ser tidoco o a tor de toda a obra.


20/521

As cole&@es c a adas HPala,ras de Salo 'o (!!+#7X!3+!! e !3+!2X23) s'o anteriores aoe-ílio+ dada a s a analogia co as -i as de Salo 'o e ,isto o se paralelis o co os pro,érbiosegípcios de A ene op + escritos no co e&o do pri eiro il nio ante da era crist'.

As pala,ras de Ag r (2"+#D#3) e de La el (2#+#DO) de,e Dse a s bios da cidade de Mascolocada a norte da Ar bia ( n !5+#3Y). 1'o de a tores israelitas+ as era consideradas t'o ,erídicas0 e fora ass idas no li,ro dos Pro,érbios.

Entre a e o tra est a cole&'o de pro,érbios n éricos (2"+#5D22). En era pessoas+coisas o sit a&@es+ pondo e rele,o especial a


21/521

Parte IV – OS ESCRITOS SAPIENCIAIS (III): OS LIVROS DOECLESIASTES E DO C$NTICO DOS C$NTICOS

VISÃO ESQUEMÁTICA

# / > Li,ro do Eclesiastes

! / > Li,ro do C ntico dos C nticos


22/521

Parte IV – OS ESCRITOS SAPIENCIAIS (III): OS LIVROS DOECLESIASTES E DO C$NTICO DOS C$NTICOS

CONTEÚDO

# I.8# D# EC ESIAS%ES

> no e grego Eclesiastes é a trad &'o do ebraico Ro elet G o o e 0 e fala na 0a al ona asse bléia+ o o orador+ o pregador. Tal tít lo é tirado de Ecl #+!.#!9 7+!79 #!+8D#"9 significa 0a tor pertence ao círc lo dos s bios+ e 0 e no se li,ro trans ite refle-@es = propostas e asse bléia de s bios o discíp los.

> li,ro do Eclesiastes é pr6-i o do de 6. A bos trata do proble a da retrib i&'o de e saos o ens: en0 anto 6 parte da realidade do al (da doen&a...)+ o Eclesiastes procede da ,aidade oda defici ncia de todos os bens9 en0 anto o li,ro de 6 decorre sob a for a de di logo entre 6 e sea igos+ o do Eclesiastes é on6logo: o a tor disc te consigo es o a respeito da possibilidade deencontrar felicidade no go*o do pra*er (!+#D##)+ no trabal o (!+#8D!2)+ no c lti,o da sabedoria (!+#7)+ nas ri0 e*as (5+OX7+#)+ e ,erifica 0 e e t do decep&@es para o o e 9 todos os beasse el a a ,aidade9 isto é+ a sopro o ,ento: escapa 0 ando alg é os 0 er seg rar nas 'os(#+!.#39 !+#.##). T do se enca in a para a orte+ 0 e p@e ter o a t do: !+#79 2+#OD!#. 1ing é o e acontece depois desta: 2+#OD!!. E conse0 ncia+ o s bio aconsel a o leitor a go*ar dos pra*e

ateriais 0 e a ,ida presente l e oferece: 2+#!D#29 8+#59 O+7DO (co a+ beba+ ,istaDse be e perfcabe&a e co pan ia da esposa).

R e l o li,ro+ pode+ F pri eira ,ista+ ficar conf so. > a tor fala+ se ne-o l6gico+ de itoass ntos+ de onstrando n'o s6 pessi is o e rela&'o a t do+ as ta bé ceticis o: parece n'o ter ideal+ ne ni o na ,ida. ta bé a i press'o de ser aterialista+ pois reco enda o go*o dos pra*eres ateriais do o ento e afir a 0 e Ho o e n'o le,a ,antage sobre os ani ais...9 todos, do p6 e ,olta ao p6 (Ecl 2+#OD!").

Toda,ia a leit ra ais atenta do li,ro per ite ais e-ata co preens'o do es o.

D > a tor de Ecl+ co o o de 6+ n'o tin a no&'o de a ,ida p6st a consciente.Co partil a,a a idéia de 0 e+ ap6s a orte+ o ser ano entra e estado de torpor e se torna incapa*de receber a retrib i&'o de se s atos bons e a s9 por conseg inte+ = lga,a 0 e é nesta ,ida 0 e ee-erce s a = sti&a para co ns e o tros. >ra a e-peri ncia be ostra 0 e os í pios+ s'o itas

,e*es+ s bios e ricos+ ao passo 0 e os fiéis sofre perseg i&'o e iséria (O+!). Isto le,a o a tor do Eao des ni o.


23/521

Alé disto+ note os 0 e o Eclesiastes n'o é pensador espec lati,o+ dado F etafísica. Q+si + o e pr tico 0 e fala do 0 e ele obser,a e e-peri enta. E conse0 ncia+ ele di* 0 eHning é sabe se o alento do o e sobe para ci a e o alento do ani al bai-a F terra (2+!#). 1a,erdade+ ning é , a al a de ,i,ente percorrer a s a tra=et6ria depois da orte deste.>bser,e os+ poré + #!+7 H> espírito ,olta a e s+ se A tor .

D R ando o Eclesiastes reco enda o go*o dos bens ateriais+ ele n'o o fa* co o os ate s: ao

contr rio+ na falta de perspecti,a de reco pensa no alé + ele con,ida se s discíp los a go*ar dos bens0 e e s l e d no decorrer desta ,ida. >bser,e os be os di*eres de !+!3: H> tít lo C ntico dos C nticos e ebraico te o significado de s perlati,o: 0 er di*er Hoais belo dos c nticos o Ho canto por e-cel ncia .


24/521

> te a deste pe0 eno li,ro é o a or de o e c a ado Salo 'o (2+7DO) e rei (#+3D#!).Por a =o,e designada co o Ha S la ita (7+#)+ 0 e é g arda de ,in as e pastora (#+$D7). di,ersos poe as do li,ro descre,e o c rso desse a or+ 0 e ,ai desde o pri eiro despontar até a

ni'o n pcial+ passando por fases de esita&'o. Q certo 0 e entre as s cessi,as se&@es do li,ro n'o orde estrita ente l6gica9 toda,ia podeDse perceber a e,ol &'o da tra a do li,ro e sentido de a or progressi,o. A obra assi redigida n'o fala de e s e apresenta cenas de forte pai-'o9 é o 0 e te pro,ocado estran e*a atra,és dos séc los s scitando as ais di,ersas interpreta&@es do li,ro.

; 0 e = lg e 0 e Ct descre,e a ist6ria do a or do rei Salo 'o para co a =o,eS la ita o S na ita. > no e ebraico S ne o S la designa a cidade posta na pro-i idadede elboé (#S !8+3) e do Monte Car elo (!Ks 3+!5)9 o #U li,ro dos Keis enciona a bela Abisag deS na co o =o,e introd *ida na corte do rei a,i (#Ks #+29 !+!#D!!)9 ora o li,ro dos C nticos+ afalar da esposa+ se referiria a essa =o,e . 1oteDse+ poré + 0 e ta bé se pode interpretar S la itco o a for a fe inina ebraica de Salo 'o (e ebraico S elo o)9 portanto+ S la ita n'osignificaria deter inada pessoa ist6rica+ as a l er digna de Salo 'o.

M ito el or é a interpreta&'o aleg6rica do Ct. Ad ite 0 e+ sob a i age do esposo+ este=adireta ente fig rado o pr6prio e s e+ sob a i age da esposa+ a fil a de Sion+ o se=a+ o po,o Israel. Sabe os 0 e+ a partir da prega&'o dos profetas+ a fig ra das ns grandes ísticos crist'os+ especial ente S. Bernardo ( ##52) e S. o'o da Cr *( #5O#)+ interpretara o C ntico e sentido alegori*ante+ proc rando descobrir nessa obra a descri&das fases da ,ida espirit al do crist'o.

e resto+ a interpreta&'o 0 e , no Ct t'o so ente eco do a or nat ral entre o o e e al er+ foi proposta por Teodoro de Mops éstia ( 3!8)+ te6logo contro,ertido9 = a,ia sido defendi

por rabinos = de s9 até nossos dias conta co defensores entre e-egetas protestantes e cat6licos

Toda,ia es o estes ad ite 0 e+ alé de ter sentido nat ral o ano (o lo ,or do a or con= galco o do de e s)+ o Ct te sentido teol6gico o religioso+ acenando ao a or de e s para co se po,o.

R anto F a toria do li,ro+ os = de s antigos a atrib e ao rei Salo 'o9 para isto+ basea,a Dsno tít lo (#+#) e na cita&'o do rei e #+39 2+7D##9 8+##9 ade ais e #Ks 5+#! l Dse 0 e Sa pron ncio il e cinco c nticos+ entre os 0 ais+ seg ndo os antigos+ de,eria estar o C ntico dC nticos.

Toda,ia é co o=e e dia negarDse a a toria de Salo 'o9 o tít lo pode ser artifício de pse doní ia. Co efeito+ ,erificaDse 0 e a i age das n


25/521

no séc lo N o no séc lo IN a.C.9 nada ais a respeito da orige do li,ro se pode di*er coseg ran&a. Precisa ente ap6s o e-ílio Israel ,i,ia entre esperan&a e edo+ entre e-pectati,as edecep&@es9 ora a tra a dra tica do C ntico parece e-pri ir essa sit a&'o ist6rica e psicol6gica d po,o prostrado e reerg ido9 o li,ro le bra o a or se pre fiel de a,é+ disposto a receber a esposainfiel se pre 0 e ela 0 eira ,oltar ao se pri eiro a or.

Entre os = de s antigos+ a canonicidade do C ntico foi posta e d C ntico foco sendo o te-to lido abit al ente na P scoa dos = de s+ pois prop@e a alian&a e

e s e se po,o+ alian&a tra,ada solene ente por ocasi'o da pri eira P scoa. Entre os crist'os+ n'oo ,e d li,ro é interessante ta bé do ponto de ,ista da c lt ra = daica+ pois reprod * cost esatri oniais até o=e ,igentes no po,o = de : assi + por e-e plo+ a celebra&'o das n


26/521

Parte V – OS ESCRITOS SAPIENCIAIS (IV): OS LIVROS DASA#EDORIA E DO ECLESIÁSTICO

VISÃO ESQUEMÁTICA

# / > Li,ro da Sabedoria

! / > Li,ro do Eclesi stico


27/521

Parte V – OS ESCRITOS SAPIENCIAIS (IV): OS LIVROS DASA#EDORIA E DO ECLESIÁSTICO

CONTEÚDO

# I.8# DA SA7ED#8IA

> li,ro é c a ado+ nos antigos an scritos+ Sabedoria de Salo 'o9 donde se fe* Li,ro daSabedoria.

Tal escrito e-alta a sabedoria de Israel+ tendo e ,ista o ateís o e a idolatria do a biente 0 ecerca,a o escritor. Este lo ,or da sabedoria decorre e tr s partes9

D #+#$X5+!2: a sabedoria é fonte de retid'o e de i ortalidade. > a tor co para entre si o = stoe os í pios9 ostra 0 e a prepot ncia dos a s sobre os bons na ,ida presente ceder F in,ers'o dassortes9 os í pios ser'o ,íti as de orrí,el decep&'o+ ao passo 0 e os = stos reinar'o co e s na ,ida p6st a. S bio é a0 ele 0 e+ desde a ,ida presente+ sabe escalonar os ,alores de odo definiti,o+ n'ose dei-ando il dir por bens transit6rios opostos F Lei de e s.

D $+#XO+#8: a orige e os predicados da sabedoria s'o propostos. Q do de e s+ 0 e de,e sei plorado e 0 e é de odo especial+


28/521

li,ro da Sabedoria+ 0 e e s as pri eira e terceira partes é a apologia da fé = daica e daPro,id ncia i,ina e fa,or do po,o eleito9 recordando o passado glorioso de Israel (principal ente asaída do Egito+ 0 e fora atingido por pragas di,ersas) e pro etendo a reco pensa aos fiéis seg idoresda Lei (Sb 2X5)+ o a tor 0 eria diss adir os se s correligion rios de aderir aos cost es pag'os+

A parte central do li,ro (Sb $XO) ta bé obedece a essa finalidade apologética. E-altando asabedoria+ o a tor 0 er ostrar aos leitores 0 e a Sabedoria = daica e nada era inferior F grega9

contr rio+ ais nobre ainda era+ pois te s a orige e e s (Sb O+O) e participa dos predicados pr6prio e s (Sb 7+!!D!7)9 ela é colaboradora de e s na cria&'o e na conser,a&'o do ndo co o nasantifica&'o dos = stos (Sb 7+!#9 8+#D$9 O+2D#!). Q fa iliar a e s (Sb 8+2) e assistente do se troO+3). 1en a se&'o do Antigo Testa ento ,ai t'o longe na descri&'o e personifica&'o da Sabedoria.> a tor sagrado 0 er opJDlo F sabedoria grega+ 0 e era c lt ada nas religi@es de istérios conforrit ais secretos e indecorosos (Sb #3+!2).

o ponto de ,ista do trin rio+ Sb é de grande i port ncia n'o s6 por apresentar tal i age daSabedoria+ as ta bé por des,endar po co a sorte p6st a do o e . A concep&'o do C eol(l gar s bterr neo+ onde estaria inconscientes+ bons e a s depois da orte) cede a no&@es pr6-i as do 1o,o Testa ento e ais e-atas. Co efeito+ seg ndo Sb+ o o e + criado por e s coespecial bene,ol ncia (Sb 7+#9 O+#D!)+ consta de corpo e al a. A al a n'o é pree-istente ao corpoapesar do 0 e parece insin ar os ,ersos 8+#OD!"9 este trec o apenas significa 0 e e-iste bo

ar onia e correspond ncia entre corpo e al a. e s fe* o o e para a i ortalidade+ de acordo coa s a i age + as foi por in,e=a do diabo o do tentador 0 e a orte entro no ndo ( n !+#79 2+##8). Acontece+ poré + 0 e as al as dos = stos+ depois de ,ida reta le,ada na terra+ go*a de plenfelicidade o do fr to de s as lab tas (Sb 2+#DO9 5+#$D#7). Assi o proble a do al+ t'o tor ent para 6 e Ecl+ se resol,e na teologia do Antigo Testa ento9 a prosperidade dos a s e os sofri entosdos bons = n'o s'o a sil ncio de Sb sobre a ress rrei&'o p6st a e-plicaDse tal,e* pelo fato de 0 e no Egito afilosofia grega era contr ria a esta concep&'o9 por isto o = daís o no Egito ter le,ado ais te po para ad itir n'o s6 a retrib i&'o p6st a+ as ta bé a ress rrei&'o da carne.

1a ,erdade+ o li,ro de Sb al de n'o po cas ,e*es F filosofia grega9 o a tor ostra 0 e acon ecia be + e bora n'o se ten a dei-ado por ela afastar das gen ínas concep&@es religiosas do = daís o9 Sb !+#59 (a teoria dos to os)9 Sb !+#DO (o aterialis o dos epic re s)9 Sb ##+!2X#!+

anis o elenista). Alé disto+ o ,ocab l rio grego do te-to original de Sb é rico de ter os itos ais na filosofia da época (Sb !+!29 ##+#79 #3+2). > a tor+ ali s+ se dirige aos = í*es e aos re

terra+ proc rando ostrarDl es os ca in os da ,erdadeira filosofia (Sb #+#D#59 $+#D##9 8+#"D#5)> li,ro da Sabedoria+ escrito tardia ente e e líng a grega+ n'o foi recon ecido co o

canJnico pelos = de s9 por conseg inte+ ta bé n'o se encontra no cat logo dos protestantes. ?oi poré + adotado co o escrit ra canJnica pelos crist'os desde os pri eiros séc los+ +0 e ,ia e Sb o passo ais adiantado do Antigo Testa ento e rela&'o ao 1o,o Testa ento.

# I.8# D# EC ESINS%IC#

> tít lo ebraico deste li,ro é HPala,ras (Sabedoria)... do fil o de Sirac . A trad &'o grega oc a a HSabedoria de es s+ fil o de Sirac o HSabedoria de Sirac . >s crist'os de líng a latdera Dl e o tít lo de Ecclesiastic s + pois este li,ro era apresentado aos catec< enos (F0 eles 0 e


29/521

prepara,a para o Batis o) co o an al de inicia&'o aos bons cost es e F ist6ria do AntigoTesta ento9 era o li,ro da HEcclesia (Igre=a)9 daí di*erDse HEclesi stico .

> Eclesi stico+ de certo odo+ corresponde F Pro,érbios9 re,ela+ poré + a fase do pensa ento israelita ais e,ol ído. Co efeito9 o a tor aborda tre as ito di,ersos+ relati,os ao bo co porta ento dos leitores9 o te or de e s+ a a i*ade+ os anci'os+ as l eres+ a ri0 e*a+ pobre*a+ a doen&a+ a edicina+ os de,eres de estado (#+#X3!+#3)9 notaDse 0 e as senten&as est'o

agr padas por ass nto do 0 e e Pro,érbios+ e bora n'o a=a orde perfeita entre as es as. Aseg ir+ desen,ol,e te a teol6gico+ a saber: a gl6ria de e s+ 0 e se anifesta nas obras da cria&'o(3!+#5X32+27) e na ist6ria de Israel (33+#X5"+!2)9 ao 0 e se seg e trec os co ple entares sobrdi,ersos ass ntos (5"+!3X5#+28). A seg nda parte do li,ro (3!+#5D5"+!2) corresponde a Sb #"X#O: é

a reDleit ra do passado e perspecti,a ais prof nda9 ostraDnos co o = de do séc lo II a.Cco preendia a ist6ria de Israel (paralelo e #Mc !+5#D$3).

> ponto alto do li,ro é !3+#D239 neste capít lo a sabedoria é personificada co o e Pr 8+#D2$O+#D$9 6 !8+#D!89 Br 2+OX3+39 Sb 7+!!D2". > a tor ,ai ais longe do 0 e o de Pr ao atribsabedoria características de pessoa9 é ito nida a e s e+ ta bé + distinta de e s / o 0 e de certo

odo antecipa a re,ela&'o da seg nda Pessoa da SS. Trindade9 S'o o'o (#+#D#8) aplicar ao Logo(Nerbo) di,ersas das ati,idades e propriedades da Sabedoria. Ta bé c a a a aten&'o a identifica&'oda Sabedoria co a Tora (Lei) de Moisés9 esta ia crescendo na esti a do po,o de Israel+ 0 e atrib ía FLei predicados de pessoa pree-istente F pr6pria cria&'o do ndo. > li,ro de Bar c (2+OX3+3) ostraa es a tend ncia a identificar sabedoria e Tora. Esta tend ncia se de,e pro,a,el ente ao fato de 0 eno séc lo N a.C. o ,e e er salé a refor a de Esdras+ 0 e inc ti ao po,o grande a or F Tora e pro o,e a reno,a&'o da Alian&a co a,é.

E Eclo 5"+!7D!O o a tor assina o li,ro. C a aDse+ seg ndo o te-to dos L + H es s+ fil oSirac+ fil o de Elea*ar+ de er salé . Por ca sa do se pai+ o a tor (e o respecti,o li,ro) é c a aHSir cides o HSir cida. Este de,e ter sido s bio+pertencente ao gr po dos s bios de er salés a c lt ra e o se *elo pelo est do da sabedoria se depreende do pe0 eno retrato 0 e ele apresentde si es o e Eclo 5#+#2D2"+ co o ta bé da i age do do tor da Lei esbo&ada e Eclo 28+!3X 2O+##. este =o,e + o Sir cides est do os li,ros do Antigo Testa ento+ o ,i o tros s bios e i

edito sobre 0 est@es f nda entais da ,ida ana9 alé disto+ ,ia=o por terras estrangeiras e acons lto no,os fontes de saber+ co risco es o para s a e-ist ncia (23+OD#!9 2O+39 5#+#D#!. A preparado por pes0 isas e refle-@es+ resol,e f ndar a HCasa o a Escola da Sabedoria e er salé para a 0 al con,ida,a todos os se s concidad'os (5#+!2D!O). > Sir cides era consciente da s a f n&'ode estre9 por isto ele assino o li,ro 0 e escre,e (5"+!7D!O) / coisa 0 e os escritores do AntigoTesta ento n'o cost a,a fa*er.

> a tor de,e ter escrito s a obra por ,olta de #O"D#8" a.C. e er salé + = 0 e o se neto

(d as gera&@es depois) a trad *i para o grego e #2! a.C. Q de notar 0 e a Palestina acabara d passar para o do ínio dos sírios e #O8. Estes proc rara i por aos = de s cost es pag'os+,iolentando as consci ncias de Israel. Esta press'o c egaria ao a ge so Antíoco IN Epifanes (#75D#$20 e pro,oco a re,olta dos ir 'os Macabe s. 1este conte-to co preendeDse el or o *elo doSir cides pelas tradi&@es religiosas e ci,is do se po,o9 ele é c eio de fer,or pelo Te plo e se rit alc eio de esti a pelo sacerd6cio e pelos escritos sagrados do se po,o.

> te-to original do Eclo foi redigido e ebraico+ co o atesta o pr6logo (, !!). Toda,ia ooriginal perde Dse9 final ente e #8O$ fora encontrados tr s 0 intas partes do es o n a g eni*(G dep6sito de rolos sagrados postos fora de so) de a sinagoga do Cairo9 cont do essa c6pia dooriginal+ 0 e data da Idade Média+ n'o é de boa 0 alidade. E #O$3 fora ac ados e Massad + =

ao Mar Morto+ ais 0 atro capít los do Eclo+ e an scrito datado do séc lo I a.C. E R ran+ 1o do Mar Morto ta bé fora descobertos frag entos do Eclo.


30/521

> te-to grego+ 0 e se de,e ao neto do a tor+ torno Dse o te-to s al e canJnico entre oscrist'os. Acontece+ poré + 0 e di,ersos an scritos desse te-to grego+ os 0 ais apresentadi,ersas ,ariantes+ incl si,e ,ersíc los a ais o a enos. Q o 0 e e-plica 0 e certas edi&@es,ern c las do Eclo apresente d as n era&@es de ,ersíc los9 o leitor 0 e encontre a cita&'o dEclo te 0 e estar atento F di,ersa n era&'o dos ,ersíc los.

E bora o Eclo n'o se=a recon ecido co o canJnico entre os = de s+ é certo 0 e estes ito o

esti a,a e lia + co o pro,a os an scritos ebraicos encontrados no Cairo+ e Massad eR ran.

> li,ro se disting e por s a for a liter ria. Esta abrange a disposi&'o ito si ples de pro,érbios o senten&as se el antes Fs de Pr (Eclo 3+!"D2#)9 7+#D!!9 8+#D#O)+ e c ega F elabor

inos not ,eis: ,e=a Dse+ por e-e plo+ os 0 e lo ,a a grande*a e o poder de e s na cria&'o (Ecl2O+#!D259 3!+#5D!$)+ os 0 e e-alta os feitos dos antepassados (Eclo 33+#+!7)+ as preces (Eclo !22$+#D#7)+ a a&'o de gra&as (Eclo 5#+#D7). > elogio da Sabedoria aparece e Eclo #+#D#"9 3+!3+#D239 o dos édicos+ e Eclo 28+#D#59 o da odera&'o da líng a e Eclo !8+#2D!$. 1ote os 0diante das isérias da ,ida e da orte+ o Eclo n'o e-peri enta as in0 ieta&@es de 6 e de Eclesiastes9ele as con ece+ ito pro,a,el ente+ as encontra na s a fé a fonte de serenidade (e bora n'oti,esse no&'o de ,ida p6st a consciente+ as acreditasse no c eol)9 (cf. Eclo 3"+#D##9 3#+#D3)senso religioso do Sir cides é ais perceptí,el do 0 e o do li,ro dos Pro,érbios (Eclo #+##D!89 #3+!" X#5+#"9 23+#2D#7).

E síntese+ o Eclo é i portante+ por0 e apresenta balan&o da tradi&'o = daica na s a époe fa* eco a todas as Escrit ras anteriores. Q de leit ra agrad ,el+ apta a despertar confian&a e oti is


31/521

Parte VI – OS ESCRITOS PRO%"TICOS (I): INTRODUÇÃO GERAL EO LIVRO DE ISA&AS

VISÃO ESQUEMÁTICA

# / >s Escritos Proféticos (Introd &'o geral)

! / > Li,ro de Isaías


32/521

Parte VI – OS ESCRITOS PRO%"TICOS (I): INTRODUÇÃO GERAL EO LIVRO DE ISA&AS

CONTEÚDO

#S ESC8I%#S P8# K%IC#S I$%8#D!>?# &E8A

A pala,ra profeta n'o significa necessaria ente Ha0 ele 0 e predi* o f t ro + as se predesigna Ha0 ele 0 e fala e no e de e s + se=a para predi*er o f t ro+ se=a para interpreta presente.

>s profetas+ assi entendidos+ se pre e-istira no po,o de Israel a partir de Abra'o+ oconfidente do Sen or n #8+#7D#O). A pri eira l er tida co o profeti*a é Maria ir ' de MoisésE- #5+!". A partir de Sa el (séc l a.C.) até Mala0 ias (séc N a.C.)+ a série dos profetas foiininterr pta. Ta bé na época de Sa el e depois+ florescera os c a ados Hcolégios de Profetas(lS #"+59 #O+!"9 lKs !"+259 !Ks !+2.5.7.#59 A 7+#3)9 era co nidades 0 e ,i,ia e pobre*(!Ks 3+2$s9 $+#D$) e obedi ncia (lS #O+!"9 lKs !!+##9 !fKs !+2+5.7+#5.. .)9 os se s e bros ente -tase sob o infl -o de s gest'o indi,id al o c6leti,a (lS #"+#"D#!9 #O+!"D!3)+ i p lsionacio por


33/52


34/521

A partir do séc. NIII+ os críticos disc tira a nidade do li,ro de Isalas. Ap6s itas d !U Isaías (3"DD35). Este bloco se de,e a a tor o a a tores anJni o(s) ( tero oSeg ndo lsaías)+ 0 e pregara e escre,era na BabilJnia+ an nciando aos israelitas aí deportados ai inente liberta&'o e a ,olta F Terra Santa (sec. NI a.C.).

A sit a&'o ist6rica s posta por Is 3"DD55 difere da do séc. NIII (Is #D25): os re os de Sa arad = n'o e-iste 9 os se s cidad'os fora despo=ados e deportados+ e castigo de s as infidelidade

3!+#8D!59 32+5D7.!$D!89 37+$9 5!+59 er salé e o Te plo est'o destr ídos e a s a resta ra profeti*ada: 33+!$D!89 35+#29 3O+#5D#7.#O9 5!+O9 a na&'o 0 e reté os = de s+ é BabilJnia+

arrogante+ as prestes a cair e r ínas9 37+5DO9 o rei Ciro da Pérsia parece con ecido aos leitoa,é o dirigir contra a BabilJnia9 3$+#D#29 37+#D##9 os leitores s'o esti lados F confian&aalegria+ pois se apro-i a o fi do e-ílio9 3"+l"s.!79 3#+#"D#29 3$+#!s9 38+!".

Te Dse a i press'o de 0 e o a tor dos di*eres est fisica ente presente aos se s o ,intes+ poisos interpela e to ,i,o e caloroso9 3"+!#.!$.!89 32+#"9 38+89 5"+#"... 1 nca dirige pala,rascondenat6rias contra Israel+ as apenas contra BabilJnia9 3#+##D#$9 3!+#3D#79 32+#3s. >s or cconsolo s'o arcantes+ predi*endo o c pri ento das antigas pro essas essi nicas (3#+!5D!O9 3$+8#!)+ a liberta&'o do po,o e a tra,essia pelo deserto e de anda da Terra Santa (3#+#7D!"9 32+#D73O+7D!$)+ a gl6ria da f t ra er salé (5#+#7D5!+!9 53+#D2.##D#7)+ a con,ers'o dos gentios #7.!!D!59 55+2D5).

Inseridos e 3"DD55+ est'o os 0 atro HC nticos do Ser,o de a,é + 0 e fala da e-pia& prestada por Ser,o Inocente e fa,or dos se s ir 'os pecadores. S'o profecias essi nicas+ 0 e


35/521

pro=eta no,a l * sobre o sentido do sofri ento9 este pode recair sobre os = stos+ 0 e assi prestasatisfa&'o pelos pecados al eios. isp@e Dse do seg inte odo: Is 3O+#D$: a ,oca&'o do Ser,o

a,é9 Is 3!+#D3: os predicados do Ser,o de a,é9 Is 5"+3DO: a Ingrata iss'o do Ser,o de a,é9 Is 5!+#52+#!: a orte e a glorifica&'o do Ser,o de a,é.

Estes c nticos+ assi esparsos no bloco 3"DD55+ parece ter orige independente destcon= nto+ 0 e n'o é possí,el reconstit ir co clare*a.

> 2U Isafas (5$D$$). ifere de Is #DD25 e Is 3"DD55 tanto por se f ndo ist6rico co o pote tica e se estilo. Si 9 trata de consolar e e-ortar os = de s recente ente repatriados do e-ílio.Israel+ de no,o na Terra Santa+ constit i a co nidade religiosa9 parece+ poré + 0 e é infiel F Ldo Sen or9 est desani ado diante dos obst c los 0 e se op@e F reconstr &'o do Te plo e da CidaSanta9 os pr6prios anci'os e aiorais. se ostra indignos de s as f n&@es. 1'o obstante+ o profetareafir a as antigas pro essas de a,é+ principal ente as 0 e se refere F no,a er salé + ponto decon,erg ncia tanto dos = de s fiéis co o dos pag'os con,ertidos ao Sen or na era essi nica+

Ne=a os+ por e-e plo+ co o a sit a&'o ist6rica de Is 5$D$$ = n'o é a do e-ílio (587D52a.C.): o po,o = abita a ontan osa e acidentadare+. " da Palestina (Is 57+5D7)+ 0 e contrasta co as planícies da BabilJnia+ Irrigadas por belos canais er salé se ac a parcial ente po,oada+ as aindan'o de,ida ente reconstr ída9 $"+#"9 $#+39 as cidades enores da Terra Santa ainda se encontrade,astadas9 $3+O9 o Te plo Santo ainda est e r ínas ($3+l>s)+ e bora = se pense e reconstr i($$+#)9 o po,o ,i,e ang stiado n'o por ca sa da opress'o de ini igos+ as e ,irt de da infidelidadedos pr6prios = de s9 57+\2D59 5O+OD#!9 $#+#D29 $2+#8s9 os c efes da co nidade oc paconsigo do 0 e co o po,o9 5$+#"D#!9 cont do o Sen or en,iar s a sal,a&'o+ as n'o por obra dCiro o do Ser,o de a,é9 $"+!!9 $#+#D29 $!+7s9 $$+#!s9 o Sen or pro ete a reconstr &ao do Te(5$+5D8+ 58+!+ $!+O+ $$+$.!")+ 0 e ser fa oso centro do c lto de a,é (cf. $"+7.#2).

> Profeta+ e Is 5$D$$+ dei-a de ser propria ente o Consolador+ para fa*er as ,e*es de Pastoro tor e Sal ista. Le bra as se,eras e-ig ncias do c lto e da Lei do Sen or+ e partic lar o s bado

(5$+!+3D$9 57+$D#!9 58+#2s9 $5+#D$9 $$+2s). Kepreende os id6latras e infiéis (5$+8D57+#29 58Kecita profiss@es de fé e de penit ncia (5O+#D39 $2+7D$3+##). Trans ite instr &@es a respeito doda ora&'o (58+#D#!).

Q de crer 0 e o bloco 5$DD$$ se=a a colet nea de or c los de,idos a di,ersos a tores+ 0dera orige ao li,ro c a ado Ho Terceiro (o Trito)DIsaías .

N Dse+ pois+ 0 e di,ersas 'os concorrera para confeccionar o li,ro de Isaías tal co o eleo=e se encontra+ sendo 0 e a


36/521

Parte VII – OS ESCRITOS PRO%"TICOS (II): OS LIVROS DE EREMIAS E DE #ARUC

VISÃO ESQUEMÁTICA

# / > Li,ro de ere ias

! / > Li,ro das La enta&@es

2 / > Li,ro de Bar c


37/521

Parte VII – OS ESCRITOS PRO%"TICOS (II): OS LIVROS DE EREMIAS E DE #ARUC

CONTEÚDO

# I.8# DE 4E8E"IAS

Ao profeta ere ias s'o atrib idos o li,ro de profecias e o das La enta&@es.

ere ias ($5"D5$7 a.C.) nasce e Anatot+ perto de er salé . Por ,olta de $!$+ foi c a ado Fiss'o de profeta (#+!9 !5+2)+ 0 e ele e-erce e circ nst ncias ito dificeis. > reino de d er

cada ,e* ais a ea&ado por ad,ers rios9 ora ere ias de,ia di*er ao rei e ao po,o 0 e n'o fi*essealian&as políticas co estrangeiros+ as se s b etesse aos babilJnios+ 0 e acabara destr indo

er salé e 587. Por ca sa do teor de s a prega&'o+ ere ias foi d ra ente perseg ido: e scidade de Anatot+ os concidad'os 0 isera corden Dlo F orte+ por0 e l es cens ra,a os cost e(##+#8D#!+$). ere ias transferi Dse ent'o para er salé e+ pelo es o oti,o+ foi colocado nc rcere pelo sacerdote ?ass r (#8+#D!"+$). Libertado da pris'o+ predisse a r ína da Cidade Santa e Te plo e+ por isto+ foi condenado F orte pelos sacerdotes e os falsos profetas+ as escapo + ais ,e*+ da orte (!$+#D#O).

E $"5+ ere ias dito ao se secret rio Bar c os or c los 0 e ele tin a proferido desde co e&o da s a iss'o o desde $!$ (2$+!)9 Bar c le Dos para o po,o no Te plo. Ent'o o rei oa0 i +de d + ando 0 ei ar esse escrito (2$+!7). E conse0 ncia+ o profeta os dito de no,acrescentandoDl es ainda o tros ,aticínios (2$+2!). > rei Sedecias+ posterior a oa0 i + ais de ,e* ando encarcerar ere ias co o traidor da p tria (27D2O). er salé tendo caído sob os golpede 1ab codonosor e 587+ ere ias foi libertado da pris'o e 0 is ficar na Terra Santa+ = nto a

odolias+ 0 e o in,asor colocara co o Prefeito F frente de d (3"+#D$). Toda,ia odolias foassassinado por = de s+ 0 e f gira para o Egito le,ando consigo o Profeta (3!+#D32+#2). 1este pa

ere ias ainda e-orto a s a gente F penit ncia (33+#D2"). Ke*a a tradi&'o+ F 0 al parece al dir##+27+ 0 e ere ias orre apedre=ado pelos = de s 0 e n'o o 0 eria o ,ir no Egito.

ere ias era dotado de grande sensibilidade+ de odo 0 e sofre prof nda ente d rante toda a,ida de profeta. esde o início+ o Sen or l e disse 0 e de,eria Harrancar e destr ir+ e-ter inar ede olir (#+#"). Ele tin a 0 e an nciar a desgra&a n a atit de aparente ente derrotista antipatri6tica (!"+8D#")9 os reis+ os sacerdotes+ os falsos profetas e o po,o o tin a co o H o edisc tido e debatido pelo país inteiro (#5+#"). A dor 0 e tal sit a&'o l e ca sa,a+ e-pri eDfre0 ente ente atra,és das Hconfiss@es o relatos a tobiogr ficos de ere ias9 #!+#D$9 #5+l>s.#!"+7D#2.#3D#8. Apesar dos se s o entos de fadiga+ o profeta reagia se pre+ depositando final en

s a confian&a e e s: HLo ,ai a,é+ pois li,ra a al a do pobre das 'os dos per,ersosV (!"+#2).


38/521

Por ter sido o o e das dores+ ere ias é tido co o fig ra do Cristo es s9 é o tipo do ara tda Pala,ra de e s 0 e sofre d ras contradi&@es por ser fiel F s a iss'o. Pelo es o oti,o+

ere ias d início+ na ist6ria do po,o de e s+ F corrente dos Hpobres (ana]i ) de a,é 9 e taconte-to+ pobre é a0 ele 0 e carece de a paro ano e+ por isto es o+ ais se apoia e e s9conser,a a fé e a confian&a n a al a destit ída de 0 al0 er pres n&'o o arrog ncia.

> li,ro de ere ias conté os teste n os dos 0 arenta anos de prega&'o do profeta ($!$D

58$). A ist6ria políticoDreligiosa desse período est + de certo odo+ retratada e se s ,aticínios9orde destes n'o é rigorosa ente l6gica ne cronol6gica. Co o 0 er 0 e se=a+ o li,ro pode ser di,idido e tr s partes:

#) !D!5+ or c los contra d e er salé 9!) !$D35+ notícias biogr ficas sobre a ati,idade de ere ias desde o início do reinado de

oa0 i até a 0 eda de er salé e a f ga para o Egito92) 3$D5#+ or c los contra os gentios. ^ g isa de pr6logo+ é narrada a ,oca&'o de ere ias (ca

#) e+ e estilo de ap ndice+ notícias sobre o fi de er salé (cap. 5!).

e,eDse notar 0 e e-iste grande diferen&a entre o te-to ebraico de ere ias e o te-to gregodos L . Este é ito ais bre,e+ dado 0 e aí falta 0 ase a oita,a parte o apro-i ada ente !.7"",oc b los do te-to ebraico. Essas o iss@es+ Fs ,e*es+ ,ersa sobre pala,ras de po ca i port ncia+as e , rios casos toca ,ersíc los o es o passagens inteiras (!O+#$D!"9 22+#3D!$9 2O+3D#2Alé do ais+ o te-to grego apresenta o tra orde de ,aticínios+ pois ap6s !5+#2a , os or c loscontra os gentios (3$DD5# do ebraico)+ dispostos de odo pr6prio.

1'o é f cil e-plicar esta di,erg ncia. A senten&a ais pro, ,el ad ite d as recens@es do te-toebraico: a ais longa+ e o tra ais bre,e9 a partir desta+ ter sido confeccionada a trad &'o do

L . Alé disto+ pode Dse ad itir o iss@es e interpola&@es do te-to por parte dos trad tores.

> li,ro de ere ias é de rico conte li,ro é+ e itas de s as partes+ o espel o da piedade e dos ínti os senti entos deere ias e rela&'o a e s e ao se po,o. Especial ente as passagens ditas [Confiss@es

teste n a a fa iliaridade do profeta co o Sen or e s: ##+#8D!29 #!+#D$9 #5+#"D!#9 #7+##8+#8D!29 !"+7D#8 (o a tor prop@e a e s as s as indaga&@es+ os se s ge idos e as s as pr>corre + si + senti entos de ,ingan&a (#!+#29 #7+#89 #8+!#D!2)+ de des ni o (#!+29 #5+#".#$s9#")+ as s perados por pala,ras de encora=a ento e confian&a (#!+59 #5+#OD!#9 !"+##D#2) ,erdadeiro a or ao po,o de d a ea&ado (3+#OD!#9 8+!#DO+#9 #3+ #Di5+5.i#9 #8!"). A or

ere ias te grande ,alor = nto a e s (7+#$9 ##+#39 #3+##).

b) A no,a e definiti,a Alian&a é descrita a partir da e-peri ncia pessoal e ística do profeta: a

Lei de e s estar gra,ada nos cora&@es (2#+2#D22 e !3+79 2!+ 2O)9 todos con ecer'o a e s níntí o (2#+23a) e receber'o o perd'o dos pecados para le,ar a ,ida no,a (2#+23b9 22+8). > Messiasser ?il o de a,i e insta rador de no,a orde (!2+#D8). Merece ser lidas atenta ente as passagensseg intes+ e 0 e a ,olta do e-ílio e a orde essi nica s'o descritas si ltanea ente: 2#+#"D!2922+$D!!. ConfiraDse ;b 8+8D#29 #"+#5D#79 ML !$_!89 o 3+3!9 !Cor 2+!.$.#39 l o !+#!D#3.

ere ias+ altratado d rante os anos de s a iss'o+ foi e-altado pelos pasteres+ 0 e l eatrib ira grande a toridade. ?oi tido co o o a igo e o intercessor de se po,o = nto a e s no alé 9!Mac#5+#2D#59 !+#D8. Q citado e n O+! e Eclo 3O+7DO. Propondo a Alian&a no,a f ndada sreligi'o do cora&'o+ ere ias torno Dse o pai do = daís o e s a corrente ais p ra9 e-erce infl -e E*e0 iel (E* 2$+!2D2!)+ no !U Iaías (Is 3O+#9 5!+#2D52+#!) e e , rios sal os (SI #28 o #2

o 3"9 3# e 3! o 3! e 32...). A s a ,ida de abnega&'o a ser,i&o de e s o fe* i age do Ser,idor dea,é (Is 52)+ 0 e é o pr6prio Cristo.


39/521

# I.8# DAS A"E$%A>OES

As La enta&@es , a ser a cole&'o de cinco c nticos+ 0 e c ora a 0 eda da CidadSanta er salé e 587 a.C. >s 0 atro pri eiros s'o acr6sticos+ isto é+ as letras iniciais dos se s,ersíc los for a o alfabeto ebraico seg ndo a série das s as !! letras. > 0 into c ntico n'o éacr6stico+ as te tantos ,ersíc los (!!) 0 antas s'o as letras do alfabeto ebraico.

1o pri iro c ntico+ o poeta e a cidade personificada la enta a destr i&'o de er salé 9recon ece a c lpa do po,o.

1o seg ndo c ntico o a tor lasti a a p ni&'o de er salé e e-orta a cidade F penit ncia (!+##O)9 e !+!"D!!+ er salé pede iseric6rdia.

1o terceiro c ntico+ o a tor descre,e a s a dor diante da desgra&a de er salé e s a esperan&na iseric6rdia di,ina.

` 1o 0 arto c ntico+ ais a ,e* é pranteada a r ína de er salé castigada seg ndo a = sti&a

> 0 into c ntico te a for a de ora&'o (H>ra&'o do Profeta ere ias + confor e a N lgatalatina)+ 0 e i plora a a= da de e s para as ,íti as da cat strofe de er salé + E 3+!#s l Dse predi&'o de r ína para Edo + po,o ,i*in o de d + 0 e+ ap6s 87 a.C.+ longe de apoiar d ,encapro,eito Dse da desgra&a de er salé .

A tradi&'o atrib i ao profeta ere ias a a toria das La enta&@es+ apoiandoDse e !Cor 25+0 e apresenta o profeta co o a tor de La enta&@es. 1a ,erdade+ ere ias n'o teria dito 0 e ainspira&'o profética se a,ia esgotado ( r 3!+7D!! e L !+O)+ ne teria esperado a -ílio do Egito (27+7s e L 3+#7)+ ne teria elogiado o rei Sedecias ( r !!+#2D!89 27+# 7s e L 3+!")+ ne teapelado para a c lpa dos pais ( r 2#+!O e L 5+7)... Mais: o estilo espont neo de ere ias dificil ense teria en0 adrado dentro do rígido artifício dos poe as acr6sticos.

E conse0 ncia+ as La enta&@es s'o atrib idas a o ais a tores anJni os 0 e = lg e 0 e os cap. # e 5 s'o de a tores diferentes)9 ter'o sido redigidas na pr6pria Terra Santa+ sob i pacto recente da cat strofe de 587 a.C.+ a finalidade ter sido lit


40/521

sabedoria co a Lei de e s e e-orta Israel a ,oltar para a fonte da s a felicidade+ 0 e é a obser, nciada Tor (G Lei). A terceira parte (35D5+O) é o tro poe a+ no 0 al er salé personificada se dirise s fil os no e-ílio+ e-ortandoDos F corage e F perse,eran&a na fé (3+5D!O)9 depois do 0 e o proconsola er salé atrib lada+ recordandoDl e as pro essas essi nicas (3+2"D5+O).

A introd &'o (#+#D#3) foi escrita direta ente e grego. > resto do li,ro de,e ter sido redigidooriginaria ente e ebraico+ as at al ente s6 e-iste no te-to grego dos L + a partir do 0 al fora

feitas trad &@es latinas. As características do li,ro (especial ente o lo ,or F Sabedoria e Br 2+OD3s'o da época posterior ao e-ílio9 es o 0 e = lg e tratarDse de obra de eados do séc. l a.C.onde se , 0 e Bar c n'o é o a tor de tal li,ro9 é de crer 0 e os escritos relati,os F destr i&'o deer salé fora na tradi&'o = daica atrib ídos a ere ias e a Bar c. Este cap. $ de Bar c o epístola de ere ias encontraDse nos an scritos gregos do AntigoTesta ento logo depois de L + co o li,ro F parte. >s te-tos latinos e sírios a ane-a a Br co osendo Br $. > te-to original parece ter sido ebraico.

A carta ,e a ser a e-orta&'o aos e-ilados para 0 e n'o caia na idolatria do a biente babilJnico e 0 e se ac a 9 c a a a aten&'o para a inércia dos ídolos+ 0 e n'o t ,ida e s'oincapa*es de a= dar.

>bser,e os os refr@es:HPor conseg inte+ n'o os te ais (#5.!!.!8.$3.$8) o : HCo o crer o di*er 0 e s'o de sesW

(2O.33.3O.5$) o HR e n'o , 0 e n'o s'o de sesW (5#.$2.$8).

> a tor da carta ,ale Dse de te-tos de profetas anteriores co o Is #+!O9 !+#89 M0 #+79 5+#!s!+5.8.!5D!O9 5+#O9 ##+#!D#2.

Mais direta ente ainda o a tor se inspiro e Is 3"D55 e r #"+2D#$. Alé destas fontes+ escritor cons lto s a pr6pria e-peri ncia: $+2D5 (as po pas da idolatria)9 $+8D#".#!D#3.#Oorna entos das est t as)9 !O.3!s (os ab sos do c lto).

> a tor n'o é ere ias+ co o geral ente recon ece os est diosos9 o tít lo da carta éele ento acrescentado posterior ente+ tal,e* por0 e ere ias foi a tor da epístola consignada e r!O. > te-to de,eDse a anJni o+ 0 e pode ter escrito no fi do séc. IN a.C.+ 0 ando a idolatria daBabilJnia to a,a no,o s rto. A finalidade é aca telar os = de s da di spora e incit Dlos F fidelidadreligiosa.


41/521

Parte VIII – OS ESCRITOS PRO%"TICOS (III): OS LIVROS DEE'EQUIEL E DE DANIEL

VISÃO ESQUEMÁTICA

# / > Li,ro de E*e0 iel

! / > Li,ro de aniel


42/521

Parte VIII – OS ESCRITOS PRO%"TICOS (III): OS LIVROS DEE'EQUIEL E DE DANIEL

CONTEÚDO

# I.8# DE E E !IE

E*e0 iel ( e s d for&a) era sacerdote (E* #+2)+ casado+ 0 e perde a esposa po co antes0 eda de er salé (E* !3+#$D#8). ?oi c a ado para a iss'o profética e 5O2 (E* #+!)9 e-erce seinistério até 57# (E* !O+#7). 1'o se sabe be onde ne 0 ando orre 9 a tradi&'o = daica po co

seg ra di* 0 e foi apedre=ado pelos = de s e ,irt de das cens ras 0 e l es fa*ia. Por conseg inE*e0 iel aco pan o o po,o de d na fase ais crítica da s a ist6ria+ 0 ando er salé cai so 1ab codonosor (587 a. C.).

> li,ro de E*e0 iel co preende 0 atro partes: ap6s a introd & o (cap. # DD2)+ na 0 al o profrecebe s a iss'o+ ocorre a # parte (cap. 3DD!3)+ co cens ras aos = de s antes da 0 eda

er salé 9 a ! parte (cap. !5DD2!) conté or c los contra os po,os estrangeiros9 0 e agra,a,a oales físicos e orais de er salé 9 a 2 parte (22DD2O) consola o po,o d rante e ap6s o cerco er salé + pro etendoDl e f t ro el or9 a 3 parte (3"DD38) descre,e a no,a cidade e o no

Te plo ap6s a ,olta do e-ílio.

R e se l o te-to de E*e0 iel+ te a i press'o de 0 e toda a ati,idade do profeta sedesen,ol,e no e-ílio+ onde foi c a ado pelo Sen or 0 ando esta,a F arge do rio Cobar Hna terrados calde s ( babilJnios) #+!.

Toda,ia nos


43/521

1a ,erdade+ a no,a tese a= da a resol,er certos proble as+ as s scita o tros+ pois+ co o se, + e-ige sérias reestr t ra&@es do te-to (seria + de fato+ pro, ,eisW) X Alé disto+ obser,aDse 0E*e0 iel e-erce alg inistério na Palestina+ ele de,ia orar fora da Cidade Santa+ pois eratransportado para l ( 8+29 ##+#). Ta bé ca sa estran e*a o fato de 0 e ere ias profeta+ cont partes de E*e0 iel+ no se refira a eSte se E*ec iel se ac a,a na Palestina+ e ,iceD,ersa9 ig al enca sa espécie o sil ncio de E*e0 iel a respeito de falsos profetas e de cortesos de er salé + 0 e tanse op sera a ere ias e 0 e certa ente teria i p gnado E*e0 iel se este prega,a na terra de d .

Ponderadas estas dific ldades+ podeDse di*er 0 e o=e a ip6tese de d plo inistério est 0abandonada.

e resto+ a tese tradicional ( s6 inistério+ e-ercido na BabilJnia) no s scita proble asinsol relde #"+#D!! s6 contin a e ##+!!+ cortado pela descri&'o dos pecados de er salé 9

X as datas fornecidas nos cap. !$DD22 n'o seg e orde cronol6gica9 !$+#9 !O+#9 2"+!"9 2# 2!+#9 2!+#79 22+!#.Toda,ia é de se di*er 0 e os discíp los fora fiéis ao estre+ pois conser,ara + alé do so da

pri eira pessoa do sing lar+ a nidade de estilo e de e-press@es: H?il o do o e + HSabereis 0 eso o Sen or...H+ H?oiD e dirigida a pala,ra do Sen or...H+ H?e*Dse a 'o do Sen or sobre i ...

E*e0 iel recorre fre0 ente ente a gestos si b6licos: 3+# D5+39 #!+# D79 !# +!2s9 !3+!!27+#ss. ta bé dado a ,is@es: #+#9#+3D!89 l>s927+#D#3932+#D7+ te-tos estes 0 e p@e o leitor 0 adros fant sticos.

Ta bé re,ela fec nda i agina&'o as alegorias referentes Fs d as ir 's >ola e >oliba (cap.!2)+ ao na fr gio de Tiro (ap. !7)+ ao fara6Dcrocodilo (cap. !O e 2!)+ F r,ore gigante (cap. 2#).

> li,ro de E*e0 iel tra* ta bé forte arca sacerdotal. Preoc paDse co o Te plo e o c ltosagrado9 te pontos de contato co a Lei de Santidade (L, #7D!$). Assi é obra da correntesacerdotal 0 e trabal o no e-ílio e no p6sDe-ílio+ prod *indo ta bé o c6digo P o Sacerdotal+ 0entro na co posi&'o do Penate co.

# I.8# DE DA$IE


44/52


45/521

e s sobre os po,os dentro de cen rio c6s ico 0 e caracteri*a os escritos apocalípticos. > g neroapocalíptico = ocorre antes de aniel e E* 28s9 Is !3D!79 Zc OD#3.

1o cern rio apocalíptico e n 7+#D!8 sit aDse te-to profético+ relati,o ao ?il o do;o e e ao se reino definiti,o sobre todas as na&@es: 7+ #2s. Estes ,ersíc los pro=eta l * sobre oapelati,o ?il o do ;o e co 0 e es s se apresento nos E,angel os: é tít lo essi nico+ 0 ede,ia ter prof ndo significado para os seg idores de es s. Ali s+ foi al dindo a tal passage 0 e es

se identifico 0 ando interrogado pelo S o Sacerdote = daico antes de orrer: HE so o Cristo+?il o de e s bendito+ E ,ereis o ?il o do ;o e sentado F direita do TodoDPoderoso e ,ir co asn ,ens do cé (Mc #3+$!9 o 2+#2s9 5+!79 8+!8. .

Estas considera&@es nos le,a a di*er 0 e o li,ro de aniel n'o é li,ro profético (e boraconten a as po cas passagens proféticas: !+23.33s9 7+#2s9 #!+#D2)+ idra-e (!DD$) eapocalipse (7 a #!): o a tor no séc. lI a. C. refere sob for a de sí bolos (geral ente feras) a ist6riados i périos 0 e do inara Israel desde 1ab codonosor até os Sírios (#$7D#$2 a. C.) a fi de di*er aos se s conte por neos do séc lo II 0 e o = go estrangeiro est para c egar ao fi + por0 e o Sen

e s esta,a para entrar anifesta ente na ist6ria deste ndo+ reali*ando o = í*o sobre os po,os e pre iando o po,o fiel+ por isto 0 e o li,ro de aniel+ no c non dos = de s+ n'o se encontra entre o profetas+ as+ si + entre os escritos sagrados 0 e for a a te-to do li,ro de aniel apresenta proble a para o 0 al os est diosos n'o encontrae-plica&'o. Co efeito+ foi nos trans itido e tr s ling as: #+!D!+3a+ e ebraico9 !+3bD7+!8+ara aico (co e-ce&'o de 2+!3DO"+ parte de terocanJnica)9 as partes de terocanJnicas+ e grego.

Esta di,ersidade tal,e* pro,en a do fato de 0 e o li,ro de aniel consta de se&@es 0 e foraoriginariaD ente redigidas se depend ncia a da o tra. Ter'o sido co piladas e pri eirainst ncia de odo a originar os blocos #DD$ e 7DD#!9 e lterior inst ncia+ o se=a+ entre #$7ter'o sido = stapostas de odo a prod *ir o li,ro de aniel protocanJnico. >s cap. #2DD#3 ter'o tidos a orige pr6pria co o epis6dios a, lsos9 fora agl tinados ao con= nto n #DD#!9 co o se cr + sa trad &'o grega de te-to original ebraico 0 e se perde . 1ote os 0 e no li,ro de aniel n'o

as características dos li,ros do e-ílio e do i ediato p6sDe-ilio: la enta&@es sobre er salé + censo consola&'o aos e-ilados+ pro essa de retorno F Terra Pro etida+ co o se encontra e E*e0 iel+La enta&@es+ lsaías 3"X55.

> li,ro de aniel te i port ncia teol6gica+ pois apresenta o odo de pensar dos = de s doséc lo II a. C. o 0 ase no li iar da Ke,ela&'o Crist':

>bser,e os aí:

X a angelologia (do trina a respeito dos an=os) ito e,ol ída9 n7+# ".#$9 8+#$D#89 O+!# D!29 #"+#"D!#9 #!+# D#29

X a afir a&'o da ress rrei&'o para a ,ida o para o opr6brio9 n #!+!s (passo not ,el erela&'o a 6 e Ecl9


46/521

X a ,is'o da ist6ria corno reali*a&'o de s bio plano de e s 0 e ter ina no KeinoMessi nico cons ido (cap. !9 7DD89 #"DD#!).

Parte I – OS ESCRITOS PRO%"TICOS (IV): OS LIVROS DOSPRO%ETAS MENORES

VISÃO ESQUEMÁTICA

# / >s Li,ros dos Profetas Menores: Introd &'o geral

! / e A 6s a ;abac c

2 / e Age a onas


47/521

Parte I – OS ESCRITOS PRO%"TICOS (IV): OS LIVROS DOSPRO%ETAS MENORES

CONTEÚDO

#S I.8#S D#S P8# E%AS "E$#8ES I$%8#D!>?# &E8A

>s profetas >séias+ A 6s+ Mi0 éias+ oel+ Abdias+ onas+ 1a + ;abac c+ Sofonias+ AZacarias+ Mala0 ias s'o c a ados [ enores + n'o por0 e ten a po ca i port ncia+ as por0 e nodei-ara escritos pe0 enos+ 0 e = no séc. II a.C. era colecionados n s6 ,ol e+ ais o enosig al ao ,ol e de dos profetas aiores (Is+ r+ E*)9 o Eclesi stico+ escrito no séc lo III aC.+ s = reali*ada a co pila&'o dos do*e profetas n s6 rolo9 cf. Eclo 3O+#".

> te-to ebraico+ o grego dos L e a N lgata latina c a a Dnos Hos do*e Profetas . Adesigna&'o de Hprofetas enores aparece pela pri eira ,e* e S. Agostin o+ 32".

A orde dos profetas enores no cat logo sagrado ,aria no te-to ebraico e no dos L . 1'oé cronol6gica9 tornaDse difícil assinalar a época precisa de o o tro desses o ens de e s+ Co0 er 0 e se=a+ eles recobre período 0 e ,ai do séc. NIII ao séc. III a.C.9 fornece Dnos dadoi portantes para o nosso con eci ento da ist6ria de Israel e dos po,os ,i*in os. >s se s escritos bre,es e c eios de i agens apresenta especiais dific ldades para o intérprete9 al de a fatos

ist6ricos e por enores dos cost es do Israel antigo de aneira s cinta.

> te-to dos L coloca os profetas enores antes dos aiores. A seg ir+ apresentare os bre,es notasintrod t6rias e cada profeta enor+ seg indo a pro, ,el orde cronol6gica+ e n'o a orde doC non9 estas notas ser'o entendidas se o est dioso ti,er ante os ol os a tabela cronol6gica da

ist6ria do Antigo Testa ento+ co aten&'o especial para a 0 eda de Sa aria (7!#) e a de er salé(587)9 o e-ílio na BabilJnia ocorre de 587 a 528.

DE A"BS A FA7AC!C

A) s era nat ral de Téc a ( d )9 cf. #+#. Pastor de gado e c lti,ador de sicJ oros (7+#3)9 e

o e si ples+ de ling age franca e r de. E-erce (o inistério profético por c a ado de e s(7+5)+ 0 e o le,o para o Keino da Sarnaria+ onde profeti*o sob o rei erobo'o II (782D732 aC.). Eonarca foi pr6spero e se s e preendi entos e dilato as fronteiras do reino (cf. $+#39 !Ks #3+!5).


48/521

> be Destar pro,oco o l -o na constr &'o das casas (2+#59 5+##9 $+8)+ depra,a&'o dos cost es (89 3+#9 $+#D$)+ c lto idol trico (3+39 5+!#D!29 8+#3). As cala idades passadas n'o tin a drecorda&'o na ente do po,o (3+$D##)9 este espera,a o dia do Sen or (dia do = lga ento final) cornse fosse ocasi'o de ais be Destar para Israel (5+#8D!"9 O+#").

E eio F prosperidade+ ressoo a ,o* de A 6s cens rando os ,ícios+ principal ente nascidades e 0 e os reis cis ticos de Israel tin a constr ído sant rios: Sa aria (2+O9 3+#9 $+#

lgala (55) e Betel (3+39 5+5s9 7+#2). Toda a pop la&'o de Sa aria foi se,era ente repreendid principal ente os c efes e aiorais9 a 0 eda do reino+ 0 e ocorreria e 7!#. Inco odado pelo profetaA asias+ 0 e de,ia ser o respons ,el pelo Te plo e Betel+ den ncio A 6s ao rei [ erobo'o (7+#") ee-p lso o profeta para a s a p tria ( d )9 7+#2s. A 6s so be predi*er ta bé a sal,a&'o para o bons9 é ele 0 e + pela pri eira ,e*+ tili*a a e-press'o Ho resto de osé+ para designar os po cos 0n'o se ten a conta inado e co os 0 ais e s reco e&a a s a obra9 cf. 5+#5+ A e-press'o ,olta na prega&'o dos profetas posteriores9 cf. r $+O9 2#+79 M0 !+#!9 o inistério de A 6s de,e ter sido br(dois anos apenas Cf. #+#).

#sMias prego no reino setentrional da Sa aria sob erobo o II (782D732)9 pro,a,el enteassisti F 0 eda da Sa aria+ pois e #+# est dito 0 e profeti*o sob E*e0 ias de d (7#$D$87) portanto+ teste n a da prosperidade política e aterial de s a gente+ le,ada+ por isto+ F corr p&'o cost es e F idolatria. > se li,ro se di,ide e d as partes:

X as rela&@es entre a,é e Israel s'o si boli*adas pelo casa ento de >séias. Este se casa coa l er le,iana ( o er)+ 0 e o engana9 cai na escra,id'o+ depois de abandonar >séias+ as é

resgatada por este+ 0 e a recebe de no,o co o esposa. lgaDse 0 e o eps6dio assi relatado (>s #Dé fato ist6rico9 ser,i para significar a ni'o entre o Sen or e se po,o+ ,iolada pelas infidelidades deIsrael+ 0 e aderi aos de ses de Cana'9

X Israel é cens rado por s a pre,arica&'o política e religiosa do o ento presente (3+#DO+O)do passado (O+#"D#3+#). > li,ro se encerra co a lit rgia de penit ncia (#3+!D#"). > te a principdo li,ro é o a or de a,é por se po,o infiel.

"iLuMias profeti*o sob oat'+ Aca* e E*e0 ias+ reis de d (73"D$O"). e,e ter con ecido0 eda de Sa aria e 7!# e a in,as'o de Sena0 erib e d (7"#)9 cf. #+!D#$+ 2+#!9 3+OD##.#3 profeta ere ias cita de se s or c los contra d e r !$+#89 cf+ M0 2+#!

> li,ro co preende 0 atro partes+ onde se alterna cens ras e pro essas: #+#!D2+#!+ processocontra Sa aria e d 9 3+#D5+#3+ pro essas a Si'o (incl indo not ,el profecia essi nica e 5+#D$+#D7+7+ no,o processo contra Israel9 7+8D!"+ c ntico de resta ra&'o de er salé .

Mi0 éias n'o po pa os o ens gananciosos+ os credores se co pai-'o+ os co erciantesfra d lentos+ as fa ílias di,ididas+ os sacerdotes e os profetas cobi&osos+ os c efes tir nicos+ os =

,enais+ e prop@e o 0 adro ideal: Hpraticar a = sti&a+ a ar co iseric6rdia e proceder ilde ediante de e s ($+8)+ o 0 e res e a do trina dos profetas e geral.

So li,ro di,ideDse e 0 atro bre,es partes: #+!D!+2+ o ia de a,é9 !+3D#5+ or c los contrana&@es pag's9 2+#D8+ ,aticínios contra er salé 9 2+OD!"+ pro essas de sal,a&'o para os gentios

Israel.


49/521

A ensage principal de Sofonias é o an


50/521

dec nios do séc. IN a.C.+ ap6s o reinado de Ale-andre Magno (2!2). Carece de nidade+ poisconstit e d as se&@es+ cada a das 0 ais te tít lo ( O+# e #!+#) X o 0 e te le,ado oest diosos a falar de teroDZacarias e TritoDZacarias (co o faIa de Seg ndo lsaías e Terceirlsaías). > !UZacarias refereDse a fatos ist6ricos difíceis de precisar9 o 2U é apocalipse 0 e descras gl6rias da er salé dos Profeta an ncia o ia do Sen or+ 0 e p rificar sacerdotes e le,itas+ p nir os a s conceder aos = stos o tri nfo (2+#D5.#2D!#)+ A pro essa da ,inda de Elias+ 0 e preceder o di = í*o final+ parece ser acrésci o posterior ( as+ se d tros disting e entre ProtoDAbdias (##")+ do te po de or'+ e teroDAbdias (##D!#)+ posterior F 0 eda de er salé (587 aC.). > t por fi + ais sabia ente atrib e o li,ro ao período do e-ílio+ pois os ,,. ##D#3.#5b se refere ao6dio dos id e s por ocasi'o da 0 eda de er salé e 587 (ct. E* !5+#!D#39 25+ls9 L 3+!#s9 SI #o #27+7). > li,ro e-alta a = sti&a e o poder de a,é+ 0 e age co o defensor do direito (#5s).

# li ro de 4oel co preende d as partes: #+!D!+!7 refereDse a a in,as'o de gafan otos 0 eflagela d e d ocasi'o a a lit rgia de l to e s li,ro data do p6sDe-ílio o do ano de 3"" a.C. apro-i ada ente+ pois n'o enciona rei ed + as apenas anci'os e sacerdotes (#+O.#2.#$9 !+#+#5+..)9 refer ncias F dispers'o do po,

e s entre os gentios (2+!)+ F ,enda de = de s co o escra,os aos gregos (3+$). > li,ro de oel ,e aser co p ndio da escatologia = daica.

4onas difere de todos os o tros li,ros proféticos. 1arra a ist6ria de profeta 0 e rec so aorde do Sen or para 0 e fosse pregar aos nini,itas. Milagrosa ente col ido pela Pro,id ncia+ onas,ai a 1íni,e e conseg e con,erter a grande cidade. Eis+ poré + 0 e se entristece por a,er co nicadoa ensage da fé a pag'os. Ent'o e s l e afir a 0 e a iseric6rdia di,ina atinge todos os po,os.

;o=e concorda os est diosos e recon ecer 0 e o li,ro é a narra&'o did tica+ teol6gica+ en'o ist6rica. > a tor apresento onas co o o tipo do = de nacionalista+ fec ado e se patri Jnireligioso. Esse = de é cens rado pelo Sen or+ 0 e o le,a a co preender 0 e a sal,a&'o é destinada


51/521

todos os o ens. > li,ro+ portanto+ é teste n o do ni,ersalis o 0 e seria i pondo Fentalidade dos = de s e eio aos preconceitos nacionalistas 0 e le,a,a os = de s do séc. N a.C. a

rec sar a sal,a&'o aos n'oD= de s. Sendo de época t'o tardia+ , Dse 0 e o li,ro n'o é da a toria nerefere as fa&an as do profeta onas encionado e !Ks #3+!5 nos te pos do rei erobo'o ##(782D732).

RE%ER NCIAS

BETTE1C> KT+ Pe. Est ,'o Ta,ares.Curso 7í=lico por correspondQncia3 Kio de aneiro: lti a Cor+ #OO".

B>K1+ A. Nan en.DicionRrio EnciclopMdico da 7í=lia3 $. ed. Petr6polis%K : No*es+ !""3.

C;AKPE1TIEK+ Etienne.Para ler o Antigo %esta)ento3 S'o Pa lo: Lo ola+ #O8$.

44444444.Para ler o $o o %esta)ento3 S'o Pa lo: Lo ola+ #OO!.

KEL>T+ P.Introdu*ão 7í=lia. S'o Pa lo: Pa linas+ #O7#.K E1+ . # te)po Lue se c;a)a ;oTe3 S'o Pa lo: Pa linas+ #O77.

;AKKI1 T>1+ ilfrid . C;a e para a 7í=lia3 3. ed. S'o Pa lo: Pa l s+ #O85.

MAC E1ZIE+ o n L.DicionRrio 7í=lico3 S'o Pa lo: Pa linas+ #O82.

M>1L> B> + L.9 B IT+ ?. M. .DicionRrio 7í=lico !ni ersal3 Petr6polis%K : No*es9 Aparecida%SP:Sant rio+ #OO7.

PEKEIKA+ 1e Brasil.SirRcida ou EclesiRstico3Petr6polis%K : No*es+ #OO!.

KANASI+ Cianfranco.CoMlet3S'o Pa lo: Pa linas+ #OO2.

SC; EL+ L. A.9 SICKE IAZ+ . L.Pro


52/52

Sapienciais e Proféticos

Documents

Transcript of Sapienciais e Proféticos