Se a Perfeição Excluísse a Imperfeição Então Seria Imperfeita

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Se a perfeição excluísse a imperfeição então seria imperfeita Henriette Lannes ou Jane Heap Há personagens em nós que buscam a perfeição, anseiam por ela. Mas não sabem que os meios através dos quais eles estão tentando alcançá-la, talvez não sejam muito apropriados. Há personagens que nos julgam, nos dizem o que está bem, o que está mal e muitas vezes, por não suportar a dor e o sofrimento gerados pelas nossas “falhas”, nossos “erros”, ou nossas “debilidades”, mantém esses mesmos aspectos afastados da consciência, impossibilitando assim sua integração e crescimento. Desde muito cedo ficou gravado em nós com muita força a mensagem “Você não é digno de amor se você não é perfeito, se não é bom, se você não é o melhor” e hoje nos enganamos acreditando que somos desta forma através de uma falsa imagem que construímos para nós mesmos. (Ou nos negamos por não corresponder a esta imagem). Poucas são as vezes que chegamos a entrar em contato real com a nossa “imperfeição”. Não é porque não estamos lá muitas vezes, cometendo nossas “falhas, erros ou sendo fracos”, o que é necessariamente humano, mas sim porque quando estes aspectos estão, não está a consciência. Não há uma relação entre um EU consciente e estes nossas aspectos. Muitas vezes pensamos e atuamos como se o Trabalho sobre si mesmo fosse para atingir uma suposta perfeição, aniquilando todos os nossos aspectos que nos incomodam, que são julgados como negativos, sem nem mesmo nos permitir conhecê-los, descobrir suas motivações, a sua origem.

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Texto para meditar sobre nossas atitudes perante a vida

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Se a perfeição excluísse a imperfeição então seria imperfeita

Henriette Lannes ou Jane Heap

Há personagens em nós que buscam a perfeição, anseiam por ela. Mas não sabem que os meios através dos quais eles estão tentando alcançá-la, talvez não sejam muito apropriados.

Há personagens que nos julgam, nos dizem o que está bem, o que está mal e muitas vezes, por não suportar a dor e o sofrimento gerados pelas nossas “falhas”, nossos “erros”, ou nossas “debilidades”, mantém esses mesmos aspectos afastados da consciência, impossibilitando assim sua integração e crescimento. Desde muito cedo ficou gravado em nós com muita força a mensagem “Você não é digno de amor se você não é perfeito, se não é bom, se você não é o melhor” e hoje nos enganamos acreditando que somos desta forma através de uma falsa imagem que construímos para nós mesmos. (Ou nos negamos por não corresponder a esta imagem).

Poucas são as vezes que chegamos a entrar em contato real com a nossa “imperfeição”. Não é porque não estamos lá muitas vezes, cometendo nossas “falhas, erros ou sendo fracos”, o que é necessariamente humano, mas sim porque quando estes aspectos estão, não está a consciência. Não há uma relação entre um EU consciente e estes nossas aspectos.

Muitas vezes pensamos e atuamos como se o Trabalho sobre si mesmo fosse para atingir uma suposta perfeição, aniquilando todos os nossos aspectos que nos incomodam, que são julgados como negativos, sem nem mesmo nos permitir conhecê-los, descobrir suas motivações, a sua origem.

Se olharmos bem, em realidade temos um conceito de perfeição bastante semelhante ao que poderia ser o de uma máquina. Queremos deixar se ser mecânicos nos convertendo em máquinas. Isto sim, uma máquina perfeita, impecável, brilhante e digna de admiração.

Durante este dia se você falhar, se não fizer algo totalmente certo, se não for perfeito, lembre-se que mais além de nossa doentia busca da “perfeição” existe a verdadeira Perfeição, aquela que não esconde e sim acolhe, abraça, a que não engana e sim que vê, a que não busca admiração, e sim que Ama...