Segurança e prevenção na estrada; Alguns movimentos e forças

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1.Em Trânsito

1.1.Segurança e prevenção

Os transportes continuam a ser uma das principais fontes de acidentes.

Quais são as principais causas de acidentes rodoviários?

Falha humana

Cerca de 95% dos acidentes de que resultam vítimas mortais ou feridos graves têm como fator

dominante ou concorrente a falha humana. Por isso, cabe aos condutores e peões adotar

comportamentos que permitam viajar com mais segurança.

Principais causas de acidentes devidas a falha humana:

Excesso de velocidade

Ultrapassagens perigosas

Desrespeito pela sinalização e pelas regras de prioridade

Condução sob o efeito de álcool ou certos medicamentos

Fadiga e sonolência

Mau estado da via e sinalização deficiente

As vias exigem muita manutenção, mas essa manutenção das estradas, pontes e viadutos

nem sempre é realizada devido a problemas económicos, sociais e ambientais, originando

acidentes.

Mau estado da viatura

É necessário verificar regularmente as condições das viaturas: a conservação e a pressão dos

pneus, a direção, as luzes de presença, de travagem e de mudança de direção, o sistema de

travagem, os amortecedores, a bateria e os faróis.

Más condições atmosféricas e de luminosidade

A chuva, o nevoeiro, o gelo e a neve alteram as condições da circulação rodoviária.

É necessário:

Redução de velocidade

Sinalização luminosa adequada

Condução atenta e prudente

O estado dos pneus é também muito importante, principalmente em vias escorregadias.

Como prevenir acidentes rodoviários?

É muito importante respeitar as normas de segurança rodoviária!

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A educação rodoviária é um processo de formação ao longo da vida do cidadão como

passageiro, peão e condutor.

O excesso de velocidade é a principal causa de mortalidade em Portugal. É necessário

respeitar os limites de velocidade previstos no Código da Estrada.

Quanto maior for a velocidade de um veículo (maior é a energia cinética) e, em caso de

acidente, mais graves são as consequências.

Quanto maior for a velocidade de um veículo, maior terá de ser a distância de segurança

rodoviária (distância mínima que dois veículos devem manter entre si para, no caso de uma

travagem brusca, não colidirem).

De que dependerá a distância de segurança?

A paragem do veículo é feita em dois tempos:

Tempo de reação do condutor: é o tempo decorrido entre o instante em que o

condutor se apercebe do obstáculo ou situação perigosa e o instante em que inicia a

travagem;

Tempo de travagem: é o intervalo de tempo entre o instante em que o condutor inicia

a travagem e o instante em que o carro para.

Tempo de reação do condutor

Este intervalo de tempo, geralmente, não ultrapassa uma fração de segundo. Varia de

condutor para condutor e depende do estado físico e psíquico do mesmo.

Depende de:

Reflexos do condutor

Idade do condutor

Experiência como condutor

Concentração

Cansaço

Consumo de certos medicamentos e drogas

A distância percorrida pelo veículo, durante o tempo de reação do condutor, designa-se por

distância de reação.

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Tempo de travagem

Depende de muitos fatores, entre eles:

Velocidade

Condições da estrada

Travões, pneus

Forças de atrito

Massa do veículo

A distância percorrida pelo veículo durante o tempo de travagem designa-se por distância de

travagem.

Observa a seguinte cena:

Calcular a distância de segurança rodoviária

À soma das distâncias de reação e de travagem chama-se distância de segurança.

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Distância de reação = dr Velocidade inicial = Vi

Distância de travagem = dt Tempo de reação = tr

Distância de segurança = ds Tempo de travagem = tt

A1 = área do retângulo 1 A2 = área do triângulo 2

A distância de travagem de um veículo:

- é tanto maior quanto maior for a velocidade do veículo

- é maior para o piso molhado do que para o piso seco

A distância de reação de um veículo:

- aumenta com a velocidade do veículo

- é independente ao tipo de piso

Assim pode concluir-se que a distância de segurança rodoviária:

- aumenta com a velocidade do veículo

- é maior para piso molhado do que seco

Componentes de segurança

Atualmente, os automóveis são tecnicamente mais seguros com componentes de segurança

que protegem os passageiros no caso de uma travagem brusca ou de colisão.

Por exemplo: cintos de segurança, aos apoios de cabeça com amortecimento, ao tablier com

revestimento flexível, airbags, etc.

Para os motociclistas têm os capacetes.

Como funcionam os cintos de segurança e os capacetes?

Os cintos de segurança impedem que uma pessoa seja projetada contra o para-brisas ou

mesmo para fora do veículo, no caso de colisão ou de travagem brusca.

dr = A1 = Vi x tr

dt = A2 = (Vi x tt) : 2

ds = A1 + A2 = dr + dt

ds = Vi x tr + (Vi x tt): 2

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Por outro lado, os cintos de segurança possuem alguma elasticidade, o tempo de imobilização

dos passageiros é maior, o que faz com que a intensidade da força de colisão sobre eles seja

menor e as consequências físicas da colisão para os passageiros não sejam tão graves.

Os capacetes baseiam-se no mesmo princípio dos cintos de segurança: aumentam o tempo de

colisão de forma que a força de impacto diminua.

Os capacetes são almofadados no seu interior, o que ajuda a amortecer a pancada e aumentar

o tempo de colisão.

Assim, os capacetes e os cintos de segurança distribuem a intensidade da força de colisão por

uma superfície maior diminuindo o seu efeito.

Nota: Num automóvel, a parte da frente e aparte de trás são zonas deformáveis. Estas zonas

são feitas com materiais que se deformam, para aumentarem o tempo de colisão.

Como funcionam os apoios de cabeça e os airbags?

Os apoios de cabeça protegem os passageiros de danos graves na coluna e na zona do

pescoço. Estes apoios impedem a cabeça de ir para trás.

Os airbags são sacos insufláveis eletronicamente no momento de colisão que protegem do

choque com o volante ou partes da frente e laterais do automóvel.

Também se tem investido em barreiras de estrada, sinais de trânsito e postes de candeeiro

com zonas deformáveis para aumentar o tem de colisão.

1.2.Movimento e forças

1.2.1. Alguns movimentos e as suas caraterísticas

O movimento é um fenómeno que observamos constantemente no nosso dia-a-dia.

Repouso e movimento

O conceito de movimento e de repouso de um corpo são conceitos relativos. Diz-se que um

corpo está em movimento quando a sua posição em relação a um referencial varia no decorrer

do tempo. Assim, um corpo pode estar em repouso em relação a um referencial, e ao mesmo

tempo, estar em movimento em relação a outro referencial.

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Exemplo: Quando estamos numa viagem de carro os passageiros estão em repouso

relativamente ao veículo (referencial, mas em movimento em relação a uma árvore.

Trajetória

A trajetória de um corpo em movimento consiste numa linha imaginária que indica as

sucessivas posições ocupadas pelo corpo no decorrer do tempo.

A trajetória de um corpo, em relação a um referencial, pode ser:

Retilínea

Curvilínea (circular, elíptica e parabólica)

Distância percorrida e deslocamento

Distância percorrida (ou espaço percorrido) e deslocamento são grandezas físicas diferentes.

Distância Percorrida (d)

É a medida total do trajeto que o corpo efetuou.

É uma grandeza física escalar (sempre positiva), ou seja, fica totalmente caraterizada por um

valor.

Deslocamento(Δr)

Medida que relaciona a diferença entre a posição inicial e a posição final, do corpo.

É uma grandeza vetorial. Para a definir é necessário indicar a direção, intensidade e sentido.

A unidade SI de distância percorrida e deslocamento é o metro.

A distância percorrida corresponde à medida do percurso efetuado ao longo da estrada

(curvas).

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O deslocamento tem:

Origem na posição inicial e extremidade na posição final;

Sentido da posição inicial para a final;

Valor igual à medida, em linha reta, da distância entre as posições inicial e

final.

A distância percorrida e o deslocamento podem ser iguais se a trajetória for retilínea sem

inverter o sentido.

Sendo Xi =0 m e sendo Xf = 700 m calcula a distância percorrida e o deslocamento.

A distância percorrida = 700 m

Para calcular o deslocamento = Xf – Xi = 700–0=700 m

No caso de o carro, se deslocasse no sentido contrário (da direita para a esquerda) seria:

A distância percorrida = 700m

O deslocamento =(Xf – Xi) = 0-700=-700 m

Rapidez média e velocidade

Em física usam-se os conceitos de velocidade e de rapidez média.

Rapidez média é uma grandeza escalar, sempre positiva, que indica a distância percorrida por

um corpo, por unidade de tempo.

Velocidade média é uma grandeza vetorial, que nos indica a rapidez com que um corpo muda

de posição no seu movimento, bem como a direção e o sentido do movimento.

O vetor velocidade v tem sempre:

O sentido do movimento;

A direção:

-da trajetória, se o movimento é retilíneo

- tangente à trajetória em cada instante, se o movimento é curvilíneo.

A unidade SI de velocidade e rapidez média é o metro por segundo (m/s).

rm = d:Δt

vm = Δχ:Δt = χf-χi : tf - ti