Sementes de Esperança | Maio de 2013

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Maio Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre 2013 Sementes de Esperança

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Folha mensal de oração em comunhão com os cristãos perseguidos e a Igreja que sofre. Saiba mais em www.fundacao-ais.pt

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Maio

Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

2013

Sementes��de Esperança

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2 Sementes de Esperança | Maio 13

Intenção Geral

Agentes da justiçaPara que aqueles que administram a justiça actuem sempre com integrida-de e recta consciência.

Intenção Missionária

Formação nos SemináriosPara que os Seminários, especialmente os que estão em Igrejas de missão, formem pastores segundo o Coração de Cristo, dedicados inteiramente ao anúncio do Evangelho.

Intenção Nacional

Por todos os cristãos para que neste ano da fé, e meditando sobre o Credo e recitando-o com devoção, tenham cuidado na linguagem, no seu modo de falar, respeitando o nome de Deus e não adorando, mesmo no modo de falar, coisas que o não merecem.

SEMENTES DE ESPERANÇAFolha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

PROPRIEDADECONTACTOSDIRECTORA

REDACÇÃO E EDIÇÃO

FONTEFOTOS

IluSTRAÇÃO CAPAPERIODICIDADE

IMPRESSÃOPAGINAÇÃO

DEPÓSITO lEGAl

Fundação AIS, Rua Prof. Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 lisboaTel.: 217 544 000, [email protected], www.fundacao-ais.ptCatarina Martins de BettencourtP. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira, Ana Vieira e Félix lunguL’Église dans le monde –�AIS�França;© Fundação AIS; © Benoît ZoblerNossa Senhora de Sheshan11 Edições AnuaisGráfica ArtipolJSDesign352561/12

A oração é um dos pilares fundamentais da nossa missão. Sem a força que nos vem de Deus, não seríamos capazes de ajudar os cristãos que sofrem por causa da sua fé.

Para�ajudar�estes�cristãos�perseguidos�e�necessitados�criámos�uma�grande�corrente�de�oração�e�distri-buímos�gratuitamente�esta�Folha�de�Oração,�precisamente�porque�queremos�que�este�movimento�de�oração�seja�cada�vez�maior.�Por favor ajude-nos a divulgá-la na sua paróquia, nos grupos de oração, pelos amigos e vizinhos. Não�deite�fora�esta�Folha�de�Oração.�Depois�de�a�ler,�partilhe-a�com�alguém�ou�coloque-a�na�sua�paróquia.

Intenções de Oração do Santo Padre

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3Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

1.�O�ano�da�fé�representa,�no�pensamento�de�Bento�XVI,� um� momento� providencial� para� recuperar� a� ale-gria de acreditar,�neste� tempo�marcado�por�profundas�mudanças�e�por�uma�epocal�crise de fé,�tanto�no�sentido�de�um�abalar�histórico�dos�seus�fundamentos,�que�é�o�seu� aspecto� mais� negativo,� como� também,� e� por� isso�mesmo,� como� um� desafio� para� o� discernimento,� para�redescobrir�as�razões�profundas�da�esperança.�Há�quem�fale�num�tempo de inverno,�evocando�um�certo�arrefe-cimento�do�entusiasmo�das�origens.�Mas�não�devemos�esquecer�que�este�tempo�que�vivemos�é�também�regado�pelo�sangue�dos�mártires,�como�foi�o�século�XX�e�como�é� este� século� XXI,� de� um� martírio cruento� em� tantas�regiões�do�mundo�onde�os�cristãos�são�perseguidos�pelo�simples� facto� de� serem� cristãos,� como�de� um�martírio incruento,� feito�da� fidelidade�heróica�de� todos�os�dias,�por�aqueles�cristãos�que�resistem�à�mentalidade�domi-nante�que�reduz�o�homem�e�a�sociedade�a�uma�grandeza�de�mercados;�que�não�se�conformam�com�a�mentalidade�que�pretende�reduzir�o�homem�a�uma�máquina,�a�vida�a�um�cálculo�de�lucros�ou�de�perdas;�que�não�desistem�de�acreditar�na�dignidade�do�homem,�porque�criatura�de�Deus,�porque�chamado�a�participar�na�dignidade�de�filho.��

2.� Este�é�o�primeiro�da� série�dos�artigos� consagra-dos�a�Jesus Cristo,�e�que�no�seu�conjunto�representam�a� metade� dos� artigos� do� Credo:� 6/12.� Daqui� se� vê� a�centralidade� do� mistério de Cristo� na� profissão de fé da Igreja.�Jesus�Cristo�está�no�centro,�Ele�é�o�mediador�entre� Deus� e� o� homem,� porque� ninguém� vai� ao� Pai�senão�por�Ele.�Neste�artigo�começa�o�comentário�do�pri-meiro,�pois�diz-nos�agora,��porque�é�que�Deus�é�Pai:�por-que�tem�um Filho,�um�Filho único,�e�este�é�Jesus Cristo.�A�proclamação�da�paternidade divina�não�se�refere�de�um�modo�abstracto�ao�princípio�de�autoridade�nem�ao�poder�criador�e�de�origem�de�todas�as�coisas�(embora�isso�seja�evidente),�mas�à�relação�Deus�Pai�com�Jesus�Cristo.�É�uma�relação pessoal, histórica e concreta.

Este�artigo�enuncia�os�nomes�de� Jesus�Cristo:�Jesus,�o�suave�nome�que�evoca�a�salvação que Deus traz ao homem;�Cristo,�o�título�que�se�torna�nome próprio,�que�

evoca�o�Messias,�o�ungido�de�Deus,�títulos�que�se�apli-cavam� no� Antigo� Testamento� especialmente� aos� reis�(em�parte�também�aos�sacerdotes�e�menos�profetas)�e�que�traduzia�a�esperança�de�Israel�aquele�que,�possuído pelo Espírito de Deus,�libertaria�o�povo�de�todos�os�seus�pecados; Filho único,�o�nome�que�aparece�nas�teofanias�do�baptismo�e�da�transfiguração,�e�proclamado�na�cruz,�pela�boca�do�centurião,�e�que�se�encontra�na�boca�de�Jesus,� na� invocação� Abba� e� na� oração� sacerdotal� (Jo�17);� Senhor,� o� título� de� glória� que� a� Igreja� proclama�referindo-se�ao�ressuscitado,�vencedor�do�pecado�e�da�morte:�meu Senhor e meu Deus�(Jo�20).�

3.� Este� artigo� do� Credo,� proclamado� todos� os�domingos�na�Missa�e�em�alguns�momentos�solenes�da�existência�cristã,�como�a�profissão de fé�no�percurso�da�formação�catequética,�contém�em�si�a�urgência�de�cada�cristão�pensar�seriamente�no�que�diz,�quando�proclama�que�Jesus�Cristo�é�o�Senhor.�Na�linguagem�corrente�dos�cristãos,�dizemos�simplesmente�Nosso Senhor,�precisa-mente�porque�Ele�venceu�a�morte�e�só�quem�vence�a�morte�é�verdadeiramente�Senhor.�

Será�que�os�cristãos�têm�mesmo�consciência�disso�ou�não�se�deixam�levar�na�prática�por�outros�senhores�aos�quais�prestam�culto�e�adoram,�como�hoje,�infelizmente,�se�tem�banalizado�na�linguagem�há�poucos�anos�impensável�entre�cristãos.�Faz-me�muita�impressão�e�de�certo�modo�escandaliza-me�ouvir�pessoas,�que�frequentam�habitual-mente� a� Igreja,� que� celebram� os� sacramentos,� dizerem�que�adoram isto ou aquilo,�coisas�de�comer�ou�de�lazer!�A�profissão�do�credo�neste�ano�da� fé�exige�dos�cristãos�também� neste� sentido� uma� purificação da linguagem.�Porque�adorar�só�Deus,�e�Jesus�Cristo�é�a�segunda�Pessoa�da�Santíssima�Trindade,�que�deu�a�vida�na�Cruz�por�todos�nós�e�ressuscitou�para�a�nossa�salvação.�Importa�pensar,�meditar� sobre� isto,� guardar� estas� palavras� no� coração,�como�fazia�Nossa�Senhora:�«A�sua�mãe�guardava�fielmen-te�todas�estas�coisas�no�seu�coração»�(Lc�2,51).

�P.�José�Jacinto�Ferreira�de�Farias,�scjAssistente�Eclesiástico�da�Fundação�AIS

Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor

Reflectir

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4 Sementes de Esperança | Maio 13

Vietname

Desde há quatro anos que as tensões sobem por causa das propriedades da Igreja confisca-das pelo Estado. Isto leva, muitas vezes, à violência contra os fiéis que não têm intenção de renunciar à defesa dos seus direitos. Paralelamente, a repressão continua contra os dissiden-tes que defendem os direitos do homem e de liberdade religiosa. É um equilíbrio delicado. Deve a Igreja ser “contestatária”, arriscando-se a dar razão ao Governo que a considera como uma “instituição estrangeira”?

ConfisCados os bens da igreja

Na altura da reunificação do Norte e Sul, em 1975, a Igreja tinha obtido do Governo a garantia de que as suas propriedades não seriam alvo de construção, na esperança de um dia poderem ser recuperadas (como está a acontecer na República Checa). Globalmente respeitados, até 2007, estes acordos estão a ser cada vez menos tidos em conta pelo Governo que agora contesta

a posse destes bens por parte da Igreja. O forte crescimento económico e a inflação favoreceram a especulação financeira na qual mergulharam, com avidez, os “novos ricos” sobretudo os quadros do partido comunista. A Igreja, que não tenciona renunciar aos seus direitos, encontra-se, portanto, em confronto directo com o poder. O engodo principal para a reclamação dos seus bens confiscados é o crescimento das comunidades paroquiais. Privadas de espaço e de edifícios, algumas

Aumento dA violênciA AnticriStã no vietnAme

superfície331.689 Km2

População87 milhões de habitantes

religiõesBudistas 49%Agnósticos/ateus: 19,3%Novas religiões: 11,1%Animistas: 10,4%Católicos: 7%Outros 3%

• Vietname

• China

• Tailandia

• Cambodja

• Laos

Pacífico

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Vietname

paróquias não conseguem acolher os fiéis, cada vez mais numerosos por causa do êxodo rural, das migrações internas e das conver-sões aquando dos casamentos mistos.

Segundo o director da Asia News, o Padre Bernardo Cervellera, quando entrevistado numa emissão de TV “Onde Deus chora”: “uma grande parte da violência contra a Igreja Católica deve-se ao suborno e à cor-rupção dos quadros do partido comunista. O Vietname encontra-se numa fase de transi-ção. Antes, havia uma economia comunista centralizada. Presentemente, o país está direcionado para uma economia capitalista e, por isso, numerosos quadros do Partido apo-deram-se e tornam-se proprietários de edifí-cios que pertenciam às Igrejas… Isto é ilegal, porque a lei vietnamita estipula que todos os edifícios ou terrenos que foram expropriados e confiscados à Igreja ou a outros devem ser

restituídos quando já não forem utilizados pelo Estado”. E prossegue: “Os quadros do Partido transformam estas propriedades em casas de férias ou mansões para depois as venderem no mercado imobiliário, que está em plena expansão no Vietname. Mas a Igreja Católica reivindica as suas proprieda-des. Foi o que se passou em Hanoi, Saigão, Vinh e muitos outros lugares – e os católicos estão no seu direito de reclamar estes bens. A resposta do regime foi violenta. Prenderam e feriram os católicos que reclamavam, legi-timamente, a restituição dos seus bens. um sacerdote foi atirado dum 2º andar de um prédio enquanto agrediam outro deixando--o em coma. A violência é uma maneira de amordaçar a voz e os direitos dos católicos .”

Entre os conflitos que opuseram a Igreja ao poder, devido a esta situação, o da Paróquia de Thài Ha, num bairro popular de

Igreja paroquial

de uma vila no

Vietname.

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Vietname

Hanoi, foi talvez um dos mais falados, com ou sem razão, porque a maior parte das paróquias no Vietname, particularmente no Norte, são confrontadas com este problema. As tensões estão por toda a parte, mesmo que apenas embrionárias. Mas foi em Hanoi que se cristalizaram os conflitos mais azedos e o antigo bispo, D. Ngô Quang Kiêt, pagou a factura (demitiu-se a 13 de Maio de 2010). Em Thài Ha, o conflito tornou-se um símbolo e remonta a Setembro de 2008. Já nesta altura, tinha tomado forma, na paróquia, um grande movimento de oração e de manifes-tações pacíficas para pedir a restituição da totalidade da propriedade do convento dos Redentoristas, do qual o poder se apoderara a pouco e pouco. Sobre um painel, em letras fluorescentes, na fachada do mosteiro, lia--se: “Pedimos aos detentores do poder, em Hanoi, que nos restituam o convento que nos tiraram para construir o hospital de Dông Da.” Em consequência, as autoridades acusaram

os Redentoristas, administradores da paró-quia, de ter “violado a segurança e a ordem pública”. O Bispo de Hanoi tinha também apoiado publicamente, com determinação, a paróquia ameaçada. Como represália, as autoridades mandaram os bulldozers destruir o muro da antiga nunciatura apostólica, hoje transformada em biblioteca municipal e jar-dim público.

oraçãoPara que as autoridades vietnamitas se deixem tocar pelo Espírito Santo e se abram ao respeito e à aceitação da fé cristã, nós Te pedimos Senhor!

UM oUtro CoMbatePara certos observadores, estes conflitos

imobiliários, alimentados pelo regime, são apenas um pretexto para desacreditar os católicos e lutar contra a influência da Igreja. É o que afirma um crente muito envolvido

O Bispo de Bac Ninh,

D. Cosma Hoang Van

Bat com as crianças.

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7Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Vietname

na sua paróquia: “O poder vê na Igreja um espaço de liberdade, liberdade esta que todos os Vietnamitas desejam. Então, oprime para travar o contágio.” A mesma análise faz a tes-temunha da agressão ao pároco de Yên Kiên:

“As autoridades usam a intimidação e a violência para pôr travão à influência dos católicos na sociedade.” Porque, para além da reivindicação dos bens confiscados, os católicos com o seu combate trouxeram, inconscientemente, uma lufada de ar fresco a uma sociedade subjugada que raramente ousa manifestar os seus direitos.

Será, então, a Igreja o ponta de lança da contestação ao regime? Isso seria dar razão ao poder que sempre se empenhou em dar dela a imagem de uma instituição estrangeira, “que colabora com os invasores”. E, se o com-bate dos católicos conseguiu assemelhar-se ao combate de certos dissidentes no que concer-ne o respeito pelos direitos do homem e pela

liberdade religiosa, também violentamente reprimido, o dos católicos é, em princípio, de uma natureza completamente diferente. É o que o Arcebispo de Hanoi, D. Pierre Nguyên Van Nhon, tenta explicar: “Muitas pessoas consideram que a Igreja deve ser uma ‘força’ contra o regime; há partidarismos e isso cria novas tensões. Com tudo isto quem aproveita é o Partido. […] A Igreja deve, em primeiro lugar, ser por Cristo e anunciar o Evangelho. Ela não é o brinquedo de quem quer que seja. A Igreja deve dar, sempre, testemunho da verdade, do amor e do mistério pascal. A Igreja caminha, sempre, contra a corrente. É preciso crer no Espírito Santo, na comunhão dos santos, estar em comunhão com a Igreja e o Papa. Assim, temos a certeza que Cristo está presente e que estamos no bom caminho.” E o arcebispo prossegue, pedindo que se reze muito por ele: “Tenta criar-se a desunião na Igreja do Vietname, tanto no interior como no exterior, mas não se consegue. Eu creio

Conversa entre o

Bispo de Thai Binh

e um ancião.

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8 Sementes de Esperança | Maio 13

Vietname

na Providência. Cristo pode fazer coisas belas pela Igreja do Vietname ao mesmo tempo que a leva pelo Seu Caminho da Cruz. É primordial manter a esperança. Para não a perder é preciso olhar para o Cristo sofredor e ressusci-tado. O Espírito Santo continua a trabalhar no interior da Igreja.”

É, sem dúvida, para um outro combate que o arcebispo convoca os Cristãos. Segundo ele, é preciso pôr em prática uma pastoral de “reevangelização” para duas gerações de católicos que mantêm, sem dúvida, uma ligação com a religião, mas não com a fé. Duas gerações que, devido às pressões do Governo e à educação ateísta das crianças e dos jovens, perderam, de facto, a fé. Algumas paróquias estão vazias. Os Católicos acabaram por se deixar influenciar pelos slogans do Partido

tipo “esperem pela reforma para pensar nas questões religiosas!” Em Hanoi, já só há 3% de católicos, uma proporção 50% inferior à média nacional (6 %). Daí, a necessidade de um esforço enorme na educação religiosa e na formação cristã levada a cabo por catequistas e padres com boa formação. Aí está, tanto para a Diocese de Hanoi como para o conjunto das dioceses do Vietname, um grande desafio a enfrentar, um outro combate a travar.

oraçãoPara que os Católicos no Vietname sejam fortalecidos pelo exemplo de Cristo e per-maneçam fiéis e unidos, nós Te pedimos Senhor!

Cerimónia de

oferenda de

incenso a Nossa

Senhora, em Bac

Giang, na Diocese

de Bac Ninh.

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9Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Oração

Virgem�Santíssima,�Mãe�do�Verbo�encarnado�e�Mãe�nossa,�venerada�com�o�título�de�«Auxílio�dos�cristãos»�no�Santuário�de�Sheshan,�

para�o�qual,�com�devoto�afecto,�levanta�os�olhos�toda�a�Igreja�que�está�na�China,�vimos�hoje�junto�de�Vós�implorar�a�vossa�protecção.�

Lançai�o�vosso�olhar�sobre�o�Povo�de�Deus�e�guiai-o�com�solicitude�materna�pelos�caminhos�da�verdade�e�do�amor,�para�que,�em�todas�as�circunstâncias,�

seja�fermento�de�harmoniosa�convivência�entre�todos�os�cidadãos.Com�o�«sim»�dócil�pronunciado�em�Nazaré,�Vós�consentistes�que�o�Filho�eterno�de�Deus�encarnasse�no�vosso�seio�virginal�

e�assim�desse�início�na�história�à�obra�da�Redenção,�na�qual�cooperastes�depois�com�solícita�dedicação,�

aceitando�que�a�espada�da�dor�trespassasse�a�vossa�alma,�até�à�hora�suprema�da�Cruz,�quando�no�Calvário�permanecestes�

de�pé�junto�do�vosso�Filho,�que�morria�para�que�o�homem�vivesse.Desde�então�tornastes-Vos,�de�forma�nova,�Mãe�

de�todos�aqueles�que�acolhem�na�fé�o�vosso�Filho�Jesus�e�aceitam�segui-Lo�carregando�a�própria�Cruz�sobre�os�ombros.�

Mãe�da�esperança,�que�na�escuridão�do�Sábado�Santo�caminhastes,�com�inabalável�confiança,�ao�encontro�da�manhã�de�Páscoa,�

concedei�aos�vossos�filhos�a�capacidade�de�discernirem�em�cada�situação,�mesmo�na�mais�escura,�os�sinais�da�presença�amorosa�de�Deus.

Nossa�Senhora�de�Sheshan,�sustentai�o�empenho�de�quantos�na�China�continuam,�no�meio�das�canseiras�diárias,�a�crer,�a�esperar,�a�amar,�

para�que�nunca�temam�falar�de�Jesus�ao�mundo�e�do�mundo�a�Jesus.�Na�imagem�que�encima�o�Santuário,�levantais�ao�alto�o�vosso�Filho,�

apresentando-O�ao�mundo�com�os�braços�abertos�em�gesto�de�amor.�Ajudai�os�católicos�a�serem�sempre�testemunhas�credíveis�deste�amor,�

mantendo-se�unidos�à�rocha�de�Pedro�sobre�a�qual�está�construída�a�Igreja.�Mãe�da�China�e�da�Ásia,�rogai�por�nós�agora�e�sempre.�Ámen

Papa Bento XVI

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DE SHESHAN

“Caríssimos Pastores e todos os fiéis, o dia 24 de Maio, que é dedicado à memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria, Auxílio dos cristãos, venerada com tanta devoção no santuário mariano de Sheshan em Xangai, poderá tornar-se, no futuro, ocasião para os católicos de todo o mundo se unirem em oração com a Igreja na China. Desejo que tal data seja para vós uma jornada de oração pela Igreja na China. Exorto-vos a celebrá-la, renovando a vossa comunhão de fé em Jesus Nosso Senhor e de fidelidade ao Papa, rezando a fim de que a unidade entre vós seja cada vez mais profunda e visível.”

Carta�do�Papa�Bento�XVI�à�Igreja�na�China,�27�de�Maio�de�2007

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10 Sementes de Esperança | Maio 13

Meditação

Maria�é�a�Mãe�do�Filho�de�Deus.�É�a�Filha�amada�do�Pai.�É�a�Esposa�do�Espírito�Santo.�Pela�sua�cooperação�na�obra�redentora�de�Jesus,�ela�está�num�plano�inatingível,�elevada�acima�dos�anjos�e�dos�homens.�É�digna�de�todo�o�louvor,�porque�é�a�cheia�de�graça,�e�a�sua�santidade�imaculada,�perfeita�desde�a�sua�concepção,�conservou-se�durante�uma�vida�inteira�dedicada�ao�cumprimento�da�vontade�de�Deus,�até�chegar�ao�doloroso�fim,�quando�se�tornou�Mãe�das�Dores.�O�seu�lugar�na�Igreja�é�único,�onde�é�o�membro�mais�digno,�o�exemplo�mais�selecto,�a�mãe�desvelada.�Como�poderosa�intercessora,�ela�continua,�depois�da�sua�assunção�ao�Céu,�estreitissimamente�ligada�a�todos�os�que�nela�buscam�refúgio.�A�sua�glória�enobrece�todo�o�género�humano.�Deus,�que�a�amou�e�nela�fez�grandes�coisas,�criou-a�para�fazer�dela�um�dom�para�Si�mesmo�e�para�nós.

Padre Werenfried van Straaten

No�plano�divino�da�Salvação,�Maria�

ocupa� um� lugar� extraordinário.�

A� redenção� do� género� humano�

começa�no�seu�regaço�virginal�e�só�

se�completará,�segundo�a�vontade�

de�Deus,�com�a�sua�colaboração�e�

a� sua� intercessão.� As� honras� com�

que� ela� é� cumulada� pela� Igreja�

encontram� fundamento� nesta�

sublime�eleição�de�Deus.�

MARiA, A MÃE DESvElADA

Visite hoje mesmo o microsite dedicado ao P. Werenfried Van Straaten em www.werenfried.pt

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11Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Actualidade

CRiSTÃOS PERSEGUiDOSA�perseguição�aos�cristãos�não�pára�de�aumentar.�Em�muitas�partes�do�mundo�ser�cristão�é�extremamente�perigoso.�Também�aqui,�na�nossa�Europa,�ser�cristão�exige�muita�cora-gem�e�fé�esclarecida.�Assim,�faz�todo�o�sentido�que�os�cristãos�se�reúnam�e�rezem�para�pedir�coragem,�força�e�convicção�para�se�manterem�FIRMES NA FÉ.�

TESTEMUNHO

De�12�a�19�de�Maio,�estará�em�Portugal�D.�François-Xavier�Maroy� Rusengo,� Arcebispo� de� Bukavu� e� Administrador�Apostólico�de�Uvira,�República�Democrática�do�Congo.�Neste�Ano� da� Fé,� o� Arcebispo� Rusengo� vem� dar� testemunho� da�fé�e� falar� sobre�o�sofrimento�e�a�perseguição�que�sofre�o�seu�povo�no�meio�da�guerra�civil,�das�pilhagens,�violações,�assassinados�e�mortes�diárias.�

A�Fundação�AIS�está�a�organizar�várias�conferências,�momentos�de�oração�e�testemunho,�em�vários�locais�do�país.�Venha�ouvir�o�Arcebispo�Maroy�Rusengo�para�conhecer�melhor�o�verdadeiro�rosto�desta�Igreja�que�sofre�em�África.

> Fátima - Dias 12 e 13 de Maio - conferência> Porto e Braga - Dias 14 e 15 de Maio - vigília de oração e conferências> lisboa - Dias 16 e 17 de Maio - conferência> Setúbal (Almada) - Dia 17 de Maio - conferência

Esteja atento à nossa agenda em www.fundacao-ais.pt

DiA DE ORAÇÃO Muitas�pessoas�rezam�pelos�cristãos�perseguidos�no�dia�7�de�cada�mês

> No Santuário de São Bento da Porta AbertaNo�dia�7�de�cada�mês,�reza-se�pelos�cristãos�perseguidos�e�mártires�contemporâneos.�

> Em Fátima, nos valinhos Periodicamente,�há�um�grupo�que�se�reúne�para�rezar�o�terço�pelos�cristãos�que�sofrem.

> Em lisboa, na capela da Fundação AiS, Diariamente,�os�colaboradores�e�voluntários�rezam�pela�Igreja�que�sofre..

Se�tiver�conhecimento�de�algum�outro�grupo�de�oração�ou�se�desejar�iniciar�um�grupo,�por�favor,�fale�connosco�para�o�podermos�apoiar�com�algum�material,�com�a�divulgação�e�talvez�uma�visita.�

Page 12: Sementes de Esperança | Maio  de 2013

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