Seminario patriarcalismo

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Seminário Patriarcalismo Disciplina História, Gênero e Etnia Professor Silvio Lucas Scofield

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Seminário Patriarcalismo

Disciplina História, Gênero e EtniaProfessor SilvioLucas Scofield

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Definição O patriarcalismo define-se como a autoridade institucionalizada do homem sobre a mulher e os filhos. Essa autoridade do patriarca é marcado pela dominação e violência nas relações interpessoais e de personalidade.O patriarcalismo fundamenta-se na interpretação do velho testamento pela rigidez das relações criando regras em todos os aspectos da vida em sociedade na cultura, política, na família, na produção, no consumo e na legislação.

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Ascensão da mulher na sociedade Com acesso das mulheres à educação e ao mercado de trabalho, tornaram-se independentes economicamente que fez com que os maridos perdessem um pouco da autoridade de provedor da família. Com isso, os homens usaram da violência para tentarem retomar esse poder econômico sobre a família. Com os movimentos feministas de 1960, houve grande avanço na tentativa de igualar os direitos das mulheres. A principal conquista foi o acesso das mulheres no mercado de trabalho, modificando as estruturas familiares tradicionais.

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Avanços na biologia, farmacologia e medicina propiciou um maior controle sobre a gravidez e a reprodução humana.O movimento feminista dos anos 1960 atacaram o patriarcalismo, desviando dos ditames masculinos. Já nos anos 1970, acusavam os casos de violência física e sexual. A cultura globalizada: “... Uma colcha de retalhos formada por vozes feministas difundindo-se por todo planeta.” (Manuel Castells – página 171 e 172 O poder da identidade)

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Contexto histórico das mulheres no BrasilDurante o Brasil Colonial, a miscigenação foi um elemento marcante para a relação dos colonos portugueses, as mulheres indígenas e posteriormente as escravas negras. No Brasil Império o patriarcalismo enfraqueceu-se, houve avanços nas áreas educacionais, do trabalho e da política. Em 1850, com a Lei Comercial proibiu as mulheres participassem do comércio sem a autorização dos seus maridos. Por vocação as jovens deveriam ser boas mães e boas esposas, limitando aos trabalhos domésticos e as profissões femininas. Em 1910, o Partido Republicano foi formado como um local onde as mulheres puderam expressarem suas opiniões, lutar por sua emancipação, prestação de serviços e sufrágio feminino. Em 1932, as mulheres ganharam o direito ao voto e na Era Vargas, o Congresso foi fechado, tornou os partidos políticos ilegais e suspendeu o voto até 1945. Até anos 1970 o movimento feminista pouco avançou.

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Feminismo nos anos 1970Ganhou força para luta das mulheres terem acesso ao trabalho (18,5% -26,5%), ingressão nas universidades (classe média) e na direção de quebrar paradigmas da religião como por exemplo, a submissão da mulher ao marido. Apesar da desigualdade de salários entre homens e mulheres; representam 51% do componente feminino no mercado de trabalho. Em 1975, durante o governo Geisel o regime militar foi enfraquecendo dando mais influência à luta feministas aos direitos básicos da mulher. Na época a ONU tentou acabar as desigualdades de gênero e apoiou o Dia Internacional da Mulher. Com a permissão das reuniões, encontros e conferências surgiu o movimento feminista moderno no Brasil.Na Igreja Católica CEBS (Comunidades Eclesiásticas de Base) eram formadas por mulheres. Os padres sugeriram estratégias para a luta dos trabalhadores às elites e ao governo, organizando as ações da Teologia da Libertação dando apoio social aos oprimidos.

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Feminismo na redemocratizaçãoOs anos 1990, as mulheres se feminizaram durante a abertura política no Brasil. O Ministério da Saúde realizou uma campanha de distribuição gratuito de anticoncepcionais para mulheres carentes que reduziu a taxa de natalidade para concretização do planejamento familiar. Contestado pelas elites brasileiras. Nesta época houve uma aumento substancial de casos de violência contra as mulheres em 205.219 entre janeiro de 1991 e agosto de 1992. Os fatores para impunidade desses agressores são: defesa da honra do homem, problemas na linguagem da lei e a polícia não trata de forma adequada aos casos. Devido a sociedade brasileira ser muito patriarcal os avanços são menores em relação à campanha maciça de direitos civis das mulheres e das questões de gênero.

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Movimento Feminista no Mundo Surgiu como movimento organizado em 1848 na Capela de Sêneca Falla em Nova York. As lutas feministas terminaram com a conquistado direito do voto às mulheres em 1920.

Em 1955, houve um boicote ao ônibus em Montgomery no estado do Alabama nos EUA que dera origem aos movimento dos direitos civis dos negros um divisor de águas na luta das minorias.

Em 29 de outubro de 1966, foi criado o NOW (Organização Nacional da Mulher) para tornar mais abrangente a organização nacional dos direitos das mulheres concentrando ações para a conquista de direitos iguais às mulheres nas esferas econômicas, social e institucional. Surgiu também a ESD (Estudantes por uma Sociologia Democrática) um movimento a parte em reação à discriminação sexual e dominação masculina. Em 1967, o feminismo se divide em duas categorias: radical e liberal. Para o sociólogo Manuel Castells, o feminismo enfraqueceu-se na década de 1970 e quase desapareceu em 1980, todas reivindicações e organização do movimento passaram a serem políticas.

Para o sociólogo Manuel Castells, o feminismo enfraqueceu-se na década de 1970 e quase desapareceu em 1980, todas reivindicações e organização do movimento passaram a serem políticas.

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ConclusãoO patriarcalismo continua apesar das crises, apesar de valores universais e eternos perdem legitimidade numa crise estrutural na família com uma crescente contradição entre a globalização das novas relações e referenciais religiosos do passado. A importância de garantir dos direitos à mulheres, dando espaços para elas, o questionamento sobre a condição da mulher na sociedade enos dias atuais, sua fragilidade, suas conquistas e contradições torna agente principal de suas lutas pelo direito da igualdade material, social e institucional dos gêneros.

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Bibliografia Periódico UFPE: Patriarcalismo e o Feminismo: Uma retrospectiva histórica Maria do Perpétuo Socorro Leite BarretoO poder da identidade – Manuel Castells Vol. II, Cap. 4, 2000. FFLAUSINO, Márcia Coelho. Mídia: Sexualidade e identidade de gênero. Trabalho apresentado no NP. 13 - Núcleo de Pesquisa Comunicação das minorias, XXV Congresso anual em Ciência da Comunicação - Salvador 04 e 05/09/2002. GOMES, Paola Basso Barreto. Genitais femininos e os lugares da diferença. Mulher: Saúde, Sexualidade e Direitos Humanos. Ed. Missionárias(o) s de MaryKnoll. João Pessoa.