SEMINÁRIOS TEMÁTICOS EM CIÊNCIAS NATURAIS...
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SEMINÁRIOS TEMÁTICOS EM CIÊNCIAS NATURAIS II
VLADYR YURI SOARES DE LIMA CAVALCANTI
Caro(a) Aluno(a)
Este novo ciclo, que ora se inicia, traz novos temas para que juntos possamos
aprofundar nossos conhecimentos em Ciências Naturais.
Não devemos perder de vista que nosso aprendizado ocorre em etapas, e que,
para chegarmos aqui passamos por outros três períodos necessários à nossa formação.
A nossa disciplina Seminários Temáticos em Ciências Naturais II, tem a
intenção de nos posicionar diante da realidade, tendo como base o aprendizado
acumulado nos dois períodos anteriores (2º Período e 3º Período).
Para que isso se torne possível, faremos uma releitura dos conceitos aprendidos
nos períodos anteriores e buscaremos sua relação com os temas atuais.
Relacionar o tema Ciências Naturais com a História, também nos será muito
útil para aumentar a compreensão da realidade que nos cerca.
É sempre bom relembrar que, este material é um roteiro para que possamos
iniciar nossas discussões teóricas, e que deve sempre ser acompanhado da leitura dos
livros recomendados. Outras referências podem aparecer no decorrer do texto e do
curso.
Como, em todo texto, provavelmente você encontre algumas dificuldades para
entender sobre algum assunto, ou definição. Caso isso ocorra, tem sempre à mão um
caderno “tira-dúvidas” para ir anotando-as e depois enviando-as ao tutor ou ao
professor. Isso ajudará no seu aprendizado e também na correção das futuras edições
deste material.
Gostaria de encerrar minha fala desejando à você um bom período letivo, pois
desejo que possamos, juntos, aprender mais sobre as Ciências Naturais.
Um bom recomeço à todos nós!
Yuri Cavalcanti
METODOLOGIA
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OBJETIVO
Relacionar os temas vistos nas disciplinas dos períodos anteriores com a
realidade que nos cerca.
Planejar, executar e desenvolver pesquisas em Ciências Naturais.
Preparar oficinas, palestras e seminários direcionados para o ensino de Ciências
na Educação Fundamental.
AVALIAÇÃO
A avaliação será trabalhada de forma continua.
Serão objetos utilizados para compor a avaliação:
Acesso a plataforma;
Realização das atividades (do caderno de atividades);
Participação nos pólos;
Avaliação presencial;
Trabalhos finais.
O quadro de pontuação por atividades é dado a seguir:
Seção I Seção II Seção III
Atividade I 10 Atividade VI 10 Atividade XI 10
Atividade II 10 Atividade VII 10 Atividade XII 10
Atividade III 10 Atividade VIII 10 Atividade XIII 10
Atividade IV 10 Atividade IX 10 Atividade XIV 10
Atividade V 10 Atividade X 10 Atividade XV 10
Fórum 10 Fórum 10 Fórum 10
Total 60 Total 60 Total 60
Pontuação total por atividades = 180 pontos.
Pontos destinados a participação do aluno:
# Coerência nas discussões 05 pontos
# Proativo, indica novas leituras 05 pontos
# Relacionar os temas com seu cotidiano 05 pontos
# Pontualidade na entrega das atividades 05 pontos
# TOTAL POR PARTICIPAÇÃO 20 pontos
Com todas as atividades entregues, e com a participação demonstrada em todas
as semanas, o total de pontos acumulados pelo aluno, no decorrer da disciplina, pode
chegar a 200 pontos.
A avaliação presencial conta 100 pontos, caso o aluno acerte todas as questões
propostas.
Sendo, portanto, a pontuação máxima obtida de 300 pontos.
O site da
Escola de Eng. De
São Carlos,
apresenta um
modelo de fi-
chamento:
www.eesc.usp.br/
nomads/processo
s_de_design/lisan
dra/textos/07-05-
18_Artigo_Tereza
_Scheiner.pdf
Resumo da Seção I – A elaboração de seminários em Ciências Naturais é uma
ferramenta de suma importância para a exposição de trabalhos realizados. Pode
ser utilizada para trabalhos de classe, ou até para Feiras de Ciências Escolares.
Para isso, vamos aprender a elaborar alguns tipos de textos científicos.
Resumo da Aula I.I – Esta aula tem como objetivo proporcionar ao aluno a
competência em planejar, desenvolver e executar textos científicos. O tipo de
texto abordado nesta aula é o fichamento.
SEÇÃO I – ELABORAÇÃO DE SEMINÁRIOS EM CIÊNCIAS NATURAIS
AULA I.I – ELABORAÇÃO DE FICHAMENTO
POR QUE ESCREVER TEXTOS CIENTÍFICOS?
O nosso curso de Ciências Naturais tem como objetivo
formar professores-pesquisadores. Isto quer dizer, professores
que irão além da prática docente usual (mera repetição de
conteúdo didático), se tornarão professores críticos, capazes de
fazer uma releitura de sua própria realidade a partir dos
conceitos novos aprendidos.
As atividades desenvolvidas por este novo professor
requer que as atividades referentes à investigação,
sistematização e socialização do conhecimento deixem de ter no
professor seu principal protagonista e passem a ser
compartilhadas por professores e alunos.
E caro aluno, sua formação universitária, se faz com a
progressiva iniciação às práticas do trabalho intelectual, atividade
central na vida acadêmica. Com esta prática você deve adquirir e aperfeiçoar,
gradativamente, um conjunto básico de competências: i) referentes ao trato da
informação: ler e compreender textos teóricos; identificar fontes bibliográficas; adquirir
a informação necessária para a construção textual; registrar as informações e suas
fontes bibliográficas; ii) competências cognitivas: identificar proposições, estabelecer
relações, inferir, demonstrar por argumentação; formação de conceitos; capacidade de
interpretar; formular questões, hipóteses, observar, reformular; e iii) capacidade de
elaboração própria: analisar criticamente textos; apresentar e discutir temas; redigir.
Este conjunto de competências só será desenvolvido por você, de modo gradativo,
através de exercícios sistemáticos e intensivos.
Lembre-
se que este
tema já foi tra-
tado anterior-
mente, pela
Profª Fátima
Camarotti.LEIA!
FICHAMENTO
Na primeira aula, de Seminários Temáticos em Ciências Naturais I,
ministrada pela Professora Fátima Camarotti, dispomos de um texto sobre Elaboração de
Resumos, Painéis e Seminários, onde a professora nos mostra como elaborar um
fichamento, resumo e/ou síntese. Devemos começar por reler este pequeno texto.
Vamos ressaltar alguns outros ponto importantes que devem ser observados na
construção de um fichamento. Visto que, um fichamento pode ter dois propósitos
distintos: a) desenvolver as habilidades para o estudo e assimilação de textos
científicos, neste caso o fichamento consiste de um registro do texto lido; b) registrar
sistematicamente e documentar informações de textos científicos, neste caso o
fichamento servirá de base de consulta para a elaboração de outros trabalhos (resenhas,
artigos, monografia, seminário, relatórios, etc.).
Relembrando que um fichamento deve conter, pelo menos, três elementos:
i) cabeçalho, um título que indica o assunto do fichamento; ii) referência completa
da obra, que deve seguir as norma NBR-6023/2002 da ABNT; iii) corpo da ficha, com
o conteúdo do fichamento.
O fichamento pode ser produzido como uma Ficha de Leitura, neste caso ele
destina-se ao registro sintético do conteúdo, ou de parte dele, do texto lido. Neste caso,
é recomendado que o corpo da ficha seja escrito em forma de resumo, com os seguintes
atributos:
Ser sucinto, seletivo e objetivo;
Respeitar a ordem das idéias e dos fatos apresentados;
Utilizar linguagem clara, objetiva e econômica;
Algumas perguntas ajudam a avaliar se o fichamento foi realizado da maneira
correta:
O resumo é sucinto e objetivo?
Contempla as principais idéias do texto?
Mantém fidelidade ao texto? (você não deve emitir
juízo de valor)
Respeita a ordem das idéias apresentadas no texto?
Está corretamente referenciada?
Devemos praticar um pouco dos dois tipos de fichamento. O
primeiro para desenvolver a habilidade para o estudo e a
assimilação do texto científico. E o segundo para ajudar no planejamento das nossas
atividades, tais como o planejamento de aulas.
Uma ficha de leitura tem o seu conteúdo variando de acordo com a sua
necessidade. Que podem ser (LAKATOS, 2009):
A) Bibliográfica, que se subdivide em
a. Bibliográfica de obra inteira; e
b. Bibliográfica de parte de uma obra.
B) Citações
C) Resumo ou de Conteúdo
D) Esboço
E) Comentário ou Analítica
Em seu livro, Lakatos (2009) descreve cada uma dessas formas e apresenta os
seus respectivos exemplos.
O nosso interesse, neste momento, é trabalhar com as Fichas de Resumo ou de
Conteúdo.
a) não é um sumário ou índice das partes compo-
nentes da obra, mas exposição abreviada das idéias
do autor;
b) não é transcrição, como na ficha de citações, mas é
elaborada pelo leitor, com suas próprias palavras,
sendo mais uma interpretação do autor;
c) não é longa: apresentam-se mais informações do que
a ficha bibliográfica, que, por sua vez, é menos
extensa do que a do esboço;
d) não precisa obedecer estritamente à estrutura da
obra: lendo a obra, o estudioso vai fazendo anotações
dos pontos principais. Ao final, redige um resumo, con-
tendo a essência do texto.
Com essas observações, o aluno deve ser capaz de produzir uma Ficha de Resumo
clara e concisa das principais idéias do autor do texto que está lendo.
Na disciplina Pesquisa Aplicada à Educação, ministrada pela, Profª Ana Paula, no
2º período, temos uma leitura obrigatória para ajudar na reflexão sobre a pesquisa
científica, suas interpretações teóricas e empíricas, na compreensão dos aspectos teóri-
co-metodológicos das abordagens científicas, dos tipos de pesquisa (qualitativa e quan-
titativa); e sobre projetos de pesquisa. A disciplina também fornece modelos de: i) es-
quema; ii) resumo; iii) fichamento; iv) projeto; v) relatório científico; e vi) normas
técnicas da ABNT.
Na plataforma você vai encontrar a Atividade I (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
O site da
PUCRS, apresenta
o que é e como
elaborar, e um
modelo de resenha
crítica:
http://www.pucrs.
br/gpt/resenha.php
Resumo da Aula I.II – Esta aula tem como objetivo proporcionar ao aluno a
competência em planejar, desenvolver e executar textos científicos. O tipo de
texto abordado nesta aula é resenha crítica.
AULA I.II – ELABORAÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICOS
POR QUE ESCREVER RESENHAS?
Uma resenha de um texto, ou também conhecida como resenha crítica, é uma
apresentação sucinta e crítica de um texto (que pode ser de cunho científico ou
literário).
A resenha tem por objetivo levar ao leitor informações
objetivas sobre o assunto de que trata o texto, destacando a
contribuição do autor (tipo de abordagem, novos conheci-
mentos, etc). Logo, uma resenha crítica deve conter, pelo
menos, três fatores:
Um resumo das idéias principais do texto;
Uma apreciação crítica das informações trazidas
pelo autor da obra, através do texto; e
Uma justificativa da análise realizada.
Mas, para tal, o autor da resenha deve ter um conhecimento especializado do
tema, com condições de emitir um juízo de valor crítico. Como a explosão de conheci-
mentos tornou-se uma característica do mundo contemporâneo, a resenha crítica
costuma ser utilizada por profissionais para orientar a leitura sobre um determinado
tema. Pois, a resenha contempla todo o conteúdo de um texto de maneira resumida,
tornando-se ponto de partida para o profissional decidir se vai ler todo o texto, ou não.
É sempre bom ter cuidado! Pois, segundo Lakatos (2009, p.266) com grifo nosso:
Entretanto, mesmo que o resenhista tenha competência
na matéria, isso não lhe dá o direito de fazer juízo de
valor ou deturpar o pensamento do autor.
Alguns procedimentos são adotados na escrita de uma resenha crítica. O roteiro a
seguir baseia-se no modelo apresentado por Lakatos (2009, p.267):
Referência: autor(es); título; local de edição; editora e data; número de
páginas; preço (facultativo em trabalhos acadêmicos);
Credenciais do autor: informações gerais sobre o autor e sua qualificação
acadêmica, profissional ou especializada;
Conhecimento: um resumo das idéias principais do texto com uma breve
descrição dos capítulos ou partes do texto;
Conclusão do autor: o autor apresenta conclusões sobre o texto? Quais
são e onde estão (no final dos capítulos ou do livro)?
Quadro de referências do autor: a que linha de pensamento o autor
segue? Que teoria utiliza para apoiar o seu estudo?
Crítica do resenhista (apreciação): para tal o resenhista deve atender
alguns pré-requisitos. Tais como saber:
o Como se situa o autor do texto em relação as correntes científicas ou
filosóficas do tema tratado pelo autor?
o Como se situa o autor do texto em relação ao contexto social,
político, histórico, etc?
o As idéias são originais? Criativas? A abordagem é inovadora?
o O texto é conciso, objetivo, claro, coerente, preciso?
o Apresenta a forma lógica, sistematizada? Utiliza recursos
explicativos? Qual o público da obra?
Não é necessário responder a todas as perguntas. As perguntas podem variar
dependendo do tipo de texto resenhado, bem como da finalidade e do destino da
resenha. Mas, relembrando o que foi apresentado pela Professora Fátima Camarotti,
para fins de trabalho acadêmico, são indispensáveis os seguintes tópicos:
A referência;
O resumo;
As conclusões do autor;
O quadro de referências do autor; e
A crítica do resenhista.
Por ser um texto de natureza mais elaborada que o fichamento, a resenha crítica
requer do estudante a aquisição gradativa de competências de leitura, análise e inter-
pretação de textos científicos. Dentre elas, citamos:
A análise textual onde o resenhista faz uma leitura corrida, porém atenta do
texto, a fim de identificar o seu plano geral;
A análise temática que procura identificar do que trata o texto. Como o autor
problematiza o tema. Sua posição perante o assunto abordado. Qual a idéia principal e
quais as idéias secundárias do texto.
A análise interpretativa onde o resenhista assume uma posição diante das
idéias do autor. Espaço onde o resenhista deve fazer relações com autores que tenha
desenvolvido a mesma ou outra abordagem do tema.
A análise crítica feita pelo resenhista, onde formula um juízo crítico. Avalia sua
coerência, profundidade, originalidade alcance, validade e contribuição à discussão do
problema.
Algumas perguntas auxiliam ao resenhista na hora de verificar se não ficou
faltando alguma informação básica na hora de escrever a sua resenha:
A resenha apresenta as idéias principais do texto?
Aponta as características principais do texto?
A apresentação das idéias é sucinta e objetiva?
As informações sobre o autor são suficientes para sua identificação?
As conclusões do autor são comentadas?
O posicionamento do autor é discutido?
A crítica do resenhista é pertinente e fundamentada?
O texto está corretamente referenciado?
Em seu livro, Lakatos (2009, p.268) apresenta um modelo de resenha.
Lembre-se de utilizar os conceitos aprendidos em outras disciplinas do curso, tal
como a disciplina Pesquisa Aplicada à Educação, da Profª Ana Paula.
Na plataforma você vai encontrar a Atividade II (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
O site
http://www.giga
mundo.com,
apresenta um
modelo de paper
http://www.giga
mundo.com/wp-
content/files/_co
mputadores_na_
educacao.pdf
Resumo da Aula I.III – Esta aula tem como objetivo proporcionar ao aluno a
competência em planejar, desenvolver e executar textos científicos. O tipo de
texto abordado nesta aula paper (ou texto de posicionamento pessoal).
AULA I.III – ELABORAÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICOS
O QUE É UM PAPER, PAPER POSITION OU UM TEXTO DE
POSICIONAMENTO PESSOAL?
O paper, ou texto de posicionamento pessoal, é um pequeno
texto, onde o autor, visa discutir resultados de estudos, pesquisas
científicas ou até mesmo artigos de jornal de uma determinada
área de estudo.
Neste texto o autor do paper desenvolve análises e
argumentações sobre o tema discutido, sempre com objetividade e
clareza, podendo utilizar opiniões de especialistas, como
referências para seus argumentos.
É um texto que pode ser solicitado em momentos
diferentes, tais como:
a) apresentação de seminários;
b) estudos de caso;
c) participação em palestras, etc. Sendo o paper solicitado ao final de uma dessas
atividades como forma de avaliar a sua aprendizagem.
Os procedimentos adotados para a elaboração de um paper levam em
consideração os critérios relacionados ao conteúdo e a forma. Com relação ao conteúdo:
a) Leitura exploratória do texto e de textos relacionados ao tema do texto
analisado;
b) Planejamento do paper, que remete a elaboração de um roteiro com as
principais idéias referentes a:
Apresentação do tema e propósitos do paper;
Destaque e discussão dos pontos relevantes; e
Síntese conclusiva, que deve atender aos propósitos expresssos na
apresentação do paper.
Na plataforma você vai encontrar a Atividade III (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
Como todo o texto acadêmico, deve conter citações diretas ou indiretas que
sustentem os argumentos do autor do paper em relação ao tema em discussão.
Algumas perguntas auxiliam ao autor do paper na verificação do seu texto:
As principais idéias do autor do texto original são apresentadas no paper?
O assunto é analisado em profundidade?
Os argumentos utilizados apresentam fundamentos consistentes?
Existe coerência na análise apresentada sobre o tema?
As conclusões do paper são apresentadas de forma clara e concisa?
o visitar o site
da Universia, encon-
tramos esse artigo,
sobre Pesquisa em
Rede:
http://www.universia.
com.br/rue/materia.js
p?materia=12436
Resumo da Aula I.IV – Esta aula tem como objetivo proporcionar ao aluno a
competência em planejar, desenvolver e executar pesquisas utilizando a internet
como fonte de pesquisa.
AULA I.IV – A INTERNET COMO FONTE DE PESQUISA
A INTERNET PODE SER UTILIZADA COMO FONTE DE PESQUISA?
Hoje, dificilmente veríamos alguma pessoa se fazendo
essa pergunta. Afinal, estamos numa era, em que tudo, ou
quase tudo, se passa na era virtual.
Mas, até mesmo para você, estudante que utiliza a
internet como uma ferramenta para os estudos, cabe a
pergunta: A internet pode ser utilizada como uma
fonte de pesquisa confiável?
Conforme Severino (2000)
A internet, rede mundial de computadores, tornou-se uma
indispensável fonte de pesquisa para os diversos campos de
conhecimento. Isso porque representa hoje um extraordinário acervo
de dados que está colocado à disposição de todos os interessados, e
que pode ser acessado com extrema facilidade por todos eles, graças
à sofisticação dos atuais recursos informacionais e comunicacionais
acessíveis no mundo inteiro.
É claro, que precisamos ter em mente que, de 2000 para cá muita coisa mudou.
Quando o autor, Antônio Joaquim Severino (2000) escreveu sobre a internet, ainda não
tínhamos verdadeiras bibliotecas digitais à nossa disposição na internet. Outra ressalva,
muito importante, é com relação ao acesso. A extrema facilidade, citada pelo autor, tem
um custo, que nem todos podem arcar.
Hoje temos também verdadeiras enciclopédias, como exemplo a Wikipédia, à
nossa disposição na internet. Sem falar que tudo isso é criado por nós! Usuários da
internet. Se visitarmos a Wikipédia pelo endereço http://pt.wikipedia.org,
encontraremos 522.779 artigos (acesso em 22/11/2009), inclusive um sobre a EAD!
Veja no endereço http://pt.wikipedia.org/Ead.
Bem, tudo isso não responde a nossa pergunta inicial: é uma fonte confiável?
Um artigo muito interessante, no site da Universia Brasil (http://www.universia.
com.br/rue/materia.jsp?materia=12436) nos traz essa discussão:
Ao digitar o nome do líder negro "Martin Luther King" -
importante figura no processo de obtenção de direitos pelas
minorias raciais nos Estados Unidos - no Google, a primeira
ocorrência que aparece se refere a um site descrito como "fruto
de uma investigação verdadeira e histórica", onde são citadas
pesquisas e publicações jornalísticas como fontes de informação
dos seus artigos. Mas por meio de uma consulta ao seu registro é
possível descobrir que, longe de fazer uma análise imparcial dos
fatos, a página veicula as idéias de um grupo racista internacional.
Alguns dos recortes de teses acadêmicas e reportagens citados no
site não são verdadeiros, e mesmo as referências reais se
encontram descontextualizadas de sua forma original,
obedecendo ao único objetivo de descrever Martim Luther King
como um líder oportunista e ligado aos interesses do comunismo.
Essa é uma prova do cuidado que se deve ter ao usar a World
Wide Web como ferramenta de pesquisa acadêmica.
Devemos ter o cuidado de checar todas as informações que retiramos da internet.
Algumas podem ter seu conteúdo desvirtuado propositadamente, como o exemplo citado
acima; outras podem conter erros grosseiros, como os encontrados em livros didáticos.
Por isso, cabe sempre ao professor, o papel de mediador no uso dessas ferramentas.
Uma ferramenta útil para todo o tipo de pesquisa, inclusive a acadêmica, tem sido
o Google. Veja a partir do endereço http://www.google.com.br. Na página inicial do
Google, existem diversas opções, para as mais variadas pesquisas:
LIVROS: http://books.google.com.br/
GRUPOS: http://groups.google.com.br/
READERS: http://www.google.com.br/reader/
ACADÊMICOS: http://scholar.google.com.br/schhp?hl=pt-BR
TERRA: http://earth.google.com/intl/pt-BR/
Na plataforma você vai encontrar a Atividade IV (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
O site da
USP, apresenta
subsídios para a
elaboração de
seminários:
http://web.cena.u
sp.br/apostilas/Se
minario/Apresent
acoes/Material%2
0da%20Profa%20
Miriam%20Foresti
/Semtexto.doc
Resumo da Aula I.V – Esta aula tem como objetivo proporcionar ao aluno a
competência em planejar, desenvolver e executar um seminário, com o auxílio de
textos científicos previamente elaborados.
AULA I.V – ELABORAÇÃO DE SEMINÁRIOS
SEMINÁRIO TEMÁTICOS EM CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL
O nosso objetivo principal nesta disciplina é a
aplicabilidade prática do saber em aulas de Ciências (no Ensino
Fundamental).
Esta atividade requer de você, futuro professor-pesquisa-
dor, um conjunto de saberes teóricos, tanto das disciplinas
técnicas, como Metodologia do Trabalho Científico, quanto as
disciplinas ligadas a sua área de formação, como Ciências
Naturais.
Um seminário, deve ser elaborado a partir de um conjunto
de considerações: i) Qual o tema a ser discutido/apresentado?
ii) Quais são as ferramentas disponíveis para realizar esta apresen-
tação? E principalmente, iii) Qual o público a que se destina? Sua faixa etária, nível de
conhecimento sobre o tema a ser apresentado, etc.
Podemos entender melhor seminário, lendo o conceito apresentado por Lakatos
(2009, p.35), com grifo nosso:
Seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa,
discussão e debate; sua finalidade é pesquisar e
ensinar a pesquisar. Essa técnica desenvolve não só a
capacidade de pesquisa, de análise sistemática de fatos,
mas também o hábito do raciocínio, da reflexão,
possibilitando ao estudante a elaboração clara e objetiva
de trabalho científicos.
Na sua vida acadêmica, você terá como público , frequentemente, pessoas com o
mesmo patamar de conhecimento que o seu. Isto é, terão todos a mesma formação.
Isto facilita bastante na hora de preparar e expor um tema. Visto que há muito conheci-
mento em comum.
Entretanto, você terá como responsabilidade, preparar e conduzir alunos para a
realização de seminários. E isso ocorrerá na sua sala de aula. Onde, os outros alunos
(expectadores do seminário) terão pouca, ou quase
nenhum conhecimento sobre o assunto exposto.
Nesta aula, vamos abordar como orientar
um seminário de Ciências em um turma de Ensino
Fundamental. Procurando fazer do seminário uma
atividade em que o aluno associe o conteúdo do
seu aprendizado com a realidade que o cerca.
Para isso, utilizaremos todos os recursos trabalhados nas quatro aulas anteriores,
sobre produção de textos científicos, como ferramenta para alcançar nossos objetivos.
Pois, um trabalho bem orientado, além de enriquecer o aprendizado, evita a fuga do
tema e possíveis distorções da sua aplicação em sala de aula.
O seminário é uma forma de criar a relação com o conteúdo visto em sala de aula,
através dos livros didáticos, com a sua realidade local. Lakatos (2009) sugere que, os
temas podem ser:
a) temas constantes de um programa disciplinar, mas
que necessitam de conhecimentos mais aprofundados;
b) temas complementares a um programa disciplinar;
c) temas novos, divulgados em periódicos especializados,
referentes à disciplina em questão.
d) temas atuais de interesse geral, com idéias
renovadoras;
e) temas específicos, atualizados, adequados a um
programa de seminário.
É bom observar, que para o Ensino Fundamental, algumas adaptações são
necessárias. É sempre bom lembrar, que o seu público infantil, não possui todo o
vocabulário, então não sobrecarregue na linguagem.
Outro aspecto importante: disponibilize o material para seus estudantes!
A depender de onde você lecione, seus estudantes não terão o mesmo acesso que você
a fontes de pesquisa, tais como: jornal, revistas, livros, internet, vídeos, etc.
E, cuidado ao avaliar, para não relacionar a nota simplesmente ao aspecto do
material apresentado no seminário. Lembre-se que seus estudantes tem diferentes
condições sócio-econômicas e, nem todos dispõem dos mesmos recursos.
Figura 1: Estudantes do Ensino
Fundamental em uma escola do ES.
Na plataforma você vai encontrar a Atividade V (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
UNIDADE I - REFERÊNCIAS
Figura 1: Estudantes do Ensino Fundamental em uma escola do ES. Disponível em:
<http://www.es.gov.br/site/files/arquivos/imagem/30072009carteiras02.jpg>. Acesso
em: 8 nov. 2009.
Modelo de Fichamento. Disponível em: <http://www.eesc.usp.br/nomads/processos_de_
design/lisandra/textos/07-05-18_Artigo_Tereza_Scheiner.pdf>. Acesso em: 8 nov. 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023/2002: Informação e
documentação - Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
LAKATOS, Eva Maria.Fundamentos de metodologia científica, São Paulo:Atlas, 2009.
ROMÃO, Ana Paula. Pesquisa Aplicada à Educação, Graduação em Ciências Naturais -
Licenciatura a Distância, Disciplinas do 2º Período – EAD em Ciências Naturais, UFPB, 2009
Modelo de Resenha. Disponível em: <http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php>. Acesso em:
8 nov. 2009.
Modelo de Paper Position. Disponível em: <http://www.gigamundo.com/wp-content/
files/_computadores_na_educacao.pdf>. Acesso em: 8 nov. 2009.
A Internet como fonte de pesquisa. Disponível em: <http://www.universia.com.br/rue
/materia.jsp?materia=12436>. Acesso em: 8 nov. 2009.
Severino, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez,
2000.
Wikipédia sobre EAD. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/Ead>. Acesso em: 8 nov. 2009.
Pesquisa avançada no Google. Disponível em: <http://www.google.com.br>. Acesso em: 8
nov. 2009.
• LIVROS: http://books.google.com.br/
• GRUPOS: http://groups.google.com.br/
• READERS: http://www.google.com.br/reader/
• ACADÊMICOS: http://scholar.google.com.br/schhp?hl=pt-BR
• TERRA: http://earth.google.com/intl/pt-BR/
Leia o arti
go, no site:
http://www.weba
rtigos.com/article
s/13785/1/como-
desenvolver-ofici
nas-pedagogicas-
na-disciplina-de-
experiencias-ma
tematicas-na-es
cola-de-periodo-
integral/pagina1.
html
Resumo da Seção II – As Oficinas Pedagógicas caracterizam-se por ser um
trabalho lúdico de grande importância no processo ensino-aprendizagem. Nesta
seção, continuaremos o trabalho de Seminários Temáticos I, aprofundando o
conhecimento sobre a importância da oficina pedagógica como um trabalho
lúdico. Também desenvolvendo oficinas pedagógicas para as disciplinas dos
períodos anteriores.
Para isso, vamos aprender a elaborar alguns tipos de textos científicos.
Resumo da Aula II.I – Esta aula tem como objetivo proporcionar ao aluno
subsídios para que ele possa descobrir a utilidade e aplicabilidade das oficinas
pedagógicas em sala de aula.
SEÇÃO II – TRABALHANDO COM OFICINAS PEDAGÓGICAS E
GRUPOS DE TRABALHO
AULA II.I – A IMPORTÂNCIA DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
ATRAVÉS DAS OFICINAS PEDAGÓGICAS
QUAL O CONCEITO DE OFICINA PEDAGÓGICA?
A oficina pedagógica caracteriza-se como uma
metodologia de trabalho em grupo, caracterizada pela
“construção coletiva de um saber, de análise da realidade, de
confrontação e intercâmbio de experiências” (CANDAU, 1999,
p.23), em que o saber não se constitui apenas no resultado
final do processo de aprendizagem, mas também no processo
de construção do conhecimento.
As oficinas pedagógicas podem assumir diversas formas,
mas nunca deve-se confundir uma oficina pedagógica com outra
atividade que envolva uma oficina. Pois, as oficinas pedagógicas
tem objetivos bem determinados (Camarotti, 2009):
tornar a escola um local no qual o professor possa
debater, refletir e discutir, as diferentes práticas
didáticas e metodológicas na sua área de atuação
que é o Ensino de Ciências;
Criar um acervo de material teórico e experimental
como brinquedos, maquetes, bonecos, cartazes,
etc e roteiros de construção aos conteúdos de
Lembre-
se que este
tema já foi tra-
tado anterior-
mente, pela
Profª Fátima
Camarotti.LEIA!
Ciências que possa dar apoio ao trabalho do
professor;
Tornar a ação pedagógica do professor mais
motivadora e estimulante para os seus alunos;
Proporcionar propostas didáticas concretas com a
utilização de materiais simples no desenvolvimento
de atividades experimentais e lúdicas no ensino de
Ciências Naturais;
Desenvolver projetos pedagógicos baseados nos
conteúdos desenvolvidos no Ensino Fundamental;
Propiciar ao professor e seus alunos condições a
reprodução e invenção de novos materiais
experimentais relativos aos conteúdos de Ciências
Naturais;
Divulgar o trabalho realizado nas oficinas para as
várias unidades escolares levando à socialização
dos conhecimentos construídos pelos alunos,
através das Mostras de Ciências.
Convém lembrar que, nas oficinas pedagógicas, o papel do professor é
fundamental, pois é ele quem irá orientar todo o trabalho, que deve ocorrer em três
fases claras e distintas:
FASE 1: Reflexões e discussões coletivas para a troca de
experiências pessoais para corroborar com a
construção coletiva do saber;
FASE 2: Abertura para as propostas de soluções para os
conflitos gerados pelas discussões ocorridas na Fase
1. Tem como objetivo principal criar novas
estratégias, a partir do confronto das experiências
pessoais; e
FASE 3: A construção coletiva do saber propriamente dita. Que ajuda a desen-
volver nos alunos o comprometimento com o conteúdo aprendido.
Livros e artigos sobre Educação mediada por computador
http://www.filomenamoita.pro.br/artigos.htm
Na plataforma você vai encontrar a Atividade VI (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
Resumo da Aula II.II – Esta aula tem como objetivo proporcionar ao aluno
subsídios para que ele possa descobrir a utilidade e aplicabilidade dos grupos de
trabalho em sala de aula.
Leia o arti
go O saber de
mão em mão: a
oficina pedagógi-
ca como dispositi-
vo para a forma-
ção docente e a
construção do
conhecimento na
escola pública, no
site:
http://www.filom
enamoita.pro.br/p
df/GT06-1671.pdf
AULA II.II – A IMPORTÂNCIA DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
ATRAVÉS DOS GRUPOS DE TRABALHO
A IMPORTÂNCIA DOS GRUPOS DE TRABALHOS - GT
A utilização de Grupos de Trabalho (GT) é uma prática
bem disseminada nas Ciências Naturais. Dada a sua forma de
trabalho, os GT ajudam a criar um ambiente propício a discussão
para gerar uma melhor relação entre aluno-professor e aluno-
aluno.
Uma boa maneira de se trabalhar com GT é utilizando a
Técnica de Observação Dirigida (Pereira, 1998, p.76), pois
com ela conseguimos estimular o estudo experimental,
propiciando condições para o desenvolvimento das habilidades de
observações, análise, raciocínio lógico-dedutivo e o pensamento
independente.Conforme Pereira (1998):
Estudar através da observação dirigida é aprender
redescobrindo, tanto na investigação concreta (experi-
mentos) quanto nos informes intelectivos (conhecimentos
adquiridos, através de pesquisas bibliográficas de orienta-
ções docentes de experiências pessoais).
O aluno deve ser preparado para o ato de observar criticamente. A partir de suas
observações críticas, este aluno deve ser capaz de resolver problemas, interessar-se
pelos problemas do mundo em que vive. Observar que, o mundo que o cerca e os
conhecimentos adquiridos pelas disciplinas, tem uma relação.
Mas, esta tarefa não será bem realizada sem a orientação do professor. Segundo
Pereira (1998, p.77): “compete ao professor planejar, juntamente com os seus alunos,
um roteiro que guiará as observações a serem realizadas.” O que significa dizer que
(Pereira, 1998)
Planejar uma observação dirigida é associar o estudo
teórico ao prático, dando oportunidade para o aluno
percebe, compreender, interagir e reagir, aprendendo por
meio do próprio esforço pessoal. É fomentar o ato de
aprender através da redescoberta.
Modelo de uma Observação Dirigida
(extraído de Pereira, 1998)
Tema de aula: Saúde e Segurança
Como viver com saúde.
Que alimentos ajudam a conservar a saúde.
Técnica: Conversa Informal
O professor após ouvir todos os alunos, apresenta conclusões ou explicações
sobre o assunto e indica a referência bibliográfica para aprofundamento teórico.
O professor planeja com os alunos a realização da técnica de observação dirigida.
I. Identificação
Colégio – turma – nº de alunos – data – professor – etc.
II. Objetivos
Observar e registrar hábitos de higiene e alimentação adequada a preservação da
saúde.
III. Finalidade
Observar e registrar o comportamento das pessoas que convivem no lar quanto à
higiene pessoal (banho diário, lavagem das mãos antes e depois das refeições, forma de
escovação dos dentes).
Higiene do ambiente físico (limpeza, arejamento, objetos de uso na cozinha, na
copa e no banheiro).
Coletar ilustrações que indiquem higiene individual, habitacional e escolar.
Registrar os dados obtidos.
Atividades a serem realizadas Nome(s) do(s) Responsável(is)
AVALIAÇÃO
Discente Docente
Auto Hétero Aspectos
Cognitivos Afetivos
Na plataforma você vai encontrar a Atividade VII (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
Resumo da Aula II.III – Esta aula tem como objetivo proporcionar ao aluno a
competência em planejar e desenvolver oficinas pedagógicas em ensino de
ciências. O tema desta aula será o conteúdo de Ciências Naturais II.
Veja o
artigo na biblio-
teca digital Paulo
Freire:
http://www.paul
ofreire.ufpb.br/
paulofreire/Files/
seminarios/mesa
11-a.pdf
AULA II.III – CONSTRUÇÃO DE OFICINAS PEDAGÓGICAS
EM ENSINO DE CIÊNCIAS
A construção da oficina pedagógica como uma ferramenta
adequada para o ensino de Ciências Naturais é uma atividade que
requer planejamento.
Para que possamos fazê-la da melhor forma possível, vamos
construir, nesta aula, uma oficina pedagógica para a disciplina de
Ciências Naturais II, ministrada pelo Profº Rivete, no 2º período do
seu curso.
A construção dessa atividade tem como objetivo dar a você
a clareza em relação as etapas necessárias à construção de uma
oficina pedagógica.
O estudo desenvolvido na disciplina de Ciências Naturais II, sobre Seres Vivos é
bem extenso. E, por sua riqueza em detalhes visuais, pode (e deve) ser explorado por
meio da construção de oficinas pedagógicas.
Foi visto, com a Profª Fátima Camarotti, em Seminários I, diversos tipos de
oficinas pedagógicas, convém lembrar algumas:
A música e o ensino de ciências;
O ensino de ciências e o jogo didático;
O uso do vídeo no ensino de ciências;
Uso de prancha com figuras de plantas;
Álbum seriado: fauna ou flora;
Confecção de bonecos para dramatização em ensino de ciências;
Existem outras maneiras de se fazer oficina pedagógica. Você pode, inclusive,
mesclar algumas delas. Ou, até mesmo criar outras maneiras. Basta um pouco de
criativadade e bom senso para explorar o recurso disponível na sua escola ou cidade.
Para que possamos ter uma noção do processo de elaboração desta atividade,
vamos delimitar o tema a ser estudado e qual será o tipo de oficina pedagógica a ser
trabalhada. Por isso, vamos trabalhar o conceito de CITOLOGIA E DIVISÃO CELULAR
(aula III, seção I, da disciplina de Ciências Naturais II), utilizando toda a estrutura para
a criação de fantoche, mas com o intuito de criar maquetes que representem uma célula
e os processos que ocorrem durante uma divisão celular.
Contudo, a idéia é válida para toda a disciplina de Ciências Naturais II. Aproveite o
seu tempo livre e vá elaborando outras atividades, mesmo que não seja solicitado. Pois,
você já terá material para ir trabalhando com seus alunos no decorrer do seu estágio, ou
na sua sala de aula (caso você já lecione).
Cada uma das divisões da célula pode ser apresentada em forma de uma
maquete. Onde, durante a sua construção, iremos ressaltar a função de cada uma das
partes constituintes da célula. Dessa forma, a apresentação da parte conceitual torna-se
mais interessante, e o aluno pode, ao final, criar uma redação formalizando o conheci-
mento adquirido durante a elaboração da oficina.
Lembre-se, este é apenas um roteiro, uma sugestão para que você possa começar
a elaborar oficinas pedagógicas. Aproveite o fórum, as listas de discussões, para contri-
buir com sugestões para o enriquecimento de nossas atividades.
Membrana Plasmática
Antes de iniciar a oficina pedagógica, deve-se criar um ambiente propício para a
discussão sobre a membrana plasmática e sua função para a célula.
Figura 3: Membrana Plasmática.
A partir da figura acima, podemos ver que existem várias partes constitutivas da
membrana, que estão enumeradas de 1 à 12. A discussão inicial pode girar em torno
dessas estruturas, suas formas e que funções os alunos acreditam que essas estruturas
possuem.
Com a discussão, o aluno poderá ver que a forma está relacionada diretamente
com sua função. Com isso, torna-se mais fácil o entendimento de todas as partes.
Também podemos confrontar o aluno com perguntas do tipo: Qual seria o papel dessa
Na plataforma você vai encontrar a Atividade VIII (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
membrana para a célula? Ela deve permitir a passagem de substâncias através dela?
Que outra(s) finalidade(s) a membrana possui?
A partir da definição construída pelo próprio aluno. Cabe a você (professor)
orientá-lo para uma construção adequada dos conceitos. E propor a construção de uma
maquete, onde se possa visualizar toda a estrutura da membrana e, se possível, suas
funções.
A atividade pode ser encaminhada a apenas um pequeno grupo de sua sala de
aula, deixando os outros alunos livres para a realização das outras maquetes. Isso evita
trabalhos repetidos, os alunos podem ter um cuidado maior na elaboração da maquete e
você poderá criar um espaço na escola para expor esses trabalhos, deixando-os para as
próximas turmas.
Construção da maquete
Em primeiro lugar, deve-se ter o cuidado de verificar quais os materiais você terá
disponível em sua escola, ou em casa, para a construção dessa maquete.
# MATERIAL NECESSÁRIO
Cola branca e de isopor; Tintas acrilex (cores sortidas);
Esponja ou material esponjoso; Novelos de lã;
Bolas de gude; Bolas de isopor; Contas (colares);
Pedaços de mangueira d’água; Canudos;
Pincéis; Garrafas pet; Jornal; Papelão; etc.
# PROCEDIMENTO
A partir da esponja, ou do material esponjoso, construir todos os componentes da
membrana plasmática. Procure colocar cada elemento com uma cor diferente. Ao colorir,
não deixe de ressaltar que, na realidade, esses elementos não tem essas cores com os
quais estão sendo representados. Deve-se sempre ressaltar que a maquete é um modelo
que representa a realidade.
Você também pode criar uma base adequada onde a maquete será apoiada. Nesta
base, é interessante colocar uma legenda explicando cada uma das partes constituintes
da membrana plasmática.
Outros materiais podem ser utilizados. Cabe a você escolhê-los da melhor forma
possível. Tome cuidado para não utilizar ferramentas perfurantes (do tipo tesoura com
bico) e lâminas. Lembre-se que seus alunos necessitam de atenção redobrada!
Crie outros dois grupos para trabalhar com o Citoplasma e o Núcleo.
Resumo da Aula II.IV – Esta aula tem como objetivo proporcionar ao aluno a
competência em planejar e desenvolver grupos de trabalho em ensino de
ciências. O tema desta aula será o conteúdo de Ciências Naturais II.
AULA II.IV – CONSTRUÇÃO DE GRUPOS DE TRABALHO
EM ENSINO DE CIÊNCIAS
A UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DA OBSERVAÇÃO DIRIGIDA EM GRUPOS DE
TRABALHO EM ENSINO DE CIÊNCIAS
A partir da aula II.II, onde conceituamos a Técnica de Observação Dirigida
(Pereira, 1998), vamos construir toda a estrutura para uma aula sobre o REINO
ANIMALIA.
A técnica utilizada deve conter os elementos:
# TEMA DE AULA;
# TÉCNICA UTILIZADA;
# IDENTIFICAÇÃO;
# OBJETIVOS;
# FINALIDADE;
Registrar os dados obtidos.
Atividades a serem realizadas Nome(s) do(s) Responsável(is)
AVALIAÇÃO
Discente Docente
Auto Hétero Aspectos
Cognitivos Afetivos
Na plataforma você vai encontrar a Atividade IX (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
Resumo da Aula II.V – Esta aula tem como objetivo proporcionar ao aluno a
competência em planejar, desenvolver a utilização do MLCE – Método Lúdico-
Criativo-Experimental, para o ensino de ciências.
AULA II.V – A UTILIZAÇÃO DO MÉTODO LÚDICO-CRIATIVO-EXPERIMENTAL
- MLCE, NO ENSINO DE CIÊNCIAS
A IMPORTÂNCIA DO MÉTODO LÚDICO-CRIATIVO-EXPERIMENTAL NO
ENSINO DE CIÊNCIAS
Hoje, temos uma realidade diferente de 50 anos atrás. Muitos recursos
tecnológicos, antes acessíveis a classes sociais mais favorecidas, chegam a todas as
camadas. Dentre elas podemos citar: telefones convencionais, celulares, computadores
Sem falar dos aparelhos de televisão, DVD, e outros portáteis eletrônicos que servem
como meio de transmissão da informação e principalmente do entretenimento.
Contudo, continuamos a prática docente de décadas atrás. Ainda preso ao formato
antigo do conteúdo didático apresentado em um livro, que é narrado pelo professor em
sala de aula, e avaliado por um questionário chamado de prova!
Enquanto isso, os alunos, cada vez mais desmotivados, não encontram relevância
no que estão estudando, muito menos conseguem relacionar os conteúdo aprendidos em
sala de aula, com o seu cotidiano.
Este não é um problema só nosso. Não é um problema local, só das nossas
cidades, do nosso estado, ou do nosso país. Vários outros países passam pelo mesmo
problema. Só que, alguns países tem demonstrado interesse em melhorar o rendimento
escolar de seus alunos na área de Ciências Naturais.
A Professora Maria de Lourdes Pereira (2003, p.86) apresenta em seu livro
“Inovações para o Ensino de Ciências Naturais: Método Lúdico Criativo Experimental” os
princípios nos quais se fundamentam o MLCE:
O lúdico e a aprendizagem são processos
interdependentes e indissociáveis;
O desenvolvimento da capacidade criativa depen-
de, sobretudo, da educação, do meio ambiente, e
do próprio esforço pessoal;
A investigação dos fenômenos ambientais constitui
a essência do ensino de Ciências Naturais e seu
processo maior é a aprendizagem por investigação.
Em Seminários Temáticos em Ciências Naturais I, a Profª Fátima Camarotti,
introduziu o conceito de lúdico nas aulas do nosso curso. Introduzir a prática do lúdico
nas aulas de ciências tem como finalidade motivar os alunos a uma participação ativa e
criativa.
Para que possamos trabalhar o lúdico de maneira adequada, devemos
compreender as especificidades que o ensino em Ciências requer (PEREIRA, 2003, p.91):
1. Valorização das concepções espontâneas do alunado
para, a partir delas, introduzir o lúdico e a realização
de experimentos;
2. Compreensão de que os alunos aprendem significativa-
mente construindo o próprio saber e que o lúdico in-
centiva essa aprendizagem;
3. Análise de situações problemáticas que abram espaços
para a produção científica em aula;
4. Desenvolvimento de atitudes científicas que facilitem a
construção do saber;
5. Aparelhamento do ambiente de sala de aula e da pró-
pria Escola que favoreça a realização dos estudos prá-
tico-exploratório-experimentais.
Conceitos como criatividade e inovação, que se viam pouco aplicados em
educação, tem sido utilizados cada vez mais. Isso porque a Ciência tem criado inovações
em várias áreas do conhecimento. E, os futuros profissionais, solicitados pelo mercado
de trabalho, devem ter a capacidade de superar obstáculos e de solucionar os problemas
de maneira original, isto é, devem ser criativos, inovadores.
É nessa perspectiva que o ensino de Ciências se insere como formadora de Cida-
dãos preparados para (PEREIRA, 2003, p.99):
Enfrentar desafios e exigências da sociedade globalizada;
Aprender de maneira prática, precisa e objetiva;
Investigar e compreender fenômenos que ocorrem na
natureza;
Estudar a comprovação de determinados princípios;
Testar a veracidade ou exatidão de fatos ou fenômenos a
serem investigados;
Aplicar na vida real os conhecimentos adquiridos.
Devemos entender como o lúdico, as atividades propostas nesta seção: i) jogos
didáticos; ii) brincadeiras livres; iii) teatro de fantoches; iv) danças; v) músicas; etc.
Toda a criação lúdica feita estimulando a capacidade criativa do aluno: i) invenções;
ii) elaboração de textos; iii) organização de idéias; iv) resolução de problemas;
v) composição de peças teatrais; etc. Buscando um ambiente propicio a realização de
experimentos que ajudem a investigar a relação teoria x prática e suas relações de
causa e efeito.
Na plataforma você vai encontrar a Atividade X (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
UNIDADE II - REFERÊNCIAS
CANDAU, V. M. Educação em Direitos Humanos: uma proposta de trabalho.
In: CANDAU,V. M., ZENAIDE, M. N. T. Oficinas Aprendendo e Ensinando Direitos
Humanos, João Pessoa: Programa Nacional de Direitos Humanos; Secretaria da
Segurança Pública do estado da Paraíba; Conselho Estadual da Defesa dos Direitos do
Homem e do Cidadão, 1999.
Figura 2: Membrana Plasmática Disponível em: < http://contenidos.educarex.es/cnice/
biosfera/alumno/2bachillerato/La_celu la/imagenes/membrana_plasmatica.gif>. Acesso
em: 8 nov. 2009.
Como desenvolver oficinas pedagógicas. Disponível em: <http://www.webartigos.com
/articles/13785/1/como-desenvolver-oficinas-pedagogicas-na-disciplina-de-experiencias-
matematicas-na-escola-de-periodo-integral/pagina1.html>. Acesso em: 8 nov. 2009.
CAMAROTTI, Maria de Fátima. Seminários Temáticos em Ciências Naturais I.
Graduação em Ciências Naturais - Licenciatura a Distância, Disciplinas do 2º Período –
EAD em Ciências Naturais, UFPB, 2009
PEREIRA, Maria de Lourdes. Métodos e Técnicas para o Ensino de Ciências. Paraíba:
Ed. Universitária UFPB, 1998.
PEREIRA, Maria de Lourdes. Inovações para o Ensino de Ciências Naturais. Paraíba:
Ed. Universitária UFPB, 2003.
O saber de mão em mão: a oficina pedagógica como dispositivo para a
formação docente e a construção do conhecimento na escola pública. Disponível
em: <http://www.filomenamoita.pro.br/pdf/GT06-1671.pdf>. Acesso em: 8 nov. 2009.
PROJETO PEDAGÓGICO, FORMAÇÃO CONTINUADA E APRENDIZAGEM
DIALÓGICA: Construindo saberes curriculares. Disponível em:
<http://www.paulofreire.ufpb.br/paulofreire/Files/seminarios/mesa11-a.pdf >. Acesso
em: 8 nov. 2009.
LIMA, Rivete. Ciências Naturais II. Graduação em Ciências Naturais - Licenciatura a
Distância, Disciplinas do 2º Período – EAD em Ciências Naturais, UFPB, 2009
Resumo da Aula III.I – Esta aula tem como objetivo contextualizar o ensino de
Ciências no Brasil.
SEÇÃO III – PEDAGOGIA DE PROJETOS EM CIÊNCIAS NATURAIS
AULA III.I – CONTEXTUALIZANDO A CIÊNCIA NATURAL
A SOCIEDADE ATUAL E AS CIÊNCIAS NATURAIS
Figura 2: Mundo conectado via Ciências!
Nos últimos anos, as Ciências impregnaram a vida dos cidadãos de tal forma que
não há possibilidade de compreender a cultura contemporânea sem a ajuda de seus
conhecimentos. Esse fato tem funcionado como o argumento diante do qual todos se
curvam: a universalização da cultura científica e tecnológica é uma questão de
cidadania.
Resumo da Seção III – A Pedagogia de Projetos é uma modalidade de
trabalho que envolve não só o ensino de Ciências, mas as disciplinas como um
todo. Dentro de um mesmo projeto, todo o conhecimento adquirido pelo aluno
deve se articular, ele deve ser capaz de ver no seu dia a dia, o conhecimento
teórico aprendido em sala de aula.
Paralelamente, estudos têm mostrado, com uma certa regularidade, que o saber
científico "passa mal" (Giordan, 2000), isso porque ou ele permanece como algo externo
às pessoas, tendendo a ser facilmente esquecido, ou, principalmente, porque raramente
é útil, ou seja, não chega a ser mobilizado na prática da vida cotidiana. Tais pesquisas
sugerem ainda que, na área do ensino de Ciências Naturais, vive-se uma estranha
contradição: embora a sociedade esteja impregnada de ciência cada vez mais, a
população escolarizada carece ainda de uma autêntica cultura científica, particularmente
na área da saúde - cujos conhecimentos, ou ausência deles, têm impactos consideráveis
na sua vida pessoal.
Embora a escola reserve espaço considerável aos conteúdos de anatomia e
fisiologia humanas, quantos alunos conseguem interferir adequadamente em acidentes
tais como, asfixia, alergia, desmaio, fraturas? Quantos entendem um rótulo de alimento,
selecionando de maneira adequada as suas necessidades? Quantos conseguem decifrar
uma conta de luz e optar por soluções domésticas que reduzam o consumo de
eletricidade? Quantos conseguem decifrar as informações de um manual de aparelho
eletrodoméstico?
Espera-se que os conhecimentos científicos contribuam para que as pessoas
possam se relacionar mais adequadamente com a natureza, com o seu corpo, com o
planeta e com a cultura contemporânea; espera-se, ainda, que elas se familiarizem com
a metodologia científica, fortalecendo uma atitude crítica e racional frente às situações, o
que é fundamental para cidadãos capazes de tomar suas próprias decisões.
Segundo Nieda (1997), entre outros aspectos, o ensino de Ciências da Natureza
deve ter como preocupação um aluno que apresente:
a curiosidade frente a um fenômeno novo ou a um
problema inesperado;
o interesse pelas questões relativas ao ambiente e sua
conservação;
o espírito de iniciativa e de tenacidade;
a confiança em si mesmo;
o espírito critico, que supõe não se contentar com uma
atitude passiva frente a uma "verdade revelada e
inquestionável" ;
a flexibilidade intelectual;
o rigor metódico;
a habilidade para enfrentar as situações de mudança;
o respeito pelas opiniões alheias, a argumentação na
discussão das idéias e a adoção de posturas próprias
em um ambiente tolerante e democrático.
Infelizmente, o que se vê é que a prática de sala de aula tende a se orientar muito
mais pelos conteúdos a serem apresentados do que pelas competências que tais
conteúdos devem desenvolver. Esse desafio é antigo e conhecido: como abandonar a
lógica das listas intermináveis de conteúdos em favor do que faz sentido para o aluno?
Na plataforma você vai encontrar a Atividade XI (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
O site da
Educação tem mais
informações:
http://crv.educacao
.mg.gov.br/sistema
_crv/minicursos/cie
ncias/cap_diretrizes
.htm.
Resumo da Aula III.II – Esta aula tem como objetivo apresentar as diretrizes
para o ensino de Ciências Naturais.
AULA III.II – DIRETRIZES PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS
“Se temos como objetivo o desenvolvimento integral dos
alunos numa realidade plural, é necessário que passemos
a considerar as questões e problemas enfrentados pelos
homens e mulheres de nosso tempo como objeto de
conhecimento. O aprendizado e vivência das diversidades
de raça, gênero classe, a relação com o meio ambiente,
entre outros, são temas cruciais com que, hoje, todos nós
nos deparamos e, como tal não podem ser
desconsiderados pela escola”
(Arroyo, 1994, p. 31).
A aprendizagem de conceitos constitui elemento
fundamental da aprendizagem das ciências. Os conceitos são
os nossos instrumentos de assimilação. Através deles
interpretamos e interagimos com as realidades que nos
cercam. Por outro lado, essa ação sobre as realidades a
serem interpretadas e transformadas nos leva a rever
constantemente nossos conceitos, ou seja, a acomodá-los às
novas circunstâncias que se nos apresentam. Assim, os
conceitos vão se modificando, tanto em extensão quanto em
compreensão.
O aprendizado de conceitos científicos é um processo lento e difícil, pois as
concepções prévias dos estudantes diferem usualmente dos aspectos centrais das
formulações científicas. O ensino de modelos e conceitos científicos envolve, portanto,
um planejamento que permita, ao estudante, ir progredindo de aspectos mais externos
aos fenômenos até mecanismos mais abstratos.
Há ainda que se diferenciar o conceito de sua definição. Memorizar uma definição
correta não garante a compreensão das relações envolvidas. A aprendizagem de
conceitos é algo muito mais complexo do que o simples estabelecimento de definições
consagradas nos textos didáticos. A definição de um conceito é uma síntese, a
formalização de certas relações que já estão, de certo modo, compreendidas por parte
de quem a formula. Um dos mais graves problemas do ensino de ciências é o excesso de
definições e termos a serem memorizados, sem que traduzam uma compreensão mais
significativa dos objetos em estudo.
A aprendizagem de procedimentos é inerente à aprendizagem de conceitos.
Quando pedimos aos alunos para comparar, analisar, justificar, sintetizar ou outras
operações do gênero, estamos solicitando o uso de procedimentos e de conceitos
relativos a um determinado campo de conhecimentos. Em alguns casos essas operações
são solicitadas apenas nas avaliações, mas não são desenvolvidas no cotidiano das
situações de aprendizagem em sala de aula. É preciso dizer, nesses casos, que a
aprendizagem de procedimentos implica aprender a fazer, o que impõe a máxima: para
aprender a fazer é preciso efetivamente fazer. Para aprender a argumentar, é preciso
dar espaço para que os alunos possam desenvolver e sustentar idéias, confrontar com
outras e examinar sua procedência.
Sendo ciência e tecnologia empreendimentos coletivos destacam-se aqueles
procedimentos que permitem a busca, a comunicação e o debate de fatos e idéias. Os
conteúdos procedimentais devem ser desenvolvidos ao longo de todo o processo de
escolarização, com uma progressão em relação às abstrações envolvidas.
A aprendizagem de valores e atitudes é hoje uma necessidade formativa
inquestionável, se pretendemos um ensino de ciências que discuta questões atuais, que
reflita sobre os impactos da ciência e da tecnologia na sociedade contemporânea, sobre
as questões ambientais ou sobre ações e políticas destinadas a promover saúde pessoal
e coletiva. Esses valores concretizam-se em atitudes de respeito ao outro, de
envolvimento e compromisso com o trabalho, de curiosidade e abertura a novas
aprendizagens, de disponibilidade para rever os próprios pontos de vista, etc.
Entendemos que esses três tipos de conteúdos – conceituais, procedimentais e
atitudinais – são complementares e não excludentes. De fato, se queremos formar e não
apenas informar, é essencial que o estudo dos conceitos venha sempre acompanhado da
realização de procedimentos e da reflexão acerca de valores e atitudes.
Para tanto, é necessário criar um ambiente investigativo e dinâmico em que a
construção desses conteúdos represente um ponto de chegada de um processo coletivo
de pesquisa, de debate e investigação. As orientações listadas a seguir explicitam
posturas e estratégias pedagógicas que podem auxiliar na criação desse ambiente:
reconhecer a importância do conhecimento prévio dos estudantes como
elemento fundamental a ser considerado no processo de ensino e
aprendizagem;
transformar os contextos de vivência, os problemas da contemporaneidade
e da prática social dos sujeitos do processo escolar em objetos de estudo,
investigação e intervenção;
promover maior comunicação entre os saberes das várias disciplinas que
compõem a área das ciências naturais, ao tratar dos temas ligados à
vivência dos estudantes;
escolher e privilegiar certos conceitos centrais e idéias-chave que
estruturam o saber das ciências naturais e promover, de modo progressivo
e recursivo, oportunidades para que os estudantes possam compreendê-los
e se apropriar deles;
explorar os conceitos e discutir os procedimentos e atitudes sempre a partir
de contextos escolhidos estrategicamente por apresentarem um potencial
para o desenvolvimento das competências e habilidades que se deseja
formar nos estudantes;
promover reflexões sobre a natureza das ciências e suas relações com a
tecnologia e a sociedade contemporânea;
desenvolver estratégias diversificadas de ensino sempre considerando os
aspectos éticos, sociais, econômicos, históricos, políticos e culturais das
construções humanas.
A construção pedagógica pode ocorrer sob duas perspectivas:
Compartimentada; ou
Globalizante.
O quadro a seguir mostra as duas perspectivas, comparadas item por item:
Perspectiva Compartimentada Perspectiva Globalizante
Enfoque fragmentado, centrado na transmissão de conteúdos prontos.
Enfoque globalizador, centrado na resolução de problemas significativos.
Conhecimento como acumulo de fatos e informações isoladas.
Conhecimento como instrumento para compreensão e possível intervenção na realidade.
O professor é tido como único informante, tendo o papel de dar as respostas certas e cobrar sua memorização.
O professor intervêm no processo de aprendizagem dos alunos, criando situações problematizadoras, introduzindo novas informações, dando condições para que eles avancem em seus esquemas de compreensão da realidade.
O aluno é visto como sujeito dependente, que recebe passivamente o conteúdo transmitido pelo professor.
O aluno é visto como sujeito ativo que usa sua experiência e conhecimento para resolver problemas.
O conteúdo a ser estudado determina o problema.
O problema determina o conteúdo a ser estudado.
Há uma segmentação rígida dos conteúdos das disciplinas, com pouca flexibilidade no processo de aprendizagem.
A segmentação é vista em termos de níveis de abordagem e aprofundamento em relação às possibilidades dos alunos (contato, uso e análise).
Tabela 1: Quadro comparativo entre as perspectivas compartimentada e globalizante.
Onde, os objetivos da construção pedagógica são:
Possibilitar a interação do aluno no processo da construção do conhecimento;
Viabilizar a aprendizagem real, interessante, ativa e significativa;
Trabalhar o conteúdo conceitualmente a fim de formar opiniões, de forma
procedimental e atitudinal;
Proporcionar ao educando uma visão global da realidade e um desejo contínuo
de aprender.
Na plataforma você vai encontrar a Atividade XII (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
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de projetos:
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Resumo da Aula III.III – Esta aula tem como objetivo proporcionar ao aluno a
competência em entender o conceito e as etapas da Pedagogia de Projetos.
AULA III.III – O QUE É PEDAGOGIA DE PROJETOS
O INÍCIO DA PEDAGOGIA DE PROJETOS
Trabalhar com Pedagogia de Projetos parece algo novo.
Mas, o seu desenvolvimento vem de estudos sistematizados por
educadores desde o século XVIII.
Nem sempre teve o nome de Pedagogia de Projetos, mas
as características desses estudos embasaram a construção do
que chamamos hoje Pedagogia de Projetos.
Colocamos aqui uma pequena linha do tempo, com os
estudiosos que deram sua contribuição para formar o conceito de
Pedagogia de Projetos.
Pestalozzi e Froebel (século XVIII) – apontam a necessidade de uma educação
voltada para interesses e necessidades infantis.
Ferrière e Krupskaia e depois Makarenko – realizam experiências com
projetos integrados no início do século XX.
Montessori e Decrolly – a partir de 1907 – defendem os temas lúdicos e o
ensino ativo. Maria Montessori aponta a necessidade da atividade livre e da
estimulação sensório-motora e Ovide Decroly sugere a aprendizagem
globalizadora em torno de centros de interesse.
Dewey e Kilpatrick (década de 20) – acentuam a preocupação de tornar o
espaço escolar um espaço vivo e aberto ao real. Jonh Dewey, que esteve no Brasil
valoriza a experiência e considera que a educação tem função social e deve
promover o sujeito de forma integrada, principalmente valendo-se da arte.
Freinet (década de 30) – propôs a valorização do trabalho e da atividade em
grupo para estimular a cooperação, a iniciativa e a participação.
Paulo Freire (década de 60) – é destaque na educação brasileira com a
introduçào do debate político e da realidade sóciocultural no processo escolar com
a educação libertadora e os chamados temas geradores. Suas idéias são
mundialmente divulgadas através de seus vários lívros.
Jurjo Santomé e Fernando Hernández (década de 90) – propõem o currículo
integrado e os projetos de trabalho (na Espanha) com repercussões no Brasil.
Antoni Zabala (década de 90) – (Espanha) entende que a complexidade do
projeto educativo deve ser abordado por um enfoque globalizador no qual a
interdisciplinaridade está presente.
Délia Lerner e Ana Maria Kaufman (década de 90) – ambas na Argentina,
também divulgam estudos sobre propostas educativas globalizadoras.
Foi a partir da construção desses educadores, que hoje temos a seguinte definição
para Pedagogia de Projetos: “A pedagogia de projetos é uma concepção filosófica que resulta da
mudança de postura em relação ao processo ensino-aprendizagem, aproximando os alunos, o máximo
possível, do seu contexto social através do desenvolvimento do senso crítico, da pesquisa e da
resolução de problemas”.
POR QUE TRABALHAR A PEDAGOGIA DE PROJETOS?
A Pedagogia de Projetos visa à re-significação do espaço escolar, transformando-o
em um espaço vivo de interações, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões. O
trabalho com projetos traz uma nova perspectiva para entendermos o processo de
ensino/ aprendizagem. Aprender deixa de ser um simples ato de memorização e ensinar
não significa mais repassar conteúdos prontos. Numa visão “freireana”, os projetos de
trabalho devem sublinhar a reflexão sobre as condições de vida dos educandos
analisando-as em relação a um contexto sócio-político maior e elaborando proposta de
intervenção que visem transformação social.
COMO TRABALHAR A PEDAGOGIA DE PROJETOS?
Os projetos vão além dos limites do currículo. Os temas eleitos podem ser
explorados de forma ampla e interdisciplinar, com a conseqüente realização de
pesquisas e experiências de primeira mão, como visitas e entrevistas. Os projetos
possibilitam ainda a realização de inúmeras atividades de organização e de registro, feita
individualmente, em pequenos grupos ou com a participação de toda a turma.
ETAPAS DE UM PROJETO: COMO FAZER?
Determinar com o grupo a temática a ser estudada e princípios norteadores;
Definir etapas: planejar e organizar as ações - divisão dos grupos, definição dos
assuntos a serem pesquisados, procedimentos e delimitação do tempo de
duração;
Socializar periodicamente os resultados obtidos nas investigações (identificação de
conhecimentos construídos); Estabelecer com o grupo os critérios de avaliação;
Avaliar cada etapa do trabalho, realizando os ajustes necessários; Fazer o
fechamento do projeto propondo uma produção final, como elaboração de um
livro, apresentação de um vídeo, uma cena de teatro ou uma exposição que dê
visibilidade a todo processo vivenciado e possa servir de foco para um outro
projeto educativo.
Na plataforma você vai encontrar a Atividade XIII (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
Resumo da Aula III.IV – Esta aula tem como objetivo apresentar ao aluno os
conceitos de Disciplinaridade, Multidisciplinaridade, Interdisciplinaridade,
Transdisciplinaridade e as relações entre tais conceitos.
AULA III.IV – TRANSDICIPLINARIDADE
A NECESSIDADE MODERNA DA TRANSDISCIPLINARIDADE
O crescimento da informação e dos conhecimentos gerados, em nossa época, de
saberes específicos compar-timentados em caixas denominadas disciplinas. Hoje, temos
a consciência de que, esta separação nos traz algumas limitações e que a necessidade
indispensável de pontes entre as diferentes disciplinas traduziu-se pelo surgimento, na
metade do século XX, da pluridisciplinaridade e da interdisciplinaridade.
DISCIPLINARIDADE, MULTIDISCIPLINARIDADE, INTERDISCIPLINARIDADE E
TRANSDISCIPLINARIDADE
A pluridisciplinaridade diz respeito ao estudo de um objeto de uma mesma e única
disciplina por várias disciplinas ao mesmo tempo.
Por exemplo, um quadro de Giotto pode ser estudado pela ótica da história da
arte, em conjunto com a da física, da química, da história das religiões, da história da
Europa e da geometria. Ou ainda, a filosofia marxista pode ser estudada pelas óticas
conjugadas da filosofia, da física, da economia, da psicanálise ou da literatura.
Com isso, o objeto sairá assim enriquecido pelo cruzamento de várias disciplinas.
O conhecimento do objeto em sua própria disciplina é aprofundado por uma fecunda
contribuição pluridisciplinar. A pesquisa pluridisciplinar traz um algo a mais à disciplina
em questão (a história da arte ou a filosofia, em nossos exemplos), porém este "algo a
mais" está a serviço apenas desta mesma disciplina. Em outras palavras, a abordagem
pluridisciplinar ultrapassa as disciplinas, mas sua finalidade continua inscrita na
estrutura da pesquisa disciplinar.
A interdisciplinaridade tem uma ambição diferente daquela da
pluridisciplinaridade. Ela diz respeito à transferência de métodos de uma disciplina para
outra.
Podemos distinguir três graus de interdisciplinaridade: a) um grau de aplicação.
Por exemplo, os métodos da física nuclear transferidos para a medicina levam ao
aparecimento de novos tratamentos para o câncer; b) um grau epistemológico. Por
exemplo, a transferência de métodos da lógica formal para o campo do direito produz
análises interessantes na epistemologia do direito; c) um grau de geração de novas
disciplinas. Por exemplo, a transferência dos métodos da matemática para o campo da
física gerou a física matemática; os da física de partículas para a astrofísica, a
cosmologia quântica; os da matemática para os fenômenos meteorológicos ou para os
da bolsa, a teoria do caos; os da informática para a arte, a arte informática.
Como a pluridisciplinaridade, a interdisciplinaridade ultrapassa as disciplinas, mas
sua finalidade também permanece inscrita na pesquisa disciplinar. Pelo seu terceiro
grau, a interdisciplinaridade chega a contribuir para o big-bang disciplinar.
A transdisciplinaridade, como o prefixo "trans" indica, diz respeito àquilo que está
ao mesmo tempo entre as disciplinas, através das diferentes disciplinas e além de
qualquer disciplina. Seu objetivo é a compreensão do mundo presente, para o qual um
dos imperativos é a unidade do conhecimento.
Haveria alguma coisa entre e através das disciplinas e além delas? Do ponto de
vista do pensamento clássico, não há nada, absolutamente nada. O espaço em questão
é vazio, completamente vazio, como o vazio da fisica clássica.
Mesmo renunciando à visão piramidal do conhecimento, o pensamento clássico
considera que cada fragmento da pirâmide, gerado pelo big-bang disciplinar, é uma
pirâmide inteira; cada disciplina proclama que o campo de sua pertinência é inesgotável.
Para o pensamento clássico, a transdisciplinaridade é um absurdo porque não tem
objeto. Para a transdisciplinaridade, por sua vez, o pensamento clássico não é absurdo,
mas seu campo de aplicação é considerado como restrito.
Diante de vários níveis de Realidade, o espaço entre as disciplinas e além delas
está cheio, como o vazio quântico está cheio de todas as potencialidades: da partícula
quântica às galáxias, do quark aos elementos pesados que condicionam o aparecimento
da vida no Universo.
A estrutura descontínua dos níveis de Realidade determina a estrutura
descontínua do espaço transdisciplinar, que, por sua vez, explica porque a pesquisa
transdisciplinar é radicalmente distinta da pesquisa disciplinar, mesmo sendo
complementar a esta.
A pesquisa disciplinar diz respeito, no máximo, a um único e mesmo nível de
Realidade; aliás, na maioria dos casos, ela só diz respeito a fragmentos de um único e
mesmo nível de Realidade. Por outro lado, a transdisciplinaridade se interessa pela
dinâmica gerada pela ação de vários níveis de Realidade ao mesmo tempo. A descoberta
desta dinâmica passa necessariamente pelo conhecimento disciplinar. Embora a
transdisciplinaridade não seja uma nova disciplina, nem uma nova hiperdisciplina,
alimenta-se da pesquisa disciplinar que, por sua vez, é iluminada de maneira nova e
fecunda pelo conhecimento transdisciplinar. Neste sentido, as pesquisas disciplinares e
transdisciplinares não são antagonistas mas complementares.
Os três pilares da transdisciplinaridade, os níveis de Realidade, a lógica do terceiro
incluído e a complexidade, determinam a metodologia da pesquisa transdisciplinar.
Há um paralelo surpreendente entre os três pilares da transdisciplinaridade e os
três postulados da ciência moderna.
Os três postulados metodológicos da ciência moderna permaneceram imutáveis de
Galileu até os nossos dias, apesar da infinita diversidade dos métodos, teorias e modelos
que atravessaram a história das diferentes disciplinas científicas.
No entanto, uma única ciência satisfaz inteira e integralmente os três postulados:
a física. As outras disciplinas científicas só satisfazem parcialmente os três postulados
metodológicos da ciência moderna. Todavia, a ausência de uma formalização
matemática rigorosa da psicologia, da história das religiões e de um número enorme de
outras disciplinas não leva à eliminação dessas disciplinas do campo da ciência.
Da mesma forma, a maior ou menor satisfação dos três pilares metodológicos da
pesquisa transdisciplinar gera diferentes graus de transdisciplinaridade. A pesquisa
transdisciplinar correspondente a um certo grau de transdisciplinaridade se aproximará
mais da multidisciplinaridade (como no caso da ética); num outro grau, se aproximará
mais da interdisciplinaridade (como no caso da epistemologia); e ainda num outro grau,
se aproximará mais da disciplinaridade.
A disciplinaridade, a pluridisciplinaridade, a interdisciplinaridade e a
transdisciplinaridade são as quatro flechas de um único e mesmo arco: o do
conhecimento. Como no caso da disciplinaridade, a pesquisa transdisciplinar não é
antagonista mas complementar à pesquisa pluri e interdisciplinar.
A transdisciplinaridade é, no entanto, radicalmente distinta da pluri e da
interdisciplinaridade, por sua finalidade: a compreensão do mundo presente, impossível
de ser inscrita na pesquisa disciplinar.
A finalidade da pluri e da interdisciplinaridade sempre é a pesquisa disciplinar. Se
a transdisciplinaridade é tão freqüentemente confundida com a inter e a
pluridisciplinaridade (como, aliás, a interdisciplinaridade é tão freqüentemente
confundida com a pluridisciplinaridade), isto se explica em grande parte pelo fato de que
todas as três ultrapassam as disciplinas. Esta confusão é muito prejudicial, na medida
em que esconde as diferentes finalidades destas três novas abordagens.
Embora reconhecendo o caráter radicalmente distinto da transdisciplinaridade em
relação à disciplinaridade, à pluridisciplinaridade e à interdisciplinaridade, seria
extremamente perigoso absolutizar esta distinção, pois neste caso a
transdisciplinaridade seria esvaziada de todo seu conteúdo e sua eficácia na ação
reduzida a nada.
Na plataforma você vai encontrar a Atividade XIV (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
Resumo da Aula III.V – Esta aula tem como objetivo proporcionar ao aluno a
competência em planejar, desenvolver e executar um projeto utilizando a
pedagogia de projetos, com o auxílio das aulas anteriores.
AULA III.V – IMPLEMENTANDO UM PROJETO
ETAPAS DE UM PROJETO
No desenvolvimento de um projeto, três etapas devem ser configuradas:
problematização, desenvolvimento e síntese.
Problematização
Momento detonador do Projeto, quando o professor detecta o que
os alunos sabem ou não sobre o tema em estudo. É, portanto, o ponto de
partida para a sua organização.
É o início do projeto. Nessa etapa, os alunos irão expressar suas idéias e,
conhecimentos sobre o problema em questão.Esse passo é importantíssimo, pois dele
depende todo o desenvolvimento do projeto. Os alunos já trazem hipóteses explicativas,
concepções sobre o mundo que o cerca. E é dessas hipóteses que a intervenção
pedagógica precisa partir; pois, dependendo do nível de compreensão inicial dos alunos,
o processo toma um outro caminho. Nessa fase, o professor levanta o que os alunos já
sabem e o que ainda não sabem sobre o tema em questão. É também a partir das
questões levantadas nesta etapa que o projeto é organizado pelo grupo.
Desenvolvimento
Momento no qual a experiência vivida e a produção cultural
sistematizada se entrelaçam, dando significado às aprendizagens
construídas, que serão utilizadas em outras situações.
É o momento em que se criam as estratégias para buscar respostas às questões e
hipóteses levantadas na problematização. Aqui, também, a ação do aluno é
fundamental. Por isso, é preciso que os alunos se deparem com situações que os
obriguem a comparar pontos de vista, rever suas hipóteses, colocar-se novas questões,
deparar-se com outros elementos postos pela ciência. Para isso, é preciso que criem
propostas de trabalho que exijam a saída do espaço escolar, a organização em pequenos
e/ou grandes grupos, o uso da biblioteca, da própria internet, enciclopédias, a vinda de
pessoas convidadas à escola, entre outras ações. Nesse processo, as crianças devem
utilizar todo o conhecimento que tem sobre o tema e se defrontar com conflitos,
inquietações que as levarão ao desequilíbrio de suas hipóteses iniciais.
Síntese
Momento no qual a experiência vivida e a produção cultural
sistematizada se entrelaçam, dando significado às aprendizagens
construídas, que serão utilizadas em outras situações.
Em todo esse processo, as convicções iniciais vão sendo superadas e outras mais
complexas vão sendo construídas. As novas aprendizagens passam a fazer parte dos
esquemas de conhecimento dos alunos e vão servir de conhecimento prévio para outras
situações de aprendizagem.
Apesar de serem destacados nesse esquema três momentos no desenvolvimento
de um projeto, os projetos são processos contínuos que não podem ser reduzidos a uma
lista de objetivos e etapas. Refletem uma concepção de conhecimento como produção
coletiva, onde a experiência vivida e a produção cultural sistematizada se entrelaçam,
dando o significado às aprendizagens construídas. Por sua vez, estas são utilizadas em
outras situações, mostrando, assim, que os alunos são capazes de estabelecer relações
e utilizar o conhecimento aprendido, quando necessário. Assim, os projetos de trabalho,
não se inserem apenas numa proposta de renovação de atividades, tornando-se mais
criativas, e sim numa mudança de postura, o que exige um repensar da prática
pedagógica, é, portanto, uma quebra de paradigma.
A Pedagogia de Projetos é um caminho para transformar a escola em um espaço
aberto à construção de aprendizagens significativas para todos que dele participam e o
uso da internet, por meio de ambientes de aprendizagem colaborativa, auxiliará
bastante na construção de conhecimentos, habilidades e valores dos alunos de hoje.
E, cuidado ao avaliar, para não relacionar a nota simplesmente ao aspecto do
material apresentado no seminário. Lembre-se que seus estudantes tem diferentes
condições sócio-econômicas e, nem todos dispõem dos mesmos recursos.
IMPLEMENTANDO UM PROJETO
Podemos citar como exemplo de plano de desenvolvimento de um projeto, o
exemplo contido na proposta curricular de EJA para o município de João Pessoa – PB
(2009) . Este exemplo é proposto como um elemento explanador (e não uma receita de
bolo a ser seguida) com o propósito de estruturar os diversos momentos de execução da
Pedagogia de Projetos. Fundamental, neste momento, é que, tendo definido claramente
quais as aprendizagens a serem adquiridas pelos alunos/as, todas as atividades a serem
encaminhadas (leituras, debates, pesquisas, observações, produção de textos, etc.)
devem permitir aos educandos uma visão mais rica, mais profunda sobre o tema
TRABALHO. Quando a aprendizagem ocorre de fato, significa (espera-se) novas formas
de intervenção na vida e no mundo.
OBJETIVOS
a) Refletir sobre o mundo do trabalho e compreender a sua dinâmica em termos de
relações de trabalho e força de trabalho;
b) Interpretar mapas, legendas, fotos, textos sobre o trabalho no Brasil;
c) Identificar e compreender os grandes fatos que marcaram a história da
humanidade, com repercussões no mundo do trabalho (Revolução Industrial,
Informática);
d) Discutir como hoje se compra e vende trabalho e quais as conseqüências disto no
modo como os homens se relacionam.
Outros objetivos, também, podem e devem ser pensados pela comunidade escolar
durante a implementação da proposta.
PROBLEMATIZANDO O TEMA
a) Seus pais trabalham? Como é o trabalho deles?
b) Quem não trabalha? Por quê?
c) Que dificuldade seus pais enfrentam em seu ambiente de trabalho?
d) Você sabe de problemas no trabalho de outras pessoas; em outras profissões?
e) As pessoas se relacionam quando trabalham?
f) Estudar é uma forma de trabalho?
g) Quais os direitos do trabalhador (previstos em lei)? Estes direitos são cumpridos?
h) O que você precisa saber para fazer o seu trabalho?
i) Como você aprendeu a fazer o seu trabalho? Em geral, como as pessoas
aprendem o trabalho?
j) Você faz uso de algum equipamento durante o trabalho?
k) Qual profissão você conhece que não precisa de equipamento?
l) Em que as novas tecnologias vieram facilitar a vida do trabalhador?
m) Quais trabalhos afetam a paisagem, a natureza, a vida?
n) Existe algum trabalho que é prejudicial à saúde do trabalhador?
Cabe destacar que estas questões que tem a função de problematizar o tema
TRABALHO, como exemplo, podem se desdobrar em outras, permitindo que cada
questão possa ser pretexto para debates, leituras, pesquisas, entrevistas, observações e
produção de textos.
DEFININDO CONTEÚDOS POR ÁREA DE CONHECIMENTO
História: acontecimentos históricos que tiveram influência no
desenvolvimento do trabalho;
Geografia: Reconhecer os tipos de trabalho nas diversas regiões
do Brasil;
Português: Pesquisa de textos e criação de textos descritivos e
jornalísticos;
Inglês: relação da língua inglesa com o mundo do trabalho (formal
e informal);
Ciências: a valorização e a proteção da natureza , Estudo da saúde
do trabalhador, acidentes de trabalho;
Matemática: Trabalhar com gráficos e tabelas, comparando dados
sobre desemprego;
SUGERINDO ATIVIDADES
a) Pesquisa na Biblioteca;
b) Pesquisa na internet;
c) Procurar mapas, fotos, gráficos, notícias de jornais relacionados ao trabalho
d) Vídeo “Tempos Modernos” de Charles Chaplin - O filme mostra Trump (Chaplin)
confrontando-se com todas as invenções desumanas de uma fábrica, que o levou
à loucura;
e) Pesquisa de imagens sobre diferentes expressões de trabalho, no Município de
João Pessoa ou no Estado da Paraíba (no campo e na cidade). Com as fotos,
orientar os alunos a elaborarem um álbum com pequenos textos explicativos
sobre o mundo do trabalho e os problemas observados;
f) Escolher uma das profissões, por exemplo, camelô: pesquisar sobre ela;
g) promover debate; produção de texto e entrevistar pessoas;
h) Exposição (na sala ou na escola) da produção dos alunos.
SUGESTÕES PARA CONCLUSÃO E AVALIAÇÃO
a) Considerar a participação em todas as atividades propostas;
b) Sugerir interpretação de fotos, cartazes, textos e formular conclusão;
c) Verificar o desempenho nos debates e descobertas;
d) Avaliação do conteúdo nas diversas áreas;
SUGESTÃO DE ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DIDÁTICO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: O que se quer alcançar em curto prazo;
PROBLEMATIZAÇÃO: É a indagação feita acerca do Tema. Constitui-se numa ou
mais perguntas;
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Caminho que deve ser percorrido na
execução das atividades planejadas, de forma que garanta trabalhar o tema nas
diversas áreas do conhecimento, buscando consolidar um processo
interdisciplinar;
RECURSOS DIDÁTICOS: São os meios pedagógicos;
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS: Listar e organizar nas diversas áreas, os
conteúdos selecionados a partir do Tema. É a operacionalização do planejamento
das atividades (dentro e fora da sala de aula);
CRONOGRAMA: Previsão de data de todas as fases do projeto.
RESULTADOS ESPERADOS: O que se espera dos participantes do projeto em
relação à aplicação dos novos conhecimentos no tocante a mudanças de
comportamento na relação com a natureza e/ou com a sociedade.
AVALIAÇÃO: Definição do processo e dos instrumentos de acompanhamento do
projeto.
CULMINÂNCIA: Momento da apresentação do resultado do projeto através de
peças teatrais, maquetes, feiras, exposições, cartazes, produção textual, etc.
Arquivar registro dessas atividades;
APÊNDICE: Todo material construído pelo próprio grupo de trabalho;
ANEXOS: Todo material escrito produzido e coletado durante as fases de
planejamento, execução e avaliação do projeto.
Na plataforma você vai encontrar a Atividade XV (presente no
seu caderno de atividades) solicitada para esta aula.
Siga as instruções para o envio das atividades. E bom trabalho!
UNIDADE III - REFERÊNCIAS
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marche?”. Paris: Z'editions et Delagrave, 2000.
NIEDA, J.; MACEDO, B. “Un currículo científico para estudiantes de 11 a 14 anos”.
Santiago, Chile: Unesco, 1997.
ARROYO, miguel. Escola Plural.. Proposta pedagógica da Rede Municipal de Belo
Horizonte. BH: SMED, 1994.
Educação e Transdisciplinaridade. (CETRANS – Centro de Educação Transdisciplinar –
1999)
Construção de uma proposta curricular de EJA (2º segmento) para o Município de João
Pessoa-PB (2009)
ABRANTES, Paulo. Trabalho de projeto e aprendizagem da matemática. In: Avaliação
educação matemática. Rio de Janeiro: MEM/USU – GEPEM. 1995.
ARRANHA, M. L. História da Educação. São paulo: Moderna, 1989.
ARROYO, miguel. Escola Plural.. Proposta pedagógica da Rede Municipal de Belo
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BIANCONCIN, Maria Elizabeth. Projeto: por uma nova cultura de aprendizagem.
CARVALHO, Bernardina S. Capacitação de Alfabetizadores: teoria e prática. Vol. II
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MORIN, Edgar. El método: la naturaleza de la naturaleza. Madrid: Cátedra, 1981.
SANTOMÉ. Jurjo T. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto
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ZABALA, Antoni. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o
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PETRY KEHRWALD, Isabel. Ler e escrever em Artes Visuais. In: Neves, Iara et al.
(orgs). 4 ed. Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. Porto Alegre: editora da
UFRGS, 2001.