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Simulado Enem, preparatório para vestibulares e concursos.

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  • simulado

  • INSTRUO PARA REALIZAO DA PROVA

    4. No rasure nem amasse a folha de respostas. No escreva nada no carto de respostas fora do campo reservado.

    SIMULADO ENEMVERSO COMPACTA

    PROVA TIPO A-5

    LEIA COM MUITA ATENO

    1. Esta prova contm 90 questes de mltipla escolha (23 de Cincias Humanas e suas Tecnologias, 22 de Cincias da Natureza e suas Tecnologias, 23 de Lin-guagens, Cdigos e suas Tecnologias e 22 de Matemtica e suas Tecnologias), cada uma com 5 alternativas, das quais somente uma correta. 1. Anote aletra correspondente sua escolha de resposta para cada questo, no campoindicado.

    2. Sero anuladas questes em branco, rasuradas ou que tenham como indicao letras diferentes de A, B, C, D e E

    3. Use letra de forma MAISCULA: A, B, C, D, E

    EXEMPLO DE PREENCHIMENTO

    C C EAQ1

    DQ2 Q3 Q4 Q5

    B C EAQ6

    AQ7 Q8 Q9 Q10

    B D CBQ13

    AQ14 Q15 Q16 Q17

    E C BAQ18

    DQ19 Q20 Q21 Q22

    EQ11

    EQ23

    BQ12

    AQ24

    Cincias Humanas e suas Tecnologias

  • CINCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIASQuestes de 1 a 23

    QUESTO 01

    Leia atentamente as informaes abaixo para responder a questo:

    Fonte: PORTINARI, Cndido. Retirantes (1944). Imagem disponvel em: http://masp.art.br/exposicoes/2006/portinari/. Acesso em: 31 dez. 2012, s 09H45.

    A triste partida (dcada de 1950)(Patativa do Assar)

    Sem chuva na terra Descamba Janeiro, Depois fevereiro E o mesmo veroEnto o nortista Pensando consigo Diz: "isso castigo no chove mais no"

    Agora pensando Ele segue outra trilhaChamando a famlia Comea a dizer Eu vendo meu burro Meu jegue e o cavalo Ns vamos a So Paulo Viver ou morrer

    Fonte: Letra disponvel em: http://www.fisica.ufpb.br/~romero/port/ga_pa.htm#Atri. Acesso em: 31 dez. 2012, s 10h30.

    A anlise atenta das informaes nos permite concluir que as obras apresentadas:

    (A) Procuram estimular a permanncia dos nordestinos em sua regio, lutando contra as adversidades impostas pela seca.

    (B) Demonstram, de forma preconceituosa, a migrao nordestina em direo ao sudeste, como efeito da seca que assolava a regio.

    (C) Demonstram problemas existentes na poca de sua publicao, levando sada da populao nordestina em busca de melhores condies de vida.

    (D) Criticam a sada dos nordestinos de sua regio em direo aos grandes centros do sudeste, notadamente So Paulo.

    (E) Demonstram interpretaes em diversas formas de expresso cultural do problema da seca, que leva sada dos nordestinos de sua regio.

    QUESTO 02

    Leia o trecho:

    [O historiador francs Jacques] Le Goff menciona os documentos e monumentos como materiais da memria coletiva, diferenciando-os em funo de suas caractersticas. Assim, os monumentos [...] evocam o passado, ligando-se ao poder de perpetuao voluntria ou involuntria das sociedades histricas e apresentam uma intencionalidade. De outro lado, os documentos [...] constituem uma escolha do historiador [...]. [...] Le Goff [ressalta que] cabe reconhecer em todo o documento um monumento; no existe um documento objetivo, incuo, primrio; o documento monumento: resulta do esforo de sociedades para impor ao futuro - voluntria ou involuntariamente - determinada imagem de si prprias.

    Fonte: JARDIM, Jos Maria. A inveno da memria nos arquivos pblicos. 1995. Disponvel em: http://revista.ibict.br/ciinf/index.php/ciinf/article/viewFile/439/397. Acesso em: 02 jan.

    2013, s 08h30.

    De acordo com a concepo expressa pelo texto:

    (A) Os monumentos histricos so mais importantes do que os documentos escritos, uma vez que permitem aos historiadores identificarem na prtica padres culturais de determinadas sociedades humanas.

    (B) Os documentos escritos superam os monumentos em importncia, uma vez que so registros escritos de prticas de determinados grupos humanos, permitindo a comprovao histrica das informaes neles contidas.

    (C) Tanto os documentos escritos como os monumentos no so fontes seguras para a anlise historiogrfica, uma vez que ambos apresentam concepes especficas dos grupos que os produziram.

    (D) Apesar de apresentarem diferenas, tantos os monumentos como os documentos devem ser entendidos como tentativas de determinados grupos humanos de preservarem sua histria, criando imagens prprias si mesmos.

    (E) Cabe ao historiador determinar se os documentos escritos ou os monumentos devem ser utilizados de forma confivel para a anlise historiogrfica, j que ambos representam opinies de quem os produziu.

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  • QUESTO 03

    Atente para as informaes:

    O ano de 2012 marca um grande feito na histria dos grupos de Congada de Mogi das Cruzes. [...] A Casa do Congado e suas 07 agremiaes faro, no dia 12 de maio deste, a celebrao da passagem da coroa, que nesse ano ser realizada na Praa Zumbi dos Palmares, em Brs Cubas. O evento ganhou o ttulo FESTA DE REINADO, e a data escolhida uma referncia abolio da escravatura, comemorada no dia 13 de maio.

    Fonte: Disponvel em: http://www.casadocongado.com.br/(adaptado). Acesso em: 02 jan. 2013, s 11H30.

    Surgida no Brasil com a vinda de povos africanos de origem Banto, [...] a Congada uma manifestao caracterstica da cultura afro-brasileira que encontrou no sincretismo religioso um meio de resistir ao domnio e imposio etnocntrica dos valores culturais e religiosos do homem branco. Assim, com expresses como a Congada, os povos negros trazidos para o Brasil, e aqui barbaramente subjugados, sustentaram sua f com a manuteno de seus rituais religiosos.Fonte: Disponvel em: http://www.photosynt.net/ano2/03pe/ensaios/82_laycer/congada.htm.

    Acesso em: 02 jan. 2013, s 11H30.

    Da anlise das informaes acima, depreende-se que:

    (A) Apesar de demonstrar um padro cultural trazido pelos negros africanos, a Congada, fundida a traos religiosos europeus, no teve sucesso na preservao de suas tradies.

    (B) A existncia de grupos de Congada at os dias atuais demonstra o sucesso dos negros em preservarem as tradies trazidas da frica, mantendo suas caractersticas originais.

    (C) A prtica da Congada nos dias atuais procura demonstrar que, mesmo tendo sido violentamente obrigados a praticar rituais europeus, os negros preservaram padres de sua cultura.

    (D) As Congadas, realizadas at os dias atuais por descendentes de escravos vindos da frica, podem ser apontadas como a maior manifestao cultural dos negros.

    (E) A prtica da Congada foi uma tentativa bem sucedida dos escravos negros de preservar seus padres religiosos e suas tradies culturais trazidas da frica.

    QUESTO 04

    Leia o trecho abaixo:

    Os negros africanos, importados no Brasil desde os primeiros tempos do descobrimento, sempre se mostraram dignos de considerao, pelos seus sentimentos afetivos, resignao estoica, coragem, laboriosidade. Devemos-lhes imensa gratido. Foram os mais teis e desinteressados colonizadores da nossa terra que fecundaram com o seu trabalho. [...] Contriburam tantos servios para que no Brasil jamais houvesse preconceito de cor.

    Fonte: CELSO, Affonso. Por que me ufano do meu pas. Texto original de 1900. RJ: Expresso e Cultura, 2001, p. 103-104.

    Nestas condies, tempo de renunciarmos ao usufruto dos ltimos representantes dessa raa infeliz. Vasconcelos, ao dizer que a nossa civilizao viera da costa dfrica, ps patente sem querer o crime do nosso pas escravizando os prprios que o civilizaram. J vimos com que importante contingente essa raa concorreu para a formao do nosso povo. A escravido moderna repousa sobre uma base diversa da escravido antiga: a cor preta. Ningum pensa em reduzir homens brancos ao cativeiro [...]. Ns no somos um povo exclusivamente branco, e no devemos, portanto, admitir essa maldio da cor; pelo contrrio, devemos tudo fazer por esquec-la.Fonte: NABUCO, Joaquim. O abolicionismo. Texto original de 1883. RJ: BestBolso, 2010, p.

    49.

    Assinale a alternativa que mais bem representa a relao entre os fragmentos acima:

    (A) Os fragmentos se complementam, j que ambos defendem que, mesmo sem significativas discriminaes, a escravido no Brasil foi exclusiva para os negros, tendo estes sido responsveis pelo desenvolvimento econmico e social do pas.

    (B) Os textos se contradizem, j que o primeiro procura demonstrar que no Brasil no existe preconceito de cor, enquanto o segundo defende a ideia de que a discriminao pela cor foi a maior responsvel pela escravizao dos negros.

    (C) Ambos os textos defendem a necessidade do fim da utilizao da mo de obra escrava negra no Brasil, demonstrando que esta prtica foi a responsvel pelo surgimento do preconceito em relao aos negros, grandes colaboradores no processo de desenvolvimento do pas.

    (D) Enquanto o segundo texto defende o fim da utilizao da mo de obra escrava negra no Brasil, o primeiro a defende, deixando claro que, para seu autor, sem essa prtica no existiriam possibilidades para o crescimento econmico e social do pas.

    (E) Os dois autores defendem a manuteno da utilizao da mo de obra escrava no Brasil, explicitando que sem essa prtica no seria possvel o desenvolvimento econmico e social do pas, bem como a realizao de processo civilizatrio.

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  • QUESTO 05

    Os governos militares na Amrica Latina, institudos com o apoio dos Estados Unidos como forma de impedir o fortalecimento de polticos de esquerda, no contexto da Guerra Fria, foram a grande caracterstica poltica do Continente a partir dos anos de 1960 at meados da dcada de 1980. A cano abaixo foi composta em 1973, ano em ocorreu, no Chile, um dos movimentos mais significativos da interferncia estadunidense nas questes polticas latino-americanas: a morte do presidente Salvador Allende, levando ao poder o general Augusto Pinochet.

    Analise-a para responder a questo.

    A palo seco(Belchior)

    Se voc vier me perguntar por onde andei

    No tempo em que voc sonhava

    De olhos abertos lhe direi

    Amigo, eu me desesperava

    Sei que assim falando pensas

    Que esse desespero moda em 73

    Mas, ando mesmo descontente

    Desesperadamente eu grito em portugus

    Tenho 25 anos de sonho, de sangue

    E de Amrica do Sul

    Por fora deste destino

    Um tango argentino

    Me vai bem melhor que um blues

    Sei que assim falando pensas

    Que esse desespero moda em 73

    Eu quero que esse canto torto feito faca

    Corte a carne de vocs.Fonte: Letra disponvel em: http://www.vagalume.com.br/belchior/a-palo-seco.html. Acesso

    em: 02 jan. 2013, s 10H30.

    Os versos que mais se adequam ao repdio interferncia dos Estados Unidos nas questes latino-americanas so:

    (A) Sei que assim falando pensas que esse desespero moda em 73.

    (B) Por fora deste destino um tango argentino me vai bem melhor que um blues.

    (C) Mas ando mesmo descontente, desesperadamente eu grito em portugus.

    (D) Tenho 25 anos de sonho, de sangue e de Amrica do Sul.

    (E) Eu quero que esse canto torto, feito faca, corte a carne de vocs.

    QUESTO 06

    Leia o excerto para responder a questo:

    Inovaes tcnicas e organizacionais na agricultura concorrem para criar um novo uso do tempo e um novo uso da terra. O aproveitamento de momentos vagos no calendrio agrcola ou o encurtamento dos ciclos vegetais, a velocidade da circulao de produtos e de informaes, a disponibilidade de crdito e a preeminncia dada exportao constituem, certamente, dados que vo permitir reinventar a natureza, modificando solos, criando sementes e at buscando, embora pontualmente, impor leis ao clima. Eis o novo uso agrcola do territrio no perodo tcnico-cientfico-informacional.Fonte: SANTOS, Milton e SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil territrio e sociedade no incio

    do sculo XXI. RJ: Record, 2011, p. 118.

    Julgue os itens:

    I O desenvolvimento de novas tecnologias para a produo agrcola tende a promover uma adequao das culturas s necessidades do produtor, ao contrrio do que acontecia antes deste desenvolvimento, quando as produes aconteciam determinadas pelos ciclos naturais.

    II A utilizao de espaos vagos no calendrio agrcola procura suprir a carncia por produtos para a exportao, garantindo uma produtividade em todas as pocas do ano.

    III Apesar dos investimentos, garantidos pelas facilidades para a obteno de crditos para o produtor, a tendncia uma reduo da capacidade de produo agrcola, uma vez que a utilizao predatria da terra provoca a reduo de sua fertilidade.

    Esto corretos:

    (A) I apenas.(B) II apenas.(C) I e II apenas.(D) II e III apenas.(E) I, II e III.

    QUESTO 07

    Leia atentamente as informaes abaixo:

    Fonte: Foto de Werner Goldberg, O soldado alemo ideal. Disponvel em: http://inacreditavel.com.br/wp/os-soldados-judeus-de-hitler/. Acesso em: 09 jan. 2013, s 10H00.

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  • Fonte: Discbolo. Obra de Mron (450 a. C.) Disponvel em: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/02/01/908949/conheca-discobolo-miron.html. Acesso em: 09 jan.

    2013, s 10H00.

    Fonte: Slide utilizado por Paul Schultze-Naumburgem suas palestras sobre arte e raa. Imagem do documentrio Arquitetura da Destruio, dirigido por Peter Cohen (1989).

    Em 19 de julho de 1937 aberta na cidade de Munique, na Alemanha, a exposio que marca o pice da campanha pblica do regime nazista contra a arte moderna: a mostra internacional "Arte Degenerada". [...]Como termo tcnico oriundo da biologia, entartet [degenerado] utilizado para descrever determinados animais ou plantas que foram to modificados a ponto de no ser reconhecidos mais como parte de uma espcie. [...] Em 1928 [...] o arquiteto e terico racista Paul Schultze-Naumburg publica o livro KunstundRasse [Arte e Raa], no qual aparece pela primeira vez a associao da arte moderna com o termo entartet. O autor coloca lado a lado fotografias de pessoas deformadas ou doentes mentais e pinturas de importantes artistas modernos [.. . ] a f im de provar visualmente o carter "degenerado" da produo moderna.

    Fonte: Arte degenerada. Disponvel em: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=328. Acesso em: 06 jan.

    2013, s 18h.

    Um dos preceitos defendidos e difundidos por Adolf Hitler e sua ideologia o de que um povo deve se orgulhar de sua arte. Segundo ele, apenas com modelos bonitos a arte pode ser expressa de forma a orgulhar seu povo. Tomando por base as informaes acima e o contexto histrico referente a elas, identifique as afirmativas corretas:

    I A necessidade de modelos bonitos para que a arte no seja degenerada, foi uma das alegaes do nazismo para a realizao do extermnio de pessoas com problemas fsicos e mentais.

    II Associar arte moderna a espcies animais ou vegetais que foram modificados, a ponto de no serem reconhecidos, foi um dos grandes argumentos nazistas para a valorizao da arte clssica, como a grega.

    III A valorizao da arte clssica, em oposio chamada arte degenerada, tinha como um de seus objetivos despertar o sentimento de superioridade dos alemes, por meio da valorizao de seus padres estticos.

    Esto corretas:

    (A) I e II apenas.(B) I e III apenas.(C) I apenas.(D) II e III apenas.(E) I, II e III.

    QUESTO 08

    Leia as informaes abaixo:

    Legenda nos bumerangues: Poltica intervencionista dos Estados Unidos.

    Fonte: Charge de Carlos Latuff. 2001. Disponvel em: http://www.blogtemposmodernos.com.br/2010/11/especial-21-charges-de-carlos-latuff_14.html.

    Acesso em: 02 jan. 2013, s 17H00.

    Na Arbia Saudita, os Estados Unidos cortejaram a monarquia reacionria, procurando sua ajuda na orquestrao de golpes de Estado no Ir (em 1953) e no Iraque (em 1962), em benefcio de grupos mais favorveis aos interesses norte-americanos. Os Estados Unidos conseguiram estabelecer hegemonia no Oriente Mdio atravs desses estados clientelistas nos anos 1960, mas a custo de aprofundar

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  • antagonismos entre povos e Estados que explodiram em vrias guerras ao longo dos anos 1960 e 1970, plantando as sementes de tenso e dio contra suas polticas entre a populao muulmana mundial.Fonte: KARNAL, Leandro, PURDY, Sean, FERNANDES, Luiz Estevam e MORAIS, Marcus

    Vincius de. Histria dos Estados Unidos. SP: Contexto, 2007, p. 242-243.

    Tomando por base as informaes expostas acima e o contexto internacional a partir da segunda metade do sculo XX, identifique as afirmativas corretas.

    I - Os ataques aos Estados Unidos em 2001 podem ser entendidos como uma resposta sua poltica externa intervencionista durante o sculo XX, notadamente no Oriente Mdio.

    II Os atentados terroristas contra os Estados Unidos foram praticados por grupos radicais muulmanos vinculados aos governos do Ir e do Iraque, como represlia aos golpes apoiados pelo governo estadunidense em seus pases.

    III A hegemonia dos Estados Unidos no Oriente Mdio tem como causa o apoio de governos clientelistas, levados ao poder graas ao apoio dos governos norte-americanos.

    Esto corretas:

    (A) I e II apenas.(B) II e III apenas.(C) I e III apenas.(D) I apenas.(E) I, II e III.

    QUESTO 09

    Leia o trecho abaixo:

    A lei emanada no dia 14 de julho de 1933 sancionou a existncia de um s partido. Foram anuladas as autonomias locais, regionais e municipais: outro passo para a liquidao de toda forma de independncia e diversidade e um fortalecimento do poder de controle do governo central. [...] A autonomia legislativa das Lnder (regies) foi progressivamente perdendo peso at a completa abolio, com a lei relativa organizao do Reich de 30 de janeiro de 1934. A concentrao de toda autoridade nas mos de Adolf Hitler foi atingida no decorrer desse ano.

    Fonte: Histria ilustrada do Nazismo volume 1. SP: Larousse, 2009, p. 50.

    importante compreender que, ao contrrio de seus mentores europeus em matria de fascismo, Vargas no organizou nenhum movimento poltico para nele basear seu regime autocrtico. No havia partido de Vargas [...] nem quadros governamentais na sociedade brasileira. [...] Em suma, o Estado Novo era um estado hbrido [...] sem qualquer base ideolgica consistente. Vargas esperava assumir, para seu prprio proveito poltico, a direo das mudanas sociais e do crescimento econmico do Brasil. A

    despeito das roupagens corporativistas, o seu Estado Novo era uma criao altamente pessoal.Fonte: SKIDMORE, Thomas. Brasil: de Getlio a Castelo. SP: Paz e Terra, 2007, p. 52-54.

    Tomando por base os textos e o contexto de implementao do totalitarismo no mundo ps-Primeira Guerra Mundial, assinale o que for correto.

    (A) Apesar da concentrao de poderes em ambos os regimes, a organizao dos estados brasileiro e alemo durante os anos de 1930 apresentava diferenas significativas.

    (B) O estado getulista no Brasil pode ser identificado como uma adaptao do nazismo alemo realidade do pas, uma vez que ambos os Estados apresentavam uma prtica xenfoba.

    (C) As aes tanto do totalitarismo europeu como do populismo getulista foram pautadas em padres ideolgicos bem definidos e no fortalecimento do poder executivo.

    (D) Ao contrrio do getulismo, o totalitarismo europeu no apresentou uma base ideolgica definida, uma vez que no procuraram o apoio das massas trabalhadoras para sua manuteno.

    (E) A caracterstica em comum entre os estados totalitrios europeus e o getulismo diz respeito, essencialmente, extino de todos os partidos polticos.

    QUESTO 10

    Leia o trecho abaixo:

    A 19 de abril [de 1648], 5.000 soldados chefiados por Von Schkoppe defrontaram-se com o exrcito luso-brasileiro nos montes Guararapes, que bloqueavam o caminho do sul para o interior da capitania. Eram apenas 2.200 homens sob as ordens do Mestre-de-Campo Francisco Barreto de Menezes, que em nome da Coroa assumira a chefia pouco tempo antes. Ao surgirem os holandeses, j os luso-brasileiros haviam ocupado os altos dos morros. Graas a esta vantagem e inexperincia e pssimo moral reinante entre os neerlandeses, estes foram repelidos, tendo de regressar destroados ao Recife. [...] A 26 de janeiro de 1654, os neerlandeses rendiam-se, assinando a capitulao do Taborda, ao que seguiu a entrega das praas-fortes da Paraba, Itamarac e Rio Grande.Fonte: MELLO, Evaldo Cabral de. Os Holandeses no Brasil. In____HERKENHOLFF, Paulo

    (org.). O Brasil e os Holandeses. RJ: Sextante, 1999, p. 35-37.

    Tomando por base o texto, e analisando o contexto histrico da invaso dos holandeses ao Brasil, assinale a alternativa correta.

    (A) O despreparo dos holandeses que invadiram o Brasil causou sua derrota para os luso-brasileiros, mais numerosos e mais bem treinados do que os invasores.

    (B) A insurreio Pernambucana foi responsvel, graas unio de foras de portugueses e brasileiros, pela expulso dos holandeses que invadiram o Brasil.

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  • (C) Mesmo reconquistando algumas regies, os luso-brasileiros no conseguiram expulsar os holandeses do Brasil, que se retiraram devido falncia do acar.

    (D) A expulso dos holandeses teve como causa a guerra entre Holanda e Espanha pelo acar brasileiro, levando os luso-brasileiros a lutar pela autonomia do Brasil.

    (E) O declnio do acar no Brasil, associado s presses coloniais holandesas, levou ao incio da Insurreio Pernambucana, que expulsou os holandeses do Nordeste.

    QUESTO 11

    Leia o trecho abaixo:

    Em novembro de 1904 [...] o trabalho de demolio das casas para abrir a avenida Central [...] terminara e 16 dos novos edifcios estavam sendo construdos. [...] A derrubada de cerca de 640 prdios rasgara, atravs da parte mais habitada da cidade, um corredor que ia da Prainha ao Passeio Pblico. [...] Neste ambiente, teve incio a luta pela implantao da vacina obrigatria contra a varola [...]. O projeto entrou no Senado em 29 de junho e foi aprovado, com 11 votos contrrios, em 20 de julho.

    Fonte: CARVALHO, Jos Murilo de. Ob. cit. p. 93-96.

    Tomando por base as informaes acima e o contexto por elas descrito, assinale a alternativa que apresenta o nome do movimento ocorrido no Rio de Janeiro, em 1904, que teve como causas o exposto no texto.

    (A) Revolta da Chibata.(B) Revolta da Vacina.(C) Revolta dos 18 do Forte de Copacabana.(D) Revolta da Armada.(E) Revoluo Federalista.

    QUESTO 12

    Leia atentamente as informaes abaixo para responder a questo:

    Fonte: Charge de Biganti publicada no jornal O Estado de So Paulo em 21.03.1964. Disponvel em: MOTTA, Rodrigo Patto S. Jango e o Golpe de 1964 na caricatura. RJ: Zahar,

    2006, p. 174.

    [O Comcio da Central do Brasil] foi um sucesso de pblico: h uma estimativa de que cerca de 200 mil pessoas compareceram. [...] A oposio resolveu disputar com [o presidente Joo] Goulart o espao pblico e ver quem levava mais gente s ruas. [...] a Marcha da Famlia com Deus pela Liberdade [...] levou centenas de milhares de pessoas ao centro da capital estadual, em grande medida mobilizadas pelo sentimento anticomunista. [...] A charge comemora o sucesso da marcha paulista, evocando os laos entre o evento e a tradio democrtica daquele estado.

    Fonte: MOTTA, Rodrigo Patto S. Jango e o Golpe de 1964 na caricatura. Ob. cit. p. 173-174.

    Tomando por base as informaes e o contexto por elas retratado, identifique as alternativas corretas:

    I Do ponto de vista da oposio, o sucesso da marcha paulista levaria derrota do comunismo e de seu defensor no Brasil, Joo Goulart, vinculando seu governo tambm aos regimes totalitrios europeus.

    II Apesar do sucesso do Comcio da Central do Brasil, Joo Goulart viu-se isolado politicamente aps a marcha em So Paulo, o que determinou sua deposio por meio do golpe militar de 1964.

    III O sucesso da marcha em So Paulo pode ser relacionado tradio democrtica do Estado, uma vez que j havia lutado contra outras ditaduras semelhantes de Joo Goulart, como a de Getlio Vargas, por exemplo.

    Esto corretas:

    (A) I e II apenas.(B) I e III apenas.(C) II e III apenas.(D) I apenas.(E) I, II e III.

    QUESTO 13

    Leia os trechos abaixo:

    Lopez iniciou as hostilidades em condies muito superiores s de seus adversrios. Dispunha de 80 mil homens disciplinados e 39 navios de guerra. O Brasil tinha apenas 15 mil homens e deficiente esquadra. Mas o sentimento nacional vibrou.

    Fonte: CELSO, Affonso. Porque me ufano do meu pas. Texto original de 1900. RJ: Expresso e Cultura, 2001, p. 144.

    No plano blico, a organizao militar do Paraguai era anacrnica. O nico general [...] do pas era o prprio Solano Lopez [...]. Quando Solano Lopez chegou ao poder, o Exrcito guarani dispunha de 73.273 soldados, nmero que se torna menos impressionante [...] se considerarmos que 43.846 homens no tinham instruo militar e se restringiam a fazer exerccios de ginstica, aos domingos, com armas simuladas.

    Fonte: DORATIOTTO, Francisco. Maldita guerra. SP: Companhia das Letras, 2002, p. 92.

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  • Os textos trazem informaes sobre o exrcito paraguaio no final do sculo XIX, no contexto da Guerra do Paraguai (1864-1870). Tomando por base o contexto do conflito e as anlises historiogrficas sobre ele, identifique as afirmativas corretas:

    I O segundo fragmento contesta uma das vises mais tradicionais sobre a Guerra do Paraguai, defendida pelo primeiro: a de que o exrcito paraguaio era mais bem treinado e equipado do que os de seus inimigos.

    II Os dois excertos apontam para a superioridade numrica do exrcito paraguaio como fator determinante para a longevidade do conflito, defendendo a verso mais tradicional sobre o conflito.

    III O autor do primeiro texto defende a ideia de que o nacionalismo do exrcito brasileiro levou vitria sobre as foras armadas paraguaias, tendo sido escrito no momento em que havia a necessidade de se legitimar o recm instalado regime republicano, enquanto o segundo, com uma distncia mais objetiva, contesta a primeira verso.

    Esto corretas:

    (A) I e II apenas.(B) I e III apenas.(C) II e III apenas.(D) III apenas.(E) I, II e III.

    QUESTO 14

    Atente para a composio abaixo:

    Mestre sala dos mares (1973)Joo Bosco e Aldir Blanc

    H muito tempo nas guasDa Guanabara

    O drago no mar reapareceu[...]

    Conhecido comoNavegante negro

    Tinha a dignidade de umMestre-sala

    [...]Rubras cascatas jorravam

    Das costasDos santos entre cantos

    E chibatasInundando o corao,Do pessoal do poro

    Que a exemplo do feiticeiroGritava ento

    [...]

    Glrias a todas as lutasInglrias

    Que atravs daNossa histria

    No esquecemos jamaisSalve o navegante negroQue tem por monumento

    As pedras pisadas do cais.Fonte: Letra disponvel em: http://letras.mus.br/joao-bosco/663976/. Acesso em: 11 jan. 2013,

    s 18H00.

    A cano acima faz referncia a um movimento ocorrido nos primeiros anos do sculo XX no Rio de Janeiro, conhecido como Revolta da Chibata. Identifique nas alternativas abaixo a que apresenta causas para este movimento.

    (A) Moralizao da poltica, com o fim do voto de cabresto, reforma educacional e fim dos castigos corporais na marinha.

    (B) Abolio dos castigos corporais, melhora da qualidade da comida e reforma poltica, com o fim do voto censitrio.

    (C) Melhora na qualidade da comida, restaurao das eleies diretas para presidncia da Repblica e fim dos castigos corporais.

    (D) Fim dos castigos corporais, aumento dos salrios, melhora na qualidade da comida e reduo da jornada de trabalho para os marinheiros.

    (E) Implantao de um regime democrtico, reforma educacional, aumento dos salrios e fim da utilizao da chibata como forma de punio.

    QUESTO 15

    Leia o trecho abaixo:

    [...] a reunio dos trabalhadores na fbrica no se deveu a nenhum avano das tcnicas de produo. Pelo contrrio, o que estava em jogo era justamente um alargamento do controle e do poder por parte do capitalista sobre o conjunto de trabalhadores que ainda detinham os conhecimentos tcnicos e impunham a dinmica do processo produtivo. [...] Ora, transferir esse controle da produo que estava nas mos dos trabalhadores para as mos do capitalista no significou, absolutamente, [...] maior eficcia tecnolgica nem tampouco uma maior produtividade. O que se verificou, isto sim, foi uma maior hierarquizao e disciplina no trabalho e a supresso de um controle determinado: o controle tcnico do processo de trabalho e da produtividade ditado pelos prprios trabalhadores.

    Fonte: DECCA, Edgar de. O nascimento das fbricas. Coleo Tudo Histria. SP: Brasiliense, 1984, 22-23.

    Tomando por base o fragmento e o contexto do surgimento do sistema fabril, identifique o que for correto:

    I A reunio dos trabalhadores nas fbricas promoveu a separao destes do produto final de seu trabalho, uma vez que, antes do sistema fabril, eram eles que detinham o controle tcnico do processo produtivo.

    SIMULADO ENEM | Pgina 7

  • II - O surgimento do sistema fabril visava muito mais o controle sobre os trabalhadores, retirando destes o controle sobre o processo produtivo, do que uma maior eficcia no prprio processo de produo.

    III Apesar de podermos apontar a necessidade de um maior controle sobre os trabalhadores como fator para o surgimento do sistema fabril, inegvel que um de seus efeitos foi um aumento real da produtividade industrial.

    Esto corretas:

    (A) I e II apenas.(B) I e III apenas.(C) I apenas.(D) II e III apenas.(E) I, II e III.

    QUESTO 16

    Leia o trecho abaixo:

    Em junho de 2007, o presidente equatoriano Rafael Correa, eleito alguns meses antes, anunciou o lanamento de um procedimento qualificado como revolucionrio: o projeto Yasun-ITT. Este previa que o Equador renunciaria explorao petroleira no corao do parque natural de Yasun onde j havia t rs per furaes de exp lorao ( Ishp ingo, Tambococha e Tiputini, da a abreviao ITT) se a comunidade internacional aceitasse transferir para o pas uma indenizao correspondente metade da receita esperada, estimada em mais de US$ 7 bilhes num perodo de treze anos. Os fundos assim coletados permitiriam a Quito desenvolver as energias renovveis, preservar e restaurar os ecossistemas protegendo as populaes indgenas (das quais algumas vivem em isolamento total), desenvolver pesquisas sobre a valorizao da biodiversidade ou a inda c r ia r p rog ramas soc ia i s des t inados prioritariamente s populaes das zonas em questo.

    (Adaptado de Aurlien Bernier. A biodiversidade do Equador nas mos da solidariedade internacional in Le monde diplomatique Brasil, no. 59, junho de 2012)

    O projeto do presidente equatoriano foi qualificado como revolucionrio pois:

    (A) Demonstrou que o interesse financeiro na ocupao do espao poderia ser substitudo por uma poltica de proteo biodiversidade e aos ndios.

    (B) Substitui a explorao poluidora do petrleo pela instalao de uma cidade com altas taxas de equilbrio social.

    (C) Manteria a explorao de petrleo j instalada na regio sem, preservando, no entanto, a biodiversidade.

    (D) Utilizaria os lucros da explorao do petrleo no desenvolvimento da economia do pas, levando a uma maior distribuio de renda.

    (E) Preservaria o petrleo encontrado na regio para explor-lo no momento em que esse produto estivesse escasso no mercado mundial.

    QUESTO 17

    Leia o texto abaixo:

    O modelo de crescimento urbano que vigora na maior parte dos pases com acelerado crescimento, como o Bras i l , insus ten tve l do ponto de v is ta socioambiental. Est marcado por processos urbanos e econmicos como apropriao privada da terra e remoo forada de populaes, especulao imobiliria, altas densidades com ocupao horizontal nos assentamentos humanos precrios, acentuada desigualdade socioterritorial, e priorizao do automvel elementos que provocam fortes impactos ambientais.

    Esses processos criam graves consequncias para a qualidade de vida humana das cidades, como ausncia de esgotamento sanitrio e poluio dos cursos de gua; destinao final dos resduos slidos em lixes de onde milhares de catadores, em condies subumanas, retiram sua sobrevivncia; contaminao do solo, subsolo e recursos hdricos com substncias qumicas persistentes, gerada pelo processo produtivo; carncia de espaos pblicos; depredao de reas verdes e violao da proteo permanente aos cursos de gua e nascentes; contaminao do ar e a inevitvel repetio de desastres naturais de diferentes tipos.

    (BONDUKI, Nabil in Le Monde Diplomatique Brasil, no 59, junho de 2012. http://www.diplomatique.org.br/edicoes_anteriores_det.php?edicao=59. Acesso em 21/01/2013)

    Para gerar alternativas de solues para os problemas mencionados, o modelo de crescimento urbano deveria ser repensado a partir:

    (A) Do consumo.(B) Do taylorismo.(C) Do desenvolvimentismo.(D) Do reflorestamento.(E) Da sustentabilidade urbana.

    QUESTO 18

    Observe o grfico abaixo:

    (Fonte do grfico: ANTP (Agncia Nacional de transportes pblicos), publicado em http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1181 Acesso em 05/01/2012)

    SIMULADO ENEM | Pgina 8

  • Anal isando o grf ico ac ima e levando em considerao a situao do transporte urbano nas grandes cidades brasileiras, a medida mais eficaz para diminuir gastos e diminuir a emisso de CO2 seria:

    (A) Incentivar com maiores isenes a fabricao e o comrcio de motos que de carros, pois esse meio o mais eficiente dentre os demais.

    (B) Continuar a poltica de reduo de impostos para a compra de carros, acelerando a velocidade mdia nas cidades.

    (C) Defender uma poltica de incentivo ao transporte coletivo que invertesse a lgica brasileira atual de que o melhor meio de transporte urbano o automvel.

    (D) Conscientizar os motoristas a dirigirem de forma mais consciente, alm de aplicar pesadas multas aos infratores reincidentes.

    (E) Construir avenidas expressas com trnsito apenas de carros para que haja diminuio do tempo de deslocamento e dos custos ao meio ambiente.

    QUESTO 19

    Leia o texto abaixo:

    O custo da sade voa nos Estados Unidos, os tempos de espera se alongam em alguns pases europeus e a demanda por cirurgia esttica explode. E os pacientes ocidentais vo buscar nos pases pobres atendimento rpido e barato. No aeroporto internacional de Nova Dli, por exemplo, uma sinalizao bastante visvel e balces especficos permitem que as pessoas que viajam por razes mdicas possam atravessar sem problemas o terminal de desembarque. Em dez minutos, elas atingem o Hospital Medanta de Gurgaon, cidade-satlite da capital indiana.

    Os pacientes tratados em instituies mdicas, como o Hospital Medanta de Gurgaon, se beneficiam de tecnologia de ponta, mas tambm dos antibiticos mais adequados para intimidar as infeces ps-operatrias. Esgotos e crregos fazem transbordar resduos de sua atividade, favorecendo o surgimento de bactrias mutantes resistentes aos antibiticos. Esse fenmeno pe em relevo aspectos questionveis do turismo mdico e o apoio que o governo d ao setor.

    Um desses problemas a proliferao global de bactrias multirresistentes a antibiticos como a NDM-1, que colonizam o intestino humano e, portanto, prosperam em ambientes carentes de saneamento; eles so transmitidos de um hospedeiro a outro por meio de gua e alimentos contaminados. Mas na ndia que a propagao pode ser muito rpida. Em Nova Dli, apenas 65% das guas residuais passam por tratamento adequado, e uma em cada cinco pessoas vive numa favela superpovoada e corre o risco de consumir gua ou alimentos contaminados.

    (Adaptado de SHAH, Sonia. Safri do bisturi em Nova Dli in Le Monde Diplomatique Brasil, no. 65, dezembro de 2012. Disponvel em http://www.diplomatique.org.br/

    edicoes_anteriores_det.php?edicao=65 Acesso em 08/01/2013.)

    De acordo com o texto acima, apesar dos benefcios financeiros que o turismo mdico pode levar ndia, os prejuzos podem ser de larga escala, pois

    (A) A biodiversidade do pas est ameaada devido ao risco de poluir os rios antes de guas cristalinas e puras.

    (B) A falta de formao dos mdicos e enfermeiros indianos pode levar a uma grande quantidade de processos internacionais.

    (C) Antibiticos disponveis em pases ricos ainda no esto disponveis na ndia, cuja estrutura hospitalar incipiente.

    (D) O grande fluxo de passageiros nos aeroportos de condies precrias pode levar a um pane geral no sistema de transportes.

    (E) A falta de saneamento bsico e sade pblica adequados para receber um grande fluxo de turismo mdico pode levar proliferao de novas doenas.

    QUESTO 20

    Leia o excerto abaixo:

    A cidade-estado de Singapura literalmente ilhada diante de uma das maiores densidades demogrficas do mundo. Mas evoluiu tanto nas solues para seus dilemas como eliminar os congestionamentos ou se tornar autossuficiente em gua potvel que hoje seu governo virou uma espcie de consultor para outras cidades no mundo, que querem ser mais inteligentes..

    http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0988/noticias/aonde-o-futuro-ja-chegou

    As chamadas cidades inteligentes j esto em plena atividade no Brasil e no mundo. O objetivo mais frequente das cidades inteligentes :

    (A) A criao de uma central de comando que controla semforos, fornecimento de energia, polcia, defesa civil, bombeiros, alm de outros agentes pblicos, procurando sanar os problemas de forma integrada, a partir das informaes compartilhadas.

    (B) Criar sistemas inteligentes e autnomos do controle de energia, gua e saneamento bsico com dados transmitidos pelos cabos da rede eltrica e gerido por um processador central que dispara comandos para diversos setores da cidade.

    (C) Elaborar de centrais de comunicao entre os setores da administrao pblica e em prdios inteligentes geralmente do setor privado. As cidades aos poucos se tornam inteligentes na medida em que existem prdios inteligentes.

    (D) Do Rio de Janeiro, que uma cidade inteligente, por meio de uma central de comando integrar todas as foras da cidade; porm, este equipamento ainda est em fase de testes e somente ser inaugurado com as obras da Copa do Mundo.

    (E) Em diversas cidades do mundo, assim como no Brasil, integrar seus comandos com os de setores de inteligncia do governo central, fazendo com que uma nica central em Braslia comande operaes em diversas cidades simultaneamente.

    SIMULADO ENEM | Pgina 9

  • QUESTO 21

    Leia o trecho abaixo:

    Por fim, solicitamos expressamente aos integrantes dessa Comisso Nacional da Verdade que no mais usem o termo revanchismo quando se referirem nossa busca por Justia. Justia no significa vazar olhos; estuprar; dilacerar crnios; decepar cabeas; esquartejar, incinerar corpos; ocultar os assassinatos cometidos pelo Estado. Justia no anistia para os dois lados.

    http://pagina13.org.br/2012/06/carta-aberta-a-comissao-nacional-da-verdade/

    A Comisso da Verdade tem a funo de levantar informaes sobre perseguies polticas ocorridas ao longo do sculo XX, no Brasil. As vtimas da represso do Estado Brasileiro reivindicam uma noo de Justia que difere daquela adotada pelo Estado.

    Sobre o que o Estado Brasileiro considerou justo, podemos afirmar:

    (A) A Lei da Anistia de 1979 , no entender do governo, justa ao perdoar os cidados que cometeram crimes polticos contra o Estado assim como os agentes da represso que trabalhavam em defesa do Estado.

    (B) A Lei de Anistia justa no entender das vtimas da represso por no perdoar os agentes da represso Estatal, fazendo com que estes percam seus cargos pblicose se tornam prias da sociedade.

    (C) A Leia da Anistia justa, do ponto de vista do Estado e injusta sob o ponto de vista das vtimas da represso pois perdoa os que cometeram crimes contra o Estado, mas no pune os agentes da represso militar.

    (D) A noo de justia a mesma tanto para as vtimas da represso como para o Estado, o que resta agora punir os antigos torturadores e apontar onde esto os corpos dos guerrilheiros desaparecidos.

    (E) A exemplo de outros pases o Brasil est revendo suas atitudes diante dos torturadores, e deve comear a aplicar uma outra noo de justia, ou seja, deve levantar os culpados pelos assassinatos e vingar os desaparecidos.

    QUESTO 22

    Leia o fragmento abaixo:

    Ode triunfal, Fernando Pessoa fragmento.

    Fraternidade com todas as dinmicas!

    Promscua fria de ser parte-agente

    Do rodar frreo e cosmopolita

    Dos comboios estrnuos,

    Da faina transportadora-de-cargas dos navios,

    Do giro lbrico e lento dos guindastes,

    Do tumulto disciplinado das fbricas,

    E do quase-silncio ciciante e montono das correias de transmisso!

    Horas europeias, produtoras, entaladas

    Entre maquinismos e afazeres teis!

    Grandes cidades paradas nos cafs,

    Nos cafs -- osis de inutilidades ruidosas

    Onde se cristalizam e se precipitam

    Os rumores e os gestos do til

    E as rodas, e as rodas-dentadas e as chumaceiras do Progressivo!

    Nova Minerva sem-alma dos cais e das gares!

    Novos entusiasmos da estatura do Momento!

    Quilhas de chapas de ferro sorrindo encostadas s docas,

    Ou a seco, erguidas, nos planos-inclinados dos portos!

    Actividade internacional, transatlntica, Canadian-Pacific!

    Luzes e febris perdas de tempo nos bares, nos hotis,

    Nos Longchamps e nos Derbies e nos Ascots,

    E Piccadillies e Avenues de l'Opera que entram

    Pela minh'alma dentro!

    O poema Ode Triunfal, cujo fragmento foi reproduzido acima, retrata certa viso que o poeta tinha da Europa no incio do sculo XX. Levando em considerao tambm seu contexto de produo, correto afirmar que o poema:

    (A) Faz referncia ao mundo industrial e aos avanos tecnolgicos caractersticos do sculo XIX e do incio do sculo XX. Opondo os ritmos dos cafs, frequentados pela burguesia, velocidade das fbricas e dos portos, frequentados pelos operrios.

    (B) Descreve o estilo de vida burgus, fazendo, inclusive um elogio ao fato de haver ocorrido um progresso tecnolgico to grande que facilita avida das pessoas, sobretudo da burguesia que se permite frequentar os portos e as docas.

    (C) Ilustra a vida das pessoas da Europa, trazendo o que h de mais moderno e mais valioso para o seu cotidiano. A nica crtica a este estilo de vida est presente no comentrio sobre o tumulto disciplinado das fbricas.

    (D) Aponta para uma grave crtica invaso cultural e de palavras, sobretudo de origem inglesa e francesa no vocabulrio de outros idiomas. Fernando Pessoa, por nunca ter sado de Lisboa, no via com bons olhos esta contaminao.

    (E) Menciona a vida cosmopolita do Rio de Janeiro do incio do sculo XX, com as reformas de Pareira Passos inspiradas na Belle-poque europeia, por isso o poema descreve o porto e as transformaes causadas pela modernizao da cidade.

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  • QUESTO 23

    Anamorfoses em mapas so projees afilticas, isto , no conservam com preciso reas, ngulos ou distncias. Contudo, seu objetivo no a fidelidade tcnica, mas a nfase nas informaes. Observe, abaixo, uma representao cartogrfica anmrfica do Brasil:

    Fonte: Disponvel em:http://braises.hypotheses.org. Acesso em: 03 fev. 2013, s 19h00.

    Sobre a anamorfose do territrio brasileiro pode-se concluir que:

    (A) A deformao do mapa no compatvel com a distribuio das riquezas financeiras do Brasil.

    (B) A deformao cartogrfica representa o profundo desequilbrio econmico entre as microrregies do Brasil.

    (C) A deformao das reas e formas destaca a fora do interior brasileiro que avana economicamente nesta ltima dcada.

    (D) A anamorfose no uma tcnica cartogrfica que possa ser utilizada como referncia para anlise de fatos geogrficos.

    (E) Esta anamorfose representa os fatos de forma inversamente proporcional, pois o interior se destaca atravs do avano das fronteiras agropecurias.

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  • CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIASQuestes de 24 a 45

    QUESTO 24

    Leia o texto abaixo, para responder questo:

    O CARAMUJO GIGANTE AFRICANO, ACHATINA FULICA.

    um molusco grande, terrestre, nativo do leste e nordeste da frica. Quando adulto, atinge 15 cm de comprimento, 8 cm de largura e mais de 200 gramas de peso total.

    Foi introduzido no Brasil para ser comercializado como escargot, porm, comercializar Achatina como escargot fraude, pois ele no comestvel.

    Atualmente este molusco encontrado em 14 estados brasileiros. Vivendo livremente, est se tornando sria praga, em especial nas regies litorneas.

    O Achatina ataca e destri plantaes de mandioca, batata-doce, feijo, amendoim, abbora, mamo, tomate e verduras, flores, frutas e folhas de diversas espcies. A cada 2 meses, um caramujo pe 200 ovos e, aps 5 meses, os filhotes viram adultos e comeam a se reproduzir. So hermafroditas incompletos e necessitam de esperma de outro para se reproduzir.

    Esse molusco pode transmitir para o homem vermes como o Angiostrongytus costaricensis causador da abgiostrongilase abdominal, doena grave que pode resultar em morte por perfurao intestinal, peritonite e hemorragia abdominal.

    Sobre este tema podemos afirmar:

    (A) O sucesso reprodutivo do escargot est diretamente relacionado sua capacidade de se auto-reproduzir e de ter poucos predadores e competidores nos ambientes que infestam.

    (B) Trata-se de uma espcie extica, que, alm dos prejuzos agricultura, pode facilitar a propagao de pernilongos da dengue, em suas conchas, quando morrem.

    (C) Graas aos ecossistemas ricos em gua, que favorecem sua disperso, o escargot, de respirao branquial, adaptou-se muito bem ao Brasil.

    (D) Estes moluscos podem aumentar a oferta de alimentos para predadores generalistas, que, assim, tm sua populao reduzida podendo afetar outras espcies no mesmo meio.

    (E) O hermafroditismo presente nesta espcie, favorece a produo de muitos ovos em um curto espao de tempo, alm da ocorrncia das mutaes adaptativas.

    QUESTO 25

    Leia a notcia abaixo, sobre a tragdia em uma boate de Santa Maria:

    Mdicos pneumologistas afirmaram que o material de baixa qualidade instalado no teto da casa noturna, alm de queimar com maior facilidade do que outros mais caros, libera gs ciandrico quando exposto ao fogo - o mesmo gs utilizado nas cmaras de gs nazistas.

    O gs que matou em Santa Maria idntico ao que provocou mortes em circunstncias semelhantes, como Rhode Island, nos Estados Unidos, e na boate Repblica Cromagnon, em Buenos Aires. Na Argentina, a concentrao foi de cerca de 270 partes de cianeto por um milho de partculas de fumaa, o que causou a morte em menos de trs minutos, segundo Rosa Maria Salaib Wolff, mdica com conhecimentos em toxicologia, ex-coordenadora do conselho de sade de Santa Maria.

    Como o cido ciandrico no tem cheiro, nem cor, muitos jovens entraram e saram da boate para ajudar sem se dar conta da gravidade. A ao txica do HCN deve-se sua capacidade de inibir a enzima citocromoxidade. Mesmo que as camisetas molhadas usadas de maneira improvisada tenham ajudado a impedir a inalao de fuligem, isso foi intil contra o cido ciandrico.

    Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br 31/01/2013

    O efeito do gs ciandrico, sobre o organismo, letal, pois:

    (A) Liga-se hemoglobina das hemcias, impedindo o transporte de oxignio para as clulas do organismo.

    (B) Destri as membranas plasmticas das clulas, em especial, as dos alvolos pulmonares, impedindo a troca gasosa.

    (C) Inibe a ao dos neurnios devido falta de oxignio e impede o controle nervoso sobre a respirao pulmonar, atravs do cerebelo.

    (D) Inibe a cadeia respiratria (mitocondrial), local fundamental de produo de ATP, molcula que libera energia para o trabalho celular.

    (E) Chegando aos principais rgos, como no fgado, promove uma alcalinizao celular, causadora da morte.

    QUESTO 26

    Leia o texto abaixo:

    Diferentemente do que se pensa, todas as formas de produo de energia afetam de algum modo a natureza, pois elas advm da transformao dos recursos naturais. A energia solar, apesar de no poluir na fase de operao, utiliza clulas fotovoltaicas

    SIMULADO ENEM | Pgina 12

  • cuja fabricao envolve a produo de perigosos materiais, tais como o arsnico, cdmio ou silcio inerte. A queima de biomassa, apesar da absoro do CO2 emitido pelo replantio, polui a atmosfera com particulados. A biomassa tambm estaria associada necessidade de extensas reas voltadas para o cultivo de energticos, podendo deslocar o plantio de outras culturas voltadas ao consumo humano. J a energia elica causa problemas de ocupao extensiva de terras, rudo e pode ser uma ameaa vida de aves silvestres, explica dArajo, consultor na rea.

    Apesar de ser considerada uma fonte limpa, por no emitir poluentes, e ser economicamente rentvel, a construo de uma usina hidreltrica tambm no est isenta de problemas.

    Fonte: http://www.rvambiental.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=414:usina-hidreletrica&catid=4:interatividade&Itemid=4

    Sobre a produo de energia, nas suas mais diversas formas, pode-se afirmar:

    (A) A queima de biomassa, nas termoeltricas, seria a forma mais limpa, pois o excesso de CO2 produzido ser absorvido no processo fotossinttico, por exemplo, no replantio da cana de acar, que no poluente, devendo apenas ser controlado o excesso de fertilizantes utilizados.

    (B) A produo a partir de fonte elica, apesar de necessitar de grandes reas para os geradores, mostra-se mais vivel quanto liberao de gs estufa, uma vez que, apesar da poluio visual e de acidentes com aves, vivel em qualquer regio, e os geradores no so grandes emissores de gs estufa.

    (C) A construo de usinas hidroeltricas, apesar de ser uma fonte limpa, pode promover grandes problemas locais, como deslocamento de pessoas, destruio da vegetao local e migrao dos animais, muitas vezes endmicos e, ao longo do tempo, provocar eutrofizao.

    (D) A produo de energia por clulas fotoeltricas a partir da energia solar a nica livre de qualquer meio poluente, pois utiliza placas coletoras, que podem ser instaladas nas casas e prdios ou em campos semiridos, no afetando a biodiversidade.

    (E) A produo a partir da queima de biodiesel mais vivel, pois ele, sendo mais energtico que o lcool e seus derivados, requer uma rea menor de plantio, no afeta a produo de gros, nem poluente, pois as leguminosas no necessitam de fertilizantes.

    QUESTO 27

    Leia a notcia abaixo:

    AIEA apoia uso de radiao para modificar plantas no combate fomeViena, 2 dez (EFE).- A Agncia Internacional de Energia Atmica (AIEA) fez hoje uma chamada para o aumento dos investimentos em tcnicas de mutao de plantas por radioatividade, a fim de tirar milhes de pessoas da situao de fome.

    Em comunicado divulgado em Viena, a AIEA afirma que, desde os anos 20, os cientistas fizeram experimentos expondo plantas a radiaes para conseguir mutaes e obter exemplares mais resistentes a condies meteorolgicas adversas.

    Estas plantas, cuja produo barata e segura - ressalta a AIEA -, tambm so mais resistentes a certas doenas e insetos, acrescenta a agncia nuclear da ONU, que tem um laboratrio perto de Viena para esse tipo de experimento.

    A AIEA afirma em seu comunicado que cerca de 3 mil mutaes diferentes de aproximadamente 170 plantas j foram obtidas atravs de intervenes diretas da agncia nuclear.

    Fonte:http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2008/12/02/ult1809u16816.jhtm

    Sobre o tema, pode-se afirmar que a radiao pode alterar:

    (A) A produo de protenas nas plantas, devido a modificaes induzidas no material gnico dos cloroplastos.

    (B) O material gnico do vegetal, podendo aumentar a variabilidade de plantas mais resistentes a pragas e ao clima.

    (C) A sntese de lipdeos e protenas, devido a alteraes provocadas no material gnico dos ribossomos.

    (D) O material gentico das plantas, levando produo de variedades mutantes, que so sempre mais resistentes.

    (E) A concentrao de acares nos vegetais, pois modifica geneticamente a molcula de clorofila.

    QUESTO 28

    A flor do mandacaru chama ateno pelo tamanho (o dimetro da corola, quando aberta, atinge at 0,15 m), pelo grande nmero de ptalas amareladas e por uma peculiaridade: ela se abre durante a noite. No Brasil, o mandacaru compe a Caatinga, domnio vegetal em que, no perodo seco, as folhas caem e a mata torna-se esbranquiada. Nesse habitat, podemos encontrar o morcego, um animal com caractersticas muito marcantes, como: audio ultra-snica, viso deficiente, olfato desenvolvido e hbito de vida noturno. Esta ltima caracterstica, aliada ao hbito de alimentar-se de frutos (espcimes frugvoras), faz de algumas espcies de morcegos polinizadoras de mandacarus. Tendo isso em vista e levando-se em considerao a teoria Neodarwinista, pode-se observar um processo:

    (A) Co-evoluo, pois ambas as espcies foram selecionadas, entre uma grande variabilidade de mandacarus e morcegos.

    (B) Especiao, pois essas populaes de morcegos frugvoros evoluem de forma independente da populao de mandacarus.

    (C) Adaptao, pois as principais espcies de morcegos polinizadoras tm hbito diurno.

    SIMULADO ENEM | Pgina 13

  • (D) Irradiao adaptativa, na qual morcegos frugvoros so favorecidos por mandacarus que florescem noturnamente.

    (E) Seleo sexual, pois as espcies desenvolvem hbitos reprodutivos muito semelhantes.

    QUESTO 29

    Os organismos transgnicos e seres geneticamente modificados (OGMs) , so aqueles que tiveram genes estranhos, de um outro ser vivo, introduzidos em seu cdigo gentico. O processo consiste na transferncia de um ou mais genes responsveis por determinada caracterstica (uma protena, por exemplo, de um organismo para outro, ao qual se pretende incorporar esta caracterstica). Um exemplo seria a Alface, que veicula antgenos contra Leishmaniose: um gene do protozoa foi transferido para as folhas da alface, que produzir um antgeno (corpo estranho) que ser utilizado contra a Leishmaniose.

    No exemplo acima exposto, os cientistas tm como objetivo final:

    (A) Aumentar a produtividade e rentabilidade do produtor.(B) Produzir plantas resistentes a pragas atravs de

    modificao gentica.(C) Monopolizar as produes agrcolas.(D) Acumular toneladas de alimentos, barateando seus

    custos.(E) Criar uma vacina contra a Leishmaniose.

    QUESTO 30

    No processo de expulso dos espermatozides do corpo masculino, necessria a presena de um meio lquido, que facilite no s a sada, mas tambm a manuteno da viabilidade dos gametas.

    Observe o esquema abaixo, de parte do sistema reprodutor masculino:

    No texto, a expresso a presena de um meio lquido deve estar relacionada principalmente:

    (A) Ao testculo, indicado em D, onde h produo de gametas e do lquido intersticial.

    (B) vescula seminal, apontada em A, responsvel pelo lquido alcalino.

    (C) prstata, indicada em B, responsvel pelo maior volume do smen.

    (D) A D, os testculos, pois o volume do smen se deve ao nmero de espermas.

    (E) Ao epiddimo indicado em C, que secreta um lquido alcalino, alm dos gametas.

    QUESTO 31

    Leia o excerto e as assertivas abaixo:

    Na primavera de 1918, um telegrama da agncia de notcias espanhola falava em "uma doena estranha". Madrilenos apresentavam sintomas como tosse, febre e prob lemas resp i ra tr ios . Mas a agnc ia tranquilizava: "a epidemia pouco virulenta".

    Fonte: Revista Centro Cultural de Sade do MS

    1. A Gripe Espanhola, como anunciada em 1918 pelas autoridades, tem seu incio de transmisso muito lenta mas, aps certo tempo, o vrus passou a se disseminar com grande facilidade na populao mundial, causando milhares de mortes.

    2. Vrus especficos de gripe suna e de gripe aviria normalmente no afetam seres humanos, mas porcos podem contrair gripe humana e gripe aviria. Com isso, o corpo do animal oferece aos vrus a capacidade de partilhar material gentico, dando origem a novas variedades de agentes infecciosos.

    3. Durante uma epidemia de gripe suna na Amrica do Norte em 1998, o vrus da gripe suna norte-americana aparentemente misturou-se com o vrus da gripe humana de Hong Kong e com vrus de gripe aviria no corpo dos porcos.

    Observando as informaes acima, bem como o quadro da provvel origem do vrus da gripe suna, A/H1N1, podemos notar uma das pr inc ipa is caractersticas da vida que pode ser evidenciada na afirmao:

    (A) Gerar uma doena, que facilmente pode ser transmitida entre os mais diversos tipos de seres vivos.

    (B) Ter capacidade de recombinar seu material gentico, aumentando desta forma sua variabilidade e adaptao ao meio, que no caso dos vrus infectar outros tipos celulares.

    SIMULADO ENEM | Pgina 14

  • (C) Apresentar variabilidade, e desta forma tornar-se especfico para infectar apenas o homem, como na gripe espanhola.

    (D) Reproduzir-se em qualquer organismo vivo e aps seguidas recombinaes, infectar apenas aves e mamferos, como observado no quadro Vrus A/H1N1.

    (E) Ser mutagnico, quando infecta mais de duas espcies diferentes, e tornar-se cada vez mais especfico.

    QUESTO 32

    Quando fo i s in te t izada pe la pr imei ra vez, aMetilenodioxidometaanfetamina (MDMA) tinha como finalidade o uso medicamentoso. Na dcada de 70, ent re tanto , comeou a ser u t i l i zado como entorpecente na forma de um comprimido batizado de ecstasy. Embora esta droga seja bastante procurada por gerar euforia e bem-estar intensos, seu uso coloca a sade do usurio em risco. O MDMA causa um descontrole da presso sangunea, o que pode provocar febre de at 42C. A febre leva a uma intensa desidratao, que pode, no extremo, levar o usurio morte.

    Disponvel em: www.anabb.org.br. Acesso em 14 fev. 2013 (adaptado).

    Metilenodioxidometaanfetamina (MDMA)

    A ao do MDMA no organismo est associada com sua semelhana estrutural com as molculas de:

    (A) cido flico, que possui a funo cido carboxlico.(B) Neurotransmissores, que possuem a funo amina.(C) Colesterol, que possuem a funo cetona.(D) Glicose, que possui a funo ter.(E) Quitina, que possui a funo amida.

    QUESTO 33

    Leia a notcia abaixo:

    Empresa brasileira tem primeiro plstico verde certificado do mundo (27/06/2007).A Braskem anunciou a produo do primeiro polietileno a partir do etanol de cana-de-acar certificado mundialmente, utilizando tecnologia competitiva desenvolvida no Centro de Tecnologia e Inovao da empresa. A certificao foi feita por um dos principais laboratrios internacionais, o Beta Analytic, atestando que o produto contm 100% de matria-prima renovvel.

    Disponvel em: www.inovacaotecnologica.com.br. Acesso em 14 de fev. 2013

    O termo plstico verde se justifica em razo de esse produto:

    (A) No depender da explorao de jazidas de combustveis fsseis.

    (B) Contribuir na diminuio do volume de lixo produzido pela populao.

    (C) Ser biodegradvel, uma vez que derivado da cana-de-acar.

    (D) Ter um potencial de reciclagem menor que o polietileno convencional.

    (E) Ser obtido de uma matria-prima que no causa impactos ambientais.

    QUESTO 34

    O cobre possui larga aplicao na indstria de eletroeletrnicos devido sua alta condutibilidade eltrica. Em alguns casos especficos, entretanto, pode-se aumentar sua condutibilidade atravs de um processo de purificao eletroltica. Observe um esquema simplificado de uma cela montada para esta finalidade:

    O cobre impuro atua como um dos eletrodos do processo de eletrlise. Quando a cela posta em funcionamento, o cobre impuro consumido enquanto o cobre purificado vai sendo depositado sobre o outro eletrodo.

    Para que o processo de purificao acontea, o cobre impuro deve:

    (A) Ser ligado ao polo negativo da fonte eltrica.(B) Atuar como o nodo da cela eletroltica.(C) Sofrer o processo de reduo.(D) Absorver ons Cu2+do eletrlito.(E) Retirar eltrons do eletrodo de cobre puro.

    QUESTO 35

    A galvanizao o processo pelo qual objetos metlicos so revestidos com uma fina camada de metais nobres. Ela possui grande importncia porque, entre outras coisas, capaz de aumentar a resistncia corroso e melhorar a aparncia desses objetos. Uma empresa de galvanoplastia liga, em srie, cubas eletrolticas para a deposio de diferentes metais. Dentre elas, uma faz revestimentos com cobre (massa molar igual a 63,5 g/mol) e outra com prata (massa molar igual a 108 g/mol) de acordo com as seguintes equaes:

    SIMULADO ENEM | Pgina 15

  • Cobre: Cu2+ + 2e- CuPrata: Ag+ + e- AgAo longo de uma hora de trabalho, na primeira cuba, houve um depsito de 190,5g de cobre. Desta forma, a massa de prata depositada na outra cuba, durante o mesmo perodo de tempo, foi

    (A) 190,5 g.(B) 540 g.(C) 648 g.(D) 1080 g.(E) 1680 g.

    QUESTO 36

    Efluentes industriais sempre estiveram entre os maiores causadores de poluio de corpos dgua. Por isso mesmo, rgos reguladores exercem uma presso cada vez maior para que haja tratamento adequado ao processo. Um efluente cido, por exemplo, precisa ser devidamente neutralizado antes de voltar natureza.

    Uma indstria possui 10.000 L de um efluente com uma concentrao hidrogeninica (H) de 0,005 mol/L. Para seu tratamento, foram adicionados 45L de uma soluo de NaOH 1 mol/L. Considerando o procedimento adotado, esse efluente

    (A) Pode ser devolvido natureza uma vez que possui um pH entre 1 e 2.

    (B) Pode ser despejado apenas em mares por possuir um pH entre 8 e 9.

    (C) Pode ser utilizado como gua de reuso por ter sido completamente neutralizado.

    (D) Ainda no pode ser despejado em um rio j que possui um pH entre 2 e 3.

    (E) Precisa de um novo tratamento pois ainda possui um pH entre 3 e 4.

    QUESTO 37

    Os solos brasileiros so cidos em sua maioria. A acidez, representada basicamente pela presena de dois componentes - ons H e Al - tem origem pela intensa lavagem e lixiviao dos nutrientes do solo, pela retirada dos nutrientes catinicos pela cultura sem a devida reposio e, tambm, pela utilizao de fertilizantes de carter cido.

    Disponvel em: www.agencia.cnptia.embrapa.br. Acesso em 15 fev. 2013 (adaptada).

    Uma alternativa vivel para a correo da acidez do solo de uma fazenda brasileira, a fim de se obter uma melhor produtividade seria:

    (A) A adio de grandes quantidades de soluo concentrada de NaOH durante o plantio.

    (B) O abandono da utilizao de fertilizantes qumicos ou biolgicos.

    (C) A pulverizao de sal, NaCl durante a preparao do solo para o plantio.

    (D) A aplicao de calcrio, CaCO3,modo no solo antes do plantio.

    (E) O uso contnuo de soluo diluda de NH4Cl aps o plantio.

    QUESTO 38

    Na mitologia nrdica, Thor, o deus do trovo, era conhecido por sua fora gigantesca e por seu grande apetite para comer e beber. Contam os mitos nrdicos que o martelo de Thor, o Mjolnir, fora roubado pelos gigantes de Gelo. Para recuperar sua arma, Thor veste-se como a sua irm Freia e vai a Jotunheim para recuper-lo de Thryn. No Livro de Ouro da Mitologia, Thomas Bulfinch descreve que:

    Thryn recebeu sua noiva, que estava com o rosto coberto por um vu, com a devida cortesia, mas ficou muito surpreso, ao v-la devorar oito salmes e um boi inteiro (...)

    O Livro de ouro da Mitologia, ed. Ediouro 32 edio.

    Recentemente o astrofsico Neil de GrasseTysson afirmou em seu Twitter ter calculado o peso do martelo de Thor, resultando em 300 bilhes de elefantes. (http://www.twitter.com/neiltyson).

    Supondo que Thor usasse toda essa energia armazenada na alimentao, em sua ida a Jotunheim, para levantar o martelo a 2m de altura, a estimativa de clculo do astrofsico /est:

    Ateno: utilize a tabela de estimativas abaixo e lembre-se que 1 cal = 4 J.

    Grandeza EstimativaCalorias em 1 salmo 3.000 KcalCalorias em 1 boi 400.000 KcalMassa de 1 elefante 5 toneladasGravidade na Terra 10 m/s2

    (A) Totalmente coerente, pois a energia acumulada pela alimentao levantaria exatamente 300 bilhes de elefantes.

    (B) Inconsistente, pois faltam dados para o julgamento, j que o acmulo de energia no tem relao com a fora que o deus Thor pode fazer.

    (C) Errada, pois esta quantidade de energia no seria suficiente para levantar os 300 bilhes de elefantes.

    (D) Correta, se levarmos em conta um erro de apenas 10% nos dados fornecidos.

    (E) Errada, por um erro de apenas 5%.

    SIMULADO ENEM | Pgina 16

  • QUESTO 39

    A empresa de energia Mux Energia (http://www.muxenergia.com.br/), disponibiliza para os consumidores uma imagem explicativa para a conta de energia eltrica.

    http://imageshack.us/a/img259/4268/explicaodoscampos.jpg

    Supondo que os impostos (ICMS, PIS/PASEP, COFINS e CIP) so fixos, calcule o valor da conta de energia eltrica desta residncia (simulada pela empresa Mux) no ms de dezembro de 2011.

    (A) R$ 785,76.(B) R$ 956,89.(C) R$ 312,73.(D) R$ 1.386,90.(E) R$ 112,50.

    QUESTO 40

    A lmpada incandescente foi idealizada no comeo do Sculo XIX, porm, foi em 1880 que Thomas Edson conseguiu constru i r um modelo durvel e, principalmente, comercializvel. Depois de algumas modificaes, a lmpada atual tem o esquema da figura abaixo:

    http://casa.hsw.uol.com.br/lampadas.htm

    Nota-se que entre a rosca de contato e a base de contato eltrico existe um isolante. Este isolante tem a funo de:

    (A) Fazer o contato entre o filamento e a base de contato, permitindo assim a passagem de corrente eltrica.

    (B) Isolar o ambiente interno da lmpada, impossibilitando, assim, que o gs inerte saia da cpsula de vidro.

    (C) Impedir um consumo maior de energia eltrica devido ao isolamento da base de contato e do filamento de tungstnio.

    (D) Impossibilitar o contato entre a base e a rosca, permitindo assim a diferena de potencial, fundamental para o fluxo de corrente eltrica.

    (E) Sustentar os fios de apoio, fundamentais para impedir o contato eltrico entre o filamento de tungstnio e o vidro da lmpada.

    QUESTO 41

    Desde o Sculo XIX o petrleo tornou-se um dos combustveis mais importante e disputado pela humanidade. Seu processo de extrao caro e trabalhoso, pois, em geral, o petrleo encontra-se a grandes profundidades. Dependendo da profundidade em que se encontra o poo, podem ser construdos dois tipos de plataforma: as fixas e as flutuantes. As fixas so instaladas em guas rasas (at 180 metros) e ficam ligadas ao subsolo ocenico por uma espcie de grande "pilar". J as flutuantes possuem cascos como os de um navio e servem para explorar poos que se localizam em lugares muito profundos. Na bacia de Campos, por exemplo, no Rio de Janeiro, o petrleo retirado em guas que chegam a quase 2 mil metros de profundidade.

    SIMULADO ENEM | Pgina 17

  • As plataformas flutuantes so mais utilizadas atualmente devido ao fato da construo de pilares a, 2 mil metros de profundidade, ser muito difcil.

    Assinale a alternativa que contenha 3 informaes relevantes com relao ao petrleo: I) o risco da extrao; II) uma vantagem da utilizao; III) a presso hidrosttica a 2.000m de profundidade.

    Considere dgua = 103 kg/m3 e g = 10 m/s2.

    (A)

    I) Aquecimento da gua na regio de extrao

    (A)II) Grande quantidade e grande nmero de sub

    produtos(A)

    III) 1.107Pa

    (B)

    I) Vazamentos do leo no oceano.

    (B)II) Grande quantidade e grande nmero de sub

    produtos(B)

    III) 2.107Pa

    (C)

    I) Destruio da fauna ocenica local

    (C) II) Baixo custo de extrao(C)III) 3.107Pa

    (D)

    I) Possibilidade de conflitos internacionais

    (D) II) Facilidade de manuseio(D)III) 3.107Pa

    (E)

    I) exploso das plataformas de extrao

    (E) II) Acesso fcil por todos os pases.(E)III) 2.107Pa

    QUESTO 42

    Ao ser aberta pela segunda vez consecutiva, a porta de uma geladeira fica praticamente colada, tornando-se muito difcil abri-la. Algumas pessoas acreditam tratar-se de um procedimento interno da geladeira para poupar energia, porm a prpria natureza que dificulta esta segunda abertura. Para entender este processo, basta imaginar uma geladeira que foi aberta e recebeu grande quantidade de ar temperatura ambiente de 27C e presso de 1 atm. Ao ser fechada, o motor da geladeira trabalha para diminuir a temperatura para o valor de 3C. Assim, a dificuldade na 2 abertura se explica, pois, ao fechar a porta, depois de certo tempo, a presso interna:

    (A) Cai para 0,7 atm e, por ser maior do que a presso ambiente, dificulta a nova abertura da porta.

    (B) Sobe para 1,9 atm e, por ser maior do que a presso ambiente, dificulta a nova abertura da porta.

    (C) Cai para 0,9 atm e, por ser maior do que a presso ambiente, dificulta a nova abertura da porta.

    (D) Cai para 0,9 atm e, por ser menor do que a presso ambiente, dificulta a nova abertura da porta.

    (E) Sobe para 1,9 atm e, por ser menor do que a presso ambiente, dificulta a nova abertura da porta.

    QUESTO 43

    O grfico a seguir ilustra, de maneira hipottica, o nmero de casos, ao longo de 20 anos, de uma doena infecciosa e transmissvel (linha cheia), prpria de uma regio tropical especfica, transmitida por meio da picada de inseto. A variao na densidade populacional do inseto transmissor, na regio considerada, ilustrada (linha pontilhada). Durante o perodo apresentado no foram registrados casos dessa doena em outras regies.

    Sabendo que as informaes se referem a um caso tpico de endemia, com um surto epidmico a cada quatro anos, percebe-se que no terceiro ciclo houve um aumento do nmero de casos registrados da doena. Aps esse surto foi realizada uma interveno que controlou essa endemia devido

    (A) populao ter se tornado autoimune.(B) introduo de predadores do agente transmissor.(C) instalao de proteo mecnica nas residncias,

    como telas nas aberturas.(D) Ao desenvolvimento de agentes qumicos para

    erradicao do agente transmissor.(E) Ao desenvolvimento de vacina que ainda no era

    disponvel na poca do primeiro surto.

    QUESTO 44

    Leis da compensao o que voc ganha em fora, perde em deslocamento. Essa lei foi constatada para todas as maquinas simples roldanas, plano inclinado, alavancas, parafusos e etc. Ou seja, a humanidade descobriu que o produto da fora na direo do deslocamento pelo deslocamento que voc aplica a maquina igual ao produto de fora pelo deslocamento que a maquina entrega ao objeto que est sendo movido. A esse produto deu-se o nome de trabalho mecnico. Se um corpo se move ao longo de um eixo, uma das foras nele agentes tem sua intensidade e direo variado conforme os grficos a seguir.

    SIMULADO ENEM | Pgina 18

  • 0 1 2 3 4 5 6

    600500400300200100 d (m)

    F (N)

    Considerando o texto e as figuras acima qual das alternativas indica os valores crescentes dos trabalhos mecnico realizados por essa fora no intervalo de x = 0 a x = 6 m.

    (A) 0,2 > 2,4> 4,6.(B) 6,4 > 2,4> 0,2.(C) 0,2 > T4,6> 2,4.(D) 2,4 > 0,2> 4,6.(E) 2,4 > 4,6 > 0,2.

    QUESTO 45

    Leia o texto:

    Ele no usa gs, nem lenha, nem energia eltrica: o calor que cozinha o alimento vem diretamente do sol, cujos raios multiplicam-se ao encontrar as superfcies espelhadas do forno.

    Por Artur LoubackRevista Mundo Estranho - 02/2008

    Considerando o Sol, que est muito distante da Terra, como fonte de energia direta no forno solar, indique qual das alternativas abaixo est de acordo com a otimizao e a deficincia do aparelho.

    F180150120906030

    ( )

    0 1 2 3 4 5 6 d (m)

    d

    (A) Quanto mais polido for a face do espelho esfrico, melhor ser o aproveitamento da energia solar. Em dias nublados o sistema ser mais eficiente.

    (B) Se no lugar de um espelho esfrico fosse um espelho plano maior seria melhor o aproveitamento da energia solar. Em dias nublados o sistema ser menos eficiente.

    (C) Se o suporte do forno for coloca no centro de curvatura do espelho ser melhor o aproveitamento da energia solar. Em dias nublados o sistema ser menos eficiente.

    (D) Se o suporte do forno for colocado no foco secundrio do espelho ser melhor o aproveitamento da energia solar. Em dias nublados o sistema ser menos eficiente.

    (E) Se o suporte do forno for colocado no foco principal do espelho ser melhor o aproveitamento da energia solar. Em dias nublados o sistema ser menos eficiente.

    SIMULADO ENEM | Pgina 19

  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    Questes de 46 a 68Questes de 46 a 47 (Opo Ingls)

    QUESTO 46

    (http://www.seventeen.com. Acesso em 17/01/2013.)

    Campanhas diversas so disseminadas pelas redes sociais. Aquele que participa da campanha acima, promete

    (A) Distribuir garrafinhas plsticas contendo informaes sobre reciclagem.

    (B) Vasculhar lixeiras e recolher nas ruas todas as garrafas de vidro que encontrar.

    (C) Distribuir panfletos com mensagens de conscientizao sobre reciclagem.

    (D) Distribuir material para que as pessoas enviem mensagens de uma maneira divertida.

    (E) Reciclar quaisquer garrafas plsticas que encontrar jogadas no lixo ou no cho.

    QUESTO 47

    Horse meat firms may face actionThe UK's food watchdog is considering whether legal action should be taken against companies at the centre of the scandal over horse meat in beef burgers.

    The Food Standards Agency (FSA) said they would consult relevant local authorities and the Food Safety Authority of Ireland (FSAI) over whether to take action against any organizat ions embroi led in the controversy.

    [...]

    Meanwhile, the food company at the centre of the scandal vowed to adopt strict DNA testing of its products to prevent a repeat.

    [...](Adaptado de http://uk.news.yahoo.com. Acesso em 16/01/2013.)

    De acordo com as informaes contidas no texto, algumas empresas talvez sejam processadas no Reino Unido porque

    (A) Utilizaram carne de cachorro na produo de hambrgueres.

    (B) Modificaram geneticamente alguns de seus produtos base de carne.

    (C) A agncia irlandesa no forneceu as informaes solicitadas pela agncia inglesa.

    (D)Realizaram testes ilegais em consumidores de seus produtos.

    (E) Comercializaram produtos alimentcios feitos com carne de cavalo.

    QUESTO 48

    (http://www2.uol.com.br/angeli/chargeangeli/chargeangeli.htm?imagem=305&total=335, acesso em 30/01/2013)

    As charges publicadas no jornal geralmente so instrumentos de denncia de problemas sociais. Na charge acima, o problema central abordado :

    (A) A violncia nas favelas.(B) A falta de gua na periferia.(C) A poluio dos rios.(D) O aquecimento global.(E) O analfabetismo dos mais pobres.

    QUESTO 49

    Proteja-se das ameaas virtuais

    O especialista em segurana Srgio Oliveira, da McAfee, levanta aspectos importantes a serem considerados para uma boa proteo online na hora de fazer compras pela Internet, baixar arquivos etc. Anote e no caia nas armadilhas da web.

    - No compre em um site se no se sentir confortvel. Se achar que o domnio pode no ser seguro, provavelmente ele no mesmo.

    - Nunca clique em links de e-mails de spam para fazer compras, nem compre em site anunciado em e-mail

    SIMULADO ENEM | Pgina 20

  • de spam. No clique, tambm, em links de um e-mail de algum que voc no conhea.

    - Verifique o endereo da web para certificar-se de que est no site correto. Ao acessar um site, necessrio certificar-se de que ele legtimo, e no um site falso.

    - Verifique se o site seguro. Procure por um selo de confiana indicando que ele foi verificado contra roubo de identidade, fraudes de carto de crdito, fraudes virtuais e outras ameaas mal intencionadas.

    (http://vejario.abril.com.br/especial/protecao-virus-internet-647935.shtml. Acesso em 31/01/2013.)

    As recomendaes acima, poderiam ser resumidas por:

    (A) Compre produtos apenas em lojas fsicas, dispense as lojas virtuais.

    (B) Divulgue informaes pessoais na internet, desde que no sejam informaes bancrias.

    (C) Evite sites que sejam divulgados por e-mail, pois so falsos.

    (D) Leia o ttulo apresentado na primeira tela do site para garantir a segurana.

    (E) Execute operaes de qualquer natureza na internet apenas se o site for confivel.

    QUESTO 50

    Anvisa determina novas regras para receita de antibitico

    A Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa) aprovou nova norma para venda de antibiticos no pas -- a resoluo RDC n20/2011. A dispensao sob prescrio mdica e reteno da receita continuam valendo, mas a primeira via do receiturio ficar com o paciente e a segunda ser retida na farmcia. Antes da norma, o paciente ficava com a segunda via.

    Agora, o mdico tambm precisa especificar a idade e o sexo do paciente na receita. O fato do paciente ficar com a primeira via do documento tende a lhe garantir mais segurana. Isso porque alguns mdicos ainda no haviam se habituado a prescrever antibiticos em duas vias e, como o documento era retido, a pessoa ficava sem cpia. A partir de agora, os profissionais da sade acabam sendo obrigados a esse procedimento.

    (http://www.scms.org.br/noticia.asp?codigo=1144&COD_MENU=73. Acesso em 30/01/2013.)

    De acordo com o texto, a mudana no procedimento de venda de antibiticos no pas beneficiar:

    (A) Os mdicos, pois exclui a necessidade de elaborar duas receitas.

    (B) As farmcias, pois torna o lucro maior.(C) Os pacientes, pois garante que possuam as

    instrues de uso dos antibiticos prescritos.(D) Os fabricantes de remdio, pois exclui a necessidade

    de o medicamento conter bula.(E) Os farmacuticos, que agora podem receitar

    antibiticos.

    QUESTO 51

    Leia o texto abaixo:

    Minha questo s uma: se no se quer controle (acho que seria um horror; censura imprensa coisa de ditaduras) e se se diz que os ofendidos devem procurar a justia, o que fazer quando a justia condena a mdia (ou algum jornalista)?

    Os jornalistas e os meios tm uma arma: publicam que esto sendo perseguidos. E quais so os meios que tm os eventualmente injustiados pela mdia? Publicar matria paga? Algum tem ideia de quanto custa meia pgina de um jornal ou de uma revista (nem falo do tempo na TV), caso se queira desmentir uma notcia?

    Uma sociedade democrtica deve defender a liberdade de expresso. bvio. Mas deve ter mecanismos para permitir que os cidados no sejam injustiados? Parece ainda mais bvio.

    (Adaptado de POSSENTI, Srio. Pimenta refresco in http://terramagazine.terra.com.br/blogdosirio/blog/2012/12/20/pimenta-e-refresco. Acesso em 13/01/2012.)

    O enunciador defende que se deve:

    (A) Estabelecer uma censura mnima para os meios de comunicao, proposta por rgos do governo federal.

    (B) Incentivar a publicao na mdia de toda e qualquer informao, mesmo que se deva recorrer a fontes ilcitas.

    (C) Manter a liberdade de imprensa, mas garantir meios que permitam cidados que se sintam injustiados pela mdia recorrer legalmente.

    (D) Defender o direito dos meios de comunicao, vtimas indefesas da opinio pblica e dos rgos de controle de imprensa.

    (E) Criticar os processos movidos contra a imprensa, sinnimos de interferncia do Estado na democracia.

    QUESTO 52

    Leia o trecho abaixo:

    Ao longo do sculo XIX, a prtica da capoeira, ao proporcionar um outro lugar social para o negro que no o de escravo (refiro-me aqui aos capoeiras que se alistavam na polcia, voluntria ou involuntariamente, ou queles que se tornavam capangas de polticos) e ao permitir ao negro diferenciar-se culturalmente do branco (por exemplo, quando por ocasio dos desfiles militares e patriticos, os capoeiras imiscuam-se e produziam um outro desfile com seus prprios movimentos corporais), enfim, ao tornar possvel um certo grau de autonomia do indivduo em relao a elite proprietria de escravos, introduz um elemento de desordem, constituindo-se ento como mais uma das contestaes ordem escravista (ao lado dos quilombos, das fugas, dos suicdios, etc).(REIS, Leticia Vidor de Sousa. A capoeira: de "doena moral" "gymnstica nacional". Rev.

    hist., So Paulo, n. 129-131, 1994 . Disponvel em http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-83091994000100016&lng=pt&nrm=iso. Acesso em

    28/01/2013.)

    SIMULADO ENEM | Pgina 21

  • De acordo com o texto, no sculo XIX, a capoeira:

    (A) Era um esporte praticado por escravos e senhores.(B) Foi uma prtica que possibilitou ao negro

    questionar a ordem escravista.(C) Possibilitou democraticamente direitos iguais a

    escravos e senhores.(D) Tornou-se celebrada pela populao livre como o

    primeiro esporte nacional.(E) Transformou-se em uma dana de carter

    exibicionista e democrtico.

    QUESTO 53

    Leia o trecho abaixo:

    Dentre os principais problemas posturais encontrados nas crianas e adolescentes, podemos destacar as trs principais que se relacionam com a coluna vertebral: hiperlordose, hipercifose e escoliose. Segundo os estudos de Marques: so vrios os fatores que predispe ao surgimento das alteraes na coluna, entre eles o uso da mochila. As crianas e adolescente que carregam a mochila com excesso de carga e distribudas assimetricamente, ou seja, em um dos lados mais peso do que no outro, aparecendo, principalmente, em mochilas de carregamento de apenas um lado, tendem a ter um desequilbrio corporal e para voltar ao estado de equilbrio, muitas vezes, utilizam de compensao da coluna vertebral para realizar o auxlio no carregamento dessas sobrecargas encontradas nas mochilas escolares e, com isso, tendem a apresentar desvios na coluna vertebral.(Adaptado de CHRISTEN JUNIOR, Edson Ivo; NASRIO, Jlio Cesar. Educao postural

    para a sade. Disponvel em http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/4500_2328.pdf. Acesso em 27/01/2013.)

    Levando em considerao o texto acima, o modelo de mochila mais adequado para ser carregado por crianas e adolescentes seria:

    (A)

    (B)

    (C)

    (D)

    (E)

    QUESTO 54

    Leia o texto abaixo:

    O muro do lado do bar onde aconteceu a primeira chacina do ano estava pichado. Quem no pode falar escreve. "Unidos venceremos as batalhas da vida". Versos do rapper que acabou de lanar o primeiro CD, depois de muitos anos de batalha, o mesmo rapaz que tem um av chamado Lino, uma esposa chamada Raiane, um filho chamado Ryan e uma me chamada Lilian.

    Um verso de esperana de um jovem que no sabia que por estar num bar sua vida estaria atrelada primeira chacina do ano.

    "Nunca desista nem se sinta inferior, seja forte, seja nobre, um guerreiro lutador". Letra do grupo de rap do DJ Lah, tambm presente no bar, o ltimo lugar em que estaria com vida. A presso pra fazer algo grande, nem sempre externa, mas o dono da padaria pergunta se no vamos fazer nada, a me de um amigo me para na rua e diz:

    - No somos animais, no somos ratos para morrer assim.

    (FERRZ. Quem no pode falar escreve. O Estado de S. Paulo. 13/01/2013.)

    O texto revela duas funes sociais do rap:

    (A) Esquecer as injustias e justificar o individualismo.(B) Garantir um emprego justo e ensinar a ler.(C) Investigar a violncia e perdoar os agressores.(D) Impedir a violncia e incentivar o entretenimento.(E) Manter viva a esperana e despertar a luta pelos

    direitos da comunidade.

    SIMULADO ENEM | Pgina 22

  • QUESTO 55

    [] a grande maioria dos nossos fregueses l o folheto de cordel cantando. Como a gente l, eles aprendem as msicas dos violeiros, e eles cantam aquilo. [] E, em casa renem uma famlia, trs, quatro, e cantam aquilo, como violeiro mesmo [] O folheto tem esta doura do verso. E o povo nordestino se acostumou a ler o verso. Ento o livro em prosa mesmo, ele no gosta e nem gosta do jornal, a notcia do jornal. [] Ele no entende. [] Porque est acostumado a ler rimado, a ler versado. [] Aquela notcia no boa para ele, o folheto sim, porque o folheto ele l cantando.

    (Apud Mrcia Abreu. Ento se forma a histria bonita Relaes entre folhetos de cordel e literatura erudita. In: Horizontes Antropolgicos. Porto Alegre, n. 10, n.22, p. 200, jul/dez

    2004. p. 200).

    O depoimento acima, do poeta Manoel de Almeida Filho, publicado em 1979 por Mrio Almeida, afirma que o folheto de cordel por

    (A) Sua dificuldade, era pouco lido pelo pblico.(B) Sua circulao oral e rimada, correspondia s

    preferncia da comunidade.(C) Sua estrutura em versos, era menos lido que os livros

    em prosa.(D) Seus temas populares, no podia ser considerado

    elemento cultural.(E) Sua estrutura em prosa, foi substitudo pelas novelas

    televisivas.

    QUESTO 56

    Leia o texto abaixo:

    No dia seguinte, Fabiano voltou cidade, mas ao fechar o negcio notou que as operaes de Sinh Vitria, como de costume, diferiam das do patro. Reclamou e obteve a explicao habitual: a diferena era proveniente de juros.

    No se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. No se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mo beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!

    O patro zangou-se, repeliu a insolncia, achou bom que o vaqueiro fosse procurar servio noutra fazenda.

    A Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. No era preciso barulho no. Se havia dito palavra -toa, pedia desculpa. Era bruto, no fora ensinado.

    (Graciliano Ramos. Vidas Secas. 64a edio. Rio de Janeiro: Record, 1993.)

    Vidas Secas, de Graciliano Ramos, foi publicado pela primeira vez em 1938. No trecho acima, pode-se verificar simbolicamente uma crtica direta:

    (A) explorao do empregado pelo patro, o que gera em Fabiano um sentimento de revolta abafado, no entanto, pelas condies sociais de explorao.

    (B) ignorncia da classe trabalhadora que, no sendo capaz de calcular seu salrio, acaba culpando injustamente o patro.

    (C) Ao machismo de Fabiano, personagem vaqueiro, que desconsidera as contas feitas pela esposa, Sinh Vitria, preferindo acreditar no patro.

    (D) escravido africana no Brasil, ainda perceptvel na poca de publicao do livro, o que desqualificava o trabalho assalariado.

    (E) Ao atraso brasileiro em relao aos pases industrializados, devido predominncia do trabalho agrcola mecanizado.

    QUESTO 57

    Leia o texto abaixo:

    Enquanto eu tiver perguntas e no houver resposta continuarei a escrever. Como comear pelo incio, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pr-pr-histria j havia os monstros apocalpticos? Se esta histria no existe passar a existir. Pensar um ato. Sentir um fato. Os dois juntos sou eu que escrevo o que estou escrevendo. Deus o mundo. A verdade sempre um contato interior inexplicvel. (LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela. 23a. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995. p.

    15)

    No trecho acima, parte de uma romance de Clarice Lispector, h predominncia da Funo:

    (A) Conativa, o narrador tenta convencer o leitor a ler o livro.

    (B) Referencial, pois o narrador descreve o cenrio em que se passar o enredo.

    (C) Potica, pois o sentimentalismo romntico predominante.

    (D) Metalingustica, o narrador escreve especulando sobre o prprio ato de escrever.

    (E) Ftica, pois o narrador tenta apenas entreter o leitor com frases sem sentido.

    QUESTO 58

    Vcio na fala

    Para dizerem milho dizem mio

    Para melhor dizem mi

    Para pior pi

    Para telha dizem tia

    Para telhado dizem teado

    E vo fazendo telhados(Oswald de Andrade. Pau Brasil, facsimile da 1a. Ed, de 1925. Caixa Modernista, Edusp,

    2003, p. 33.)

    SIMULADO ENEM | Pgina 23

  • Uma das propostas da Gerao de 1922 do Modernismo brasileiro foi a utilizao de expresses da fala na poesia. No poema acima de Oswald de Andrade, o registro potico da variedade lingustica de determinado grupo social auxilia a construo de uma imagem:

    (A) Estigmatizada da lngua portuguesa, revelando os erros grosseiros cometidos pelo povo.

    (B) Sincrtica da lngua portuguesa ao mostrar a influncia do tupi.

    (C) Idealizada da lngua portuguesa, nica a no possuir dialetos.

    (D) Romntica da poesia ao afastar sua linguagem da fala do cotidiano.

    (E) No estigmatizada das variedades que compem a lngua portuguesa falada no Brasil.

    QUESTO 59

    (http://motordream.uol.com.br/noticias/ver/2011/02/09/saiba-como-e-quanto-o-alcool-afeta-a-direcao. Acesso em 30/01/2013.)

    Apesar dos avanos tecnolgicos, o outdoor ainda uma estratgia de comunicao amplamente utilizada. O outdoor acima, fixado em rodovias, cumpre sua funo persuasiva, pois a imagem identifica o tema (direo e bebida), fazendo com que o leitor cont