Síndrome de Icabode

9
Síndrome de Icabode I Sm 4.12-22 Intr.: - O que é síndrome. Qual o significado do nome Icabode - O contexto histórico - A tragédia em seqüência. A tragédia maior. Proposição: A vida perde o brilho quando se vive longe da presença de Deus. Interrogação: Quais os sintomas, sinais no texto que indicam uma vida longe de Deus? 1. Liderança, paternidade negligente - Não havia intercessão, mas um conformismo com a situação - Com Eli aprendemos que “só falar com os filhos não adianta” - Não tinha discernimento 2. O pecado que se torna uma prática na família - Seus filhos não conheciam ao Senhor - Foram chamados de “filhos de Belial” - Desprezavam o culto e a oferta ao Senhor 3. Fé imatura do povo - Colocar a fé em qualquer coisa ou pessoa - Dar crédito a qualquer doutrina ou ensino que contradiz as Escrituras - Trocam o Senhor por algo palpável ou visível

Transcript of Síndrome de Icabode

Page 1: Síndrome de Icabode

Síndrome de IcabodeI Sm 4.12-22Intr.: - O que é síndrome. Qual o significado do nome Icabode- O contexto histórico- A tragédia em seqüência. A tragédia maior.

Proposição: A vida perde o brilho quando se vive longe da presença de Deus.

Interrogação: Quais os sintomas, sinais no texto que indicam uma vida longe de Deus?

1. Liderança, paternidade negligente- Não havia intercessão, mas um conformismo com a situação- Com Eli aprendemos que “só falar com os filhos não adianta”- Não tinha discernimento

2. O pecado que se torna uma prática na família- Seus filhos não conheciam ao Senhor- Foram chamados de “filhos de Belial”- Desprezavam o culto e a oferta ao Senhor

3. Fé imatura do povo- Colocar a fé em qualquer coisa ou pessoa- Dar crédito a qualquer doutrina ou ensino que contradiz as Escrituras- Trocam o Senhor por algo palpável ou visível

Page 2: Síndrome de Icabode

“As Escrituras Sagradas”

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO

O estudo de doutrinas deve começar pelo conceito que temos sobre a Bíblia. Ela é a fonte de autoridade, para nós em matéria de religião. Não podemos discutir nada sem sua orientação. Comecemos por aqui. Eis o tópico primeiro da Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira: Escrituras Sagradas.

A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana. 1 É o registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos homens.2 Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por homens inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo.3 Tem por finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os pecadores à salvação, edificar os crentes e promover a glória de Deus.4 Seu conteúdo é a verdade, sem mescla de erro, e por isso é um perfeito tesouro de instrução divina.5 Revela o destino final do mundo e os critérios pelo qual Deus julgará todos os homens.6 A Bíblia é a autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem ser aferidas as doutrinas e a conduta dos homens.7 Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus Cristo.8

1 Sl 119.89; Hb 1.1; Is 40.8; Mt 24.35; Lc 24.44,45; Jo 10.35; Rm 3.2; 1Pe 1.25; 2Pe 1.212Is 40.8; Mt 22.29; Hb 1.1,2; Mt 24.35; Lc 16.29; 24.44,45; Rm 16.25,26; 1Pe 1.253 Ex 24.4; 2Sm 23.2; At 3.21; 2Pe 1.214 Lc 16.29; Rm 1.16; 2Tm 3.16,17; 1Pe 2.2; Hb 4.12; Ef 6.17; Rm 15.45 Sl 19.7-9; 119.105; Pv 30.5; Jo 10.35; 17.17; Rm 3.4; 15.4; 2Tm 3.15-176 Jo 12.47,48; Rm 2.12,137 2Cr 24.19; Sl 19.7-9; Is 8.20; 34.16; Mt 5.17,18; At 17.11; Gl 6.16; Fp 3.16; 2Tm 1.138 Lc 24.44,45; Mt 5.22,28,32,34,39; 11.29,30; 17.5; Jo 5.39,40; Hb 1.1,2; Jo 1.1,2,14

Primeira afirmação: a Bíblia é a Palavra de Deus. É fonte de autoridade em matéria de religião. Mórmons: Livro do Mórmon; Adventistas: Ellen White. Para nós, a Bíblia. A Declaração é indicativa, não normativa. AT: 2.100 vezes “Assim diz o Senhor” e assemelhados. Escrita por homens sob inspiração divina. Testemunho dela sobre si: Is 40.8 e Mt 7.4-7. Seus resultados: Is 55.1 e Jo 20.31(levar a crer). Não é para curiosidades. Tema central: o amor de Deus pelo homem.

Segunda afirmação: sua mensagem. Não é dar informações, mas revelar Deus. Para nosso bem: Rm 15.4. Ela tem grande valor cultural e histórico, mas o maior valor está no seu sentido espiritual. Este só pode ser assimilado pela fé: Sl 145.18, Jr 29.13 e Hb 11.6. É preciso uma atitude de fé. As coisas de Deus são discernidas pela fé: 1Co 2.14.

Terceira afirmação: sua interpretação. Há verdades bem simples. Salvação, o amor de Deus, seu cuidado, tudo isso é simples. Mas há verdades profundas. Problemas de cronologia, geografia, cultura, língua, etc. demanda estudo. Não é preciso ser teólogo para entendê-la, mas deve haver cautela em afirmações bombásticas, de gente que viu o que nunca foi visto antes. Jesus Cristo é a chave. A Bíblia é um testemunho sobre ele: Jo 20.30-31.

Quarta afirmação: nesta interpretação, dois aspectos precisam ser levados em conta.  O

primeiro é que a Bíblia é um livro humano. Condicionada pela cultura, vocabulário, etc.. Por exemplo: o mundo é visto como uma casa com sobrado e porão. O porão é o mundo dos

Page 3: Síndrome de Icabode

mortos, o primeiro andar é onde vivemos e o superior é o nível das entidades espirituais. Alguns trechos são pastoris, outros são monárquicos. O segundo é que a Bíblia é um livro divino: 2Pe 1.21 e 2Tm 3.16. “Inspirada” vem do grego theopneustos, que significa “soprada por Deus”. Por isso ela é inerrante. Mas não devemos ver nela conceitos científicos ou que fujam ao propósito espiritual.

Quinta afirmação: o propósito do conhecimento da Bíblia.

(1) Fortalecimento e firmeza da fé: 2Tm 3.14-14.

(2) Capacitação para compartilhar. O que aprendemos devemos compartilhar: 2Tm 4.2.

(3) Uma vida de sobriedade e de serviço a Deus: 2Tm 4.5.

O NOVO TEÓLOGO DA VEJA

Isaltino Gomes Coelho Filho

                Assino a “Veja” há anos. Gosto de lê-la e sua chegada em casa (em Macapá, três ou

quatro dias após surgir nas bancas – se o entregador não erra o endereço) é bem saudada. Junto

com outras publicações, ela defende um Estado soberano, democrático, de leis e ordem, que

alguns que pensam em democracia como a imposição de suas idéias rejeitam (os que sabem o

que é melhor para o povo – na melhor aristocracia platônica, mas de esquerda). São os que

querem a democratização da imprensa (controlada pela máquina partidária) e que falam em

monopólio da informação, esquecidos que monopólio alude a um, e que havendo muitos poderia,

na pior das hipóteses, se chamar oligopólio. Nem a língua portuguesa o pessoal saber usar.  Bem,

há quem goste de “muito pouco”, ao invés de “pouquíssimo (se algo é pouco não é muito).

                 O problema são alguns colunistas que desejam teologar. Acho isso incrível. A turma não

quer a Igreja Católica e as igrejas evangélicas opinando sobre a vida secular, mas quer o direito de

ditar à Igreja e às igrejas uma agenda. Querem um estado leigo (o que quero também), mas

querem uma igreja secularizada.

Primeiro foi Maílson da Nóbrega, que saindo de sua área de conhecimento, Economia, onde é

muito bom, postou o artigo “Falácias e verdades”, na “Veja” de 26.9.11. Afirmou que a Bíblia dizia

que o Sol girava ao redor da terra e assumiu a versão burlesca e falsa do julgamento de Galileu,

que teria murmurado entre os dentes “Mas ela se move”. Mentira e burla que detratores da Igreja

espalharam. O Dr. Maílson alcandorou à esta patacoada o senso de fato. Respondi-lhe no artigo

“Falácias e verdades ou: Maílson da Nóbrega, pergunte antes de afirmar” (ver no site

www.isaltino.com.br).

Page 4: Síndrome de Icabode

Impressiona como as pessoas falam bobagens sobre a Bíblia, sobre o cristianismo e sobre a Igreja

e as igrejas sem conhecer nada. Meu desencanto total com a maçonaria se deu com a leviandade

habitual de um “maçonólogo” (cada uma que aparece!) que escreveu um artigo ridículo sobre o

Livro de Enoc, como eles grafam, com um monte de tolices, ignorâncias e mentiras tão grotescas

que só fanatizados aceitam. Ignorante de que há vários livros atribuídos a Enoque, o autor fala de

um só, que a Igreja tirou do cânon porque ia contra sua posição teológica. Poucas vezes, em tão

poucas linhas, vi tanta bobagem junta. Enviei uma carta à redação da revista e entreguei cópias a

vários maçons de destaques. Como uma instituição que diz prezar a verdade publica tanta

bobagem, com ar de pesquisa? O maçonólogo, que não é “verdadólogo”, continua ditando

escrevinhação! Isso me aborrece! O mundo é medíocre, inculto, desconhece fatos e insiste em

afirmar abobrinhas em alto e bom som!

Na “Veja” de 7.8.13, J. R. Guzzo escreveu “Pensamento simples”. Assume o papel de “teólogo” que

dita à Igreja uma agenda que ele acha correta. Uma questão deve ser estabelecida desde o início:

a Igreja é a única instituição sobre a face da terra que reivindica autoridade divina. Se o pessoal

concorda ou não, se gosta ou não, não vem ao caso. Mas se a Igreja e as igrejas perderem essa

noção de substância, nada podem fazer. Nivelam-se a qualquer outra instituição. Sequer merecem

o espaço que lhe dão. Não compete aos de fora ditarem a agenda da Igreja e das igrejas. Parece-

me com a postura do “cristianismo alemão” e das igrejas controladas em países comunistas:

“Vocês pregam o que nós dizemos”. Não querem os palpites da Igreja? Recusem-nos. Mas não

deem seus palpites à Igreja.

Guzzo afirma que a Igreja deve cumprir o Sermão da Montanha, que ela nunca cumpriu, e que é “o

texto mais importante do Evangelho”. Ele deve possuir um “importantômetro”, que mede o grau

de importância das passagens bíblicas. E não deve ter lido todo o Novo Testamento para uma

visão global de seu ensino, e assim não entendeu o Sermão do Monte quando o leu. Sua função,

no evangelho de Mateus, é mostrar aos cristãos de pano de fundo judaico, que a antiga ordem já

passou. “Moisés disse” é trocado por “Eu, porém, vos digo”. “Ouvistes” é substituído por “Mas eu

vos digo”. Jesus estabelece que é o seu ensino e não a bagagem passada que deve ser carregada.

Tanto que o ponto de julgamento (Mt 7.24-27), não é mais a Torah,  a lei dos judeus, mas “estas

minhas palavras”. Findo o sermão, a multidão se admira da qualidade do seu ensino, em oposição

aos dos fariseus, cerne teológico do judaísmo. Estes transformaram a religião em matéria de ritos,

gestos, roupas pomposas, celebrações teatrais. Jesus a traz para o interior. “Tu, porém, entra em

teu quarto”.  Até o “Pai nosso” deveria ser recitado na vida privada, e não na praça. Jesus

internalizou a religião, tirando-a da gestualidade teatral que inclusive sucede nas viagens papais e

em algumas seitas neopentecostais, em que a entrada do pastor é saudada com o toque do

shophar, cena para lá de grotesca!

Lendo todo Mateus, Guzzo terá uma noção melhor do papel do sermão do monte, por que está ali,

enquanto que, em Lucas, se localiza em outro momento histórico. Os dois evangelistas usaram-no

Page 5: Síndrome de Icabode

em seus contextos literários, inserindo-os como parte (e não a totalidade) da mensagem cristã,

mostrando que sua ética permeia o evangelho, mas não é a essência do evangelho.

Ao dizer que ela nunca cumpriu o Sermão da Montanha, ele ignora fatos. A Igreja teve falhas

enormes, mas humanizou o mundo. Quantos hospitais, trabalhos com hansenianos, ajuda a

mendigos, e apoio a necessitados a Igreja e as igrejas têm cumprido! Guzzo ignora a luta social de

Wilberforce. Ignora Madre Teresa da Calcutá. Ignora Martin Luther King Kr, com sua resistência

pacífica, tirada do Sermão. Quando a polícia veio agredir os negros, King mandou que se

sentassem e apanhassem. Ali eles venceram! Guzzo ignora Visão Mundial, Compassion, o trabalho

de Charles Colson pela humanização dos presídios. Ignora Schweitzer, ambulatórios e escolas para

carentes feitos pela Igreja e pelas igrejas. Até mesmo a Ordem Franciscana. Ignora que o trabalho

dos batistas tirou mais gente do crack que a política de tolerância governamental. Que nossos

orfanatos mudaram o destino de mais crianças que a Fundação Casa. Vamos fazer um

levantamento?

Lendo o Novo Testamento, Guzzo verá que o mais importante da Bíblia não é sua ética, mas a obra

de Jesus Cristo efetuada na cruz. Pode não gostar disso, mas não faz diferença porque é isso. Não

gosto de Marx, mas não posso dizer que Marx ensinou o que eu acho que ensinou, e que destoa do

que ele escreveu. Os quatro evangelhos terminam com a morte e a ressurreição de Jesus. As

cartas do Novo Testamento, bem como o livro de Atos tratam deste assunto, como sendo a

culminância do judaísmo e o tema central do cristianismo. O judaísmo é o vinho velho. Em Jesus

chega o vinho novo. Paulo disse que o evangelho é isto: “Cristo morreu pelos nossos pecados,

segundo as Escrituras e ressuscitou dos mortos segundo as Escrituras”. O mais importante na

Bíblia, Sr. Guzzo, é a pessoa de Jesus, e não uma parte de seus ensinos. A igreja de Cristo foi

fundada com base nesta pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Não foi “Que achais do

Sermão do Monte?”.

O autor encerra o artigo falando sobre o Sermão da Montanha: “’… é nele que Cristo ensina que o

homem tem que ser honesto, tolerante e generoso, tem de dizer a verdade, saber perdoar e

buscar a justiça, viver em paz e amar o próximo”. Jesus não precisaria vir o mundo para dizer isto.

Foi dito no Antigo Testamento, e com muito mais ardor pelos profetas que por ele. Dizem as

pessoas sem muita noção: “Ele foi morto porque pregou o amor e a paz”. Engano. Para que morrer

por dizer isto se isto fora dito milhares de vezes, antes? Ele ensinou a si mesmo, não uma verdade

atrás da qual se escondeu. Lendo os evangelhos, se verifica que o tema de Jesus foi Jesus. Praticar

sua ética é consequência de crer em sua pessoa e comprometer-se com ela.

Quanto à tolerância com gays, a opção pelo celibato e a negação do concubinato (viver com outra

pessoa sem ser casada com ela – políticos casados não têm mais amantes, mas namoradas),

desculpe. Sr. Guzzo, não lhe compete dizer à Igreja o que fazer. A questão não é “não pode isso

não pode aquilo”. A questão é de valores que a Igreja adotou, e em que sua cosmovisão fazem

sentido (as questões de varejo) porque mexem na questão do atacado. Não é tão simples assim.

Page 6: Síndrome de Icabode

Não entender isso é ser simplório. A Igreja teria que mudar em cada geração, perderia sua

autenticidade, voaria ao sabor dos ventos, nada teria a dizer ao mundo. O simples é isto: ela é voz

de Deus ou eco da voz dos homens?

Sobre seu argumento que parece ser o desencadeador da argumentação, quando o Papa diz que

“Se uma pessoa é gay, procura o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?”. É uma

pergunta retórica. Qualquer um pode buscar ao Senhor. É óbvio. Mas há comportamentos que a

Bíblia diz que o Senhor não aceita. E a Igreja e as igrejas não têm autorização para uma nova

Bíblia. Soa confuso? É simples: a Igreja não se vê como uma ONG criada para satisfazer as pessoas

e massagear seu ego. Ela tem valores muito ricos, que vêm de milhares de anos, não pode se

pautar pelas novidades que surgem. Ela já foi usada, indevidamente, para defender a escravidão e

a violência. Como a frase de José de Anchieta: “espada e vara de ferro, que é a melhor pregação”.

O contexto cultural de Anchieta adaptou a mensagem do evangelho. A Igreja de verdade, muitas

vezes, terá que ir contra a cultura vigente. O verdadeiro evangelho refuta essas práticas. Como o

infanticídio, a poligamia e o canibalismo eram práticas sociais aceitas e saudáveis, até que o

evangelho as condenou. Sempre haverá choque entre os valores da Igreja e os do mundo. Por

causa da maciça propaganda gay, o homossexualismo está em alta. Quem discorda (mesmo sem

combater) é homófobo. Parece que a única virtude válida hoje é a tolerância, vista como uma

caminhada na direção da ditadura do pensamento único, que abole a concepção de democracia.

Só que a tolerância é sempre com os do mesmo lado. Podemos ser chamados de

”fundamentalistas” por gente que sequer sabe a origem do termo. Mas se chamarmos alguém do

outro lado de “devasso”, estamos em maus lençóis. Se discordo de alguém, sou preconceituoso.

Se alguém discorda de mim, usa de seu direito de expressão. É a pasteurização conceitual.

O que querem não é a humanização da Igreja, mas seu amordaçamento. Ela é vista como quem

deve apoiar tudo o que os homens fazem, pois sua função é tornar pessoas felizes. Isso é ser

simplório. Adaptar a mensagem do evangelho às épocas e aos quereres humanos simplesmente a

aniquilaria. Se é para dizer que tudo é certo e que podem fazer o que quiserem que a Mamãe

Igreja perdoa os filhinhos, ela não é necessária. Em tempo, sou protestante. A igreja não me é

mãe, mas irmã.

A Igreja e as igrejas não devem buscar popularidade e aplauso do mundo. A multidão que gritava

“Hosana ao Filho de Davi”, menos de uma semana depois gritava “Crucifica-o!”. Como ministro

religioso não busco aplausos. Nem do rebanho que Deus me confiou. Busco ensinar o que a Bíblia

diz. As pessoas devem obedecê-la e não tenho autoridade para ajustá-la ao querer humano. Quem

não concordar não concorde. Da mesma forma com a Igreja. Quem não concorda com ela,

paciência. O que não se pode é ter uma Igreja para cada tipo de pessoa. A concepção dominante,

aqui, é o conceito de Igreja. Ela tem origem espiritual, com valores eternos, ou é uma instituição

humana? Ela tem uma mensagem da parte de Deus aos homens ou é um organismo que toma

decisões pela opinião pública e assim revê seus valores pelo viés da vontade humana? É a Bíblia

ou o Ibope?

Page 7: Síndrome de Icabode

Críticos da Igreja e das igrejas: vocês já tentaram ouvir? Já lhes passou pela cabeça que podem

estar errados e que devem acatar a primeira mensagem da igreja cristã? Em tempo: a primeira

mensagem da igreja cristã não foi o amor, mas o chamado ao arrependimento, à mudança de

atitudes e uma nova vida com Deus. Já pararam para pensar que devem mudar de vida? Há uma

possibilidade mínima de que estejam errados, em seu culto a si e aos seus desejos?

Releia o Sermão da Montanha, Dr. Guzzo. Leia as cartas do Novo Testamento. Veja o todo para

entender a árvores. Absolutizar o ensino do Sermão da Montanha é ver uma folha e pensar que viu

a floresta.

Meus respeitos. Já li muito do senhor, e admiro sua competência. É a primeira coluna que leio na

Veja.  Continuarei lendo e respeitando como intelectual que me instrui. Continuo lendo Maílson da

Nóbrega. Que é competente. Só não leio mais o Xico Trolha por causa do seu Enoc. Deste pulei

fora. Leviandade me agasta.

 

Do meu leito, na Unimed de Macapá,

Isaltino Gomes Coelho Filho

Isaltino Gomes Coelho Filho: A importância da Bíblia para a FamíliaA Bíblia não é um livro embolorado nem o mero registro de coisas antigas. É o livro que vem de Deus, tendo o Espírito Santo como autor último

Deuteronômio 6.1-4 é um dos textos mais ricos da Bíblia. O versículo 4, denominado de “shemá”, é para os judeus o que João 3.16 é para nós. É a doutrina da unicidade de Deus, a mais profunda do judaísmo. O Deus Único revelou “estatutos e mandamentos” para que “tu, teu filho e o filho do teu filho” guardem todos os dias da vida (v. 2). É um princípio válido também para nós. O Deus Único, que se revelou em Jesus, deixou sua Palavra para que a guardemos, nós e nossos filhos.

A observância da Palavra Revelada prolongaria os dias da nação. Quando Israel e Judá, os reinos divididos, se afastaram da Palavra veio a ruína dos dois. A Palavra de Deus é fonte de vida, de preservação da família e até mesmo da sobrevivência nacional. Para uma família, particularmente, a Bíblia é de extremo valor. Ela molda o caráter das crianças, dá aos pais orientações sobre como criar os filhos no bom caminho, e instrui em todas as áreas da vida! Provérbios, por exemplo, é fascinante! Como é atual, com recomendações sobre sexo, trabalho, bebida, lazer, ira, fidelidade conjugal, criação dos filhos, etc.

A Bíblia não é um livro embolorado nem o mero registro de coisas antigas. É o livro que vem de Deus, tendo o Espírito Santo como autor último (2Pe 1.21). Ela vem do Deus que criou o homem e constituiu a família (Gn 2.18-24) e que, encarnando-se, escolheu uma família onde nasceu e foi criado (Lc 2.51). A Trindade ama a família e Deus Filho viveu em uma família. A Bíblia é a Palavra de alguém que ama a família.

Page 8: Síndrome de Icabode

Que nenhuma família batista deixe de ter a Bíblia como sua regra de fé e conduta. Que ela seja lida, amada e vivida em nossos lares. A casa que tem a Escritura como norma está firmada sobre a rocha. Não será derrubada (Mt 7.24,25). A que não a tem corre riscos (Mt 7.26,27).