Sintese 7

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Síntese da Sessão 7 Foram objectivos desta sessão: Cruzar o tipo de informação resultante da auto-avaliação da BE nos seus diferentes Domínios com os Campos e Tópicos estabelecidos pela IGE, nos quais aquela informação deve ser enquadrada. Explorar potencialidades de transferência e comunicação para o exterior dos resultados de avaliação apurados no processo de auto-avaliação da BE e incorporados na auto-avaliação de cada escola, para a avaliação externa realizada pela IGE. Foram leituras obrigatórias: Guia da sessão: o MAABE - metodologias de operacionalização (conclusão) ME/IGE - Tópicos para a apresentação da escola: campos de análise de desempenho ME/IGE - Relatórios da Avaliação Externa das Escolas 2006/07, 2007/08 e 2008/09 As tarefas propostas consistiram: Actividade nº 1: Elaboração de um quadro que permita cruzar o tipo de informação resultante da auto-avaliação da BE nos seus diferentes Domínios com os Campos e Tópicos estabelecidos pela IGE, nos quais aquela informação deve ser enquadrada. Actividade nº 2: Em simultâneo decorreu na Plataforma ao longo da sessão um Fórum de discussão, no qual se esperava que cada formando apresentasse, tendo por base a amostra de relatórios de avaliação externa, uma análise e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE nesses relatórios.

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Síntese da Sessão 7

Foram objectivos desta sessão:

Cruzar o tipo de informação resultante da auto-avaliação da BE nos seus

diferentes Domínios com os Campos e Tópicos estabelecidos pela IGE, nos quais

aquela informação deve ser enquadrada.

Explorar potencialidades de transferência e comunicação para o exterior dos

resultados de avaliação apurados no processo de auto-avaliação da BE e

incorporados na auto-avaliação de cada escola, para a avaliação externa realizada

pela IGE.

Foram leituras obrigatórias:

Guia da sessão: o MAABE - metodologias de operacionalização (conclusão) ME/IGE - Tópicos para a apresentação da escola: campos de análise de desempenho ME/IGE - Relatórios da Avaliação Externa das Escolas 2006/07, 2007/08 e 2008/09

As tarefas propostas consistiram:

Actividade nº 1:

Elaboração de um quadro que permita cruzar o tipo de informação resultante da auto-avaliação

da BE nos seus diferentes Domínios com os Campos e Tópicos estabelecidos pela IGE, nos quais

aquela informação deve ser enquadrada.

Actividade nº 2:

Em simultâneo decorreu na Plataforma ao longo da sessão um Fórum de discussão, no qual se

esperava que cada formando apresentasse, tendo por base a amostra de relatórios de

avaliação externa, uma análise e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE

nesses relatórios.

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Realização das tarefas:

Em relação à realização das tarefas, podemos considerar que esta turma está de

parabéns. Participaram com pontualidade na unidade, com excepção da Maria Cristina Rosa,

Dora Gomes e da Graça Louro. Uma vez mais as formandas Vera Monteiro e Paula Oliveira

realizaram o trabalho em conjunto, contrariando as indicações dadas na primeira sessão e as

orientações do guia da sessão.

Síntese da REALIZAÇÃO DA 1ª ACTIVIDADE (QUADRO)

A primeira parte da tarefa foi realizada sem grande dificuldade pelos formandos,

evidenciando mais diferenças na forma do que no conteúdo. Embora a análise nem sempre

tenha sido totalmente coincidente, o reconhecimento do papel da BE ao nível da auto-avaliação

da escola, para a qual tenta contribuir o Modelo de Auto-Avaliação das BE proposto pela RBE

tendo em vista a sua valorização, desenvolvimento e melhoria, e a inclusão da BE na

informação prestada às equipas de avaliação externa foi bastante bem trabalhada pela

generalidade dos formandos, com excepção dos formandos António Padeira, Carlos Matias e

Armandina Maia que o fizeram com alguma superficialidade.

Síntese do FÓRUM PARA A REALIZAÇÃO DA 2ª ACTIVIDADE (ANÁLISE E COMENTÁRIO

CRÍTICO)

Apesar de as apreciações estarem limitadas à exiguidade da amostra analisada, e todos

termos consciência de que este exercício não permite conclusões mais relevantes, foi notória a

conclusão generalizada em relação à pouca relevância que é atribuída às BE na maior parte dos

relatórios de avaliação externa analisados.

“Globalmente verificamos que são ainda muito poucas as referências feitas à biblioteca

nos relatórios observados. “ (Abílio Pires)

“Como conclusão final espero que esta minha amostra não seja representativa do

panorama nacional e que a criação da figura do professor bibliotecário associado à

implementação do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares de certeza que trará um

maior reconhecimento das Bibliotecas Escolares nos relatórios da Inspecção-Geral da Educação,

bem como a incorporação dos resultados da auto-avaliação das bibliotecas escolares na

avaliação interna global das Escolas/Agrupamentos. “ (Ana Paula Rodrigues)

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Mais “sorte” teve a Sandra Azevedo:” Em todos os relatórios analisados se podem

encontrar referências à Biblioteca Escolar, nomeadamente, aos projectos por ela dinamizados e

às actividades promovidas ou à sua função congregadora e orientadora de boas práticas.”

A maioria evidenciou a fraca valorização que lhes é dada quer pelas Direcções das

Escolas/Agrupamentos: “Fiquei surpreendida, quando ao terminar a leitura do Relatório de

Avaliação Externa do Agrupamento das Escolas X não encontrei nenhuma referência às BE.

Devido à proximidade geográfica, e ao facto de integramos com este Agrupamento a Rede de

Bibliotecas Escolares do Concelho de Y, sei que existem, pelo menos duas BE no Agrupamento. A

sua ausência neste relatório faz-me questionar qual a importância que a BE tem neste

Agrupamento. “ (Ana Furtado) ou “Talvez, quando as direcções sentirem a BE como parte

integrante plena da escola possam concretizar os relatórios de forma diferente, não olhando

tanto ao espaço físico da BE, mas mais ao conteúdo da mesma como complemento curricular.

Esta visão fará a diferença de vivenciar o ensino e dos resultados alcançados pelos alunos.”

(Carlos Matias);

Mas também pelos inspectores do IGE que ainda não têm em conta o potencial impacto

que as bibliotecas escolares produzem na construção de saberes dos alunos: “As bibliotecas são

referenciadas sobretudo ao nível do espaço físico, e não na perspectiva de estrutura

pedagógica. A IGE ainda não reconhece a BE como sendo um contributo essencial para o

sucesso educativo e um recurso fundamental para a aprendizagem. “ (Ana Paula Gomes)

embora a Anabela Valentim evidencie que na generalidade,” é de sublinhar, a forma quase

sempre predicatória com que a biblioteca surge caracterizada nos relatórios da IGE, denotando-

se como um serviço de oferta de qualidade.”

A inclusão da RBE com frequência como uma parceria – e não tanto como um programa

que promove parcerias, com ênfase na dimensão local (autarquia, biblioteca municipal,

cooperação entre bibliotecas escolares de diferentes agrupamentos/escolas) - foi também um

dos aspectos realçados.

Alguns dos formandos optaram por uma análise diacrónica, como a Filomena Azevedo

“pensando que os relatórios mais recentes talvez tivessem referências mais consistentes à

missão e desempenho da BE, na escola, como estrutura que contribui para a melhoria das

aprendizagens dos alunos, e, assim, de forma directa, para o sucesso escolar. As minhas

expectativas não se concretizaram, uma vez que as referências às três BEs que seleccionei se

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cingem praticamente às condições físicas, ao acervo documental e à disponibilização de serviços

que oferecem.”

A acção do Professor-Bibliotecário e o seu papel proactivo no âmbito da aplicação do

Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares será uma oportunidade que trará reflexos

positivos na qualidade e na eficiência dos serviços prestados.

“Associado a todos estes pontos surge inequivocamente o papel do professor bibliotecário, que

tem que ao mesmo tempo ter uma capacidade de liderança forte, associada a uma visão

estratégica, para conseguir realmente implementar o MAABE. Para finalizar quero apenas

referir, que apesar das poucas dúvidas com que me debatia, depois desta tarefa fiquei

plenamente consciente da importância do MAABE na vida de uma BE.” (Gracinda Silva)

“Caberá doravante ao professor bibliotecário advogar os serviços da biblioteca escolar,

utilizando o MAABE como uma ferramenta de gestão, essencial para a optimização da sua

qualidade. “ (Teresa Gonçalves)

Se conseguirmos enquadrar este processo de auto-avaliação no processo de Auto-

Avaliação do Agrupamento de Escolas estaremos a ir mais longe, pois, somente através desta

inserção, estaremos a levar à prática, uma política de gestão, verdadeiramente promotora do

sucesso educativo e da melhoria das aprendizagens.

Nos agrupamentos escolhidos parece que ainda há muito por fazer:” da leitura dos

relatórios depreende-se da necessidade da incorporação da BE no processo de auto-avaliação

da própria escola, pelo que a aplicação de um modelo de auto-avaliação das bibliotecas

escolares, que possibilite verificar qual o impacto da BE na dinâmica interna dos agrupamentos

referidos, é imprescindível.” (Paula Oliveira)

“Mais uma vez penso que poderei afirmar que o MAABE virá mudar a visão do papel da

Biblioteca nas nossas escolas.” (Cândida Matos)

“Esta pequena orientação levou-me a pensar que as escolas têm na verdade muita

responsabilidade na atribuição da importância e visibilidade que uma BE merece. Na

apresentação que a escola faz à IGE baseada nos Campos de Análise e nos seus Tópicos

Descritores a BE deve ser valorizada em todas as suas vertentes. “ (Teresa Gonçalves)

Sintetizando então esta relevante sessão da formação, o Professor Bibliotecário tem uma

árdua tarefa na implementação do Modelo de Auto-Avaliação para que este consiga evidenciar

o valor da BE junto da Direcção e da comunidade educativa. Para atingir esse objectivo, que se

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cruza intimamente com a missão do Professor Bibliotecário, é fundamental a adopção de

práticas de auto-avaliação baseadas em evidências.

Assim, devemos ter em conta que, nesta lógica, os documentos produzidos deverão cuidar

de respostas a estas questões:

Para quem existe a Biblioteca? Deverá caracterizar-se brevemente a escola/AE, sem

esquecer a sua comunidade escolar (alunos, docentes, discentes) e meio envolvente, e

resumir em dados claros as condições físicas (espaço, instalações, equipamentos), que

sendo importantes, não são o essencial, se pretendermos que a biblioteca seja

considerada como mais que instalações. Caracterizar a BE genericamente em termos de

área, equipamentos e serviços tendo em conta as necessidades dos utilizadores.

Para quê existe a Biblioteca? Tornar legível a articulação (desejada / efectiva) da missão

da Biblioteca com o Projecto Educativo da Escola/Agrupamento e o Projecto Curricular

de Escola. O Plano de Acção da BE acompanha em termos de acção estratégica o PEE da

Escola: a BE está, de facto, ao serviço da consecução dos grandes objectivos do PEE?

Avaliar se a dotação orçamental atribuída à BE correspondeu às suas reais necessidades,

tendo em conta o papel a desempenhar pela BE ao nível da consecução dos grandes

objectivos do PEE.

Sobre que actua a Biblioteca, e como? Práticas de trabalho colaborativo sobre o

curriculum com docentes e estruturas da escola/AE (órgãos de gestão de topo e

intermédios – departamentos, conselhos de docentes, conselhos de turma…).

Adequação da colecção aos requisitos curriculares (incluindo fontes digitais

seleccionadas/produzidas). Evidenciar o impacto da BE ao nível da aquisição de

diferentes competências literácicas por parte dos alunos, se tal estiver em causa ao nível

do PEE.

Com quem interage a Biblioteca? Salientar o papel da BE enquanto suporte das

actividades de ensino-aprendizagem e, em simultâneo, promotora da aquisição de

valores que conduzem ao exercício de uma cidadania crítica e à aprendizagem ao longo

da vida. Apoio ao trabalho lectivo e extra-lectivo dos docentes e/ou grupos autónomos

de alunos (no caso das ES), incluindo promoção da leitura e de literacias, e outros focos

transcurriculares (cidadania, educação para a saúde, etc), em sala de aula e fora desta

(biblioteca, recursos digitais disponíveis 24 h/7dias por semana, outros). Enquadrar as

actividades de formação de utilizador realizadas no início do ano lectivo para os novos

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utilizadores alunos e professores no contexto geral relativo a estratégias da Escola para

integrar os novos docentes. Referir o impacto da BE/o cumprimento das normas do seu

Regimento no desenvolvimento duma cidadania crítica e participativa ao nível dos

alunos.

Como se organiza a biblioteca (serviços, recursos)? Condições humanas e materiais,

problemas e soluções. Instalações e equipamento. Tendo como suporte as orientações

do Programa RBE, caracterizar o perfil do professor-bibliotecário e da equipa em termos

gerais, considerando a adequação dos mesmos às necessidades de funcionamento da

BE e às solicitações da comunidade educativa. Referir a importância da existência de um

Assistente Operacional ao nível da equipa da BE.

Colecção: adequação face ao curriculum e às necessidades dos utilizadores reais e

potenciais, organização, acessibilidade, política de desenvolvimento da colecção, política

e práticas de parcerias e de formas de colaboração. Avaliar a adequação/qualidade da

colecção da BE em função das grandes metas do PEE.

Com quem coopera a Biblioteca? Parcerias, redes, etc. Caracterizar genericamente o

trabalho desenvolvido em articulação com o SABE/grupo de trabalho concelhio,

referindo, se for o caso algumas formas de apoio daquele serviço à BE/Escola e até

parcerias mais formais, como a existência de um Catálogo Colectivo Concelhio. Referir os

incentivos à participação dos pais e caracterizar o seu grau de participação nas

actividades desenvolvidas pela BE.

Como avaliar, adequar e melhorar/qualificar a biblioteca? Plano de melhoria, tendo em

conta os níveis de desempenho e respectivos indicadores nos domínios e domínios do

Modelo de Autoavaliação, as áreas priorizadas e a priorizar, os instrumentos (referir a

realização da auto-avaliação da BE a partir do Modelo de Auto-Avaliação, podendo

disponibilizar-se em anexo o relatório de avaliação em questão) e modos de os aplicar

seleccionados e as formas de comunicação à comunidade desenvolvidas/a desenvolver.

Finalizada esta unidade, felicitamos todos os formandos pelo trabalho realizado.

As formadoras

Júlia e Margarida