A SOCIEDADE FEUDAL

A SOCIEDADE EUROPEIA SÉC. IX A XII

Era uma sociedade ruralizada, a maior parte da população vivia nos campos e a terra era a principal fonte de riqueza e de

poder.

As cidades quase se tinham despovoado e actividade comercial era muito reduzida.

Tratava-se sobretudo de uma economia de subsistência, não havia excedentes e cada região tinha que sobreviver com o que

produzia.

A sociedade medieval era marcada por profundas diferenças sociais:

- Havia um grupo de privilegiados que possuía a maior parte das terras e dispunha de muitos direitos e regalias:

Nobreza Clero.

- Os não privilegiados, constituíam a maior parte da população, viviam à beira da miséria.

Essas grandes diferenças sociais eram entendidas como naturais. Considerava-se que Deus, ao fazer o mundo,

dividira as pessoas em três grupos sociais, com funções bem determinadas:

- Um grupo que rezava para obter a protecção divina e a salvação das almas (clero).

- Outro combatia para a defesa da sociedade (a nobreza).

- Um terceiro deveria trabalhar para o sustento de todos (Camponeses e artesãos).

Uma sociedade hierarquizada

O CLERO

A vida dos homens era profundamente

religiosa, o clero gozava de grande

influência e riqueza. Eram praticamente

as única pessoas instruídas e quase

todas as escolas se localizavam nos

mosteiros e igrejas.

NOBREZA

Os nobres também chamados

cavaleiros, tornaram-se o elemento

armado da sociedade. Formaram um

grupo privilegiado, quase todos os

nobres viviam no seu castelo ou no

castelo de um senhor mais poderoso.

OS QUE TRABALHAM

Cerca de 90% da população medieval era

constituída por camponeses, a maioria deles

viviam nos domínios senhoriais. Os domínios

senhoriais eram extensas propriedades agrícolas

e estavam divididas em duas partes:

Reserva - parte do domínio exploradamosteiros e igrejas.

Mas dentro do clero existiam grandes

diferenças: o baixo clero (monges e

padres), eram respeitados mas viviam

pobremente. O alto clero (Bispos e

Abades), tinham um tipo de vida

idêntica à nobreza, possuíam extensas

propriedades, cultivadas por

camponeses.

Entre o século X e XI, devido à

indisciplina de alguns membros do

clero, a igreja católica sentiu

dificuldades, surge então um

movimento de renovação e vão ter um

papel fundamental duas ordens

religiosas: Cluny e Cister

castelo de um senhor mais poderoso.

Lugar de protecção, o castelo era

também símbolo de poder.

Nesta época, os reis tinham o seu poder

muito enfraquecido, sendo incapazes de

assegurar a protecção das populações,

ao mesmo tempo crescia o poder dos

grandes senhores nobres:

- Passam a ter exército prórpio.

- Aplicar justiça.

- Exigir o pagamento de impostos nos

seus territórios.

Os camponeses ficam à mercê dos

senhores.

Reserva - parte do domínio explorada

directamente pelo senhor.

Os Mansos - pequenas extensões de terra, cada

uma delas explorada por uma família de

camponeses.

Obrigações dos camponeses:

Em troca do manso, que lhes era atribuído para

assegurar o seu sustento, os camponeses

estavam sujeitos a uma série de obrigações,

fossem colonos ou servos:

-Pagar uma renda em géneros; prestar um certo

número de dias de trabalho gratuito, as

corveias, que o senhor utilizava para cultivar a

reserva. Usar obrigatoriamente o moinho, o

forno e o lagar do senhor, mediante o

pagamento de certas importâncias em géneros

(as banalidades).

RELAÇÕES FEUDO-VASSÁLICAS

CONTRATO DE VASSALAGEM

O estabelecimento dos laços de dependência faziam-se através de um

contrato de vassalagem.

Era um acordo celebrado através de várias cerimónias:

- Primeiro, o Nobre que prestava vassalagem (o Vassalo) declarava desejar

ficar na dependência do mais poderoso (o Suserano). Jurava-lhe em

seguida, obediência e fidelidade, eram as cerimónias de Homenagem e de

Juramento de Fidelidade.

- Seguia-se a a investidura, durante a qual o Suserano entregava ao Vassalo

um objecto que representava o benefício (Feudo), com que o Vassalo era

recompensado. O benefício ou feudo, consistia numa importância em

dinheiro, um cargo, ou na maior parte uma terra.