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Sodade Música na escola: exercício 11

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SodadeMúsica na escola: exercício 11

Autor: Autor desconhecido, canção folclórica

Fonte: 500 Canções Brasileiras, de Ermelinda A. Paz

Nº de catálogo: 364

Região: Minas Gerais

Faixa: 11

Arranjo: Nailor Azevedo “Proveta”

Músicos: Edson José Alves– violãoNailor Azevedo “Proveta” – clarinetes e sax alto

Cantores: Analice de Almeida Pereira

Guilherme Conceição Santana

Emily Rayane Balduino

Julia Rebouças Suares Santos

Letícia Nascimento dos Santos

Luiz Felipe Neves Navas

Nayara de Souza Bal

Regentes do coro: Daniel Reginato e Andressa Feigel

Sodade

Caiu um cravo do céu

Sodade!

De tão alto desfolhou

Sodade!

Quem quisé casá comigo

Ai sodade

Vai pedi a quem me criô

Ai sodade

D F#7Caiu um cravo do céuBm D/CSodade! Em/B Am7(b5)De tão alto desfolhou Em/G A A/GSodade! D/F# C/D D7Quem quisé casá comigo Gmaj7 Em7(b5)Ai sodade D/A G/AVai pedi a quem me criôA7 D G/A A7 G/AAi sodade

Partituras

Letra e harmonia Letra

Melodia, harmonia e letra

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Aula 24Objetivos

Apresentar o som do clarinete

Apresentar o grupo dos sopros

O que você precisa saberO que é um clarinete?

O clarinete é um instrumento de sopro do grupo das madeiras. Ele é um tubo cilíndrico de madeira preta, tocado com um palheta simples fixada a uma boquilha. É um instrumento extremamente versátil e com muitas possibilidades sonoras de extensão e timbre. Sua família inclui a requinta, o clarinete, o clarinete alto e o clarone. Foi e é bastante empregado tanto na música erudita como na música popular. No Brasil tem considerável importância no choro.

Quais são os instrumentos do grupo dos

sopros?

Tecnicamente, o grupo dos sopros é formado por “aerofones”, ou seja, instrumentos que “falam” mediante a passagem do ar. Neste grupo temos primeiramente os sopros (claro!), mas também o órgão e a sanfona, que também são ouvidos mediante a passagem do ar.

O grande grupo dos instrumentos de sopro é dividido em dois grupos distintos, as madeiras e os metais. Normalmente temos a tendência a relacionar esses dois termos – madeira e metal – ao material com que os instrumentos são

construídos. Assim o trompete e o trombone são claramente do grupo dos metais, e o clarinete das madeiras. No entanto, temos a flauta transversal e o saxofone, que são feitos de metal mas pertencem às madeiras. A explicação da inclusão dos saxofones e das flautas no grupo das madeiras está diretamente relacionada à forma com que o som é produzido e a questões históricas.

Estamos falando de aerofones, instrumentos que tocam pela passagem do ar. A divisão entre metais e madeiras se dá pelas diferenças de como o ar sai do corpo do instrumentista, passa pela boca (maxilar, lábios e língua), e chega ao instrumento, e de como esse ar vai ser “trabalhado” dentro do instrumento para soar notas afinadas e de diversas alturas.

Os metais

Nos metais o som é produzido a partir da “série harmônica” do som fundamental de um tubo. Entender o que é uma “série harmônica” não é importante agora, basta saber que isso significa dizer que pode-se tirar até 16 notas diferentes em um tubo. O músico, mediante a mudança na pressão, no posicionamento e na tensão dos lábios, consegue destacar os diferentes harmônicos de uma mesma série. Era assim que os primeiros metais funcionavam: eles eram apenas tubos, retos ou enrolados, através dos quais o músico soprava, mudando a altura das notas com os lábios. Isso limitava um tubo a poucas notas, sempre nas mesmas tonalidades. Quando uma música diferente tinha que ser tocada, utilizava-se outro instrumento (tubo) menor ou maior. Com o tempo foram sendo inventados jeitos de se mudar o comprimento do tubo sem que o instrumentista precisasse trocar de instrumento ou parar de tocar para colocar uma volta no tubo. Surgiram a vara, os pistões e as válvulas.

Nos metais o som é produzido por um bocal, uma peça maciça de metal que se assemelha a um pequeno cálice com um furo na base. Abaixo temos representados os bocais de (a) trompete, (b) trombone e (c) trompa.

Ilustração retirada do “Dicionário Grove de Música” p.601

A figura mostra claramente a diferença no formado da abertura interna (“cálice”). Estas são as imagens que teríamos se “serrássemos” ao meio os bocais: a parte listrada é o metal e no meio temos a passagem do ar. A parte inferior mais estreita é encaixada ao instrumento.

É interessante notarmos que tanto o bocal como a embocadura (a forma com que o instrumentista posiciona os lábios no bocal) têm importância vital na qualidade do som produzido pelo instrumento. Alguns chegam a dizer que o “instrumento é o bocal”, o corpo não é nada mais do que um tubo de ressonância que amplifica e dá timbre ao som produzido pelo bocal. Exageros à parte, o fato é que o bocal desempenha uma função bem importante nos metais. Consequentemente, a embocadura também é muito importante.

A B C

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TrombonistaTrompista

Trompetista

Tubista

As madeiras

De maneira geral, classificamos todos instrumentos de sopro que não são tocados pela vibração dos lábios contra uma bocal em forma de cálice como madeiras (woodwinds). Nas madeiras o ar é soprado contra uma borda (caso das flautas), ou através de uma palheta simples, única, presa a uma boquilha (como no caso dos saxofones e clarinetes) ou através de uma palheta dupla (oboés e fagotes, por exemplo). Esses instrumentos podem ser feitos de madeira, metal, ebonite, marfim, plástico, entre outros materiais densos. Nas madeiras (de maneira diversa aos metais) as diferentes alturas são conseguidas apenas com a alteração do tamanho do tubo, sendo

que o músico com seus lábios só consegue determinar a afinação, o timbre e a articulação das notas, mas não a altura. As diferentes alturas são obtidas por furos, que quando abertos reduzem o tamanho do tubo. Na música erudita e nas orquestras sinfônicas os quatro principais instrumentos de madeira são as flautas, os oboés e fagotes e os clarinetes. Utilizamos o plural porque nas orquestras geralmente temos, nos sopros, de dois a cinco instrumentos de cada tipo. Os saxofones, muito presentes na música popular, são menos utilizados nas formações eruditas. Isso se explica pelo fato dele ter sido inventado só em 1840, por um belga chamado Adolphe Sax.

Na sala de aula1ª Atividadelição de casa – apresentação dos resultados

Divida a classe em quatro grupos e peça para eles apresentarem o resultado da lição de casa.

2ª AtividadeVamos ler e Discussão

Divida a classe em quatro grupos e peça para eles apresentarem o resultado da lição de casa.

Os Sopros – metais e madeiras

De maneira geral, classificamos os instrumentos de sopro pela forma que são tocados. Em todos eles, o que faz o som ser produzido é o ar passando pelos seus tubos. No entanto, existem duas formas básicas do instrumentista soprar. Em um grupo, os lábios são colocados e comprimidos em um bocal de metal em forma de cálice; e no outro, o instrumentista “morde” um pequeno tubo , chamado “boquilha”, no qual é preso um pequeno pedaço de bambu chamado “palheta”.

Ao lado um quadro com os principais instrumentos de sopro do grupo dos metais.

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10

Helicom

eufônio

tuba

cornet

Bass helicon

corneta

trompete

fliscorne

trombone

Metais

Veja a seguir os principais representantes dos metais: o trompete, a trompa, o trombone e a tuba (Ilustração retirada do “Livro da Música” p. 113).

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4ª AtividadeVamos cantar

Escreva a letra do tema na lousa. Na primeira vez os alunos devem ouvir e cantar interiormente, apenas imaginando que estão cantando. Na segunda eles devem efetivamente cantar.

Em seguida troque o CD de coro pelo de playback e coloque “Sodade” sem a voz principal, para ver se eles realmente aprenderam. Repita pelo menos três vezes a cantoria.

Nas madeiras o ar é soprado contra uma borda de um furo feito no tubo (como no caso das flautas), ou através de uma palheta simples (única) presa a uma boquilha (como no caso dos saxofones e clarinetes) ou dupla (caso dos oboés e fagotes).

Clarone Saxofone Alto

Saxofone Tenor

Picolo

Flauta transversal

Fagote Corne inglês

Oboé Flauta doce

Saxofone Barítono

Clarinete Alto

Clarinete

3ª AtividadeVamos ouvir

Vamos agora conhecer um tema que se chama “Sodade”, que é cantado no estado de Minas Gerais.

Toque o tema duas vezes.

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Faixa 11 – SodadeEsse

CD

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dático do projeto Orquestra Brasileira de São Salvador – Ano 2 Pronac 128789

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Histórias Narradas

PlaybackCoro

Faixa 11 – SodadeEsse

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Histórias Narradas

PlaybackCoro

Faixa 11 – SodadeEsse

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dático do projeto Orquestra Brasileira de São Salvador – Ano 2 Pronac 128789

Histórias Narradas

PlaybackCoro

Peça para os alunos cantarem o tema “Sodade” em casa.

Atividades para casa

Esses instrumentos podem ser feitos de madeira, metal, ebonite, marfim, plástico, entre outros materiais densos.

Veja o grupo das madeiras.

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Aula 25Objetivo

Introduzir o conceito de refrão

O que você precisa saberO que é um refrão?

Refrão é uma parte da letra que se repete entre partes variáveis. Geralmente o refrão se repete com a mesma melodia e letra. Algumas vezes temos mudanças na harmonia.

É um procedimento oriundo da poesia, conhecido também como estribilho.

Na sala de aula1ª AtividadeLição de casa: Apresentação dos resultados

Diga à classe que desta vez iremos sofisticar um pouco a apresentação da lição de casa. Explique que como nesta aula falaremos sobre “refrão”, iremos considerar a palavra “sodade” da canção estudada como se fosse um refrão. E cantaremos a música destacando esta escolha.

Divida a classe em meninos e meninas e peça para eles cantarem o tema “Sodade” da seguinte maneira:

Na primeira vez as meninas cantam as frases e os meninos respondem “sodade”, conforme indicado a seguir:

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Na segunda vez inverte-se: meninos cantam as frases e as meninas respondem “sodade”.

Utilize o CD de playbacks para dar uma base mais segura para a cantoria.

Pode ser prudente que todos cantem a música inteira umas duas ou três vezes para relembrar. Se estiver difícil, coloque a gravação completa (CD de coro). Depois mude o CD para realizar o exercício.

2ª AtividadeDiscussão e Exercícios

Refrão

Pergunte aos alunos se alguém sabe o que é um refrão. Explique que refrão é uma frase ou melodia que se repete entre outras frases ou melodias de uma música. Diga que esta técnica de composição veio da literatura, e que pode se chamada de estribilho.

Das músicas que estudamos até agora duas são estruturadas com o uso do refrão: “Luar do Sertão” e “Sebastiana”. As letras das duas músicas estão a seguir, com cada refrão destacado em negrito.

meninas: Caiu um cravo do céu

meninos: Sodade!

meninas: De tão alto desfolhou

meninos Sodade!

meninas: Quem quisé casá comigo, ai sodade

meninos: Vai pedi a quem me criô, ai sodade

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Luar do Sertão (Catulo da Paixão Cearense)

Não há oh gente oh nãoLuar como este do sertãoNão há oh gente oh nãoLuar como este do sertão

Oh que saudade do luar da minha terra

Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão

Este luar cá da cidade tão escuro

Não tem aquela saudade do luar lá do sertão

Não há oh gente oh nãoLuar como este do sertãoNão há oh gente oh nãoLuar como este do sertãoo

Se a lua nasce por detrás da verde mata

Mais parece um sol de prata, prateando a solidão

E a gente pega na viola que ponteia

E a canção é lua cheia a nos nascer no coração

Não há oh gente oh nãoLuar como este do sertãoNão há oh gente oh nãoLuar como este do sertão

A gente fria desta terra sem poesia

Não se importa com essa lua, nem faz caso do luar

Enquanto a onça lá na verde capoeira

Leva uma hora inteira vendo a lua a meditar

Sebastiana (Rosil Cavalcanti)

Convidei a comadre Sebastiana

Pra dançar e xaxar na Paraíba

Ela veio com uma dança diferente

E pulava que só uma guariba

Ela veio com uma dança diferente

E pulava que só uma guariba

E gritava A É I Ó U IpsiloneE gritava A É I Ó U Ipsilone

Já cansada no meio da brincadeira

E dançando fora do compasso

Segurei Sebastiana pelo braço

E gritei não faça sujeira

O xaxado esquentou na gafieira

Sebastiana não deu mais fracasso

Mas gritava A É I Ó U IpsiloneMas gritava A É I Ó U Ipsilone

A proposta é a classe toda cantar o refrão e os solistas cantarem a resposta ou as estrofes.

É melhor iniciarmos cantando junto com o CD com o coro gravado. Após algumas repetições podemos tentar com o CD de playback. E, para finalizar, apenas com as vozes.

3ª AtividadeVamos cantar

Refrão

Faremos uma cantoria que vai reforçar a diferença entre o refrão e as estrofes das duas músicas que vimos há pouco.

Vamos selecionar 3 solistas para “Luar do Sertão” e 2 solistas para “Sebastiana”.

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Peça para os alunos pesquisarem músicas que possuem refrão, ou frases repetitivas. Pode ser qualquer tipo de música.

Atividades para casa

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Anotações

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