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SOLUÇÃO Nr Matrícula EsAO – Div Ens – CEAD / CAM E CAO MED – AF3 – Parte Única – 2019 - 4 - Doc Nr 1 GBO = xxxxxx 1ª QUESTÃO ÉTICA PROFISSIONAL MILITAR GBM = 33 TEXTO Nr 1 A verdadeira história do soldado Doss, que virou filme de Mel Gibson - Ele foi para a guerra sem armas, mas salvou 75 fuzileiros sem disparar um único tiroDesmond Thomas Doss, um soldado do exército americano durante a Segunda Guerra Mundial, converteu-se no primeiro objetor de consciência - pessoas que seguem princípios reli- giosos, morais ou éticos que são incompatíveis com o serviço militar - a receber a Medalha de Honra por salvar mais de 75 soldados feridos pondo em risco sua própria vida. Desmond Doss nasceu em 7 de fevereiro de 1919 em Lynchburg, no estado de Virginia (EUA). Seus pais, Tom e Bertha Doss, criaram-no sob a doutrina e as crenças da Igreja Adven- tista do Sétimo Dia. Desde muito cedo, Desmond foi muito influenciado pela Bíblia, particular- mente pelo mandamento de não matar. Em abril de 1942, Desmond foi recrutado pelo Exército dos Estados Unidos, o problema era que ele seguia se negando a portar uma arma; de modo que foi alistado como objetor de consciência (ainda que gostasse de dizer que era um “coopera- dor de consciência” e que desta forma poderia “servir a Deus e ao país”). Inscrito ao Corpo Médico da 77ª Divisão de Infantaria, o estrito seguimento de seus ensi- namentos religiosos, inclusive o respeito pelo sábado (shabat) como dia de repouso, lhe acarre- taram contínuos deboches de seus colegas e atos de indisciplina ante seus comandos. Em maio de 1945, no assalto anfíbio dos aliados à ilha de Ryukyu de Okinawa, um bata- lhão de fuzileiros navais foi enviado par tomar uma posição japonesa sobre um despenhadeiro de 120 metros. Depois de escalar aquela parede, foram recebidos por um intenso fogo inimigo. Desmond viu como seus colegas caíam como moscas e em vez de refugiar-se - como fizeram outros soldados - conseguiu retirar daquela ratoeira mais de 75 fuzileiros feridos, arrastando-os ou carregando um a um, para levá-los até a borda da escarpa desde onde seriam baixados com cordas. Durante vários dias continuou atendendo os feridos menosprezando o perigo que rode- ava, até que em 21 de maio, próximo a Shuri, foi atingido nas pernas pela metralha de uma granada e quando estava a ponto de ser retirado em uma maca de campanha, Desmond viu

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EsAO – Div Ens – CEAD / CAM E CAO MED – AF3 – Parte Única – 2019 - 4 -

Doc Nr 1

GBO = xxxxxx 1ª QUESTÃO

ÉTICA PROFISSIONAL MILITAR GBM = 33

TEXTO Nr 1

“A verdadeira história do soldado Doss, que virou filme de Mel Gibson - Ele foi para a

guerra sem armas, mas salvou 75 fuzileiros sem disparar um único tiro”

Desmond Thomas Doss, um soldado do exército americano durante a Segunda Guerra

Mundial, converteu-se no primeiro objetor de consciência - pessoas que seguem princípios reli-

giosos, morais ou éticos que são incompatíveis com o serviço militar - a receber a Medalha de

Honra por salvar mais de 75 soldados feridos pondo em risco sua própria vida.

Desmond Doss nasceu em 7 de fevereiro de 1919 em Lynchburg, no estado de Virginia

(EUA). Seus pais, Tom e Bertha Doss, criaram-no sob a doutrina e as crenças da Igreja Adven-

tista do Sétimo Dia. Desde muito cedo, Desmond foi muito influenciado pela Bíblia, particular-

mente pelo mandamento de não matar. Em abril de 1942, Desmond foi recrutado pelo Exército

dos Estados Unidos, o problema era que ele seguia se negando a portar uma arma; de modo

que foi alistado como objetor de consciência (ainda que gostasse de dizer que era um “coopera-

dor de consciência” e que desta forma poderia “servir a Deus e ao país”).

Inscrito ao Corpo Médico da 77ª Divisão de Infantaria, o estrito seguimento de seus ensi-

namentos religiosos, inclusive o respeito pelo sábado (shabat) como dia de repouso, lhe acarre-

taram contínuos deboches de seus colegas e atos de indisciplina ante seus comandos.

Em maio de 1945, no assalto anfíbio dos aliados à ilha de Ryukyu de Okinawa, um bata-

lhão de fuzileiros navais foi enviado par tomar uma posição japonesa sobre um despenhadeiro

de 120 metros. Depois de escalar aquela parede, foram recebidos por um intenso fogo inimigo.

Desmond viu como seus colegas caíam como moscas e em vez de refugiar-se - como fizeram

outros soldados - conseguiu retirar daquela ratoeira mais de 75 fuzileiros feridos, arrastando-os

ou carregando um a um, para levá-los até a borda da escarpa desde onde seriam baixados com

cordas.

Durante vários dias continuou atendendo os feridos menosprezando o perigo que rode-

ava, até que em 21 de maio, próximo a Shuri, foi atingido nas pernas pela metralha de uma

granada e quando estava a ponto de ser retirado em uma maca de campanha, Desmond viu

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outro soldado que estava pior do que ele e cedeu o lugar para que resgatassem seu colega. Foi

então que recebeu um disparo em um braço que fraturou um osso. Sem poder ficar de pé, ferido

em um braço e sem que ninguém pudesse ajudá-lo, quebrou sua promessa: pegou um fuzil e

usou como tala no braço para poder se arrastar até o hospital de campanha. Até para os soldados

que antes se debochavam dele, Desmond se converteu em um símbolo de coragem e

determinação.

Em outubro de 1945, Desmond Doss recebeu a Medalha de Honra das mãos do presi-

dente Harry S. Truman durante uma cerimônia na Casa Branca. Ele retornou do Pacífico doente

com tuberculose e, ainda que tenha sido tratado com antibióticos, perdeu um pulmão. Em 1970,

devido a uma overdose acidental de antibióticos, ficou surdo. Viveu o resto de sua vida como um

homem humilde e morreu com 87 anos, em 23 de março de 2006. Foi o protagonista do livro “O

herói mais improvável” de 1967 e do documentário “O objetor de consciência” de 2004.

Agora a história de Desmond virou filme, que foi aplaudido de pé durante mais de 10

minutos. Dirigido por Mel Gibson, O filme chama-se “Até o Último Homem” (“Hacksaw Ridge”) e

conta a história do soldado estadunidense Desmond Thomas Doss.

Fonte: https://painelpolitico.com/verdadeira-historia-do-soldado-doss-que-virou-filme-de-mel-

gibson/#.XT7x63tv-Uk

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Continuação Doc Nr 1

ITEM 1 (8 escores)

a. Com base nas informações apresentadas no 4º parágrafo do Texto Nr 1, cite a

CONCEITUAÇÃO ligada à Ética Militar pode ser identificada nas ações do Sd Desmond T. Doss?

Justifique sua resposta. (2 escores)

Rsp: Sentimento do dever. √ Justificativa: a despeito do risco, ele cumpriu sua missão de

de socorrer os fuzileiros feridos, como integrante do Corpo Médico da 77ª Div Inf. √

[pág 16, Sep BE 44/16 – Vade-Mécum de Cerimonial Militar do Exército - Valores, Deveres e Ética Militares (EB10-VM-12.010)]

b. Com base nas informações apresentadas no 5º parágrafo do Texto Nr 1, CITE OS

VALORES BÁSICOS que podem ser identificados na atitude do Sd Desmond T. Doss em relação

ao outro soldado: (4 escores)

Rsp: Honra √, Respeito √, Integridade √ e Lealdade√.

(letra a.,item 4-3, C 20-10 – Liderança Militar)

c. CITE dois PRECEITOS da Ética Militar, previstos no EB10-VM-12.010, identificados

nesta breve biografia do Sd Desmond T. Doss: (2 escores)

Rsp: Cultuar a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal √; Exercer, com

autoridade e eficiência, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo √;

Respeitar a dignidade da pessoa humana √; Dedicar-se integralmente ao cumprimento

do dever√; Praticar a camadaragem e desenvolver, permanentemente, o espírito de co-

peração √.

[pág 16 e 17, Sep BE 44/2016 – Vade-Mécum de Cerimonial Militar do Exército - Valores, Deveres e Ética Militares (EB10-VM-12.010)]

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Continuação Doc Nr 1

ITEM 2 (14 escores)

Identifique nos textos abaixo o valor militar que melhor se enquadra nos mesmos e justifique a sua resposta:

a. “No dia 15 de junho de 2019, teve início, na cidade de Norfolk/EUA, a missão da assis-

tência humanitária do navio-hospital USNS Comfort, da Marinha dos Estados Unidos da América.

Essa missão representa a sétima incursão de assistência humanitária na América Latina

e Caribe, (...) e está sob coordenação e controle do Comando Sul dos EUA em estreita coope-

ração com as nações amigas da região.

O Exército Brasileiro enviou para compor a equipe de profissionais de saúde do USNS

Comfort a Major Dentista Renata de Castro Monteiro Netto, do HMAB, e a Capitão Médica

Danielle Soares Morel, do HGeS.” (2 escores)

Fonte: “Militares brasileiras participam de missão do navio-hospital USNS Comfort, da Marinha

americana” - Noticiário do Exército – página eletrônica do Exército Brasileiro (www.eb.mil.br),

acessada em 26/08/2019

Rsp: Amor à profissão√. É a demonstração da satisfação por pertencer à Instituição,

externa pela demonstração cotidiana de culto de valores como a motivação

profissional e a dedicação integral ao serviço√.(EB20-MF-10.101, 1ª ed., Brasília 2014, capítulo 4, item 4.4.5)

b. “Por isso que em qualquer parte da Amazônia, todos consideram que é ali que o Brasil

começa.

Tanto o militar, por força mesmo de sua formação, quanto o habitante que ali nasceu e

vive, sentem pulsar o coração sobre o mesmo sentimento.

E em qualquer parte daquelas plagas, adultos e crianças sabem cantar de cor as estrofes

do Hino Nacional, vibrantes e conscientes da grandeza do Brasil.” (2 escores)

Fonte: Revista “O Verde-Oliva” – Centro de Relações Públicas do Exército 1973 – Brasília - Nº

4

Rsp: Patriotismo √. Caracteriza-se pelo amor incondicional à Pátria √. (O Exército Brasileiro -

EB20-MF10.101, 1ª ed., Brasília 2014, capítulo 4, item 4.4.2)

c. “No dia 18 de setembro, por Portaria do Comandante do Exército, de junho de 2016,

comemoramos o Dia da Família Militar.

É a ocasião em que prestamos nossas justas homenagens e reconhecimento à D. Rosa

Maria Paulina da Fonseca, Patrono da Família Militar, nascida nesse dia, no ano de 1802, em

Marechal Deodoro, Alagoas. D. Rosa da Fonseca não foi escolhida ao acaso. Sua história de

vida merece ser reverenciada pelo seu exemplo de amor patriótico, comparado apenas ao amor

maternal, quando cada singela mulher está pronta a dar a vida por seus filhos.” (2 escores)

Fonte: “Dia da Família Militar – 18 de setembro” – Noticiário do Exército – página eletrônica do

Exército Brasileiro (www.eb.mil.br), acessada em 26/08/2019.

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Continuação Doc Nr 1

Rsp: Civismo√. É o culto aos símbolos nacionais, aos valores e tradições históricas,

à História-Pátria, em especial a militar, aos heróis nacionais e chefes militares do

passado√. (O Exército Brasileiro - EB20-MF-10.101, 1ª ed., Brasília 2014, capítulo 4, item 4.4.3)

d. Durante o TFM, o Sd JOÃO puxa a canção, seguido pela tropa: “Corridinha mixuruca...

Que não dá nem pra cansar... Eu aqui nesse passinho... Vou até o sol raiar!!; Esse sangue é muito bom... Já provei não há perigo... É melhor do que café... É o sangue do inimigo!!” (2 escores)

Fonte: Página eletrônica do Batalhão da Saudade Paulistanos, http://batalhaodasaudadepaulistanos.blogspot.com, acessado em 26/09/19.

Rsp: Espírito de corpo√. O espírito de corpo reflete o grau de coesão da tropa e de cama

radagem entre os seus integrantes e se exterioriza por meio de canções militares, gritos

de guerra e lemas evocativos√. (O Exército Brasileiro - EB20-MF-10.101, 1ª ed., Brasília 2014, capítulo 4, item 4.4.6)

e. “Esta evolução fez com que o Comandante e o Alto Comando do Exército decidissem trans-formar o cargo de Diretor deste Hospital em cargo privativo de Oficial-General, o que ocorreu em 23 de fevereiro deste ano, sendo mais um marco do crescimento desta histórica Organização Militar de Saúde do Exército Brasileiro. Destacamos ainda, a realização das seguintes cirurgias:

• Em março de 2019, cirurgia com a utilização de um Cage Expansível na coluna lombar. Foi a primeira vez que esse tipo de implante foi utilizado em um procedimento no país.

• Em junho de 2019, cirurgia para retirada de aneurisma cerebral por via endonasal, proce-dimento realizado pela primeira vez na América Latina.” (2 escores)

Fonte: “Palavras do Diretor” – na página eletrônica do Hospital Militar de Área de São Paulo,

www.hmasp.eb.mil.br, acessada em 26/08/19.

Rsp: Aprimoramento técnico-profissional√. Além de cumprir os programas instituciona

is de formação específica e aperfeiçoamento constante – realizados na própria Institui

ção, nas demais Forças Armadas, outros exércitos ou em instituições civis – o militar,

por iniciativa própria, deve buscar seu continuado aprimoramento técnico-profissional.

√ (O Exército Brasileiro - EB20-MF-10.101, 1ª ed., Brasília 2014, capítulo 4, item 4.4.7)

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Continuação Doc Nr 1

f. “Liderando um punhado de destemidos, incluindo quatro civis e uma mulher, não se

intimidou ante o assédio de um inimigo muito mais numeroso e melhor equipado. Enviou

mensageiro com um bilhete para o comandante do Distrito Militar de Miranda e rejeitou com

altivez a intimação para render-se, não se furtando ao embate desigual.(...)

Dispôs seus comandados nos postos de combate e aguardou o ataque. Tombou sob o

peso da fuzilaria de mais de 200 bocas-de-fogo. (...)” (2 escores)

Trecho da biografia de Antônio João Ribeiro – Tenente QAO – Patrono do Quadro Auxiliar de

Oficiais.

Fonte: Patronos – O Exército – Exército Brasileiro, na página eletrônica do Exército Brasileiro,

www.eb.mil.br, acessada em 26/08/19.

Rsp: Coragem√. É a capacidade de decidir e a iniciativa de implementar a decisão, mes

mo com o risco de vida ou o sacrifício de interesses pessoais, no intuito de cumprir o

dever, assumindo a responsabilidade por sua atitude√.( O Exército Brasileiro - EB20-MF-10.101, 1ª ed., Brasília 2014, capítulo 4.4.8)

g. “Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela

Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.” (2 escores)

Fonte: Constituição da República Federativa do Brasil – 1988

Rsp: Fé na missão do exército √. Advém da crença inabalável na missão do Exército

Brasileiro, e das Forças Armadas, em defender a Pátria, garantir os poderes contitucio

nais, a lei e a ordem√. (O Exército Brasileiro - EB20-MF-10.101, 1ª ed., Brasília 2014, capítulo 4, item 4.4.4)

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Doc Nr 2

Texto Nr 2

A Síria e as armas químicas

Tolerar o uso de armas químicas contra a população civil sem dar uma resposta à altura

não é uma opção civilizada

Quando um governante usa armas químicas contra seu próprio povo, como a comunidade

internacional deve reagir? Diante das dezenas de mortos em um ataque realizado em 7 de abril

na localidade rebelde de Douma, nas proximidades da capital Damasco, os governos de Estados

Unidos, Reino Unido e França resolveram agir. Na manhã do último sábado, no horário local

(noite de sexta-feira, no horário de Brasília), lançaram 105 mísseis contra três instalações de

produção e armazenamento de armas químicas, como depósitos e centros de pesquisa.

Um ano atrás, em abril de 2017, o presidente norte-americano, Donald Trump, também

ordenou um ataque a uma instalação militar síria de onde teria partido um ataque com armas

químicas na cidade de Khan Sheikhoun. Trump colocou em prática o princípio da “linha vermelha”

delineado por Barack Obama em 2012, segundo o qual o uso de armas de destruição em massa

não seria tolerado. Mas Obama não quis aplicar a regra definida por ele mesmo quando, em

agosto de 2013, o ditador Bashar al-Assad atacou Ghouta, deixando um saldo que poderia che-

gar a 1,4 mil mortos, ainda hoje o pior ataque químico registrado no conflito sírio.

"A guerra da Síria paralisou o sistema internacional baseado nas instituições multilaterais."

Desta vez, Trump não agiu sozinho, como havia feito em 2017, mas buscou o apoio de

outras duas grandes potências ocidentais: o Reino Unido, liderado por Theresa May, e a França,

do presidente Emmanuel Macron. Estando comprovado o uso de armas químicas e o envolvi-

mento do governo sírio nas atrocidades, a ação estaria legitimada ainda que os Estados Unidos

estivessem novamente sozinhos no ataque, mas o esforço para envolver outros atores relevan-

tes é louvável.

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Continuação Doc Nr 2

A guerra da Síria paralisou o sistema internacional baseado nas instituições multilaterais,

como as Nações Unidas. O governo sírio conta com apoio incondicional da Rússia, que, no Con-

selho de Segurança, tem vetado propostas de estabelecer comissões independentes de investi-

gação a respeito da fabricação e do uso de armas químicas – os russos voltaram a exercer seu

poder de veto imediatamente após o ataque em Douma. Além disso, nem Damasco nem Moscou

se esforçam para garantir a segurança de inspetores da Organização para a Proibição de Armas

Químicas (Opaq) quando eles conseguem permissão para entrar na Síria.

Diante de tal contexto, a comunidade internacional pode assistir passivamente ao massa-

cre ou contornar estruturas engessadas nas quais nenhuma ação concreta será decidida. Con-

vencidos de que Assad estava por trás do ataque, Estados Unidos, Reino Unido e França esco-

lheram a segunda opção, e conseguiram, quando não o apoio declarado, pelo menos a compre-

ensão de boa parte dos atores relevantes no concerto internacional, como as demais potências

integrantes da União Europeia – a chanceler alemã, Angela Merkel, chegou a classificar a ação

como “necessária”. As únicas reações contrárias vieram da própria Rússia e do Irã, outro grande

aliado de Assad (o que, por sua vez, colocou a Liga Árabe ao lado das nações ocidentais). Am-

bos, no entanto, ficaram apenas no palavreado, demonstrando o quanto a ação franco-britânico-

americana foi eficaz.

E nem se pode argumentar, aqui, que atacar Assad significa fortalecer os adversários do

ditador, especialmente os jihadistas do Estado Islâmico. Aqui, não cabem cálculos do tipo “quem

ganha e quem perde”, até porque raramente há vencedores em situações como esta e o próprio

governo sírio é apoiado por organizações terroristas. O que deve vigorar é o princípio segundo

o qual armas químicas são inaceitáveis em qualquer caso. Tolerar o uso desse tipo de arma-

mento contra a população civil sem dar uma resposta à altura, apenas porque o enfraquecimento

do autor do massacre ajudaria o ressurgimento de um adversário tão ou mais nefasto, não é uma

opção civilizada.

Fonte:

https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/asiria-e-as-armas-quimicas-4ick0l8q2mb4n2sn8yjvin2ih

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EsAO – Div Ens – CEAD / CAM E CAO MED – AF3 – Parte Única – 2019 - 12 -

Continuação Doc Nr 2

ITEM 3 (11 escores)

Baseado no texto nr 2, atenda ao que se segue.

a. Cite e descreva os PRINCÍPIOS do DIREITO INTERNACIONAL DOS CONFLITOS

ARMADOS: (10 escores)

Rsp: Distinção√ – distinguir os combatentes e os não combatentes, os quais são

protegidos contra ataques√.

Limitação√ – o direito das partes beligerantes na escolha dos meios para causar

prejuízos não é ilimitado, excluindo meios que causem sofrimento e danos desnecessá

rios√.

Proporcionalidade√ – a utilização dos meios e métodos de guerra deve ser proporcio

nal à vantagem militar concreta e direta√.

Necessidade Militar√ – em todo conflito armado, o uso da força deve corresponder à

vantagem militar pretendida√.

Humanidade√ – proibição de se provocar sofrimento às pessoas e destruição de

propriedades, caso não forem necessários para forçar a rendição do inimigo√.

(páginas 14 e 15 – MD34-M-03: Manual de Emprego do Direito Internacional dos Conflitos Armados nas Forças Armadas)

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Continuação Doc Nr 2

b. Considerando os eventos ocorridos no interior do estado sírio, explique a diferença entre conflito armado não-internacional e distúrbio interno: (1 escore)

Rsp: O conflito armado não internacional diferencia-se de distúrbio interno por conside-

rar o disposto no artigo 1º do Protocolo II às Convenções de Genebra√.

[páginas 17/18 MD34- M-03: Manual de Emprego do Direito Internacional dos Conflitos Armados nas Forças Armadas; caso o Cap Alu

descreva a definição de conflito armado não internacional (aquele que ocorre realizado no território de uma Alta Parte contratante

entre as suas forças armadas e forças armadas dissidentes ou grupos armados - organizados que, sob a direção de um Comando

responsável, exerçam sobre uma parte desse território um controle tal que lhes permita realizar operações militares contínuas

e acordadas a aplicar os preceitos do DICA), considerar como certo.]

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Doc Nr 3

GBO = xxxxxx 2ª QUESTÃO

LIDERANÇA MILITAR GBM = 28

ITEM 4 (9 escores)

“Um vivíssimo fogo acometeu os homens do major Falcão, os quais receberam em cheio

e a descoberto os certeiros tiros dos rebeldes. No entanto, apesar da inesperada e mortífera

fuzilaria, acompanharam os soldados seu comandante na bravura. Ficaram na primeira

descarga cerca de 30 homens fora de combate. Nem por isso desanimou o major Falcão, senão

fez avançar sempre sua tropa. O estoico militar não recuava, apesar de já tropeçar entre mortos

e feridos apinhoados no caminho. Quis a vanguarda retroceder, tão desalentada que estava,

mas o comandante a conteve e forçou-a à nova investida. Os balaios cederam e começou a

perseguição.”

(“Sampaio” – Gen Paulo de Queiroz Duarte, Biblioteca do Exército, 2010).

a. Dos fatores de Liderança Militar, CITE os que mais se destacam no trecho acima?

Justifique sua resposta: (4 escores)

Rsp: Líder√ – elemento que influencia o comportamento dos liderados, independente da

vontade dos mesmos√; Situação√ – cenário criado pelo somatório de elementos inter-

nos e externos que possam influenciar o grupo√. (item 2-2 C 20-10 – Liderança Militar)

b. Identifique a forma de exercício de Liderança demonstrada pelo major Falcão. (1 escore)

Rsp: Liderança direta√. (item 2-9, C 20-10 – Liderança Militar)

c. Considerando o fenômeno da Liderança Militar, cite os aspectos básicos que devem ser observados na mesma: (3 escores)

Rsp: Proficiência profissional√, senso moral√ e atitude adequada√.

(item 3-3, C 20-10 – Liderança Militar)

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EsAO – Div Ens – CEAD / CAM E CAO MED – AF3 – Parte Única – 2019 - 125 -

Continuação Doc Nr 3

ITEM 5 (13 escores)

a. Descreva o que se entende por comando (chefia ou direção): (5 escores)

Rsp: Comando é o exercício profissional√ de um cargo militar√, consubstanciando a

autoridade legal√ desse cargo, a administração√ e, desejavelmente, a liderança√.

(letra b., item 6-1, C 20-10 – Liderança Militar)

b. Com base no Organograma da DSau, identifique o estilo de comando exercido pelo

Diretor de Saúde. Justifique sua resposta. (2 escores)

Rsp: Delegativo√. A tomada de decisões especializadas é atribuída aos assessores pelo

o Diretor√.

(letra a., item 6-5, C 20-10 – Liderança Militar)

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EsAO – Div Ens – CEAD / CAM E CAO MED – AF3 – Parte Única – 2019 - 136 -

Continuação Doc Nr 3

c. Cite os 2 tipos de problemas que podem influenciar o desempenho dos comandados em uma OM, descrevendo dois exemplos para cada tipo: (6 escores)

Rsp: Problemas de ordem social√ – relacionamento√, saúde própria√ ou de familiar√,

financeiro√ e problemas de ordem profissional√– falta de motivação√, inaptidão para

cargo/função√, divergências metodológicas√.

(letra a., item 6-11, C20-10 – Liderança Militar)

ITEM 6 (6 escores)

“Cinco anos após ter sido acusada de participar de abusos cometidos por soldados

americanos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, Lynndie England insiste não ter feito nada

errado.

Em uma entrevista ao programa Newsnight, da BBC, Lynndie disse que tem medo de

sair em público, por conta de supostas ameaças de morte que recebe.

"Serei sempre paranoica. Sempre.", ela diz.

Imagens da ex-soldado sorrindo e apontando para detentos iraquianos nus chocaram

os Estados Unidos e o restante do mundo.

Ela está no grupo de nove soldados que foram condenados por maus tratos a prisionei-

ros iraquianos em Abu Ghraib no fim de 2003.”

(“Lynndie England fala à BBC”, acessado em 27/08/2019 na página eletrônica do jornal O Globo, https://oglobo.globo.com/mundo/lynndie-england-fala-bbc-3201683 de 17/08/2009, atualizado em 11/11/2011.)

Baseado no texto acima, responda as questões abaixo:

a. Descreva um cenário de crise: (4 escores)

Rsp: Um cenário de crise caracteriza-se por um estado de tensão√, provocado√ por fato-

res externos√ ou internos√. (letra a., item 6-13, C 20-10 – Liderança Militar)

b. Estabelecer laços firmes de Liderança pelo Comandante em relação a seus

subordinados ajuda a coibir comportamentos inapropriados, como o da ex-Sd Lynndie England, por parte destes. Identifique os 2 fatores que ajudam no estabelecimento destes laços. (2 escores)

Rsp: Hierarquia√ e disciplina√. (letra e., item 6-13, C 20-10 – Liderança Militar)

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SOLUÇÃO Nr Matrícula

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Continuação Doc Nr 3

ITEM 7 (2 escores)

“Benedito, com dois tiros de sua Minié, matou dois paraguaios que haviam derrubado e

roubado os pães engasga-gato do gringo e tentando estuprar Maria Busca-pé.

Uma baionetada abriu a barriga de Benedito e as tripas ficaram-lhe de fora.

(...) Enfim, o campo ficou livre. Benedito agonizava no chão. Maria Busca-pé segurava-

lhe as tripas. Uma carreta passou, foram juntos para o hospital de sangue. Maria Busca-pé ao

lado de Benedito. Um cabo enfermeiro chegou, com agulha e linha. O médico, ocupado em

casos de amputação, gritava:

- Põe tudo pra dentro de qualquer jeito e costura. Não precisa clorofórmio, temos pouco;

espero nova partida de Corrientes, guardo só de amputações.

Maria Busca-pé, daí em diante, passou a ser chamada de Maria Segura-tripa. (...) Mas,

como devia a vida àquele negro enfermo, resolveu dedicar-se a ele enquanto fosse preciso:

deixou o gringo panadero e o rentável negócio de prostituta da tropa. Trabalhou sem paga no

hospital de sangue, maneirosa, despachada, competente e maternal. Conquistou os médicos.

O cirurgião-mor, francês contratado pelo Exército Imperial, Monsieur Decard, a contratou a meio

soldo de praça por suas qualidades inatas de enfermeira.”

(“Homens e mulheres na Guerra do Paraguai”, Joseph Eskenazi Pernidji, Biblioteca do Exército,

2010)

Cite DUAS competências afetivas pessoais relacionadas diretamente aos valores

evidenciadas pela personagem Maria Busca-pé/Segura-tripa: (2 escores)

Rsp: Dedicação√ e Responsabilidade√.

(letra c. e letra e., item 5-5, C 20-10 – Liderança Militar)

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Doc Nr 4

GBO = xxxxxx 3ª QUESTÃO

HISTÓRIA MILITAR GBM = 28

ITEM 8 (16 escores)

“Dessa forma, percebe-se que, a MMF permitiu o desenvolvimento do espírito militar no

Exército Brasileiro, transformando os oficiais aperfeiçoados de forma a se tornarem aptos para

a solução de problemas militares de qualquer ordem. A presença de sua influência ainda é

vultosa no dia a dia de nossa EsAO bem como na ECEME, visto que, a despeito das necessárias

modificações doutrinárias, em função das constantes mudanças no teatro de operações

mundial, a metodologia empregada, a busca pelo estudo da história e a aplicação da teoria junto

a prática ainda são a essência do sistema educacional militar.

Assim, resta-nos a certeza de que a Missão Militar Francesa foi um marco de

transformação incomparável na história do Exército Brasileiro, capacitando-o a,

indiscutivelmente, cumprir seu papel constitucional de zelar pela defesa da Pátria, pela garantia

dos poderes constitucionais e, por iniciativa destes, da lei e da ordem.”

(“EsAO: 100 anos aperfeiçoando oficiais para o Brasil e as Nações Amigas”, Sérgio Luiz Augusto

de Andrade de Almeida, Biblioteca do Exército, 2019)

a. Baseado no texto acima, cite os termos do contrato da Missão Militar Francesa (MMF)

estipulados entre Brasil e França? (3 escores)

Rsp: Os oficiais franceses comandariam por 4 anos as escolas de Estado-Maior, de Aper-

feiçoamento de Oficiais, de Intendência e de Veterinária√ e o Brasil se comprometia a pri-

vilegiar a indústria francesa em suas compras de armas e equipamentos militares√, com

condição de que o material oferecido, o prazo de entrega e os preços fossem no mínimo

equivalente aos de outros países fornecedores√.

(CAM19HM – Ass E: Missão Militar Francesa, Conteúdo Essencial, UD I – Portal de Educação do Exército)

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Continuação Doc Nr 4

b. Cite e descreva os legados da Missão Militar Francesa em relação ao Estado-Maior do

Exército: (13 escores)

Rsp: O EME foi definido como órgão de planejamento estratégico√, encarregado de pre-

parar as decisões do Ministério da Guerra√, elaborando ordens e instruções concer-

nentes à organização do Exército√, à mobilização√, à instrução√ e à preparação para a

guerra√; criação da 2ª Seção do EME√, encarregada das Informações√, das Missões Mi-

litares√, da Cifra√ e Decifração√ de documentos e da ligação√ com o Ministério das Re-

lações Exteriores√.

(CAM19HM – Ass E: Missão Militar Francesa, Conteúdo Essencial, UD I – Portal de Educação do Exército)

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Continuação Doc Nr 4

ITEM 9 (4 escores)

“A revolução vitoriosa se investe no exercício do Poder Constituinte. Este se manifesta

pela eleição popular ou pela revolução. Esta é a forma mais expressiva e mais radical do Poder

Constituinte. Assim, a revolução vitoriosa, como Poder Constituinte, se legitima por si mesma.

Ela destitui o governo anterior e tem a capacidade de constituir o novo governo. Nela se contém

a força normativa, inerente ao Poder Constituinte. Ela edita normas jurídicas sem que nisto seja

limitada pela normatividade anterior à sua vitória. Os Chefes da revolução vitoriosa, graças à

ação das Forças Armadas e ao apoio inequívoco da Nação, representam o Povo e em seu nome

exercem o Poder Constituinte, de que o Povo é o único titular. O Ato Institucional que é hoje

editado pelos Comandantes-em-Chefe do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, em nome da

revolução que se tornou vitoriosa com o apoio da Nação na sua quase totalidade, se destina a

assegurar ao novo governo a ser instituído, os meios indispensáveis à obra de reconstrução

econômica, financeira, política e moral do Brasil, de maneira a poder enfrentar, de modo direto

e imediato, os graves e urgentes problemas de que depende a restauração da ordem interna e

do prestígio internacional da nossa Pátria. A revolução vitoriosa necessita de se institucionalizar

e se apressa pela sua institucionalização a limitar os plenos poderes de que efetivamente

dispõe.”

(Trecho do Ato Institucional nº 1 de 9 de abril de 1964)

a. Baseado no texto acima, cite os episódios finais que antecederam a Revolução

Democrática de 1964: (4 escores)

Rsp: O discurso de Jango no Comício da Central do Brasil, RJ√; a Revolta dos Marinhei-

ros√; a Marcha da Família com Deus pela Liberdade√ e a Reunião dos Praças das Forças

Armadas no Automóvel Clube do Brasil, com a presença de Jango√.

[CAM19HM – Ass H: UD XVIII Brasil: Os Governos Militares (1964-1985), Conteúdo Essencial, UD I – Portal de Educação do Exército]

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SOLUÇÃO Nr Matrícula

EsAO – Div Ens – CEAD / CAM E CAO MED – AF3 – Parte Única – 2019 - 18 -

Continuação Doc Nr 4

ITEM 10 (4 escores)

“O período 1968-1973 é conhecido como "milagre" econômico brasileiro, em função das

extraordinárias taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) então verificadas, de 11,1%

ao ano (a.a.). Uma característica notável do "milagre" é que o rápido crescimento veio

acompanhado de inflação declinante e relativamente baixa para os padrões brasileiros, além de

superávits no balanço de pagamentos.”

(“Determinantes do “milagre” econômico brasileiro (1968-1973): uma análise empírica – Fernando A. Veloso, André Villela e Fabio Giambiagi – Rev. Bras. Econ. Vol 62, nº 62 Rio de Janeiro Apr/June 2008, acessada na página eletrônica da Scielo, www.scielo.br, em 28/08/2019.)

Baseado nessas informações, atenda ao que se segue.

Cite quatro razões que propiciaram o Milagre Econômico Brasileiro, no contexto

econômico e de planejamento: (4 escores)

Rsp: Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG) √; Criação do Conselho Monetário

Nacional, do Banco Central e do Banco Nacional de Habitação (BNH) √; Instituição do

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) √; Criação do Instituto Nacional de

Previdência Social (INPS) √; Os estímulos ao desenvolvimento industrial, especialmente

à automobilística e à produção agrícola√; Controle do sistema financeiro, dos incenti-

vos tributários e da redução do custo da mão-de-obra√.

[CAM19HM – Ass H: UD XVIII Brasil: Os Governos Militares (1964-1985), Conteúdo Essencial, UD I – Portal de Educação do Exército]

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SOLUÇÃO Nr Matrícula

EsAO – Div Ens – CEAD / CAM E CAO MED – AF3 – Parte Única – 2019 - 22 -

Continuação Doc Nr 4

ITEM 11 (4 escores)

“O Brasil tem ocupado cada vez mais destaque no cenário de operações de paz sob a

égide das Nações Unidas.

Em diferentes regiões do globo, uma força militar de mais de 95 mil capacetes azuis,

cujas missões são lideradas pelo Departamento de Operações de Manutenção da Paz das

Nações Unidas (DPKO), atua para resolver conflitos da melhor forma possível: por vias pacífi-

cas. Deste quantitativo cerca de 250 brasileiros, dentre militares das Forças Armadas e Polici-

ais, contribuem para promover ou manter a paz em regiões de conflito.

A participação do Brasil em Operações de Manutenção de Paz remonta a datas anterio-

res à criação da Organização das Nações Unidas (ONU). De fato, mesmo não fazendo parte

da Liga das Nações desde 1926, o Brasil teve papel fundamental, na década de 30, na media-

ção no “Conflito de Letícia”, entre Colômbia e Peru.

Já na fase inicial da vida da ONU, o Brasil participou com diplomatas e observadores

militares na Comissão Especial das Nações Unidas para os Bálcãs (UNSCOB), na porção me-

ridional da Europa, criada para monitoramento fronteiriço em face das tentativas de intervenção

da Albânia, Bulgária e Iugoslávia na guerra civil grega.

O primeiro envio de tropas a um país estrangeiro teve início em 1956, com a participação

na Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF), criada para evitar conflitos entre egípcios

e israelenses e pôr fim à Crise de Suez.

O Brasil assumiu tarefas de coordenação e comando militar de importantes operações,

como no Haiti (MINUSTAH/2004) e no Líbano (UNIFIL/2011), o que trouxe prestígio à política

externa do País, aumentando a projeção brasileira no cenário mundial. Enquanto a primeira

trouxe a relevo nossa participação fundamental para a consecução da estabilidade política da-

quele país (Haiti), a segunda se destaca por possuir o Brasil na liderança da única força naval

atuando pela ONU no mundo.”

(Missões de Paz, acessado na página eletrônica do Ministério da Defesa, www.defesa.gov.br,

em 28/08/2019)

Baseado nessas informações, atenda ao que se segue.

Em relação à evolução do conceito de Missão de Paz, CITE os tipos previstos de Missão

de Paz: (4 escores)

Rsp: Manutenção da Paz√; imposição da Paz√; de Pacificação√; e de construção da Paz√.

(CAM19HM – Ass I: Participação do Brasil em Operações sob a Égide de Organismos Internacionais, Conteúdo Essencial,

UD I – Portal de Educação do Exército)

FIM DA AVALIAÇÃO