StoryTraining

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www.ateliecorporativo.com.br 55 11 5078.8540 [email protected] Como a ficção pavimenta a realidade O ser humano é, essencialmente, um contador de histórias. Em toda a cultura humana, há forte presença de narrativas tradicionais. Elas sempre nos interessaram e sempre nos interessarão, naturalmente, porque nossas vidas são histórias. Só isso já justificaria seu alto consumo – livros, cinema, teatro, canções, games etc. Não bastasse isso, cada vez mais especialistas em diversas áreas, ligados a Psicologia, Linguagem e Literatura, Neurologia, dentre outras, concordam que a força de persuasão e convencimento é maior quando nos envolvemos com personagens em Arte em Gente e Gestão Mônica Peres DO CAOS À REORGANIZAÇÃO conflito do que quando diante de discursos argumentativos, cuja principal finalidade seria justamente convencer. Não por acaso, os comerciais que geralmente admiramos e fixamos na memória se valem de componentes narrativos, expedientes largamente utilizados na publicidade. Assim, a empresa de telefonia participa do sucesso do gol junto com o atacante quando este carrega seu nome impresso na camiseta; o café instantâneo e o perfume fazem parte do drama da mocinha da novela. Num exemplo bem recente, no rádio, ouvimos Cinderela telefonar à seguradora para pedir ajuda, uma vez que seu veículo se transformou em uma abóbora, justo no dia em que perdeu seu sapato... O fato é que com as histórias aprendemos a lidar com nossos medos, por exemplo. Muitos gostam das de terror, outros preferem suspense. Sentimo-nos desafiados, participando das aventuras dos heróis, sem correr riscos reais; buscamos o prazer provocado pela adrenalina, e, como lucro, exercitamos razão e emoção, aumentamos nosso conhecimento, treinamos para a vida. A simulação, há muito se sabe, é fundamental ao desenvolvimento social e do raciocínio durante as várias fases de crescimento. O que as teorias apontam, agora, é que ela tem a mesma importância na vida adulta, na maturidade. Os estudiosos suspeitam que sobretudo as histórias de mistério e enigmas têm alto potencial de colaborar para a assimilação de comportamentos e exercitar nossa capacidade de escolha. E ainda, analisam que os “finais felizes’”, recompensas de comportamento socialmente desejáveis, produtivos, são fundamentais para a sobrevivência e a evolução da sociedade. As correntes contemporâneas estudam a literatura sob diversas óticas, todas convergindo para a força da ficção www.ateliecorporativo.com.br 55 11 5078.8540 [email protected]

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Metodologia de Treinamento, Atelie Corporativo, Andragogia, Aprendizado de Adultos

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Como a ficção pavimenta a realidade

O ser humano é, essencialmente, um contador de histórias. Em toda a cultura humana, há forte presença de narrativas tradicionais. Elas sempre nos interessaram e sempre nos interessarão, naturalmente, porque nossas vidas são histórias. Só isso já justificaria seu alto consumo – livros, cinema, teatro, canções, games etc. Não bastasse isso, cada vez mais especialistas em diversas áreas, ligados a Psicologia, Linguagem e Literatura, Neurologia, dentre outras, concordam que a força de persuasão e convencimento é maior quando nos envolvemos com personagens em

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Mônica Peres

DO CAOS À REORGANIZAÇÃO

conflito do que quando diante de discursos argumentativos, cuja principal finalidade seria justamente convencer.

Não por acaso, os comerciais que geralmente admiramos e fixamos na memória se valem de componentes narrativos, expedientes largamente utilizados na publicidade. Assim, a empresa de telefonia participa do sucesso do gol junto com o atacante quando este carrega seu nome impresso na camiseta; o café instantâneo e o perfume fazem parte do drama da mocinha da novela. Num exemplo bem recente, no rádio, ouvimos Cinderela telefonar à seguradora para pedir ajuda, uma vez que seu veículo se transformou em uma abóbora, justo no dia em que perdeu seu sapato...

O fato é que com as histórias aprendemos a lidar com nossos medos, por exemplo. Muitos gostam das de terror, outros preferem suspense. Sentimo-nos desafiados, participando das aventuras dos heróis, sem correr riscos reais; buscamos o prazer provocado pela adrenalina, e, como lucro, exercitamos razão e emoção, aumentamos nosso conhecimento, treinamos para a vida. A simulação, há muito se sabe, é fundamental ao desenvolvimento social e do raciocínio durante as várias fases de crescimento. O que as teorias apontam, agora, é que ela tem a mesma importância na vida adulta, na maturidade.

Os estudiosos suspeitam que sobretudo as histórias de mistério e enigmas têm alto potencial de colaborar para a assimilação de comportamentos e exercitar nossa capacidade de escolha. E ainda, analisam que os “finais felizes’”, recompensas de comportamento socialmente desejáveis, produtivos, são fundamentais para a sobrevivência e a evolução da sociedade.

As correntes contemporâneas estudam a literatura sob diversas óticas, todas convergindo para a força da ficção

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Porém as narrativas ainda são muito pouco utilizadas na educação para adultos, sobretudo, na educação corporativa. A Andragogia já contribuiu bastante para a área ao indicar o uso do universo lúdico como estratégia para diminuir resistências, potencializar a construção do conhecimento, provocar mudanças. Daí os jogos corporativos, as simulações e dramatizações, e até o uso de trechos de filmes em treinamentos, por exemplo.

A aderência das corporações ao Storytelling reflete as novas teorias e investigações, mas é ainda um bocado restrita. Pesquisas como a da Dra. Lisa Zunshine, da Universidade de Kentucky, e análises como a de Jonathan Gottschall em The Storytelling Animal: How Stories Make Us Human sugerem que o potencial narrativo é muito, muito maior.

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É durante o desenvolvimento de enredo, no processo de acompanharmos uma história e envolvermo-nos com dúvidas, angústias, erros e acertos, que mais nos permitimos olhar o mundo sob novas formas. Acompanhando tramas que não vivemos de fato, mas semelhantes às que conhecemos, e antecipando escolhas e atitudes, nem sempre como faríamos em nossa vida cotidiana, permitimos que um certo caos se instaure. Entregamo- nos a reflexões e paixões distintas das nossas, desorganiza nossa mente e nossas emoções, permitindo que descubramos novas alternativas, ou seja, permitindo que reorganizemos estruturas mentais, padrões de pensamento, afetividade e comportamento. O que está no coração da aprendizagem de adultos.

O StoryTraining do Ateliê Corporativo serve-se exatamente da força da narrativa. As atividades são realizadas sobre um pano de fundo ficcional, levando os participantes a um maior envolvimento, a escolhas e respostas menos controladas. Saindo da zona de conforto, ampliamos nossos limites de visão e ação, e facilitamos mudanças saudáveis em nosso trabalho. A metodologia, para além de prazerosa, potencializa tanto a revelação de padrões mentais e de comportamento, quanto a descoberta de alternativas produtivas e eficazes em situações similares que os treinandos vivenciam em sua rotina. Do caos, eles produzem uma nova ordem.

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