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    Possibilidade de organizaotctica para momentos especiaisdo jogo de andebol: Ataque emSuperioridade e InferioridadeNumrica.

    Paulo Jorge de Moura Pereira

    Introduo

    Frequentemente, no Andebol,produzem-se duelos que no sosimtricos, dando-se uma situao devantagem numrica por parte dosgrupos enfrentados (Antn, 1998)resultantes da excluso temporria porum perodo de dois minutos de um ouvrios jogadores por aplicao da regra16 do regulamento do jogo de Andebolda Federao Internacional (IHF).

    Existem diferentes estudos queajudam a compreender o que ocorrenestas circunstncias, testemunhandoque se verificam de 4 a 7 excluses por jogo (Enriquez e Falkowski, 1988;Aguilar, 1998; Rocha, 2001; Sanzet al ,2004). Nos estudos de assimetria(desigualdade numrica) tambm seanalisam a eficcia e zonas delanamento, nmero de posses de bola,tipos de sistemas defensivos eofensivos, diferenas relativas aomomento do jogo e ao resultado, porexemplo, ou seja, motivos de sobra parase tratar este tema que se insere nassituaes especiais de jogo com a maiorresponsabilidade. Corroborando aimportncia que deve ser atribuda aosmomentos de jogo em que necessrio jogar em desigualdade, existemtreinadores que referem que em jogosigualados a diferena pode mesmo estarna eficcia em situao de superioridade

    numrica (SN). Num estudo efectuadopor Sanz et al (2003), tendo comoamostra as cinco primeiras equipasclassificadas da liga ASOBAL da poca2002/03 num total de 14 jogos,

    concluiu-se que mesmo sem significadoestatstico, existiu maior xito emsituao de igualdade numrica ofensivaque em superioridade. Este resultado confirmado pelo estudo de Aguilar(1998) que refere uma eficcia em SNde 49.3%. Ainda quanto eficcia doataque em SN, estudos mais antigos(Antn, 1994 e Leon, 1998) apresentammelhores resultados: 58.18% e 55.14%respectivamente. Por outro lado,tambm refere que quando as equipasatacam em SN existe um aumento deerros, cuja causa pode estar,provavelmente, na tendncia parafinalizar mais rpido. A maiorfacilidade em conseguir uma situaode finalizao mais cmoda podetambm estar na base de uma eficciade remate abaixo do esperado.

    Devemos tambm notar quequando a defesa se encontra eminferioridade numrica (IN),normalmente assume umcomportamento mais agressivoprocurando mesmo conquistar a possede bola com aces sistemticas ecoordenadas de dissuaso e intercepoa atacantes pares e sobretudo mpares.Deste modo, o facto de os sistemasdefensivos adquirirem outra

    plasticidade com um funcionamentomais activo na sua essncia, correndomais riscos do que em situao deigualdade numrica, pode tambmcontribuir para um resultado do ataqueabaixo do normalmente esperado. Amaior concentrao dos Guarda-Redestambm pode contribuir para que afinalizao possa estar mais dificultada.

    Um estudo de Rocha (2001)

    tendo como amostra 24 jogos doCampeonato Nacional de Portugal da 1

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    Diviso de Seniores Masculinos refereque em SN defensiva, a maioria dasequipas altera o sistema defensivooptando por formatos mistos(normalmente o sistema 5+1) e se no o

    faz, o sistema utilizado adquirenormalmente maior profundidade.

    Este comportamento defensivoobriga planificao de diferentes tiposde actividades no sentido de dar umamaior versatilidade ao processoofensivo, de forma a que os jogadorespossam estar preparados para solucionarproblemas decorrentes da utilizaodestes formatos defensivos, queprocuram reduzir o tempo definalizao e a recuperao da posse dabola. Actualmente, a evoluo do jogono permite somente conservar a possede bola at recuperar o jogador ou jogadores excludos, pelo que necessrio, pelo menos, conseguirigualdade numrica numa determinadazona do campo e condies parafinalizar com possibilidades obter golo.

    Se considerarmos a final da ligados Campees deste ano (2007/08),entre o Ciudad Real e o Kiel podemosconstatar que no primeiro jogo houve 10excluses e no segundo 6, o que sugereque necessrio garantir um elevadonvel de eficincia em jogo,independentemente da configuraonumrica em que nos encontramos. Poroutro lado, planificar o trabalho dos

    sistemas defensivos mais adequadospara actuar com ou sem vantagemnumrica assume uma importnciadecisiva para a conquista de umresultado positivo. De facto,considerando o total de vezes em que seproduziu assimetria em ambos os jogos,o Ciudad Real apresenta uma eficciaglobal de 61.9% superando o Kiel com45.4%, demonstrando tambm em SNofensiva 60% de eficcia contra 46.1%

    do Kiel; do mesmo modo, em situaode IN ofensiva, o Kiel tambm

    apresenta um pior resultado com 44.4%contra 63.6% do Ciudad Real. Estesdados sugerem que um dos factores quetambm poder ter contribudo para avitria do Ciudad Real da liga dos

    Campees de 2007/08 ter sido acapacidade para solucionar problemasnas relaes de assimetria que ambos os jogos apresentaram.

    Ataque em inferioridade numrica

    Como referem Lus e IgncioChirosa (1999), se considerarmos queuma equipa tem cerca de 5 exclusespor jogo, isso significa estar eminferioridade numrica perto de 20% dototal do tempo de jogo (sempre que oadversrio no tenha nenhum jogadorexcludo). Por esta razo, razovelpensar que deveramos ento dedicar aotreino cerca de 20% de trabalhodestinado a preparar aces ofensivasnesta circunstncia.

    Vrios so os factores quepodem condicionar a planificaoquanto ao modelo de jogo a seguir, taiscomo a experincia do treinador ou ascaractersticas dos jogadores quecompem a equipa, no entanto asopes devem sempre ter comoobjectivo, conquistar espaos de jogoeficazes e pelo menos uma situao de

    igualdade numrica em determinadoespao do campo respeitandosistematicamente princpios do jogocomo a continuidade, profundidade,amplitude e a mudana de ritmonecessria e muito importante parapoder gerar desequilbrios. Nestecenrio, necessrio tambm contarcom factores chave para se atingir umbom resultado como podem ser o tempode jogo ou o resultado de forma a poder

    optar por estratgias mais ou menosarriscadas. Por outro lado, o modelo de

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    fazem com que o imprevisto seja umaconstante obrigando a uma necessria epermanente adaptabilidade doscomportamentos ofensivos. O drible(utilizado de forma apropriada), a

    fixao, o bloqueio e o ecr, ocruzamento e o aclaramento, ou acirculao de jogadores so os meiostcnicos e tcticos mais utilizados noandebol actual. Estes meios tcticospodem surgir isoladamente ou emconjugao, de forma premeditada oumesmo espontnea em determinadosmomentos do jogo. S o treino poderfazer com que os elementos do jogopossam ser reconhecidos pelosintervenientes em proveito prprio.Constatamos em qualquer dasfiguras, a possibilidade de estabelecerrelaes ofensivas, sobretudo entrepostos contguos em determinadaszonas do campo (Fig.3), ao mesmotempo que se percebe que a distribuiodo espao tambm muda quandocomparamos com o jogo em igualdadenumrica. Agora existem zonas quedevem ser compartidas por diferentes jogadores e em permanentereajustamento.

    Fig.3 Defesa mista com marcao ao central,permite estabelecer relaes 2X3 prximo dabola e 2X2 longe da bola.

    Considerando a situaoanterior, e no caso de existir espaoentre linhas defensivas por marcaoestrita ao central, a proposta deexerccio surge representada na figura 4.

    O objectivo ser o de fixar o defensorcentral com ou sem apoio do extremopara tentar desequilibrar com umaclaramento por parte do extremocontrrio. Apenas h que definir por

    onde comear. Neste exemplo oextremo direito (ED) procura fixar ompar para posteriormente o lateraldireito (LD) fixar o central. Estainteno pode ser limitada por dissuasodo defensor que est no exterior(quando a bola est no LD) ou pelodefensor central (quando a bola est noED). Neste caso a gesto das distncias,a desmarcao para receber e autilizao apropriada do drible sodeterminantes para se poder atingir oobjectivo.

    Fig.4 Fixao do defensor central seguido deaclaramento efectuado pelo extremo do ladooposto.

    Aps fixao do defensor centralconsegue-se produzir uma igualdadenumrica esquerda cumprindo umprimeiro objectivo. Em continuidade, oextremo esquerdo (EE) desmarca-separa o interior (aclaramento) libertandoo espao exterior para o LateralEsquerdo (LE) beneficiar recebendo doLD que fixou ao centro. Conseguir fixardefensores mpares na zona da bola eexplorar o escalonamento dosdefensores longe da bola, so factoreschave para se conseguir chegar a zonasde finalizao eficazes.

    Por outro lado, necessriodelinear e prever aces de continuidade

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    que devero acontecer no caso de noresultar a primeira opo tcticadescrita. Sabemos que o tempo quedemora a finalizar uma sequnciaofensiva, est associado ao formato

    utilizado pelo ataque. Um ataquetransformado para obter nveis deeficcia elevados, normalmente demoramenos tempo a ser concludo (Garcia etal. 2003). As razes que podem explicareste acontecimento so, os possveisdesequilbrios provocados pelas trocasde oponente e o facto de ocorrer umaplanar (diminuio da profundidade)natural dos defensores durante atransformao, permitindo finalizaesde mdia e longa distncia com maiorcomodidade. Da mesma forma, aindaque, em situao de IN ofensiva,introduzir um jogador ou jogadoresprximo da linha de seis metros podefavorecer uma finalizao mais rpida,necessria aps a utilizao do primeirosistema (fixar o central e aclarar do ladooposto). Neste caso, est previsto umaaco tctica encadeada com outra, deforma sequencial.

    A fig.5 mostra um sistema decontinuidade possvel tendo em conta asconsideraes anteriores.

    Fig.5 Sistema de continuidade com circulaodo ED cruzando com o LD.

    Como podemos observar, no seproduziu qualquer tipo de desequilbriodado que o defensor do exterior nopermitiu a penetrao do EE colocando--o na frente do defensor lateral

    assumindo assim a responsabilidade doLE (troca de marcao) que teria comointeno a explorao do exterior (zonaaclarada pelo EE).

    Fig. 6 Cruzamento do ED com LD

    aps o regresso ao dispositivo inicial.

    Depois de todos regressarem posioinicial, produz-se um cruzamento entreo LD e o ED com o objectivo de fazercircular o ED. Ao observarmos a figura6, poderemos imaginar diversas formasde continuidade, esta apenas umadelas e mais do que um movimentoofensivo fechado, um ponto de partidapara culminar o ataque.

    Fig.7 Possveis solues paraculminar o ataque utilizando o sistema decontinuidade.

    O ED aps cruzamento com oLD deve procurar espaos que possamgerar perigo antes ou depois de passar abola ao LE. Normalmente, os extremosso jogadores com maior mobilidadeque os defensores centrais ou lateraispelo que um factor a explorar nestacircunstncia. Assim, deve observar a

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    Ataque a defesa 5:1

    O sistema defensivo 5:1apresenta menos espao entre linhas

    defensivas que o diferenciam do casoanterior (5+1) definindo-o como umsistema mais fechado, no entanto, a suaestrutura pode ter tambmcaractersticas de funcionamento activoprocurando a conquista da bola e adiminuio do tempo de finalizao doataque.

    Fig.9 Circulao do EE seguido decruzamento duplo na 1 linha ofensiva.

    O exemplo proposto na figura 9mostra uma circulao de extremo (quepode ser um jogador pivot), seguida deum movimento na 1 linha ofensiva.Esta simultaneidade de movimentos temcomo objectivo fundamental, gerarerros nas trocas de marcao ao mesmotempo que procura aplanar a defesa parapossvel finalizao da 1 linha ofensiva

    durante o desenvolvimento docruzamento duplo. Existem muitosdetalhes de execuo do movimento, deforma a maximizar os problemascolocados defesa, sendo para issoimportante conhecer o comportamentodos defensores. Se o defensor avanadoactuar com pouca profundidade, o LDpode cruzar com o LE, proporcionando-lhe um ecr (aplana o defensoravanado e reposiciona posteriormentea LE). Como podemos perceber pelaobservao da fig.10, possvel com o

    movimento conseguir uma relaotemporria de igualdade direita. Se oLE no encontra possibilidades definalizao, deve continuar com passepara a direita ou para o EE, agora a

    actuar como jogador pivot.

    Fig.10 Igualdade numrica temporria

    imagem do exemplo anterior,de ataque em IN contra 5+1, sernecessrio ter um sistema decontinuidade que permita seguir em jogo integrando aces de formasequencial com o objectivo de produzirdesequilbrios e prolongar o ataqueevitando a sano por jogo passivo. Oprimeiro movimento, implica que os jogadores da 1 linha ofensiva saibam jogar noutras zonas que no a quehabitualmente lhe est destinada. Se nose conseguiu finalizar, o LD reposicionana posio de LE, o Central est agorana posio do LD que est ao centro. Seno quisermos ter nunca o LD naposio de LE, deveremos optar poriniciar o movimento pelo ED, pois destaforma, o sistema de continuidade iniciacom o central na posio do LE (agora aLD), e o LD ao centro. Cabe aotreinador planificar as actividades emfuno das necessidades da equipa.Tomando como exemplo, o primeirocaso (inicio do movimento pelo EE),uma soluo de continuidade possvel, fazer circular o central (agora a LD) que

    procura apoio do ED, para entrar e saira LE (transformao falsa). O LE (ao

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    centro), recebe do ED devendo verificarse existem condies para finalizar, oupassa ao LD que recebe ao centro(figura 11). O LD pode a partir daquiestimular uma permuta na 1 linha e

    assim regressar sua posio inicial.Enquanto isto, o EE deve reposicionaraproveitando os espaos quehabitualmente se criam com o aumentode profundidade dos defensores.

    Fig. 11 Sistema de continuidade aps acirculao do EE e cruzamento duplo na 1linha.

    Uma possvel variante poderia ser umbloqueio do Central (a LD) ao defensoravanado para o LE (ao centro)beneficiar e finalizar com remate da 1linha como mostra a figura 12.

    Fig. 12 Variante do sistema de continuidade.

    A sequncia das aces, deve terideias condutoras, mas no deve serrgida, pelo que em vez de treinarmosdecises treinaramos somente factores

    relacionados com a memria, pecandopor insuficincia, tendo em conta que o jogo um meio sistematicamente emmudana, exigindo dos intervenientesuma adaptao constante com tomadas

    de deciso sucessivas. Nodesenvolvimento destas aces importante nunca perder de vista oobjectivo fundamental que significaencontrar espao e tempo paraconseguir finalizar nas melhorescondies para conseguir o golo. Os jogadores devem ter presente quais soas ideias bsicas dos movimentos aaplicar, mas o que sustenta o jogofortificando-o so os princpios que lheesto associados. Sabemos qual asequncia mas em qualquer momentopodemos encontrar outra soluo, que,isso sim, deve ser identificada portodos, da a importncia decisiva dotreino na busca das diferentespossibilidades.

    Ataque a defesa 6:0

    O movimento seleccionado paraatacar esta defesa, idntico aoutilizado contra o sistema defensivo 5:1,pelo que o objectivo a atingir facilmente perceptvel.

    Circula um extremo (que podeser um jogador pivot) aps cruzamentocom o lateral contguo e produz-se ummovimento na 1 linha ofensiva decruzamento entre laterais e troca deposto do central que ocupa o posto de

    LD (figura 13).

    Fig. 13 Circulao do EE seguido decruzamento entre laterais.

    LE

    C

    LD

    C

    LELD

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    O EE procura posicionar-seentre os defensores central e lateralantes de passar a bola ao LD que recebeem movimento e cruza com o LE. Ocentral recebe do LE e tenta explorar

    uma possvel igualdade numricatemporria direita do ataque. O LDreposiciona no posto de LE e este aocentro. O sistema de continuidade semelhante ao descrito no ataque defesa 5:1, at por questes de reduode contedos tcticos a conhecerincludos no modelo de jogo (figura 14).

    Fig. 14 Sistema de continuidade utilizado apso primeiro movimento.

    A reposio do extremo, estdificultada pela presena de um maiornmero de defensores, pelo que devepermanecer mais tempo como jogadorpivot, observando se existem espaospara uma possvel reposio (figura 15).

    Fig. 15 A reposio do EE agora estdificultada pela presena de um maior nmerode defensores na 1 linha defensiva.

    O ecr do Central (agora a LD) aum dos defensores centrais aps passeao ED, pode possibilitar umafinalizao rpida do LE aps receber abola do ED, constituindo uma possvel

    variante do sistema de continuidade,como se pode observar na figura 16.

    Fig. 16 Variante do sistema de continuidadepara finalizao do LE.

    A rapidez na construo econsolidao do modelo de jogoofensivo de ataque em IN, juntamentecom a qualidade tcnica e tctica dos jogadores vai definir as possibilidadesda equipa atingir patamares maiselevados de organizao.

    LE

    C

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    LE

    C

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    C

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    Ataque em Superioridade numrica

    Existem estudos quedemonstram uma forte correlao entre

    eficcia em situao de SN ofensiva eresultado final do jogo (Prudente,et al ,2000; Silva, 1998), pelo que, garantirboas condies de finalizao deve serum objectivo essencial.

    importante considerar queatacar nesta circunstncia, significa ter j uma vantagem adquirida, quer deposio quer numrica, que deve serexplorada conservando o mais possvelo posto especfico, sem recorrer a meiostcticos que impliquem o seu abandono.Podem existir casos, determinados pelascarncias tcnicas ou caractersticas dos jogadores, em que os meios tcticos autilizar podem ser diferentes dos queaqui vo ser propostos. Seria um erroplanificar aces ofensivas em SN,destinadas a que determinado jogadorseja o centro da tomada de deciso semque este tenha ferramentas susceptveisde gerar boas respostas tcticas. Damesma forma, prever soluesgarantidas por bloqueios do pivot nosabendo este utilizar adequadamenteeste meio tctico, conduziria certamenteao fracasso.

    A figura 17 mostra uma acoque implica a tomada de deciso do LEaps receber do jogador Central. Aaproximao do LE tambm podeocorrer aps drible. O que definir o

    xito do movimento tctico, sodetalhes de operacionalidade econcentrao em todos os indcios, atporque normalmente os defensoresadquirem maior actividade eprofundidade.

    O central, deve garantirproximidade ao LE, para dificultar apossvel aco de dissuaso do defensorlateral, e para que sejam libertados maisespaos longe da bola a serem utilizados

    pelo LD, ou ED quando se produz aaproximao do LE ao espao

    compreendido entre os defensoreslateral e central. Dessa localizao, oLE deve escolher a melhor soluo emfuno das circunstncias.

    Fig. 17 Tomada de Deciso do LE apsataque ao espao inter-defensores

    Se a dissuaso do defensorlateral no existir, o passe ao centralseria outra possibilidade decontinuidade.

    Outro movimento comcaractersticas semelhantes (figura 18),define como protagonista da deciso atomar, o jogador central.

    Fig. 18 Tomada de deciso do Central apsataque ao espao inter-defensores

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    necessrio que o LE procedaanteriormente fixao para o exteriordo defensor lateral, garantindo ocumprimento dos princpios ofensivosda amplitude e profundidade, aomesmo tempo que procura assistircompanheiros em posio favorvel definalizao (sobretudo pivot e extremocontguo).

    Nesta circunstncia o pivot estagora posicionado entre os defensorescentral e lateral prximo da zona dabola e se no receber do LE, devereadaptar a sua posio para garantirvantagem para receber do Central, quepor sua vez, deve optar pela melhorsoluo de continuidade podendo sertambm ele a finalizar a aco.

    Fig. 19 Adaptao da posio do pivot apspasse do LE ao Central

    Neste caso, considerou-se aprovenincia da bola, a partir do LE,ou seja prximo da zona do pivot.Poderemos configurar a chegada dabola ao Central vinda do LD,sobretudo para criar mais problemas saces de dissuaso por parte dosdefensores laterais ou central (Fig.20).Desta forma o pivot poder fixardefensores longe da bola e impediruma possvel dissuaso par dodefensor central. O pivot devereconhecer o espao e tomar ainiciativa de desmarcar para receber doLD.

    Fig.20 Provenincia da bola do ladocontrrio ao posicionamento do pivot.

    Estes so apenas algunsexemplos de como finalizar aces emSN tendo em conta a manuteno doposto especfico sem recorrer a meiostcticos como o cruzamento ou apermuta que implicam mudana deposto especfico. A operacionalidadedos movimentos ofensivos deveobedecer a detalhes que marcamclaramente a diferena entre conseguirou no uma boa situao definalizao. Cabe equipa tcnicaoptar pelas solues que melhor seadaptam s caractersticas dos seus jogadores.

    Como vimos anteriormente, emmuitos jogos, cerca de 20% do tempodecorre em assimetria funcional o queobriga a que a planificao dasactividades seja elaborada atendendo importncia desta referncia. Por outrolado, so aspectos psicolgicos quepodem condicionar o rendimento econsequentemente o resultado final.

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