Suplemento Feira de Maio

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fotos arquivo O MIRANTE faz parte integrante da edição n.º 993 deste jornal e não pode ser vendido separadamente SUPLEMENTO ESPECIAL FEIRA DE MAIO 2010 O MIRANTE SEMANÁRIO REGIONAL - DIÁRIO ONLINE Azambuja não vai parar nos próximos cinco dias Feira de Maio arranca esta quinta-feira e prolonga-se até segunda. Durante cinco dias Azambuja não vai parar. As largadas de toiros vão fazer os mais afoitos saltar das tranqueiras durante a Feira de Maio de 27 a 31. A fadis- ta Carminho, o humorista Herman José e os Expensive Soul fazem o resto da festa. Entrevista, reportagens e programa da festa da página II à VII FEIRA DE MAIO AZAMBUJA 2010

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O MIRANTE | 27 Maio 2010 SOCIEDADE | 1

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O MIRANTESEMANÁRIO REGIONAL - DIÁRIO ONLINE

Azambuja não vai pararnos próximos cinco dias

Feira de Maio arranca esta quinta-feira e prolonga-se até segunda. Durante cinco dias Azambuja não vai parar. As largadas de toiros vão fazer os mais afoitos saltar das tranqueiras durante a Feira de Maio de 27 a 31. A fadis-ta Carminho, o humorista Herman José e os Expensive Soul fazem o resto da festa. Entrevista, reportagens e programa da festa da página II à VII

Feira de Maio

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Foi um menino rebelde. Afrontou o chefe da estação de comboios de Azambuja e zangou-se com o comandante de bombeiros da época. Foi Maria Luísa quem fez assentar José Nalha Cruz, filho de negociantes de vassouras de piaçaba, que aos 21 anos foi trabalhar como motorista das OGMA, em Alverca, e falhou uma carreira no futebol profissional. Começou em Azambuja o seu projecto de vida numa casa pequena de 200 escudos de renda. Com o presépio a ocupar o espaço da sala de jantar durante todo o ano porque não havia dinheiro para mobílias.

É manhã de sexta-feira na vila de Azambuja. Nas ruas já se sente a in-tensidade dos últimos preparativos da Feira de Maio. José Nalha Cruz entra num dos cafés centrais. Tem 73 anos e conserva o porte atlético de jogador de bola auspicioso a quem o destino não deu a oportunidade merecida.

Não é homem de sentar-se no café. Avisa a empregada de que a conta está por sua conta. Olha o relógio, gesto que repetirá mais vezes. Os quatro hectares de pomar e horta já foram tratados pela manhã, mas há ainda o almoço do neto para preparar.

Quem diria que é este o menino rebelde, filho de negociantes de vas-souras de piaçaba, que em tempos brigou com o chefe da estação de comboios e fez cair involuntariamente um antigo comandante dos bombeiros depois de um desacato com um solda-do da paz por causa de um bilhete de cinema porque ele era “bombeiro e não porteiro”? “Quando o comandante veio falar comigo desviei-me, ele bateu na

O presépio ocupava a sala todo o ano porque não havia dinheiro para mobíliasJosé Nalha Cruz, azambujense de coração, recorda as vivências de uma vila rural

parede e partiu os óculos”, recorda. As memórias deixam um sorriso

malandro no rosto de José Nalha. “Eu era do piorio”, reconhece. Com o chefe da estação aconteceu tudo porque o edifício estava pintado de fresco e os miúdos entretinham-se a moldar letras na cal. “Lá fui eu para a cadeia”.

O comandante do posto da Guar-da Nacional Republicana, o senhor Barata, dizia-lhe: «Ó Nalha, não há casamento ou baptizado em que não apareças». “Eles pegam comigo”,

respondia-lhes. Se lhe lançavam ras-tilho o jovem explodia no esplendor da juventude.

A vida mudou por volta dos 21 anos quando Maria Luísa engravidou e José Nalha começou a trabalhar nas OGMA, em Alverca, onde esteve como motorista durante mais de trinta anos. “Depois do 25 de Abril deram a possibilidade aos trabalhadores de estudarem. Ia levá-los de autocarro a Lisboa às 17h00 e às 19h00. E depois ia à cozinha económica de Alcântara

à espera dos estudante que saíam à meia noite. Apanhava o comboio da 1h30 da manhã para Azambuja e o das 5h30 para Lisboa”, descreve.

A esposa, quatro anos mais nova, era filha de pescadores. A sogra não aceitou de início o namoro. “Eu an-dava na tropa e a minha sogra dizia: «ele não é nada. Ainda se fosse um sargento!»”.

Foram viver com os pais de José Nalha, mas o casal acabou por alugar casa. Maria Luísa deixou de trabalhar

Ana Santiago

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quando se tornou mãe. Era a esposa que orientava as finanças da casa. Tiveram quatro filhos. Dois morre-ram ainda pequenos. O marido fazia questão de assegurar o rendimento da família. Na primeira casa pagavam 200 escudos de renda de casa. Depois apareceu uma outra vaga por 400 escudos com mais comodidades. Na altura o casal já tinha dois filhos.

Para encher a nova residência ti-nham a cama, uma cómoda, uma mesa e pouco mais. “No Natal fazíamos um presépio. Estava lá todo o ano. Não tínhamos mobília nem queríamos nada fiado”, diz entre sorrisos à distância de muitas décadas.

Um dia uma vizinha amiga da mulher ganhou o totobola. Vinte e tal contos. A sorte grande. Compraram finalmente a mobília e o presépio passou a cumprir a tradição sazonal. A primeira televisão e frigorífico - comprados em segunda mão a uma taberna do centro da vila - só chegaram depois da venda de uma bezerra que o pai lhe ofereceu.

Maria Luísa partiu há cerca de cinco anos. Desde aí que se esbateu a alegria de viver de José Nalha. Foram compa-nheiros de uma vida, mas só casaram há 12 anos. Remate de uma união que deu até agora muitos frutos: dois filhos, cinco netos e três bisnetos.

Para preencher o tempo ocupa-se entre laranjeiras, nespereiras e morangueiros. Às refeições come sobretudo peixe. Por ano cria 500 frangos, mas a carne vai toda para a família. “Compro todos os anos me-tade de uma vaca, mas eles a pouco e pouco é que a vão levando”. Gosta de apanhar melancias e saboreá-las ao calor. O sossego do campo é o seu lugar preferido.

QuANdO As chEIAs ROubAvAM O susTENTO dOs hOMENs

Quando a cheia vinha ao campo, nos tempos de uma Azambuja rural, faltava o pão em casa de quem tirava o sustento da terra. José Nalha Cruz, filho de negociantes de vassouras, nunca andou descalço nem passou privações, mas tomava as dores de quem trabalhava de sol a dar e tinha que pedir para comer.

“Lá iam os filhos, coitadinhos, com

O fIlhO dOs NEgOcIANTEs dE vAssOuRAs dE pIAçAbA

José Nalha Cruza, filho único, nas-ceu na Chamusca a 25 de Novembro de 1936, mas saiu da terra aos dois anos de idade. Na Castanheira do Ribatejo, para onde seguiram os pais, ganhou a paixão pela bola. “Jogáva-mos numa lixeira que havia quase ao pé da Vala do Carregado. Havia ali um bocado de terreno e ali é que era o nosso campo de futebol”.

Quando o menino tinha dez anos os pais escolheram Azambuja para viver pela proximidade dos caminhos-de-ferro. Havia muitas remessas para despachar para o Porto e para outros locais do país. Produziam e vendiam vassouras de piaçaba e bracejo para

quartéis e fábricas. O pai perdeu o braço em pequeno

num acidente numa linha de caminho de ferro, mas ajudava no trabalho. Era a mãe quem dirigia o negócio. Não sabia ler nem escrever, mas desenrascava-se. “Uma dúzia custa tanto. Duas dúzias custam tanto e lá fazia as contas”. Percorria o país com amostras para tentar vender o produto e “apanhar as encomendas”. Chegava a estar aos oito dias no Norte.

Balneários de madeira e água para o chuveiro fornecida

pelos bombeirosJosé Nalha Cruz, foi capitão de equi-

pa do Grupo Desportivo de Azambuja durante 20 anos, nas décadas de 60 e 70. O antigo jogador, homenageado na última gala de aniversário do GDA, ainda é do tempo do antigo campo da bola, para lá da linha de caminho de ferro, perto do restaurante “Gaibéu”.

Quando chegou a Azambuja, acabado de sair da Castanheira do Ribatejo, juntou-se a um grupo de miúdos que gostava de bola. “Aqui na vila fazia-se uma grande distinção. O trabalhador do campo não alinhava com o caixeiro”, explica. Alguns rapazes iam para a grade. Fazer o traba-lho que faz hoje o tractor. “Eram rapazes pequenos que gradavam a terra com a ajuda de éguas. Corriam descalços por cima dos torrões”, recorda.

Quando o Grupo Desportivo de Azambuja cortou o cordão umbilical com o grupo columbófilo, onde nas-ceu, foi ocupar um primeiro andar da rua principal de Azambuja. “Vínhamos vestidos de lá pela estrada fora até ao campo”, recorda.

Só mais tarde se fizeram os marcos no campo. O engenheiro Ortigão Costa

cedeu barracas de madeira, semelhan-tes às que se usam no campo, para improvisar balneários. Os bombeiros asseguravam a água. “A água fria, de Inverno, que às vezes ficava lá oito dias”.

Quando os juniores acabaram em Azambuja foi para jogar para o Operário, em Vila Franca de Xira, onde esteve na época 1955/56. “Os jogos acabavam às 10h00 e eu vinha no comboio. Comia uma sandes e bebia uma cerveja. Quando chegava à estação abalava-me a correr para o campo de Azambuja. Para me equipar a malta fazia uma roda”.

Ganhava 80 escudos por vitória, mas acabou por saiu. Jogou andebol em Alhandra e em Alverca. “Até à Póvoa não havia ninguém que não conhecesse o Nalha”. Uma vez, num jogo contra o Sporting em Alverca, um desacato afastou-o da modalidade. “Ainda há

Apesar da irreverência do capitão de equipa o GDA ganhou, naquela época, a medalha de correcção. “Durante um ano não foi ninguém castigado”.

seis ou sete anos, bater à porta de alguém de quem não trabalhava no campo. Davam-lhe um bocadinho de pão e dão-lhe uns tostões”, conta.

A alimentação não era a melhor e alguns patrões ofereciam vinho a quem cavava. “Sabe o que era o vinho? O vinho era droga. A pessoa apanhava-se com aquela bebida e trabalhava estupidamente”. A cadência esgotante nunca lhe saiu da memória.

Se acontecia um trabalhador adoe-cer a esposa todos os fins-de-semana percorria a vila a bater às portas com um saquinho. Fazia-o para sustentar os filhos. “A minha mãe dava porque tinha possibilidades. Não sei quantos afilhados ela teve”. Às vezes organi-zavam-se bailes e o que se arranjava das entradas era para dar ao colega que doente há muito tempo.

Entrar na política nunca lhe passou pela cabeça depois da revolução dos cravos. Tem a quarta classe que só tirou já em adulto para ter acesso à carta de condução “Se fosse mais novo e andasse a estudar talvez me submetesse. Mas eu só os vejo a matar porcos e distribuir garrafões de vinho para apanhar essa malta. A mim não me apanham”.

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foto arquivo O MIRANTEINTROMISSÃO. Este ano os burros têm lugar marcado numa festa de cavalos e toiros

Burros entram na festa participando numa gincana e servindo de montada numa sessão de toureio à portuguesaAssociação Cultural Pousada do Campino promete animar convívio entre tertúlias

Uma gincana com diversos obstáculos e várias bezerras bravas para tourear com burros. É isto que promete o “Torneio de Burro”, promovido pela Associação Cultural Pousada do Campino. A iniciativa, que pretende envolver todas as tertúlias da vila, é uma das grandes novidades da Feira de Maio de Azambuja este ano.

Patrícia Cunha Lopes

O desafio está aberto a todas as tertúlias da vila de Azambuja. O objectivo é fazer de burro um percurso onde estão colocados diversos obstáculos, como far-dos de palha, bidões com pratos de farinha e bilhas com água, e muitas outras provas que os cavaleiros têm de superar de burro e de preferência sem cair da montada.

Para os mais destemidos, haverá também uma prova com bezerras bravas para tourear a cavalo nos asnos, que promete arrancar gargalhadas até aos mais sisudos.

A iniciativa partiu da Associação Cul-tural Pousada do Campino, que organiza

este “Torneio de Burro”, no dia 28 de Maio, às 15h30, na Praça do Município, inserido na Feira de Maio de Azambuja. Esta é uma novidade e uma estreia absoluta dos asnos na Feira de Maio, que se espera que sirva como pólo de atracção e convide muitos espectadores a juntarem-se à festa.

“Os burros são mais típicos e são um animal que está em vias de extinção e precisa de ser preservado, por isso lembrámo-nos de fazer esta pequena brincadeira que é também uma ho-menagem. Por outro lado, pensámos em burros e não cavalos porque estes animais são mais fáceis de manobrar por quem não sabe andar a cavalo e

são muito mais dóceis. O cavalo tem de ser mesmo muito manso para dei-xar fazer o tipo de brincadeiras que o burro deixa.”, explicou a O MIRANTE Nuno Engrácio, da direcção da Asso-ciação Cultural Pousada do Campino e responsável pela organização desta prova.

O objectivo da iniciativa é a participação de todas as tertúlias da vila de Azambuja e o convívio salutar entre elas à volta destes animais. Ao todo serão cinco burros que estarão disponíveis para realizar a gin-cana, todos provenientes da Associação Cultural de Vale Benfeito, da Aldeia Galega da Merceana, concelho de Alenquer.

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A festa está mais pobre. Joaquim Fernando Patrício Luís, filho e sobrinho de campinos, correu os campos da lezíria à ilharga dos toiros durante décadas, faleceu a 15 de Maio. Foi um dos campinos homenageados na ediçã da feira de 2007.

O campino Joaquim Fernando Patrício Luís - homenageado na edição da Feira de Maio de 2007 - faleceu a 15 de Maio último aos 74 anos. O MIRANTE acompanhou o tributo prestado há três anos e recorda a história de um homem grande.

No dia da homenagem o homem de corpo franzino, habituado às esteiras

do campo, estranha o conforto de um lugar almofadado. Não chega a encostar à poltrona as duas únicas costelas que nunca partiu ao longo de uma vida de campinagem. “Tenho alguma mágoa de já não poder montar a cavalo. Tenho aqui uma perna que não me deixa. Mas tenho pelo menos duas costelas”, confidenciou na altura com humor.

Joaquim Fernando Patrício Luís nas-ceu em Vila Nova da Rainha em 1936. Filho e sobrinho de campinos. Começou a trabalhar no Alves Dinis, na Quinta das Barracas. Foi lá que conheceu António Carniça. Andava à jorna a laborar com os bois de trabalho. Tinha 16 anos. Depois seguiu para a Companhia das Lezírias para arranjar arames com gente de Benavente, Salvaterra de Magos e Vila Franca de Xira. Quando acabou o trabalho seguiu para a Ermida de S. José.

A festa fica mais pobre com a morte de um campinoJoaquim Fernando Patrício Luís partiu aos 74 anos

“Fui tomar conta de dois bois. Estava lá o Chico Chafardanas que era maioral e me encarregou de andar com os bois a acartar água para o pessoal, um pipo de manhã e um à tarde”.

Seguiu depois para a Terra Velha por conta da Companhia das Lezírias. Tinha 25 anos e a seu cargo algumas cabeças de gado. “Eu tratava dos bois, uns chegavam ao pôr-do-sol e outros às tantas da noite”, conta Nuno Engrácio evocando as memórias do campino que nestes dias mal ia à cama. Quando a Companhia decidiu vender éguas o campino foi tomar conta dos animais

para o Roncão. Até ir trabalhar para os Oliveiras na Herdade da Baracha, em Samora Correia. “Corria o campo de Vila Franca todo à ilharga dos toiros”, recorda. Entretanto deixou os toiros dos Oliveiras onde esteve dois anos para voltar às éguas da Companhia das Lezírias. Por proposta do Chico Boca à Banda. Foi maioral de éguas no Cunha e Carmo, ao pé da Ota. E recorda um dia em que foi enjaular toiros para uma corrida no Vale da Serra. “Um sacana de um toiro estava metido dentro de água e não queria sair de lá. Fui eu sozinho mais os cabrestos que o metemos dentro do curral do vale da Serpa”.

Passou pela casa Prudêncio da Silva Santos e Caniçais. Veio depois para Azambuja. No primeiro ano apanhou logo uma cheia. “Era arrebanhar as vacas até de noite e o que nos alumiava eram os relâmpagos. Com muito trabalho conseguimos salvar quase todo o gado e só dois bezerros foram água abaixo”, continua. Está na Casa Prudêncio há 24 anos. É maioral das vacas. Ao longo da sua vida de campinagem apanhou tantos sustos com toiros, como com cavalos. Em Santarém nas provas livres chegou a cair de um cavalo no meio da pista. Da vida no campo restam-lhe as duas costelas e muitas outras histórias por contar.

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Durante cinco dias Azambuja não vai parar. As largadas de toiros vão fazer os mais afoitos saltar das tranqueiras durante a Feira de Maio de 27 a 31. A fadista Carminho, o humorista Herman José e os Expensive Soul fazem o resto da festa.

A centenária Feira de Maio de Azambuja vai animar a vila de 27 a 31 de Maio. A abertura oficial está marcada para as 17h00, na Praça do Município, com a colaboração da Fanfarra da Associação dos Bombeiros Voluntários de Azambuja e de Campinos.

No Campo da Feira, a “Praça das Freguesias” é inaugurada às 18h00. Um espaço que apresenta a gastronomia regional e a animação artística mais típica das nove freguesias do concelho. No recinto estarão, também, os pavilhões das Actividades Económicas e do Artesanato “Artes e Ofícios”.

Para as 19h00 está marcada a primeira entrada e

Azambuja não vai pararnos próximos cinco diasFeira de Maio arranca esta quinta-feira e prolonga-se até segunda

largada de toiros, um dos momentos altos da festa. A fadista Carminho actua às 00 horas, no Páteo

do Valverde. Segue-se a “Mesa da Tortura”, Prova de Resistência e Bravura, que acontece a partir da 01h30, na Praça do Município.

Para a noite da Sardinha Assada, sexta-feira, está

reservado um dos momentos altos da festa: o cortejo de campinos com o gado pelas Ruas da Vila à luz de archotes, pelas 21h00, e após a largada de toiros (às 22h00), a distribuição gratuita de sardinhas, pão e vinho em diversos locais da vila a partir da meia noite. Pela noite dentro, além da actuação Herman José, na Praça do Município, a partir das 3h00, seguem os arraiais até ao romper do dia.

Sábado é o dia do Cavalo. Na Várzea do Valverde, às 15h00, as provas de campo estão em destaque, com a condução de Jogos de Cabrestos, Condução de Cabresto e Prova de Perícia de Campinos. A largada de toiros está marcada para as 18h30.

À noite, destaque para o espectáculo equestre “Maio Ribatejo”, pelas 21h30, na Praça de Toiros. O concerto com o grupo “Expensive Soul & Jaguar Band” acon-tece a partir da meia noite junto à Escola Secundária de Azambuja. Às 2h00 horas há mais uma “Mesa da Tortura”, Prova de Resistência e Bravura, na Praça do Município.

Na manhã de domingo, Dia do Campino, um momento solene, com a tradicional Homenagem ao Campino. Todos os campinos vêem o seu valor reconhecido na figura de um dos campinos que há mais anos colabora

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na Feira de Maio e dedica a sua vida aos cavalos e aos toiros. Este ano o homenageado será o Campino Lúcio Perinhas.

A largada de toiros é às 10h30. Destaque ainda para a Tradicional Corrida de Toiros à Portuguesa, na Praça de Toiros de Azambuja, pelas 17h00, e para o espectáculo “O Teu Espírito Equestre”, no Páteo do Valverde.

No último dia, segunda-feira, 31 de Maio, os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico vão encher as ruas da vila, pelas 9h00, com muita animação. A Escola de Toureio de Azambuja vai fazer uma exibição, na Praça de Toiros, a partir das 15h30. A última largada de toiros está marcada para as 18h30. O encerramento da Feira de Maio 2010 será assinalado com um espectacular fogo-de-artifício, a partir das 00 horas.

As dezenas de tertúlias particulares, que abrem as portas a quem queir beber um copo ou petiscar, também ajudam a fazer a festa da vila decorada com os tons garridos e castiços de fachadas e janelas.

A Praça das Freguesias, no Campo da Feira, em Azambuja, recebe nos próximos dias 4, 5 e 6 de Junho (sexta-feira, sábado e domingo), mais uma edição da Festa do Caracol. O caracol e a caracoleta, cozinha-dos de todas as maneiras, serão reis neste festival. “Guisados, feijoados, fritos e assados”, explica um dos dinamizadores da festa, Manuel Canha. Para os amantes dos petiscos haverá ainda pipis, moelas, berbigão, polvo e outras iguarias. A festa pode ser visitada pelos apreciadores dos peticos durante os três dias das 16h00 às 00h00

Os estabelecimentos “Café ou Bar?!”, Snack-Bar

“Palácio Real”, Restaurante “Páteo Valverde”, Cafe-taria “Sandra”, Snack-Bar “O Farol”, Snack-Bar “O Canha”, Snack-Bar “O Covas”, Bar “Bairro da Socasa” e Snack-Bar do Grupo Columbófilo de Azambuja participam neste evento que conta com o apoio da Câmara Municipal de Azambuja, do Club Azambu-jense e do Grupo Desportivo de Azambuja.

A iniciativa é organizada pelos estabelecimentos participantes e a animação assegurada pelas danças de salão do Club Azambujense, danças urbanas do Grupo Desportivo de Azambuja e pelo encontro de bandas do Centro Cultural Azambujense.

Festa do Caracol de 4 a 6 de Junho na Azambuja

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