Suplemento INTEGRAÇÃO NORTE

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Especial ELEIÇÕES 20102Dilma: a carta que Lula tirou da manga

Tereza Cruvinel / Agência BrasilCapa: Marcos Silvac/ foto de Wilson Dias / ABr.

Brasília – Dilma Vana Rousseff játeve muitas vidas, muitos nomes emuitos projetos de vida. O que elanunca imaginou é que seria a primei-ra mulher brasileira a conquistar,pelo voto, o mais alto cargo daRepública, até agora ocupado só porhomens. Ela foi eleita presidente com55,752.529 milhões de votos, corres-pondentes a 56,05% dos votos váli-dos, derrotando José Serra, do PSDB,que teve 43,711.388 milhões devotos, ou 43,95% do total de votosvalidos (com 100 % das urnas apura-das).

Muita gente, dentro e fora dogoverno, também achava que issoseria impossível: embora a políticatenha marcado toda a sua vida,Dilma nunca havia disputado antesuma eleição.

“Dilma não tem jogo de cinturaeleitoral”, “Dilma é durona e carran-cuda”, “Dilma é uma técnica semcarisma”. “Dilma não tem trânsitoentre os partidos e os políticos”.Tudo isso e muito mais foi dito sobrea então ministra-chefe da Casa Civil,quando, ainda em 2008, começou acircular a notícia de que o presidenteLuiz Inácio Lula da Silva pensavanela como candidata a sua sucessão.

No segundo mandato, a aprova-ção do governo e a popularidade dopresidente Lula alcançaram índicesinéditos, e isso foi possível porque,depois de ajustar as contas públicasno primeiro mandato, a políticaeconômica, combinada com a políti-ca de distribuição de renda e osprogramas sociais começou a produ-zir excelentes resultados: a economiacrescia, gerava mais empregos, arenda dos mais pobres aumentava, adesigualdade diminuía, o país setornava melhor internamente e maisrespeitado lá fora. Na era Lula, cercade 28 milhões de pessoas deixaram apobreza extrema e ascenderamsocialmente.

Mas esse paraíso político foiprecedido de um inferno zodiacal.No primeiro mandato esses resulta-dos ainda não haviam aparecido.Além de ter feito um ajuste fiscalnecessário, mas que atrasou a reto-mada do crescimento, o governoenfrentou escândalos que minaram apopularidade de Lula e do PT.

Os nomes fortes do partido, quepoderiam ter sido alternativassucessórias para 2011, foram todosqueimados nas crises do primeiromandato. José Dirceu, ex-chefe daCasa Civil, foi cassado no escândalodo mensalão, e o ex-ministro daFazenda Antonio Palocci foi alvejadopela quebra do sigilo bancário docaseiro Francenildo.

Na substituição de Dirceu, Lulasurpreendeu a todos ao descartarquadros políticos do PT e dos parti-dos aliados e convidar Dilma, entãoministra de Minas e Energia, deperfil eminentemente técnico. Lulapediu-lhe um choque de gestão naCasa Civil e uma atuação maisgerencial e menos política. Eraexatamente o que ela sabia fazer.

Mas esta não foi a primeira vezque Lula surpreendeu com o nome deDilma. Ele a conhecera no RioGrande do Sul, como secretária deMinas e Energia do governo dopetista Olívio Dutra. Na montagemdo primeiro ministério, em 2002, eledesautorizou um acordo já fechadopor seu coordenador político JoséDirceu com o PMDB e entregou a elaa pasta de Minas e Energia.

Ali, Dilma trabalhou duro paraevitar um novo apagão elétrico,como o que houvera no governo deFernando Henrique, desenvolveu oPrograma Luz para Todos, planejou aconstrução de novas hidrelétricas e adiversificação da matriz energéticabrasileira. Essa dinâmica é que Lulaqueria na Casa Civil. E Dilma não odecepcionou. Passou a coordenar asações de todo o governo e ganhoufama de durona. “Até parece quevivemos cercadas por homens mei-gos e delicados”, ironizou Dilma naépoca.

A ministra havia brigado pelaredução do superávit fiscal para quesobrassem mais recursos para inves-timentos em obras de infraestrutura,que criam as bases para o crescimen-to de longo prazo, aquecem a econo-mia e geram empregos. No final doprimeiro mandato, já havia dinheiropara isso e ela elaborou o Plano deAceleração do Crescimento (PAC),pedido por Lula. O programa foilançado em janeiro de 2007, nosprimeiros dias do segundo mandato.

O PAC previa investimentos deR$ 500 bilhões em quatro anos, emgrandes obras de infra-estrutura,como portos, ferrovias e hidrelétri-cas, gastos com obras em favelas e ofinanciamento habitacional maciço,como o programa Minha Casa,Minha Vida.

Foi na inauguração de obras desaneamento e habitação numa favelado Rio de Janeiro, o Complexo do

Alemão, no dia 7 de março de 2008,que Lula começou a escolher suasucessora. “A Dilma é uma espéciede mãe do PAC. É ela que cobra,junto com o Marcio Fortes [ministrodas Cidades], se as obras estãoandando. e agora vocês também vãover o que é ser cobrado pela Dilma.”

Em recente entrevista à TVBrasil Internacional, Lula nos contou,no intervalo da gravação, que naque-le dia começou a amadurecer a ideiade que Dilma poderia ser a candidataque ele não tinha para a sucessão quese aproximava. A oposição tinha doisnomes fortes, Aécio Neves e JoséSerra, ambos já provados nas urnas.Dilma não tinha experiência eleito-ral, mas representava uma novidade.

Era mulher, pensava o presidente. Seconseguisse transferir para ela umaparte de sua imensa popularidade,poderia elegê-la.

Ela surpreendeu-se com a confi-dência, mas não recusou a ideia.Dilma sabia de todas as dificuldadesque seu nome enfrentaria, inclusivedentro do PT. Lula tratou disso comos dirigentes do partido. Dilma nãoera mesmo um quadro histórico, maso partido também não tinha outronome. Quem tinha a força era Lula esua indicação foi prontamente aceita.O PT a escolheu oficialmente emfevereiro deste ano. Dilma deixou ogoverno, juntamente com dez minis-tros, em 31 de março para enfrentar aaventura eleitoral.

O presidente Lula comemorou a vitória com a presidente eleita Dilma

Amigos desde à época da dituadura militar no Brasil, Fernando Pimentelcoordenou a campanha de Dilma em Minas Gerais. Ele não foi eleito Senador,

mas está cotado para assumir um ministério da presidente eleita

Foto: Ricardo Sturckent / PR

Foto: Roberto Sturckent / Divulgação

utilidade públicaEspecial ELEIÇÕES 2010 3Muitos nomes, muitas Dilmas

Mas quem é esta mulher que,tendo pensando em ser bombeira outrapezista, tendo enfrentado a prisãoe a tortura por causa de suas ideiaspolíticas, mas nunca tendo disputadouma eleição, torna-se a primeirapresidente do Brasil?

Embora não tivesse mesmodisputado qualquer eleição antes, apolítica sempre foi o motor da vidade Dilma. Sua atuação começou nomovimento estudantil, no segundograu e depois na universidade, com-batendo a ditadura militar. Amilitância a levará para a clandestini-dade e para a prisão. Enfrentará atortura nos porões do Dops (Departa-mento de Ordem Política e Social) etrês anos de reclusão no PresídioTiradentes.

Tudo começou em Belo Horizon-te, onde ela nasceu em 14 de dezem-bro de 1947. Seu pai, PedroRousseff, foi umimigrante búlgaro.Chegou ao Brasil nosanos 30, casou-secom uma professorachamada Dilma etiveram três filhos,formando uma típicafamília de classemédia.

Dilma, a maisvelha, estudou pri-meiro num colégiode freiras tradicional,o Sion, onde tomougosto pelos livros,principalmente os de literatura. Hápouco tempo, ficou sabendo que sóela e mais três colegas do Sionseguiram carreiras profissionais. Asoutras tornaram-se donas de casa,como era o costume.

No ano de 1964, em que osmilitares derrubaram o presidenteJoão Goulart, dando início à ditadu-ra, Dilma entrou para o ColégioEstadual Central, foco da agitaçãoestudantil secundarista da capitalmineira. Três anos depois passa novestibular para economia, na UFMG,e ingressa na organização esquerdistaPolop, tornando-se uma líder estu-dantil importante, culta e combativa.

Nesse tempo aconteceram coisasimportantes na vida de Dilma. Con-quistou amigos que tem até hoje,como o ex-prefeito de Belo Horizon-te Fernando Pimentel, e o hoje depu-tado José Aníbal, do PSDB. Namo-rou com Cláudio Galeno e com eleteve um casamento que durou pouco.A vida agitada e o mergulho que foiobrigada a dar na clandestinidade nãoajudaram.

Nessa época, a Polop se transfor-ma em Colina – Comando de Liber-tação Nacional, que irá se fundir coma Vanguarda Popular Revolucionária(VPR), formando a VAR-Palmares. AVAR-Palmares fez algumas açõesarmadas contra a ditadura, masDilma, que atuava em estratégia eplanejamento, não participou denenhuma delas. Na campanha, entre-tanto, essa passagem de sua vida foimuito explorada.

Na clandestinidade, como man-davam os manuais de segurança,Dilma usou vários codinomes. Cha-mou-se Luiza, Wanda, Marina,Estela, Maria e Lúcia. Separa-se deGaleno, que vai para o exílio, econhece Carlos Franklin de Araújo,que vem a ser seu segundo marido epai de sua filha Paula.

Em 1970 Dilma é presa e brutal-mente torturada durante várias sema-nas. Depois é condenada a três anos

de reclusão, tempoem que passou sobre-tudo no PresídioTiradentes, onde omarido Carlos Araújotambém cumpriapena em outra ala.Três anos depois,após serem liberta-dos, constroem umavida juntos no RioGrande do Sul, ondenasce Paula, que nofinal do primeiroturno, dará a Dilma

seu primeiro neto, Gabriel.Em Porto Alegre, já em liberda-

de, Dilma consegue terminar o cursode economia e a seguir cursa omestrado. Atua, com o marido, nosmovimentos pela anistia e pelaredemocratização. Ajudam a fundarno estado o PDT, de Leonel Brizola.

Em 1986, o pedetista AlceuCollares elege-se prefeito de PortoAlegre e convida Dilma para ocupara Secretaria Municipal de Fazenda.Collares elege-se governador em1990 e ela se torna secretária estadu-al de Minas, Energia e Comunicação.

O governo de Collares era frutode uma aliança entre o PDT e o PT,que se romperia em 1994. Dilma fazentão a opção pelo PT, filiando-se aopartido. Outra aliança que se rompenessa época é a matrimonial. Separa-se do marido Carlos Araújo, emborapreservem grande amizade e cumpli-cidade até hoje.

Foi como secretária de Minas eEnergia que Dilma conheceu Lula edespertou seu interesse, valendo-lhe,mais tarde, a nomeação para a pastade Minas e Energia.

A caminhada para a Presidência não foi fácil. Com a candidatura jádefinida por Lula e aceita pelo PT, Dilma descobre, no inicio de 2009,que tinha um câncer linfático. O anúncio da doença, no dia 25 de abril, foiuma decisão corajosa.

No primeiro momento, a candidatura foi dada como inviável. Elapoderia não vencer a doença e, mesmo que vencesse, o eleitorado poderiarejeitar seu nome, temendo o pior. Os médicos garantem chances de curasuperiores a 90%. Dilma faz sessões de quimioterapia, perde o cabelo eusa peruca por uns tempos, sem interromper a rotina de trabalho na CasaCivil. No final do ano, os médicos a declaram curada.

No final de 2009, a sua saúde vai bem e a popularidade do presidente,melhor ainda. Dilma volta a um hospital, mas agora para cuidar da ima-gem. O conselho fora de Lula. Ela faz uma plástica e reaparece em públi-co, em 2010, com a fisionomia mais jovem e descansada. Está começan-do a batalha eleitoral.

Mas ela começa em desvantagem. Em fevereiro deste ano, tinha umamédia de 28% de preferência e José Serra, do PSDB, sempre mais de40%. O primeiro empate acontece em maio deste ano, mas surge um fatorinesperado, o crescimento da candidatura de Marina Silva, que trocara oPT pelo PV.

A campanha começa para valer em agosto e o presidente Lula entraem campo, garantindo a transferência de votos de que muita gente duvi-dava. Em 15 de maio deste ano, o instituto Vox Populi divulga a primeirapesquisa em que Dilma, com 38%, ultrapassa José Serra, com 35%.

Diferentes institutos apontam a vitória de Dilma no primeiro turno de3 de outubro por mais de 50% dos votos, mas ela obtém apenas 47% dosvotos. Os analistas apontam duas causas para o segundo turno. O cresci-mento da candidata Marina Silva, do PV, e uma forte onda de boatos,inclusive pela internet, acusando Dilma de ser a favor do aborto e docasamento entre homossexuais. Ela perde milhões de eleitores entre cató-licos e evangélicos.

No segundo turno, a campanha é agressiva, os candidatos sobem otom nos debates e o presidente Lula volta à arena eleitoral. Mas desta vezela alcança a maioria necessária e torna-se a primeira presidente eleita doBrasil.

Um câncer no caminho

Na clandestinidade,como mandavam os

manuais desegurança, Dilma

usou várioscodinomes.

Chamou-se Luiza,Wanda, Marina,

Estela, Maria e Lúcia.

Foto: Arquivo Pessoal / Site Dilma Rousseff

A família começou em Belo Horizonte, ela nasceu em 14 de dezembro de1947. Pedro Rousseff, foi um imigrante búlgaro. Chegou ao Brasil nosanos 30, casou-se com uma professora chamada Dilma e tiveram três filhos

Especial ELEIÇÕES 20104

O vereador CarlosHenrique (PRB),eleito para o pri-

meiro mandato de deputadoestadual, reafirmou o compro-misso com os moradores daregional Norte. Eleito com35.983 votos (3.739 na capi-tal e 1.180 na regional Norte),o novo deputado destacou doispontos como prioridade de tra-balho para quando assumir omandato em fevereiro de 2011.O político classificou aspoliticas sociais para a tercei-ra idade e para os jovens comoantagônicas. “Jovem luta peloo primeiro emprego e o idosoluta para manter empregado”explicou Carlos Henrique.

Com dez anos demilitância politica e exercen-do o terceiro mandato de ve-reador em Belo Horizonte,Carlos Henrique leva paraAssembleia a experiência quenão só de propostas de leisatua um legislador. Ele acre-dita que um politico contribuipromovendo debates einteragindo com a sociedadesobre as politicas sociais. Odeputado acredita que uma dasmaneiras para o Estado conti-nuar crescendo seja a geraçãode renda e emprego. “Este éum desafio para o governo eAssembléia. A atuação de umdeputado neste sentido é pro-curar promover a geração deemprego para aqueles que es-tejam estabelecidos e continu-em trabalhando e para a juven-tude, uma proposta de primei-ro emprego”, disse. A solução,segundo o deputado eleito, tra-zer para o Estado as grandesindustrias e empresas, sem es-quecer de fomentar os peque-nos negócios. Ele quer ser oarticulador deste seguimentoda sociedade. “Vamos atuarmuito em favor das prefeitu-ras e entidades que nós apoia-ram”, declarou o deputadoeleito.

Para as comunidades daregional Norte, CarlosHenrique definiu como prio-ridade, e reiterou o compro-misso de continuar identifi-cando as carências e dificulda-des da região. Ele tem a inten-ção de manter a mesma força

Vereador eleito a deputado reafirmacompromisso com a Região Norte

e parceria com o deputado Fe-deral Diego Andrade (PR).Ambos fizeram grande campa-nha na região. O deputadoaponta as emendas em orça-mentos e projetos no nível es-tadual e federal para benefici-ar a região.

“Queremos promoveratravés da Assembleia, os di-versos debates com as lideran-ças comunitárias da RegiãoNorte, que será um canal devoz aberto de diálogo einterlocução entre elas. Nãoquero que se limite somente aCâmara Municipal”, disse. Eleainda espera ampliar o conta-to com a sociedade da magni-tude da AssembleiaLegislativa.

Seis dos deputados esta-duais eleitos são vereadoresem Belo Horizonte. CarlosHenrique entende que o traba-lho deles, vereadores, foi re-conhecido pelo eleitor da ci-dade.

Coligação PRB/PTO deputado eleito não

teme pela coligação PRB/PT,que disputaram as eleições.Para Carlos Henrique a rela-ção com a governador Antô-nio Anastasia (PSDB) é boa.O partido havia feito a coliga-ção em âmbito estadual comPSDB, porém, seguindo orien-tação nacional do PRB, o par-tido mudou o apoio para o PT.“No nível nacional o PRB temum posicionamento muito cla-ro, somos governista, fazemosparte da base do governo Lulae nos próximos quatro anoscom o governo Dilma.” disseCarlos Henrique, que destacaa boa interlocução com o Go-verno do Estado.

A questão ainda não foidebatida dentro do PRB, ex-plicou o deputado que lembraque o partido dele é tem umaideologia central e que casovenha se opor ao ocupante doPalácio da Liberdade, deveráser pontual. “Fizemos umacoligação com o PT, mas nãoquer dizer que teremos umaaliança petista, vamos conver-sar com o deputado (estadual/PRB) Gilberto Abramo e aExecutiva do Partido o nosso

posicionamento, e em que ní-vel o vamos atuar. Se será umpartido, com dois deputados,da base sustentação do gover-no discreta de oposição”. OPRB não tem perfil de oposi-cionista.

Carlos Henrique acreditaque o eleitor belo-horizontinoestá sinalizando que a situaçãodo PT não é das melhores. Noprimeiro turno, os eleitores dacapital escolheram para presi-dente, pela ordem, Marina Sil-va (PV), Dilma (PT) e JoséSerra (PSDB). No segundoturno, a maioria dos belo-horizontinos votaram em JoséSerra. O deputado crê que osembates entre Patrus Ananiase Fernando Pimentel podemter afastado o eleitor do Parti-do dos Trabalhadores, soman-do a imposição da candidatu-ra de Hélio Costa (PMDB),derrotado nas eleições paragovernador.

Em 2008, na eleição deMarcio Lacerda, o eleitor tam-bém deu sinal de insatisfaçãocom a condução do processoda escolha para prefeito daCapital, lembrou o atual vere-ador. A escolha entre Leonar-do Quintão (PMDB) e MarcioLarceda (PSB) passou para osegundo turno, depois que osTucanos do PSDB fizeram oninho em cima da estrela ver-melha do PT de Pimentel.(MS)

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Foto: Marcos Silva / JCA

Reportagem: Marcos Silva

Carlos Henrique foi eleito deputado estadual, a experiênciacomo vereador será importante na interlocução com a

sociedade na ALEMG