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Escolas americanas TEORIAs DA COMUNICAÇÃO Comunicação Social Prof° José Geraldo de Oliveira

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Escolas americanas

TEORIAs DA COMUNICAÇÃO

Comunicação Social

Prof° José Geraldo de Oliveira

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Escola americana:

Funcionalismo

Mass Communication Research

Teoria da Informação e cibernética

Agulha Hipodérmica

Chicago e Palo Alto

Conteúdo

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AS PESQUISAS NORTE-AMERICANAS

• Diferentes tradições de estudo da comunicação.

• Todas se desenvolveram de forma marginal,

constituindo campos de estudos restritos às áreas

em que se originaram e com pouca influência no

resto do mundo até os anos 60.

• Entre os anos 20 e 60, os estudos são marcados

pela hegemonia do Mass Comumunication

Research.

• A tradição dos estudos têm abordagens e autores

variados [ Engenheiros das comunicação,

psicólogos e sociólogos ], com pressupostos

teóricos e resultados distintos e, em muitos casos,

quase inconciliáveis.

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• A 1ª guerra mundial (1914 – 1919) foi uma guerra

tecnológica e a população civil estava envolvida na

produção dos artigos tecnológicos.

• O uso dos meios de comunicação de massa na

propaganda política e de guerra intrigava os

pesquisadores: era um poderoso instrumento político.

• Em 1920, o Fundo Payne financia estudos empíricos

sobre os efeitos da comunicação de massa.

• Pesquisam os efeitos de cinema na criança e no

jovem.

• Propaganda, Técniques in the world war (1927) de

Harold D. Lasswell marca o início do Mass

Communication Research.

Harold D. Lasswell

Cientista Político

[1902- 1978]

MODELOS TEÓRICOS DA COMUNICAÇÃO

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MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO[ Teoria da Informação]

• Shannon e Weaver eram engenheiros matemáticos da

Bell Telephone.

• A companhia desenvolvia pesquisas na área de

telecomunicações no intuito de aperfeiçoar a invenção.

• Os pesquisadores elaboraram um sistema de comunicação

na tentativa de aprimoramento do canal ( o mais

importante e era onde acontecia o ruído).

• 1949 – apresentaram em forma de livro o seu modelo

teórico – Teoria da informação.

• Caracterizada por sua extrema simplicidade, assim como a

sua fácil compreensão.

• A teoria é uma sistematização do processo comunicativo a

partir de uma perspectiva puramente técnica, com ênfase

nos aspectos quantitativos.

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• A fonte produz a mensagem que será

codificada pelo emissor.

• A mensagem é transmitida para o receptor

que irá decodificá-la.

• Tudo isso através de um canal, e destiná-la

a alguém ou a algo.

• Essa mensagem conterá alguns ruídos.

• Ex. telefone-sem-fio.

• Formulada com fins específicos de

solucionar a questão do armazenamento.

• Ênfase nos aspectos quantitativos.

Warren Weaver – 1894 – 1978

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO[ Teoria da Informação]

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• No final dos anos 40 com base nas

máquinas de comunicar resultantes da

guerra, a noção de informação adquire

seu estatuto de símbolo calculável.

• Sistematização do processo comunicativo

a partir de perspectivas técnicas.

• Telecomunicações.

• Os estudos procuram explicar as

modalidades de transferências da

mensagens.

Claude Shannon (1916-2001)

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO[ Teoria da Informação]

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Fonte de informação Transmissor canal receptor destino

Sinal Ruído Sinal

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO[ Representação de um sistema de comunicação]

• A comunicação é um processo de transmissão de uma mensagem por

uma fonte de informação, através de um canal, a um destinatário.

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MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO[ Representação de um sistema de comunicação]

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MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO[ Representação de um sistema de comunicação]

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MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO[ Objetivos do modelo]

1. Qual a acuidade de uma transmissão de sinais? [

Questão técnica]

2. Qual o grau de nitidez com que os sinais transmitidos

veiculam os significados desejados? [ Questão

Semântica]

3. Qual a eficiência/eficácia dos significados

captados/assimilados no comportamento do receptor? E

no que diz respeito à finalidade desejada e prevista pelo

emissor/fonte de informação? [ Questão informativo-

comunicacional]

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Questão Técnica

• É o nível mais importante.

• Condições e características técnicas dos dispositivos para uma boa

transmissão de informação.

• Ao privilegiar a forma em seu modelo, o destinaram à solução de

problemas de ordem técnica.

• Para os engenheiros de telecomunicação pode ser irrelevante o

conteúdo de uma mensagem.

• O que interessa diz respeito ao tempo em que uma linha permanece

ocupada; a distância entre o início e o fim do processo de transferência.

• Determinar o grau de nitidez dos sinais vocais ao telefone.

• O interesse está concentrado nas características morfológicas do

sinal/mensagem e na nitidez com que irá ocorrer sua transmissão.

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO[ Objetivos do modelo]

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Questão Técnica

• Como transmitir o máximo de teor informativo utilizando

corretamente um canal e evitar o ruído [ Sinais parasitários que

prejudicam a captação e o entendimento de uma mensagem]?

• Como avaliar a capacidade de um canal em veicular informação?

• Como fazer para que uma informação, proveniente de uma fonte

atinja um destinatário, produzindo efeitos por ela previsto e

intentados?

• Como conciliar baixo custo e alto rendimento em matéria

informacional?

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO[ Objetivos do modelo]

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Questão Semântica

• Podem ser de fácil identificação, mas sua solução é mais difícil.

• Não é um nível importante porque não interessa o significado da mensagem, mas

sim o que é transmitido e o que é recebido.

• Embora Warren mencione a existência de um ruído semântico: os sinais podem

ser pertubados por “distorções de sentido”, que, embora não intencionais por parte

da fonte emissora, afetarão o entendimento do destinatário.

Questão informativo-comunicacional

• A transmissão clara e sem sem ruídos com que a mensagem é recebida.

• Quanto à comunicação, o modelo deixa entrever tratar-se de um processo pelo

qual uma mente humana influi sobre a outra, aplicando-se, portanto, a distintas

manifestações do comportamento humano nas quais haja informação ( quantidade

mensurável) ou informações ( conteúdos) transmitidas.

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO[ Objetivos do modelo]

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• Shannon e Weaver pressupõem que haja sentido

( informação orientada) em uma mensagem.

• Basta o aperfeiçoamento da codificação para que

haja o aumento da propriedade semântica da

mensagem.

• Uma dificuldade estaria no sentido de uma

mensagem que depende de fatores culturais, aos

quais o modelo não comporta referências.

• Percebemos uma inspiração behaviorista quando

se pensa que o comunicador envia uma

mensagem, que chega ao destinatário, que se

apropria e mude a si próprio.

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO

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• Foi a primeira a considerar a comunicação

como um problema matemático

rigorosamente embasado na estatística.

• Deu aos engenheiros da comunicação um

modo de determinar a capacidade de um

canal de comunicação em termos de

ocorrência de bits.

• A teoria não se preocupa com a semântica

dos dados, mas pode envolver aspectos

relacionados com a perda de informação na

compreensão e na transmissão de

mensagem com o ruído no canal.

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO

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• O problema da comunicação consiste

em “reproduzir em um ponto dado, de

maneira exata ou aproximativa, uma

mensagem selecionada em outro

ponto”.

• Um esquema linear.

• Não é ligada somente à matemática.

• Shannon introduz na biologia o

vocabulário da informação e do

código.

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO

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Fonte de informação Transmissor canal receptor destino

Sinal Ruído Sinal

ELEMENTOS DO ESQUEMA:

EMISSOR – Sujeito que produz e tem a intenção de produzir uma mensagem. Detentor do poder de decisão.

MENSAGEM – É o que o emissor tem intenção de emitir. Transformada pelo transmissor

RECEPTOR – Qualquer sujeito capaz de receber e interpretar a mensagem.

PROCESSOS RELACIONADOS:

CODIFICAÇÃO – A tradução da mensagem em um código conhecido.

DECODIFICAÇÃO – A interpretação do código utilizado na mensagem.

MEIO OU CANAL – por onde circula a mensagem.

RUÍDO – Possível interferência que pode modificar a mensagem enviada. Qualquer fonte de erro, distúrbio ou

deformação da fidelidade na comunicação de qualquer mensagem.

FEEDEBACK – Resposta dada ao receptor a partir da mensagem decodificada.

PRÁTICA:

• Um sujeito emissor que codifica uma mensagem.

• Seleciona um meio para transmitir.

• O receptor ao receber a mensagem interpreta e dá uma resposta ao emissor.

• Tudo isso num contexto que pode interferir e influenciar na mensagem que circula.

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO

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A noção de informação

• Ligada à incerteza e à probabilidade

• O grau de liberdade na escolha das

mensagens

De entropia

[medida do grau de desorganização da

matéria]

• A imprevisibilidade

• A desorganização de uma mensagem

A tendência dos elementos fugirem da

ordem.

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO

[ Problemática e conceitos correlatos]

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Código

• É o que orienta a escolha, atua no

processo de produção da mensagem.

Ruído

• Interferência que atua sobre o canal e

atrapalha a transmissão.

Redundância

• Repetição utilizada para garantir o perfeito

entendimento.

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO

[ Problemática e conceitos correlatos]

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MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO

[ Problemática e conceitos correlatos]

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• A Teoria Matemática não está preocupada com a inserção social

da comunicação.

• Se inicialmente, o modelo de Shannon e Weaver buscava a

“clareza” da mensagem no âmbito do aperfeiçoamento tecnológico

do canal, restinguindo-se ao máximo a interferência do ruído, deve

tê-la reencontrado em todo processo de comunicação.

• Os dois autores anotaram que até mesmo a “resposta estética” à

obra de arte pode ser incluída entre os efeitos comunicacionais.

• Sua influência sobre a pesquisa em comunicação está na definição

de um modelo de fenômeno comunicativo, modelo esse que

servirá de “suporte” para todas as pesquisas que compõem a

Mass Communication Research.

MODELO TEÓRICO-MATEMÁTICO DA COMUNICAÇÃO[ reflexão ]

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CIBERNÉTICA

• Uma contribuição importante para a

Teoria Matemática veio de Norbert

Wiener.

• Introduz o conceito da cibernética.

• Tenta compreender a comunicação, os

seres vivos, através de analogias

ligadas às máquinas cibernéticas.

• Estuda-se os processos de codificação

e decodificação, retroalimentação (o

chamado feedback), a aprendizagem,

entre outros.[Norbert Wiener – 1894 – 1964]

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• Cybernetics or Control and Communications in

the Animal and Machine – 1948.

• Profetiza a sociedade da informação.

• Tudo séria feito levando em consideração a

informação, como visão base de toda ação e

planejamento de processos.

• Porém - toda organização apresenta

anomalias e desvios de suas próprias

direções.

• Tal perversão da ordem orgânica de um setor

ou conjunto recebeu o nome de entropia.

CIBERNÉTICA

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CIBERNÉTICA

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“A soma de informação em um sistema é a medida de seu grau de

organização; a entropia é a medida de seu grau de desorganização; um é o

negativo do outro”.

• A sociedade da informação só existiria na condição de troca sem

fronteiras e empecilhos.

• O segredo e a censura é incompatível no terreno do livre acesso da

informação transformada em mercadoria.

• Todos devem ter acesso à informação, como se esta fosse uma

propriedade naturalmente pertencente aos laços sociais e laborais de

uma sociedade, sem barreiras de propagação e entendimento de seu

conteúdo.

CIBERNÉTICA

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MODELOS TEÓRICOS DA COMUNICAÇÃO

Paradigma funcionalista-pragmático

• Entre 1900 e o final da década de 1930 acreditava-se que os

seres humanos obedeciam a “automatismos comportamentais”.

• Os meios de comunicação possuíam um poder absoluto.

• A sociedade era composta por relações impessoais, anônimas

e portadoras de uma solidariedade de conveniência.

• As cidades grandes passavam a formar o cerne de uma

“sociedade de massa”, em que se anulavam diferenças

individuais.

• A mídia que ensaiava os primeiros passos era o único meio

apto de comunicar algo a uma massa composta por indivíduos

completamente isolados.

• Havia a certeza de que essa massa, aglutinada pelo interesse

em torno da mídia, não possuía defesas que a tornasse imune

à avassaladora influência.

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BEHAVIORISMO

• O Behaviorismo significa conduta, comportamento – é

um conceito generalizado que engloba as mais paradoxais

teorias sobre o comportamento, dentro da Psicologia.

• A teoria iniciou em 1913, com um manifesto criado por

John B. Watson [ “A psicologia como um comportamentista

a vê”].

• A psicologia não deveria estudar processos internos da

mente, mas sim o comportamento.

• Na época vigorava o modelo behaviorista de S - R, ou seja,

de resposta a um estímulo, motor gerador do

comportamento humano.

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BEHAVIORISMOImplicações do modelo comunicativo

• Não havia a necessidade de estudar a massa

individualmente ou os efeitos dos MCM

separadamente.

Se todo estímulo tem uma resposta, o efeito

dos MCM e certo.

• Segundo Bauer (1964) Durante o período da

Teoria Hipodérmica, os os efeitos dos MCM, na

sua maior parte, não são estudados, mas dados

como certos.

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TEORIA HIPODÉRMICA

• Contexto sócio – histórico dos anos 1920 e 1930.

• Propaganda de guerra.

• Os teóricos não levaram em conta o poder das

diferenças individuais.

• A teoria foi amplamente aceita, pois havia os

indiscutíveis efeitos da propaganda de guerra.

• Usada para facilitar os dados estatísticos,

sobretudo em pesquisas eleitorais.

• Focada na massa e não na organização.

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TEORIA HIPODÉRMICA

• A massa é constituída por um conjunto homogêneo

de indivíduos que, enquanto seus membros são:

• Essencialmente iguais, indiferenciáveis,

manipuláveis, pessoas que não se conhecem e

com pouca ou nenhuma possibilidade de exercer

ação ou influência. Sem resistência.

• Toda resposta corresponde a um estímulo, ou seja

não há estímulo sem resposta.

• Os indivíduos são estudados conforme os seus

estímulos e resposta.

• Bastaria injetar uma injeção no corpo para que este

respondesse a seu efeito, ou metralhar um

organismo para que esse se debilitasse.

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TEORIA HIPODÉRMICA[ Características]

• Teoria indiferente a diversidade existente entre meios de comunicação.

• Que efeito têm os meios de comunicação numa sociedade de massa?

• A mensagem chega ao público e o leva a agir de determinada forma.

• Vários livros foram publicados nos anos 20 e 30 sobre propaganda e

propaganda de guerra. Dentre eles:

Psychology and Social Movements – Cantril;

Propaganda Technique in the World War – Lasswell; Propaganda in the

Next War – Rogerson

Psychology of Propaganda – Doobs

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TEORIA HIPODÉRMICA

• O isolamento físico e normativo do indivíduo na

massa é o fator que explica a capacidade

manipuladora que a teoria hipodérmica atribui aos

primeiros meios de comunicação.

• O indivíduo não influenciava ninguém.

• Não considera os ruídos.

• A massa nasce e vive contra os laços comunitários,

as culturas locais são desconsideradas.

• Essa fragmentação da cultura é que gera uma

massa passiva e manipulável.

• Se as mensagens da propaganda conseguem

alcançar os indivíduos que constituem a massa, a

persuasão é facilmente “inoculada”.

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• Defendia uma relação direta

entre a exposição às mensagens

e o comportamento.

• Se uma pessoa é “fisgada” pela

propaganda, pode ser

controlada, manipulada, levada a

agir.

TEORIA HIPODÉRMICA

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TEORIA HIPODÉRMICA

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TEORIA HIPODÉRMICA

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TEORIA HIPODÉRMICA

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TEORIA FUNCIONALISTA

[ origens ]

• Funcional – tudo que realiza o seu

trabalho de forma repetitiva, o que

garante estabilidade do sistema.

• O funcionalismo busca a

compreensão dos fenômenos

sociais com o mesmo rigor

científico aplicado a outra áreas da

ciência.

• Por menor que seja o elemento, se

ele tem uma função é importante.

•Isidore Auguste Marie François

Xavier Comte

1798 - 1857

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• Originada a partir dos estudos de Harold H.

Lasswell.

• A preocupação está nas funções exercidas

pela comunicação de massa na sociedade.

• Adota hipóteses sobre as relações entre

os indivíduos, a sociedade e os meios de

comunicação.

• O centro das preocupações está o

equilíbrio da sociedade, na perspectiva do

funcionalismo do sistema social no seu

conjunto e seus componentes.

TEORIA FUNCIONALISTA

[ origens ]

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• Já não é a dinâmica interna dos processos

comunicativos que define o campo de

interesse de uma teoria dos meios de

comunicação de massa, mas sim a dinâmica

do sistema social.

• A teoria sociológica de referência para o

estudo é a estrutural-funcionalismo.

• O sistema social na sua globalidade é

entendido como um organismo cujas

diferentes partes desempenham funções de

integração e de manutenção do sistema.

TEORIA FUNCIONALISTA

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• A organização da abordagem toma como

estrutura o organismo do ser vivo, composto de

partes, e no qual cada parte cumpre seu papel

e gera o todo, torna esse todo funcional ou não.

• Pressupõe que haja permanente tendência

para a integração e para um equilíbrio

funcional, ambos assegurados por um

consenso acerca de valores em vigência em

determinada sociedade.

• Os valores se acham na origem das condutas,

assim como na de toda organização social.

TEORIA FUNCIONALISTA

Page 42: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Cada realidade existente se define por sua

função, isto é, pela atividade que lhe cabe

em um conjunto cujas partes são

necessariamente solidárias.

• O funcionalismo supõe que o

desenvolvimento dos meios de comunicação

corresponda a novas necessidades sociais, e

sendo esse caso, a tais meios compete

proporcionar satisfações a expectativas de

um público – parte da população acha

exposta à ações dos referidos meios.

TEORIA FUNCIONALISTA

Page 43: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Os fatos e fenômenos da comunicação

podem ser assim explicados

funcionalmente, isto é, pelo modo como se

inter-relacionam no interior de um sistema

que os integra.

• Sociedades humanas são compostas por

sistemas, todos bem definidos.

TEORIA FUNCIONALISTA

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• Os funcionalistas se dedicaram em avaliar o

alcance psicossocial dos meios de difusão

coletiva, a influência e os efeitos dos meios

de comunicação de massa.

• Criaram uma “expressão da cultura”, a mass

culture [ produção cultural em ampla escala].

• Explicar esses fatos é situar a mídia em

posição oposta àquelas ocupadas por

indivíduos e sociedade.

PARADIGMA FUNCIONALISTA-PRAGMÁTICO

• Partem do princípio que a mídia destila um “caldo de cultura”, e por essa via,

tende a influenciar comportamentos individuais e dobrar a vontade coletiva.

• Os meios de comunicação dispersavam mensagens cujos teores, forma geral e

simbologias era preciso conhecer, até porque esses meios poderiam ser

funcionalmente utilizados para a correção de “disfunções sociais”.

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O sucesso da psicologia behaviorista e a tradição

do pragmatismo filosófico, havia recobrado ânimo

as ideias que o ser humano pode ser

“condicionado” uso recorrente de estímulos, como

imagens fortes, opiniões enfaticamente

expressas, narrativas míticas, anedotas bem

contadas. Para tanto basta codificá-las bem e

canalizá-las de maneira adequada. Os efeitos são

previsíveis ( Polistchuck e Trinta, 2003: 87).

• Interessava conhecer os modos dos receptores,

suas preferências e suas predisposições, na

medida em que, de posse desses dados, fosse

possível retomar, para corrigi-la, a emissão feita.

• O indivíduo é tomado como objeto de análise.

PARADIGMA FUNCIONALISTA-PRAGMÁTICO

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• A estrutura e a função da comunicação da

sociedade ( 1948).

• A 1ª Guerra Mundial – uma guerra

tecnológica [ 1914 -1919].

• Envolvimento da população civil para a

produção dos artigos tecnológicos.

• O uso dos meios de comunicação de

massa na propaganda política e de de

guerra intrigava os pesquisadores: era

um poderoso instrumento político.

• Lasswell buscou um modelo teórico,

tomando como ponto de partida estudos

sobre mídia e política. O interesse era os

potenciais da comunicação na criação ou

mudança de atitudes e opiniões.

Modelo de Harold D. Lasswell

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• Amplia o modelo de comunicação de Aristóteles [

Arte da Retórica]

E – M – R

• O filósofo ensina que pelo recurso a “arte da

palavra artificial”, comunicar significa persuadir.

• Há uma pessoa que fala [ quem], pronuncia um

discurso, dizendo alguma coisa [ O quê], e se

dirige a alguém que “a ouve” [ a quem].

• Este é o paradigma clássico da comunicação.

Modelo de Harold D. Lasswell

Page 48: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Se Aristóteles havia identificado o quem, o quê e o quem, a

Lasswel coube acrescentar um por que meio ( ou como) e

um com que efeitos ( ou um para quê).

Lasswel desmonta a comunicação em partes simples.

• Relaciona o estudo de cada uma delas como uma proposta

específica de comunicação.

Modelo de Harold D. Lasswell

Page 49: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• A mídia afeta o público pelos conteúdos que dissemina;

• Os efeitos produzidos equivalem a reações manifestas do

público;

• Essas reações compreendem: atenção, compreensão, fruição,

avaliação, ação.

• As reações do público dependem de identificações projetivas,

anseios e expectativas, latentes ou não, dos membros que o

compõem;

• Há clara influência do contexto ( social, cultural e ideológico) e

de predisposições especiais nas reações manifestas pelo

público.

• Os conteúdos disseminados pela mídia estão inseridos no

contexto;

• Os conteúdos disseminados constituem, portanto, um dos

fatores que provocam reações por parte do público.

Modelo de Harold D. Lasswell

Page 50: TC - ESCOLAS AMERICANAS

3 FUNÇÕES DA MÍDIA[ ARTICULAÇÃO DAS PARTES COM O TODO ]

A mídia é o canal por onde o conhecimento

e as informações circulam pela sociedade. A

integração entre diversas instituições

sociais acontece a partir do fluxo de

informação gerado e distribuído pelos meios

de comunicação [...] Exemplo: Newsletter.

[...] Visa garantir a interação entre os

diversos setores de uma empresa. Todos

estariam providos de informação suficientes

a respeito dos outros para agir de maneira

integrada e garantir o funcionamento do

todo (SÁ-MARTINO, 2012: 24).

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Ao transmitir informações das partes

para o controle central, os meios de

comunicação garantem a vigilância do

centro sobre os componentes.[...]

Evitando elementos hostis e

eliminando corpos estranhos.[...]

Consenso é a base da democracia.

[...] Qualquer conflito deve ser

resolvido dentro das regras do jogo

democrático, sem rupturas ou

quebras. [...] A sobrevivência do

regime democrático é assegurada por

uma comunicação política que garanta

a manutenção das ligações entre parte

e todo. (SÁ-MARTINO, 2012: 25).

3 FUNÇÕES DA MÍDIA

[ VIGILÂNCIA SOBRE O MEIO ]

Page 52: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Transmissão de significados

culturais, das práticas e

concepções do mundo entre as

gerações.

• Transmissão do patrimônio

cultural de uma sociedade.

A comunicação mantém a coesão

social, consignando e reforçando o

cumprimento dos papéis sociais,

responsabilizando-se pelo processo

de socialização (Rüdiger, 1998)

3 FUNÇÕES DA MÍDIA[ TRANSMISSÃO DA HERANÇA CULTURAL ]

Page 53: TC - ESCOLAS AMERICANAS

ABORDAGEM DA PERSUASÃO

• A partir da década de 40, os estudos subsequentes no

âmbito da Escola Americana dos Efeitos vão representar

diretrizes distintas, em muitos aspectos interligadas ou

sobrepostas.

Vão trazer contribuições para aperfeiçoar o modelo da teoria

hipodérmica, apontando para uma realidade que é cada vez

mais percebida em sua complexidade (Araújo, 2012:126).

• As investigações empírico experimentais conhecidas como “abordagem da persuasão”

ajudaram a superar do modelo hipodérmico.

• Os estudiosos se debruçaram sobre os fenômenos psicológicos individuais que

constituem a relação comunicativa, perceberam que, entre a ação dos meios e os

efeitos, atuavam uma série de processos psicológicos.

• Por exemplo: o interesse em obter determinada informação, a preferência por um tipo

de meio, a predisposição a determinado assunto ou a capacidade de memorização.

Page 54: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Quebra a ideia mecanicista da teoria hipodérmica.

• Começa a levar em conta as características individuais através dos processos

psicológicos.

• A Comunicação não é mensagem dada, mensagem entendida.

• Causa ( mensagens) – gera processos psicológicos – produzem um efeito.

• A mensagem só será efetiva se o código for compatível com as características

do receptor.

• A massa é vista como um grupo com características.

• Foco na mensagem e no destinatário ( receptor).

• Não é em todo indivíduo que a mensagem causa o mesmo efeito.

• As pessoas tem pré disposição para receber uma mensagem.

ABORDAGEM DA PERSUASÃO

Page 55: TC - ESCOLAS AMERICANAS

FUNÇÃO da MÍDIA

[MERTON e LAZARSFELD]

• Comunicação de massa, gosto popular e ação social

(1948)

• Qual é a extensão do poder da mídia na sociedade?

• Não é possível deixar de ver as transformações

provocadas pelos meios em todos os universos sociais.

• Foco: as transformações da cultura e o nascimento de

um tipo de divertimento popular.

• Os produtos dos meios de comunicação de massa era

visto com desconfiança.

• A substituição de uma cultura por um gosto popular

criado e divulgado pela mídia.

Paul F. Lazarsfeld

(1901-1976)

Robert King Merton

(1910 –2003)

Page 56: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• A mídia tem a função

de definir o que é

importante dentro da

sociedade.

• Relega o resto ao

esquecimento.

• Aumentam o prestigio

e visibilidade.

• Estar na mídia torna

algo ou alguém

importante.

• Quem esta na mídia é

importante por estar

na mídia.

FUNÇÃO DE ATRIBUIÇÃO DE STATUS

Page 57: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• A mídia reforça os padrões de comportamento tidos como certos dentro

de uma sociedade.

• Transforma esses padrões em referência e vista por milhões de pessoas.

• Torna-se status de verdade dentro do mundo social.

• Cria um controle sobre o indivíduo. As pessoas são julgadas e pensadas

em relação às categorias apresentadas pelos meios de comunicação.

• Atitudes e comportamentos mostrados no cinema ou TV ganham força

de verdade junto ao público.

• São vistos como uma nova forma de controle e coerção sobre o

indivíduo.

FUNÇÃO DE REFORÇO DAS NORMAS SOCIAIS

Page 58: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Uma disfunção, algo errado, atribuído à

mídia. Efeito colateral. Um erro

cometido pela mídia.

• Uma espécie de droga que deixa a

sociedade menos atenta ao que passa

ao redor.

• Força situação e impõe uma opinião.

• Infotenimento

• Pensar as relações de comunicação

com a sociedade além das funções e

mais próximo do cotidiano.

FUNÇÃO NARCOTIZANTE

Page 59: TC - ESCOLAS AMERICANAS

bombardeio de informação pode

levar ao alheamento. Converte-se,

assim, a participação

potencialmente ativa do público em

mass apathy ( “atitude passiva da

maioria”). A “superinformação” é

conducente à desinformação

virtual( POLISTSCHUCK e TRINTA,

2003: 91).

FUNÇÃO NARCOTIZANTE

Page 60: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Lazaferld afirma que cada indivíduo é capaz de

procurar e encontrar um meio de comunicação

cujo conteúdo mostre compatibilidade às suas

convicções e a seus modos de ver.

• O excesso de informação, às quais

disseminam sem, contudo hierarquizá-las, bem

como o entretenimento ruidoso de que se

fazem provedores privilegiados, leva os meios

de comunicação a aturdir e entorpecer a

sensibilidade do público, resultando, de sua

parte, um evidente desinteresse.

FUNÇÃO da MÍDIA

[MERTON e LAZARSFELD]

Page 61: TC - ESCOLAS AMERICANAS

FUNÇÃO da MÍDIA

[MERTON e LAZARSFELD]

Page 62: TC - ESCOLAS AMERICANAS

TEORIA DOS EFEITOS LIMITADOS

• Ramo de estudo que abriga abordagens distintas, tanto psicológicas como

sociológicas.

• Desenvolvida paralela a teoria da persuasão.

• Limita o efeito do mass media.

• Atribui valor a influência pessoal.

• O poder de persuasão da mídia possui limites. Não manipula propriamente.

• Exerce influência como outras instituições. O problema fundamental é ainda o dos efeitos da mídia, mas não mais nos mesmos

termos das teorias precedentes. O rótulo “efeitos limitados” indica não apenas uma

avaliação diversa sobre a quantidade de efeito, mas também uma configuração própria,

quantitativamente diferente. Se a teoria hipodérmica falava de manipulação ou

propaganda, e se a teoria psicológico-experimental ocupava-se com persuasão, esta

teoria fala de influência, e não apenas da exercida pela mídia, mas da mais geral, que

“flui” nos relacionamentos comunitários, da qual a influência das comunicações de massa

é apenas um componente, uma parte (WOLF, 2012:32-33).

Page 63: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Paul Lazarsfeld [

Sociológico]

Iniciou os estudos

preocupado com reações

imediatas da audiência

dos conteúdos da

comunicação de massa.

Kurt Lewis [Psicológico]

Interessado nas relações

dos indivíduos dentro de

grupos e seus processos

de decisão, nos efeitos

das pressões, normas e

atribuições do grupo no

comportamento e

atitudes de seus

membros.

Leon Festinger [ Psicológico ]

Desenvolveu a Teoria da

Dissonância Cognitiva.

Um conjunto de pressupostos

acerca da natureza do

comportamento humano e

suas motivações em relação

ao mundo que é

experimentado por cada

indivíduo.

TEORIA DOS EFEITOS LIMITADOS

Page 64: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• O alcance das mensagens da mídia age de

forma indireta sobre o público.

• Depende do contexto social onde estão

inseridas.

• Estão sujeitos aos demais processos de

comunicação presentes na vida social.

• As mensagens são filtradas por uma

orientação social do que psicológico.

TEORIA DOS EFEITOS LIMITADOS

Paul Lazarsfeld

Page 65: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• O alcance das mensagens da

mídia age de forma indireta sobre

o público.

• Depende do contexto social onde

estão inseridas.

• Estão sujeitos aos demais

processos de comunicação

presentes na vida social.

• As mensagens são filtradas por

uma orientação social do que

psicológico.

• Palavra chave – Influência

TEORIA DOS EFEITOS LIMITADOS

Page 66: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Inspirada em duas correntes:

1- Estudos da composição dos diferentes tipos de público assim como os

seus modelos de consumo.

2- Pesquisas a respeito da mediação social que caracteriza determinados

consumo ( o ambiente social que o consumidor está inserido).

• Estuda os programas de televisão perante o telespectador analisando:

Conteúdo, características do público, as gratificações

- Contextualiza o ambiente social

- Os efeitos de comunicação de massa

TEORIA DOS EFEITOS LIMITADOS

Page 67: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Conteúdo

• o que o público extrai do que foi exibido?

• Qual utilidade prática da informação adquirida?

Características do público

• Diferença de sexo, idade, grupo social influencia de maneira decisiva o

estudo de um programa.

As gratificações

• Pergunta diretamente ao público porque assistem ou escutam

determinado programa.

Ambiente social e os efeitos de comunicação de massa

• A eficácia dos meios de comunicação de massa só pode ser analisada

dentro do contexto social.

TEORIA DOS EFEITOS LIMITADOS

Page 68: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Lazarsfeld desenvolveu estudos de abordagem

empírica de campo, procurando estudar os

fatores de mediação existentes entre os

indivíduos e os meios de comunicação de massa.

• Diversos estudos realizados sobre a composição

diferenciada dos públicos e dos seus modelos de

comunicação de massa.

• The People’s Choice ( 1944)

• Persononal influence: The Part Played by People

in the Flow of Mass Communication (1955)

MODELO TWO-STEP FLOW OF COMMUNICATION

Page 69: TC - ESCOLAS AMERICANAS

MODELO TWO-STEP FLOW OF COMMUNICATION

Se as mensagens elaboradas e

transmitidas pela mídia nem sempre

atingem os potenciais receptores de forma

direta, isso se dá em função de um

“repasse informativo” que fazem “pessoas

bem informadas”( isto é, “enfronhadas” no

mundo da mídia), socialmente influentes,

de elevado grau de instrução e que

inspiram confiança. Seus juízos, suas

opiniões e atitudes e o gosto que revelam

contagiam o corpo social. Cada membro

de uma sociedade integra vários grupos,

formal ou informalmente constituídos, e ao

interagir com eles, se faz permeável à sua

influência (Polistchuk e Trinta, 2003 : 92)

Page 70: TC - ESCOLAS AMERICANAS

INFLUÊNCIAFORMADOR

DE OPINIÃO

RELAÇÕES SOCIAIS EXERCEM INFLUENCIA SOBRE OS INDIVÍDUOS

INDIVÍDUOS

+ expostos

a mensagem

- expostos

A mensagem

A massa dividi em grupos

com gostos semelhantes

SÃO CAPAZ DE ESCOLHER

Numa eleição presidência,

o formadores de opinião

seria os mais ativos na

participação política.

MODELO TWO-STEP FLOW OF COMMUNICATION

Page 71: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Os efeitos proporcionados pela mídia podem ser situados na categoria de

“reforço” e não na de “mudança, seja ela em que direção for.

• Os efeitos teriam alcance limitado, uma vez que o público ( os eleitores)

não se comporta de maneira passiva ou inteiramente desprovida de

intenção crítica, por sua interação constante com o seu entorno social

imediato.

MODELO TWO-STEP FLOW OF COMMUNICATION

Page 72: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Mas o lideres de opinião e o fluxo de comunicação em dois níveis são

apenas um dos modos em que se formam as opiniões do individuo dentro

das relações estáveis de grupo: outro modo é o da cristalização ( ou

emersão) das opiniões.

O modelo é apenas uma modalidade específica de um fenômeno de

ordem geral: na dinâmica de que participam também os meios de

comunicação de massa-, o resultado global não pode ser atribuído aos

indivíduos considerados isoladamente, mas a deriva da rede de

interações que une as pessoas uma às outras.

Os efeitos dos meios de comunicação de massa são compreensíveis

apenas a partir da análise das interações recíprocas entre os

destinatários: os efeitos da mídia se realizam como parte de um processo

mais complexo, que é o da influência pessoal (Wolf, 2012:42)

MODELO TWO-STEP FLOW OF COMMUNICATION

Page 73: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Líder de opinião localista • corresponde uma vida constantemente vivida em

comunidade, relações sociais tendencialmente

indiferenciada, que levam o líder de opinião a

conhecer o maior número de pessoas, uma

participação em organizações sociais, na

“carreiras” seguidas para se chegar à função de

influentes , no tipo de consumo que eles fazem da

comunicação de massa.

• O tipo de influência se baseia em conhecer os

outros mais do que ter competências específicas.

• É polimórfico por exerce influência em diversas

esferas temáticas (Merton).

MODELO TWO-STEP FLOW OF COMMUNICATION

Page 74: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Líder de opinião cosmopolita• Qualitativo e seletivo na rede das suas relações

sociais, vive grande parte da sua vida fora da

comunidade a que chegou quase como estrangeiro,

mas é dotado de competências específicas ou

autoridade que no, entanto, tende a ser exercida

apenas em áreas temáticas particulares.

• Além de os gêneros de comunicação de massa que

ele consome serem mais “elevados”, as funções

cumpridas por esse consumo são diferentes das do

líder local.

• Em grande parte baseia a sua influência no fato de

ser pouco conhecido por todos na comunidade.

• Monomórfico.

MODELO TWO-STEP FLOW OF COMMUNICATION

Page 75: TC - ESCOLAS AMERICANAS

As pesquisas sobre uso e gratificações[ Wilbur Schramm ]

• Acrescentou ao modelo de Berelson, componente vinculado à afetividade: os

indivíduos buscam na mídia como uma maneira de se integrar aos acontecimentos

da vida social – saber o que estava acontecendo era um ponto fundamental para o

estabelecimento de contato com outras pessoas, bem como para uma melhora

nas possibilidades na vida social.

Page 76: TC - ESCOLAS AMERICANAS

As pesquisas sobre uso e gratificações[ Wilbur Schramm ]

• Longe de serem compelidas a eles por razões de controle ou de efeitos de dominações,

as pessoas procuravam a mídia como uma maneira de resolver algumas questões

relativas à integração social.

• O espectador entendia a mensagem e sabiam o que estava falando, vendo e ouvindo

na televisão.

• A expectativa de uma audiência ativa mina a possibilidade de ingenuidade do

espectador diante da mídia.

Page 77: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• A audiência é um elemento ativo, isto é uma grande parte do uso da mídia é

entendido como sendo motivado por algum tipo de escolha.

• A mídia compete com outras fontes no sentido de satisfazer as necessidades do

público.

• Em termos metodológicos, as várias razões para o uso da mídia partem das

informações fornecidas pelos indivíduos, isto é, pessoas suficientemente

conscientes de si para explicar seus interesses e motivações em caso

particulares.

• Deve-se evitar julgamentos de valor a respeito da mídia, deixando que a

audiência defina o que pensa e como age perante os meios de comunicação em

seus próprios termos. É nessa perspectiva que há algumas diferenças

significativas entre a perspectiva dos usos e gratificações e a crítica vulgar da

mídia.

As pesquisas sobre uso e gratificações[ Wilbur Schramm ]

Page 78: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• A teoria dos Usos e das Gratificações

aponta para três objetivos:

• explicar como os meios de massa são

utilizados para satisfazer as

necessidades;

• entender as motivações para o

comportamento midiático;

• Identificar as consequências que

surgem a partir das necessidades,

motivações e expectativas que desejam

obter.

As pesquisas sobre uso e gratificações

[J.G.Blumler e Elihu Katz ]

Page 79: TC - ESCOLAS AMERICANAS

As pesquisas sobre uso e gratificações

[J.G.Blumler e Elihu Katz ]

• Ao verem TV – em termos técnicos, a audiência dada à televisão –

membros do público dão sucessivas mostras “do que estão precisando

obter”, passando a orientar suas expectativas pela busca de

“satisfações”; e estas são percebidas como “benefícios”, a serem

subjetiva e objetivamente aproveitados.

Page 80: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Entretenimento – Como escape psicológicos às agruras

do cotidiano; despressurização emocional.

Relacionamento pessoal – “companhia para pessoas

sós ou “agenda temática” para a conversação em meio

social.

Identificação projetiva – Referência personalizadas e

comparações feitas, por exemplo, a situações humanas

mostradas, reforço de opinião; soluções para males

existenciais.

Vigilância e fiscalização – Coleta de “modas e

novidades: a TV como “uma janela aberta para o mundo”

As pesquisas sobre uso e gratificações

[J.G.Blumler e Elihu Katz ]

Page 81: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Apesar de possuírem roteiros e

contarem com uma produção

extremamente cautelosa, esses tipos

de programa televisivos se propõem a

serem espetáculos da realidade.

• A estratégia para o sucesso desses espetáculos está nas

participações:

1. Física de pessoas mundanas as quais a audiência poderá estabelecer

relações de identificação mais próximas de suas possibilidades

cotidianas.

2. Virtual da audiência que decide e interfere no roteiro do programa

conforme suas identificações.

As pesquisas sobre uso e gratificações

[J.G.Blumler e Elihu Katz ]

Page 82: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Os reality shows o seu sucesso está baseado na identificação da

audiência com os personagens comuns de uma narrativa cujos

efeitos extrapolam a representação e tem aplicação prática no

"mundo real" e na satisfação do desejo voyeurista e

intervencionista da audiência.

• O público muitas vezes paga pacotes que expandem o acesso ao

"show da realidade".

• A privacidade é negociada, invadida, camuflada e televisionada

para a satisfação do telespectador, que se sente gratificado

através do escapismo e do entretenimento.

As pesquisas sobre uso e gratificações

[J.G.Blumler e Elihu Katz ]

Page 83: TC - ESCOLAS AMERICANAS

O valor da Escola de Chicago;

Aperfeiçoamento de modelos mais complexos da relação de troca entre meios e

público;

Bases de estudo etnográfico sobre a imprensa;

Park: comunicação é o principal fundamento da democracia,

Cidade como laboratório social,

Ecologia humana.

Conteúdo

Page 84: TC - ESCOLAS AMERICANAS

ESCOLA DE CHICAGO

• Forte entre 1910 a 1940.

• Como a comunicação poderia ser usada de

forma “científica”, para resolver os grandes

desiquilíbrios sociais.

• Desenvolvimento de um projeto de construção

de uma ciência social da comunicação sobre

bases empíricas [baseadas na observação do

mundo].

• A primeira a desenvolver uma reflexão teórica

sobre a comunicação e a sua interfêrencia na

sociedade.

• Não se ocupou especificamente dos meios de

comunicação.

• Trouxe uma outra forma de abordagem da

questão comunicacional.

Page 85: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Chicago - 3 milhões de habitantes

em 1930.

• Início do século XX.

• Lei seca.

• Crise de 1929.

• Cidade com imigração e indústria.

• Sociologia urbana e de assimilação

do estrangeiro.

ESCOLA DE CHICAGO[ contexto]

Page 86: TC - ESCOLAS AMERICANAS

ESCOLA DE CHICAGO[ Conceitos ]

• PRAGMATISMO: Doutrina filosófica que

adota como critério da verdade e a

utilidade prática, identificando o

verdadeiro como útil; senso prático.

• SOCIEDADE: Conjunto de seres

humanos ( grupos) que vivem em

contínua inter-relação para a qual se

encontram estrutural e funcionalmente

organizados.

Page 87: TC - ESCOLAS AMERICANAS

John Dewey e o pensamento

pragmatista. (Semiótica tem a sua base

aqui)

George Herbert Mead

Pragmatista.

Criou os conceitos retomados pelo

interacionismo simbólico. Nem

toda interação é comunicativa.

ESCOLA DE CHICAGO[ Influências ]

Page 88: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Conceito-chave

• Ação humana orientada por valores e pela linguagem.

• Qual é o sentido de uma ação?

• Por meio dos estudos desenvolvidos, os meios de comunicação não são

tratados como transmissores de informação.

• O estudo da cidade, dos elos da rede de vida (tão diversificada), mostra que os

meios de comunicação fazem parte dessa diversidade.

• Chicago, um mosaico social, de diferença, do estranho, as práticas de

comunicação são os lugares em que as conexões são estabelecidas.

• Ao estudar a Escola de Chicago, mesmo que nas pesquisas de sociologia

urbana, busca-se o conceito da ação comunicativa.

Page 89: TC - ESCOLAS AMERICANAS

SOCIOLOGIA [ Interação simbólica e concepções da realidade ]

• As pessoas são capazes de se relacionar-se uma com

as outras, não baseadas em suas características

objetivas como de fato existem na realidade, mas

somente através das impressões que criam umas das

outras graças a suas interações.

• Criamos uma ideia pessoal para cada indivíduo que

conhecemos.

• Ideias mais gerais para pessoas de diferentes

categorias tomadas como coletividade.

Charles Horton

Cooley

Page 90: TC - ESCOLAS AMERICANAS

SOCIOLOGIA [ Interação simbólica e concepções da realidade ]

IDEIA PESSOAL

• Uma construção de significados.

• Um conjunto de atributos imaginados que projetamos

em cada um dos nossos amigos como interpretações

de suas reais personae .

• Só por podemos criar duplicata dessas pessoas na

nossa mente é que podemos nos empenhar em

intenção social com as mesmas.

• Usamos a ideia pessoal que temos de cada uma

como base para prever seu comportamento.

Charles Horton

Cooley

Page 91: TC - ESCOLAS AMERICANAS

SOCIOLOGIA[ Teoria de construção social ]

• Usamos as impressões para prever o comportamento de

outras pessoas que se pareçam com elas.

• “A sociedade, pois, em seu aspecto imediato, é a relação

entre ideias pessoais. A fim de existir sociedade é

evidentemente necessário que as pessoas se reúnam em

algum lugar, e se reúnam apenas com ideias pessoais na

mente”.

• Temos uma Ideia pessoal minuciosa de nós mesmos.

• Ajuda a definir como devemos agir no relacionamento com

as outras pessoas.

• Forma as nossas reações a acerca dos quais temos ideia

pessoais.

Charles Horton

Cooley

Page 92: TC - ESCOLAS AMERICANAS

SOCIOLOGIA[ Teoria de construção social ]

• O conhecimento de nós mesmos também é conseguido

por meio de interação social baseada na linguagem.

• Eu espelhado – Obtemos uma impressão do que somos.

• Há uma espécie de espelho social no qual vemos as

pessoas nos aceitarem aprovar ou reprovar as nossas

ações.

• Organicismo psíquico.

• Os grupos de humanos e a sociedade eram um sistema

de ideias pessoais, com acréscimo de uma ideia pessoal

acerca do self, que cada pessoa desenvolvia como

construções de significados internos e subjetivos

Page 93: TC - ESCOLAS AMERICANAS

INTERAÇÃO SIMBÓLICA[ TEORIA DAS CONSEQUÊNCIAS PESSOAIS E SOCIAIS ]

• Busca entender o relacionamento entre pensamento

individual, comportamental pessoal e a ordem

social.

• Mente [Mead] – não uma entidade etérea, mas a

capacidade humana para aprender e usar símbolos

cujos significados sejam compartilhados com outros.

• As pessoas se comunicam por intermédio de

linguagem baseada em significados

convencionados.

George Herbert Mead

Page 94: TC - ESCOLAS AMERICANAS

INTERAÇÃO SIMBÓLICA[ TEORIA DAS CONSEQUÊNCIAS PESSOAIS E SOCIAIS ]

• A capacidade de se comunicar com o outro é a

chave do pensamento humano individual.

• O homem pode construir concepções do self e pode

aprender a antecipar as ações de outros quanto o

que eles encararão como comportamento

socialmente aceitável.

• Para relacionar-se com as outras pessoas é preciso

“assumir o papel delas”.

George Herbert Mead

Page 95: TC - ESCOLAS AMERICANAS

INTERAÇÃO SIMBÓLICA[ Teoria da rotulação ]

• Mente, self e sociedade são construtos.

• Uma pessoa que viola a lei ou transgride alguma

norma significativa é oficialmente “rotulada” por um

órgão da sociedade.

• Esse rótulo torna-se uma identidade ou significado

público relevante para a pessoa, reestruturando

como os outros reagem a ele e acabando por

acarretar mudanças no autoconceito da pessoa.

George Herbert Mead

Page 96: TC - ESCOLAS AMERICANAS

INTERACIONISMO SIMBÓLICO

• Tese desenvolvida por diversos pesquisadores nas primeiras décadas do

século XX.

• A sociedade não pode ser estudada fora dos processos de interação entre as

pessoas.

• A sociedade é constituída simbolicamente pela comunicação.

(...) as pessoas se relacionam através de símbolos, os símbolos estruturam o

processo da comunicação ( RÜDIGER: 2011).

Page 97: TC - ESCOLAS AMERICANAS

INTERACIONISMO SIMBÓLICO

• Estudos de grupos sociais compostos por um

pequeno número de pessoas.

• Propõe a forjar ferramentas que permitam entender

atitudes e comportamentos a partir de uma proposta

que usa métodos qualitativos da pesquisa de campo

para estudar os relacionamentos sociais por meio da

microssociologia.

• A vida social só pode ser compreendida por meio da

interação social entre os indivíduos, ou seja, por

meio da observação dos processos de comunicação.

• A comunicação é essencial para a existência e o

desenvolvimento das relações humanas.Charles Ebbets

Page 98: TC - ESCOLAS AMERICANAS

INTERACIONISMO SIMBÓLICO

• Os símbolos possibilitam ao indivíduo os processos de interação

[comunicação], permitindo aos seres humanos interpretar o seu

ambiente social, divulgar suas ideias, elaborar a sua própria história

e registrar os seus acontecimentos.

INTERACIONISMO SIMBÓLICO

Page 99: TC - ESCOLAS AMERICANAS

INTERACIONISMO SIMBÓLICO

• A comunicação é o processo de troca informações, mas é também a própria estrutura simbólica sobre a qual se apoia a sociedade.

• O ser humano é o resultado dos processos de interação simbólicos desenvolvidos pela

sociedade.

• A própria sociedade é um produto da comunicação.

• O indivíduo [ator social] é capaz de entender e descrever os fatos sociais que o cercam, de compreender o mundo.

• Os indivíduos agem em função do significados dados às coisas ( ou situações) nos processos de comunicação, mas não da coisa em si.

Page 100: TC - ESCOLAS AMERICANAS

INTERACIONISMO SIMBÓLICO

• O indivíduo [ator social] é capaz

de entender e descrever os fatos

sociais que o cercam, de

compreender o mundo.

• Os indivíduos agem em função

do significados dados às coisas (

ou situações) nos processos de

comunicação, mas não da coisa

em si.

Page 101: TC - ESCOLAS AMERICANAS

INTERACIONISMO SIMBÓLICO

[ Comunicação]

• A comunicação é muito mais que troca de informações.

• Tem a função de criar e manter o entendimento essencial

entre os indivíduos.

• Ao mesmo tempo em que dá condições para que novas

formas de comportamentos sejam introduzidas na

sociedade.

• É vista como o elemento que possibilita a interação social.

• Ela constitui sujeitos e constrói mecanismos sociais sem

os meios de comunicação.

• No interacionismo simbólico não estamos dentro da

sociedade nos comunicando, mas construímos a

sociedade através da comunicação.

• Funciona como algo cultural. Por exemplo sentar em uma

cadeira.

• A cadeira não pede a ninguém para se sentar nela.

Page 102: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• A concepção que atores fazem de si mesmos em relação ao mundo social em

que vivem.

• O uso que esses atores/receptores fazem da comunicação é percebido por

meio da experiência direta, nas interações sociais do dia a dia.

• A sociedade representa uma comunicação de ação.

• Sem comunicação o desenvolvimento da vida humana e da vida social não

seria possível.

• A interação é sempre temporária e em permanente reelaboração

Page 103: TC - ESCOLAS AMERICANAS

A CIDADE[ laboratório social]

• Local privilegiado para observação.

• Espaço onde a mobilidade social e

as permanentes mudanças dessas

interações sociais podem ser

observadas.

• A proposta é obter o conhecimento

sociológico, mediante as

experiências diretas e imediatas,

nas “interações” do dia a dia.

Page 104: TC - ESCOLAS AMERICANAS

VIDA SOCIAL

• É o resultado da capacidade humana de se comunicar.

• A partir dessa comunicação ter condições de interpretar o

contexto social.

• O significado social dos objetos é o resultado do sentido que é

dado a eles.

• Esse significado é sempre temporário, e deve ser reelaborado

durante cada novo processo de interação.

Page 105: TC - ESCOLAS AMERICANAS

NOIVAS DO CORDEIRO [Alfredo Alves]

http://www.youtube.com/watch?v=QvA6Z3rj7E0

• História da localidade Noiva do Cordeiro, no município de Belo

Vale, a 100 km de Belo Horizonte, que é aparentemente uma

comunidade rural como tantas outras.

• Carrega características que a faz diferente, já que as mulheres

são maioria absoluta e sofrem de forte preconceito e isolamento.

• Tudo graças a um evento que mudou a “fama” das mulheres,

vistas como prostitutas, perdidas. Os boatos afetaram a vida na

comunidade.

• Há alguns anos, as mulheres resolveram mudar essa realidade.

• Para correr atrás de recursos e lutar por seus direitos, fundaram

uma associação comunitária.

• Criaram uma escola de informática, a primeira da zona rural de

Minas Gerais.

• Essa conquista fez com que, aos poucos, começassem a ser

respeitadas pelas comunidades vizinhas.

Page 106: TC - ESCOLAS AMERICANAS

NOIVAS DO CORDEIRO [Alfredo Alves]

http://www.youtube.com/watch?v=QvA6Z3rj7E0

• Os símbolos possibilitam os processos de interação,

permitindo aos seres humanos interpretar o seu ambiente

social, divulgar suas ideias, elaborar a sua própria história

e registrar os seus acontecimentos.

• Somos o resultado dos processos de interação

simbólicos.

• A comunidade sociedade é produto da comunicação [

Capacidade humana de se comunicar].

• Parâmetro para interpretar o contexto social.

• O significado social dos objetos é o resultado do sentido

que é dado a eles.

• Função de criar e manter o entendimento essencial entre

os indivíduos e dá condições para que novas formas de

comportamentos sejam introduzidas na sociedade.

Page 107: TC - ESCOLAS AMERICANAS

CHARLES HORTON COOLEY

• Sociólogo.

• Grupo Primário: pequenos grupos de pessoas que têm

laços íntimos e afetivos.

• Criticou a interpretação unilateral dos processos

urbanização que previa o desaparecimento dos grupos

primários.

• Trabalhava a questão da tensão entre a sociedade e o

indivíduo e os efeitos da nova ordem moral trazida pelas

concentrações urbanas e industriais e os novos meios de

organização, que são os dispositivos da comunicação.

Page 108: TC - ESCOLAS AMERICANAS

METODOLOGIA ETNOGRÁFICA

• ETNOGRAFIA - palavra grega ετηνοσ (ethnos) e

γραφια (grafia).

• Ethnos - um povo, uma raça ou um grupo cultural.

• Referem-se às características de um povo.

• Qual o universo cultural de determinado grupo social.

• O convívio com a cultura, a intimidade, a

experiência, a visão a partir da própria raça.

• A observação do que acontece no momento e no

contexto do acontecimento.

Page 109: TC - ESCOLAS AMERICANAS

METODOLOGIA ETNOGRÁFICA

• Métodos: monografias de bairros, a observação e as análises de histórias de vida.

• É também uma concepção do indivíduo como um ser capaz de experiências singulares.

• Ainda que submetidos a força que buscam impor padrões de comportamentos nivelados.

• O indivíduo não é apenas criativo na elaboração contínua das interações de sua vida

cotidiana.

• Essa criatividade atinge múltiplos aspectos dessa construção.

• Proposta de estudo das interações sociais com base

na micro-sociologia e na análise das atividades do

dia a dia, das organizações das atividades

cotidianas, do raciocínio prático comum em

atividades comuns de ação.

Page 110: TC - ESCOLAS AMERICANAS

METODOLOGIA ETNOGRÁFICA

• O indivíduo não é apenas

criativo na elaboração

contínua das interações de

sua vida cotidiana.

• Essa criatividade atinge

múltiplos aspectos dessa

construção.

Page 111: TC - ESCOLAS AMERICANAS

MÍDIA

• É entendida de forma dual:

1. Fator de emancipação e aprofundamento das experiências

individuais;

2. Precipitador das superficialidades dos contatos sociais e da

desintegração dos grupos sociais.

Page 112: TC - ESCOLAS AMERICANAS

A interação humana é mediada pelo uso de

símbolos e significados, através de

interpretação, ou determinação do

significados das ações um do outro (

BLUMER, 1962).

HERBERT BLUMER

Page 113: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Robert Ezra Park

• Repórter e militante da causa negra.

• Realizou um estudo sobre a integração

das comunidades étnicas [imigrantes] na

sociedade americana.

• Estudou na Alemanha com George

Simmel [ sociologia formal].

• Ao contrário de todas as outras três

correntes, globais, a sociologia formal

busca o micro, a situação específica.George Simmel

Page 114: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Robert Ezra Park

• Sintetizou o desempenho dos meios de comunicação de massa.

• Questionou a função assimiladora dos jornais.

• A natureza da informação.

• A diferença entre o jornalismo e a “propaganda social” ou publicidade

municipal”.

• Propaganda social ou publicidade social corresponderia ao que é hoje é

chamado de propaganda institucional, ou seja, material publicitário patrocinado

pelo governo, voltado para o interesse público ou para divulgação de ações

governamentais.

• Aponta que o desenvolvimento técnico fez os meios de comunicação de massa

o principal meio de difusão do conhecimento da sociedade.

• Alerta que esses meios vão além de ampliar o alcance da comunicação, pois

redimensionam a realidade.

Page 115: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Robert Ezra Park

• Introduziu a teoria dos sistemas e da cibernética, criando o

funcionalismo sistêmico.

• A comunicação constitui o núcleo dos mecanismos de

interação social, que permite às pessoas entrarem em

contato, compreenderem-se mutuamente e coordenar suas

ações, malgrado o contexto vital de cada individuo variar

de pessoa para pessoa, de grupo para grupo, de sociedade

para sociedade.

• Os sistemas sociais se constituem com base na

comunicação.

Page 116: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Robert Ezra Park[ Ecologia humana ]

• Junto com E.W. Burgess, utiliza o termo

Ecologia Humana.

• Apresenta um programa para uma integração

sistemática do esquema teórico da ecologia

vegetal e animal para análise das comunidades

humanas.

• As comunidades podem ser observadas em

suas diferentes fases:

- Competição

- Adaptação

- Assimilação

Page 117: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Robert Ezra Park[ Ecologia humana ]

• A comunicação forma a ordem moral e o senso

comum dessa sociedade.

• Por meio dessa ação, regula as disputas e

competições que ocorrem dentro do grupo.

• Ao mesmo tempo em que permite a troca de

experiências e a formação de vínculos de

dependências.

• Em uma sociedade em equilíbrio, a comunicação é

vista:

1. Como estrutura interna

2. Instrumento de direção

3. Controle do equilíbrio social.

Page 118: TC - ESCOLAS AMERICANAS

A notícia como forma de conhecimento

Robert Park

Publicação original: 1940

Isabelle Anchieta de Melo

http://www.bocc.ubi.pt/pag/melo-isabelle-noticia-como-forma-

conhecimento.pdf

Page 119: TC - ESCOLAS AMERICANAS

“o repórter que compreendia os fatos era um

reformador muito mais efetivo que um

editorialista que meramente prega de seu

púlpito, não importa com que eloquência”

(PARK:1950).

• tanto o jornalismo como a sociologia

necessitam do domínio de conceitos

elementares sobre a natureza das práticas

sociais para atuar adequadamente.

Robert Ezra Park[ A notícia como forma de conhecimento]

Page 120: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Adquirido ao longo dos contatos pessoais, do uso e do hábito.

• Forma de ajustamento orgânico ou adaptação. Representa a

acumulação e a experiência.

- Ex. Fulano tem experiência, ele conhece a vida.

• Nos faz sentir à vontade no mundo.

- Ex. Estrangeiro em situações corriqueiras.

• Senso comum, conhecimento informal e inconsciente.

• Pode-se dizer que esse tipo de conhecimento nasce de processos de

adaptação, tipo seleção natural.

- Ex. Feijoada na cultura brasileira.

• É um conhecimento sintético, se incorpora nos hábitos.

• Ele não é comunicável, nem articulado. É o saber das práticas.

Robert Ezra Park[ Conhecimento de]

Page 121: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Formal, racional, sistemático, preciso.

• Fato verificado, rotulado, sistematizado, ordenado, de acordo com os objetivos do investigador.

• Substitui a realidade por ideias. É comunicável.

1. Filosofia e lógica, conhecem as ideias;

2. História, interessada em acontecimentos;

3. Ciências Naturais, interessadas em coisas.

Robert Ezra Park[Conhecimento acerca de]

Page 122: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• O senso comum (conhecimento de) não é

comunicável como a ciência (conhecimento acerca

de).

• O “acerca de” é apresentado 1) em termos lógicos e

2) em formas que podem ser verificadas na

realidade.

Robert Ezra Park[Principal diferença: comunicacional]

Page 123: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• O “conhecimento de” chega ao indivíduo em forma de percepção; e ao

público, em forma de notícia.

• Ou seja, a notícia é a forma comunicável do “conhecimento de”.

1. quando vemos a notícia, queremos comentá-la (conversação social);

2. a discussão se transferem do plano da notícia para os problemas que

suscita (realidade);

3. aqui surge a opinião pública.

Robert Ezra Park[ Notícia ]

Page 124: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Diferença no tipo de conhecimento elaborado.

• Jornalista – um conhecimento singular,

contextualizado, mas de natureza não

conceitual, que permita a compreensão ao

nível do senso comum.

• Sociólogo – de natureza conceitual e

sistemático, destinado a públicos

especializados, com formação específica.

Robert Ezra Park[A notícia como forma de conhecimento]

Page 125: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• O conhecimento adquirido seria uma espécie de conhecimento que o

indivíduo inevitavelmente adquire no curso de encontros pessoais e

de primeira mão ao longo da vida.

Tal conhecimento pode ser concebido como uma forma de ajuste

organizado ou adaptação ao entorno social, representando uma

acumulação e se apresentando como uma mistura de experiências

(PARK:1969,34).

• O conhecimento adquirido orienta os indivíduos na vida diária.

• Um conhecimento que sustenta o senso comum na sociedade.

• Os indivíduos adquirem de modo inconsciente como resultado de

suas experiências.

• A partir do momento em que são adquiridas tendem a se tornar

atributos individuais e pessoais.

Robert Ezra Park[ Tipos de pensamentos especializados ]

Page 126: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Robert Ezra Park[ Tipos de pensamentos especializados ]

Se poderia descrevê-las como traços de

personalidade – alguma coisa que, em alguma

medida não pode ser apresentada de um

indivíduo ao outro por declarações formais (...)

Nosso conhecimento das outras pessoas e da

natureza humana parece ser desta espécie,

devido a que nós conhecemos as mentes dos

outros da mesma maneira que nós conhecemos

as nossas, intuitivamente (PARK:1969,34).

Page 127: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Robert Ezra Park[ Tipos de pensamentos especializados ]

• O “conhecimento acerca de” ou “sobre algo que”

seria formal, racional, sistemático e resultaria da

observação sistemática dos eventos, mas

observações de fatos postos a prova e

classificados em conformidade com os objetivos

e pontos de vista de uma determinada

metodologia científica.

Page 128: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Robert Ezra Park[ Tipos de pensamentos especializados ]

O conhecimento acerca de é formal porque é o conhecimento

logrado com algum grau de extensão e precisão por substituição

da realidade concreta pelas ideias de palavras pelas coisas. Os

três tipos fundamentais de conhecimento analíticos são:

1) Filosófico e lógico, que estão preocupados primeiramente

com ideias;

2) as ciências históricas, que estão primeiramente preocupadas

por eventos;

3) as ciências naturais, que estão primeiramente preocupadas

por coisas (PARK: 1969,36-7).

Page 129: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Robert Ezra Park[Implicações para a definição de notícia]

“a notícia como uma forma de conhecimento que se

diferencia do conhecimento histórico, está

primariamente preocupada com o presente, mas como

o passado e o futuro são essenciais”.

• A qualidade de notícia do relato de um evento

depende dos canais em que circula.

• A autenticidade do relato de uma notícia sempre está

vinculada a sua exposição a crítica e ao juízo do

público a que está dirigida e de cujos interesses se

ocupa.

Page 130: TC - ESCOLAS AMERICANAS

As notícias se referem a acontecimentos isolados e

não buscam relacioná-los uns aos outros em forma

causal ou em forma de sequência teleológicas.

Enquanto a História que eventos, busca situá-los em

seu próprio lugar dentro de uma sucessão no tempo,

descobrindo as tendências fundamentais e forças

expressas nos fatos, um repórter busca meramente

registrar cada evento singular e está preocupado

com o passado e o futuro somente na medida que

possam lançar luzes sobre o que seja atual e

presente (PARK:1969, 39-40).

Robert Ezra Park[Implicações para a definição de notícia]

Page 131: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Fazer as pessoas conversem e circulação pública

não são particularidade das notícias.

• Uma novela cumpre estes dois requisitos sem ser

um produto jornalístico.

• Ainda que a matéria bruta contenha um

componente inesperado, não é o totalmente

inesperado o que aparece como notícia.

• O que tem interesse como notícia são os eventos de atualidade, que

apesar de serem esperados, não são de todo previsíveis.

• A especificidade da notícia não consiste em suas temáticas, comuns a

outros tipos de relatos, mas ao tratamento que recebe o tema e as

funções sociais que cumpre.

Robert Ezra Park[Implicações para a definição de notícia]

Page 132: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• A função da notícia é orientar as pessoas e a

sociedade dentro de um mundo atual e complexo.

“A notícia é uma das formas mais elementais de

conhecimento, é tão velha como a humanidade”

(PARK:1969,45-46).

“A qualidade essencial, ou intrínseca das notícias é

sempre difícil de ser definida, mas notícia não é

propaganda (...) Notícias e fatos são sempre capazes

de mais do que uma interpretação e e isto seria fatal

– reflexão é sempre fatal – para a propaganda”

(PARK: 1955:130).

Robert Ezra Park[Implicações para a definição de notícia]

Page 133: TC - ESCOLAS AMERICANAS

A tendência da notícia é dispersar e distrair a

atenção e então decrescer mais que aumentar

a tensão. A função ordinária da notícia é

manter os indivíduos e as sociedades

desorientados e em contato com o mundo para

adaptações aos ajustes ocorridos na

realidade. Não é ordinariamente uma função

da notícia provocar movimentos sociais

seculares, responsáveis por consequências

catastróficas (PARK:1955,140).

Robert Ezra Park[Implicações para a definição de notícia]

Page 134: TC - ESCOLAS AMERICANAS

O poder da imprensa é a influência que o

jornal exerce na formação da opinião pública e

em mobilizar a comunidade para a ação

política. E óbvio que a imprensa tem sido em

todos os lugares um importante instrumento

na formulação da agenda política e em vários

modos e estágios tem jogado um importante

papel no processo político (PARK:1955,115).

Robert Ezra Park[Implicações para a definição de notícia]

Page 135: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• O interacionismo simbólico tem sido muito empregado em

pesquisas contemporâneas sobre o comportamento do consumidor

e no estudo das novas formas de sociabilidade que emergiram com

a Internet.

• O consumidor é o alvo principal das estratégias de marketing; por

esse motivo, passou a ser essencial entender as escolhas de

consumo.

INTERACIONISMO SIMBÓLICO[Cibercultura e sociedade do consumo]

Page 136: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Os contextos reais de consumo em que

os indivíduos estão inseridos são

objetos centrais das inovadoras

pesquisas de marketing.

• A sociabilidade [interações sociais] que

ocorrem virtualmente está se tornando

objeto de pesquisa multidisciplinar

(principalmente por parte da sociologia,

antropologia e psicologia, entre outras

ciências).

INTERACIONISMO SIMBÓLICO[Cibercultura e sociedade do consumo]

Page 137: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Considerado uma perspectiva

teórica e metodológica

bastante flexível, o

interacionismo simbólico tem

se ajustado às pesquisas com

enfoques nos processos de

interações sociais.

INTERACIONISMO SIMBÓLICO[Cibercultura e sociedade do consumo]

Page 138: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Teoria cibernética

Escola de Palo Alto [Colégio invisível]

TEORIA DA COMUNICAÇÃO

Comunicação Social

Prof° José Geraldo de Oliveira

Page 139: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• A Escola interessou-se pela problemática da comunicação e

pelas suas aplicações à patologia mental.

• Parte-se de “algumas propriedades simples da comunicação que

têm implicações interpessoais fundamentais”.

• A pragmática da comunicação humana compreende-se com as

suas patologias e perturbações, pelo que é passível de ser

aplicada como teoria terapêutica.

• Ideia de cura pela fala – Psicanálise

Page 140: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• A comunicação é um fenômenos de interação;

• Todo o comportamento social tem um valor comunicativo;

• A comunicação é determinada pelo contexto em que se inscreve;

• Toda a mensagem comporta dois níveis de significação;

• A relação entre interlocutores estrutura-se segundo dois grandes

modelos relacionais (simétrico/complementar)

Page 141: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• O sistema, como conjunto de elementos inter-

relacionados, encontra-se em equilíbrio.

• Se algum dos elementos ou das relações se modifica, o

equilíbrio modifica-se (peças no xadrez).

• Cada movimento – diacronia – que se produz na

passagem do tempo origina uma nova sincronia, um

novo equilíbrio.

• Em oposição aos princípios de análise atomistas

baseados em elementos e comportamentos isolados, na

concepção sistémica presta-se atenção à ideia de

totalidade;

• Explicar os processos de comunicação a partir de uma

lógica circular subjacente ao fluxo contínuo da

comunicação (retro-alimentação).

Page 142: TC - ESCOLAS AMERICANAS

ESCOLA DE PALO ALTO[Limitações da Teoria da Informação]

• A Teoria Matemática da

Informação é entendida como

um processo linear e

sequencial.

• Concebida a partir de campos

técnicos (matemáticas, física e

engenharia de

telecomunicações).

• Ignora o fato da comunicação

ser efetuada por indivíduos.

Page 143: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• A comunicação como processo relacional entre fonte e

destinatário.

• Não é suficiente transmitir a informação, ela precisa ser

compreendida.

• O principal elemento condicionante da comunicação é a

linguagem pela qual fonte e destinatário vão se

relacionar.

• Então você dirá: a comunicação acontece quando o

destinatário entende a informação produzida pela fonte

e se relaciona com ela.

ESCOLA DE PALO ALTO[Modelo circular]

Page 144: TC - ESCOLAS AMERICANAS

ESCOLA DE PALO ALTO[Modelo de base Cibernética]

• Os modelos cibernéticos são todos

aqueles que integram a retroação ou

feedback como elemento regulador

da circularidade da informação.

• Desenvolvido por Norbert Wiener,

sendo considerado por este como

uma área interdisciplinar, abrangendo

“ todo o campo da teoria do controlo

da comunicação, na máquina ou no

animal” como faz referência VAZ

FREIXO (2006: 347).

Page 145: TC - ESCOLAS AMERICANAS

ESCOLA DE PALO ALTO[Modelo de base Cibernética]

Modelos de Comunicação Interpessoal

• É inspirado no modelo de retroalimentação, considerando também

importante os conceitos de redundância, entropia e ruído e

traduzem uma comunicação numa situação de interação face-a-

face, consistindo em eventos de comunicação oral e direta.

MENSAGEM

RETROALIMENTAÇÃO

Page 146: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Modelo de Comunicação Interpessoal de Schramm

• Da uma nova dimensão aos modelos lineares introduzindo-lhes precisões

suplementares. Para Schramm o processo comunicativo é interminável,

pois nós recebemos e transmitimos informação constantemente e de forma

interminável.

• O emissor e o receptor são capazes de “codificar e descodificar”, as

mensagens, interpretando-as com o objetivo ou não de as emitirem após a

sua recepção.

EXPERIÊNCIA PESSOAL EXPERIÊNCIA PESSOAL

ESCOLA DE PALO ALTO[Modelo de base Cibernética]

Page 147: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Modelo de Comunicação Interpessoal de Schramm

• Numa situação de comunicação interpessoal a noção de feedback

assemelha-se à de “reação” pois o receptor reage e codifica a mensagem

em função do que recebeu, existindo também um feedback que provém da

comunicação não verbal.

ESCOLA DE PALO ALTO[Modelo de base Cibernética]

Page 148: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Anos 50 : Gregory Bateson e Paul Watzlawick aplicam a teoria

cibernética à interação animal e humana e estudam um modelo circular

retroativo da comunicação;

• 1959 : Fundam o Mental Research Institute de Palo Alto [Califórnia]

•Analisada através das ciências humanas, considerando os níveis de

complexidade e de contextos múltiplos.

•Passam a trabalhar com o modelo circular proposto por Norbert Wiener,

criador do campo de estudo da cibernética.

•Sob essa visão, a informação deve poder circular e a sociedade da

informação só pode existir sob a condição de troca sem barreiras.

ESCOLA DE PALO ALTO[Teoria Cibernética]

Page 149: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Cibernética

• Do grego “kybernytiky” = arte de governar navios

• A cibernética surgiu como uma ciência interdisciplinar destinada a estabelecer

relações entre as várias ciências. Preencher os vazios não pesquisados pelas

demais ciências.

• É a ciência da comunicação e do controle.

A COMUNICAÇÃO TORNA OS SISTEMAS INTEGRADOS E O

CONTROLE REGULA SEU COMPORTAMENTO.

ESCOLA DE PALO ALTO[Teoria Cibernética]

Page 150: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• A comunicação deve ser estudada pelas ciências humanas a partir de um modelo próprio

(há uma complexidade no processo de comunicação que não pode ser reduzido a variáveis

matemáticas).

• A noção de comunicação isolada como ato verbal opõe-se a ideia de comunicação como

processo social permanente.

• A comunicação constitui a base do fenômeno, sejam naturais ou artificiais.

• Defendida como no processo de circulação e troca de informação [sinais abertos], a

comunicação pode ser aberta e fechada, mas é controlável, sempre que se regule a

informação.

• Como o mundo natural “a sociedade só pode entendida através do mundo das mensagens e

dos recursos de comunicação de que dispõe”.

• A cultura, em outros termos, se reduz, em seu entendimento, às mensagens materiais que

se estruturam, passando a ser vista como “a unidade constituída pelo conjunto das

informações – que circulam em um dado espaço”.

ESCOLA DE PALO ALTO[Teoria Cibernética]

Page 151: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• O receptor passa a ter um papel

tão importante quanto o emissor

das mensagens.

• Os pesquisadores usam a

metáfora de uma orquestra para

entender a comunicação.

• Um processo de canais múltiplos em que o autor social

participa a todo momento a partir dos seus gestos, sua

visão e até do seu silêncio, na qualidade de um indivíduo

participante de uma certa cultura, assim como um músico

é parte integrante de uma orquestra.

ESCOLA DE PALO ALTO[Teoria Cibernética]

Page 152: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Espaço que existe no mundo de comunicação em que não é necessária a

presença física do homem para constituir a comunicação como fonte de

relacionamento.

• Ênfase ao ato da imaginação, necessária para a criação de uma imagem

anônima, que terá comunhão com os demais.

• É o espaço virtual para a comunicação disposto pelo meio de tecnologia.

• Apesar de a internet ser o principal ambiente do ciberespaço, devido a sua

popularização e sua natureza de hipertexto, o ciberespaço também pode ocorrer

na relação do homem com outras tecnologias: celular, pagers, comunicação entre

rádio-amadores.

• Também conhecido como Cyberespaço, termo muito comum na ficção científica,

possui variações para vários outras denominações referente à Internet,

Cyberpoeta, cyberpunk e etc.

ESCOLA DE PALO ALTO[Teoria Cibernética]

Page 153: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• O termo foi criado em 1984 por William Gibson no

livro Neurormancer.

• Uma realidade que se constitui através da produção

de um conjunto de tecnologias, enraizadas na

sociedade, e que acaba por modificar estruturas e

princípios desta e dos indivíduos que nela estão

inseridos.

• O ciberespaço é definido como “o espaço de

comunicação aberto pela interconexão mundial dos

computadores e das das memórias dos

computadores.

• Um novo meio de comunicação.

ESCOLA DE PALO ALTO[ Ciberespaço ]

Page 154: TC - ESCOLAS AMERICANAS

ESCOLA DE PALO ALTO[ Paul Watzlawick ]

Page 155: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Relações como Sistemas.

• Homeostase - processos de interação que mantêm o sistema em

equilíbrio, manter o Status Quo.

• Em toda comunicação cabe distinguir entre aspectos de conteúdo ou

semânticos e aspectos relacionais entre emissores e receptores.

• A definição de uma interação está sempre condicionada pela

pontuação das sequências de comunicação entre os participantes.

• Toda relação de comunicação é simétrica ou complementar, que se

baseia na igualdade ou na diferença dos agentes que participam

dela.

ESCOLA DE PALO ALTO[ Paul Watzlawick ]

Page 156: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Da Escola de Palo Alto saíram os axiomas onde se ancora a

comunicação, de acordo com os seus seguidores,

nomeadamente:

1. Negam a impossibilidade de não se comunicar;

2. Toda a comunicação tem sempre um aspecto de conteúdo e

de relação;

3. A natureza de uma relação assenta no quadro de referências

que os interlocutores fazem uns dos outros;

4. A comunicação pode ser feita de forma digital ou analógica;

ESCOLA DE PALO ALTO[ AXIOMAS]

Page 157: TC - ESCOLAS AMERICANAS

ESCOLA DE PALO ALTO[ AXIOMAS]

Todo

comportamento

é uma forma de

comunicação

Toda

comunicação

tem um nível de

conteúdo e um

de relação

A natureza de uma

relação depende

da forma de pautar

a sequência de

comunicação que

cada participante

estabelece

Em toda comunicação

existe um nível digital

( o que se diz) e um

nível analógico (

como se diz)

Todos os intercâmbios

comunicacionais são

simétricos ou

complementares.

Baseado na igualdade

ou na diferença.

Page 158: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• Em um determinado sistema, todo comportamento de um

membro tem valor de mensagem para os outros.

• Comunicamos o desejo de não comunicar, mas não

deixamos de comunicar.

• Quem cala, consente.

NÃO SE PODE

NÃO

COMUNICAR.

ESCOLA DE PALO ALTO[ AXIOMAS]

Page 159: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Os seres humanos se comunicam digital e analogicamente

CÓDIGOS DIGITAIS

Representam nomeando - “Eu estou com raiva”. Objetivo, mais

preciso, maior complexidade, maior versatilidade e a

importância está no código.

CÓDIGOS ANALÓGICOS

Representam por similaridade - voz áspera e alta, face

vermelha. Mais ambíguo, subjetivo e mais rico do ponto de vista

afetivo.

ESCOLA DE PALO ALTO[ AXIOMA 2 ]

Page 160: TC - ESCOLAS AMERICANAS

A comunicação tem um conteúdo e um aspecto relacional

COMUNICAÇÃO

Transmite informação

sobre fatos, opiniões,

sentimentos, experiências

Exprime, direta ou

indiretamente, algo sobre

os interlocutores.

CONTEÚDOQualquer coisa que e

comunicável

[Verdadeira/Falsa,

válida/inválida]

RELAÇÃO

ESCOLA DE PALO ALTO[ AXIOMA 3 ]

Page 161: TC - ESCOLAS AMERICANAS

A natureza de uma relação depende da forma como ambas as

partes pontuam a sequência de comunicação.

• As pessoas pontuam os acontecimentos de acordo com o seu ponto de vista

• Pontuação é a diferenciação progressiva das relações.

ESCOLA DE PALO ALTO[ AXIOMA 4 ]

Page 162: TC - ESCOLAS AMERICANAS

Toda a comunicação é simétrica

ou complementar

• Simétricas - relação de igualdade

• Complementar - Relação de

desigualdade

ESCOLA DE PALO ALTO[ AXIOMA 5 ]

Page 163: TC - ESCOLAS AMERICANAS

• As duas escolas concebem as interação como algo em permanente

construção e não como mera atribuição.

• A compreensão da comunicação se baseia na interação social,

fundamento para a construção de um mundo social.

• Sem comunicação não se pode falar de sociedade.

• Inauguram uma nova forma de compreensão da comunicação, centrada

na interação, na comunicação interpessoal, como fundamento de todas

as relações sociais.

Page 164: TC - ESCOLAS AMERICANAS

DE FLEUR, Melvin; BALL- ROKEACH, Sandra . Teoria da comunicação de massa. Rio de

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BIBLIOGRAFIA