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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES CURSO DE PEDAGOGIA MARIA ISABEL ALVES DA SILVA DISCIPLINA DE HISTÓRIA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: ANÁLISE DE UM LIVRO DIDÁTICO MARINGÁ 2016

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARING

CENTRO DE CINCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES CURSO DE PEDAGOGIA

MARIA ISABEL ALVES DA SILVA

DISCIPLINA DE HISTRIA NO 5 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: ANLISE DE UM LIVRO DIDTICO

MARING

2016

MARIA ISABEL ALVES DA SILVA

DISCIPLINA DE HISTRIA NO 5 ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL: ANLISE DE UM LIVRO DIDTICO

Trabalho de Concluso de Curso apresentado como requisito parcial para aprovao no curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Maring. Orientao: Prof.. Ma. Natlia de Oliveira.

MARING

2016

MARIA ISABEL ALVES DA SILVA

DISCIPLINA DE HISTRIA NO 5 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: ANLISE DE UM LIVRO DIDTICO

Aprovado em: ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________

Prof. Ma. Natalia Cristina de Oliveira

(Orientadora)

___________________________________________

Prof. Me. Gilmar Alves Montagnoli

___________________________________________

Prof. Dr. Joo Paulo Pereira Coelho

Resumo

O presente estudo tem o objetivo de analisar documentos norteadores da disciplina de Histria e o livro didtico Ligados.com para o 5 ano do Ensino Fundamental utilizado no municpio de Maring, estado do Paran. O interesse pelo tema surgiu a partir das vivncias nos estgios prticos e atuao em sala de aula. Entendendo que existem muitas dificuldades relacionadas falta de preparo para ministrar tal disciplina, nos propomos a estudar o que preveem os documentos norteadores, especificamente o Currculo para a Educao Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental do Municpio de Maring, e como essas proposies so abordadas no material didtico. Para tanto, imprescindvel um breve resgate histrico do ensino de Histria no Brasil, suas primeiras proposies, prticas e metodologias. Num segundo momento, apresentaremos as propostas para a disciplina nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o que prope o Currculo de Maring e os Parmetros Curriculares Nacionais. Posteriormente passaremos a seo de anlise do livro didtico. Neste item, analisaremos a estrutura e organizao do livro, como os contedos propostos no Currculo aparecem no material e suas disparidades. Este estudo contribui com a prtica pedaggica de professores que, assim como ns, atuam enquanto docentes pesquisadores. Palavras-chave: Disciplina de Histria. Ensino fundamental. Livro Didtico. Abstract The present study has the objective of analyzing guiding documents of the History course and the textbook Ligados.com for the 5th year of Elementary School used in the Municipality of Maring, State of Paran. The interest for the theme arose from the experiences in the practical stages and acting in the classroom. Understanding that there are many difficulties related to the lack of preparation to teach such discipline, we propose to study what the guiding documents foresee, specifically the Curriculum for Early Childhood Education and Initial Years of the Maring Municipal School, and how these propositions are addressed In the didactic material. Therefore, a brief historical rescue of the teaching of History in Brazil, its first propositions, practices and methodologies is essential. In a second moment, we will present the proposals for the discipline in the National Curricular Guidelines for Elementary School, which proposes the Curriculum of Maring and the National Curricular Parameters. Later we will pass the analysis section of the textbook. In this item, we will analyze the structure and organization of the book, how the contents proposed in the Curriculum appear in the material and its disparities. This study contributes to the pedagogical practice of teachers who, like us, act as research teachers. Keywords: Discipline of History. Elementary School. Textbook.

5 1 Introduo

A Histria est intimamente ligada construo de identidade e auto-

conhecimento de qualquer indivduo. Nos primeiros anos de vida descobrimos, por

meio da histria, quem somos, quais so nossas origens e nossas marcas culturais.

Mais tarde, nas vivncias escolares, ampliamos nosso conhecimento estudando fatos

que marcaram diferentes pocas e transformaram a histria de nossa comunidade,

pas e mundo. na disciplina de Histria que temos essa oportunidade de estudar

como o passado influencia o presente e nos leva a reflexo de como ser o futuro.

Partindo desta reflexo, e ao trabalhar com uma turma de 5 ano em uma

escola da rede privada na cidade de Maring Estado do Paran, percebemos que

existem muitas dificuldades por parte dos professores para lidar com a disciplina

de Histria. Os motivos, aparentes, so a falta de preparo especfico para a disciplina,

material didtico e/ou falta de conhecimento quanto ao direcionamento sobre o que

preveem os documentos que organizam os contedos de Histria para cada srie do

Ensino Fundamental - em especfico, para o 5 ano.

Este artigo produto da anlise de documentos norteadores da disciplina de

Histria e livro didtico1 especfico do 5 ano do ensino fundamental; nossa proposta

foi comparar documentos federais e municipais confrontando-os com o livro didtico

utilizado nas escolas pblicas do municpio de Maring. Escolhemos este livro pois

vimos a necessidade de compreender como se d o tratamento dos contedos na

esfera pblica, a que atende e atinge a maior parte das crianas do nosso municpio.

Percebemos tanto nos estgios quanto nas aulas da graduao, que existem

muitas dificuldades enfrentadas pelos professores que esto ligadas a falta de preparo

especfico para a disciplina, material didtico e falta de conhecimento quanto ao

direcionamento e o que preveem os documentos que organizam os contedos de

Histria para cada srie do Ensino Fundamental.

Entendendo que a disciplina de Histria importante para a formao do aluno

quanto s demais disciplinas que compem o currculo da educao bsica,

pretendemos com esta pesquisa contribuir com os debates acadmicos sobre o

1ALVES, Alexandre. Ligados.com : histria, 5 ano: anos iniciais / Alexandre Alves, Letcia Fagundes de Oliveira, Regina Nogueira Borella. 1. ed. So Paulo: Saraiva, 2014. O didtico utilizado em todas as escolas da rede municipal de Maring. O exemplar para anlise foi cedido por uma professora da rede.

6 assunto e a partir do olhar especfico a um livro didtico e documentos norteadores,

buscar novas estratgias para enriquecer estas aulas.

Objetivamos compreender os direcionamentos dispostos nos documentos que

organizam e preveem o ensino de Histria no 5 ano do Ensino Fundamental e

confront-los com livro didtico utilizado na rede municipal de Maring. Alm disso,

analisamos o formato dos contedos dispostos nos documentos citados em relao

ao ensino de Histria para alunos do 5 ano; confrontamos contedos indicados no

livro didtico ligados com a Histria neste mesmo ano do ensino fundamental; e,

compreendemos as diferenas entre as proposies do Currculo de Maring e a

prtica disposta/indicada no presente livro didtico.

O presente artigo tem carter bibliogrfico. Gil (1999) afirma que a pesquisa

bibliogrfica desenvolvida a partir de material j elaborado, e indispensvel nos

estudos histricos. Incialmente, apresentamos os documentos oficiais que norteiam a

disciplina; por conseguinte, tratamos da anlise de um livro didtico de Histria do 5

ano, com o objetivo de verificar se o material est em conformidade com o proposto

pelo Currculo Educao Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental do

Municpio de Maring. Por fim, faremos nossas consideraes finais sobre o estudo.

Pretendemos com, tal pesquisa, contribuir com a formao e prticas pedaggicas de

professores que assim como ns atuam nesta rea docente.

2 Disciplina de Histria: um breve resgate histrico

Aqui, alm de analisarmos o que est previsto na legislao, imprescindvel

fazermos um resgate histrico sobre o ensino de Histria nas escolas e como ganhou

autonomia. Essa disciplina surgiu de fato nas escolas, no final do sculo XIX, na

Europa, durante a Revoluo Francesa na luta por uma escola pblica.

No Brasil, a disciplina surgiu ainda no perodo do Imprio, era optativa e tinha

um carter moral e cristo. Somente em 1837, se torna disciplina escolar com foco na

histria das civilizaes.

As discusses sobre a disciplina de Histria, suas metodologias e prticas

foram marcadas pela ideia de serem questes dos cursos de Cincias Humanas

como, principalmente, Histria e Pedagogia. Segundo Toledo (2011), os estudos

pedaggicos sobre a disciplina de Histria, ao longo do sculo XX, como os manuais

para a formao de professores, encontram-se numa linguagem prpria para os

7 educadores. Destacamos, neste perodo, a exigncia de certa tradio educacional

que por meio dos impressos pedaggicos produzidos e divulgados pelos renovadores

da educao2 a partir de 1920, definiu um conjunto de prescries e prticas

articuladas em torno de orientaes metodolgicas prprias de uma pedagogia

histrica escolar.

No decorrer dos anos de 1940 a 1960, surgiram manuais que tinham como

principal objetivo facilitar o trabalho docente oferecendo normas, materiais e mtodos

para uma educao nova, considerada ativa, prtica e de aplicao imediata para a

realidade escolar. Os autores desses manuais foram inauguradores de uma

perspectiva didtico-educacional:

Dessa maneira, os autores de manuais que tratavam do ensino de Histria nesse perodo, foram os inauguradores de uma perspectiva didtico-educacional que no meio do debate pedaggico mais geral dos renovadores, cristalizaram formas de relacionar histria e ensino. Na segunda metade do sculo XX seus escritos prescreveram programas para os cursos de formao de professores tanto nos cursos das Escolas Normais quanto nos de Institutos de educao (TOLEDO, 2011, p. 17).

Ainda em 1960, a disciplina de Histria unifica-se com a disciplina de Geografia

e passam a ser nomeadas Estudos Sociais; obrigatria nas escolas primrias e

optativa no ensino mdio. Em 1964, aps o golpe militar, a disciplina passa a ter

carter moral e cvico. Neste contexto, o governo militar cria a lei 5692/71, mudando o

foco da disciplina para um carter militar de ordem e conservao sem considerar a

reflexo das aes humanas na construo da histria.

Somente em 1980, a Associao Nacional de Histria (ANPUH) e a Associao

dos Gegrafos Brasileiros (AGB) conseguiram separar as disciplinas dando autonomia

dos contedos apenas para as turmas de 5 a 8 sries3. As turmas de 1 a 4 srie

permaneceram trabalhando com as disciplinas juntas. No ano de 1986 novas

reformulaes curriculares surgiram com a concepo voltada para a sociedade e as

aes humanas produzindo sua prpria histria. A partir desta proposta, articulou-se

os temas a serem estudados sendo eles: o indivduo, a famlia, o bairro, a cidade, o

estado e o Brasil como realidades em construo.

2 Movimento que antecedeu o Manifesto dos Pioneiros de 1932. Entre outras ideologias, defendiam a proposta da organizao do ensino em seus diversos nveis e a urgncia em criar um Sistema Nacional de Ensino. 3 A nomenclatura 5 a 8 srie foi substituda pelo Ensino Fundamental de nove anos, com diviso de 1 ao 9 ano, previsto na LDB lei n 11.274, de 6 de fevereiro de 2006 no artigo 32 onde passa a ser obrigatrio o ensino fundamental com durao de nove anos, gratuito na escola pblica e iniciando-se aos 6 anos de idade tendo por objetivo a formao bsica do cidado.

8

Atualmente, as questes para a reflexo sobre a metodologia do ensino de

Histria esto vinculadas a duas possibilidades de sntese reflexiva:

1) A busca por registrar e fazer divulgar experincias de ensino e pesquisa em relao as mudanas vivenciadas na prtica pedaggica do ensino de Histria; e 2) o entendimento de que , mais do que falar em prticas e tcnicas, falar em metodologia do ensino de Histria, , fundamentalmente, tratar de questes e problemticas que esto diretamente vinculadas histria da disciplina (TOLEDO, 2011, p. 20).

A disciplina de Histria tem sido um elemento constante no debate do currculo

para a escola elementar a partir da constituio do Estado brasileiro. O Decreto das

Escolas de Primeiras Letras de 1827 revelava que a histria a ser ensinada

compreendia Histria Civil articulada a Histria sagrada.

Com a abolio da escravatura, no final do sculo XIX surgiram novos desafios

polticos e junto deles ganharam fora as propostas que apontavam para uma

educao capaz de transformar o pas. Os embates e disputas sobre a reelaborao

dos contedos foram essenciais para a definio das disciplinas escolares. A Histria

passou a ter um duplo papel: o civilizatrio e o patritico formando junto com a

geografia e o ensino da lngua ptria um novo tipo de cidado: o cidado patriota.

Buscamos por meio deste estudo aprofundar os conhecimentos quanto aos

documentos norteadores para a disciplina de Histria entendendo os processos

histricos que levaram a construo das diretrizes que temos hoje e como estes

contedos se apresentam nos livros didticos utilizados atualmente nas escolas

pblicas e privadas para as turmas de 5 ano.

3 Disciplina de Histria no 5 ano do Ensino Fundamental: aspectos legais 3.1 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

As Diretrizes Curriculares para a Educao Bsica foram atualizadas pelo

Conselho Nacional de Educao no ano de 2013, perodo em que o Brasil era

governado pela ex-presidente Dilma Rousseff e o ministro da educao era Aloizio

Mercadante. O documento pretende estabelecer uma nova base nacional comum que

compreende os diferentes nveis da educao bsica. Tal atualizao foi necessria

devido s mudanas na educao, entre elas, o ensino fundamental de nove anos. As

diretrizes orientam, organizam e norteiam as propostas pedaggicas bem como seus

mtodos de avaliao. Neste estudo nos apropriaremos apenas das diretrizes para o

ensino fundamental, que devem ser observadas pelas escolas e redes de ensino na

9 elaborao de seu currculo e projetos pedaggicos. Seu principal fundamento o

direito a educao para todos.

O documento prope uma educao escolar comprometida com a igualdade,

com qualidade social, e que garanta educao aos grupos da populao menos

favorecidos econmica e socialmente. Para tanto, as diretrizes apresentam princpios

norteadores que devero ser seguidos pelas escolas e redes de ensino em suas

polticas educativas e aes pedaggicas. So estes os princpios:

ticos: de justia, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito dignidade da pessoa humana e de compromisso com a promoo do bem de todos, contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestaes de preconceito e discriminao. Polticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de respeito ao bem comum e preservao do regime democrtico e dos recursos ambientais; de busca da equidade no acesso educao, sade, ao trabalho, aos bens culturais e outros benefcios; de exigncia de diversidade de tratamento para assegurar a igualdade de direitos entre os alunos que apresentam diferentes necessidades; de reduo da pobreza e das desigualdades sociais e regionais. Estticos: de cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade; de enriquecimento das formas de expresso e do exerccio da criatividade; de valorizao das diferentes manifestaes culturais, especialmente as da cultura brasileira; de construo de identidades plurais e solidrias (DCNs, 2013, p.107,108).

Assim como nas demais etapas da educao bsica, o ensino fundamental

deve estar em conformidade com as diretrizes, seus fundamentos e princpios

norteadores, objetivando propiciar ao educando formao comum a todos

indispensvel para exercer plena cidadania.

O Currculo apresentado nas diretrizes de base nacional comum que e

complementado em cada rede de ensino e unidade escolar. Essa parte complementar

chamada de diversificada. A base nacional comum, juntamente com a parte

diversificada, formam juntas um todo integrado que no podem ser consideradas de

forma distinta.

A base nacional comum composta por valores fundamentais ao interesse

social e democrtico e todos devem ter acesso a tais contedos. Os contedos

pertinentes a parte diversificada sero definidos pelas escolas e redes de ensino e

tero carter complementar e enriquecedor ao currculo.

Os contedos que comtemplam a base curricular nacional comum so

sistematizados e tm origem nas disciplinas cientficas.

Os contedos que compem a base nacional comum e a parte diversificada tm origem nas disciplinas cientficas, no desenvolvimento das linguagens, no mundo do trabalho e na

10

tecnologia, na produo artstica, nas atividades desportivas e corporais, na rea da sade, nos movimentos sociais, e ainda incorporam saberes como os que advm das formas diversas de exerccio da cidadania, da experincia docente, do cotidiano e dos alunos (DCNs, 2013, p.114).

Os componentes curriculares devero ser divididos em: linguagens (lngua

portuguesa, lngua estrangeira moderna, lngua materna para a populao indgena,

arte e educao fsica); matemtica; cincias da natureza; cincias humanas, grupo

ao qual pertence a disciplina de histria e geografia e ensino religioso. Neste artigo,

aprofundaremos nossos estudos apenas na disciplina de histria.

De acordo com as diretrizes:

O ensino da Histria do Brasil levar em conta as contribuies das diferentes culturas e etnias para a formao do povo brasileiro, especialmente das matrizes indgena, africana e europeia (art. 26, 4 da LDB). Ainda conforme o artigo 26 A, alterado pela Lei n 11.645/2008 (que inclui no currculo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temtica Histria e Cultura Afro-Brasileira e Indgena), a Histria e a Cultura Afro-Brasileira, bem como a dos povos indgenas, presentes obrigatoriamente nos contedos desenvolvidos no mbito de todo o currculo escolar, em especial na Arte, Literatura e Histria do Brasil, assim como a Histria da frica, contribuiro para assegurar o conhecimento e o reconhecimento desses povos para a constituio da nao. Sua incluso possibilita ampliar o leque de referncias culturais de toda a populao escolar e contribui para a mudana das suas concepes de mundo, transformando os conhecimentos comuns veiculados pelo currculo e contribuindo para a construo de identidades mais plurais e solidrias (DCNs, 2013, p.114).

A proposta das diretrizes ainda prev que os componentes curriculares devem

estar articulados. Deve-se tambm integrar temas transversais as diferentes reas de

conhecimento com o objetivo de eliminar preconceitos, discriminaes, racismos

dando ao aluno condies sociais de crescer mais solidrio e responsvel com todos

a sua volta e com o ambiente em que est inserido. Para tanto, necessrio planejar

para tornar os contedos atrativos e mais prximos a realidade do aluno.

A avaliao, de acordo com a proposta das diretrizes, formativa e tambm

contnua. Deve-se considerar todo o processo de aprendizagem do aluno promovendo

diferentes meios para que todos tenham a possibilidade de conquistar um bom

rendimento.

11 3.2 Currculo da Educao Infantil e anos Iniciais do Ensino Fundamental do

municpio De Maring

Analisamos, tambm, o Currculo da Educao Infantil e Anos Iniciais do

Ensino Fundamental de Maring, elaborado pela Secretaria Municipal de Educao

(SEDUC) no ano de 2012, com o objetivo de orientar todos os profissionais envolvidos

na rede educacional do municpio a uma proposta de educao integral. O documento

foi elaborado durante segundo mandato do ex-prefeito Silvio Magalhes Barros, cuja

secretria da educao foi Edith Dias de Carvalho. O documento ressalta que:

O desenvolvimento do pensamento histrico , sem dvida alguma, o objetivo principal do ensino de histria com crianas dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Essa proposta de trabalho tem como base a epistemologia da Histria, ou seja, a forma como o conhecimento histrico construdo, sua natureza, suas etapas e limites. Visto desse modo, a proposta de encaminhamento metodolgico deve contemplar o trabalho com as fontes e a constante relao entre o passado e o presente, de forma que as diferentes temporalidades sejam marcadas (Currculo da Educao Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, 2012, p. 288-289).

A Rede de ensino municipal da cidade de Maring no tem um sistema

educacional prprio, ela est vinculada, e age em regime de colaborao, Secretaria

de Estado da Educao do Paran. A SEDUC adotou, na elaborao de seu currculo,

a abordagem terica da Pedagogia Histrico-Crtica tendo base na teoria Histrico

Cultural de Lev Vygotsky e no Materialismo Histrico-Dialtico de Karl Marx; tais

teorias corroboram ao dizer que por meio da socializao e da superao do

desfavorecimento social que a criana estabelecer ligaes com seu meio, tornando

assim todas as suas vivncias desde a primeira infncia importantes para seu

desenvolvimento.

O documento apresenta cinco importantes passos para uma didtica eficiente

de acordo com a Pedagogia Histrico-Crtico: Primeiro passo a prtica social inicial.

Neste momento acontece o primeiro contato do aluno com o tema a ser trabalhado. O

professor tem a funo de possibilitar ao aluno oportunidades de expor seu

conhecimento prvio sobre o assunto e estabelecer ligaes entre o conhecido e o

desconhecido. Vale lembrar que o professor deve tornar a conversa interessante no

intuito de despertar no aluno o interesse em conhecer o que at ento

desconhecido.

A problematizao o segundo passo. Neste momento a prtica social

questionada. Os alunos entendero porque determinado assunto ser estudado e

12 quais so as suas dimenses. Gasparin (2009) apud Currculo Educao Infantil e

Anos Iniciais do Ensino Fundamental prope nessa etapa, que os professores

elaborem perguntas sobre o contedo de forma a torn-lo atrativo e mais prximo ao

contexto dos alunos.

O terceiro passo a instrumentalizao, momento em que o contedo

sistematizado de maneira que favorea o aprendizado e construo do conhecimento

cientfico atravs da mediao do professor. O objetivo desta fase tentar responder

os questionamentos das etapas anteriores. Cabe ao professor mediar com aes

intencionas e atividades planejadas.

O penltimo passo a catarse. O aluno sintetiza o contedo demonstrando um

conhecimento elaborado. Este passo poder ser feito de forma oral, escrita ou ainda

atravs de desenhos no caso da educao infantil. O quinto, e ltimo, passo a

prtica social final, ponto em que o aluno passa a realizar sozinho aquilo que at

ento s sabia fazer por meio da mediao. A mediao adequada do professor nas

etapas anteriores gerou uma nova prtica social. A avaliao tem o papel de contribuir

para que os alunos desenvolvam o pensamento crtico e compreendam o contexto

social em que esto inseridos tornando-os cidados mais comprometidos com o seu

meio social.

Os contedos esto organizados em eixos que articulam os contedos

estruturantes, especficos e os objetivos gerais e especficos para cada disciplina e

nvel de ensino. Nos apropriaremos somente dos contedos de Histria,

especificamente os contedos do 5 ano por ser nosso objeto de estudo. Os eixos da

disciplina para o 5 ano so Temporalidade: mudanas e permanncias e Fontes:

linguagens histricas.

A partir dos eixos os contedos esto divididos em quatro contedos

estruturantes, cada qual com seus objetivos gerais. Esses contedos so subdivididos

em contedos especficos e objetivos especficos. O currculo de Histria para o 5

ano apresenta um panorama da histria do Brasil desde seu descobrimento at a

proclamao da repblica.

O primeiro contedo estruturante trata das grandes navegaes e colonizao

do Brasil. O aluno conhecer histrias sobre as grandes navegaes, o contexto

histrico, os motivos que levaram Portugal e Espanha a realizar essas viagens e

estratgias para se apropriar de novas terras. O currculo ainda prev o estudo dos

primeiros habitantes, seus costumes e hbitos, a chegada dos portugueses, ocupao

do territrio brasileiro por portugueses, negros e escravos. Espera-se de modo geral

13 que o aluno compreenda como ocorreram os primeiros contatos dos ndios com

portugueses e as contribuies desses povos para a colonizao do nosso pas.

O segundo contedo estruturante apresenta a administrao da colnia. Neste

contedo entram o Tratado de Tordesilhas, as Capitanias Hereditrias e o governo

geral da poca. Ao final do contedo, espera-se que o aluno compreenda as

diferentes estratgias de governo de Portugal a fim de garantir a segurana das terras

conquistadas.

O contedo seguinte aborda questes relacionadas a independncia do Brasil.

O contedo est dividido primeiramente no momento histrico da independncia do

Brasil, nossa primeira Constituio, a chegada dos imigrantes e finalmente a abolio

da escravatura e fim da monarquia no Brasil. Tal contedo proposto no currculo

com o objetivo de levar o aluno a compreender os processos da independncia do

Brasil e suas contribuies para a Proclamao da Repblica.

O quarto e ltimo contedo estruturante proposto no currculo para o 5 ano,

trata da Proclamao da Repblica. Nesta etapa trabalhado a nova constituio

brasileira, o Brasil no incio do sculo XX, o trabalho nas indstrias e fbricas e o

crescimento das cidades, a organizao administrativa do pas, os poderes jurdico,

legislativo e executivo e os smbolos brasileiros (hino, bandeira e braso). O objetivo

geral de estudar esse contedo conhecer os processos da proclamao da

repblica e suas implicaes na vida dos cidados brasileiros.

O processo de aprendizado deve acontecer progressivamente e ao professor

cabe fazer a seguinte anlise do aluno proposta por Oliveira (2010):

1) Estabelece relaes entre o passado e o presente? 2) Identifica em uma reflexo oral e escrita papis divergentes atribudos a um evento? 3) Relaciona no tempo determinados eventos histricos? 4) Utiliza noes relacionadas ao tempo como medida: calendrio, dcadas, sculos, semanas... 5) capaz de realizar uma produo escrita que mostre uma interpretao e explicao comparando diversos documentos/fontes? 6) Utiliza noes relacionadas ao tempo como: datas, mudanas, permanncias, sucesso, simultaneidade... 7) Consegue estruturar uma linha do tempo de um perodo histrico? 8) Consegue empregar vocabulrios e conceitos adequados para explicar diferentes modos de vida: regimes polticos, poder, sociedade... 9) Identifica na Histria local momentos de insero em um contexto mais amplo da Histria do Brasil. 10) Consegue colocar em relao diferentes pocas e elementos estudados? (Oliveira, 2010, p. 132-3 apud Currculo Educao Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, p. 289, 2012).

O processo de aprendizagem do aluno acontecer conforme ele for se

apropriando dos contedos estudados e estabelecendo ligaes acerca de seu

14 desenvolvimento. Isto , qual contribuio, que determinando contedo tem com a

construo do cidado? Para tanto, necessrio uma prtica pedaggica que

direcione os saberes para este norte.

3.3 Parmetros Curriculares Nacionais

Os Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs), foram elaborados pelo

Ministrio da Educao no ano de 1997, est dividido em dez volumes que

compreendem todas as disciplinas da educao bsica entre elas, o ensino de

Histria. Abordamos tal documento, em ltimo momento, por ser considerado um

parmetro e no uma legislao efetiva, e ainda, ressaltamos que o mesmo j foi

superado por tantas outras legislaes; no entanto, no podemos deixar de lado o fato

de ainda ser objeto de estudo e consulta de muitos docentes/instituies. De acordo

com os PCNs, alguns dos objetivos do Ensino Fundamental so:

Conhecer caractersticas fundamentais do Brasil nas dimenses sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noo de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinncia ao Pas; conhecer e valorizar a pluralidade do patrimnio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e naes, posicionando-se contra qualquer discriminao baseada em diferenas culturais, de classe social, de crenas, de sexo, de etnia ou outras caractersticas individuais e sociais (PCNs, 1997, p.9).

Os PCNs esto organizados em duas partes e apresenta conceitos, princpios

e orientaes de atividades que cujo principal objetivo orientar situaes que

proporcionem aos estudantes uma leitura crtica de diferentes assuntos ligados

histria.

A primeira parte trata de algumas concepes curriculares para a disciplina de

Histria no Brasil apontando conceitos, princpios e caractersticas necessrios ao

saber histrico. So apresentados, tambm, os objetivos gerais da disciplina para o

ensino fundamental. Espera-se que no decorrer dessa etapa os alunos tornem-se

aptos a:

Identificar o prprio grupo de convvio e as relaes que estabelecem com outros tempos e espaos; Organizar alguns repertrios histrico-culturais que lhes permitam localizar acontecimentos numa multiplicidade de tempo, de modo a formular explicaes para algumas questes do presente e do passado;

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Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaos, em suas manifestaes culturais, econmicas, polticas e sociais, reconhecendo semelhanas e diferenas entre eles; Reconhecer mudanas e permanncias nas vivncias humanas, presentes na sua realidade e em outras comunidades, prximas ou distantes no tempo e no espao; Questionar sua realidade, identificando alguns de seus problemas e refletindo sobre algumas de suas possveis solues, reconhecendo formas de atuao polticas institucionais e organizaes coletivas da sociedade civil; Utilizar mtodos de pesquisa e de produo de textos de contedo histrico, aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconogrficos, sonoros; Valorizar o patrimnio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e indivduos e como um elemento de fortalecimento da democracia (PCNS, 1997, p.33).

A escolha dos contedos foi feita a partir das problemticas locais em que

esto inseridos os alunos e a escola no deixando de considerar os contextos

regionais, nacionais e mundiais, pois dimensionam a realidade em que esto

envolvidos. Os contedos foram escolhidos a partir do tempo presente e de histrias

de outros tempos proporcionando a criana, a oportunidade de compreender a si

mesma e a vida coletiva a qual faz parte. Essa proposta privilegia no primeiro ciclo o

estudo de tempos diferentes no tempo presente em determinado espao. No segundo

ciclo sugere o estudo de histrias de outros espaos em diferentes tempos

predominado a histria social e cultural no excluindo a poltica e economia.

Os contedos escolhidos esto articulados com temas transversais sendo eles:

As relaes de trabalho existentes entre os indivduos e as classes, por meio do conhecimento sobre como se processam as produes, as comercializaes e a distribuio de bens, as desigualdades sociais, as transformaes das tcnicas e das tecnologias e a apropriao ou a desapropriao dos meios de produo pelos trabalhadores; As diferenas culturais, tnicas, de idade, religio, costumes, gneros, sistemas econmicos e polticos; As lutas e as conquistas polticas, travadas por indivduos, por classes e movimentos sociais; As relaes entre os homens e a natureza, numa dimenso individual e coletiva, contempornea e histrica, envolvendo discernimento quanto s formas de dominao e preservao da fauna, flora e recursos naturais; Reflexes sobre a constituio da cidadania, em diferentes sociedades e tempos, relacionados sade, higiene, s concepes sobre a vida e a morte, s doenas endmicas e epidmicas; As imagens e os valores em relao ao corpo, relacionados histria da sexualidade, dos tabus coletivos, da organizao das famlias, da educao sexual e da distribuio de papis entre os gneros nas diferentes sociedades historicamente constitudas (PCNS, 1997, p.36).

16

Devido variedade de contedos da disciplina, os professores devem

selecionar os contedos mais significativos, a proposta do documento no deve ser

considerada como fixa sendo possvel aos professores recri-los e adapt-los de

acordo com sua realidade escolar.

A segunda parte do documento est dividida em primeiro e segundo ciclos

onde so apresentados os eixos temticos para as sries iniciais do ensino

fundamental juntamente com os critrios que do base as escolhas dos eixos.

Pertence ao primeiro ciclo s sries iniciais do ensino fundamental, perodo em

que o aluno ainda est em um processo de alfabetizao. O trabalho com essas

sries volta-se para uma prtica pedaggica que envolve a oralidade, sendo

necessrio o uso de recursos tais como: fotografias, fontes documentais, filmes,

mapas, objetos do cotidiano etc. A partir desta prtica possvel desenvolver

trabalhos com a linguagem escrita.

No segundo ciclo, a criana j tem um domnio maior da linguagem escrita e a

principal tarefa do professor propiciar atravs de prticas pedaggicas, situaes

que ampliem os conhecimentos histricos de seus alunos.

Os contedos do segundo ciclo esto organizados a partir do eixo temtico:

histria das organizaes populacionais. Nesta etapa o aluno j compreende que as

diferentes relaes humanas podem construir e modificar a histria de um

determinado lugar e das pessoas que esto inseridas ali. Ao estabelecer relaes

entre grupos distintos considerando tambm fatores econmicos, sociais, culturais e

polticos, os alunos tm a possibilidade de compreender que existem problemticas

especficas de cada regio.

A proposta para este ciclo de que os estudos sobre a histria dos povos

propiciem aos alunos um estudo crtico e reflexivo considerando as mudanas,

permanncias, diferenas e semelhanas das relaes humanas. Neste sentido os

contedos propostos neste documento so:

A procedncia geogrfica e cultural de suas famlias e as histrias envolvidas nos deslocamentos e nos processos de fixao; Os deslocamentos populacionais para o territrio brasileiro e seus contextos histricos; As migraes internas regionais e nacionais, hoje e no passado; Os grupos e as classes sociais que lutam e lutaram por causas ou direitos polticos, econmicos, culturais, ambientais; Diferentes organizaes urbanas, de outros espaos e tempos; As relaes econmicas, sociais, polticas e culturais que a sua localidade estabelece com outras localidades regionais, nacionais e mundiais; Os centros poltico-administrativos brasileiros;

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As relaes econmicas, sociais, polticas e culturais que a sua localidade estabelece ou estabeleceu com os centros administrativos nacionais, no presente e no passado; Medies de tempo, calendrios, quadros cronolgicos, linhas de tempo e periodizaes, para organizarem snteses histricas das relaes entre as histrias locais, regionais, nacionais e mundiais (PCNS, 1997, p.47-48).

Neste sentido, cabe ao professor, priorizar contedos que possibilitem a

interpretao e reflexo do aluno em relao ao seu espao dentro da cidade, estado,

pas e mundo. Tambm necessrio um exerccio de auto avaliao docente,

considerando os parmetros propostos para a disciplina escolha dos contedos e a

prtica em sala de aula.

4 Anlise do livro didtico Ligados com a Histria: organizao legal e

parmetros contraditrios

O material utilizado para a anlise foi o livro Ligados com a Histria da Editora

Saraiva. O livro foi produzido no ano de 2014 e organizado por Alexandre Alves,

doutor em Histria pela Universidade de So Paulo (USP), Letcia Fagundes de

Oliveira, mestre em Histria Social tambm pela USP e Regina Nogueira Borella,

bacharel em Psicologia pela Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (PUC-SP).

Atualmente utilizado como didtico na rede municipal de Maring.

O livro est organizado em oito unidades, cada uma est dividida em captulos

relacionados ao tema principal . Na abertura de cada unidade h imagens, elementos

que proporcionam ao aluno uma reflexo sobre o tema principal e o seu cotidiano.

Dentro de cada captulo h sees prticas que auxiliam nos estudos e

aprofundamento do contedo. Prximo a cada texto h um box que tira dvidas de

termos, expresses e palavras que no so comuns ao vocabulrio dos alunos. O

material tambm apresenta um box destinado a fontes e testemunhos histricos.

Nesta seo, a ideia trazer fontes, mapas, fotografias, depoimentos, artigos, obras

de escritores, especialistas e historiadores que falam sobre o assunto que est sendo

tratado no captulo.

H, ainda, um box destinado a atividades para retomar e ampliar os principais

assuntos da unidade; o Voc Sabia? traz curiosidades sobre o tema estudado; o

Ampliando Horizontes, apresenta sugestes de livros, revistas e outros materiais

que permitem enriquecer ou ampliar os contedos abordados; o Rede de Ideias

retoma contedos da unidade e relaciona com outras reas do conhecimento; e Qual

18 a pegada?, o aluno tem a possibilidade de refletir sobre atitudes e valores que

contribuem para a sua formao como cidado.

A anlise do livro foi feita a partir das propostas presentes no Currculo de

Maring por apresentar os contedos da disciplina sistematizados e tambm porque

est em uso nas escolas municipais da cidade. Os contedos propostos no currculo

esto organizados a partir de uma linha do tempo, desde o perodo das grandes

navegaes e o descobrimento do Brasil at o momento de proclamao da repblica.

A seguir, apresentaremos o quadro com as propostas para o ensino de histria

nas turmas de 5 ano:

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EIXOS: Temporalidade: mudanas e permanncias

Fontes: linguagens histricas Contedos Contedos Especficos Objetivos Especficos

Estruturantes Grandes navegaes Conhecer o perodo histrico das navegaes do sculo XVI, para perceber e conhecer os instrumentos, as tcnicas e as reais condies de viagem da poca que possibilitaram as grandes navegaes.

Descobrir os motivos que levaram

As grandes Portugal e Espanha a realizar as grandes

navegaes, a fim de perceb-las como navegaes e a estratgias de conquistas de novas colonizao do terras.

Brasil

Objetivo geral: Primeiros Reconhecer a existncia de povos habitantes indgenas no Brasil antes da chegada Compreender

(hbitos E dos portugueses, a fim de conhecer a como se deu o costumes) importncia da cultura indgena na primeiro contato construo da sociedade brasileira. entre indgenas e

portugueses, a fim Perceber que as heranas culturais que de identificar e temos hoje foram contribuio dos respeitar as povos indgenas E dos negros contribuies dos escravizados que formaram A indgenas, negros identidade brasileira. e imigrantes na colonizao do Conhecer a histria dos colonizadores, a Brasil. Fim de perceber aspectos de

permanncias e mudanas ao longo desse processo.

Estabelecer relaes entre o presente e o passado, a fim de identificar os problemas da situao atual dos indgenas e perceber que importncia os direitos dos indgenas e A

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necessidade de sua garantia e seu cumprimento. Chegada Dos Perceber a importncia da chegada dos portugueses. portugueses no Brasil, a fim de

Ocupao

do compreender o processo de ocupao do

territrio brasileiro. territrio Pelos 1s imigrantes Reconhecer a importncia dos indgenas Portugueses e e dos africanos para a construo negros histrica e cultural do pas, a fim de Escravido valorizar e respeitar sua contribuio nesse processo.

Reconhecer a importncia da cultura e da arte do povo africano e indgena que com seus contos e lendas contriburam para com a construo da identidade da sociedade brasileira, a fim de valoriz- las. Vinda Da Entender que a vinda da famlia real famlia real para o Brasil foi resultado de um processo de disputa de terras.

Administrao Administrao da Identificar as etapas iniciais da da colnia colnia: administrao do perodo colonial: o

Objetivo geral: Tratado de Tordesilhas, as Capitanias Tratado de hereditrias e o Governo Geral Conhecer as Tordesilhas entendendo-as como um processo de diferentes

Capitanias organizao da colnia.

formas de Hereditrias governo adotadas por Governo Geral Portugal, a fim de garantir a segurana das novas terras conquistadas.

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A Conhecer o processo da independncia independncia do do Brasil, a fim de entender como e Brasil: porque o pas se tornou independente de Portugal.

A Primeira Reconhecer que com a independncia

A constituio do Brasil novas Leis E Diretrizes precisaram ser estabelecidas, Para Independncia direcionarem a convivncia entre As

do Brasil pessoas, tanto no trabalho quanto na vida civil.

Objetivo geral: A chegada dos Reconhecer na presena dos imigrantes imigrantes no Brasil como forma de contribuio

Conhecer o para o desenvolvimento do novo pas. Conhecer a histria dos imigrantes, A processo de fim de perceber que o trabalho De independncia do diferentes povos contribuiu para A Brasil e suas construo do Pas. implicaes, a fim

de perceber suas Identificar mudanas e permanncias no contribuies na modo de vida dessas pessoas aps A Proclamao da fixao no Brasil, a fim de perceber as

Repblica. influncias Culturais que Esses imigrantes trouxeram para o Brasil. Abolio Dos Identificar que o fato da abolio da escravos/Fim Da escravatura foi um agravante que monarquia contribuiu para o fim da monarquia e consequentemente com a Proclamao da Repblica.

A Proclamao A Proclamao da Entender que a Proclamao da da Repblica Repblica: Repblica inaugurou uma nova forma

de organizao e de governo e que Objetivo geral: A nova constituio consequentemente Uma Nova

Conhecer o configurao nos direitos e deveres dos processo da cidados brasileiros.

Proclamao da O Brasil no Incio do Conhecer as conquistas alcanadas pelo Repblica e a sua sculo XX povo brasileiro no sculo XX, a fim de

repercusso na constatar as mudanas e permanncias vida dos cidados O Trabalho nas desse contexto. brasileiros, a fim fbricas/a indstria e o de identificar a crescimento das

nova configurao cidades; do cenrio A organizao e a Conhecer a organizao e administrao

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brasileiro. Administrao do do Pas, a fim de compreend-las como Brasil: facilitadora para o desenvolvimento do Poder executivo Estado Nacional e o bem estar da (Presidente da populao. repblica, vice- Presidente da repblica e Reconhecer a bandeira, o hino e o braso

ministros)

como smbolos pertencente ao Brasil, Poder legislativo para identific-los como uma marca (Congresso prpria. Nacional: Deputados Federais e Senadores)

Poder judicirio (Tribunais superiores e ministros).

Smbolos Nacionais: Bandeira Hino Braso

O primeiro contedo estruturante da disciplina trata das grandes navegaes

e a colonizao do Brasil. A proposta que dentro deste item, sejam apresentados

contedos sobre as grandes navegaes, a chegada dos portugueses e os primeiros

habitantes do Brasil, os imigrantes portugueses e negros, o perodo de escravido e

a vinda da famlia real portuguesa para o Brasil. Dentro deste objetivo, observamos

que a primeira unidade do livro, das pginas 8 at 26 apresenta um panorama geral

da vida no perodo do Brasil Colnia. O primeiro captulo do livro conta a histria da

colonizao, a explorao das riquezas naturais tais como o pau-brasil e as

especiarias. Apresenta, tambm, o contexto e organizao das capitanias

hereditrias e o governo geral, itens que esto previstos dentro do segundo

contedo estruturante do currculo. No segundo captulo, o tema principal continua

sendo a sociedade colonial, porm, j apresentando questes como a escravido e

os motivos desta prtica, o papel da mulher dentro da sociedade colonial, os

homens livres e senhores.

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Observamos que os textos de toda a unidade so curtos e com um

vocabulrio claro de fcil compreenso para alunos de 5 ano. H a presena de

muitas imagens, item de bastante relevncia quando estamos estudando histria,

pois nos aproxima do passado e alimenta a imaginao. Para cada texto da unidade,

foram elaboradas atividades orais ou escritas para fixao do contedo. As

atividades, ora so individuais, estimulando a reflexo do aluno, ora so realizadas

em duplas ou grupos, favorecendo o debate e troca de opinies. Dentro da proposta

do currculo de reconhecer e valorizar a cultura indgena, existe uma proposta de

debate sobre os direitos conquistados pelos ndios e os artigos dispostos na

Constituio de 1988 que garantem estes direitos. Para concluir o assunto,

proposto um trabalho de pesquisa em grupo sobre as terras indgenas no estado ou

regio em que os alunos vivem. Percebemos nesta primeira unidade do material que

parte do que contedo proposto no currculo, no apresentado no livro, porm, o

contedo que est de acordo, bem como suas atividades, atendem satisfatoriamente

os objetivos geral e especficos do documento norteador.

O segundo contedo estruturante trata da administrao da colnia, sendo

contedos especficos, o Tratado de Tordesilhas, as capitanias hereditrias e o

governo geral. Espera-se que ao final dos estudos sobre esse contedo, o aluno

identifique as etapas iniciais da administrao do perodo colonial. Sobre esses

contedos o livro traz apenas duas pginas de informaes e poucas atividades de

fixao alm de no apresentar o que foi o Tratado de Tordesilhas. No proposto

nenhuma atividade de pesquisa ou outras fontes em que o aluno possa recorrer a

fim de apropriar-se mais dos contedos.

O terceiro contedo estruturante do currculo prope um estudo sobre a

independncia no Brasil, a primeira Constituio, a chegada dos imigrantes, a

abolio dos escravos e o fim da monarquia. Dentro do livro analisado, a histria da

independncia do Brasil abordada na terceira unidade, das pginas 50 at 63.

Primeiramente apresentada a histria da famlia real portuguesa e os motivos que

fizeram a famlia se instalar aqui no Brasil. Em um segundo momento, a unidade

apresenta um texto sobre a primeira Constituio do Brasil, os motivos que levaram

a elaborao do documento, e a existncia dos poderes moderador (imperador),

legislativo, executivo e judicirio. Os textos e atividades sobre esse assunto atendem

os objetivos especficos do currculo de proporcionar ao aluno conhecimento sobre

esse perodo da independncia e sua importncia na formao do cidado.

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Ainda dentro do terceiro contedo estruturante, proposto o estudo sobre a

abolio dos escravos e o fim da monarquia no Brasil. Esses temas no esto

contidos no terceiro captulo do livro como a primeira parte da independncia, porm

esto na sequncia das unidades, assim organizados: abolio dos escravos dentro

da quarta unidade do didtico, e na quinta unidade o fim da monarquia. Dentro da

quarta unidade, apresentado um captulo inteiro (pginas 68 at 79) sobre a difcil

vida dos escravos e as conquistas de seus direitos. No incio feito um panorama

geral da vida destas pessoas, como vieram para o Brasil, o trfico de negros e os

navios negreiros; posteriormente, fala da conquista de direitos dos negros, os

abolicionistas que apoiavam o fim da escravido no Brasil e a importante

participao feminina na figura de Chiquinha Gonzaga no movimento abolicionista.

Ainda so apresentadas as leis abolicionistas: Eusbio de Queiroz de 1850 que

proibia o trfico de escravos; Lei do Ventre livre de 1871 que declarava livres os

filhos de escravos nascidos a partir da data da lei; Lei dos sexagenrios de 1885 que

libertava os escravos com mais de 60 anos; e a Lei urea de 1888 que libertava os

escravos sem compensaes aos senhores. No final do captulo h sugestes de

revistas, msicas e vdeos sobre o perodo e as comunidades quilombolas. Material

que enriquece tanto as aulas quanto o conhecimento dos alunos fora dela. O fim do

perodo de monarquia aparece no incio da quinta unidade apenas para introduzir o

quarto e ltimo contedo estruturante: A Proclamao da Repblica.

Como j mencionado, o quarto contedo estruturante trata da Repblica no

Brasil e suas implicaes: a nova Constituio, o Brasil no sculo XX, as fbricas,

indstrias e o crescimento das cidades, a organizao da administrao do Brasil, os

trs poderes e suas responsabilidades e os smbolos nacionais. Dentro do que est

proposto no livro, o contedo se inicia com o momento de transio da monarquia

para a repblica. No decorrer dos primeiros anos da repblica, as cidades e

indstrias tiveram um grande crescimento. Para esse contedo, o material foi

dividido entre a unidade seis e sete, das pginas 104 a 138. O assunto abordado

com textos objetivos, atividades de pesquisa em grupo e a proposta de ampliar os

horizontes e compreender melhor o momento de crescimento e modernizao das

cidades com o filme Sculo XX: Primeiros tempos e a leitura do livro Trem da Vida,

de Helena Guimares Campos. O didtico apresenta detalhadamente o processo de

modernizao nas cidades brasileiras e nas indstrias. Neste processo de

modernizao, ganham destaque as discusses sobre a revitalizao da cidade do

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Rio de Janeiro em meados de 1904 com efeito da Revolta da Vacina, e a construo

de Braslia em 1955.

Os textos e atividades sobre a nova Constituio esto na unidade oito. A

unidade trabalha a questo da desigualdade social, as lutas de classes e o grande

avano democrtico com a elaborao da Constituio Federal de 1988, tambm

conhecida como Constituio Cidad por ser um conjunto de leis que busca tornar o

Brasil um pas mais justo e sem grandes desigualdades sociais. Dentre as muitas

leis, o Estatuto da Criana e do Adolescente ganha destaque nesta unidade. Os

alunos so levados a uma sria reflexo sobre os direitos que todo criana tem, a

responsabilidade da sociedade para fazer valer o Estatuto, e a conscientizao de

que nem todas as crianas e adolescentes tem estes direitos garantidos. H a

proposta de pesquisas em jornais, revistas, e internet para conhecer iniciativas e

projetos que buscam cumprir essa responsabilidade.

Ainda nesta unidade, est proposto o estudo sobre as lutas das mulheres ao

longo da histria e os direitos conquistados, os direitos dos afro-brasileiros com a

apresentao do Estatuto da Igualdade Racial de 2010, direitos dos idosos e da

pessoa com deficincia. Ao final do estudo sobre a Constituio, os direitos das

crianas, adolescentes, mulheres, negros e idosos o livro traz o seguinte

questionamento: Se todos so iguais perante a lei, por que o Brasil marcado por

desigualdades, excluso e injustias sociais? Esta uma excelente pergunta para

estimular a criticidade dos alunos e faz-los refletir sobre o que ser cidado, quais

direitos so de fato garantidos, quais no so, quais deveres estamos cumprindo

enquanto cidados e quais estamos deixando de cumprir. H uma breve

apresentao sobre a Declarao Universal dos Direitos humanos no final da

unidade e para encerrar o contedo a proposta da elaborao de um livreto sobre os

direitos humanos. A ideia que posteriormente esse livreto seja divulgado para a

toda a comunidade escolar.

A organizao e administrao do Brasil por meio dos poderes, executivo,

legislativo e judicirio no perodo republicano e os smbolos nacionais, contedos

propostos no currculo, no so apresentados no material analisado. Podemos

observar que o livro atende em grande parte ao que est proposto no documento

norteador de Maring, mas no de forma completa. Traz tambm outros contedos

tais como, a economia do ouro no Brasil, o imprio do caf, a modernizao do

Brasil e a conquista do serto, a cidadania como uma luta de todos, que no esto

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no currculo, porm so de grande relevncia para o aprendizado e formao dos

alunos e esto previstos nas Diretrizes Curriculares da seguinte forma:

O currculo do Ensino Fundamental tem uma base nacional comum, complementada em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar por uma parte diversificada. A base nacional comum e a parte diversificada do currculo do Ensino Fundamental constituem um todo integrado e no podem ser consideradas como dois blocos distintos. A articulao entre a base nacional comum e a parte diversificada do currculo do Ensino Fundamental possibilita a sintonia dos interesses mais amplos de formao bsica do cidado com a realidade local, as necessidades dos alunos, as caractersticas regionais da sociedade, da cultura e da economia e perpassa todo o currculo (DCNs, 2013, p.114).

Observamos que o livro didtico segue a linha de pensamento Pedagogia

Histrico-Crtico, adotada pelo Currculo de Maring, fundamentada na Teoria

Histrico-Cultural de Vygotsky que considera importante todas as vivncias do aluno

para a construo do cidado.

Um ponto importante a destacar sobre o didtico, so os textos e as

atividades que juntos visam construir conceitos de mudana, permanncia, memria,

sujeito histrico. H tambm uma preocupao com a interdisciplinaridade, isto ,

outros saberes esto constantemente articulados aos contedos do livro tais como,

leitura de grficos e tabelas que contribuem com o pensamento lgico do aluno,

leitura de mapas e por meio deste desenvolver habilidades de orientao no espao,

diferentes gneros textuais permitem a articulao com a disciplina de Lngua

Portuguesa, e a leitura e apreciao de imagens, criando uma ponte entre a Histria

e a Arte.

O tema sustentabilidade, to discutido nos ltimos tempos, tambm tratado

no livro. A abordagem no livro ocorre mais sistematicamente na no box Qual a

pegada? Criado para promover a discusso sobre novas prticas e hbitos que

possibilitem um futuro sustentvel para as prximas geraes. A reflexo sobre a

ao humana e a tica constante no material. Um exemplo o Qual a pegada?

Pginas 82 e 83, no final do captulo da cultura do caf. O box traz uma discusso

sobre o caf e a devastao da Mata Atlntica.

As atividades do livro em geral so dinmicas e diversificadas fazendo com

que o estudo de histria se relacione com o momento em que estamos. Observamos

tambm, que o guia do professor, parte destinada para o estudo do professor e

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preparo das aulas rico em informaes e ideias para tornar as aulas mais

interessantes e prximas realidade dos alunos. Ao professor, importante fazer

uso deste e outros recursos a fim de tornar os contedos e aulas mais didticas.

5 Consideraes finais

Ao realizar este estudo, observamos que todos os documentos que norteiam

a disciplina possuem muitos pontos em comum, mas cada um com suas

especificidades. A questo de grande relevncia e reflexo a ns educadores que

muitos professores no fazem uso deste material, em sua maioria no sabem da

existncia de documentos que norteiam a disciplina e no se aprofundam nos

contedos. Ao contrrio das disciplinas de Lngua Portuguesa e Matemtica que

ocupam um espao maior na grade curricular e, portanto, recebem um olhar mais

atento as questes didticas, a disciplina de Histria juntamente parece estar

sempre em segundo plano, no recebendo a devida ateno que deveria. Esta deve

ser considerada como uma das disciplinas fundamentais para a formao do

cidado.

Analisando o livro didtico percebemos a importncia de um material bem

estruturado e que segue uma sequncia cronolgica de acordo com o documento

norteador. A organizao dos contedos neste modelo facilita o trabalho do

professor no estudo aprofundado e preparo das aulas, porm o livro no deve ser a

nica fonte de pesquisa e estudo do professor. A busca por outras fontes, muitas

destas at propostas no prprio didtico, amplia a viso e conhecimento no s do

professor para ministrar a aula, mas tambm dos alunos, uma vez que uma aula

bem preparada, com diferentes recursos didticos estimula os alunos a se

aprofundarem no contedo proposto.

A realidade que nem todos os professores dedicam tempo para estudar e

se apropriar dos documentos norteadores e contedos especficos da disciplina de

histria. Nas sries iniciais do ensino fundamental as aulas de histria so

ministradas por professores regentes, em sua maioria pedagogos que durante a

graduao tiveram poucas disciplinas voltadas para a metodologia do ensino de

disciplinas especficas como o caso da Histria. Os contedos de Histria no so

simples e demandam pesquisas e estudos aprofundados, algo que no possvel

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na graduao com uma grade de disciplinas limitada. Porm a defasagem na

graduao no justifica o desinteresse em buscar mais conhecimento e preparo para

a sala de aula. A busca por aperfeioamento no est limitada ao que a graduao

oferece tampouco ao que os livros didticos e guia do professor prope.

O ideal que haja uma busca por conhecimento constante por parte do

professor considerando que a histria viva e est em constante transformao.

necessrio tambm que o professor se aproprie de diferentes mtodos para

transmitir o conhecimento tendo em vista que os alunos que ocupam os bancos

escolares hoje no so os mesmos de trinta anos atrs. Tais atos contribuiro para

aulas mais dinmicas e contextualizadas.

Esta pesquisa no foi emprica, no fomos a campo. Usamos como base para

anlise e reflexes as vivncias adquiridas no trabalho em sala de aula e durante a

graduao principalmente nos estgios. Esperamos com tal pesquisa ter contribudo

para a reflexo, formao e prticas pedaggicas de professores que assim como

ns, atuam nesta rea docente.

6 Referncias

ALVES, Alexandre. Ligados.com histria, 5 ano: anos iniciais / Alexandre Alves, Letcia Fagundes de Oliveira, Regina Nogueira Borella. 1. ed. So Paulo: Saraiva, 2014 BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educao Bsica / Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica. Diretoria de Currculos e Educao Integral. Braslia: MEC, SEB, DICEI, p. 102 143, 2013. BRASIL, Ministrio da Educao. LEI N 11.274, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2006. Lei de Diretrizes e Bases da Educao n 9394, Braslia, DF, MEC, 2006. Acesso em: 11 dez. 2016. BRASIL, Parmetros Curriculares Nacionais: histria, geografia/ Secretaria de Educao Fundamental. Braslia :MEC/SEF, p.19 89, 1997. GIL, Antnio Carlos. Mtodos e Tcnicas de Pesquisa Social. 5 ed. So Paulo: Atlas, p. 65, 2002. MARING, Secretaria de Educao. Currculo Educao Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Maring, PR, SEDUC, p. 284 290, 2012. MARING, Secretaria de Educao. Currculo Educao Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Maring, PR, SEDUC, p. 304 - 310, 2012.

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NADAI, Elza. O Ensino de Histria e a Pedagogia do Cidado: O Ensino de Histria e a criao do fato /Jaime Pinsk (org.) 7 ed. So Paulo: Contexto, p. 23 29, 1997. TOLEDO, Maria Aparecida Leopoldino Tursi. Histria: Dimenses Pedaggicas e Mtodo de Ensino. Ensino de Histria: Ensaios sobre questes tericas e Prticas / Maria Leopoldino Tursi Toledo (org.) Maring: Eduem, p. 13- 32, 2011.