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Tema: Mercados, consumo, tendências e perspectivas para a agricultura familiar. Sustentabilidade e cadeia agroalimentar: a demanda do setor público como mecanismo de transformação dos sistemas mecanismo de transformação dos sistemas agroalimentares locais e globais Dr. Xavier Simón UVIGO [email protected] http://webs.uvigo.gal/econ omiaecoloxica

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Tema: Mercados, consumo, tendências e perspectivas para a agricultura familiar.

Sustentabilidade e cadeia agroalimentar: a demanda do setor público como

mecanismo de transformação dos sistemas mecanismo de transformação dos sistemas agroalimentares locais e globais

Dr. Xavier Simón

[email protected]://webs.uvigo.gal/econ

omiaecoloxica

Um problema..... A excessiva demanda humana de Recursos Bioprodutivos

Fonte:WWF Informe Planeta Vivo 2012

2,5 3

3,5

hectáreas globais percápita)O

"OV

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etário

1

1,5 2

1961

1962

1963

1964

1965

1966

1967

1968

1969

1970

1971

1972

1973

1974

1975

1976

1977

1978

1979

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

hectáreas globais percápita)

Bio

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Pegad

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Fon

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01

2

Outro problema.......a crença no poder infinito do ser humano

SISTEMAECONÔMICO

SISTEMASOCIALSOCIAL

BIOSFERA

Esse mesmo problema gera uma série de conflitos......

Androcentrismo

- Crescimento económico- Desprezo á Natureza.

- Hetero Patriarcado/ Dominação Masculina

- Violência contra as Mulheres e aquilo categorizado como feminino

Antropocentrismo Etnocentrismo

- Desenvolvimento - Violência contra o resto

dos povos

INDUSTRIALISMO DESHUMANIZADOASSIMÉTRICO

6,5

3,8 3,824

5

6

7

Pegada Ecológica, em 1961. Hectáreas Globais percápita

Biocapacidade disponhível por pessoa em 1961: 3,2 ha

2,1

1,2

0,98

1,33

0

1

2

3

Norteamérica UE Outra Europa América Latina Ásia Central e Meridional

Ásia do Pacífico África

Biocapacidade disponhível por pessoa em 1961: 3,2 ha

4

5

6

7

8Pegada Ecológica, em 2008. Hectáreas Globais percápita

0

1

2

3

Norteamérica UE Outra Europa América Latina Ásia Central e Meridional

Ásia do Pacífico África

Biocapacidade disponhível por pessoa em 2008: 1,8 ha

9,63

8

10

12

Pegada Ecológica Total e Biocapacidade. Paises segundo nível de Renda. Brasil

5,6

1,92

1,14

2,933,05

1,72

1,14

0

2

4

6

High-income countries Middle-income countries Low-income countries Brazil

Pegada Ecológica Biocapacidade

........... Em consequência…

Também com origem no setor agrário?

• O Professor Guilherme Costa:

– Império do agronegócio: a mercadorização.

– Acordo político que o sustenta: Ditadura IdeológicaIdeológica

– A Não reforma Agrária

– Estrangeirização da terra

– Economia da alta entropia

– Etc........

Sistema Agro alimentar GlobalSistema Agro alimentar Global

Petroagricultura

Sistemas de Transporte_EmissõesCO2_Alimentos

Transporte MJ/t-km kg CO2-eq x t-km-11. Barco 0.22 0.162. Ferrocarril 0.32 0.233. Camión 2.12 1.604. Avión 21.01 15.774. Avión 21.01 15.77

Neira et al (2016)

Gasto Importaciones GEI Distance

€ x 106

1000 € x t-1 t x 103 t-km x 106

t CO2 x103

kg CO2 x kg-1 Km

Barco 9,6780.61 15,791 81,986 1,3370.08 5,192

Tren 370.95 39.0 28.3 0.7 0.02 726

Carretera 10,9881.15 9,59 12,821 2,0520.21 1,337

Avión 3034.64 65.2 520 82112.58 7,980

Sistemas de Transporte_EmissõesCO2_Alimentos

Gasto Importaciones GEI DistancePaíses Origen Modo

106 €103 € x t-1 103 t 106 t-km 103 t CO2 kg CO2 x kg-1 Km % Sobre Total

1. Animales 3241.97 164 193 320.19 1,173

62% Francia 22 Portugal 99% Road

2. Carne 1,4143.04 465 1,107 1130.24 2,38226% Francia

14% P. Bajos 78% Road

3. Lácteos 1,9191.49 1,291 1,733 2650.20 1,34347% Francia

19% Portugal 95% Road3. Lácteos 1,9191.49 1,291 1,733 2650.20 1,343Francia Portugal 95% Road

4. Pescado 5,0143.35 1,496 2,009 7830.52 1,3437% China6% Argentina 71% Sea

5. Cereales 3,2910.29 11,364 31,41 1,0920.10 2,76431% Francia

16% Ucrania 70% Sea

6. Legum./Frutas 3,3220.85 3,918 15,804 9640.25 4,034

16% Francia

9% Portugal 56% Road

7. Azúcar 9560.63 1,506 4,662 1930.13 3,09523% Francia 17% UK 57% Sea

8. Café y Te 1,9863.17 626 3,801 1360.22 6,067

14% Vietnam

11% Alemania 60% Sea

9. Piensos 1,3720.33 4,168 25,272 5050.12 6,06328% Argentina 13% Brasil 87% Sea

10. Procesados 1,4072.89 487 963 1290.27 1,979

15% Francia

12% Alemania 95% Road

GIEEA (2008)

1.000.000,00

1.200.000,00

1.400.000,00

1.600.000,00

1.800.000,00

2.000.000,00

Importações de Alimentos da Espanha desde o Brasil

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Tm totias importadas por Espanha de o Brasil Cereais e preparados Concentrado para animais

GIEEA, 2016

150.000,00

200.000,00

250.000,00

300.000,00

Emissões de CO2 pela importação de Alimentos da Espanha desde o Brasil

0,00

50.000,00

100.000,00

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

TM CO2 emitidas pola importaçoes de alimentos da Espanha desde o Brasil Cereais e Preparados Concentrados para animais

GIEEA, 2016

Domestic Consumpti

Land Use associated with import, export and production for domestic consumption of pig meat, chicken meat, and related feed. In Millions of hectares

ImportConsumption Export TOTAL

US 1,04 8,5 9,1 18,64Japan 2,2 0,02 0 2,22Brazil 0,3 5,1 5,6 11Netherlands 1,2 0,04 0,06 1,3

James N. Galloway, et al , Ambio Vol. 36, No. 8, December 2007

Disponibilidade de alimentos Destino

4600 Kcal/dia/pessoa Alimentos ComestíveisDisponíveis

2000 kcal/dia/pessoa (43%) So 2000 Kcal/dia/pessoachegam ao consumidor

26000 kcal/dia/pessoa PERDAS

1700 Kcal/dia/pessoa Alimentação do Gado

Balanço Alimentar Global

1.400 Kcal/dia/pessoa(30% dos recursosalimentares mundiais...são desperdícios, esbanjamento

600 Kcal/dia/pessoa Perdas nos Campo e nas indústrias

800 Kcal/dias/pessoa Perdas na distribuição, nas casas, na restauração...

Smil, V (2004)Stuart, T. (2009)

Estas 1.700 Kcal/dia/pessoaSe transformaram em400 Kcal/dia/pessoaNa forma de carne e produtos láteos

130

150

170

190

Re

laçã

o e

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Pro

visã

o d

e A

lime

nto

s e

as

ne

cess

idad

es

nu

tric

ion

ais

Relação entre a Provisão de Alimentos e as necessidades nutricionais, segundo o seu PIBpc

LuxemburgoLuxemburgoLuxemburgoLuxemburgoLuxemburgoUSA

Irlanda

NoruegaAlemanha

Japão

HungriaEgito

Brasil

RússiaChina

Nigéria

Paquistão

Indonésia 130%

50

70

90

110

130

0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000

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lime

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es

nu

tric

ion

ais

PIB PC

Quênia

Eritréia

República Democrática do Congo

130%..........., segundo a FAO....provocaria:

Uma poupança do 19,6% dos recursos alimentares

Isto representa 294 milhões de hectares de terra Isto representa 294 milhões de hectares de terra cultivável e 659 milhões de hectares de pastagem

Só são necessárias 4 milhões de hectares para produzir os 27 milhões de toneladas de cereais para aliviar a fome no mundo

Potencial para bio combustíveis que eliminem a dependência dos combustíveis fósseis?

Outros dados que mostram o esbanjamento........

• 1 Tm de tomate requer 31 milhões de Kcal de Energia Primaria (EP)

• 1 Tm de Trigo requer 600.000 Kcal de EP.

• Uma TM de trigo tem entre 3 e 3,5 milhões de • Uma TM de trigo tem entre 3 e 3,5 milhões de Kcal

Intercambiamos tomate por trigo?

Outros dados que mostram o esbanjamento........

• A energia necessária para cultivar as 62.000 TM de tomate que se deitam anualmente no RU......poderia produzir trigo para paliar a fome a 105 milhões de pessoas.fome a 105 milhões de pessoas.

• Se só o 50% das patacas que de desperdiciam no RU (sem incluir a tona) se liberariam 5.400 hectares nas que se obteriam 36.000 Tm de trigo...suficientes para evitar a fome de 1,2 milhões de pessoas....pero ademais se poupariam 7,5 milhões de Tm de água e não seriam emitidas 4.340 Tm de Co2.

Dificilmente imos resolver nossos problemas côas tecnologias e com os

valores que os geraram

SISTEMAECONÔMICO

SISTEMASOCIALSOCIAL

BIOSFERA

O processo económico como processo entrópico

AGROECOLOGIA

Ecologia

Antropologia

Etnoecologia

Sociologia

Conhecimento Tradicional de

Agroecologia e Soberania Alimentar

Ciências agrícolas básicas

Controlo Biológico

Formas tecnológicas, produtivas, sociais e culturais específicas de acordo ao seu contexto social, político e ambiental

Economia ecológica

Tradicional de dos agricultores

Princípios

Pesquisa Participativa nos campos

de dos agricultores

Valores

Conocimiento Organiazación

Valores

Conocimiento Organiazación

Agroecologia e Soberania Alimentar

• Diversidade de conhecimento,

Atores, de Escalas, do tempo, de produtividades

Medio Ambiente TecnologíaMedio Ambiente Tecnología

• Complexidade

Comunidades Locais

A diversidade de Atores: ACOMUNIDADE DO DESENVOLVIMENTO

Governo Local

Municípios

Universidades

Capacidades

Organizações camponesas/Traba

lhadores Rurais Empresas Privadas

Corporações Privadas

Consumidores/as

CapacidadesEstratégias

Conhecimento

Assessores Técnicos

Co

nsu

mo

OXM/R. Verde/Orgânicos

Sistemas Agroalimentares Alternativos em continua construção…

COMPONHENTES ÂMBITOS ALTERNATIVAS

Produção

Transformação Papel do Estado

Pro

du

ção

Co

nsu

mo Sistemas diferentes

esbanjamento

Novas formas de Reparto

Carne/Vegetarianismo

Distribuição

Reparto

Dieta

ResíduosRuminantes/Omnívoros

Reformulação conceptual

Diversidade de Critérios.......

PRODUTIVIDADE ESTABILIDADE

Pro

dutiv

ida

deAlta

AltaPro

dutiv

ida

de

Baixa

Pro

dutiv

ida

de

Tempo Tempo

Baixa

AltaPro

dutiv

ida

de

RESILIÊNCIA

Pro

dutiv

ida

de

AltaAlta

Perturbação Pressão

Pro

dutiv

ida

deDiversidade de Critérios.......

Pro

dutiv

ida

de

TempoTempo

BaixaBaixa

AltaAlta

Pro

dutiv

ida

de

Baixa

Alta

Proporção dos recursos internos

Proporção da populaçãoEQ

UID

AD

EA

UTO

NO

MIA

Diversid

ade d

e Critério

s.......

Temp

o

Baixa

Proporção dos recursos internos R

end

a

Proporção da população

Alta

+ Ação Coletiva

+ Mercado

Feiras Ecológicas

Associações de produtores

e consumidores

?- Ação Coletiva

- Mercado + Mercado

Produção de soja para o Mercado Mundial

Autoconsumo

?

Sistema Agrário convencional

Sistemas Agroecológicos

Sistemas Sustentáveis

Alt

a p

rod

uti

vid

ade

Agricultura ecológica

Sistemas em Transição á sustentabilidade

Camponeses/Sistemas de baixos Inputs

Indígenas/Sistemas Tradicionais/Agricultura Familiar

SustentabilidadeInsustentabilidade

Bai

xa p

rod

uti

vid

ade

ecológica certificada

Economia da Subsistência Postcapitalista (O Suficiente Chega)

• Reduzir significativamente inputs “externos” e resíduos nos sistemas de produção

• Incrementar a eficiência do sistema agroalimentar: maximizar a eficiência no uso da água, energia e materiais.

• Garantir o consumo de proteínas per cápita recomendado pola OMS

no uso da água, energia e materiais.

• Minimizar as emissões de GEE: incremento progressivo das energias renováveis, favorecer a descentralização energética

• As taxas de apropriação dos ecossistemas não devem superar ás suas taxas de regeneração

• Excluir os processos que geram sustâncias não biodegradáveis

É um fluxo

Não causa Contaminação

Existe ilimitadamente

São uma existência

Causam degradação

Só pequenas quantidades

RECURSOS MINERAISTERRESTRES

RADIACIÓNSOLAR

Contaminação

Fotossíntese

Não é possíveltransformar energia em materiais

Existe de forma concentrada

Não se pode acumular,Nem usar concentradamente

Todas as espécies Só os homes

Economia da Subsistência Postcapitalista (O Suficiente Chega)

• Medir o sucesso mais alem do PIB: desenvolver um sistema inclusivo e

• Transição das áreas urbanas cara “cidades inteligentes” com soluções de baixo impacto ambiental para garantir a vivenda, a alimentação, água, energia e as necessidades de mobilidade.

• Converter este sistema no único mecanismo para a toma de decisões nos âmbitos políticos, sociais e econômicos.

• Medir o sucesso mais alem do PIB: desenvolver um sistema inclusivo e globalmente aceitado para medir, ter em conta, o valor econômico e o valor ambiental do capital natural. Converter a participação social, a comunidade estendida de pares no elemento central do processo de toma de decisões.

• Demandar que os Estados se convertam na peça central da Economia da Subsistência Postcapitalista.

A escravidão e o apartheid não desapareceram porque os Estados decidiram sua abolição mas por uma mobilização massiva que não deixou outra eleição.

SEMPRE SEMELHA IMPOSSÍVEL ATA QUE ESTÁ FEITO (NELSON MANDELA)

Muito Obrigado pela sua atenção

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