Tema Projeto de Produto FMEA Parte 1...
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Tema – Projeto de Produto – FMEA – Parte 1
Projeto Pós-graduação
Curso Engenharia da Produção
Disciplina Projeto de Produto, QFD, FMEA e DoE
Tema Projeto de Produto - FMEA - Parte 1
Professor Dr. Egon Walter Wildauer
Introdução
O estudo de Projeto de Produto envolve os processos de Gestão de
Produtos, que, por sua vez, envolve uma série de elementos que compõe a
produção de bens (sejam eles produtos ou serviços).
Com esse foco, é necessário ter em mente os conceitos do que é um
produto e um serviço, bem como sobre quais os processos e funções que
envolvem o Ciclo de Vida do Produto. Conhecendo essas bases teóricas, pode-
se estudar o Projeto de um Bem.
Isso leva à aplicação e ao uso de determinadas ferramentas que ajudam
a incrementar o grau de qualidade do bem: uma delas é o FMEA - Failure
Mode and Effect Analysis – traduzida para o português como “Análise dos
Efeitos e Modos das Falhas”.
É sobre o FMEA que este tema e sua parte 2 se debruçarão, buscando
mostrar tanto os aspectos teóricos quanto os práticos de seu uso.
Problematização
Você foi colocado como líder de uma equipe que necessita estudar e
apresentar uma melhoria no processo de atendimento aos clientes em um
cartório. O atendimento é realizado por um cartório que tem acesso controlado
por senha, cuja demanda de atendimento é de 500 pessoas/dia e tem três
atendentes.
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Ao realizar a análise do fluxo até o atendimento, constataram-se as
ações descritas e apresentadas no fluxograma (Figura 1): o primeiro “momento
da verdade” é o acesso ao hall do prédio do cartório (chamado momento da
verdade 1 - M1); o cliente se dirige até o balcão de atendimento (M2), onde é
realizada a identificação do cliente e o serviço que ele deseja no
estabelecimento (M3). Do M3 o cliente é direcionado até a sala do cartório
(M4), onde irá retirar sua senha (M5) e, com a senha em mãos, dirige-se até a
sala de espera (M6). Sendo chamada sua senha, ele deverá ir até o guichê
para verificar o tipo de serviço para atendimento (M7) e depois de atendido
volta à sala de espera (M8). Agora ele espera para ir até o guichê pagar pelo
serviço (M9) e, finalmente, pega a documentação referente ao serviço (M10) e
finaliza o processo (M11).
A análise do fluxo de solicitação e recebimento de uma certidão no
Cartório por parte do cliente pode ser mapeada conforme a Figura 1, a seguir:
O que você faria para gerenciar o processo de melhoria da prestação
desse serviço? Qual seria a sua conduta frente às ferramentas de qualidade
disponíveis no mercado, uma vez que a concorrência também estuda um
produto similar para competir com esse cartório? Você não precisa responder
Figura 1 – Fluxograma de atendimento a um cliente em um Cartório.
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agora! Realize seus estudos sobre este tema e escolha a melhor alternativa
para a situação mais adiante.
A ferramenta FMEA
(Vídeo disponível no material on-line)
Nessa situação, de buscar uma melhoria no processo de um cartório a
fim de diminuir o tempo de atendimento, aumentar a qualidade, a satisfação do
cliente, entre outros pontos, podemos utilizar a ferramenta chamada FMEA –
Failure Mode and Effects Analysis.
Ao optar pelo FMEA para apresentar ao gestor do cartório as melhorias
no processo de atendimento (ao serviço) é necessário entender e compreender
seus conceitos.
FMEA é uma metodologia que procura evitar que ocorram falhas no
projeto do produto ou do processo por meio da análise das falhas potenciais e
de propostas de ações de melhoria. Depois de utilizá-la, diminuem as chances
do produto ou processo falhar, aumentando a confiabilidade. O objetivo
básico dessa técnica é detectar as falhas antes que se produza uma peça ou
produto.
Ela também comporta, segundo Bailão (2013), “Um grupo de pessoas
que identificam para o produto/processo em questão suas funções; os tipos de
falhas que podem ocorrer; os efeitos e as possíveis causas destas falhas...”.
Depois:
“são avaliados os riscos de cada causa de falha por meio de índices e, com base nesta avaliação, são tomadas as ações necessárias para diminuir estes riscos, aumentando a confiabilidade do produto/processo” (BAILÃO, 2013)
Ou seja, para cada tipo de falha o FMEA pode identificar possíveis
causas e efeitos e relacionar as medidas de detecção e prevenção de falhas
que estão sendo, ou já foram, tomadas. Já para cada causa, ele pode atribuir
índices para avaliar os riscos e, assim, discutir medidas de melhoria.
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Para entender melhor o conceito inicial do FMEA e conhecer os
elementos que compõe essa ferramenta, assista ao vídeo disponibilizado no
link:
https://www.youtube.com/watch?v=KhpLNTN0OT4
Nesse ponto surge a pergunta: “por que usar FMEA?” A resposta é
simples: desde seu propósito original em novembro de 1949 (09.11.1949,
USArmy) o Exército Norte-Americano já o justificava por seu poder de:
Ser utilizado como técnica para avaliação de confiabilidade sobre
sistemas e falhas em equipamentos.
o Procedimento Militar MIL-P-1629, datado de 9 de novembro de
1949, intitulado “Procedimento para analisar um modo de falha,
seus efeitos e sua criticidade”.
o Usado como técnica de avaliação da confiabilidade para
determinar o efeito das falhas em um sistema ou em um
equipamento
Ao utilizar o FMEA diminuem:
as chances do produto ou processo falhar, aumentando sua
confiabilidade;
objetivo básico dessa técnica é detectar falhas antes que se produza
uma peça ou produto.
Também serve para antever algumas falhas sistêmicas de nível crítico (e
também as mais leves), assim como seu efeito sobre o conjunto. Além disso, a
ferramenta cria a possibilidade de:
minimizar as falhas potenciais;
evitar seus efeitos.
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No que se refere à melhoria de processos ou produtos, o FMEA é
uma ferramenta que faz com que seus usuários se obriguem a fracionar a
análise: deve-se olhar para cada parte, para se melhorar o todo.
No que se refere ao desenvolvimento de novos produtos ou
processos, o FMEA faz com que seus usuários apliquem seus conceitos de
forma adequada, para garantir que não existirão falhas no futuro a serem
corrigidas.
Curiosidade: Na década 1950, a NASA utilizou variações dessa
ferramenta desenvolvida pelos militares e a Ford Motors Company utilizou
FMEA para cumprir as normatizações de segurança para veículos. Hoje
existem inúmeras indústrias nacionais e estrangeiras, dos mais diversificados
setores, utilizando essa ferramenta para incrementar seu nível de qualidade.
Assista ao vídeo disponibilizado a seguir, que apresenta um exemplo de
falha de software que levou um foguete francês a ser destruído logo após seu
lançamento. A falha em questão foi no software controlador e foi detectada por
meio da aplicação do FMEA:
https://www.youtube.com/watch?v=3qE3bNNf-cM
Outro motivo para a utilização do FMEA é a possibilidade de reduzir
custos caso modificações sejam necessárias no futuro, ou seja, ele facilita a
correta identificação de necessidades sem a obrigatoriedade de mudança, o
que reduz os custos de novas versões.
A Figura 2 mostra o gráfico do quanto aumenta o custo de uma
modificação em um processo ou produto caso a nova facilidade não tenha sido
identificada antes nas diversas fases em função do ciclo do projeto (do produto
ou processo):
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Figura 3 – Gráfico do aumento de custo de uma modificação sobre um
produto/processo.
De acordo com a ISO 9000, o uso do FMEA não é obrigatório, mas, se
utilizado, pode atender aos seguintes itens:
a. Controle de Projeto, com relação ao subitem Análise Crítica de
Projeto (FMEA de projeto);
b. Nas ações Corretivas e Preventivas, com relação do subitem Ação
Preventiva (FMEA projeto e/ou processo).
Já para o QS 9000, é obrigatório o uso da ferramenta FMEA, ou seja, se
a empresa executa o projeto do produto deve utilizar FMEA de projeto e
processo, caso contrário apenas o FMEA de processo. Essa exigência está
no item “4.2 Sistema da Qualidade” e é solicitada também no APQP
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(Planejamento Avançado da Qualidade do Produto) e no PPAP (Processo de
Aprovação de Peças de Produtos).
Outra excelente justificativa para a utilização do FMEA é que essa
ferramenta é utilizada para diminuir:
a probabilidade da ocorrência de falhas em projetos de novos
produtos ou processos;
a probabilidade de falhas potenciais (ou seja, que ainda não tenham
ocorrido) em produtos/processos já em operação;
os riscos de erros.
E para aumentar:
a confiabilidade de produtos ou processos já em operação por meio
da análise das falhas que já ocorreram;
a qualidade de procedimentos administrativos.
Tipos de FMEA
Se você está se questionando, agora, “quais são os tipos de FMEA”?
São quatro, segundo Bailão (2013):
FMEA de produto: analisa as falhas que poderão ocorrer com o 1.
produto dentro das especificações do projeto. O objetivo dessa
análise é evitar falhas no produto ou no processo decorrente do
projeto do produto. É comumente denominada também de FMEA de
projeto.
FMEA de processo: são analisadas as falhas no planejamento e 1.
execução do processo, ou seja, o objetivo dessa análise é evitar
falhas do processo, tendo como base as não conformidades com as
especificações do projeto.
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FMEA de serviço: visa prevenir a ocorrência de falhas durante 2.
a produção dos serviços, de modo que sempre atendam às
expectativas dos clientes, portanto é desenvolvida como uma
ferramenta de prevenção.
FMEA de sistema: empregado para analisar o design de um produto 3.
durante a sua fase de concepção, sendo parte do critério de seleção
do conceito. Esse FMEA foca-se nos modos de falha potencial das
funções de produtos ou equipamentos causados por um design
deficiente.
Abordagens do FMEA
Há duas abordagens para o uso do FMEA:
BOTTOM-UP - A abordagem de baixo para cima é utilizada com o
conceito de sistema, cada componente no nível mais baixo é
estudado e a análise estará concluída quando todos os componentes
forem considerados. Essa abordagem também é chamada de
abordagem de hardware.
TOP-DOWN - A abordagem top-down é utilizada principalmente em
uma fase de concepção, antes que toda a estrutura do sistema esteja
decidida. A análise começa com as principais funções do sistema e
como podem falhar. Falhas funcionais com efeitos significativos são
normalmente prioridade na análise. A abordagem de cima para baixo
pode também ser utilizada em um sistema existente e se concentrar
em áreas com problemas.
Como usar o FMEA?
O passo inicial para utilizar o FMEA é conscientizar a organização de
que ele deve ser elaborado em equipe, de preferência interdisciplinar,
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agregando vários conhecimentos (especialidades) para que a troca de ideias e
percepções seja concretizada. Para isso, sugere-se que alguns pressupostos
iniciais sejam contemplados:
Determinar se o FMEA será de produto ou processo; 1.
Compor a equipe por membros com diferentes especialidades, para que 2.
os resultados obtidos alcancem os maiores níveis de excelência
possíveis.
Todos os integrantes do grupo devem interagir durante todas as 3.
decisões.
A partir desses pressupostos iniciais, defina o Tema da Análise FMEA
com identificação do ambiente e do pessoal ou dos produtos e dos elementos
com os quais eles interagem. Logo em seguida crie o Grupo de Trabalho, com
pessoas de diferentes especialidades que ajudarão a descrever o processo
graficamente em termos de momentos verdade.
Os momentos verdade dos processos ajudam a descrever na análise o
risco em potencial e as ações e medidas preventivas que envolvem o produto
e/ou serviço.
Etapas para desenvolver o FMEA
O desenvolvimento do FMEA é realizado em 5 etapas:
Planejamento 1.
Análise de Falhas em Potencial 2.
Avaliação dos Riscos 3.
Melhoria 4.
Continuidade 5.
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Para ampliar seu conhecimento acerca do FMEA, de como pode ser
utilizado para corrigir falhas, seus tipos e sua aplicação, leia o artigo
“Implantação de FMEA em uma Empresa de Máquinas-Ferramenta”, a seguir.
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1999_A0165.pdf
Na primeira etapa – planejamento – é realizada a descrição dos
objetivos e da abrangência da análise. Para a definição do objetivo, a equipe
deve observar:
Definição do sistema a ser analisado, procurando: 1.
a. Estabelecer a fronteira de análise (peças que devem ser incluídas e
as que não devem);
b. Definir as principais funções, inclusive requisitos funcionais;
c. Considerar as condições operacionais e ambientais;
d. Definir as interfaces que cruzam a fronteira do projeto, que deverão
ser incluídas na análise.
Recolher informação disponível que descreva o sistema a ser analisado, 2.
incluindo desenhos, especificações, esquemas, lista de componentes,
informações funcionais e descrições.
Coletar informações sobre projetos anteriores, semelhantes, e de fontes 3.
internas e externas, entrevistas com o pessoal do projeto pessoal,
operações, manutenção e fornecedores de componentes.
Lembre que o FMEA pode ser usado para analisar qualquer sistema, 4.
subsistema, componente ou processo. Durante as fases iniciais de
concepção, a análise de falhas potenciais estará a um nível elevado,
cobrindo todo o sistema.
Para a constituição da equipe, deve-se considerar uma equipe que
participe do processo de análise e que possa se dividir em permanente e de
apoio. Lembrando que a equipe deverá ser multidisciplinar. Por exemplo, pode-
se contar com uma Equipe Permanente, composta por: Engenheiro de
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Processo; Engenheiro de Produto; Engenheiro de Sistema e Engenheiro de
Qualidade. Ao passo que uma Equipe de Apoio pode contar com:
representante de produção; fornecedor de componentes; responsável de
vendas e responsável pela logística. Tornando a equipe interdisciplinar.
Além disso, a primeira etapa – PLANEJAMENTO - é ainda a etapa em
que identifica-se:
qual produto/processo será analisado; 1.
como será efetuada a formação dos grupos de trabalho; 2.
o planejamento das reuniões; 3.
a preparação da documentação. 4.
Na segunda etapa - ANÁLISE DE FALHAS EM POTENCIAL – define-se:
função(ções) e característica(s) do produto/processo; 1.
tipo(s) de falha(s) potencial(is) para cada função; 2.
efeito(s) do tipo de falha; 3.
causa(s) possível(eis) da falha; 4.
controles atuais. 5.
A terceira etapa - AVALIAÇÃO DOS RISCOS – compreende a fase em
que a equipe irá:
Definir os índices de severidade (S), ocorrência (O) e detecção (D) 1.
para cada causa de falha, seguindo os critérios previamente definidos
(tabelas de pesos);
Calcular os coeficientes de prioridade de risco (R), por meio da 2.
multiplicação dos outros três índices.
A quarta etapa – MELHORIA - determina que sejam utilizados os
conhecimentos, criatividade, brainstorming, lista de ações etc. para diminuir os
riscos, principalmente em termos de:
a. medidas de prevenção total ao tipo de falha;
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b. medidas de prevenção total de uma causa de falha;
c. medidas que dificultam a ocorrência de falhas;
d. medidas que limitem o efeito do tipo de falha;
e. medidas que aumentam a probabilidade de detecção do tipo ou da
causa de falha.
A última etapa – CONTINUIDADE – refere-se à permanência da
metodologia sobre o produto e/ou serviço, garantindo que a melhoria contínua
seja aplicada sobre o mesmo. Para que se garanta a continuidade, o formulário
FMEA deve ser tratado como um documento “vivo”, ou seja, devem ser
aplicadas e realizadas revisões sempre que ocorrerem alterações no
produto/processo específico. Nisso, realizar análises de confronto das falhas,
falhas não previstas, reavaliação, entre outras, com base em dados objetivos,
das falhas já previstas pelo grupo, de forma a garantir a qualidade.
Conclusões
FMEA é um método muito bem estruturado é confiável para avaliação de
produtos e processos. O conceito e a aplicação são de fácil assimilação,
mesmo por principiantes e sua abordagem torna fácil a avaliação de sistemas
complexos.
O processo do FMEA pode ser cansativo e consumir muito
tempo (tornando-se caro), ainda mais para quantidades muito grandes
de falhas, onde sua abordagem não é adequada.
Pela facilidade de esquecer os erros humanos na análise, o FMEA torna-
se uma ferramenta ideal para registrá-los e aplicar soluções (sugestões) de
melhoria.
Para saber mais sobre o FMEA, procure na internet as referências:
Associações e órgãos:
a. Quality Associates International http://www.quality-one.com/ Empresa
de consultoria e treinamento em qualidade (apresenta conteúdo
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básico sobre FMEA, além de outras ferramentas como QFD e QS
9000).
b. A empresa KSR (http://www.ksr.com.br) possui um sistema de
confecção de FMEA integrado com um sistema CAPP, que já
garantiu a várias empresas a cerificação da QS 90000.
c. Na página da KSR, há um FAQ sobre o FMEA:
(http://www.ksr.com.br/oquFMEA.htm).
d. www.qfdi.org/
e. www.asq.org/
Como software de apoio para construção do FMEA, podemos citar o
Softexpert, disponível em http://www.softexpert.com.br/FMEA.php, e o
ExFMEA, disponível em http://www.reliasoft.com/xFMEA/features1.htm.
Algumas referências bibliográficas sobre o FMEA também pode ser
consultadas, entre elas:
AKAO, Y. Quality Function Deployment: QFD Integrating Customer
Requiriments into Product Design. Cambridge: Productivity Press,
1990.
AKAO, Y. Introdução ao desdobramento da qualidade. Belo
Horizonte: Fundação Cristiano Ottoni, 1996. (Série Manual de
Aplicação do Desdobramento da Função Qualidade).
CHENG, L. C.; MELO FILHO, L. D. R. QFD: desdobramento da
função qualidade na gestão de desenvolvimento de produtos. São
Paulo: Blücher, 2007.
DEPARTAMENT OF DEFENSE – USA. Procedures for performing
a failure mode. Effects and Criticality Analysis. MIL-STD-1629A,
1977.
KOTLER, P. Administração de Marketing. São Paulo: Prentice Hall,
2000.
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MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da Produção. São
Paulo: Saraiva, 2005.
MICHAELIS. Moderno dicionário da língua portuguesa. 2000, v. 2, p.
1.703.
MONTGOMERY, D. C. Introdução ao controle estatístico da
qualidade. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
ROTONDARO, R. G. S. FMEA: estudo do efeito e modo da falha em
serviços – Aplicando técnicas de prevenção na melhoria de serviços.
Revista Produção, v. 12, n. 2, 2002.
SELEME, R.; PAULA, A. de. Projeto de produto: desenvolvimento e
gestão de bens, serviços e marcas. Curitiba: Ibpex, 2006.
Outras referências ao FMEA são:
Manuais da QS 9000. Análise de Modo e Efeitos de Falha Potencial
(FMEA). Manual de Referência, 1997.
CLAUSING, D. Better decisions. In: Total quality development: a
step-by-step guide to worldclass concurrent engineering. 2.ed., Nova
York, The American Society of Mechanical Engineers, cap. 3, p. 60-
73, 1994. (t: 322).
CLAUSING, D. The design. In: Total quality development: a setp-by-
step guide to worldclass concurrent engineering. 2. ed., Nova York,
The American Society of Mechanical Engineerss, cap. 5, p. 175-273,
1994. (t: 322).
OLIVEIRA, C. B. M.; ROZENFELD, H. (1997). Desenvolvimento de
um módulo de FMEA num sistema comercial de CAPP. (CD ROM). In:
Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 17., Gramado,
1997.Anais. Porto Alegre: UFRGS. (t :662).
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Conteúdo complementar sobre o FMEA pode ser encontrado em:
http://www.trabalhosfeitos.com/topicos/exemplos-de-FMEA/0.
Nesse site há links (ligações) para vários trabalhos e postulados que
podem ser lidos para melhor compreensão dessa ferramenta. Para aprimorar
seus conhecimentos em FMEA, experimente assistir à:
http://www.youtube.com/watch?v=cp1veS6nrm8
Assista, também, ao vídeo em que Carl Carlson, um expert em FMEA e
programador, dá as instruções detalhadas das ferramentas que você necessita
para efetivamente utilizar o FMEA.
Você também pode acessar o vídeo seguinte, que mostra o Dr. T. P.
Bagchi, do Departamento de Gestão do IIT Kharagpurv, explicando a aplicação
dos elementos do FMEA, disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=ffKaRuNx84M,
Síntese
Nesse tema, estudamos o conceito de FMEA, seus elementos e os
processos necessários para sua elaboração. Verificamos em um estudo de
caso que é necessário haver uma equipe interdisciplinar para desenvolver e
aplicar o FMEA em uma organização.
Apresentamos e estudamos as tabelas de pesos de Severidade,
Ocorrência e Tendência que, quando multiplicados, ajudarão a determinar o
grau do erro (NPR) que deve ser minimizado de forma que a qualidade do
produto e/ou serviço seja incrementada.
Referências
BAILÃO, F. G. Identificação das falhas utilizando FMEA no sistema de
freios de carros de competição on-road – Fórmula®-SAE. Monografia
(Graduação em Engenharia Mecânica) – Escola de Engenharia de São Carlos
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da Universidade de São Paulo, 2013.
DEPARTAMENT OF DEFENSE – USA. Procedures for performing a failure
mode. Effects and Criticality Analysis. MIL-STD-1629A, 1977.
OLIVEIRA, C. B. M.; ROZENFELD, H. (1997). Desenvolvimento de um módulo
de FMEA num sistema comercial de CAPP. (CD ROM). In: Encontro Nacional
de Engenharia de Produção, 17., Gramado, 1997.Anais. Porto Alegre:
UFRGS. (t :662).
ROTONDARO, R. G. S. FMEA: estudo do efeito e modo da falha em serviços –
Aplicando técnicas de prevenção na melhoria de serviços. Revista Produção,
v. 12, n. 2, 2002.
Atividades
Há algumas formas do FMEA se apresentar. Analise as alternativas 1.
abaixo e responda quais são as formas do FMEA:
I. FMEA de produto (projeto) - São consideradas as falhas que
poderão ocorrer com o produto dentro das especificações do
projeto. O objetivo é o de evitar falhas no produto ou no processo
decorrentes do projeto.
II. FMEA de processo - São consideradas as falhas no planejamento
e execução do processo, ou seja, o objetivo dessa análise é evitar
falhas do processo, tendo como base as não conformidades do
produto com as especificações do projeto.
III. FMEA de produção – São analisados os processos que envolvem a
produção do bem (produto e/ou serviço) e consideradas as funções
que desempenham, tendo como base pesos distribuídos na matriz
de Ocorrência, Severidade e Detecção.
IV. FMEA de função – É o FMEA que considera as funções
desempenhadas pelos envolvidos nos processos, considerando
seus conhecimentos funcionais e pesos distribuídos na matriz de
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Ocorrência, Severidade e Detecção.
Assinale a alternativa correta que corresponde às formas de se
apresentar o FMEA:
a. As afirmativas I e II estão corretas.
b. As afirmativas II e III estão corretas
c. As afirmativas I, II e III estão corretas.
d. As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
Analise as afirmativas abaixo que versam sobre os tipos de FMEA, 2.
analisando os conceitos de cada um dos seus tipos:
I. FMEA de produto: são analisadas as falhas que poderão ocorrer
com o produto dentro das especificações do projeto. O objetivo
dessa análise é evitar falhas no produto ou no processo decorrentes
do projeto do produto. É comumente denominada de FMEA de
projeto.
II. FMEA de processo: são analisadas as falhas no planejamento e
execução do processo, ou seja, o objetivo dessa análise é evitar
falhas do processo, tendo como base as não conformidades com as
especificações do projeto.
III. FMEA de serviço: visa prevenir a ocorrência de falhas durante
a produção dos serviços, de modo que esses sempre atendam às
expectativas dos clientes, desenvolvida como uma ferramenta de
prevenção.
IV. FMEA de sistema: empregado para analisar o design de um produto
durante a sua fase de concepção, sendo parte do critério de seleção
do conceito. Esse FMEA foca-se nos modos de falha potencial das
funções de produtos ou equipamentos causados por um design
deficiente.
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Assinale a alternativa que corresponde à correta apresentação do tipo e
do conceito do tipo de FMEA:
a. As afirmativas I e II estão corretas.
b. As afirmativas II e III estão corretas.
c. As afirmativas I, II e III estão corretas.
d. As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
Há algumas abordagens para o uso do FMEA. Analise as afirmativas 3.
abaixo e responda:
I. Abordagem FMEA DOWN STREAM – A abordagem de corrente
descendente envolve a entrega da definição das estratégias de
desenvolvimento do produto (bem e/ou serviço) realizadas pela
equipe de técnicos da empresa que são levadas à equipe de
desenvolvimento, juntamente com os requisitos do cliente.
II. Abordagem FMEA BOTTOM-UP - A abordagem de baixo para cima
é utilizada com o conceito de sistema. Cada componente no nível
mais baixo é estudado. A abordagem bottom-up é também chamada
de abordagem de hardware. A análise estará concluída quando
todos os componentes forem considerados.
III. Abordagem FMEA CROSS OVER – A abordagem de cruzamento do
FMEA é uma variante do DFQ, onde são analisados os requisitos
técnicos, do cliente e da empresa e apresentados os números que
definem cada um dos pesos para a matriz Ocorrência, Severidade e
Gravidade.
IV. Abordagem FMEA TOP-DOWN - A abordagem top-down é utilizada
principalmente em uma fase inicial de concepção, antes que toda a
estrutura do sistema esteja decidida. A análise começa com as
principais funções do sistema e como esses podem falhar. Falhas
funcionais com efeitos significativos são normalmente prioridade na
análise. A abordagem de cima para baixo pode também
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ser utilizada em um sistema existente e se concentrar em áreas com
problemas.
Assinale a alternativa correta que corresponde à correta definição das
abordagens do FMEA:
e. As afirmativas I e III estão corretas.
f. As afirmativas II e III estão corretas
g. As afirmativas II e VI estão corretas.
h. As afirmativas I, II e IV estão corretas.
O desenvolvimento do FMEA é realizado em etapas. Analise as etapas 4.
apresentadas abaixo e responda:
I. Planejamento
II. Análise de Falhas em Potencial
III. Avaliação dos Riscos
IV. Melhoria e Continuidade
Assinale a alternativa que corresponde à correta definição das etapas
que levam ao desenvolvimento do FMEA:
a. As afirmativas I e III estão corretas.
b. As afirmativas II e III estão corretas
c. As afirmativas II e VI estão corretas.
d. As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.