Teoria Da Inflação

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Teoria da Inflação Notas de Aula Prof. Giácomo Balbinotto Neto UFRGS

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Teoria da inflação para concurso público. Focado principalmente em principais causas que podem gerar inflação.

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Teoria da InfaoNotas de AulaProf. Gicomo Balbinotto NetoUFRG2Biblio!ra"a recomendada#ar$ues% #aria il&ia Bastos '()*+,% RB-Lopes & Rosetti (2005, cap. 6).elmut Frisc/ '()*0,Mishkin (2000, cap.24, 26a 28)imonsen% #rio .enri$ue '()*0% ca1. +%* e ((,3Infao2 3e"nio e 4aracteri5aoA infao 1ode ser de"nida como um aumento sustentado no n6&el de 1reos7 ao contrrio de um aumento de uma &e5 1or todas nos 1reos.A infao lida com o aumento nos 1reos m8dios e no a1enascom o aumento de al!uns 1oucos 1reos na economia.4Infao 8 diferente de aumento de 1reos1993 1994 1995 1996 1997 1998Nvel de preos(1992 = 100)90100110120130140150160A inflao!" pro#esso de preos #res#en$esUm aumento dos preos uma nica vez59 4onceito de InfaoA infao 8 de"nida com sendo uma ele&ao do n6&el !eral de 1reos de uma economia.A ta:a de infao 8 medida 1elo 1ercentual de incremento do 6ndice de 1reos durante certo 1re6odo de tem1o% isto 82 ; O1o$o,17@ndices de 1reos@ndice de 1reo de Paasc/e2 9 6ndice de Paasc/e 1ondera 1reos '1, de insumos 'i, em duas 81ocas% inicial 'F, e atual 't,% tomando como 1esos $uantidades '$, arbitradas 1ara estes insumos na 81oca atual. 4omo essas $uantidades so consideradas ade$uadas M 81oca atual e no M 81oca inicial% admite=se $ue o denominador 1ossa se a1resentar% e&entualmente% su1er dimensionado e assim o 6ndice de Paasc/e a1resentar tendNncia a rebai:amento. 18@ndice de Preos de Paasc/eI'K,; 'O 1n$n> O1o$n,19@ndices de 1reos3iante das caracter6sticas dos 6ndices de Kas1eLres e de Paasc/e &rios autores su!eriram 6ndices $ue a1resentassem &alores intermedirios entre eles% considerando $ue ambos atendem M formula !eral23entre eles% destaca=se Fis/er $ue adotou a m8dia !eom8trica dos 6ndices de Kas1eLres e Paasc/e. 20A ma!nitude da ta:a de ele&ao dos 1reosAl!uns autores consideram $ue / ou se manifesta um 1rocesso infacionrio $uando / uma ele&ao a1reci&el3#,'#>P,da e$uao $uantitati&a obtemos $ue2'dP>d#, ; 'U>V,32A teoria $uantitati&a da moedae a infaoubstituindo a e$uao acima na e$uao da elasticidade2eP# ; 'U>V,'#>P,mas comoU ; 'PV>#,% temos $ue2 eP# ; 'VP>#V,'#>P, ; ( 33A teoria $uantitati&a da moedae a infao3a e$uao $uantitati&a 1odemos utili5ar a relao $ue ser utili5ada 1elos modelos monetaristas. 3eri&ando a e$uao $uantitati&a% temos $ue2V'dP, X 'dV,P ; #'dU, X 'd#,U#ulti1licando ambos os lados da e$uao 1or '(>VP,% c/e!amos a se!uinte e$uao2'dP>P, X 'dV>V, ; '#>VP,dU X 'U>VP,d#34A teoria $uantitati&a da moedae a infaoUsando a de"nio da &elocidade renda da moeda U;PV>#% temos $ue2'dP>P, X 'dV>V, ; 'd#>#, X 'dU>U,'d#>#, X 'dP>P, X 'dV>V,ou ; m = L ; F35Infao de 3emandaUma infao 8 dita ser de demanda $uando 8 im1ulsionada 1ela ele&ao das $uantidades de bens e ser&ios $ue os consumidores esto dis1ostos e a1tos a ad$uirir aos n6&eis de 1reos e:istentes. e a ele&ao dos 1reos no corres1onder a uma e:1anso e$ui&alente da oferta a!re!ada% os 1reos tendem a ser 1ressionados 1ara cima% a ta:as consideradas como infacionrias.-m suma% e:iste um e:cesso de moeda em relaoaos bens e ser&ios dis1on6&eis.36Infao de 3emandaUma infao 8 dita ser de demanda $uando 8im1ulsionada 1ela ele&ao das $uantidades de bens e ser&ios $ue os consumidores esto a1tos e dis1ostos a ad$uirir aos n6&eis de 1reose:istentes. e esta ele&ao no corres1onder a uma e:1anso e$ui&alente da oferta!lobal% os 1reos tendem a ser 1recionados 1ara cima% a ta:as consideradas como infacionrias.37Infao de 3emandaUmainfao de demanda 8 !erada 1or um deslocamento ascendente da cur&a de demandada economia causado 1or fatores como2(= aumento na 1ro1enso a consumir7E= aumento nos !astos do !o&erno70= aumento na oferta de moeda7G= aumento das e:1ortaPes numa economia aberta7J= aumento no in&estimento autonomo.38Infao de 3emandaacbV1F1E1(Vo VE V(3o3(39Infao de 3emanda2 9s -feitos Inicias e FinaisA, os efeitos iniciaisa, um aumento na demanda7b, um aumento no n6&el de 1reos7c, um e:cesso de demanda ao n6&el inicial de 1reos7B, 9s efeitos "naisa, um aumento no n6&el de 1reos7b, uma diminuio no n6&el de em1re!o em relaoao e:cesso de demanda7c, n6&el de 1roduo mais ele&ado $ue o anterior.40Infao de 3emanda2 9 Processo de AAustamentoAo n6&el inicial de 1reos% Po% o 1roduto de e$uil6brio do lado da demanda da economia aumenta at8 V(% o $ue cria um e:cesso de demanda medido 1or V(=Vo e os 1reos comeam a aumentar. -ste aumento nos 1reos redu5 o 1roduto at8 VE ao lon!o da cur&a de demanda 3(. 41Infao de 4ustosUma infao de custos 8 !erada 1or um deslocamento 1ara cima da cur&a de oferta% o $ue !era um e:cesso de demanda ao n6&el inicial de 1reos. Isto aumenta os 1reos% mas redu5 o 1roduto de e$uil6brio.42Infao de 4ustos2os efeitos iniciais e "naisA, 9s efeitos iniciais de uma infao de custosa, deslocamento da oferta a!re!ada7b, reduo dos n6&eis de em1re!o e 1roduto7c,um e:cesso de demanda ao n6&el inicial de 1reos% Po.B, os efeitos "nais de uma infao de custosa, aumento no n6&el !eral de 1reos7b, reduo nos n6&eis de 1roduto e em1re!o.43Infao de 4ustosabV1F1(1EVo V(o(VE44Um crit8rio !eral 1ara distin!uir uma infao de custos de uma de demanda 8 &eri"car o com1ortamento do n6&el de 1roduo resultante a1Rs o aAustamento.e no "nal ti&ermos um n6&el de 1roduo maior do $ue o inicial% 1odemos caracteri5a=la como umainfao de demanda% caso contrrio% se caracteri5a como uma infao de custos.4rit8rio 1ara distin!uir uma infao de custos de uma de demanda45Teoria monetarista2 1rinci1ais autores#ilton Friedman '()+F% ()+(,Yarl Brunner '()+F,Alan #elt5er '()++,3. Kaidler '()+J% ()+D% ()*(,#ic/ael ParTin '()+J,P/illi1s 4a!an '()*), C (e4 ,algrave 1ictionar5 of 2conomics46Teoria monetarista da infaoe!undo 4a!an '()*)%1.()J,% o termo monetarismo foi usado 1ela 1rimeira &e5 1or Yarl Brunner '()D*,. 4ontudo% o monetarismo est fortemente associado com os trabal/os de #ilton Friedman $ue ad&o!a&am o controle da oferta de moeda como sendo su1erior as medidas "scais TeLnesianas 1ara estabili5ar a demanda a!re!ada. 9s #onetaristas a"rma $ue dados como 9s #onetaristas a"rma $ue dados como os a1resentados abai:o sustentamsua os a1resentados abai:o sustentamsua /i1Rtese de $ue a infao 8 um /i1Rtese de $ue a infao 8 um fenBmeno monentriofenBmeno monentrioAnnual average percentage change 1985 to 1995 in:Country Money Supply Prices (GDP Deflator)Brazil 99.% !".#Peru #!!. #9!.Sierra $eone %.& '%.'(amaica #).! )!.#Israel )).% %".%*nite+ States #.9 #.)484rescimento #onetrio e Infao49.i1erinfao Alem2 ()E(CE050Pontos comuns entre os teRricos monetaristas'i, a infao 8em essNncia um fenBmeno monetrio7'ii, a teoria TeLnesiana% a $ual os monetaristasa i!ualama uma sim1les 4ur&a de P/ili1s sem aAustamento das e:1ectati&as% no 1ode e:1licar o 1roblema da infao e es1ecialmente sua acelerao7iii, a ta:a de crescimento e a acelerao da oferta da moeda e:1licam a ta:a de infao e sua acelerao% res1ecti&amente.51Pontos comuns entre os teRricos monetaristas'i&, a demanda de moeda 8 uma funo est&el% ou seAa% ne!a=se a instabilidade TeLnesiana do in&estimento% $ue im1licaria% 1ela lei de Zalras% instabilidade da demanda de al!um outro bem% em 1articular% da demanda 1or moeda.52Pontos comuns entre os teRricos monetaristas'&, o esto$ue de moeda 8 control&el 1elas autoridades monetrias753Pontos comuns entre os teRricos monetaristas'&i, as economias de mercado so est&eis no sentido de $ue os des&ios em relao M 1osio de 1leno em1re!o so sem1reeliminados 1elo sistema de 1reos estabelecidos nos di&ersos mercados.54Pontos comuns entre os teRricos monetaristas'&ii, Uma mudana na ta:a de crescimento da moeda 1rimeiro altera a ta:a de crescimento econBmico%e 1ortanto% a ta:a de desem1re!o. No lon!o 1ra5o% isto 8% de1ois $ue todas as &ari&eis foram aAustadas% este efeito real se es&ai e 1ermanece a1enas um aumento na tendNncia infacionria.55'&iii, A ta:a de crescimento da $uantidade de moeda 8 consistentemente% embora no 1recisamente% relacionado com a ta:a de crescimento da renda nominal. Isto 8% se a $uantidades de moeda cresce ra1idamente% o mesmo acontecer com a renda nominal e &ice &ersa. A &elocidade de circulao da moeda% embora no seAa constante 8 altamente 1re&is6&el.Pontos comuns entre os teRricos monetaristas56Pontos comuns entre os teRricos monetaristas'i:,os !astos do !o&erno 1ode ser infacionrios ou no. -les sero infacionrios se forem "nanciados 1ela criao de moedae se a resultante ta:a de criao monetria e:ceder a ta:a de crescimento do 1roduto. e os !astos forem "nanciados 1or im1ostos ou 1or em1r8stimosAunto ao 1Wblico% o 1rinci1al efeito 8 $ue o !o&erno !astas tais fundos ao in&8s dos indi&6duos.57Um modelo monetarista sim1li"cado9s monetaristas tendem a se concentrar no lon!o 1ra5o e nas economias onde as &ariaPes no crescimento monetrio so os distWrbios 1rimrios.58Um modelo monetarista sim1li"cado21ressu1ostos'i, A demanda a!re!ada2 8 assumido $ue a demanda a!re!adae a 1roduo aumetaro toda &e5 $ue os ati&os reais esti&erem aumentando.Por outro lado% $uando os encai:es reais esti&erem caindo% ento% tamb8mestaro caindoa demanda a!re!ada e o n6&el de 1roduo.L ; f'm=, '(,59Um modelo monetarista sim1li"cado21resu1ostosFLm [ m \ L ; F60Um modelo monetarista sim1li"cado21ressu1ostosAo lon!o de 'm ; , a 1roduo 8 constante.Para 1ontosonde m [ % a infao e:cede ata:a de crescimento monetrio. A$ui temos% ento% $ue os encai:es reais a1resentam uma $ueda% e de acordo com a e$uao '(,% a 1roduo tamb8m.Para 1ontos abai:o de 'm ; ,% a ta:a de crescimento monetrio e:cede a infao% o $ue im1lica $ue os encai:es reais esto aumentando% as ta:a de Auros esto caindo e o 1roduto crescendo.61Um modelo monetarista sim1li"cado21ressu1ostosA oferta a!re!ada2seAa2 L] =o n6&el de 1roduo de 1leno em1re!o7e; t=( A cur&a de oferta a!re!ada 8 dada 1or2 ; e X 'L =L],62Um modelo monetarista sim1li"cado21ressu1ostosFL L]63Um modelo monetarista sim1li"cado21ressu1ostosubstituindo=se a &ariao da infao ao lon!o do tem1o 1or2 ; 'L C L],Huando a 1roduo est abai:o do n6&el de 1leno em1re!o Ks?ecomo 'Kd = Ks,>Ks ; =U 'd^>dt,>^ ; 'd1>dt,>1ento a infao% % 8 ne!ati&amenterelacionado a ta:a de desem1re!o e a cur&a de P/illi1s mostraria% ento uma relao entre infao e desem1re!o ; /'U,A no linearidade da cur&a de P/illi1s 8 Austi"cada em termos de desem1re!o friccional e de di"culdadesinstitucionais em seus e:tremos.80A modi"cao de amuelson=olo^ '()DF,Atra&8s do arti!o de amuelson=olo^ '()DF, >^^^.econ.1uc=rio.br>!franco>eA.1df9"nal de $uatro /i1erinfaPes1309 modelo da cur&a de P/illi1s com e:1ectati&as racionais