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Teoria do Conhecimento

Prof Johannes Hessen – 1925Tradução de Dr. António Correia

Professora: Sônia AfonsoAlunas: Carolina Rocha Carvalho

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Essência da Filosofia

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O que é filosofia? - Amor pela sabedoria, desejo de saber (do grego)

- Ciência pura e simples (Platão e Aristóteles)

- Uma aspiração à virtude ou à felicidade (estóicos e epicuristas)

- Ciência dos princípios (Cristian Wolff)

Qual o método que devemos utilizar para definir a essência da filosofia?

Devemos extrair do conteúdo histórico?

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Visão histórica da filosofia

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Sócrates – procura fazer de toda ação humana um saber. (Consciência Filosófica)

Platão – a reflexão filosófica estende-se ao conteúdo total da consciência humana.

Auto-reflexão do Espírito. (Concepção do Eu)

Aristóteles – Filosofia primeira, ou metafísica – O SER. (Concepção do Universo)

Descartes, Espinosa e Leibnitz – Concepção do Universo

Kant – Concepção do Eu (modelo platônico). Reflexão universal do espírito sobre si mesmo.

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Visão histórica da filosofia

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Schelling e Hegel – ressurge o modelo aristotélico e uma renovação do tipo kantiano, o neokantismo. (sec. XIX)

Assim, a filosofia adquiriu um caráter puramente formal e metodológico.

Concepção do EU X Concepção do UNIVERSO

A história apresenta, em suma, um movimento pendular entre estes dois elementos, mas a filosofia é simultaneamente as duas concepções.

“A filosofia é uma auto-reflexão do espírito sobre o seu comportamento de valor teórico e prático e uma aspiração ao conhecimento das ultimas conexões entre as coisas, a uma concepção racional do universo.” (HESSEN, 1925, pg 15)

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Posição da teoria do conhecimento no sistema filosófico

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Teoria da Ciência

Teoria dos Valores

Teoria da Concepção

do Universo

Metafísica

Concepção do Universo

Valores éticos

Valores religiosos

Valores estéticos

Formal

Material Teoria do

Conhecimento

Lógica

Natureza

Espírito

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Posição da teoria do conhecimento no sistema filosófico

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Teoria da CiênciaFormal

Material Teoria do

Conhecimento

Lógica

A lógica pergunta pela correção formal do pensamento, isto é, pela concordância consigo mesmo, pelas suas próprias formas e leis.

TEORIA DO PENSAMENTO CORRETO

A teoria do conhecimento pergunta pela verdade do pensamento, isto é, pela sua concordância com o objeto.

TEORIA DO PENSAMENTO VERDADEIRO

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História da teoria do conhecimento

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John Locke – fundador (1690) – Idade Moderna

Como verdadeiro fundador da teoria do conhecimento dentro da filosofia continental apresenta-se Manuel Kant. (1781)

Kant dá uma fundamentação crítica do conhecimento científico da natureza (método transcendental)

Filosofia de Kant – transcendentalismo ou criticismo

Fichte – apresenta como teoria da ciência. Manifesta a confusão entre a teoria do conhecimento e a metafísica.

Neokantismo – esforçou-se por traçar uma separação entre os problemas epistemológicos e metafísicos. [197?]

Hoje nos encontramos perante uma multidão de direções epistemológicas em conexão sistemática.

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Investigação fenomenológica preliminar

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O FENÔMENO DO CONHECIMENTO E OS PROBLEMAS NELE CONTIDOS

Teoria do conhecimento é uma explicação ou interpretação filosófica do conhecimento humano.

Primeiro devemos examinar escrupulosamente o objeto.

É necessário observar com rigor e descrever com exatidão aquilo a que chamamos de conhecimento, esse peculiar fenômeno de consciência (método fenomenológico).

Sujeito Objeto

Ima

gem

O sujeito é modificado pelo objeto, no conhecimento.

O objeto é modificado pelo sujeito, na ação.

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Investigação fenomenológica preliminar

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O FENÔMENO DO CONHECIMENTO E OS PROBLEMAS NELE CONTIDOS

O conceito de verdade relaciona-se com a essência do conhecimento. Mas, em que consiste a verdade?

Na concordância da imagem com o objeto.

Mas, não basta ser verdadeiro, precisamos ter certeza de que é verdadeiro. Esta comprovação se encontra além do alcance do problema fenomenológico.

Principais

problemas

Possibilidade do conhecimento

Origem do conhecimento

Essência do conhecimento

Formas do conhecimento

O critério de verdade

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O Dogmatismo

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Dogmatismo – doutrina fixada

Onde não existe ainda o problema do conhecimento.O dogmatismo crê que os objetos do conhecimento nos são

dados absolutamente e não meramente por obra da função intermediária do conhecimento.

Teórico

Ético

ReligiosoDog

mat

ism

o Conhecimento teórico

Conhecimento de valores (moral)

Conhecimento de valores (religioso)

“O dogmatismo é o proceder dogmático da razão pura, sem a crítica do seu próprio poder.” (HESSEN, 1925, pg 39)

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O Cepticismo

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Cepticismo – enganar, examinar.

Como o sujeito não pode apreender o objeto, não devemos formular qualquer juízo.

“O cepticismo não vê o objeto. A sua atenção fixa-se tão exclusivamente no sujeito, na função do conhecimento, que ignora completamente a significação do objeto.” (HESSEN, 1925, pg 40)

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O cepticismo se anula a si próprio. Afirma que o conhecimento é impossível, mas com isto exprime um conhecimento.

O cepticismo apresenta-se como antípoda do dogmatismo.

Antigo

Acadêmico

Intermediário

Cep

ticis

mo

Não há conhecimento! (Pirrón)Abstenção de todo juízo

Posterior

É impossível um saber rigoroso, apenas probabilidades

Sustenta a probabilidade de chegar a uma opinião provável

Segue modelo Pirrónico

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O Subjetivismo e o Relativismo

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Há uma verdade, mas esta tem uma validade limitada.

“O subjetivismo (...) limita a validade ao sujeito que conhece e julga.” (HESSEN, 1925, pg 46) (subj. individual ou geral)

O relativismo diz que toda a verdade é relativa, apenas tem uma validade limitada.

Subjetivismo – depende de fatores que residem no sujeito cognoscente.

Relativismo – depende de fatores externos.

Assim com o cepticismo, é contraditória.

“Uma verdade que não seja universalmente válida representa um contra-senso.” (HESSEN, 1925, pg 48)

A verdade significa a concordância do juízo com a realidade objetiva. Se é verdade, não tem sentido limitá-la.

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O Pragmatismo

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Pragmatismo – ação

Segundo o pragmatismo, verdadeiro significa útil, valioso, fomentador de vida.

O homem não é essencialmente um ser teórico ou pensante, mas sim um ser prático, um ser de vontade e de ação.

O homem é, antes de tudo, um ser ativo. O intelecto não lhe foi dado para conhecer a verdade, mas sim para atuar. (Vaihinger)

São verdadeiras aquelas representações que resultaram em motivos de ação adequadas e vital. (Simmel)

“O erro fundamental do pragmatismo consiste em não ver a esfera lógica, em desconhecer o valor próprio, a autonomia do pensamento humano.” (HESSEN, 1925, pg 53)

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O Criticismo

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Criticismo – examinar

“O criticismo está convencido de que é possível o conheci-mento, de que há uma verdade.” (HESSEN, 1925, pg 54)

“O criticismo examina todas as afirmações da razão humana e não aceita nada despreocupadamente.” (HESSEN, 1925, pg 55)

O seu comportamento é reflexivo e crítico.

É a única posição justa do conhecimento.

DogmatismoSubjetivismo,Relativismo,Pragmatismo

Cepticismo

antítese

Criticismo

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O Racionalismo

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Racionalismo – razão

Segundo Platão “todo o verdadeiro saber se distingue pelas notas da necessidade lógica e validade universal.” (HESSEN, 1925, pg 62)

Os sentidos não podem nunca conduzir-nos a um verdadeiro saber. E que o mundo da experiência encontra-se em contínua alteração e mudança. (Platão)

Da possibilidade do conhecimento existe, além do mundo sensível, o supra-sensível – o mundo das idéias.

Platão – diz que o conhecimento é uma reminiscência, que a alma contemplou as idéias numa existência pré-terrena. – teoria da contemplação de idéias, racionalismo transcendente.

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Plotino – coloca o mundo das idéias no Nus cósmico, ou seja, Espírito do universo. (Iluminação)

Santo Agostinho – As verdades e os conceitos são irradiados por Deus para o nosso espírito. (Iluminação divina)

Gioberti – conhecemos as coisas contemplando o absoluto na nossa atividade criadora. (ontologismo)

Malebranche – a teoria da intuição racional do absoluto como fonte única, ou pelo menos principal, do conhecimento humano. (teognosticismo)

Descartes e Leibnitz – é a teoria das idéias inatas. Que existem em nós em gérmen.

Estas formas confundem o problema psicológico e o lógico.

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O pensamento continua sendo a única fonte do conhecimento.

“O mérito do racionalismo consiste em ter visto e feito sobressair com energia o significado do fator racional do conhecimento humano.” (HESSEN, 1925, pg 67)

É exclusivista ao fazer do pensamento a única fonte do conhecimento.

Outro defeito, consiste em respirar o espírito do dogmatismo.

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O Empirismo

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Empirismo – experiência

“A única fonte de conhecimento humano é a experiência.” (HESSEN, 1925, pg 68)

“O espírito humano está por natureza, vazio.” (HESSEN, 1925, pg 68)

O empirismo parte dos fatos concretos e o pensamento limita-se a unir diferentes dados da experiência.

Tipos de experiência:• Interna – percepção de si próprio – reflexão

• Externa – percepção dos sentidos – sensação (sensualismo)

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Empiristas tendem para um cepticismo metafísico

Estóicos – alma é uma tábua de escrever

Locke – a alma é um papel em branco. [16--?]

Hume – divide idéias em impressões (vivas sensações) e idéias (representadas por memórias e fantasias). [17--]

Todas as idéias procedem das impressões e não são nada mais do que cópias destas. (Hume)

Locke e Hume – reconhecem a esfera da matemática como um conhecimento válido.

Condillac – só existe uma fonte de conhecimento, a sensação [17--]

Mill – até as leis lógicas do pensamento tem a base na sua validade na experiência. [18--]

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O Intelectualismo

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Intelectualismo – ler no interior

A experiência e o pensamento fazem parte do conhecimento.

Aristóteles – coloca o mundo platônico das idéias (racionalista) dentro da realidade empírica.

“Se as idéias já se encontram incluídas nas coisas empíricas, já não tem razão de ser uma contemplação pré-terrena daquelas, no sentido platônico . A experiência alcança, pelo contrário, uma importância fundamental.” (HESSEN, 1925, pg 76)

Pensamento receptivo e passivo.

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Coisas concretas

CONHECIMENTO

Imagens sensíveis

Extrai imagens

essenciais gerais

Recebe em si e julga

empírico racionalO fator racional

deriva do empírico

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O Apriorismo

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Segunda tentativa de mediação entre o racionalismo e o empirismo.

O conhecimento apresenta elementos a priori, independentes da experiência.

O fator a priori recebe o seu conteúdo do pensamento, da razão.

“Os conceitos sem as intuições são vazios, as intuições sem s conhecimentos são cegas.” (HESSEN, 1925, pg78)

Pensamento espontâneo e ativo.

Kant – a matéria do conhecimento procede da experiência e a forma procede do pensamento.

Intelectualismo – empirismo

Apriorismo – racionalismo

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Crítica e Posição Própria

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Precisamos separar o problema lógico e psicológico.

A psicologia moderna mostra que na gênese dos nossos conceitos tem lugar, não só o pensamento, mas também a experiência. (origem psicológica)

O conhecimento é um cruzamento de conteúdos intuitivos e não intuitivos.

No racionalismo e empirismo a origem lógica apresenta duas soluções com resultados semelhantes.

Racionalismo – ciência ideal (não precisamos perguntar nada a experiência para conhecer sua verdade) – verdades de razão.

Empirismo – ciência natural (baseia-se na experiência) – verdades de fato.

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Crítica e Posição Própria

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As duas posições intermediárias, na origem psicológica, possuem um fator racional e um empírico.

Problema lógico, as duas possuem necessidade lógica e validade universal, então, estão de acordo com o racionalismo, mas o fundamento é distinto.

O intelectualismo baseia-se no empirismo e apresenta uma hipótese metafísica (supõe que a realidade apresenta uma estrutura racional). Não se apóia nos dados psicológicos.

O apriorismo evita esta dificuldades.

“Sem dúvida que poderemos dar já razão ao apriorismo no sentido de que também o conhecimento próprio das ciências reais apresenta fatores a priori.” (HESSEN, 1925, pg 84)

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Segundo Platão, “os objetos são algo dado, algo que representa uma estrutura totalmente definida, estrutura que é reconstruída, digamos assim, pela consciência cognoscente.” (HESSEN, 1925, pg 89)

O Objeto determina o sujeito

Conhecimento – relação entre sujeito e objeto

Soluções Pré-MetafísicasO Objetivismo

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Soluções Pré-MetafísicasO Subjetivismo

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Santo Agostinho – Seguindo o precedente de PLOTINO, colocou o mundo flutuante das idéias Platônicas no Espírito divino, fazendo das Essências ideais, existentes por si, conteúdos lógicos da razão divina, Pensamento de Deus.

A Escola de Maburgo – O Sujeito não é um sujeito metafísico, mas puramente lógico

Fundamenta o conhecimento Humano no Sujeito

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Há coisas reais independentes da consciência

Soluções MetafísicasO Realismo

Realismo Ingênuo

Realismo Natural

Realismo Crítico

As coisas são exatamente tais como as percebemos

Os objetos correspondem exatamente aos conteúdos da percepção

Todas as propriedades ou qualidades das coisas que apreendemos só por um sentido, como as cores, sons, odores, sabores, etc., existem unicamente na nossa consciência

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Soluções MetafísicasO Idealismo

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Metafísico

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A Realidade tem por fundamento

forças espirituais, potências ideais.

Subjetivo ou Psicológico

Objetivo ou Lógico

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Soluções MetafísicasO Fenomenalismo

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Kant – O espaço e o tempo são unicamente formas da nossa intuição, funções da nossa sensibilidade , que dispões as sensações numa justaposição e numa sucessão, ou as ordenam no espaço e no tempo de uma forma inconsciente e involuntária.

Mundo Fenomênico : O Mundo tal como nos aparece devido à organização a priori da consciência.

Teoria segundo a qual não conhecemos as coisas como são em si, mas como se nos apresentam.

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Soluções MetafísicasCrítica e Posição Própria

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Nem o realismo nem o idealismo pode podem provar-se ou refutar-se por meios puramente racionais. Pois o idealismo não consegue demonstrar que a posição realista é contraditória, e também o realismo também não consegue abater definitivamente o seu adversário.

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TO Soluções Teológicas

Para a Solução do Sujeito e do Objeto deve remontar-se ao último princípio da realidade, o absoluto, e tratar de resolver o problema partindo dele. O absoluto como imanente ou transcendente ao mundo, chega a uma solução monista e panteísta ou a uma solução dualista e teísta.

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TO Soluções Teológicas

A Solução Monista e Panteísta

Trata de absorver sujeito e objeto numa última unidade. O sujeito e o objeto, o pensamento e o ser, a consciência e as coisas, só aparentemente são uma dualidade; realmente são uma unidade.

Spinoza – A ordem e a conexão das idéias é o mesmo que a ordem e a conexão das coisas.

Schelling – define o absoluto como a unidade da Natureza e do Espírito, do objeto e do sujeito.

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Soluções TeológicasA Solução Dualista e Teísta

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O sujeito e o objeto, o pensamente e o ser, vão parar finalmente a um último princípio comum. Este reside na Divindade, que é a fonte comum do ideal e da realidade, do pensamento e do ser.

Platão e Aristóteles – origens

Plotino – em substância

Santo Agostino e São Tomás de Aquino – principais representantes.

Descartes – encontra-se neste terreno

Leibnitz – resolve o problema da conexão das coisas mediante a idéia da harmonia pré-estabelecida.

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O problema da intuição e sua história

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Intuição Racional

Intuição Emocional

Intuição Volitiva

Razão

Emoção

Vontade

A consciência cognoscente necessita, de dar voltas em torno do seu objeto, para o apreender realmente. “Põe o seu objeto em relação com os outros, compara-o com os outros, e tira conclusões. Assim procede o especialista quando quer definir o seu objeto debaixo de todos os pontos de vista; assim faz também o metafísico quando quer conhecer, por exemplo, a essência da alma.” (Hessen, 1925, pg 121)

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Razão e Sem Razão do Intuicionismo

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O admitir ou não admitir um conhecimento intuitivo paralelamente ao discursivo-racional, depende antes de tudo do que se pense sobre a essência do homem. (Hessen, 1925, pg 135)

Homem = Ser Teórico PensamentoConhecimento

Racional

Homem = Ser EmocionalAspectos da Realidade

Pluralidade das Funções

Cognitivas

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A essência da Verdade reside dentro do próprio pensamento

Consiste na produção correta – Conforme as leis – do objeto, isto é, O pensamento concorda com suas próprias leis.

Conceito Transcendente

Imanente

Critério

AUSÊNCIA DE CONTRADIÇÃO

PRESENÇA OU REALIDADE IMEDIATA

Ciências Formais

Ciências Ideais

Objetos Ideais

Objetos Reais EVIDÊNCIA

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Seu problema

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T.G.C – Investiga as relações do nosso pensamento com os objetos em geral.

T.E.C – Investiga os conceitos básicos mais gerais, por meio dos quais procuramos definir os objetos.

Teoria das Categorias

Encontra-se na mais estreita relação com a metafísica geral ou ontologia. Pois esta, como teoria do ser, investiga os conceitos mais gerais que se referem ao ser.

Origem lógica - A teoria das categorias investiga como brotam os conceitos das leis essenciais do pensamento em concorrência com o caráter do que é dado empiricamente.

Origem metafísica – quer chegar a conhecer a estrutura essencial do universo, os princípios de toda a realidade, partindo dos fatos da experiência. (Certeza e Verdade)

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A essência das categorias

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Formas do ser

Formas

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Determinações do pensamento Idealista e apriorista

Propriedades dos objetosRealista e objetivista

Aristóteles – as categorias representam propriedades gerais dos objetos, qualidades objetivas do ser.

Kant – as categorias são puras determinações do pensamento, formas e funções a priori da consciência.

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A essência das categorias

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Fenomenologia

Teoria do objeto

Realismo crítico

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Categorias formais ou lógicas

Categorias materiais ou regionais

O idealismo não consegue tornar compreensível para a natureza do pensamento, nem a diversidade das próprias formas das categorias, nem a diversidade das suas esferas de validade.

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O sistema das categorias

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Aristóteles (Classes de afirmações do ser)

1- Substância ou essência

2- Quantidade

3- Qualidade

4- Relação

5- Lugar

6- Tempo

7- Posição

8- Estado

9- Ação

10- Paixão

Kant (Classes de juízos)

1- Categorias da quantidade

2- Categorias da qualidade

3- Categorias da relação substância-acidente, causa-efeito, ação recíproca

4- Categorias da modalidade

Hartmann (Categorias)

1- Categorias da sensibilidade (sensação e intuição)

2- Categorias do pensamento (reflexivo e especulativo)

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O sistema das categorias

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Windelband (Método lógico transcendental)

1- Categoria reflexiva (a diferença e a igualdade)

2- Categoria construtiva (espécies fundamentais são a objetividade e a causalidade)

O método de Windelband é considerado mais pobre, falta considerar o espaço e o tempo e revela-se idealista e apriorista. Apesar dos defeitos devemos considerar a sua idéia fundamental correta.

Será considerado a teoria das categorias. Como as categorias construtivas são as mais importantes dedicaremos um exame mais pormenorizado. Mas limitaremos às duas categorias fundamentais da substancialidade e da causalidade.

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A substancialidade

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As propriedades do objeto estão aderentes a ele. E se chamam também de acidentes (cair sobre outra coisa, ligar-se).

Chama-se ao próprio objeto substância.

No conceito de substância há duas características: a independência e a permanência (estável).

Nessa categoria aplicamos o princípio de identidade.

“A substancialidade, ou mais exatamente, a relação de inerência e de subsistência, não é um dado da experiência, mas um produto do pensamento que intervém na experiência.” (HESSEN, 1925, pg 179)

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A causalidadeO conceito de causalidade

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Assim como a substancialidade, a causalidade não é um dado da experiência.

Na categoria de causalidade o princípio da razão suficiente nos guia.

Não tomamos da experiência a causalidade, mas a criamos para satisfazer as exigências do nosso pensamento. A criamos para a aplicar à experiência.

“A experiência interna nos serve de modelo tanto para a formação do conceito de substância como para a formação do conceito de causa.” (HESSEN, 1925, pg 181)

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A causalidadeO princípio da causalidade

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O princípio de causalidade refere-se à esfera de validade.

Toda a mudança, todo um processo tem uma causa.

Não há efeito sem causa. (correlativos)

“A possibilidade de compreender o universo depende logicamente da categoria da causalidade.” Geyser, 1909 apud HESSEN, 1925, pg 191)

Devemos conceber o princípio de causalidade como um pressuposto necessário a todo o conhecimento científico da realidade.

Esse princípio é válido independente da experiência.

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A relação entre a fé e o saber pode ser definida de muitas maneiras. O autor identificou quatro (04) maneiras principais:

Duas de IDENTIDADE essencial

Duas de DIFERENÇA essencial

Religião (-) Filosofia

Sistema Gnóstico da Identidade

Religião Filosofia (-)

Sistema Tradicionalista de identidade

Pg.193 à 201

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A Fé e o Saber

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Identidade Parcial

Teologia Natural Escolástica

Teologia RacionalFilosofia da

Ilustração

Pg.193 à 201

Identidade Dualista

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IBLIO

GR

AFIA

ORIGINAL

HESSEN, Johannes, “Erkenntnistheorie”, Ferd. Dümmiers Verlag 1925, 125 págs. (in Leitfäden der Philosophie vol 2.)

TRADUÇÃO

HESSEN, Johannes. “Teoria do Conhecimento”. Tradução de Antônio Correia. Coimbra, Portugal: Arménio Amado, 7. ed, 1980. 206 p.

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