tese1.pdf

27
Matemática Estratégia didáctica para elaborar problemas aritméticos com textos que favoreçam a formação integral dos alunos de Economia e Gestão. José António Mendes 1 Resumo: Este artigo apresenta uma estratégia didáctica para elaborar problemas aritméticos com textos que favoreçam a formação integral dos alunos de Economia e Gestão, que suporta a formação e ao desenvolvimento das novas gerações, a qual se concreta em fomentar uma educação o mais completo possível sustentada nas tradições, costumes, hábitos e valores da sociedade, de forma um individuo mais integral, que é o fim e os objectivos da educação. No caso específico da Matemática se faz ênfase em multiplicar a proposta de problemas práticos da vida, como um meio de desenvolver o pensamento lógico dos alunos e de que compreendam a importância da Matemática por sua aplicação à vida, à prática social. Palavras chave: Estratégia Didáctica. Problemas aritméticos. Economia e Gestão. Abstract: This article presents a strategy teaching to elaborate arithmetic problems with texts that favor the economy student‟s integral formation and administration, that supports the formation and development of the new generations, the one which if concrete informenting an education the more it completes possible sustained in the traditions, habits and values of the society, of forming an integral individual, that it is the end and the objectives of the education. In the specific case of the mathematics it is made emphasis in multiplying the proposal of practical problems of the life, as a middle of developing the students logical thought and that they understand the importance of the mathematics for his application the social practical life. Key words: Strategy teaching. Arithmetic problems. Economy and administration. Introdução Ao enfrentar a reforma educativa, os conteúdos dos programas de estudo do ensino da disciplina Matemática, mudam procurando a utilidade dos mesmos, formativa e informativa. Estas transformações têm seu fundamento na necessidade de que os conteúdos devem ser adaptados às necessidades da sociedade, revisados periodicamente e rapidamente modificados; pela necessidade do equilíbrio entre o que o aluno recebe na sala de aula e o que necessita no meio social onde se desenvolve. 1 Docente do Instituto Superior Politécnico Sol Nascente, Huambo

Transcript of tese1.pdf

  • Matemtica

    Estratgia didctica para elaborar problemas aritmticos com textos que

    favoream a formao integral dos alunos de Economia e Gesto.

    Jos Antnio Mendes1

    Resumo: Este artigo apresenta uma estratgia didctica para elaborar problemas

    aritmticos com textos que favoream a formao integral dos alunos de Economia e

    Gesto, que suporta a formao e ao desenvolvimento das novas geraes, a qual se

    concreta em fomentar uma educao o mais completo possvel sustentada nas tradies,

    costumes, hbitos e valores da sociedade, de forma um individuo mais integral, que o

    fim e os objectivos da educao. No caso especfico da Matemtica se faz nfase em

    multiplicar a proposta de problemas prticos da vida, como um meio de desenvolver o

    pensamento lgico dos alunos e de que compreendam a importncia da Matemtica por

    sua aplicao vida, prtica social.

    Palavras chave: Estratgia Didctica. Problemas aritmticos. Economia e Gesto.

    Abstract: This article presents a strategy teaching to elaborate arithmetic problems with

    texts that favor the economy students integral formation and administration, that

    supports the formation and development of the new generations, the one which if

    concrete informenting an education the more it completes possible sustained in the

    traditions, habits and values of the society, of forming an integral individual, that it is

    the end and the objectives of the education.

    In the specific case of the mathematics it is made emphasis in multiplying the proposal

    of practical problems of the life, as a middle of developing the students logical thought

    and that they understand the importance of the mathematics for his application the

    social practical life.

    Key words: Strategy teaching. Arithmetic problems. Economy and administration.

    Introduo

    Ao enfrentar a reforma educativa, os contedos dos programas de estudo do ensino da

    disciplina Matemtica, mudam procurando a utilidade dos mesmos, formativa e

    informativa. Estas transformaes tm seu fundamento na necessidade de que os

    contedos devem ser adaptados s necessidades da sociedade, revisados periodicamente

    e rapidamente modificados; pela necessidade do equilbrio entre o que o aluno recebe na

    sala de aula e o que necessita no meio social onde se desenvolve.

    1 Docente do Instituto Superior Politcnico Sol Nascente, Huambo

  • As transformaes referidas anteriormente so em relao metodologia e enfoque dos

    contedos das distintas disciplinas, onde se aspira a que tudo o que o aluno receba, saiba

    em que aspecto da prtica social o pode aplicar.

    Esta questo significa garantir que todas as actividades que se realizam na escola,

    incluindo o elemento fundamental do contedo do ensino, esto relacionadas com a

    realidade social que rodeia o aluno. Para contribuir ao cumprimento deste fim, deve-se

    obter uma vinculao do contedo dos programas com o contexto que rodeia ao aluno,

    com os programas educativos, com os problemas cotidianos que confronta-se e com o

    conhecimento do acontecer nacional e estrangeiro, propiciando desta forma uma

    aprendizagem vivencial.

    Esta vinculao pressupe ter uma oferta bibliogrfica actualizada que permita ao

    docente cumprir com as exigncias antes expostas, mas a realidade outra, pois embora

    existam textos com uma variedade de problemas com texto vinculados ao contexto

    social, pelo tempo de sua edio esto desactualizados e no pior dos casos no se

    adaptam as nossas realidades em Angola.

    Para obter as aspiraes propostas se deve trabalhar em altares de que o docente elabore

    problemas matemticos com texto que cumpram com as exigncias dos programas

    actuais, quanto a instruo e formao, e para o qual no esto suficientemente

    preparados, evidencia recolhimento nas visitas e pesquisa realizadas professores de

    diferentes escola, realizado pelo autor deste artigo, onde se aplicaram distintos mtodos

    cientficos empricos que reflectiram as seguintes insuficincias:

    A proposta de problemas aritmticos nas classes limitada.

    Falta de assistematicidade no trabalho com os problemas aritmticos dirigidos ao

    vnculo da disciplina com o meio social.

    O processo de ensino aprendizagem no sempre propicia uma aprendizagem

    vivencial.

    Nas classes, onde se trabalha a resoluo de problemas aritmticos com texto,

    existe a tendncia de dedicar quase todo o tempo soluo do problema

    integramente pelo professor, sem a participao do estudante e portanto no se

    disposta ateno preparao que requer o estudante para analisar e resolver o

    problema.

    limitada a preparao dos docentes para elaborar aritmticos com texto.

    Consciente de que a resoluo de problemas matemticos incide

    significativamente na formao de qualidades da conduta, como a perseverana,

    segurana, confiana em suas possibilidades, esprito crtico e autocrtico, ajuda

    mtua, potencializa o desenvolvimento do pensamento lgico e que o clculo

    aritmtico a pedra angular da matemtica e a necessidade dele em outras

    cincias, especificamente nas reas econmica e gesto, suporta proposta de

    soluo.

  • NOVIDADE CIENTFICA

    Como resultado da investigao se aporta uma estratgia didctica, que possibilitar ao

    docente elaborar problemas aritmticos com texto que favoream a formao integral

    dos alunos, e um grupo de indicaes metodolgicas dirigidas ao docente, que lhe

    facilitar uma melhor aplicao da estratgia.

    1 Estratgia didctica para elaborar problemas aritmticos com textos que

    favoream a formao integral dos alunos de economia e gesto.

    1.1 O Papel dos problemas no surgimento e desenvolvimento da Aritmtica.

    O conceito de Aritmtica, como parte importante da Matemtica, definiu-se por muitos

    autores, sobre tudo em textos dedicados Aritmtica como tal, deles mencionam os dos

    autores Grande, Baldor, Rosell; tambm em obras de referncia como so Proscreve e

    Grijalbo, que entre as consultadas a mais completa, e expe, a Aritmtica parte da

    Matemtica que estuda os nmeros, (numerao) suas propriedades (teoria dos

    nmeros) e, fundamentalmente, as formas bsicas do clculo, soma, subtraco,

    multiplicao, diviso, potncias, radicao e logaritmos. Junto com a Geometria

    elementar a disciplina com que se inicia o ensino da matemtica e seu

    desenvolvimento histrico (antigas culturas da mesopotmia, Egipto, China, a ndia,

    etc). Os achados da escola da Alexandria (Euclides, Diofanto, etc) passaram a Europa

    atravs dos rabes e impulsionaram o renascimento cientfico dos sculos XVI (Vete) e

    XVII (Fermat). A generalizao dos mtodos da aritmtica no sculo XVII (Euler,

    Lagranje, Legendre, Gauss, etc) desembocaram em sua generalizao (lgebra,

    estrutural) no sculo XIX (Cantor, Dedekind, Kummer, Etc) e se entroncaram na lgica

    Matemtica (Dicionrio enciclopdico Grijalbo, 1998).

    Tendo em conta a definio da Aritmtica dada no dicionrio Grijalbo, em relao aos

    elementos que a compem, os autores analisaram as contribuies que a ela, fizeram as

    distintas culturas de sculos to remotos e to antigos como o homem mesmo, e seu

    surgimento e desenvolvimento jogo de dados pela necessidade de resolver problemas

    prticos da vida, que foram surgindo ao longo da histria da humanidade, mostrando

    como os problemas cotidianos, que o homem devia resolver para obter sua subsistncia

    deram origem ao descobrimento e desenvolvimento da Aritmtica como parte essencial

    da Matemtica, pois este ramo ao igual geometria se consideram que foram os

    primeiros descobrimentos desta cincia e em ambos os casos foi produto da necessidade

    que teve o homem de explicar-se certos fenmenos e resolver problemas prticos que

    enfrentava.

    Os gregos e romanos no tiveram uma adequada maneira de representar os nmeros, o

    que lhes impediu de fazer maiores progressos no clculo matemtico, em troca os

    hindus tinham desenvolvido um prtico sistema de notao numeral, ao descobrir o zero

    e o valor posicional das cifras. Os rabes deram a conhecer na Europa o sistema a partir

    do sculo VIII (D.C.) por isso, nossas cifras se chamam indoarbigas (Ribnikov, 1987).

  • Embora os egpcios, gregos e romanos tinham formas distintas de representar os

    nmeros, a base de sua numerao fosse decimal. Outros povos elaboram distintos

    sistemas, por exemplo, os babilnios tinham como base os sessenta, os maias, na

    Amrica, desenvolveram um sistema de base vinte. No sculo XVII Leibnitz descobriu

    a numerao de base binria, e a possibilidade de infinitos sistemas de numerao.

    (Ribnikov, 1987).

    No sculo XVII, o ingls Harriot e o francs Bouguer estabeleceram o uso dos signos

    maior (>) (Baldor, 1959). Com os descobrimentos destes signos se trabalhava para o

    aperfeioamento do simbolismo.

    Com respeito s operaes aritmticas, a primeira que se conheceu foi a soma. Para

    resolver esta operao sempre se recorria a elementos concretos, posto que no se

    chegou a um grau suficiente de abstraco matemtica. Na Amrica, os incas, que

    alcanaram um elevado nvel cultural, praticavam a soma fazendo ns em uma corda de

    vivas cores que foram juntando at formar o chamado equipo (Ribnikov, 1987).

    A operao de multiplicar resultava muito complexa para os antigos. Os gregos se

    auxiliavam da tabela pitagrica, que j conheciam antes de nascer Pitgoras. Os

    babilnios empregavam pranchas de quadrados. Entre os romanos, a operao era lenta

    e trabalhosa, devido a sua notao numeral. O signo de multiplicar, cruz de So Andrs,

    atribui-se ao W. Oughtred, por volta de 1647 (Ribnikov, 1987).

    Babilnios e hindus foram os primeiros em conhecer a diviso. Os mtodos actuais para

    resolver a diviso se derivam dos hindus, estes conhecimentos foram transmitidos a

    Europa pelos rabes. Leonardo de Pisa os exps em 1202. Oughtred, em 1647 props

    um signo para indicar a diviso(:) (Ribnikov, 1987).

    Os primeiros que aplicaram a elevao a potencia foram os sacerdotes mesopotmicos,

    quem resolvia a multiplicao sem necessidade de recorrer ao baco, pois empregavam

    a tabela de quadrados, ao apoiar-se no principio que diz o produto de dois nmeros

    sempre igual ao quadrado de seu mdio, menos o quadrado da sua semidiferena

    Segundo umas tabelas encontradas nas bordas do Eufrates (Ribnikov, 1987).

    Os babilnios utilizavam a elevao a potencia como auxiliar da multiplicao, e os

    gregos sentiam especial predicao pelos quadrados e cubos. Diofanto, sculo III (D.C,)

    ideou a justaposio adesiva para a notao das potncias. Assim x, xx, xxx, etc,. Para

    expressar a primeira, segunda, terceira potncia do X Renato Descarte (1596-

    1650),introduziu a notao x, x2, x

    3, x

    4, etc (Ribnikov, 1987).

    Ignora-se quem tenha descoberto os nmeros irracionais; mas, em troca se sabe que os

    pitagricos nos fins do sculo V (A.C) na Grcia conheciam a irracionalidade do radical

    v 2 (segmentos incomensurveis), os gregos da escola da Critona, trataram de achar

    valores aproximados de v2, mediante solues sucessivas de 2x2y2 = +1(Ribnikov,

    1987).

  • O grau de desenvolvimento a que chegaram os hindus em Matemtica se deve ao

    carcter abstracto de seu pensamento. Isto o levou a expor-se problemas numricos com

    maior profundidade, muito antes que outros povos apreciados de mais cultos e

    civilizados.

    Euclides por volta do 300 A.C, demonstrou em seus Elementos, os teoremas bsicos

    da divisibilidade dos nmeros inteiros, o que permitiu ao Gauss em 1801, deduzir o

    teorema fundamental Aritmtica (Wussing, 1990)

    No sculo IV (A.C), Euclides conseguiu reunir os principais conhecimentos

    matemticos de sua poca. Tudo relacionado com a Aritmtica, exp-lo nos VII, VIII,

    IX e X de seus elementos.

    Os nmeros fraccionrios tiveram sua origem nas medidas. Os babilnios utilizavam

    como nico denominador os sessenta. Os egpcios empregavam a unidade como

    numerador; para representar 7/8, escreviam, , 1/4, 1/8. Os gregos marcavam o

    numerador com um acento e o denominador com dois: ou colocavam o denominador

    como um expoente. (Baldor, 1959) as regras para a resoluo das operaes com

    nmeros fraccionrios ou quebrados, datam da poca da Aryabhata. Sculo VI e

    Bramagupta, sculo VII, ambos depois de Cristo. (Wussing, 1990).

    Um estudo mais amplo e sistemtico das operaes com quebrados o ofereceu os

    tambm hindus, Mahavira, no sculo IX e Bhskara no sculo XII; Ditas regras so as

    mesmas que empregam actualmente.

    O to por cento aparece nas principais obras de Aritmtica dos escritores italianos do

    sculo XV. O signo do to por cento (%) surgiu como uma interpretao da abreviatura

    de cento (Cto) que se empregava nas operaes mercantis (Wussing, 1990).

    O ensino da Matemtica possui uma larga histria; desde tempos remotos lhe considera

    como uma disciplina necessria para a preparao das novas geraes, basicamente para

    contribuir ao desenvolvimento do pensamento.

    Esta situao se manteve quando as disciplinas Matemticas formaram parte das sete

    artes liberais na poca medieval e continua na escola moderna em que entre os

    objectivos da Matemtica aparece, em primeiro lugar, o desenvolvimento do

    pensamento lgico (Proscreve 2001).

    Dado este objectivo central, entende-se o papel especial que desempenharam os

    problemas na disciplina de Matemtica j que se compreende a resoluo de problemas,

    como uma das actividades bsicas do pensamento (Martinez, 1984).

    Em todos estes perodos histricos as razes para considerar os problemas dentro do

    ensino foram muito semelhantes, em 1930 o Dr. J. Elpidio Prez Somosa publica a

    segunda edio de seu livro metodologia do ensino da Aritmtica Elementar, que pelas

    ideias e valorao que faz da mesma, mantm vignte com as aspiraes actuais (Prez,

    1930).

  • Um marco fundamental no ensino da resoluo de problemas o ano 1945 com a

    publicao da obra How to solve it? Do George Polya. Com a publicao da mesma

    maturam as ideias deste autor que tinha vindo desenvolvendo durante um quarto de

    sculo e nela, pela primeira vez, ilustra-se um caminho didctico para o ensino da

    resoluo de problemas (Polya, 1945).

    O caminho proposto pela Polya redescobre e desenvolve a Heurstica, que se pode fazer

    remontar at o Pappus, e precisa uma srie de estratgias que devem constituir uma

    ferramenta fundamental no ensino da resoluo de problemas. No obstante sua

    relevncia e o vazio que deve encher este trabalho, suas ideias no comearam a ter uma

    influncia generalizada at a dcada dos anos 80, uma vez que se fixou a ateno na

    resoluo de problemas como uma actividade essencial no ensino da Matemtica

    (Cacho, 1997).

    A partir deste momento, algumas das estratgias bsicas propostas pela Polya

    adquiriram grande popularidade na investigao em matemtica Educativa e em alguns

    textos de Matemtica escolar, o que criou a imagem de que jogavam um papel

    fundamental na disciplina. Apesar disto a situao real trocou muito pouco e os

    resultados obtidos na investigao no foram to espectaculares como se esperava.

    Impe-se ento uma reflexo sobre o porque no se transforma radicalmente a situao

    na escola, e a popularidade no chega realmente s classes (Rizo, 1995).

    1.2 Os problemas aritmticos e a formao integral dos alunos de economia

    e gesto.

    No processo de obteno de novos conhecimentos, e em sua vida em geral, o estudante

    se enfrenta sistematicamente a diversos problemas cuja soluo pode, a sua vez, gerar

    outros problemas.

    A definio de problema complexa e foi enfocada desde distintos ngulos (filosfico,

    pedaggico, didctico) por distintos autores: aquela tarefa cujo mtodo de realizao

    e resultado so desconhecidos para o aluno apriori, mas que este, possuindo os

    conhecimentos e habilidades necessrias, est em condies de atacar a busca dos

    resultados ou do mtodo que tem que aplicar (Bairros, 1987) chamado por Viveiro

    (1999). Situao ou conflito para o que no temos respostas imediata, nem algoritmo,

    nem sequer sabemos que informao necessitamos para tentar conseguir uma resposta

    (Garret, 1995).

    Nas investigaes que se realizou a respeito se assumiu como conceito o que se

    considerou se ajusta melhor s concepes actuais e que responde s prprias

    necessidades, por isso aparece recolhido no livro Aprende a resolver problemas

    aritmticos da Clia Friso e Campistrus. Denomina-se problema a toda situao em

    que h uma colocao inicial e uma exigncia que obriga a transform-lo. A via tem que

    ser desconhecida e o indivduo quer fazer a transformao (Campistrus, 1996). Nesta

    definio ficam evidenciados o carcter objectivo do problema, em tanto uma situao

    deve gerar uma necessidade no sujeito.

  • O problema uma forma subjectiva de expressar a necessidade de desenvolver o

    conhecimento cientfico, e se motiva a resolv-la, provocando o movimento do

    pensamento criador. Levado a plano do processo de ensino aprendizagem das cincias

    o ciclo da criao cientfica: feitos hiptese modelo consequncias experimento

    (Razumovski, 1987).

    Critrio dirigido pela Sigarreta em sua tese de opo ao titulo de doutor em cincias

    pedaggicas, quando caracteriza problema como:

    1. Deve existir uma situao inicial e uma situao final.

    2. A via de passar de uma situao a outra deve ser desconhecida ou que no se

    possa acessar a ela de forma imediata.

    3. Deve existir o estudante que queira resolv-lo.

    4. Que o estudante disponha dos elementos necessrios para procurar as relaes

    que lhe permita transformar a situao (Sigarreta, 2001) e que se compartilha.

    Umas das deficincias que frequentemente encontramos na escola a ignorncia de

    docentes e alunos quanto ao que um exerccio e o que um problema, por isso se faz

    necessrio estabelecer a diferena que existe entre exerccio e problema.

    Segundo Jungk (1986), existem exerccios de aplicao, que so os que tm origem na

    prtica e exerccios construdos que so os que se concebem com fins didcticos, ou seja

    para exercitar, aprofundar, sistematizar, e estes ltimos se dividem em formais, como

    pode ser, calcula, simplifica, resolve um sistema de equaes, uma equao, etc. e com

    texto que podem ser puros de Matemtica, ou relacionados com a prtica. (Jungk,

    1986).

    A diferena entre exerccio e problema est claramente expressa na definio de

    problema que fizesse Kantowki. Um problema uma situao que difere de um

    exerccio em que o resultou de problemas no tem um processo algortmico que o

    conduzir com certeza soluo (Kantowki, 1981).

    O trabalho do autor com os problemas est dedicado aos que tm texto, e analisando o

    conceito que Borasi (1989) fizesse dos mesmos, chamado por Branco (1991), que

    expe: trata-se de um texto formulado com preciso, onde aparecem todos os dados

    necessrios para obter a soluo.

    Partindo do conceito de problemas que assumiu anteriormente e deste, que desse Borasi,

    ento, os autores o definem como:

    Situao formulada com preciso, onde aparecem todos os dados necessrios que

    reflectem uma colocao inicial e uma exigncia que obriga a transform-lo. A via para

    passar da situao inicial nova situao exigida tem que ser desconhecida e a pessoa

    ou grupo deve querer fazer a transformao, contando com os meios para faz-lo.

  • Os problemas com texto contribuem ao cumprimento das funes, tarefas e objectivos

    da Matemtica: aglutinando seus objectivos, em trs campos, do saber e do poder (saber

    fazer), do desenvolvimento intelectual e da educao ideolgica (saber ser), atravs das

    quatro funes gerais na direco e activao da actividade cognitiva do aluno.

    Funo de ensino.

    Funo de desenvolvimento.

    Funo educativa.

    Funo de controlo.

    A funo de ensino est dado em que os problemas com texto constituem uma via para a

    aquisio, exercitao e consolidao dos conhecimentos aritmticos dos alunos e para a

    formao e desenvolvimento das habilidades e hbitos correspondentes. Atravs deles

    se fixam conceitos, teoremas e procedimentos, possibilitam a introduo de novas

    matrias e constituem uma ferramenta para resolver problemas de outros campos da

    Matemtica; em sentido geral, contribuem com conhecimentos acadmicos e culturais.

    O ensino da soluo de problemas contribui formao da actividade cognitiva do

    aluno (Labarrere, 1996), considerando esta como a actividade que lhe permite ao

    homem o conhecimento do mundo em que vive, possibilitando descobrir, revelar, as leis

    e regularidades que determinam o surgimento e desenvolvimento, e as formas peculiares

    em que se apresentam os objectos, feitos e fenmenos da natureza, a sociedade e o

    pensamento.

    As particularidades dos problemas de ser reflexo das relaes entre objectos, processos

    e fenmenos (Ballester, 1992), so uma caracterstica que faz que eles se convertam em

    uma fonte importante de conhecimentos cientficos a respeito da realidade.

    Na anlise das orientaes metodolgicas e programas, e da literatura especializada

    relacionada com a Metodologia do Ensino da Matemtica, autor constata que para o

    cumprimento da funo educativa dos problemas aritmticos com texto relacionados

    com a prtica, no brindam-se orientaes a respeitos das potencialidades educativas,

    no se oferecem orientaes em relao origem dos dados, (ex., assim como que os

    dados devem ser tirados das diferentes esferas da prtica social, e extrados do jornais

    nacional e local, e de outras fontes que estejam ao alcance dos docentes), no se indica

    que se deve realizar a interpretao dos resultados e no se oferecem recomendaes

    metodolgicas precisas nem explcitas que orientam ao docente na direco, execuo e

    controle desta actividade.

    Na actualidade, a vinculao do ensino com a vida recebe maior significao, e assim se

    orienta em muitos dos documentos normativos, que expressam a necessidade de educar

    da vida e para a vida, ao relacionar esta vinculao com a formao integral dos alunos,

    contribua formao de valores, o ensino da Matemtica, o desenvolvimento do

    pensamento lgico, etc., v-se como a mesma colecta formao de um individuo mais

    integral.

  • Pgina 9 de 27

    O objectivo central das transformaes do ensino da Matemtica est precisamente no

    vnculo da escola com a vida, um vnculo com a vida que propicie uma prtica

    reflexiva da que se possa aprender na mesma medida em que se enriquea o aprendido

    na teoria e se corrobore tambm o estudado nela, vnculo que foi aspirao de muitos

    pedagogos, aspirao que compartilha e se defende nesta investigao.

    1.3 A elaborao de problemas aritmticos com texto. Estado actual.

    Em sua tese de opo ao ttulo de Doutor, Miguel Cruz, expe: a elaborao de

    problemas se refere a uma actividade cognitiva complexa que executa o professor em

    um nvel macro, a formulao de problemas constitui um sub-processo desta actividade,

    composto a sua vez por vrias aces num nvel mdio (Cruz, 2002), e culmina com

    um nvel micro que no interesse para autores da investigao.

    Em considerao ao antes exposto, autor assume que a estratgia para elaborar

    problemas aritmticos com texto, que este processo realiza um grupo de aces

    (contempladas na estratgia) at que o problema j se desenhou, ento vem a

    formulao, quer dizer compartilha o critrio de Cruz e tomada o conceito de elaborar,

    como um processo, onde o docente em vrias etapas, e aces dentro delas, culmina

    com a formulao do problema, que constitui uma etapa do processo de elaborao, e

    com ela conclui com o processo, pois o exponho do problema aos alunos e soluo do

    mesmo no objectivo e se sua investigao e o deixa como um problema aberto.

    Este conceito se assumiu para elaborar problemas e na outra epgrafe se faz referncia

    definio dada de problemas por distintos autores e o que se adoptou nesta investigao;

    cabe reflectir como deve ser um problema aritmtico com texto para que contribua a

    uma aprendizagem vivencial; da prpria definio intuitiva que se deu a este trmino se

    caracteriza o problema aritmtico com texto:

    Situao formulada com preciso, tirada da prtica social.

    Aparecem todos os dados necessrios para soluo.

    Reflectem uma colocao inicial e uma exigncia que obriga a transform-lo.

    A via para passar da situao inicial noiva situao exigida tem que ser

    desconhecida.

    A pessoa ou grupo deve querer fazer a transformao contando com os meios

    para faz-lo.

    O vnculo do contedo do ensino da disciplina matemtica com a vida, com o meio

    social, atravs da soluo de problemas tem seu fundamento pedaggico nos Princpios

  • Pgina 10 de 27

    Didcticos, tradicionalmente admitidos, e no emprego de mtodos produtivos de

    ensino, (Lerner, 1978).

    Os princpios didcticos (Danilov, 1985), constituem normas gerais do ponto de vista

    terico e prtico, para a estruturao do contedo, os mtodos, e a organizao do

    processo de ensino, em correspondncia com os objectivos e as leis que a regem.

    Os mtodos produtivos de ensino (Lerner, 1978) permitem que os alunos intervenham

    directamente na elaborao dos conhecimentos, como resultado da actividade criadora

    reflectindo a natureza interna do processo do pensamento mediante a realizao de

    tarefas cognitivas.

    Prope incluir na formao do professor a preparao e adestramento que o capacite, de

    maneira que consiga desenvolver nos alunos capacidades e habilidades para encontrar,

    formular e solucionar problemas. Alem disso, na estruturao dos mesmos, empregando

    o programa heurstico geral na orientao para o objectivo, referente a busca do

    problema e a participao que o aluno deve ter em dita busca, o que no expe como

    faz-lo, diz o que e onde mas no como (Ballester, 2001).

    Concluses do captulo

    A matemtica e aritmtica, como parte essencial dela, surgiram e se desenvolveram pela

    necessidade que teve o homem de resolver problemas da vida cotidiana.

    Ao analisar os resultados, recolhidos com os instrumentos aplicados.

    O tratamento que historicamente se realizou aos problemas aritmticos com texto

    favoreceu a formao acadmica dos alunos.

    Capitulo II

    Estratgia didctica para a elaborao de problemas aritmticos com texto

    que favorecem uma aprendizagem vivencial.

    Neste capitulo se realiza uma valorao do contedo e enfoque metodolgico com que

    se aborda a aritmtica.

    A estratgia didctica para a elaborao de problemas aritmticos com texto que

    favorecem a formao integral dos alunos.

    A Aritmtica nos programas de estudo de ensino da matemtica nas reas

    de economia e gesto.

    Na oitava classe: se trabalha a resoluo de problemas e exerccios com texto que

    apliquem os contedos de equaes do 1 grau de mltiplas variveis e graus.

  • Pgina 11 de 27

    Interessa-nos sobretudo o clculo com potncias de base 10, e Euler ou Neper e sua

    utilizao para interpretar e comparar nmeros e grandezas em economia e gesto.

    O conhecimento de expresses experincias permitir explicar novas relaes entre

    nmeros e sua aplicao a vida.

    Tratam-se funes ligadas fsica, a geometria economia, gesto e vida real, ajudaro

    os alunos a compreender a amplitude deste conceito e proporcionalidade directa como

    funo.

    Em probabilidade estatstica dever propor-se actividades de formulao dos problemas

    de organizao, representao e interpretao de dados, estudando casos diferentes,

    relacionados sempre que possvel com os interesses dos alunos, onde os alunos devero

    ser solicitados a comunicar escrito, da organizao de um placar, etc.

    Sistematizao da ordem e das operaes aritmticas com nmeros racionais em

    colocaes e soluo de problemas. Formulao e resoluo de problemas com o

    emprego de nmeros racionais.

    Fazendo uma analise dos objectivos desprogramais que de forma geral se expem obter,

    e que esto vinculados com esta investigao se encontram:

    Recolher, organizar e comparar dados relacionados com o desenvolvimento do nosso

    pas em distintas esferas da vida, empregando a ordem e o clculo com nmeros

    expressos em distintas notaes, nos distintos domnios numricos estudados segundo o

    grau.

    Resolver problemas relacionados com a vida econmica, politica e social do pas, de seu

    lar e escola utilizando as operaes nos distintos conjuntos numricos (segundo o grau)

    e o to por cento. Em nona classe, expe-se alm de formular problemas. Logo se

    considera que a escola deve adoptar como estratgia.

    Operaes de clculo com nmeros expressos em distintas notaes pertencentes a

    distintos domnios numricos segundo a classe onde se tratam;

    Relao parte todo;

    To por cento;

    Valor mdio;

    Comparao;

    Tanto por mil;

    Proporcionalidade;

  • Pgina 12 de 27

    Pranchas e grficos;

    Alguns recursos para a elaborao de problemas.

    Por todas as razes expostas, brindam-se algumas precises que podem facilitar a

    preparao do docente para a posta em prtica da estratgia e se emolduram nas

    seguintes aces a desenvolver;

    Utilizar os recursos de generalizao, limitao e analogia;

    Definir para que tipo de aulas vai se utilizar o problema;

    Ter em conta os critrios para a variao do grau de dificuldade;

    Orienta-los a desempenhar as funes instrutivas, desenvolvedora, educativa e de

    controlo.

    Utilizar os recursos de generalizao, limitao e analogia.

    Analisando os principais meios para elaborar novos exerccios dado pela Polya onde

    figuram a generalizao, a particularizao, a utilizao de analogia, a decomposio e a

    recomposio e as definies que sobre elas fizesse Gutmanova, podem-se utilizar

    aquelas que mais podem apoiar (se se extrapolar) elaborao de problemas aritmticos

    com texto. Segundo Gutmanova:

    I Generalizao

    II A Limitao

    III A Analogia

    Problemas para diagnosticar e assegurar o nvel de partida.

    Ao comear um novo tema ao docente se orienta realizar um instrumento para

    diagnosticar a seus alunos, para constatar como esto os conhecimentos que necessita

    para enfrentar o novo tema e dar o tratamento necessrio. Neste momento, o docente

    para enfrentar o novo tema e dar o tratamento necessrio. Neste momento, o docente

    pode procurar, redesenhar ou elaborar um problema que lhe permita obter a informao

    desejada.

    Este problema dever ser;

    I Preciso.

    II Directo.

  • Pgina 13 de 27

    III Flexvel

    Que permita a incorporao de novas perguntas que possam servir de impulsos

    heursticos para o seguro do nvel de partida.

    Que promova o pensamento lgico.

    Que esteja relacionado com a prtica social.

    O docente, atravs de perguntas heursticas, pode ir procurando a informao sobre o

    estado actual de que contedos necessitam os alunos para enfrentar o novo, de uma vez

    que assegura o nvel de partida. recomendvel que o diagnstico seja interactivo para

    obter a comunicao professor aluno.

    Exemplo# 1.

    Sendo a procura de acar dada pela funo,

    Qd = 500 1 . P, calcule Qd para:

    2

    P = 200,00 Kz

    P = 400,00 Kz

    P = 600,00 Kz

    Como voc expressaria esta relao em termos matemticos?

    Que nome recebe esta relao?

    Que por cento de assistncia h? Que relaes de crescimento e decrescimento entre o

    Qd e P.?

    Que dado voc necessita para saber a quantidade de procura.

    Como interpretar graficamente as duas grandezas?

    Problemas para introduzir novos contedos.

    O problema que se utilize para introduzir um conceito, uma propriedade; uma lei, de

    forma geral, um novo contedo, deve cumprir os seguintes requisitos:

    I Simples.

    Para que o aluno possa encontrar soluo correcta.

  • Pgina 14 de 27

    II Flexvel.

    Para permitir variantes de perguntas heursticas que levem a estudante ao raciocnio

    desejado para a busca do novo conceito.

    III Deve ter mais de uma interrogao.

    IV Entre as interrogaes estar presente a que permitir a introduo do novo

    contedo.

    V o problema se possa resolver utilizando o novo contedo.

    VI- Estar relacionado com a prtica social.

    Exemplo #2

    Exemplo #1

    O Presidente da associao dos estudantes de ISPN Huambo, para ser eleito entre

    outros candidatos, deve obter a maior quantidade de votos alcanados por quatro

    candidatos de que tem 1230 estudantes, onde votaram 1238 e foram anuladas dois

    votos.

    Que candidato resultou? Justifica.

    Candidatos A B C D

    Votos alcanados 319 302 319 300

    A simples vista o aluno pode apreciar que os candidatos que mais votos alcanaram

    foram A e C, mas deve comprovar se alcanar o % estabelecido.

    evidente e assim o pode constatar o estudante at sem clculo, s estimando, que

    nesta eleio, no se pode escolher a nenhum candidato, momento que o professor

    aproveitar para brindar uma informao precisa, e propor o seguinte incio:

  • Pgina 15 de 27

    Na segunda volta das eleies onde participam como candidatos s A e C, quantos

    votos como mnimo deve alcanar um deles para ser o eleito?

    Com a resposta dada a esta interrogao o docente far ver que na medida que um

    candidato obtenha maior quantidade de votos obtidos, quer dizer que o por cento

    depende da quantidade de votos que a seu favor se emitam ou que o por cento esta

    funo da quantidade de votos emitidos.

    A seguir pode propor vrios exemplos de correspondncia entre magnitudes, e obter o

    conceito procurado.

    Problemas para a sistematizao do controle.

    Na hora de sistematizar um contedo ou avaliar, atravs de um problema escolar dever

    se ter presente aspectos essenciais na formulao deles, pois os mesmos devem:

    Ter um maior grau de dificuldades;

    Relacionar mais de um contedo;

    Possibilitar ser solucionado por distintas vias conhecidas pelos alunos;

    Ter mais de uma interrogao;

    Estar relacionado com a prtica social.

    Exemplo #3.

    A funo P (x) = 1.600.00 ( 4 ) x

    3

    X O usado para determinar o preo de um carro (i10) x anos depois da sua

    compra:

    - Qual o custo inicial?

    - Determine o custo i10 2 anos depois da compra.

    - Quanto desvalorizar o carro ao ano?

    Critrios para a variao do grau de dificuldade.

  • Pgina 16 de 27

    O grau de dificuldade de um exerccio, ajusta-se atendendo a dois tipos de critrios,

    objectivo e subjectivo. (Jungk 1986).

    Critrio objectivo

    I Estrutura externa:

    Entende-se como a complexidade existente entre o expondo do problema e seu modelo

    aritmtico. Pode ir do simples clculo, at complicadas transformaes que suportem

    soluo dos mesmos (podem existir vrias operaes). Em ocasies, o mais difcil

    consiste em determinar modelo aritmtico da situao do problema.

    II Estrutura interna:

    Abrange o nmero de conceitos, propriedades, teoremas, transformaes equivalentes,

    casos especiais, problemas parciais a identificar e resolver separadamente.

    A subdiviso em problemas parciais.

    O aluno, para resolver um problema, quando analisa o plano de soluo, muitas vezes

    subdivide o problema, em problemas parciais que lhe permite chegar soluo final do

    problema, seguindo essa tctica, o docente ao elaborar o problema, deve ter em conta

    essa possibilidade.

    E factor tempo.

    necessrio analisar o tipo de aula onde vai se propor (lugar que ocupa dentro do

    sistema de aulas) para determinar segundo o grau de dificuldade o tempo que o aluno

    necessita para sua soluo, dependendo de vrios factores.

    Conhecimento dos alunos;

    Habilidades;

    Estrutura externa;

    Estrutura interna;

    Grau de complexidade;

    Critrios subjectivos

    A relao aluno exerccio

  • Pgina 17 de 27

    Na hora de elaborar um problema deve pensar-se para que tipo de actividade docente se

    necessita, se est destinado a um estudo individual ou colectivo, para introduzir ou

    sistematizar um conceito, questo a ter em conta para variar o nvel de complexidade e a

    extenso do texto.

    Os problemas que se elaborem devem estar orientados a desempenhar as funes

    instrutivas, desenvolvedora, educativa e de controlo:

    I A funo de ensino: ao elaborar os problemas deve se ter em conta que os mesmos

    constituam uma via para que os alunos adquiram, exercitem e consolidem os

    conhecimentos aritmticos necessrios na classe, segundo o programa e para a formao

    e desenvolvimento das habilidades e hbitos correspondentes.

    II A funo de desenvolvimento: Esta funo est relacionada com a incidncia que

    tem a soluo de problemas sobre o desenvolvimento do pensamento lgico, intelectual,

    cientista e terico do aluno, ao mesmo tempo lhes contribui com mtodos de

    aprendizagem, onde o aluno realize dedues de carcter indutivo, formule hiptese e as

    comprove, modele situaes, estude as propriedades dos objectos e fenmenos e extraia

    o essencial.

    III A funo educativa: Ao escrever o texto do problema deve se ter em conta esta

    funo, pois os mesmos exercem uma influncia importante sobre a formao da

    concepo cientfica do mundo, facilita a formao de qualidades da personalidade do

    aluno e de interesses cognitivos, deve tratar-se que cada problema elaborado possa a

    obter que o aluno conhea as realidades e xitos da evoluo, realize comparaes entre

    este sistema social e o de outros pases, obtendo neles a formao de uma posio activa

    e critica em relao s diferenas econmicas e de desenvolvimento deste povo com

    outros mais desenvolvidos. Alm disso, deve trabalhar-se em altares da formao:

    trabalhista e inquiridora, de valores, de uma representao adequada do lugar que ocupa

    a matemtica, e em especial, a soluo de problemas, no desenvolvimento da sociedade.

    IV A funo controlo: Esta funo deve estar orientada determinao do nvel de

    cumprimento das trs funes anteriores, ou seja: a instruo e a educao dos alunos,

    sua capacidade para o trabalho independente, quer dizer, a comprovar em que medida se

    cumprem os objectivos da disciplina no tratamento de problemas e no cumprimento dos

    inquiridores que oferece a elaborao de problemas quando d aos alunos a

    possibilidade de participar dela.

    Estratgia didctica para a elaborao de problemas aritmticos com texto

    que favoream a formao integral dos alunos do 1 Ciclo do Ensino

    Secundrio.

  • Pgina 18 de 27

    Nesta epgrafe se deve partir do conceito estratgia por ser o eixo central desta

    investigao. No dicionrio Enciclopdico Grijalbo 1998, encontrou-se como segunda

    acepo aparece estratgia como:

    Tctica ou percia em um assunto. (Dicionrio enciclopdico ilustrado Grijalbo, 1998).

    A verso anglo-sax Strategy expe: Arte de elaborar ou empregar planos ou

    estratagemas com vistas a alancar um objectivo (Merriom WebsterS. Dictionary,

    1998).

    Conjunto de aces metodolgicas dirigidas ao docente encaminhadas a transformar um

    estado presente em um estado desejado, a fim de obter um objectivo.

    Para pr em prtica esta estratgia devem constituir premissas importantes:

    I - A preparao do docente;

    II - A caracterizao de seus alunos;

    III - Seminrios metodolgicos conjuntos;

    IV - Cursos de superao;

    V - Preparao metodolgica concentrada.

    VI - Contedos da Aritmtica.

    Unidades do programa e procedentes do contedo:

    VII Conceito de problema;

    VIII Identificar que um problema;

    IX Defini-lo;

    X Caracteriza-lo;

    XI O que elaborar um problema;

    XII Conceito problema com texto;

    XIII Conhecimento de contedos que no sistema de preparao politico vnculo com

    a prtica social propiciando uma formao acadmica, trabalhista e inquiridora dos

    alunos de uma aprendizagem vivencial.

  • Pgina 19 de 27

    Na caracterizao dos alunos deve conhecer;

    I - Necessidades bsicas da aprendizagem;

    II Activao cognitiva;

    III Explorao das potencialidades dos recursos intelectuais.

    IV Interesses e motivaes.

    V Meio social em que se desenvolva o estudante.

    Dentro dos requerimentos que a mesma exige, est o objectivo geral e os especficos,

    que cada docente deve ter presente para sua posta em prtica, e eles so:

    Objectivo geral

    Estruturar o processo de ensino da soluo de problemas aritmticos de maneira que

    possibilitem o estabelecimento do vnculo do contedo dos programas com situaes

    praticas do entorno, do mbito nacional e estrangeiro, com feitos significativos da

    histria deste povo, que desenvolva qualidades da personalidade dos educandos nas

    esferas: intelectual, afectiva volitiva e moral, que ajudem formao integral dos

    mesmos, partindo de uma aprendizagem vivencial.

    Objectivos especficos

    Considerar que o ensino da soluo de problemas aritmticas seja:

    Objecto de conhecimento e de orientao do aluno.

    Objecto de soluo.

    Objecto de vinculao do contedo da disciplina com aspectos patriticos.

    Etapas da estratgia didctica

    A estratgia que se prope consta de trs etapas de trabalho que so:

    1 - Preparao dos docentes;

    2 - Planeamento. Seleco da informao.

    3 Formulao do problema.

  • Pgina 20 de 27

    Dosificao;

    Programa de estudo;

    Sugestes metodolgicas;

    Objectivos Formativos;

    Alm de ter recolhido na preparao metodolgica por sua aula a vinculao e

    necessidade de outras matrias para a relao inter matria.

    Segunda Etapa: planejamento.

    Parte instrutiva

    Parte formativa

    Terceira Etapa: execuo. A aco principal desta etapa a formulao do problema e

    tem como objectivo.

    a) Escrever o texto.

    b) Solucionar o problema por todas as vias possveis.

    c) Validar o problema.

    2.6 Exemplo da elaborao de um problema a partir da estratgia proposta.

    Primeira etapa: preparao do docente:

    Diagnostico: sobre o conhecimento que o aluno tem do conceito.

    Estudo e anlise de:

    - Programa de 8 Classe

    - Precises metodolgicas;

    - Dosificao do tema;

    - Analise dos resultados do diagnstico inicial.

  • Pgina 21 de 27

    Decises, a partir dos resultados obtidos na anlise dos documentos normativos.

    - Pela semana e o programa de estudo corresponde trabalhar o tema.

    - Para tratar a primeira aula.

    - Objectivo: Sistematizar os conceitos.

    - Conhecimentos precedentes adquiridos nas classes anteriores e necessrios para

    introduzir os conceitos posteriores.

    - Nos programas, relacionam-se com o disposto:

    Lngua materna: Comunicao oral e escrita. Compreenso do texto.

    Matemtica: formular e resolver problemas combinados com os recursos da Aritmtica

    que contribuam compreenso da natureza e a sociedade.

    - Anlise do diagnostico inicial.

    Detectaram-se dificuldades nos elementos que relacionamos a seguir vinculados com o

    objectivo aceitado.

    Segunda etapa: planejamento.

    Seleco de dados.

    - Busca da informao relacionada com problema.

    Dados recolhidos

    Recolheram-se outros dados que no relacionamos por no ser de interesse, mas se

    fechariam e se levariam a banco de dados.

    Possibilidades do dado recolhido

    80% = 80/100 = 4/5

    Dados que expressa uma relao

  • Pgina 22 de 27

    - Pode-se oferecer a quantidade de adeptos e os participantes, pedir a %.

    - Dar o total e pedir a quantidade que assistiram.

    - Dar a quantidade que assistam, a % que representa e pedir quantidade de participantes.

    - Dar a quantidade que assistiram e o % que representa, pedir quantidade de

    participantes.

    - Dar o total e a pedir a parte que representa.

    Analise dos dados

    Os dados recolhidos ao ser finalizada, em si.

    Terceira Etapa: formulao do problema

    Elaborao do texto

    - Classificao: Problema para diagnosticar e assegurar o nvel de partida.

    - Subdiviso em problemas parciais.

    Tempo para seu tratamento.

    Escrever o texto

    Soluo

    Dados para a quantidade de participantes

    Validar

    A estratgia didctica constitui um enriquecimento da didctica da Matemtica, para a

    aula particular dos problemas aritmticos, brinda contributos importantes, pois revela as

  • Pgina 23 de 27

    aces especficas que permitem formular estes tipos de problemas e tambm prope

    um conjunto de impulsos heursticos dirigidos para esse fim.

    O critrio emitido pelo perito seleccionado preponderou que a este estratgia bastante

    adequada, por isso se considerou vivel.

    Consideraes Finais

    - Investigar a viabilidade desta estratgia didctica para a preparao dos professores

    que assumiram a impartio da Matemtica nas reas de economia e gesto.

    - Desenhar cursos de superao ou oficinas dirigidas preparao de gestores escolares

    e professores para a elaborao de problemas aritmticos com texto nas reas de

    economia e gesto.

    Recomendaes

    Investigar a viabilidade desta estratgia didctica para a preparao dos professores que

    assumiram a impartio da disciplina de Matemtica no ensino superior e que no so

    graduados na especialidade de Matemtica.

    Desenhar cursos de superao ou oficinas dirigidas preparao de professores para a

    elaborao de problemas aritmticos com texto.

    Referncias Bibliogrficas

    Alvarez. C. (1993): La escuela integrada a la vida. Carlos Alvarez de Zayas. Curso pr

    evento pedagogia 93. Ciudad de la habana.

    Alvarez. C y V. Sierra. (1997): metodologia de la investigacin cientfica. / Carlos

    Alvarez de Zayas y. Universidad Andina, Sucre.

    Anta, G, J. Manrique, Y M RUIZ, (1995): Noticias para plantear problemas. En:

    ALAMBIQUE: Didctica de las cincias experimentales, No. 5, pp. 59-65.

    Baldor, F. (1959): Aritmtica Elemental. Tomo I.

  • Pgina 24 de 27

    Ballester, S.(1992): Metodologia de la enseanza de la Matemtica. Tomo I. Y. II.

    Ciudad de la habana. Editorial pueblo y educacin..

    Bautista, A. (1998): Evaluacin de estratgias de resolucin de problemas. Revista

    educacin no 287, septiembre diciembre. Madrid.

    Baxter, E. (1994): La escuela y el problema de la formacin del hombre. Material

    docente, ciudad de la Habana..

    Bazn Z. A. Y. H. Chalini. (1995): estratgias utilizadas por estudiantes engresados de

    secundria en la resolucion de problemas matemticos. Revista Especializada de

    Educin pedagogia. Terceira poca. Vol 10. Num. 6. Mxico. Invierno.

    Bermdez, S. y R. Y.M Rodrguez (1993): Teoria y metodologia del aprendizaje.

    Editorial Puelbo y Educin, la habana.

    Blanco, L (1991): conocimiento y accin en la enseanza de las matemticas de

    professores de E.G.B y estudiantes para professores, Unex n11, Madrid.

    Bransford, J. Y D. STEIN (1993) solucin IDEAL. Guia para major pensar, aprender y

    crear de problemas, labor. Barcelona.

    CAMPISTROUS, L. (1996): Aprende a resolver problemas aritmticos / Lus

    Campistrous Prez, Celia Rizo Cabrera. ciudad de habana: Editorial Puelbo y

    educacion.

    Colectivo de autores (2000): Enciclopedia Encarta

    Colectivo de autores (1998): (Merrion Websters. dictionary, 1998).

    Colectivo de autores programa de matemtica.

    Concepin, M. R. (1989): Tesis de opcin al grado cientfico candidato a doctor en

    Cincias Pedaggicas. I. S. P. Jos de la Luz y Cabellero. Holgun 1989.

    Cruz, M. (1997): Sobre el planteo de problemas matemticos. III Taller D. M.

    Escalona in memoriam, ISP Enrique Jos Varona, La habana.

    Cruz, M. (2002): Tesis de opcin al ttulo de grado cientfico.

    Martnez. M. (1984): La enseanza problmica: sistema o principio? Revista Varona

    No. 12, enero-junio de 1984.

    Martnez. (1980): Sobre la formulacin de problemas Matemticos. Revista Educacin

    no 36, enero marzo. La Habana 1980.

  • Pgina 25 de 27

    Martnez, M. (1981): El anlisis del texto y su papel en el proceso de solucin de

    problemas por los escolares. Revista Educacin no 43, Jlio Septiembre. La Habana

    1981.

    Martnez, M. (1991) La enseanza problmica. Folleto impresso. Ciudad de la Habana:

    ISP Enrique J. Varona

    Mitjans, A. Como desarrollar la creatividad en la escuela. En: Pensar y crear.

    Estrategias, mtodos y programas (pp. 156-208). Editorial Academia, La Habana. 1995.

    Muller, H. (1987): aspectos metodolgicos acerca del trabajo con ejercicios en la

    enseanza de la Matemtica --- La Habana: ICCP.

    Oramas C. Y. M. Leal (1998): enseanza vivencial de la Matemtica. Articulo.

    Documento mimeografiado.

    Ortiz, E. Y. M, Merio. (1996): Lo didctico o lo personolgico en el proceso de

    enseanza aprendizaje? Revista PFE, Vol. II No. 1 Abril, l.S.P, Holgun.

    Palacios, C. Y. E. Zambrano. (1993): Aprender y ensear cincias: una relacin a tener

    en cuenta. En: proyecto Principal de Educacin en Amrica Latina y el Caribe. Boletn

    31 Unesco/Orealc. Santiago de Chile.

    Palcio, J.Y. J. Sigarreta (1999): estratgia para el tratamiento de los problemas

    matemticos en la escuela. En actas del III Simposio ibero-americano de investigacin y

    educacin, La Habana. Octubre 1999.

    Prez, E. (1930): Metodologia de la enseanza de la Aritmtica elemental. Segunda

    edicin.

    Polya, G. (1987): como plantear y resolver problemas? --- Mxico D.F.: Editorial

    Trillas, S.A. de C.V.

    Polya, G. (1945): How to solve it. Editorial Princeton University press, Princenton.

    Pozo, J. (1985): Aprendizaje de estrategias para la solucin de problemas en cincias:

    Revista Alambique. Espaa. 5/Julio 1995.

    Pozo, J. Y Otros. (1994): La solucin de problemas. Editorial Santillana. S.A, Madrid

    Razumovkki V. (1987): Desarrollo de las capacidades creadoras de los estudiantes en el

    proceso de enseanza de la Fsica. Ciudad de la Habana Editorial Pueblo y educacin.

    Rebollar, A. (1995): Una Alternativa en la preparacin de los alumnos para resolver

    problemas matemticos en la enseanza media cubana. En Memorias 95. La Habana:

    IPLAC.

  • Pgina 26 de 27

    Ribnikov, V. K. (1997): HIStoria de las Matemticas. Editorial Mir. Mosc.

    Rizo, C. Y L. Campistrus. (1997): algunas tecnicas de resolucin de problemas

    aritmticos. Material en soporte magntico.

    Rodrguez, M. (1991): Manual de creatividad. Los procesos psquicos y el desarrollo.

    Editorial Trillas, Mjico.

    Rodrguez, A. (1991): Un esquema para solucin de problemas de matemtica. Boletn

    SCMC# 13 la Habana.

    Rubinstein, S. (1965): El Ser y la Conciencia. Editora Nacional de Cuba, la Habana,

    cuba.

    Rubinstein, S. (1969): Principios de Psicologia General. Editorial Revolucionaria. La

    Habana.

    Sanchez. J. (1995): Comprender el enunciado, primeira dificultad en la resolucin de

    problemas: Pg. 37-45. Revista Alambique 5/Julio Espaa.

    Santos, L (1992): Resolucin de problemas; el trabajo de Alan Schoenfeld, A. H. una

    propuesta a considerar en el aprendizaje de la Matemtica: Pg. 16-23. Revista

    Educacin Matemtica. Volumen 4, No. 2. Grupo Editorial Iberoamricana. Mxico.

    Schoenfeld, A. (1991); H. Ideas y tendncias en la resolucin de problemas. La

    enseanza de las matemticas a debate. Madrid Espaa.

    Sigarreta J. Y. J. Npoles, (1997): Estratgia para la resolucin de problemas

    matemticos. Compumat 97, Universidad de cienfuegos Universidad de Oviedo,

    Cienfuegos. (1997).

    Sigarreta, J. Y. J Palacio. (2000): modelo didctico para la formacin de valores atravs

    de la resolucin de problemas. En Actas del Evento Internacional compumat 2000.

    Universidad de la cuenca del plata ISP Blas Roca Caldero.

    Sigarreta, J. (2001): Tesis de opcion al ttulo de doctor. Grado cientfico.

    Silvestre, M. (1993): una concepcin didactica y tcnica que estimula el desarrollo

    intelectual / Margarita Silvestre Oramas. Folleto impreso.

    Claude Raul Bruter compreender as matemticas (as dez noes fundamentais)

    1998 instituto superior Jean Piaget: cincia e tcnica

    Torres, P. (1993): La Enseanza problmica de la Matemtica en el nvel mdio general.

    Tesis para la opcin al grado de doctor en cincias pedaggicas. ISPEJV. La Habana,

    cuba.

  • Pgina 27 de 27

    Torres, P. (1996): Didcticas cubanas en la enseanza de la Matemtica. Editorial

    academia, la Habana.

    Vigosky. L. (1989): Pensamiento y Lenguaje. La Habana. Editorial Pueblo y Educacin.

    Vigotski, L. (1987): El desarrollo de los proceso psquicos superiores. Editorial

    cientfico tcnico. La habana Cuba.

    Vitier, C (1996): Una campaa de espiritualidad y conciencia. En la: formacin dos

    valores de las nuevas generaciones. pp. 57-69, ediciones politicas, Editorial Ciencias

    Sociales, la Habana.

    Vivero, O. (1990): Un modelo para la enseanza aprendizaje de las cienicas basado en

    la resolucin de problemas. Instituto Superior Pedagogico Blas Roca Caldero.

    Wussing, H. (1990) conferncias sobre histria de la Matemtica. Editorial pueblo y

    educacin.

    Zilberstein, J. (1993): procedimientos Didcticos para estimular el aprendizaje de los

    alumnos y el desarrollo de su pensamiento en la assignatura cincias.

    Zelmer, W. (1991): Complementos de Metodologia de la Enseanza de la Matemtica.

    Editorial Pueblo y Educacin, La Habana.