Teste de Avaliação 2

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TESTE DE PORTUGUÊS 7.º Ano Nome: ______________________________________________________________________________________Nº:______Ano/Turma:_________ _____ Classificação: __________________________________________________ O/A Professor(a):____________________________________________ O Encarregado de Educação: _________________________ ______/______/ 2014 GRUPO II- LEITURA Lê o texto com muita atenção e responde às questões com frases completas. O fogueteiro 1 5 10 15 20 Na véspera da festa, um sábado às 10 horas da manhã, o fogueteiro passava enfim num deslado(1) da vila direito à capela da Senhora das Dores. Largou um foguete, que estrondeou no ar galhardamente (2). – O fogueteiro! Chegou o fogueteiro! Por toda a vila passou um longo frémito (3) de entusiasmo quando se ouviu o foguete. Desabituados, os cães ladravam, em correria doida pelas ruas. O rapazio levantou-se em algazarra, e correu ao encontro do fogueteiro, a admirá-lo, a oferecer-se. Na labuta (4) viva das casas renovavam-se ordens já dadas. Aquele foguete era a bem dizer o primeiro ruído da festa, não havia tempo a perder. De casa dos mordomos saíam esbaforidas as criadas, com ordem de se informarem do que precisaria «o Sr. Fogueteiro». Alguns mais previdentes mandaram almoço, e que dissesse o que queria para o jantar. Solenemente, o juiz da festa atravessou quase a correr a vila, perguntando a todo o mundo se o que estoirara tinha sido efetivamente um foguete. – Foi foguete! pois que dúvida! – diziam-lhe radiantes. – Prometia, sim, senhor! prometia! Se fossem todos assim... Caramba! que estoiro! Pum! – Pra que saibam! – clamava o António Fagote. – E então isto? – e punha-se a girar de volta com o braço – o que é fogo do chão? – Mas tinha-se visto em calças pardas para que o homem não faltasse. Complicações! Pelos modos tinham-no convidado para outra festa, com mais bagalhoça(5), está claro! O caso tinha estado sério! Mentia. – Hem? mas não o enganavam?

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  • TESTE DE PORTUGUS

    7. Ano

    Nome:

    ______________________________________________________________________________________N:______Ano/Turma:_________

    _____

    Classificao: __________________________________________________ O/A

    Professor(a):____________________________________________

    O Encarregado de Educao: _________________________ ______/______/ 2014

    GRUPO II- LEITURA

    L o texto com muita ateno e responde s questes com frases completas.

    O fogueteiro

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    10

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    20

    Na vspera da festa, um sbado s 10 horas da manh, o fogueteiro passava enfim num

    deslado(1) da vila direito capela da Senhora das Dores. Largou um foguete, que estrondeou no ar

    galhardamente (2).

    O fogueteiro! Chegou o fogueteiro!

    Por toda a vila passou um longo frmito (3) de entusiasmo quando se ouviu o foguete.

    Desabituados, os ces ladravam, em correria doida pelas ruas. O rapazio levantou-se em algazarra,

    e correu ao encontro do fogueteiro, a admir-lo, a oferecer-se. Na labuta (4) viva das casas

    renovavam-se ordens j dadas. Aquele foguete era a bem dizer o primeiro rudo da festa, no havia

    tempo a perder. De casa dos mordomos saam esbaforidas as criadas, com ordem de se informarem

    do que precisaria o Sr. Fogueteiro. Alguns mais previdentes mandaram almoo, e que dissesse o

    que queria para o jantar.

    Solenemente, o juiz da festa atravessou quase a correr a vila, perguntando a todo o mundo

    se o que estoirara tinha sido efetivamente um foguete.

    Foi foguete! pois que dvida! diziam-lhe radiantes. Prometia, sim, senhor! prometia!

    Se fossem todos assim... Caramba! que estoiro! Pum!

    Pra que saibam! clamava o Antnio Fagote. E ento isto? e punha-se a girar de

    volta com o brao o que fogo do cho? Mas tinha-se visto em calas pardas para que o

    homem no faltasse. Complicaes! Pelos modos tinham-no convidado para outra festa, com mais

    bagalhoa(5), est claro! O caso tinha estado srio!

    Mentia.

    Hem? mas no o enganavam?

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    Qual? era o fogueteiro, sem tirar nem pr! L ia ele a atravessar as eiras, com duas

    bestas carregadas. Caramba! duas cargas de fogo!

    O juiz botou a fugir. Quando passou pela porta do abade, gritou c da rua:

    Senhor abade! senhor abade!

    Que l?

    Chegue janela, faz favor?

    Mas est muito sol, entre voc se quer.

    S duas palavras.

    O abade, um rapaz novo, assomou janela.

    Que ?

    Chegou o homem!

    O homem! que homem?

    O fogueteiro, quem h de ser?

    Ah, sim disse o abade a rir-se, velhaco. E voc vai ter com ele?

    De cara.

    Faz-me ento um favor?

    Dir.

    D-lhe recados meus.

    E retirou-se da janela, a rir, enquanto o Antnio Fagote prosseguia no seu caminho,

    esbaforido, espalhafatoso, perguntando a toda a gente se aquilo tinha sido o fogueteiro!

    Grande homem! com seiscentos diabos!

    Quando chegou ao adro estava tudo cheio de rapazes, em redor dos dois machos

    carregados. O Fagote cuidou morrer de contente. Foi-se ao fogueteiro, com fria:

    Esses ossos! e abraou-o arrebatado, enternecido, chamando-lhe seu amigo, seu

    grande amigo.

    Rapazes! gritou ele ento. E tirou o chapu da cabea, muito solene. Viva o senhor

    fogueteiro!

    Viva!

    Isso no juro, porque no reparei. Mas estou em dizer aos senhores que o Antnio

    Fagote chorou!...Trindade Coelho, Comdia da Provncia, Os Meus Amores

    __________________________________________________________

    Vocabulrio:

    (1) rua lateral;

    (2) alegremente;

    (3) estrpito, bramido;

    (4) trabalho;

    (5) dinheiro.

    _________________________________________________________

  • 1. O fogueteiro chegou vila na vspera da festa.

    1.1. De que forma se fez anunciar? (5 pontos)

    2. Que sentimentos dominaram as pessoas da vila relativamente vinda do fogueteiro? Justifica a

    tua resposta, transcrevendo excertos textuais. (6 pontos)

    3. O juiz da festa, Antnio Fagote, estava particularmente feliz.

    3.1. Justifica a afirmao. (6 pontos)

    3.2. Transcreve duas expresses do texto que caracterizem o seu estado de esprito. (5 pontos)

    3.3. Por que razo mentiu ao dizer que tinha havido complicaes? (6 pontos)

    4. Antnio Fagote fez questo de anunciar ao abade a chegada do fogueteiro.

    4.1. Como reagiu o abade notcia? (6 pontos)

    5. Descreve o modo como Antnio Fagote acolheu o fogueteiro. (6 pontos)

    GRUPO III- GRAMTICA

    1. Identifica as oraes sublinhadas nos enunciados seguintes (12 pontos):

    a) Largou um foguete, que estrondeou no ar galhardamente. (ll. 2-3)b) Por toda a vila passou um longo frmito de entusiasmo quando se ouviu o foguete. (l. 5)c) O rapazio levantou-se em algazarra, e correu ao encontro do fogueteiro (ll. 6-7)d) Mas tinha-se visto em calas pardas para que o homem no faltasse. (ll. 16-17)

    e)

    2. Identifica as funes sintticas desempenhadas pelas expresses sublinhadas (10 pontos):

    a) Na vspera da festa, um sbado s 10 horas da manh, o fogueteiro passava enfim num deslado da vila direito capela da Senhora das Dores. (ll. 1-2)

    b) Na vspera da festa, um sbado s 10 horas da manh, o fogueteiro passava enfim num deslado da vila direito capela da Senhora das Dores. (ll. 1-2)

    c) Na vspera da festa, um sbado s 10 horas da manh, o fogueteiro passava enfim num deslado da vila direito capela da Senhora das Dores. (ll. 1-2)

    d) Na vspera da festa, um sbado s 10 horas da manh, o fogueteiro passava enfim num deslado da vila direito capela da Senhora das Dores. (ll. 1-2)

    e) Senhor abade! senhor abade! (l. 24)

    3. Modifica as frases, substituindo os complementos diretos sublinhados pelos pronomes pessoais

    correspondentes (8 pontos):

    a) As crianas soltaram gritos de alegria ao ver o fogueteiro.

  • b) Antnio Fagote teria um enfarte se o fogueteiro no aparecesse.c) O abade elogiar o Sr. Antnio quando apreciar o fogo preso.d) Antnio Fagote fez o impossvel para contratar o fogueteiro.

    BOM TRABALHO!!!!

    PROPOSTA DE CORREO (Grupo II retirado do caderno do professor do manual Paratextos 7):

    1. O fogueteiro fez-se anunciar largando um foguete.

    2. As pessoas da vila sentiram expetativa, entusiasmo e euforia: O fogueteiro! Chegou o

    fogueteiro; Por toda a vila passou um longo frmito de entusiasmo; O rapazio lenatou-se em

    algazarra e correu ao encontro o fogueteiro, a admir-lo, a oferecer-se.

    3.1. O juiz da festa estava feliz porque o fogueteiro que ele contratara para a festa tinha finalmente

    chegado.

    3.2. atravessou quase a correr a vila; punha-se a girar de volta com o brao.3.3. O juiz da festa disse uma mentira inofensiva, para conferir ainda mais inportncia vinda do

    fogueteiro e, talvez, para sublinhar o seu appel.

    4.1. O abade no deu grande importncia ao facto, como Antnio Fagote estaria espera, e riu-se,

    dizendo a este que cumprimentasse o fogueteiro em seu nome.

    5. O juiz da festa acolheu o fogueteiro com fraternidade e entusiasmo.

    III

    1.

    a) Orao subordinada adjetiva relativa

    b) Orao subordinada adverbial temporal

    c) Orao coordenada copulativa

    d) Orao coordenada adversativa

    2.

    a) Modificador do grupo verbal

    b) Sujeito

    c) Predicado

    d) Complemento oblquo

    e) vocativo

    3.

    a) As crianas soltaram-nos ao ver o fogueteiro.

    b) Antnio Fagote t-lo-ia se o fogueteiro no aparecesse.

    c) O abade elogi-lo- quando apreciar o fogo preso.

    d) Antnio Fagote f-lo para contratar o fogueteiro.